Buscar

Apostila de economia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CAPITALISMO E SOCIALISMO 
Autor 
desconhecido 
 
1 
 
SOCIALISMO 
 
 O socialismo é uma doutrina política e econômica que surgiu no final do século 18 e na 
primeira metade do século 19. Depois, no século 20, houve várias tentativas de colocá-la em 
prática, em diversos países. Através de movimentos revolucionários, regimes comunistas foram 
implantados em nações tão diferentes quanto à Rússia, a China, Cuba, o Vietnã e a Coréia do Norte. 
 
DIFERENÇA ENTRE O SOCIALISMO E O COMUNISMO 
É muito comum a confusão existente acerca da diferença entre socialismo e comunismo. 
Será que as duas as expressões representam as mesmas ideias? Será que um é continuação do 
outro? Ou se trata de movimentos divergentes entre si? 
Vamos simplificar as ideias, a fim de evitar complicações. Em primeiro lugar, enquanto 
teoria, o socialismo não difere do comunismo. Essa diferença só apareceu quando o socialismo ou 
comunismo começou a ser colocado em prática. 
 
TEORIA E PRÁTICA 
Segundo Karl Marx, um dos principais filósofos do movimento, o socialismo é um regime 
político e econômico em que não existe a propriedade privada nem as classes sociais. Todos os 
bens seriam de todas as pessoas e não poderia haver diferenças econômicas entre os indivíduos. O 
próprio Marx chama esse modelo de comunismo, numa tentativa de se contrapor aos outros 
autores, que também defendiam o socialismo, mas propondo outros modelos de sociedade. No 
entanto, o próprio Marx usa tanto socialismo quanto comunismo para se referir à mesma ideia. 
No século 20, a ideia de socialismo proposta por Marx ganhou força política. Contudo, em 
vários países do mundo onde isso ocorreu, houve divergências sobre a melhor forma de 
transformar o socialismo em realidade. Lênin, um dos líderes socialistas russos, propôs, a partir de 
1917, uma revolução radical, que estabeleceria a "ditadura do proletariado". Por outro lado, houve 
socialistas que discordavam de Lênin, pois queriam mudanças menos tumultuadas e defendiam 
outros modelos socialistas, como a socialdemocracia e até o nacional-socialismo, isto é, o nazismo. 
Assim, desde a Revolução Russa, em 1917, socialismo e comunismo passaram a designar 
duas coisas bem diferentes. O socialismo constituiu-se numa doutrina menos radical do que o 
comunismo, propondo uma reforma gradual da sociedade capitalista, de modo a chegar a um 
modelo em que exista equilíbrio entre o valor do capital e o do trabalho, para diminuir a distância 
entre ricos e pobres. O comunismo, ao contrário, defende o fim da ordem capitalista, através de 
uma revolução armada, objetivando fim da burguesia. 
 
UMA RESPOSTA AO CAPITALISMO INDUSTRIAL 
Apresentadas as semelhanças e diferenças, vamos olhar agora as teorias socialistas, que 
são a base para qualquer uma dessas práticas políticas. Se voltarmos nossa atenção especialmente 
para a origem das teorias socialistas, constataremos que elas surgiram ao mesmo tempo em que 
ocorria a Revolução Industrial e o capitalismo atingia um momento de desenvolvimento pleno. 
Dessa forma, não se pode achar que seja mera coincidência o surgimento de tais ideias nesse 
CAPITALISMO E SOCIALISMO 
Autor 
desconhecido 
 
2 
 
momento. Na verdade, elas são uma resposta que os intelectuais da época deram ao que eles 
consideravam agressões do capitalismo industrial recém-surgido. Ora, se socialismo e capitalismo 
mantêm entre si uma relação de oposição, para compreender aquele, é necessário, antes de tudo, 
entender este último. Foi esse o percurso trilhado por Marx. Segundo ele e outros teóricos adeptos 
de suas ideias, o capitalismo é um modelo econômico que surgiu na transição do 
período medieval para a Idade Moderna, pela superação do feudalismo. 
Assim, o capitalismo primeiro aparece como mercantilismo ou capitalismo comercial no século 15. 
Depois, a partir do século 18, com o surgimento das máquinas a vapor, dos teares mecânicos e das 
fábricas, o sistema entrou em uma nova fase, chamada de capitalismo industrial.·. 
A LUTA DAS CLASSES 
No capitalismo industrial, como o próprio nome diz, a maior fonte de riqueza está nas 
indústrias. Mas como se gera essa riqueza? De acordo com Marx, através da propriedade privada 
dos meios de produção. É a propriedade que permite gerar capital, dinheiro, renda, lucro. Os bens 
que existem na sociedade, tais como fábricas, equipamentos, etc. não pertencem a todas as 
pessoas que vivem nessa sociedade. 
Assim, algumas pessoas possuem esses bens - e foram chamadas de capitalistas, ou 
burguesas. Outras pessoas, as que nada têm, além de sua capacidade ou força de trabalho, veem-se 
obrigados a trabalhar para os donos das fábricas. Esses despossuídos, portanto, tornam-se 
operários nas indústrias e são chamadas de proletários. Vale notar que essas duas classes 
constituem, respectivamente, o topo e a base da pirâmide social. 
Como Marx vê a relação entre burgueses e proletários? No sistema capitalista, os 
proletários produzem mercadorias que, ao serem vendidas, cobrem os custos da fábrica (aluguel, 
gastos com energia, compra de máquinas, salários, impostos etc.). Se a indústria funcionar bem, a 
renda gerada - além de pagar todos os custos - ainda dá lucros para o dono da empresa. 
De acordo com a filosofia liberal, o capitalista merece ficar com os lucros, pois foi ele quem 
investiu para gerá-los. Assim, ele não precisa repassá-los para os empregados: somente pagar-lhes 
um salário, em geral de valor pequeno. Ao contrário, para Marx, o que traz riqueza são os produtos 
gerados pelo trabalho, mas essa riqueza - injustamente - não é repassada para os que 
verdadeiramente a produzem. Por isso, o capitalismo seria um modelo econômico fundado na 
injustiça social, pois, apesar de gerar imensas riquezas, não as distribui de um modo correto, 
condenando os trabalhadores à pobreza. 
 
SOCIALISMO UTÓPICO 
Na verdade, a crítica ao capitalismo é anterior a Marx e aparece já no final do século 18. 
Alguns autores até acreditavam no sistema capitalista, mas queriam alguns ajustes. O francês Saint 
Simon, por exemplo, defende um tipo de socialismo planificado, em que o mercado deve ter algum 
tipo de controle estatal. Já Charles Fourier é contrário a essas ideias e defende um sistema de 
trabalho em cooperativas, em que os empregados fossem donos das fábricas e repartissem o lucro 
entre si. 
O outro pensador desse período, considerado o pai do socialismo utópico (utopia significa 
sonho, algo ideal, mas não necessariamente possível) é Robert Owen. Segundo ele, os 
CAPITALISMO E SOCIALISMO 
Autor 
desconhecido 
 
3 
 
trabalhadores deveriam se organizar em cooperativas, sem salário, retirando de sua produção 
aquilo que necessitassem para sua sobrevivência. Como essas ideias pareciam impossíveis de 
darem certo, aos olhos dos homens daquele período, Owen foi tachado de "socialista utópico". 
 
O MARXISMO 
Entretanto, o principal elaborador da teoria socialista, que inclusive acabou ganhando 
também o seu nome, foi o alemão Karl Marx, juntamente com Friedrich Engels, coautor de grande 
parte de sua obra. "O Manifesto Comunista", escrito pelos dois em 1848, em meios às revoltas 
sociais que agitavam a Europa naquele momento, foi a primeira grande manifestação de suas 
ideias. Como ambos os autores apresentassem uma interpretação da história baseada no que 
consideravam a constatação de fatos, de acordo com os princípios da ciência da época, o marxismo 
também é denominado como socialismo científico. 
Ao longo do século 20 e até os dias de hoje, o modelo socialista de uma sociedade sem 
classes e sem propriedade privada ainda está no campo do ideal. Nos países em que foi implantado, 
o comunismo tentou abolira propriedade privada, mas não conseguiu eliminar as classes sociais. 
Os políticos que tomaram conta do Estado nas sociedades comunistas acabaram se tornando uma 
nova classe social, privilegiada em comparação ao restante da população. 
Além disso, constituíram regimes autoritários e violentos, que chegaram a promover 
verdadeiros massacres entre suas próprias populações. Essa tentativa de aplicação do regime 
comunista ainda sobrevive em alguns países nos dias atuais, como em Cuba e na China. No entanto, 
o capitalismo já recomeçou a entrar nestes países e a alterar, gradativamente, seus regimes. 
 
CARACTERÍSTICAS DO SOCIALISMO E A SUA PROPAGAÇÃO PELO MUNDO 
 
Até 1917 a Rússia era um país feudal e capitalista. O povo não participava da vida política e 
vivia em condições miseráveis. Esta situação fez com que a população, apoiada nas ideias 
socialistas, principalmente nas de Marx, derrubasse o governo do czar Nicolau II e organizasse uma 
nova sociedade oposta à capitalista – a socialista. A Rússia foi o primeiro país a se tornar socialista 
e, posteriormente, passou a se chamar União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). 
Em linhas gerais, podemos caracterizar o socialismo como um sistema onde: 
 Não existe propriedade privada ou particular dos meios de produção; 
 A economia é controlada pelo Estado com o objetivo de promover uma distribuição justa da 
riqueza entre todas as pessoas da sociedade; 
 O trabalho é pago segundo a quantidade e qualidade do mesmo. 
 Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), outros países se tornaram socialistas, como, 
por exemplo. A Iugoslávia, a Polônia, a China, o Vietnã, a Coréia do Norte e Cuba. 
Entretanto, este novo sistema colocado em prática nesses países, principalmente na União 
Soviética, apresenta vários problemas: falta de participação do povo nas decisões 
governamentais; 
 Falta de liberdade de pensamento e expressão; formação de um grupo político altamente 
privilegiado. 
CAPITALISMO E SOCIALISMO 
Autor 
desconhecido 
 
4 
 
 
A teoria econômica elaborada por Karl Marx, Friedrich Engels e outros pensadores foi interpretada 
de várias formas, dando origem a diferenças entre os socialismos implantados. 
 
CARACTERÍSTICAS DE PAÍSES DESENVOLVIDOS E SUBDESENVOLVIDOS 
Países subdesenvolvidos 
Alta taxa de analfabetismo e deficiente nível de instrução baixa renda per capita baixo 
consumo de energia mecânica predominância da população economicamente ativa no setor 
primário (agricultura) baixo nível alimentar (existência da fome) dependência econômica elevadas 
taxas de natalidade grande crescimento populacional elevada taxa de mortalidade infantil baixo 
nível de industrialização emprego de técnicas atrasadas 
 
Países desenvolvidos 
Baixa taxa de analfabetismo elevada renda per capita elevada consumo de energia 
mecânica predominância da população economicamente ativa no setor secundário (indústria) e no 
terciário (serviços) elevado nível alimentar dominação econômica baixas taxas de mortalidade 
infantil predomínio de produtos industrializados nas exportações elevado nível de industrialização 
controle da ciência e da tecnologia elevada esperança de vida. 
 
 
 
CAPITALISMO 
 
AS RELAÇÕES DE TRABALHO NA IDADE MODERNA E CONTEMPORÂNEA: A FORMAÇÃO DO 
CAPITALISMO 
A Idade Moderna, de 1453 a 1789, e a formação do capitalismo comercial. 
No século XV, o comércio já era a principal atividade econômica da Europa. Os 
comerciantes, ou a classe burguesa, já tinham acumulado grandes capitais realizando o comércio 
com a África e a Ásia, através do mar Mediterrâneo. O capital torna-se a principal fonte de riqueza, 
substituindo a terra, do período feudal. 
 
De que forma o capital podia ser acumulado ou obtido? 
Por meio da ampliação cada vez maior do comércio; por meio da exploração do ouro e da 
prata. A expansão do comércio gerou a necessidade de se aumentar a produção, principalmente o 
artesanal. Os artesãos mais ricos começaram a comprar as oficinas dos artesãos mais pobres. Estes 
se transformaram, então, em trabalhadores assalariados, e o número de empregados nas oficinas 
foi aumentando. A fase de acumulação do capital por meio do lucro obtido com o comércio e, 
ainda, por meio da exploração do trabalho do homem, seja o assalariado ou o escravo, recebe o 
nome de capitalismo comercial. Nesta fase do capitalismo, nos séculos XV e XVI, ocorreu a 
expansão marítimo-comercial. A expansão marítima europeia fez ressurgir o colonialismo. 
 
CAPITALISMO E SOCIALISMO 
Autor 
desconhecido 
 
5 
 
A Idade Contemporânea, de 1789 até os dias atuais: a formação do capitalismo em sua forma 
moderna – o capitalismo industrial – e as relações de trabalho. 
Até o século XVIII, o comércio era a principal atividade econômica da Europa, 
proporcionando grandes lucros à burguesia comercial. Nesta época começaram a surgir novas 
técnicas de produção de mercadorias. Como exemplo podemos citar a invenção da máquina a 
vapor, do tear mecânico e, consequentemente, dos lucros da burguesia. Surge deste modo, um 
novo grupo econômico, muito mais forte que a burguesia comercial. Cabia a burguesia industrial a 
maior parte dos lucros, enquanto a grande maioria dos homens continuava pobre, Uns 
continuaram trabalhando a terra arrendada, outros se tornaram operários assalariados. Essa 
situação histórica é conhecida como Revolução Industrial. 
O primeiro país a realizar a Revolução Industrial foi à Inglaterra, em 1750. Posteriormente, 
já no século XIX, outros países realizaram a Revolução Industrial: França, Alemanha, Bélgica, Itália, 
Rússia, Estados Unidos e Japão. 
O capitalismo industrial, firmando-se como novo modo de vida, fez com que o trabalho 
assalariado se tornasse generalizado. O homem passou, assim, a comprar o trabalho de outro 
homem por meio de salário. A Revolução Industrial tornou mais intensa à competição entre os 
países industriais, para obter matérias-primas, produzir e vender seus produtos no mundo, fazendo 
surgir um novo colonialismo no século XIX – o imperialismo. As potências industriais europeias 
invadiram e ocuparam grades áreas dos continentes africano e asiático. Fundaram colônias e 
exploraram as populações nativas, pagando baixos salários pelo seu trabalho. Além de fornecer 
matérias-primas para as indústrias europeias, as colônias eram também grandes mercados 
consumidores de produtos industriais. Os países americanos, apesar de independentes de suas 
metrópoles europeias – Portugal, Espanha e Inglaterra –, não escaparam dessa dominação colonial, 
principalmente da Inglaterra. 
Os países latino-americanos, inclusive o Brasil, continuaram como simples vendedores de 
matérias-primas e aliamentos para as indústrias europeias e como compradores dos produtos 
industriais europeus. 
A Revolução Industrial levou a um aumento da produção, dos lucros e, também, da 
exploração do trabalho humano. O trabalhador foi submetido a longas jornadas de trabalho, 14 
horas ou mais, recebendo baixos salários. Não eram somente adultos que se transformavam em 
operários: crianças de apenas seis anos empregavam-se nas fábricas, executando tarefas por um 
salário menor que o do adulto. Essa situação levou os trabalhadores a se revoltarem. Inicialmente 
eram revoltas isoladas, mas, depois, os operários se organizaram em sindicatos, para lutar por seus 
interesses. E os trabalhadores descobriram uma arma para lutar contra a exploração de sua força 
de trabalho – a greve. 
A atual fase do capitalismo recebe o nome de capitalismo financeiro. A atividade bancária, 
ou seja, empréstimos de dinheiro a juros predomina. Todas as outras atividades dependem dos 
empréstimos bancários. A moeda tornou-se a principal "mercadoria"do sistema. 
 
AS CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA CAPITALISTA 
Este sistema caracteriza em linhas gerais: 
CAPITALISMO E SOCIALISMO 
Autor 
desconhecido 
 
6 
 
 Pela propriedade privada ou particular dos meios de produção 
 Pelo trabalho assalariado; pelo predomínio da livre iniciativa sobre a planificação 
estatal. 
A interferência do Estado nos negócios é pequena. Diante do que foi exposto, percebe-se 
que a sociedade capitalista divide-se em duas classes sociais: a que possui os meios de produção, 
denominada burguesia; a que possui apenas a sua força de trabalho, denominada proletariado. 
Socialismo A preocupação com as injustiças sociais já existia desde a Antiguidade Desde a 
Antiguidade algumas pessoas, preocupadas com a vida em sociedade, pensavam em modificar a 
organização social e assim melhorar as relações entre os homens. Na Idade Moderna também 
houve essa preocupação. Um inglês de nome Thomas More escreveu um livro chamado Utopia, 
onde mostrou como imaginava a sociedade de uma forma menos injusta. 
Entretanto, com as grandes desigualdades sociais criadas pela Revolução Industrial, as 
ideias de reformar a sociedade ganharam mais força. Foi assim que surgiram pensadores como 
Saint-Simon, Charles Fourier, Pierre Proudhon, Karl Marx, Friedrich Engels e outros. Estes 
pensadores ficaram conhecidos como socialistas. 
Essas ideias socialistas espalharam-se pela Europa e depois por todo mundo; e não ficaram 
somente na teoria. É o caso da Revolução Socialista de 1917, na Rússia, onde a população colocou 
em prática as ideias socialistas. 
 
O CAPITALISMO COMERCIAL 
Essa etapa do capitalismo estendeu-se desde fins do século XV até o século XVIII. Foi 
marcada pela expansão marítima das potencias da Europa Ocidental na época (Portugal e Espanha), 
em busca de novas rotas para as Índias, objetivando romper a hegemonia italiana no comercio com 
o Oriente via Mediterrâneo. 
Foi o período das Grandes Navegações e descobrimentos, das conquistas territoriais, e 
também da escravização e genocídio de milhões de nativos da América e da África. 
Grande acumulo de capitais se dava na esfera da circulação, ou seja, por meio do 
comercio, daí o temo capitalismo comercial para designar o período. A economia funcionava 
segundo a doutrina mercantilista, que, em sentido amplo, pregava a intervenção governamental na 
economia, a fim de promover a prosperidade nacional e aumentar o poder do Estado. 
 
Nesse sentido, defendia a necessidade de acumulação de riquezas no interior dos Estados, e a 
riqueza e o poder de um pais eram medidos pela quantidade de metais preciosos (ouro e prata) 
que possuíam. 
Esse princípio ficou conhecido como metalismo. Após a descoberta de ouro e prata na 
América houve um enorme fluxo de metais preciosos para a Europa, sobretudo para a Espanha, 
Reino Unido e Portugal. 
Outro meio de acumular riquezas era manter uma balança comercial sempre favorável, daí 
o esforço para exportar mais que importar, garantido saldos comerciais positivos. Assim, o Estado 
deveria ser forte para apoiar a expansão marítima e o colonialismo, que garantiram alta 
CAPITALISMO E SOCIALISMO 
Autor 
desconhecido 
 
7 
 
lucratividade, já que as colônias eram obrigadas a vender seus produtos às metrópoles a preços 
baixos e a comprar delas o que necessitavam a preços altos. 
O CAPITALISMO INDUSTRIAL 
O Capitalismo industrial foi marcado por grandes transformações econômicas, sociais, 
políticas e culturais. As maiores mudanças resultaram do que se convencionou chamar de 
Revolução Industrial (estamos nos referindo aqui à Primeira Revolução Industrial, ocorrida no Reino 
Unido na segunda metade do século XVIII). 
Um de seus aspectos mais importantes foi a enorme potencializarão da capacidade de 
transformação da natureza, por meio da utilização cada vez mais disseminada de máquinas 
movidas a vapor, produzindo pela queima do carvão, tornando acessível aos consumidores uma 
quantidade cada vez maior de produtos, o que multiplicava os lucros dos produtores. 
O comercio não era mais a essência do sistema. O lucro – o objetivo dessa nova fase do 
capitalismo-advinha fundamentalmente da produção de mercadorias. Mas de que modo se lucrava 
com a produção em serie de tecidos, maquinas ferramentas armas? Ou com os rápidos avanços nos 
transportes, graças ao surgimento dos trens e barcos a vapor? 
Foi Karl Marx, um dos mais influentes pensadores alemães do século passado, quem 
desvendou o mecanismo da exploração capitalista, que é a essência do lucro, o chamado de mais-
valia. Vejamos no que consiste: 
A toda jornada de trabalho corresponde a uma remuneração, que permitira a subsistência 
do trabalhador. No entanto, o trabalhador produz um valor maior do que aquele que recebe na 
forma de salário, e essa fatia de trabalho não pago é apropriada pelos donos das fabricas, das 
fazendas, das minas, etc. 
Dessa forma, todo produto ou serviço vendido traz esse valor não transferido ao 
trabalhador, permitindo o acumulo de lucro pelos capitalistas. Há duas maneiras principais de 
aumentar a taxa de exploração ou mais-valia do trabalhador: a forma absoluta e a relativa. A mais-
valia absoluta consiste em alongar ou aumentar a jornada diária de trabalho. A mais-valia relativa 
consiste em aumentar a produtividade do trabalho, aumentar o rendimento do trabalhador sem 
alongar a jornada diária. 
Ficou fácil entender por que o regime assalariado é a relação de trabalho mais adequada 
ao capitalismo? O trabalho assalariado é uma relação tipicamente capitalista, pois se dissemina à 
medida que o capital começa a ser reproduzido, provocando uma crescente necessidade de 
expansão dos mercados consumidores. 
O trabalhador assalariado além de apresentar maior produtividade que o escravo, tem 
renda disponível para o consumo, ao contrario daquele. Assume, a escravidão, uma relação de 
trabalho típica da fase comercial do capitalismo, foi “extinta” quando o trabalho assalariado passou 
a predominar. 
Se, no mercantilismo (fase comercial), o Estado absolutista era favorável aos interesses da 
burguesia comercial, no tocante à atuação da nova burguesia industrial, ou capitais ta, era um 
empecilho. Ele não deveria intervir na economia, que funcionaria segundo a lógica do mercado, 
guiada pela livre concorrência. 
CAPITALISMO E SOCIALISMO 
Autor 
desconhecido 
 
8 
 
Consolidava-se, assim, uma nova doutrina econômica: o liberalismo. Disseminava-se entre 
os capitalistas essa nova ideologia, difundida por economistas britânicos, como Adam Smith e David 
Ricardo. Adam Smith lançou as bases do liberalismo no livro A riqueza das nações, publicado na 
Inglaterra em 1776. 
Essas novas ideias interessavam principalmente à Inglaterra, “oficina do mundo” – devido 
ao seu avanço industrial – e “rainha dos mares” – devido ao seu poderio naval. O país vendia seus 
produtos aos quatro cantos do planeta. 
Dentro das fábricas, mudanças importantes estavam acontecendo: a produtividade e a 
capacidade de produção aumentavam veloz mente; a profundava-se a divisão de trabalho e crescia 
a produção em série. 
Nessa época, segunda metade do século XIX, estava ocorrendo o que se convencionou 
chamar de Segunda Revolução Industrial. Uma das características mais importantes desse período 
foi a introdução de novas tecnologias e novas fontes de energia no processo produtivo. 
Pela primeira vez, tendo como pioneiros os Estados Unidos e a Alemanha, a ciência era apropriada 
pelo capital, ou seja, era posta a serviço da técnica, não mais como na Primeira Revolução 
Industrial, ocorrida no século XVIII, quando os avanços tecnológicos eram resultado de pesquisas 
espontâneas e autônomas. Agora havia uma verdadeira canalizaçãode esforços por parte das 
empresas e do Estado para a pesquisa científica com o objetivo de desenvolver novas técnicas de 
produção. 
A siderurgia avançou significativamente, assim como as indústrias mecânicas, graças ao 
aperfeiçoamento da fabricação do aço. Na indústria química, com a descoberta de novos elementos 
e materiais, ampliaram-se as possibilidades para novos vários setores, como o petroquímico. A 
descoberta da eletricidade beneficiou as indústrias e a sociedade em geral, pois promoveu grande 
melhoria na qualidade de vida. 
O desenvolvimento do motor a combustão interna, e a consequente utilização de 
combustíveis derivados do petróleo, abriu novos horizontes para os transportes, que se 
dinamizaram intensamente, em virtude da expansão da indústria automobilística e aeronáutica. 
Com o brutal aumento da produção, pois a industrialização expandia-se para outros países, 
acirrou-se cada vez mais a concorrência. Era cada vez maior a necessidade de se garantirem novos 
mercados consumidores, novas fontes de matérias-primas e novas áreas para investimentos 
lucrativos. 
Foi dentro desse quadro que ocorreu a expansão imperialista na Ásia e na África. Em 1885, 
na conferência de Berlim, retalhou-se o continente africano, partilhando entre as potências 
europeias. 
À s duas potências hegemônicas da época, Reino Unido e França couberam as maiores 
extensões de territórios coloniais. Portugal e Espanha há muitos decadentes, tentavam conserva 
seus domínios, conquistados no século XVI. Bélgica e Países Baixos, apesar de terem perdido muito 
do poderio alcançados no século XVIII, ocuparam importantes possessões. Finalmente, Alemanha e 
Itália, recentemente unificadas, apoderam-se de pequenas possessões territoriais. 
Essa partilha imperialista das potências industriais consolidou a divisão internacional do 
trabalho, pela qual as colônias se especializavam em fornece matérias-primas baratas para os 
CAPITALISMO E SOCIALISMO 
Autor 
desconhecido 
 
9 
 
países que então se industrializavam. Tal divisão, delineada no capitalismo comercial, consolidou-se 
na fase do capitalismo industrial. Assim, estruturou-se nas colônias uma economia totalmente 
subordinada à das potências imperialistas. 
Nessa época, também surgiu uma potência industrial fora da Europa: Os Estados Unidos da 
América. Em 1823, o então presidente norte-americano James Monroe decretou a doutrina 
Monroe, que tinha como lema “A América para os americanos”. Assim, os Estados Unidos 
delimitava a América Latina como sua área de influência econômica e geopolítica. 
Na Ásia, também em fins do século XIX, o Japão emergiu como potência, sobre tudo após a 
ascensão do imperador Mitsuhito, que deu inicio à chamada Era Meiji. O império do sol passou a 
competir com as potências europeias na conquista de territórios no leste da Ásia, como a rica 
China, disputada com os britânicos e os russos. 
A Alemanha, por Ter se unificado tardiamente (1871), perdeu a fase mais importante da 
corrida imperialista e sentiu-se lesada, especialmente frente ao Reino Unido e à França. Além disso, 
como a sua indústria crescia em rítmico mais rápido a dos demais países, também se ressentia mais 
da falta de mercados consumidores. O choque de interesses internos e externos entre as potências 
imperialistas europeias acabou levando a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918). 
Assim, a primeira metade do século XX, marcado por significativos avanços tecnológicos, 
foi também um período de grande instabilidade econômica e geopolítica. Além da Primeira Guerra 
mundial, ocorreu a Revolução Russa de 1917, a crise de 1929, e a Grande Depressão, a ascensão do 
nazi-fascismo na Europa e a Segunda Guerra Mundial (1939- 1945). Nessas poucas décadas, o 
capitalismo passou por crises e transformações, adquirindo novos contornos. 
 
O CAPITALISMO FINANCEIRO 
Uma das consequências mais importantes do crescimento acelerado da economia 
capitalista foi o brutal processo de concentração e centralização de capitais. Várias empresas 
surgiram e cresceram rapidamente: indústrias, bancos, corretoras de valores, casas comerciais, etc. 
A acirrada concorrência favoreceu as grandes empresas, levando a fusões e incorporações que 
resultaram, a parti de fins do século XIX, na monopolização ou oligopolização de muitos setores da 
economia. 
O capital entrava desse modo, em sua fase financeira e monopolista. É consenso marca 
como início dessa nova etapa da evolução capitalista a virada do século XIX para o século XX, 
coincidindo com o período da expansão imperialista (1875-1914). No entanto, a consolidação só 
ocorreu efetivamente após a Primeira Guerra Mundial, quando empresas tornaram-se muito mais 
poderosas e influentes, acentuando a internacionalização dos capitais. 
Boa parte dos grandes grupos econômicos da atualidade surgiram nesse período. 
Consolidou-se, particularmente nos Estados Unidos, um vigoroso mercado de capitais: as 
empresas foram abrindo cada vez mais seus capitais através da venda de ações em bolsas de 
valores. Isso permitiu a formação das gigantescas corporações da atualidade, cuja ações estão 
pulverizadas entre milhares de acionistas. Em geral, essas grandes empresas têm um acionista 
majoritário, que pode ser uma pessoa, uma família, uma empresa, um banco ou um holding, e o 
CAPITALISMO E SOCIALISMO 
Autor 
desconhecido 
 
10 
 
restante, muitas vezes milhões de ações, está na mão de pequenos investidores. No Brasil, uma 
empresa de capital aberto leva sua razão social o termo S.A . (sociedade anônima). 
Não é mais possível distinguir o capital industrial do capital bancário. Fala-se agora em 
capital financeiro. Os bancos passam a ter um papel cada vez mais importante, indústrias 
incorporam ou constituem bancos para lhes dar retaguarda. 
O liberalismo restringe-se cada vez mais ao plano da ideologia, pois o mercado passa a ser 
oligopolizado, dominado por grandes corporações, substituindo a livre concorrência e livre 
mercado. O Estado, por sua vez, passa a intervir na economia, seja como agente planejador ou 
coordenador, seja como agente produtor ou empresário. Essa atuação do Estado na economia 
intensificou-se após a crise de 1929, que viria sepultar definitivamente o liberalismo clássico. 
A crise de 1929 deveu-se ao excesso de produção industrial agrícola, pois os baixos salários 
pagos na época impediam a expansão do mercado de consumo interno; à recuperação da indústria 
europeia, que passou a importa menos dos Estados Unidos; e à exagerada especulação com ações 
na bolsa de valores. A ideologia capitalista vigente na época, porém, foi decisiva: acreditava-se, 
segundo os preceitos liberais, que o Estado não deveria intervir na economia. 
Mesmo depois da fase mais aguda da crise, que foi a quebra da bolsa de valores de Nova 
Iorque, o Estado ainda relutou durante meses antes de intervir na economia para evitar o 
aprofundamento da crise. Resultado: milhares de indústrias e bancos foram à falência, gerando 
cerca de quatorze milhões de desempregados em 1933. Assim, sucumbindo às evidências, foi 
elaborado um plano de combate à crise. 
Colocado em prática em 1933, pelo então presidente Franklin Roosevelt, o New Deal 
(“novo acordo”) foi um clássico exemplo de intervenção do Estado na economia. Baseado em um 
audacioso plano de obras públicas, com o objetivo principal de acabar com o desemprego, o New 
Deal foi fundamental para a recuperação da economia norte-americana. 
Essa política de intervenção estatal numa economia oligopolizada, que acaba favorecendo 
o grande capital, ficou conhecida como keynesianismo, por te sido o economista inglês John 
Maynard Keynes (1883-1946) seu principal teórico e defensor. Em cada setor da economia - 
petrolífero, elétrico,siderúrgico, têxtil, naval, ferroviário, etc. -, passam a predominar alguns 
grandes grupos. São os trustes, que controlam todas as etapas da produção, desde a retirada da 
matéria-prima da natureza, passando pela transformação de produtos até a distribuição de 
mercadorias. Quando esses trustes fazem acordo entre si, estabelecendo um preço comum, 
dividindo os mercados potenciais e, portanto, inviabilizando a livre concorrência, criam um cartel. 
No cartel não há, como no truste, a perda de autonomia das empresas envolvidas. O truste 
é resultado de um processos tipicamente capitalistas (concentração e centralização de capitais), 
que levam a fusões e incorporações de empresas de um mesmo setor de atividade. Já o cartel surge 
quando as empresas fazem acordos visando partilha entre si determinados mercados ou setores da 
economia. 
Em 1928, constitui-se um dos mais famosos e poderosos cartéis de todos os tempos, 
reunindo as companhias petrolíferas Exxon, Chevron, Gulf Oil, Mobil Oil, Texaco, British Petroleum 
e Royal Dutch/Shell, mundialmente conhecido como as “setes irmãs” do petróleo. 
Essas empresas (as cincos primeiras, norte-americanas; a outra britânica e a última anglo-
CAPITALISMO E SOCIALISMO 
Autor 
desconhecido 
 
11 
 
holandesa) tinham, e ainda tem mais poder do que muitos Estados; controlam, em muitas regiões, 
todas as etapas da atividade petrolífera (extração, transporte, refino e distribuição do petróleo). 
Muitos trustes, surgidos no final do século XIX e início do século XX, transformaram-se em 
conglomerados. Resultante de um processo mais amplo de concentração e centralização de 
capitais, de uma brutal ampliação e diversificação do negócios, visando dominar as ofertas de 
determinados produtos ou serviços no mercado, os conglomerados, também chamados de grupos 
ou corporações, são o exemplo mais perfeito de empresas que atuam no capitalismo monopolista. 
Controlado por um Holding, eles estendem seus “tentáculos” por diferentes setores da economia. 
O objetivo fundamental é a manutenção da estabilidade do conglomerado, garantindo uma 
instabilidade média, já que há rentabilidades diferentes em cada setor. 
Os maiores conglomerados surgem hoje no Japão. O Mitsubishi Group, o maior do mundo, 
fabrica desde alimentos e lapiseiras até navios e aviões, passando por automóveis, aço, aparelhos 
de som, vídeos cassetes, televisores, etc., sem contar que as indústrias Mitsubishi têm 
tradicionalmente, como agente financiador, o Banco Mitsubishi. 
Este que já contava na lista dos maiores bancos do mundo, após a fusão com o banco de 
Tokyo, transformou-se no maior do planeta, o Tokyo-Mitsubishi. Outros exemplos de grandes 
conglomerados que atum em vários setores e tem interesses globais são AT&T (Estados Unidos), 
General Motors (Estados Unidos), Daimler-Benz (Alemanha), Siemens (Alemanha), Fiat (Itália), 
Nestlé (Suíça), Matsushita (Japão), Hitachi (Japão), Unilever (Países Baixos-Reinos Unido). 
As necessidades do capitalismo industrial-liberal _ matéria-prima, fontes de energia e 
mercado_ continuaram existindo no capitalismo financeiro-monopolista? Na verdade, tais 
necessidades se ampliaram, pois a produção industrial, movida pela Segunda Revolução Industrial, 
aumentou cada vez mais. 
Até meados deste século, a maior parte do mundo ainda era formada por colônias que 
apresentavam uma economia complementar à das potências, definindo a tradicional divisão 
internacional do trabalho. O imperialismo continuou, portanto, garantindo a expressão dos 
negócios nos países que estavam se industrializados. 
O desfecho da Segunda Guerra Mundial agravou o processo de decadência das antigas 
potências europeias, que se verificava desde o final da Primeira Guerra Mundial. Aos poucos, elas 
foram perdendo os seus domínios coloniais na Ásia e na África e, com a destruição provocada pela 
guerra, houve o deslocamento do centro de poder mundial com a emergência de duas 
superpotência: os Estados e a União Soviética. 
Do ponto de vista econômico, o período do pós-guerra foi marcado por acentuada 
mundialização da economia capitalista, sob o comando dos grandes conglomerados, agora 
chamados de multinacionais ou transnacionais. Foi o período de gestação das profundas 
transformações econômicas pelas quais o mundo iria passar, principalmente a partir dos anos 80, 
ou seja, o atual processo de globalização da economia. 
 
A INDUSTRIALIZAÇÃO RETARDARIA 
A industrialização brasileira é considerada retardaria, pelo motivo de que o capitalismo 
industrial já estava desenvolvido e concretizado em outros países. 
CAPITALISMO E SOCIALISMO 
Autor 
desconhecido 
 
12 
 
A burguesia cafeeira foi a responsável pela introdução do capitalismo no Brasil através dos 
investimentos em importações e exportações. 
A imigração em massa fez com que um grande contingente de trabalhadores ficasse a 
disposição dos industriais brasileiros. O abastecimento alimentício era importado, pois não havia 
ocorrido a mudança na economia interna. 
Os cafeicultores ao acumular, geraram capital dinheiro que se transformou em capital 
industrial, criando as condições necessárias para as transformações internas. No início vieram para 
o Brasil indústrias de mecanismos simples de fácil manuseio, explicando a preferência de indústrias 
de bens de consumo para trabalhadores. O período de 1888 a 1933 marca o momento do 
nascimento e da consolidação do capital industrial. 
Com a quebra da bolsa em 1929, a economia cafeeira sofreu um grande impacto, assim 
sendo necessária a interferência do governo na economia. Houve a necessidade de expandir, 
aumentar os modos de produção, tornando-os agora industriais. 
Favorecida pelo forte intervencionismo, e protecionismo estatal, a indústria de bens de 
consumo obteve altas taxas de lucro. Por outro lado, o investimento em melhorias nas indústrias foi 
bloqueado por meio da proibição nas importações de novos equipamentos, isso foi vigente entre 
1931 a 1937. 
De 1933 a 1955, ocorre a industrialização restringida, pois as bases técnicas e financeiras 
de acumulação não são suficientes para que se implante o núcleo fundamental da indústria de bens 
de produção, que permitiria a capacidade produtiva crescer adiante da demanda. 
O nascimento tardio da indústria pesada implicava na descontinuidade tecnológica muito 
mais dramática, pois essa tecnologia era praticamente indisponível no mercado internacional, pois 
era controlada pelas empresas oligopolistas dos países industrializados. 
Nesse período o que se exige do Estado é bem claro: garantir forte proteção contra 
importações concorrentes; impedir a formação de sindicatos; realizar investimentos em 
infraestrutura. O governo de Juscelino caracterizou-se por um período de grande desenvolvimento 
econômico. A produção industrial chegou a crescer cerca de 80% nesse período. Foi marcado por 
um grande processo inflacionário. No final de seu governo, a dependência ao capital estrangeiro já 
se evidenciava. Influenciado pelos setores que se beneficiavam como crescimento industrial e pela 
situação, Jk seguiu com seu plano desenvolvimentista, 50 anos de desenvolvimento em cinco de 
mandato. 
Jânio quadros tinha o dever de controlar a inflação e quitar a dívida externa deixada pelo 
governo anterior em seu mandato. Essas medidas atingiram principalmente os líderes do regime 
deposto e as organizações que exigiam as reformas de base. 
O movimento vitorioso legitimava-se como restaurador da economia, abalada pelas 
constantes greves, e favorável à definição de um padrão de desenvolvimento baseado no capital 
estrangeiro e na livre empresa. 
Ao nível econômico o governo tentou estabelecer um controle sobre a inflação, incentivou 
as exportações e procurouatrair investimentos externos. Para controlar a inflação houve um 
arrocho dos salários, o aumento das tarifas públicas e uma diminuição dos gastos do estado. Essas 
CAPITALISMO E SOCIALISMO 
Autor 
desconhecido 
 
13 
 
medidas favoreceram acordos com os Estados Unidos, e empresas Norte americanas instalaram-se 
no país. 
A inflação chegou a 46% em 1976, ficou impossível conciliar o combate a inflação com o 
crescimento econômico, pois para combater ou estabilizar a inflação era preciso reduzir o crédito 
bancário, e isso provocaria naturalmente a desaceleração da economia. 
No governo de Geisel foram feitos vários empréstimos, para que se pudesse manter um 
índice de crescimento estável ao ano e melhorar a distribuição de renda para evitar um desgaste 
político. Com os novos empréstimos o governo Geisel conseguiu manter o crescimento econômico, 
porém a inflação também continuou a crescer em ritmo acelerado. 
O desequilíbrio entre as exportações e importações também exigia cuidados especiais. O 
petróleo sofreu um reajuste, o que foi prejudicial para o país haja vista que 80% do petróleo 
consumido naquela época era importado. A solução encontrada foi o uso do álcool como 
combustível alternativo. 
Apesar dos esforços de Geisel, o presidente Figueiredo herdou uma inflação que foi além 
dos 200% em 1983, e uma situação econômica que resultou na gigantesca recessão do início dos 
anos 80. 
No entanto, a divida externa, a inflação e o desemprego eram problemas que não 
poderiam ser enfrentados, somente com a criação de um novo combustível. 
O governo pediu empréstimos as FMI, não podendo pagar esta dívida, devido aos ajustes 
feitos pelos banqueiros internacionais, o governo e as empresas começaram pedir mais 
empréstimos para pagar a dívida externa. A inflação superou a cifra de 200%, prejudicando os 
trabalhadores que viam a desvalorização de seu dinheiro dia a dia. 
O desemprego aumentou devido a redução do crescimento econômico. Com o exagero de 
desemprego, os saques a supermercados foram absurdos. 
O agravamento da crise econômica desagradou à maioria da população, o que fez com que 
grande número de candidatos da oposição se elegessem. Esse foi o período que viveu a federação 
brasileira até 1988. 
 
 
 
DADOS BIBLIOGRÁFICOS 
 
 
http://www.not1.xpg.com.br/capitalismo-e-socialismo-sistema-economico-caracteristicas-
diferencas/ 
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/capitalismo/capitalismo-12.php 
http://www.caduxavier.com.br/mackenzie/index.php?option=com_content&view=article
&id=149:fichamento-o-capitalismo-historico&catid=48:cultura-ii&Itemid=54 
http://www.sohistoria.com.br/

Outros materiais