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Resumo Povos e Reinos Gemânicos


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A primeira dinastia franca ficou conhecida como merovíngia, em 
homenagem a Meroveu, considerado o primeiro rei franco. O período 
de ascensão dos francos começou em 481, sob a liderança de Clóvis, 
cujos exércitos derrotaram os alamanos e visigodos na Gália. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após a queda do Império Romano do 
Ocidente, em 475 d.C., os povos 
“bárbaros” ou germânicos avançaram 
sobre grande parte da Europa. Os 
Visigodos; Vândalos, Ostrogodos, 
Burgúndios e os Francos, constituíram 
os Reinos Germânicos, que 
estabeleceram as suas posições através 
da conquista de territórios antes 
controlado pelos romanos. 
 Já o Império Romano do Oriente, 
menos afetado pelas invasões, se 
tornou uma potência no mundo 
mediterrâneo. E, ao longo dos séculos 
seguintes, fez fronteira com os povos 
eslavos e reinos germânicos. 
 
Povos e Reinos Germânicos 
Os historiadores descrevem um verdadeiro “mosaico de 
reinos germânicos” (veja o mapa). Os visigodos, após 
perderem o sul da Gália, passaram a dominar toda a Hispânia; 
os vândalos se estabeleceram no norte da África; os 
ostrogodos ocuparam a península Itálica; os anglo-saxões se 
fixaram na Britânia; enquanto borgúndios, francos e alamanos 
lutavam pela Gália. O resultado dessa disputa foi um reino 
forte e duradouro: o Reino dos Francos. 
“Os germânicos são incrivelmente altos e incrivelmente 
valentes; habilidosos com suas armas e seu olhar, inclusive, é 
insuportável de encarar”. (Descrição de Júlio Cesar). 
 
Em 496, o rei merovíngio Clóvis foi batizado como cristão, fato 
que se tornou um marco importante para a história dos francos e da 
Igreja de Roma no mundo medieval. Clóvis passou a ser saudado 
como “um novo Constantino” (primeiro imperador romano a se 
converter ao cristianismo, em 312). 
Clóvis unificou os francos e fundou um monarquia cristã em que o 
poder político era legitimado pela Igreja de Roma, assumindo o papel de 
defensor do credo romano. Sua conversão foi logo seguida por uma 
guerra contra os visigodos, adeptos de uma versão ariana para o 
cristianismo. Em 507, os francos saíram vitoriosos, mantiveram os 
opositores na península ibérica e passaram a controlar quase toda a 
Europa Ocidental. 
O cristianismo ariano 
acreditava que Jesus não 
partilhava da mesma 
substância de Deus (ao 
mesmo tempo, Deus “pai” e 
“filho” comungando do 
“espírito santo”), mas teria 
sido criado por Deus, assim 
como todas as outras 
criaturas e o homem. A 
ideia contrariava a 
ortodoxia romana, que 
perseguiu a “heresia”. 
O vínculo entre a Igreja e os francos foi ainda mais 
fortalecido quando Carlos Martel, prefeito do 
palácio real, impediu o avanço dos muçulmanos na 
Europa, na célebre Batalha de Poitiers (732). 
Fontes: VAINFAS, R. et. al. História, v. 1. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 80-87, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A vitória dos francos na Batalha de Poitiers (732), 
manteve os seguidores do profeta Maomé na 
península ibérica, garantindo o domínio da Igreja 
nos territórios conquistados pelos merovíngios. Em 
751, Pepino, o breve, filho de Carlos Martel, 
assumiu o trono e exilou o último rei merovíngio. 
O Império Carolíngio 
Soberano dos francos deste 771, Carlos Magno 
venceu os lombardos e tornou-se também o seu 
rei. Em 800, foi coroado imperador romano pelo 
papa (simbolizando a restauração do Império 
Romanp Romano do Ocidente, que desapareceu no século V). O vasto Império Carolíngio 
era divido em condados, governados por pessoas de confiança do imperador que lhe 
prestavam juramento de fidelidade pessoal, recebendo em troca terras e um cargo. 
O conde era responsável pela arrecadação de impostos e exercício da justiça, 
podendo nomear auxiliares, os chamados viscondes. 
Havia ainda os ducados, regiões livres da 
administração dos condes, embora subordinadas ao 
imperador. E nas fronteiras do Império situavam-se 
as marcas, controladas pelos marqueses e seus 
poderes militares. Duques, viscondes e marqueses 
também recebiam terras como benefício dos cargos 
que ocupavam, dando origem a nobreza medieval. 
Vitral representando o 
rei Carlos Magno. 
O pacto entre nobres (vassalos), 
em troca de fidelidade e terra, foi 
característica central do 
feudalismo europeu. 
O Império Carolíngio era um império 
agrário, sustentado pelo trabalho dos 
camponeses submetidos aos duques, 
condes e marqueses. 
A monarquia carolíngia enfrentou dificuldades em centralizar 
suas finanças e controle político. Também não contava com 
um exército permanente, cabendo aos vassalos zelar pela 
defesa do império. Carlos Magno morreu 814, com cerca 
de 70 anos, foi sucedido pelo seu filho, Luís, o Piedoso. 
Após a morte de Luís, o Piedoso, em 840, o império foi divido entre os seus três filhos (netos de Carlos 
Magno), oficializado no Tratado de Verdun: Lotário recebeu o título de imperador e ficou com o 
norte da península itálica, o sul da Germânia, a futura Áustria e os países baixos. Seus domínios eram a 
base territorial do Sacro Império Romano-Germânico. Carlos, o calvo, ficou com a maior parte da 
atual França (Francia Ocidental), Luís herdou a maior parte o território germânico (Francia Oriental) 
Ruralização, catolicismo e descentralização política 
Fontes: VAINFAS, R. et. al. História, v. 1. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 80-87,