Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
OQUE FAZER CASO OCORRA UMA COMUNICAÇÃO BUCO-SINUSAL COMO EVITAR / COMO PREVENIR: A comunicação buco-sinusal é evitada principalmente no pré-operatorio, na prevenção. O cirurgião- dentista no momento de planejamento do caso deve solicitar a radiografia para avaliação e nesta deve observar a relação dente- seio maxilar. Deve ser observada a relação de proximidade entre o assoalho do seio e as raízes do dente, e caso próximo, se as raízes do elemento dentário são divergentes. Nestes casos, o dentista deve optar por uma extração aberta (evitando a técnica fechada), planejando a secção de raízes para evitar o uso de forças excessivas. Deve ainda evitar exercer a força apical excessiva nestes casos. CONSEQUENCIAS / RISCO DA COMUNICAÇÃO: Deve-se evitar ao máximo qualquer risco de comunicação buco-sinual, destaca-se como suas principais consequências a sinusite pos operatória e formação de fístula crônica. Contudo, caso estas comunicações ocorram, o cirurgião-dentista deve exercer uma conduta pós-operatoria de acordo com o tamanho da comunicação exposta. O tratamento será de acordo com o tamanho da abertura. TRATAMENTO: O tratamento será de acordo com o tamanho da abertura. Comunicações pequenas (<2mm): Sondar a comunicação para averiguação do tamanho é contra-indiciado. E assim, deve-se neste momento ser observado se há presença de osso associado ao dente, se nenhum osso vier junto ao dente a comunicação deve ter 2mm ou menos e assim nenhum tratamento cirúrgico é preciso. O cirurgião dentista deve assegurar a formação de coagulo no local e acionar o paciente do ocorrido e sobre a necessidade de prevenção de sinusites, evitando assoar o nariz, espirrar violentamente, sugar canudos, não fumar, ou ao menos tragar o cigarro de forma leve e não prolongada. Assegurar a formação de coagulo na região Acionar o paciente sobre condutas de prevenção a sinusites Comunicações moderadas (>2mm – 6mm): Entretanto, se houver presença considerável de osso associado ao dente a abertura deve ter mais de 2mm, sendo um tamanho considerável. Em casos em que esta abertura varie de 2 a 6mm, é considerada moderada. Nestes casos é recomendado que o dentista realize uma sutura em forma de oito, garantindo a permanência do coagulo na região. Esponjas gelatinosas indutoras de coagulo também podem ser utilizadas. As recomendações anteriores também devem ser direcionadas a este paciente. A prescrição medicamentosa também é interessante nestes casos, afim de evitar a sinusite maxilar. Aqui são utilizados amoxicilina, cefalexina ou clindamicina, durante cinco dias. Também recomenda-se o uso de spray descongestionante nasal e/ou descongestionante oral. Assegurar a formação de coagulo na região Acionar o paciente sobre condutas de prevenção a sinusites Sutura em forma de oito Esponjas gelatinosas indutoras de coagulo Prescrição medicamentosa de amoxicilina ou cefalexina ou clindamicina por cinco dias Spray descongestionante nasal e/ou descongestionante oral Comunicações severas (>7mm): Já se a abertura for de 7mm ou mais, é considerada de grande dimensão, e aqui deve-se realizar procedimento cirúrgico com retalho afim de reparar a comunicação. O cirurgião bucomaxilofacial é o profissional de escolha nestes casos, para realizar a abertura de retalho e o fechamento da abertura do seio. Geralmente para aberturas pequenas é utilizado o retalho bucal, que imobiliza os tecidos moles bucais para cobrir a abertura, e assim fechar a comunicação anteriormente ocasionada. As recomendações inicias e as medicações também estão geralmente associadas no tratamento. Assegurar a formação de coagulo na região Acionar o paciente sobre condutas de prevenção a sinusites Encaminhamento ao bucomaxilofacial Procedimento cirúrgico com retalho bucal Prescrição medicamentosa de amoxicilina ou cefalexina ou clindamicina por cinco dias Em todos os casos, realizar acompanhamento pos comunicação, e caso não haja resolução, encaminhamento ao cirurgião bucomaxilofacial. REFERÊNCIA: Esta conduta foi baseada na descrita por HUPP no capitulo 11 do livro Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. HUPP, James. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. Elsevier Health Sciences, 2011.
Compartilhar