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PODERES E DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO

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– PODERES E DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO 
Os poderes da Administração são instrumentais, ou seja, são 
instrumentos conferidos à Administração e empregados apenas para o 
atendimento do interesse público. Exceder os limites das atribuições ou 
desviar das suas finalidades constitui abuso de poder e, 
consequentemente, prática de ato ilícito. 
O poder administrativo é conferido à autoridade para remover interesses particulares 
que se opõem ao interesse público. 
Poder-Dever de Agir – o administrador público tem o dever de agir, ele tem por 
obrigação exercitar esse poder em benefício da comunidade. Esse poder é irrenunciável. 
Dever de Eficiência – cabe ao agente público realizar suas atribuições com presteza, 
perfeição e rendimento funcional. 
Dever de Probidade – a Administração poderá invalidar o ato administrativo praticado 
com lesão aos bens e interesses públicos. A probidade é elemento essencial na conduta 
do agente público necessária a legitimidade do ato administrativo. 
Dever de Prestar Contas – é o dever de todo administrador público prestar contas, é 
decorrência da gestão de bens e interesses alheios, nesse caso de bens e interesses 
coletivos. 
 
 Excesso de Poder – ocorre quando o agente extrapola os limites de sua 
competência, pratica o ato mesmo não tendo competência para isso. 
 Desvio de Finalidade – ocorre quando o administrador abandona a finalidade 
indicada na lei e busca atender outra diversa da estatuída na norma que autoriza 
a sua atuação (Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público). 
A Administração Pública não pode renunciar os poderes conferidos à ela. Há um dever 
de agir, o exercício é obrigatório e indeclinável. 
1. Espécies 
http://www.tacianasmania.com.br/2009/01/direito-administrativo-poderes-e.html
http://lh6.ggpht.com/_YuaOYh_bfdI/SooQ3Mx32VI/AAAAAAAAF_o/hVYS6fjgh_s/s1600-h/58E9C4_1[6].jpg
 Poder Vinculado - É aquele conferido pela lei à Administração para a prática de 
ato de sua competência, ficando determinados os elementos e os requisitos 
necessários a sua formalização. 
 Poder Discricionário - a Administração tem liberdade de escolha da 
conveniência, oportunidade e conteúdo do ato. 
 Poder Normativo – é o poder conferido aos chefes do Executivo para editar 
decretos e regulamentos com a finalidade de oferecer fiel execução à lei. Não se 
deve confundir regulamentos com a lei, não podendo contrariar, restringir ou 
ampliar suas disposições. 
“Constituição Federal – Art.84. Compete privativamente ao Presidente da 
República: 
 IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos 
e regulamentos para sua fiel execução;” 
 Poder Disciplinar - é o exercido pela Administração para apurar as infrações 
dos servidores e das demais pessoas que ficarem sujeitas à disciplina 
administrativa. O poder disciplinar não pode ser confundido com o poder 
punitivo do Estado, que é exercido pela Justiça Penal, ele só abrange as questões 
relacionadas ao serviço público. Entretanto, uma mesma infração pode dar 
ensejo a uma punição administrativa e a criminal. 
O poder disciplinar da administração não está sujeito a prévia definição sobre a 
infração funcional e a respectiva sanção. O administrador age segundo sua 
discricionariedade, ou seja, aplicará a sanção que achar cabível, oportuna e 
conveniente, dentre as que estiverem enumeradas em lei ou regulamento para as 
infrações administrativas. 
As penas disciplinares no nosso Direito Administrativo são: advertência, 
suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, destituição 
de cargo em comissão e destituição de de função comissionada. 
Aqui também não se dispensa a ampla defesa do acusado e a motivação da 
punição disciplinar é sempre imprescindível para a validade da pena. 
 Poder Hierárquico – juntamente com o poder disciplinar, o poder hierárquico 
sustentam a ordem administrativa. É através do poder hierárquico que a 
Administração escalona a função de seus órgãos, revê a atuação de seus agentes 
e estabelece a relação de de subordinação entre seus servidores. A hierarquia 
existe no Poder Executivo. 
O poder hierárquico tem por objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as 
atividades administrativas, no âmbito interno da Administração. 
 Poder de Polícia - é a atividade do Estado que limita os direitos individuais em 
benefício do interesse público, ou seja, é o mecanismo de frenagem de que 
dispõe a Administração Pública para conter os abusos do direito individual. O 
interesse público está relacionado com a segurança, moral, saúde, meio 
ambiente, consumidor, propriedade, patrimônio cultural. 
Razão do poder de polícia – interesse social. 
Fundamento – princípio da predominância do interesse público sobre o 
particular, supremacia geral que o Estado exerce em seu território sobre todas as 
pessoas, bens e atividades. 
Objeto – todo bem, direito ou atividade individual que possa afetar a 
coletividade ou por em risco a segurança nacional, exigindo regulamentação, 
controle e contenção pelo Poder Público. 
Finalidade – proteção ao interesse público. 
Extensão – é muito ampla, abrange desde a proteção à moral e aos bons 
costumes, a preservação da saúde pública, até a segurança nacional. 
Limites – são demarcados pelo interesse social em conciliação com os direitos 
fundamentais individuais, através de restrições impostas às atividades do 
indivíduo que afetam a coletividade. 
Atributos – discricionariedade (livre escolha de oportunidade e conveniência), 
auto-executoriedade (decidir e executar diretamente sua decisão sem a 
intervenção do Judiciário) e coercibilidade (imposição coativa das medidas 
adotas pela Administração). 
Meios de Atuação – preferentemente preventiva através de ordens e proibições, 
sobretudo por meio de normas limitadoras e sancionadoras de conduta daqueles 
que utilizam bens ou exercem atividades que possam afetar a coletividade. 
Sanções – são impostas pela própria Administração em procedimentos 
administrativos compatíveis com as exigências do interesse público, respeitando 
a legalidade da sanção e a sua proporcionalidade à infração. 
Condições de Validade – a competência, a finalidade e a forma, acrescidas da 
proporcionalidade de sanção e da legalidade dos meios empregados pela 
Administração. 
 
 
PODERES ADMINISTRATIVOS: 
As competências administrativas somente poderão ser válidas, se exercidas na extensão 
e intensidade proporcionais ao que está sendo demandado. Há um limite entre o uso e o 
abuso do poder. Para Hely Lopes Meirelles, na clássica lição, os poderes administrativos 
utilizados pela organização administrativa do Estado são o Hierárquico, o Disciplinar, o 
Vinculado, o Discricionário, o Regulamentar e o de Polícia. 
Poder Hierárquico- De uma forma simples, é o poder de distribuir funções a diversos 
órgãos administrativos, com escalonamento pelos diferentes níveis de planejamento, 
coordenação controle e execução. Por ele se estabelecem as relações de subordinação 
entre os servidores impondo-lhes o dever de obediência aos superiores. 
No poder Hierárquico encontramos as faculdades de dar ordens, de fiscalizar e as de 
avocar ou delegar atribuições. Por exemplo, um superior hierárquico reunindo seus 
subordinados para dar uma instrução. 
O princípio da hierarquia permite que uma autoridade possa controlar a legalidade e o 
mérito dos atos praticados por agentes públicos a ela subordinados. Observe, entretanto, 
que um agente público poderá deixar de cumprir uma ordem manifestamente ilegal 
emanada de seu superior hierárquico. Por exemplo, um superior hierárquico que ordene 
seu subordinado a apreender drogas ilícitas e guardar em sua residência. 
Para o mestre Hely Lopes Meirelles, desdobra-se o poder hierárquico nas faculdades de 
ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas. 
Poder Disciplinar- É uma faculdade punitiva interna através daqual a autoridade 
administrativa pune as infrações funcionais dos servidores e de todos que estiverem 
sujeitos à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. Por exemplo, um superior 
hierárquico aplicando uma suspensão em subordinado. É um poder que decorre do 
Hierárquico, mas que com ele não se confunde. 
Possui as seguintes características: é administrativo (para distingui-lo do poder punitivo 
do Estado, que é exercido pelo Poder Judiciário); é punitivo; é discricionário (quando à 
escolha da pena); é poder-dever de agir; e é motivado, obrigando o administrador o 
dever de prévia apuração e de motivação da punição disciplinar (Princípio do devido 
processo legal). 
O exercício do poder disciplinar é obrigatório, devendo a autoridade administrativa que 
tomar conhecimento de qualquer irregularidade no serviço tomar as providências 
imediatas par a sua apuração e aplicar a sanção cabível se caracterizada a infração 
administrativa. 
Poder Vinculado- Também chamado de Regrado, é conferido à Administração para a 
prática de ato com todos os elementos, pressupostos e requisitos procedimentais 
descritos na norma. Ocorre quando o agente age na forma da lei. Por exemplo, um 
fiscal da Receita que é obrigado a aplicar multa a contribuinte que não cumpriu com 
uma obrigação tributária. 
No exercício do poder vinculado não há escolha, não há opção nem liberdade, devendo 
o administrador decidir e agir segundo a lei. 
A partir justamente dessa situação de submissão total aos mandamentos legais é que se 
questiona atualmente na doutrina se este se trata de um verdadeiro poder ou de mero 
dever-agir da Administração. 
Poder Discricionário- É o que a lei confere ao administrador para a prática de 
determinado ato, no uso da conveniência administrativa. Por exemplo, a Administração 
pode prestar um serviço de utilidade pública (linha de ônibus) ou transferir para um 
particular, ou seja, há poder discricionário de fazer ou transferir para um particular. 
A discricionariedade administrativa encontra sua razão de existência no trato, pela 
Administração, dos chamados conceitos jurídicos indeterminados. 
Utiliza-se o poder discricionário para a prática dos atos discricionários, sendo, portanto, 
a liberdade para a escolha dos motivos e do objeto do ato o fundamento para a distinção 
entre poder vinculado e poder discricionário. 
Poder Regulamentar- É o poder atribuído aos Chefes de Executivo para a expedição 
de decretos para a fiel execução da lei. Por exemplo, um decreto expedido pelo 
Presidente da República. 
Alguns autores identificam-no com o poder normativo, todavia, segundo a lição dos 
doutos, aquele é concentrado enquanto este é difuso e diz respeito à competência 
normativa deferida a vários agentes da Administração. Poder normativo é o que tem 
qualquer administração para ditar normas com efeitos gerais e abstratos. São atos 
normativos, além do decreto, o regulamento externo, o regulamento interno (o 
regimento), as resoluções, as deliberações, instruções, portarias e provimentos. Já o 
poder regulamentar é a faculdade conferida somente aos Chefes do Executivo para 
explicitar a lei. O poder regulamentar exterioriza-se através, como dito, através do 
decreto. 
O poder regulamentar deve ser exercido nos limites da lei, ou seja, não pode o 
Executivo invadir as reservas da lei, tratando de matérias que só por lei podem ser 
disciplinada. O regulamento contra legem não é admitido no nosso ordenamento, que só 
o aceita quando secundum legem. 
Poder de Polícia- Para Hely Lopes Meirelles, é o poder que dispõe a Administração 
Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens e direitos individuais, em 
benefício da coletividade ou do próprio Estado. 
Não se confunde o poder de polícia administrativa com a polícia judiciária e a polícia de 
manutenção da ordem e da segurança pública. O poder de polícia administrativa 
destina-se à preservação do bem-estar em geral, impedindo através de ordens, 
proibições e apreensões o exercício anti-social, e abusivo pois ilimitado, de 
determinados direitos individuais passíveis de interferência na esfera jurídica de outrem. 
A competência para exercer o poder de polícia reparte-se entre as diferentes unidades da 
Federação, de maneira que a unidade que tem competência para legislar será aquela que 
terá competência para regulamentar o legislado e efetuar a respectiva fiscalização e 
policiamento. Os limites do poder de polícia administrativa são demarcados pelo 
interesse social em conciliação com os direitos fundamentais do indivíduo assegurado 
na Constituição da República (art.5°). 
Como atributos do poder de polícia, os autores mais consagrados destacam 
a discricionariedade, a auto-executoriedade e a coercibilidade. 
-Discricionariedade é a livre escolha da oportunidade e conveniência, conforme as 
opções permitidas em lei, para o exercício do poder de polícia e para a aplicação das 
sanções. A discricionariedade é a regra quando do emprego do poder de polícia, porém 
em certos casos, o poder de polícia pode se apresentar vinculado. Isso ocorre quando a 
norma legal ditar o modo e a forma como ele deverá se empregado. 
-Auto-executoriedade é o atributo que permite à Administração Pública exercer ou 
executar sua decisão sem necessidade de intervenção do Judiciário, mas não se encontra 
presente em todos os atos de polícia. 
-Coercibilidade é o atributo que se caracteriza pela imposição coativa das medidas 
adotadas pela Administração, tornando-as obrigatórias. Porém, havendo violência 
desnecessária ou proporcional à resistência, a autoridade competente poderá responder 
por excesso de poder e o abuso de autoridade. 
DEVERES ADMINISTRATIVOS: 
Poder-Dever de Agir- Para o particular o poder de agir é uma faculdade. Para o 
administrado público é uma obrigação de agir. Por exemplo, o Presidente da República 
não pode deixar de praticar atos de seu dever funcional. Ele tem o poder para praticar e 
o dever de praticar. 
Dever de Eficiência- É o que se atribui a todo agente público de realizar suas 
atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. 
Dever de Probidade- Está integrado na conduta do administrador público como 
elemento necessário à conduta de seus atos. Se o agente não agir com probidade está 
sujeito às sanções da lei 8.429/92 (Lei da Improbidade Administrativa). 
Dever de Prestar Contas- É natural da Administração pública como encargo de gestão 
de bens e interesses.

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