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Desenvolvimento Intrauterino Desenvolvimento sensorial: 1º tátil, 2º vestibular, 3º olfativo, 4º auditivo; 5º visual. Desenvolvimento Respiratório Para o bebê permanecer vivo ele precisa ter surfactante (substância que impede o colabamento das células alveolares), que surge por volta da 23ª semana gestacional. Fase Embrionária (4ª sem – 50 dias): projeção ventral endodérmica da traqueia e esôfago (brônquios, lobos, traqueia e laringe). o Atresia de esôfago ocorre quando o esôfago não se desenvolve como deveria e acabou se fundindo com a traqueia. Fase Pseudoglandular (6ª – 16ª semanas): árvore respiratória e rede de vasos linfáticos. Porção condutora formada, porém ainda sem trocas gasosas. Fase Canalicular (16ª – 26ª semanas): bronquíolos respiratórios, ácinos e barreira alvéolo-capilar. Área de troca e síntese de surfactante a partir da 23ª semana. Capilares mais distantes dos alvéolos = menor troca gasosa. Fase Sacular (26ª semana ao nascimento): maior revestimento por Pneumócitos tipo 1 e 2, proliferação de rede capilar linfática. Menor distância alvéolo-capilar = maior troca gasosa, além da maior produção de surfactante. Fase Alveolar (32ª semana – 8 anos de idade): sobrepõe a fase sacular, 95% dos alvéolos maduros se desenvolvem após o nascimento. Circulação Fetal Shunts fetais: Ducto venoso (ligamento venoso), forame oval (fossa oval) e ducto arterial (ligamento arterial). Introdução a Neonatologia e Pediatria Transição Respiratória A primeira respiração envolve 4 princípios: químicos, térmico, sensorial e mecânico. Inibição da respiração (20 segundos após o parto) => Substituição do líquido por ar => Aumento da expansão pulmonar e vasodilatação pulmonar => Redução das pressões pulmonares e aumento das pressões sistêmicas. Particularidades Anatômicas e Fisiológicas A cabeça do lactante em comparação ao seu corpo é muito grande: o peso pode causar flexão aguda da coluna cervical e uma obstrução por compressão das VAS. Possui respiração nasal, até por volta dos 6 meses, além de uma língua grande ocupando quase toda a cavidade oral: maior probabilidade de obstrução das vias aéreas. A mandíbula do lactante é muito mais arredondada e a língua muito maior em relação à cavidade oral: dificulta a respiração bucal. Epiglote mais alta e mais horizontal, laringe mais alta. Mecânica Respiratória Plasticidade: modificam tamanho e tipos de fibra de acordo com os estímulos ou cargas impostos. Os bebês apresentam menor quantidade de fibras musculares tipo 1, até cerca de 8 meses de vida. Músculos de crianças menores fadigam mais facilmente; Ventilação menos eficiente; Favorecem distorção da parede torácica. o Costelas horizontalizadas e cartilaginosas o Caixa torácica mais circular; o Diafragma se insere nas costelas, externo e primeiras colunas lombares. A potência do diafragma é menor devido as costelas horizontalizadas, fora as poucas fibras elásticas e surfactante. Centro respiratório imaturo: ciclo irregular com pausas de até 15 segundos. Complacência = ΔV/QΔ Complacência pulmonar diminuída: o Alvéolos de parede espessa; o Menor quantidade de elastina; o Menor produção de surfactante. Complacência torácica aumentada: o Arcos costais horizontalizados e menos rígidos; o Musculatura intercostal pouco desenvolvida. Sistema Nervoso Central e Periférico SNC: centro respiratório imaturo => ritmo irregular e apneia. SNP: PaO2 < 30 a 40mmHg => quimiorreceptores periféricos => apneia + hiperventilação. Bebê de Risco São os bebês susceptíveis a qualquer desvio de desenvolvimento neuropsicomotor decorrente de determinantes pré, peri e pós-natal. Asfixia perinatal, prematuridade, problemas neurológicos, pequeno para idade gestacional, síndromes genéticas, hipoglicemia sintomática, uso de VM, infecções e oxigenoterapia > 40%. Prematuridade O prematuro não é um organismo a termo inadequado e sim um organismo normal vivendo em um ambiente para o qual ele não está desenvolvido. Seu programa biológico foi requisitado prematuramente, assim a sequência normal de diferenciação e integração dos subsistemas ainda não foi atingida. Classificação do RN: qualifica o risco de morbimortalidade a partir de o Antecipação de problemas clínicos; o Prognóstico de crescimento e desenvolvimento; o Busca inteligente de anomalia congênita inaparente. Idade Gestacional (IG): o DUM: Data da Última Menstruação; o Exame complementar: ultrassonografia; o Exame físico: somático – neurológico. Classificação – IG: o 24 – 30 semanas: extremo; o 31 – 35 semanas: moderado; o 36 – 37 semanas: limítrofe; o < 37 semanas: pré-termo; o 37 – 41,6 semanas: termo; o > 42 semanas: pós-termo. Classificação – Peso: o < 800g: microprematuro; o < 1000g: extremo baixo peso; o < 1500g: muito baixo peso; o < 2500g: baixo peso. Classificação – Peso X IG: estimativa do crescimento fetal e seguimento pós-natal. Situa a posição do indivíduo em relação ao grupo de referência. Idade Corrigida: correção para a medir o crescimento e desenvolvimento de prematuros com bebês termos (40 semanas). ICorrigida = IG + IC; o IG = 29 semanas; o Idade cronológica: 8 semanas; o Idade Corrigida: 29 + 8 = 37 => 40 – 37 = 3 sem (prematuro); o IG = 30 semanas; o IC: 24 semanas; o ICorrigida: 30 + 24 = 54 => 54 – 40 = 14 semanas. Esse prematuro apresenta o desenvolvimento de um termo de 14 semanas. Desenvolvimento neuropsicomotor: o Intrauterino: controle respiratório/cardíaco/digestivo, suspensão pela ação da gravidade, padrão flexor, movimentos controlados, regulação do estado de consciência. o Extrauterino: controle médico e aparelhagem, ação da gravidade, padrão extensor, sistema motor sem controle. SNC – Fluxo Sanguíneo Cerebral: SNC – Matriz Germinativa: o Ricamente vascularizada; o Rede vascular imatura; o Involução: 26 – 34 semanas. Hemorragia Peri-Intraventricular: o Grau 1: risco de 5% de mortalidade, hidrocefalia e sequelas. o Grau 2: risco de 10% de mortalidade, 20% de hidrocefalia e 15% de sequelas. o Grau 3: risco de 20% de mortalidade, 55% de hidrocefalia e 35% de sequelas. o Grau 4: risco de 50% de mortalidade, 80% de hidrocefalia e 90% de sequelas. Regulação Térmica: IMPORTANTE: não mexer muito em bebês prematuros nas primeiras horas, para evitar hemorragias cerebrais.
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