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10 Universidade Católica de Moçambique Centro de Ensino á Distância Faculdade de Ciências Sociais e Politicas Tema: A TRANSPOSIÇÃO E SIMPLIFICAÇÃO DIDÁCTICA NO ENSINO DA GEOGRAFIA E OS OBJECTIVOS DO ENSINO DE GEOGRAFIA Nome da Estudante: Atija Abudo Lauma Código: 708211042 Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia Cadeira: Geomorfologia Ano de Frequência: 2°Ano UCM Pemba 2022 Universidade Católica de Moçambique Centro de Ensino á Distância Faculdade de Ciências Sociais e Politicas Tema: A TRANSPOSIÇÃO E SIMPLIFICAÇÃO DIDÁCTICA NO ENSINO DA GEOGRAFIA E OS OBJECTIVOS DO ENSINO DE GEOGRAFIA Tutor: José Ramos de Abreu Trabalho de pesquisa da cadeira de Didactica de Geogragia I a ser submetido a Universidade Católica de Moçambique, Faculdade de Ciências Sociais e Políticas, para efeito de Avaliação no Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia UCM Pemba 2022 Índice Introdução 4 A Transposição e Simplificação Didáctica no Ensino da Geografia 5 Principais estratégias de implementação: 5 1º Nível 5 2º Nível 6 3º Nível 6 4º Nível 6 Objectivos do ensino da geografia 7 Objectivos Específicos: 7 Os objectivos gerais 8 Como formular objectivos específicos 8 Conclusão 9 Referencias Bibliográficas 10 Introdução O presente trabalho aborda sobre a transposição e simplificação didáctica no ensino da geografia e os objectivos do ensino de geografia A transposição didáctica, compreende a transformação do conhecimento universitário ou científico para um conhecimento escolar, isto é, a transposição didáctica é a adaptação do saber científico (das obras de vários cientistas) em saber escolar. E por outro lado os objectivos de ensino representam o ponto de partida e de chegada de um determinado processo até alcançar a finalidade ou meta. Estes, representam as exigências da sociedade em relação à escola e ao mesmo tempo reflectem opções pedagógicas dos agentes educativos. Objectivos Geral: · Compreender as estratégias de implementação da transposição e significação didáctica no ensino de Geografia e os objectivos do ensino da geografia. Objectivos Específicos: · Identificar as principais estratégias de implementação; · Descrever as os objectivos de ensino de Geografia. Metodologia O trabalho derivou a partir reflexões sobre a minha experiência pessoal académica. Uma vez que trata-se de conteúdo para um argumento académico, evocou uma consulta de literatura para sua realização, na qual considera-se essencial ao complemento e clarificação de algumas ideias. Assim, os autores literais estão devidamente citados dentro do trabalho e encontram-se pautados na bibliografia final. E encontra-se organizado no seguinte critério: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. E por fim a lista dos pensadores e suas obras que ditam o tema em destaque. A Transposição e Simplificação Didáctica no Ensino da Geografia A transposição didáctica é constituída de um corpo de saberes necessários ao profissional. São condições mínimas, mas indispensáveis para fazer a adaptação e a transposição do saber científico para o ambiente escolar. Conforme Almeida (2007) é importante que o professor saiba que há sequencias para se dar uma explicação ou para se introduzir um conteúdo novo no ambiente educativo. Segundo esse autor algumas etapas devem ser seguidas: resgate do assunto, ou seja, o que o aluno já sabe sobre; ouvir todo o saber trazido e sintetizá-lo; criar uma motivação; apresentar o conteúdo proposto; observar e identificar possíveis dúvidas; tirar dúvidas; explorar todas as fases do conteúdo e por último, um fechamento de tudo que foi feito, uma síntese da aula. Principais estratégias de implementação: A transposição didáctica, compreende a transformação do conhecimento universitário ou científico para um conhecimento escolar, isto é, a transposição didáctica é a adaptação do saber científico (das obras de vários cientistas) em saber escolar. O pioneiro deste novo conceito foi o CHEVELLARD YVES, matemático francês (1985). A transposição didáctica pode-se operar em 4 níveis: · No programa de ensino; · No professor durante a planificação; · Na aula; · No aluno. 1º Nível O programa de Ensino (PE), determina os conteúdos de ensino retendo uma parte do saber científico em função dos objectivos e finalidades gerais do ensino, na formação dos adolescentes: · Formação da sua personalidade; · Abertura ao mundo; · Formação cívica; · Interesses da sociedade; · Iniciação às disciplinas próximas que não estão representadas no ensino secundário como é o caso da disciplina de demografia, economia, turismo, climatologia, Geomorfologia, etc. 2º Nível O professor, a partir dos métodos, conteúdos e do programa em si, ele retém uma parte do saber científico em função do tempo planificado, em função das expectativas dos alunos em dar-lhes respostas, em função dos objectivos, finalidades da disciplina, conteúdos e, em função da sua interpretação e dos procedimentos específicos. 3º Nível É a reconstrução a nível da própria aula. As observações feitas levam a concluir que os objectivos, métodos e conteúdos também são modificados no decurso da aula. Este procedimento ocorre em função das dificuldades que os alunos terão, em função dos meios disponíveis e em função da maneira de dar a aula ou transmitir os conteúdos. 4º Nível Ocorre a nível do aluno. Este constrói o seu saber através da retenção e apropriação duma parte dos conteúdos propostos e, segundo a sua maneira e forma de acção. Com base nestes 4 níveis podemos concluir que há uma modificação e distanciamento entre o saber científico e o saber escolar e/ do aluno, mas em todos os momentos deve estar patente o rigor científico. Este distanciamento é inevitável, mas necessário, pois, corresponde a lógica diferenciada da universidade até ao aluno. Durante este processo, o professor de geografia deve ter em conta o Programa de Ensino (PE). O PE é o documento que operacionaliza o Curriculum. Curriculum, é o conjunto de aprendizagens considerados socialmente úteis num determinado contexto, tendo em consideração uma certa unidade temporal e a respectiva sequência de conteúdos e competências. 1. Programa de Ensino (PE) – é um documento político escolar que indica o caminho para a aplicação do curriculum, para a realização de aulas duma maneira objectiva, planificada, uniforme e adequadas as necessidades da sociedade e do educando, num determinado tempo. O PE, tem sempre o carácter duma lei, porque ele responde a determinadas exigências sociais expressas nas finalidades da educação escolar através de objectivos e conteúdos. Por esta razão o professor tem a obrigação de realizá-lo com a sua plenitude/integridade dentro dos prazos previstos. O professor deve cumprir com rigor e responsabilidade o programa de ensino. O professor de geografia deve prestar atenção na maneira de articular os objectivos e conteúdos de ensino. Nunca deve o professor interpretar isoladamente um programa, mas antes deve se informar e analisar os PE das classes anteriores e também posteriores com vista a observar a progressão (avanço e sequência lógica) do processo de ensino – aprendizagem, de ano para ano e ao longo das aulas. Objectivos do ensino da geografia Segundo CARVALHO (2009:102) “objectivos específicos apresentam carácter mais concreto, tem função intermédia e instrumental, permitindo de um lado, atingir objectivo geral, e de outro, aplicar este a situações particulares”. Objectivos Específicos: Os objectivos de ensino representam o ponto de partida e de chegada de um determinado processo até alcançar a finalidade ou meta. Estes, representam as exigências da sociedade em relação à escola e ao mesmo tempo reflectem opções pedagógicas dos agentes educativos. · Objectivos específicos ou institucionais (traduzidos na mudança de comportamentos). Segundo CARVALHO (2009:122) objectivos “são linhas de prospecção a desenvolverque proporcionam valor acrescentado à situação de partida”. Este último objectivo é o que indica o cumprimento do PE, pois, há cumprimento do PE quando houver mudança de comportamento. Segundo MARCONI & LAKATOS (1992:102) define objectivo geral como sendo “uma visão global e abrangente do tema, relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos e eventos quer das ideias estudadas”. Os objectivos gerais proporcionam uma mudança de comportamento a longo prazo. Fim da aula. Os objectivos específicos alcançam-se em pequenos períodos de tempo. Verbos gerais: conhecer, adquirir, entender, saber, possuir, desenvolver, diagnosticar, investigar, questionar, compreender, julgar, familiarizar-se, etc. Como formular objectivos específicos Os objectivos específicos são formulados através de verbos de acção (o que o professor e aluno devem fazer), conteúdos explícitos e o rendimento padrão (o que o aluno deve ter e em que nível. Verbos de acção específicos (mensuráveis): Caracterizar, explicar, descrever, mencionar, relacionar, classificar, enumerar, comparar, indicar, localizar, justificar, fazer, argumentar, diferenciar, definir, etc. Ex.: caracterizar os principais rios de Moçambique. · Caracterizar – verbo de acção. · Principais – rendimento padrão. · Rios de Moçambique – conteúdo. Verbos de acção específicos (mensuráveis): Caracterizar, explicar, descrever, mencionar, relacionar, classificar, enumerar, comparar, indicar, localizar, justificar, fazer, argumentar, diferenciar, definir, etc. Ex.: caracterizar os principais rios de Moçambique. · Caracterizar – verbo de acção. · Principais – rendimento padrão. · Rios de Moçambique – conteúdo. Os verbos da acção/precisa específica podem aparecer como verbos de acção ambígua. Mas, os verbos da acção ambígua já não podem aparecer como verbos de acção precisa. Objectivos trans – disciplinares: São objectivos gerais ou educacionais, proporcionam uma mudança de comportamento a longo prazo. Conclusão O presente trabalho abordado conclui que os objectivos de ensino representam o ponto de partida e de chegada de um determinado processo até alcançar a finalidade ou meta. Estes, representam as exigências da sociedade em relação à escola e ao mesmo tempo reflectem opções pedagógicas dos agentes educativos. O programa de Ensino (PE), determina os conteúdos de ensino retendo uma parte do saber científico em função dos objectivos e finalidades gerais do ensino, na formação dos adolescente. Referencias Bibliográficas CARVALHO, Eduardo. J. Metodologia do trabalho científico, 2ª ed., Escolar, Lisboa, 2009. CHEVALLARD, Y. La transposición didática: de saber sabio al saber ensinado. Tradución. Claudia Gilman. Buenos Aires: Auque Grupo editor S.A HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral. 8 ed. São Paulo: Ática, 2006, 327 p. MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica; 2ª ed; Atlas; São Paulo 1991. MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Técnica de pesquisa. 5ª ed., Atlas, São Paulo, 2002.
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