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CAPITALISMO E SOCIALISMO Autor desconhecido 1 SOCIALISMO O socialismo é uma doutrina política e econômica que surgiu no final do século 18 e na primeira metade do século 19. Depois, no século 20, houve várias tentativas de colocá-la em prática, em diversos países. Através de movimentos revolucionários, regimes comunistas foram implantados em nações tão diferentes quanto à Rússia, a China, Cuba, o Vietnã e a Coréia do Norte. DIFERENÇA ENTRE O SOCIALISMO E O COMUNISMO É muito comum a confusão existente acerca da diferença entre socialismo e comunismo. Será que as duas as expressões representam as mesmas ideias? Será que um é continuação do outro? Ou se trata de movimentos divergentes entre si? Vamos simplificar as ideias, a fim de evitar complicações. Em primeiro lugar, enquanto teoria, o socialismo não difere do comunismo. Essa diferença só apareceu quando o socialismo ou comunismo começou a ser colocado em prática. TEORIA E PRÁTICA Segundo Karl Marx, um dos principais filósofos do movimento, o socialismo é um regime político e econômico em que não existe a propriedade privada nem as classes sociais. Todos os bens seriam de todas as pessoas e não poderia haver diferenças econômicas entre os indivíduos. O próprio Marx chama esse modelo de comunismo, numa tentativa de se contrapor aos outros autores, que também defendiam o socialismo, mas propondo outros modelos de sociedade. No entanto, o próprio Marx usa tanto socialismo quanto comunismo para se referir à mesma ideia. No século 20, a ideia de socialismo proposta por Marx ganhou força política. Contudo, em vários países do mundo onde isso ocorreu, houve divergências sobre a melhor forma de transformar o socialismo em realidade. Lênin, um dos líderes socialistas russos, propôs, a partir de 1917, uma revolução radical, que estabeleceria a "ditadura do proletariado". Por outro lado, houve socialistas que discordavam de Lênin, pois queriam mudanças menos tumultuadas e defendiam outros modelos socialistas, como a socialdemocracia e até o nacional-socialismo, isto é, o nazismo. Assim, desde a Revolução Russa, em 1917, socialismo e comunismo passaram a designar duas coisas bem diferentes. O socialismo constituiu-se numa doutrina menos radical do que o comunismo, propondo uma reforma gradual da sociedade capitalista, de modo a chegar a um modelo em que exista equilíbrio entre o valor do capital e o do trabalho, para diminuir a distância entre ricos e pobres. O comunismo, ao contrário, defende o fim da ordem capitalista, através de uma revolução armada, objetivando fim da burguesia. UMA RESPOSTA AO CAPITALISMO INDUSTRIAL Apresentadas as semelhanças e diferenças, vamos olhar agora as teorias socialistas, que são a base para qualquer uma dessas práticas políticas. Se voltarmos nossa atenção especialmente para a origem das teorias socialistas, constataremos que elas surgiram ao mesmo tempo em que ocorria a Revolução Industrial e o capitalismo atingia um momento de desenvolvimento pleno. Dessa forma, não se pode achar que seja mera coincidência o surgimento de tais ideias nesse CAPITALISMO E SOCIALISMO Autor desconhecido 2 momento. Na verdade, elas são uma resposta que os intelectuais da época deram ao que eles consideravam agressões do capitalismo industrial recém-surgido. Ora, se socialismo e capitalismo mantêm entre si uma relação de oposição, para compreender aquele, é necessário, antes de tudo, entender este último. Foi esse o percurso trilhado por Marx. Segundo ele e outros teóricos adeptos de suas ideias, o capitalismo é um modelo econômico que surgiu na transição do período medieval para a Idade Moderna, pela superação do feudalismo. Assim, o capitalismo primeiro aparece como mercantilismo ou capitalismo comercial no século 15. Depois, a partir do século 18, com o surgimento das máquinas a vapor, dos teares mecânicos e das fábricas, o sistema entrou em uma nova fase, chamada de capitalismo industrial.·. A LUTA DAS CLASSES No capitalismo industrial, como o próprio nome diz, a maior fonte de riqueza está nas indústrias. Mas como se gera essa riqueza? De acordo com Marx, através da propriedade privada dos meios de produção. É a propriedade que permite gerar capital, dinheiro, renda, lucro. Os bens que existem na sociedade, tais como fábricas, equipamentos, etc. não pertencem a todas as pessoas que vivem nessa sociedade. Assim, algumas pessoas possuem esses bens - e foram chamadas de capitalistas, ou burguesas. Outras pessoas, as que nada têm, além de sua capacidade ou força de trabalho, veem-se obrigados a trabalhar para os donos das fábricas. Esses despossuídos, portanto, tornam-se operários nas indústrias e são chamadas de proletários. Vale notar que essas duas classes constituem, respectivamente, o topo e a base da pirâmide social. Como Marx vê a relação entre burgueses e proletários? No sistema capitalista, os proletários produzem mercadorias que, ao serem vendidas, cobrem os custos da fábrica (aluguel, gastos com energia, compra de máquinas, salários, impostos etc.). Se a indústria funcionar bem, a renda gerada - além de pagar todos os custos - ainda dá lucros para o dono da empresa. De acordo com a filosofia liberal, o capitalista merece ficar com os lucros, pois foi ele quem investiu para gerá-los. Assim, ele não precisa repassá-los para os empregados: somente pagar-lhes um salário, em geral de valor pequeno. Ao contrário, para Marx, o que traz riqueza são os produtos gerados pelo trabalho, mas essa riqueza - injustamente - não é repassada para os que verdadeiramente a produzem. Por isso, o capitalismo seria um modelo econômico fundado na injustiça social, pois, apesar de gerar imensas riquezas, não as distribui de um modo correto, condenando os trabalhadores à pobreza. SOCIALISMO UTÓPICO Na verdade, a crítica ao capitalismo é anterior a Marx e aparece já no final do século 18. Alguns autores até acreditavam no sistema capitalista, mas queriam alguns ajustes. O francês Saint Simon, por exemplo, defende um tipo de socialismo planificado, em que o mercado deve ter algum tipo de controle estatal. Já Charles Fourier é contrário a essas ideias e defende um sistema de trabalho em cooperativas, em que os empregados fossem donos das fábricas e repartissem o lucro entre si. O outro pensador desse período, considerado o pai do socialismo utópico (utopia significa sonho, algo ideal, mas não necessariamente possível) é Robert Owen. Segundo ele, os CAPITALISMO E SOCIALISMO Autor desconhecido 3 trabalhadores deveriam se organizar em cooperativas, sem salário, retirando de sua produção aquilo que necessitassem para sua sobrevivência. Como essas ideias pareciam impossíveis de darem certo, aos olhos dos homens daquele período, Owen foi tachado de "socialista utópico". O MARXISMO Entretanto, o principal elaborador da teoria socialista, que inclusive acabou ganhando também o seu nome, foi o alemão Karl Marx, juntamente com Friedrich Engels, coautor de grande parte de sua obra. "O Manifesto Comunista", escrito pelos dois em 1848, em meios às revoltas sociais que agitavam a Europa naquele momento, foi a primeira grande manifestação de suas ideias. Como ambos os autores apresentassem uma interpretação da história baseada no que consideravam a constatação de fatos, de acordo com os princípios da ciência da época, o marxismo também é denominado como socialismo científico. Ao longo do século 20 e até os dias de hoje, o modelo socialista de uma sociedade sem classes e sem propriedade privada ainda está no campo do ideal. Nos países em que foi implantado, o comunismo tentou abolira propriedade privada, mas não conseguiu eliminar as classes sociais. Os políticos que tomaram conta do Estado nas sociedades comunistas acabaram se tornando uma nova classe social, privilegiada em comparação ao restante da população. Além disso, constituíram regimes autoritários e violentos, que chegaram a promover verdadeiros massacres entre suas próprias populações. Essa tentativa de aplicação do regime comunista ainda sobrevive em alguns países nos dias atuais, como em Cuba e na China. No entanto, o capitalismo já recomeçou a entrar nestes países e a alterar, gradativamente, seus regimes. CARACTERÍSTICAS DO SOCIALISMO E A SUA PROPAGAÇÃO PELO MUNDO Até 1917 a Rússia era um país feudal e capitalista. O povo não participava da vida política e vivia em condições miseráveis. Esta situação fez com que a população, apoiada nas ideias socialistas, principalmente nas de Marx, derrubasse o governo do czar Nicolau II e organizasse uma nova sociedade oposta à capitalista – a socialista. A Rússia foi o primeiro país a se tornar socialista e, posteriormente, passou a se chamar União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Em linhas gerais, podemos caracterizar o socialismo como um sistema onde: Não existe propriedade privada ou particular dos meios de produção; A economia é controlada pelo Estado com o objetivo de promover uma distribuição justa da riqueza entre todas as pessoas da sociedade; O trabalho é pago segundo a quantidade e qualidade do mesmo. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), outros países se tornaram socialistas, como, por exemplo. A Iugoslávia, a Polônia, a China, o Vietnã, a Coréia do Norte e Cuba. Entretanto, este novo sistema colocado em prática nesses países, principalmente na União Soviética, apresenta vários problemas: falta de participação do povo nas decisões governamentais; Falta de liberdade de pensamento e expressão; formação de um grupo político altamente privilegiado. CAPITALISMO E SOCIALISMO Autor desconhecido 4 A teoria econômica elaborada por Karl Marx, Friedrich Engels e outros pensadores foi interpretada de várias formas, dando origem a diferenças entre os socialismos implantados. CARACTERÍSTICAS DE PAÍSES DESENVOLVIDOS E SUBDESENVOLVIDOS Países subdesenvolvidos Alta taxa de analfabetismo e deficiente nível de instrução baixa renda per capita baixo consumo de energia mecânica predominância da população economicamente ativa no setor primário (agricultura) baixo nível alimentar (existência da fome) dependência econômica elevadas taxas de natalidade grande crescimento populacional elevada taxa de mortalidade infantil baixo nível de industrialização emprego de técnicas atrasadas Países desenvolvidos Baixa taxa de analfabetismo elevada renda per capita elevada consumo de energia mecânica predominância da população economicamente ativa no setor secundário (indústria) e no terciário (serviços) elevado nível alimentar dominação econômica baixas taxas de mortalidade infantil predomínio de produtos industrializados nas exportações elevado nível de industrialização controle da ciência e da tecnologia elevada esperança de vida. CAPITALISMO AS RELAÇÕES DE TRABALHO NA IDADE MODERNA E CONTEMPORÂNEA: A FORMAÇÃO DO CAPITALISMO A Idade Moderna, de 1453 a 1789, e a formação do capitalismo comercial. No século XV, o comércio já era a principal atividade econômica da Europa. Os comerciantes, ou a classe burguesa, já tinham acumulado grandes capitais realizando o comércio com a África e a Ásia, através do mar Mediterrâneo. O capital torna-se a principal fonte de riqueza, substituindo a terra, do período feudal. De que forma o capital podia ser acumulado ou obtido? Por meio da ampliação cada vez maior do comércio; por meio da exploração do ouro e da prata. A expansão do comércio gerou a necessidade de se aumentar a produção, principalmente o artesanal. Os artesãos mais ricos começaram a comprar as oficinas dos artesãos mais pobres. Estes se transformaram, então, em trabalhadores assalariados, e o número de empregados nas oficinas foi aumentando. A fase de acumulação do capital por meio do lucro obtido com o comércio e, ainda, por meio da exploração do trabalho do homem, seja o assalariado ou o escravo, recebe o nome de capitalismo comercial. Nesta fase do capitalismo, nos séculos XV e XVI, ocorreu a expansão marítimo-comercial. A expansão marítima europeia fez ressurgir o colonialismo. CAPITALISMO E SOCIALISMO Autor desconhecido 5 A Idade Contemporânea, de 1789 até os dias atuais: a formação do capitalismo em sua forma moderna – o capitalismo industrial – e as relações de trabalho. Até o século XVIII, o comércio era a principal atividade econômica da Europa, proporcionando grandes lucros à burguesia comercial. Nesta época começaram a surgir novas técnicas de produção de mercadorias. Como exemplo podemos citar a invenção da máquina a vapor, do tear mecânico e, consequentemente, dos lucros da burguesia. Surge deste modo, um novo grupo econômico, muito mais forte que a burguesia comercial. Cabia a burguesia industrial a maior parte dos lucros, enquanto a grande maioria dos homens continuava pobre, Uns continuaram trabalhando a terra arrendada, outros se tornaram operários assalariados. Essa situação histórica é conhecida como Revolução Industrial. O primeiro país a realizar a Revolução Industrial foi à Inglaterra, em 1750. Posteriormente, já no século XIX, outros países realizaram a Revolução Industrial: França, Alemanha, Bélgica, Itália, Rússia, Estados Unidos e Japão. O capitalismo industrial, firmando-se como novo modo de vida, fez com que o trabalho assalariado se tornasse generalizado. O homem passou, assim, a comprar o trabalho de outro homem por meio de salário. A Revolução Industrial tornou mais intensa à competição entre os países industriais, para obter matérias-primas, produzir e vender seus produtos no mundo, fazendo surgir um novo colonialismo no século XIX – o imperialismo. As potências industriais europeias invadiram e ocuparam grades áreas dos continentes africano e asiático. Fundaram colônias e exploraram as populações nativas, pagando baixos salários pelo seu trabalho. Além de fornecer matérias-primas para as indústrias europeias, as colônias eram também grandes mercados consumidores de produtos industriais. Os países americanos, apesar de independentes de suas metrópoles europeias – Portugal, Espanha e Inglaterra –, não escaparam dessa dominação colonial, principalmente da Inglaterra. Os países latino-americanos, inclusive o Brasil, continuaram como simples vendedores de matérias-primas e aliamentos para as indústrias europeias e como compradores dos produtos industriais europeus. A Revolução Industrial levou a um aumento da produção, dos lucros e, também, da exploração do trabalho humano. O trabalhador foi submetido a longas jornadas de trabalho, 14 horas ou mais, recebendo baixos salários. Não eram somente adultos que se transformavam em operários: crianças de apenas seis anos empregavam-se nas fábricas, executando tarefas por um salário menor que o do adulto. Essa situação levou os trabalhadores a se revoltarem. Inicialmente eram revoltas isoladas, mas, depois, os operários se organizaram em sindicatos, para lutar por seus interesses. E os trabalhadores descobriram uma arma para lutar contra a exploração de sua força de trabalho – a greve. A atual fase do capitalismo recebe o nome de capitalismo financeiro. A atividade bancária, ou seja, empréstimos de dinheiro a juros predomina. Todas as outras atividades dependem dos empréstimos bancários. A moeda tornou-se a principal "mercadoria"do sistema. AS CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA CAPITALISTA Este sistema caracteriza em linhas gerais: CAPITALISMO E SOCIALISMO Autor desconhecido 6 Pela propriedade privada ou particular dos meios de produção Pelo trabalho assalariado; pelo predomínio da livre iniciativa sobre a planificação estatal. A interferência do Estado nos negócios é pequena. Diante do que foi exposto, percebe-se que a sociedade capitalista divide-se em duas classes sociais: a que possui os meios de produção, denominada burguesia; a que possui apenas a sua força de trabalho, denominada proletariado. Socialismo A preocupação com as injustiças sociais já existia desde a Antiguidade Desde a Antiguidade algumas pessoas, preocupadas com a vida em sociedade, pensavam em modificar a organização social e assim melhorar as relações entre os homens. Na Idade Moderna também houve essa preocupação. Um inglês de nome Thomas More escreveu um livro chamado Utopia, onde mostrou como imaginava a sociedade de uma forma menos injusta. Entretanto, com as grandes desigualdades sociais criadas pela Revolução Industrial, as ideias de reformar a sociedade ganharam mais força. Foi assim que surgiram pensadores como Saint-Simon, Charles Fourier, Pierre Proudhon, Karl Marx, Friedrich Engels e outros. Estes pensadores ficaram conhecidos como socialistas. Essas ideias socialistas espalharam-se pela Europa e depois por todo mundo; e não ficaram somente na teoria. É o caso da Revolução Socialista de 1917, na Rússia, onde a população colocou em prática as ideias socialistas. O CAPITALISMO COMERCIAL Essa etapa do capitalismo estendeu-se desde fins do século XV até o século XVIII. Foi marcada pela expansão marítima das potencias da Europa Ocidental na época (Portugal e Espanha), em busca de novas rotas para as Índias, objetivando romper a hegemonia italiana no comercio com o Oriente via Mediterrâneo. Foi o período das Grandes Navegações e descobrimentos, das conquistas territoriais, e também da escravização e genocídio de milhões de nativos da América e da África. Grande acumulo de capitais se dava na esfera da circulação, ou seja, por meio do comercio, daí o temo capitalismo comercial para designar o período. A economia funcionava segundo a doutrina mercantilista, que, em sentido amplo, pregava a intervenção governamental na economia, a fim de promover a prosperidade nacional e aumentar o poder do Estado. Nesse sentido, defendia a necessidade de acumulação de riquezas no interior dos Estados, e a riqueza e o poder de um pais eram medidos pela quantidade de metais preciosos (ouro e prata) que possuíam. Esse princípio ficou conhecido como metalismo. Após a descoberta de ouro e prata na América houve um enorme fluxo de metais preciosos para a Europa, sobretudo para a Espanha, Reino Unido e Portugal. Outro meio de acumular riquezas era manter uma balança comercial sempre favorável, daí o esforço para exportar mais que importar, garantido saldos comerciais positivos. Assim, o Estado deveria ser forte para apoiar a expansão marítima e o colonialismo, que garantiram alta CAPITALISMO E SOCIALISMO Autor desconhecido 7 lucratividade, já que as colônias eram obrigadas a vender seus produtos às metrópoles a preços baixos e a comprar delas o que necessitavam a preços altos. O CAPITALISMO INDUSTRIAL O Capitalismo industrial foi marcado por grandes transformações econômicas, sociais, políticas e culturais. As maiores mudanças resultaram do que se convencionou chamar de Revolução Industrial (estamos nos referindo aqui à Primeira Revolução Industrial, ocorrida no Reino Unido na segunda metade do século XVIII). Um de seus aspectos mais importantes foi a enorme potencializarão da capacidade de transformação da natureza, por meio da utilização cada vez mais disseminada de máquinas movidas a vapor, produzindo pela queima do carvão, tornando acessível aos consumidores uma quantidade cada vez maior de produtos, o que multiplicava os lucros dos produtores. O comercio não era mais a essência do sistema. O lucro – o objetivo dessa nova fase do capitalismo-advinha fundamentalmente da produção de mercadorias. Mas de que modo se lucrava com a produção em serie de tecidos, maquinas ferramentas armas? Ou com os rápidos avanços nos transportes, graças ao surgimento dos trens e barcos a vapor? Foi Karl Marx, um dos mais influentes pensadores alemães do século passado, quem desvendou o mecanismo da exploração capitalista, que é a essência do lucro, o chamado de mais- valia. Vejamos no que consiste: A toda jornada de trabalho corresponde a uma remuneração, que permitira a subsistência do trabalhador. No entanto, o trabalhador produz um valor maior do que aquele que recebe na forma de salário, e essa fatia de trabalho não pago é apropriada pelos donos das fabricas, das fazendas, das minas, etc. Dessa forma, todo produto ou serviço vendido traz esse valor não transferido ao trabalhador, permitindo o acumulo de lucro pelos capitalistas. Há duas maneiras principais de aumentar a taxa de exploração ou mais-valia do trabalhador: a forma absoluta e a relativa. A mais- valia absoluta consiste em alongar ou aumentar a jornada diária de trabalho. A mais-valia relativa consiste em aumentar a produtividade do trabalho, aumentar o rendimento do trabalhador sem alongar a jornada diária. Ficou fácil entender por que o regime assalariado é a relação de trabalho mais adequada ao capitalismo? O trabalho assalariado é uma relação tipicamente capitalista, pois se dissemina à medida que o capital começa a ser reproduzido, provocando uma crescente necessidade de expansão dos mercados consumidores. O trabalhador assalariado além de apresentar maior produtividade que o escravo, tem renda disponível para o consumo, ao contrario daquele. Assume, a escravidão, uma relação de trabalho típica da fase comercial do capitalismo, foi “extinta” quando o trabalho assalariado passou a predominar. Se, no mercantilismo (fase comercial), o Estado absolutista era favorável aos interesses da burguesia comercial, no tocante à atuação da nova burguesia industrial, ou capitais ta, era um empecilho. Ele não deveria intervir na economia, que funcionaria segundo a lógica do mercado, guiada pela livre concorrência. CAPITALISMO E SOCIALISMO Autor desconhecido 8 Consolidava-se, assim, uma nova doutrina econômica: o liberalismo. Disseminava-se entre os capitalistas essa nova ideologia, difundida por economistas britânicos, como Adam Smith e David Ricardo. Adam Smith lançou as bases do liberalismo no livro A riqueza das nações, publicado na Inglaterra em 1776. Essas novas ideias interessavam principalmente à Inglaterra, “oficina do mundo” – devido ao seu avanço industrial – e “rainha dos mares” – devido ao seu poderio naval. O país vendia seus produtos aos quatro cantos do planeta. Dentro das fábricas, mudanças importantes estavam acontecendo: a produtividade e a capacidade de produção aumentavam veloz mente; a profundava-se a divisão de trabalho e crescia a produção em série. Nessa época, segunda metade do século XIX, estava ocorrendo o que se convencionou chamar de Segunda Revolução Industrial. Uma das características mais importantes desse período foi a introdução de novas tecnologias e novas fontes de energia no processo produtivo. Pela primeira vez, tendo como pioneiros os Estados Unidos e a Alemanha, a ciência era apropriada pelo capital, ou seja, era posta a serviço da técnica, não mais como na Primeira Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, quando os avanços tecnológicos eram resultado de pesquisas espontâneas e autônomas. Agora havia uma verdadeira canalizaçãode esforços por parte das empresas e do Estado para a pesquisa científica com o objetivo de desenvolver novas técnicas de produção. A siderurgia avançou significativamente, assim como as indústrias mecânicas, graças ao aperfeiçoamento da fabricação do aço. Na indústria química, com a descoberta de novos elementos e materiais, ampliaram-se as possibilidades para novos vários setores, como o petroquímico. A descoberta da eletricidade beneficiou as indústrias e a sociedade em geral, pois promoveu grande melhoria na qualidade de vida. O desenvolvimento do motor a combustão interna, e a consequente utilização de combustíveis derivados do petróleo, abriu novos horizontes para os transportes, que se dinamizaram intensamente, em virtude da expansão da indústria automobilística e aeronáutica. Com o brutal aumento da produção, pois a industrialização expandia-se para outros países, acirrou-se cada vez mais a concorrência. Era cada vez maior a necessidade de se garantirem novos mercados consumidores, novas fontes de matérias-primas e novas áreas para investimentos lucrativos. Foi dentro desse quadro que ocorreu a expansão imperialista na Ásia e na África. Em 1885, na conferência de Berlim, retalhou-se o continente africano, partilhando entre as potências europeias. À s duas potências hegemônicas da época, Reino Unido e França couberam as maiores extensões de territórios coloniais. Portugal e Espanha há muitos decadentes, tentavam conserva seus domínios, conquistados no século XVI. Bélgica e Países Baixos, apesar de terem perdido muito do poderio alcançados no século XVIII, ocuparam importantes possessões. Finalmente, Alemanha e Itália, recentemente unificadas, apoderam-se de pequenas possessões territoriais. Essa partilha imperialista das potências industriais consolidou a divisão internacional do trabalho, pela qual as colônias se especializavam em fornece matérias-primas baratas para os CAPITALISMO E SOCIALISMO Autor desconhecido 9 países que então se industrializavam. Tal divisão, delineada no capitalismo comercial, consolidou-se na fase do capitalismo industrial. Assim, estruturou-se nas colônias uma economia totalmente subordinada à das potências imperialistas. Nessa época, também surgiu uma potência industrial fora da Europa: Os Estados Unidos da América. Em 1823, o então presidente norte-americano James Monroe decretou a doutrina Monroe, que tinha como lema “A América para os americanos”. Assim, os Estados Unidos delimitava a América Latina como sua área de influência econômica e geopolítica. Na Ásia, também em fins do século XIX, o Japão emergiu como potência, sobre tudo após a ascensão do imperador Mitsuhito, que deu inicio à chamada Era Meiji. O império do sol passou a competir com as potências europeias na conquista de territórios no leste da Ásia, como a rica China, disputada com os britânicos e os russos. A Alemanha, por Ter se unificado tardiamente (1871), perdeu a fase mais importante da corrida imperialista e sentiu-se lesada, especialmente frente ao Reino Unido e à França. Além disso, como a sua indústria crescia em rítmico mais rápido a dos demais países, também se ressentia mais da falta de mercados consumidores. O choque de interesses internos e externos entre as potências imperialistas europeias acabou levando a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918). Assim, a primeira metade do século XX, marcado por significativos avanços tecnológicos, foi também um período de grande instabilidade econômica e geopolítica. Além da Primeira Guerra mundial, ocorreu a Revolução Russa de 1917, a crise de 1929, e a Grande Depressão, a ascensão do nazi-fascismo na Europa e a Segunda Guerra Mundial (1939- 1945). Nessas poucas décadas, o capitalismo passou por crises e transformações, adquirindo novos contornos. O CAPITALISMO FINANCEIRO Uma das consequências mais importantes do crescimento acelerado da economia capitalista foi o brutal processo de concentração e centralização de capitais. Várias empresas surgiram e cresceram rapidamente: indústrias, bancos, corretoras de valores, casas comerciais, etc. A acirrada concorrência favoreceu as grandes empresas, levando a fusões e incorporações que resultaram, a parti de fins do século XIX, na monopolização ou oligopolização de muitos setores da economia. O capital entrava desse modo, em sua fase financeira e monopolista. É consenso marca como início dessa nova etapa da evolução capitalista a virada do século XIX para o século XX, coincidindo com o período da expansão imperialista (1875-1914). No entanto, a consolidação só ocorreu efetivamente após a Primeira Guerra Mundial, quando empresas tornaram-se muito mais poderosas e influentes, acentuando a internacionalização dos capitais. Boa parte dos grandes grupos econômicos da atualidade surgiram nesse período. Consolidou-se, particularmente nos Estados Unidos, um vigoroso mercado de capitais: as empresas foram abrindo cada vez mais seus capitais através da venda de ações em bolsas de valores. Isso permitiu a formação das gigantescas corporações da atualidade, cuja ações estão pulverizadas entre milhares de acionistas. Em geral, essas grandes empresas têm um acionista majoritário, que pode ser uma pessoa, uma família, uma empresa, um banco ou um holding, e o CAPITALISMO E SOCIALISMO Autor desconhecido 10 restante, muitas vezes milhões de ações, está na mão de pequenos investidores. No Brasil, uma empresa de capital aberto leva sua razão social o termo S.A . (sociedade anônima). Não é mais possível distinguir o capital industrial do capital bancário. Fala-se agora em capital financeiro. Os bancos passam a ter um papel cada vez mais importante, indústrias incorporam ou constituem bancos para lhes dar retaguarda. O liberalismo restringe-se cada vez mais ao plano da ideologia, pois o mercado passa a ser oligopolizado, dominado por grandes corporações, substituindo a livre concorrência e livre mercado. O Estado, por sua vez, passa a intervir na economia, seja como agente planejador ou coordenador, seja como agente produtor ou empresário. Essa atuação do Estado na economia intensificou-se após a crise de 1929, que viria sepultar definitivamente o liberalismo clássico. A crise de 1929 deveu-se ao excesso de produção industrial agrícola, pois os baixos salários pagos na época impediam a expansão do mercado de consumo interno; à recuperação da indústria europeia, que passou a importa menos dos Estados Unidos; e à exagerada especulação com ações na bolsa de valores. A ideologia capitalista vigente na época, porém, foi decisiva: acreditava-se, segundo os preceitos liberais, que o Estado não deveria intervir na economia. Mesmo depois da fase mais aguda da crise, que foi a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, o Estado ainda relutou durante meses antes de intervir na economia para evitar o aprofundamento da crise. Resultado: milhares de indústrias e bancos foram à falência, gerando cerca de quatorze milhões de desempregados em 1933. Assim, sucumbindo às evidências, foi elaborado um plano de combate à crise. Colocado em prática em 1933, pelo então presidente Franklin Roosevelt, o New Deal (“novo acordo”) foi um clássico exemplo de intervenção do Estado na economia. Baseado em um audacioso plano de obras públicas, com o objetivo principal de acabar com o desemprego, o New Deal foi fundamental para a recuperação da economia norte-americana. Essa política de intervenção estatal numa economia oligopolizada, que acaba favorecendo o grande capital, ficou conhecida como keynesianismo, por te sido o economista inglês John Maynard Keynes (1883-1946) seu principal teórico e defensor. Em cada setor da economia - petrolífero, elétrico,siderúrgico, têxtil, naval, ferroviário, etc. -, passam a predominar alguns grandes grupos. São os trustes, que controlam todas as etapas da produção, desde a retirada da matéria-prima da natureza, passando pela transformação de produtos até a distribuição de mercadorias. Quando esses trustes fazem acordo entre si, estabelecendo um preço comum, dividindo os mercados potenciais e, portanto, inviabilizando a livre concorrência, criam um cartel. No cartel não há, como no truste, a perda de autonomia das empresas envolvidas. O truste é resultado de um processos tipicamente capitalistas (concentração e centralização de capitais), que levam a fusões e incorporações de empresas de um mesmo setor de atividade. Já o cartel surge quando as empresas fazem acordos visando partilha entre si determinados mercados ou setores da economia. Em 1928, constitui-se um dos mais famosos e poderosos cartéis de todos os tempos, reunindo as companhias petrolíferas Exxon, Chevron, Gulf Oil, Mobil Oil, Texaco, British Petroleum e Royal Dutch/Shell, mundialmente conhecido como as “setes irmãs” do petróleo. Essas empresas (as cincos primeiras, norte-americanas; a outra britânica e a última anglo- CAPITALISMO E SOCIALISMO Autor desconhecido 11 holandesa) tinham, e ainda tem mais poder do que muitos Estados; controlam, em muitas regiões, todas as etapas da atividade petrolífera (extração, transporte, refino e distribuição do petróleo). Muitos trustes, surgidos no final do século XIX e início do século XX, transformaram-se em conglomerados. Resultante de um processo mais amplo de concentração e centralização de capitais, de uma brutal ampliação e diversificação do negócios, visando dominar as ofertas de determinados produtos ou serviços no mercado, os conglomerados, também chamados de grupos ou corporações, são o exemplo mais perfeito de empresas que atuam no capitalismo monopolista. Controlado por um Holding, eles estendem seus “tentáculos” por diferentes setores da economia. O objetivo fundamental é a manutenção da estabilidade do conglomerado, garantindo uma instabilidade média, já que há rentabilidades diferentes em cada setor. Os maiores conglomerados surgem hoje no Japão. O Mitsubishi Group, o maior do mundo, fabrica desde alimentos e lapiseiras até navios e aviões, passando por automóveis, aço, aparelhos de som, vídeos cassetes, televisores, etc., sem contar que as indústrias Mitsubishi têm tradicionalmente, como agente financiador, o Banco Mitsubishi. Este que já contava na lista dos maiores bancos do mundo, após a fusão com o banco de Tokyo, transformou-se no maior do planeta, o Tokyo-Mitsubishi. Outros exemplos de grandes conglomerados que atum em vários setores e tem interesses globais são AT&T (Estados Unidos), General Motors (Estados Unidos), Daimler-Benz (Alemanha), Siemens (Alemanha), Fiat (Itália), Nestlé (Suíça), Matsushita (Japão), Hitachi (Japão), Unilever (Países Baixos-Reinos Unido). As necessidades do capitalismo industrial-liberal _ matéria-prima, fontes de energia e mercado_ continuaram existindo no capitalismo financeiro-monopolista? Na verdade, tais necessidades se ampliaram, pois a produção industrial, movida pela Segunda Revolução Industrial, aumentou cada vez mais. Até meados deste século, a maior parte do mundo ainda era formada por colônias que apresentavam uma economia complementar à das potências, definindo a tradicional divisão internacional do trabalho. O imperialismo continuou, portanto, garantindo a expressão dos negócios nos países que estavam se industrializados. O desfecho da Segunda Guerra Mundial agravou o processo de decadência das antigas potências europeias, que se verificava desde o final da Primeira Guerra Mundial. Aos poucos, elas foram perdendo os seus domínios coloniais na Ásia e na África e, com a destruição provocada pela guerra, houve o deslocamento do centro de poder mundial com a emergência de duas superpotência: os Estados e a União Soviética. Do ponto de vista econômico, o período do pós-guerra foi marcado por acentuada mundialização da economia capitalista, sob o comando dos grandes conglomerados, agora chamados de multinacionais ou transnacionais. Foi o período de gestação das profundas transformações econômicas pelas quais o mundo iria passar, principalmente a partir dos anos 80, ou seja, o atual processo de globalização da economia. A INDUSTRIALIZAÇÃO RETARDARIA A industrialização brasileira é considerada retardaria, pelo motivo de que o capitalismo industrial já estava desenvolvido e concretizado em outros países. CAPITALISMO E SOCIALISMO Autor desconhecido 12 A burguesia cafeeira foi a responsável pela introdução do capitalismo no Brasil através dos investimentos em importações e exportações. A imigração em massa fez com que um grande contingente de trabalhadores ficasse a disposição dos industriais brasileiros. O abastecimento alimentício era importado, pois não havia ocorrido a mudança na economia interna. Os cafeicultores ao acumular, geraram capital dinheiro que se transformou em capital industrial, criando as condições necessárias para as transformações internas. No início vieram para o Brasil indústrias de mecanismos simples de fácil manuseio, explicando a preferência de indústrias de bens de consumo para trabalhadores. O período de 1888 a 1933 marca o momento do nascimento e da consolidação do capital industrial. Com a quebra da bolsa em 1929, a economia cafeeira sofreu um grande impacto, assim sendo necessária a interferência do governo na economia. Houve a necessidade de expandir, aumentar os modos de produção, tornando-os agora industriais. Favorecida pelo forte intervencionismo, e protecionismo estatal, a indústria de bens de consumo obteve altas taxas de lucro. Por outro lado, o investimento em melhorias nas indústrias foi bloqueado por meio da proibição nas importações de novos equipamentos, isso foi vigente entre 1931 a 1937. De 1933 a 1955, ocorre a industrialização restringida, pois as bases técnicas e financeiras de acumulação não são suficientes para que se implante o núcleo fundamental da indústria de bens de produção, que permitiria a capacidade produtiva crescer adiante da demanda. O nascimento tardio da indústria pesada implicava na descontinuidade tecnológica muito mais dramática, pois essa tecnologia era praticamente indisponível no mercado internacional, pois era controlada pelas empresas oligopolistas dos países industrializados. Nesse período o que se exige do Estado é bem claro: garantir forte proteção contra importações concorrentes; impedir a formação de sindicatos; realizar investimentos em infraestrutura. O governo de Juscelino caracterizou-se por um período de grande desenvolvimento econômico. A produção industrial chegou a crescer cerca de 80% nesse período. Foi marcado por um grande processo inflacionário. No final de seu governo, a dependência ao capital estrangeiro já se evidenciava. Influenciado pelos setores que se beneficiavam como crescimento industrial e pela situação, Jk seguiu com seu plano desenvolvimentista, 50 anos de desenvolvimento em cinco de mandato. Jânio quadros tinha o dever de controlar a inflação e quitar a dívida externa deixada pelo governo anterior em seu mandato. Essas medidas atingiram principalmente os líderes do regime deposto e as organizações que exigiam as reformas de base. O movimento vitorioso legitimava-se como restaurador da economia, abalada pelas constantes greves, e favorável à definição de um padrão de desenvolvimento baseado no capital estrangeiro e na livre empresa. Ao nível econômico o governo tentou estabelecer um controle sobre a inflação, incentivou as exportações e procurouatrair investimentos externos. Para controlar a inflação houve um arrocho dos salários, o aumento das tarifas públicas e uma diminuição dos gastos do estado. Essas CAPITALISMO E SOCIALISMO Autor desconhecido 13 medidas favoreceram acordos com os Estados Unidos, e empresas Norte americanas instalaram-se no país. A inflação chegou a 46% em 1976, ficou impossível conciliar o combate a inflação com o crescimento econômico, pois para combater ou estabilizar a inflação era preciso reduzir o crédito bancário, e isso provocaria naturalmente a desaceleração da economia. No governo de Geisel foram feitos vários empréstimos, para que se pudesse manter um índice de crescimento estável ao ano e melhorar a distribuição de renda para evitar um desgaste político. Com os novos empréstimos o governo Geisel conseguiu manter o crescimento econômico, porém a inflação também continuou a crescer em ritmo acelerado. O desequilíbrio entre as exportações e importações também exigia cuidados especiais. O petróleo sofreu um reajuste, o que foi prejudicial para o país haja vista que 80% do petróleo consumido naquela época era importado. A solução encontrada foi o uso do álcool como combustível alternativo. Apesar dos esforços de Geisel, o presidente Figueiredo herdou uma inflação que foi além dos 200% em 1983, e uma situação econômica que resultou na gigantesca recessão do início dos anos 80. No entanto, a divida externa, a inflação e o desemprego eram problemas que não poderiam ser enfrentados, somente com a criação de um novo combustível. O governo pediu empréstimos as FMI, não podendo pagar esta dívida, devido aos ajustes feitos pelos banqueiros internacionais, o governo e as empresas começaram pedir mais empréstimos para pagar a dívida externa. A inflação superou a cifra de 200%, prejudicando os trabalhadores que viam a desvalorização de seu dinheiro dia a dia. O desemprego aumentou devido a redução do crescimento econômico. Com o exagero de desemprego, os saques a supermercados foram absurdos. O agravamento da crise econômica desagradou à maioria da população, o que fez com que grande número de candidatos da oposição se elegessem. Esse foi o período que viveu a federação brasileira até 1988. DADOS BIBLIOGRÁFICOS http://www.not1.xpg.com.br/capitalismo-e-socialismo-sistema-economico-caracteristicas- diferencas/ http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/capitalismo/capitalismo-12.php http://www.caduxavier.com.br/mackenzie/index.php?option=com_content&view=article &id=149:fichamento-o-capitalismo-historico&catid=48:cultura-ii&Itemid=54 http://www.sohistoria.com.br/
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