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Acidentes e complicações das exodontias (resumo)

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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
Introdução: 
Segundo os autores os acidentes e as complicações ocorrem 
muitas vezes por uma falha no planejamento, nas técnicas 
inadequadas, na falta de conhecimento do cirurgião dentista sobre 
a técnica utilizada e sobre as estruturas anatômicas, instrumentos 
inadequados, força excessiva, avaliação inadequada dos exames 
radiográficos e continência de exames complementares, atenção 
extrema sobre a saúde do paciente e medicamentos utilizados. 
Etiologia: 
Pode-se destacar os seguintes fatores como principais causas do 
surgimento de acidentes e complicações durante as exodontias: 
✓ Idade do paciente; 
✓ Curetagem do alvéolo; 
✓ Presença de cárie; 
✓ Trauma cirúrgico; 
✓ Fumo; 
✓ Inexperiência do operador. 
(RICIERI et al, 2006). 
Evolução: 
Hoje em dia graças a assepsia, antissepsia, anestesia, emprego dos 
exames complementares como a radiografia, a profilaxia com uso 
dos antibióticos, além da escolha correta da técnica cirúrgica, 
resultou numa redução bastante significativa com relação aos 
acidentes e complicações das exodontias. 
JULGAMENTO CLÍNICO: 
Deve-se colocar em uma balança se é mais favorável trabalhar no 
risco ou trabalhar com o benefício (quando as etapas cirúrgicas 
são obdecidas). 
PARECER MÉDICO/MEDICAÇÃO/ASPECTO PSICOLÓGICO.: 
É necessário sempre dar uma atenção maior para aqueles 
pacientes que são portadores de doenças sistêmicas. É importante 
pedir um parecer médico quanto à situação desse paciente. E um 
dos pontos mais importantes atualmente, é observar o aspecto 
psicológico do paciente (verificar se o paciente está dentro dos 
padrões aceitáveis para a realização de determinado 
procedimento). 
 
 
 
 
 
 
 
Diante disso, pode-se concluir que: 
✓ A melhor maneira de lidar é a prevenção; 
✓ Planejamento é fundamental para evitar a ocorrência de 
complicações; 
✓ Realizar cirurgias para as quais o profissional sinta-se 
preparado; 
✓ Reconhecer os próprios limites. 
Prevalência dos acidentes e 
complicações: 
 
2 3 5 
0 4 4 
2 3 5 
0 2 2 
0 2 2 
2 2 4 
0 1 1 
6 (27,28) 17 (73,91) 23 (100) 
Pesquisa da UFRN. 
Dentro do contexto preconizado por alguns autores, com relação 
a faixa etária, geralmente os acidentes e as complicações 
acontecem com as pessoas entre 30 e 40 anos, com prevalência 
significativa no sexo feminino. 
Acidentes: 
• São todas aquelas intercorrências que podem surgir 
durante o trans-operatório cirúrgico (durante o ato 
ciúrgico). 
OBS: já as complicações surgem após a realização da exodontia. 
 
das exodontias 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES: 
• Acidente no uso dos fórceps; 
• Desgarramento da mucosa; 
• Lesão de dente vizinho ou arco oposto; 
• Fratura do tuber da maxila; 
• Fratura da coroa; 
• Fratura da raiz; 
• Lesão do nervo e vasos; 
• Enfisema; 
• Penetração de corpo estranho ou mesmo dente no seio 
maxilar; 
• Luxação ou fratura da mandíbula; 
• Comunicação com o seio maxilar; 
• Lesão em tecidos moles (língua, lábio e bochechas). 
Geralmente quando esse acidente acontece, duas coisas devem 
ser observadas: 
• Uso imprório do fórceps (utilizar o fórceps adequado 
para determinado elemento); 
• Preensão incorreta no dente pela suas pontas ativas 
(deve-se realizar uma preensão correta); 
• Na mecânica da exodontia (entender a execução correta 
dos movimentos nas manobras cirúrgicas e também 
deve-se saber quais movimentos podem ser realizados 
no elemento específico que se deseja extrair). 
• Ocorre pela falta da incisão das papilas; 
• Pela falta de fazer a sindesmotomia – a sindesmotomia 
irá evitar que o profissional adapte a parte ativa do 
fórceps em tecido mole do paciente, evitando assim o 
desgarramento da mucosa; 
• E também quando há uma incorreta adaptação do 
fórceps. 
• Esta ocorre quando há extração de terceiros molares 
superiores devido à aplicação de força excessiva no 
instrumental; 
• É mais comum na região de segundos e terceiros molares 
isolados, retidos ou com hipercementose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elemento dentário é retirado levando consigo um fragmento 
ósseo bastante significativo. 
Se esse acidente acontecer em uma região em que se deseja 
colocar um implante, será necessário trabalhar para recuperar 
toda essa estrutura, com uma quantidade excessiva de enxerto 
ósseo. 
Causas: 
• Odontosecção e ostectomia insuficiente/incorretas; 
• Força excessiva aplicada no elemento dentário. 
A odontosecção evita a remoção de estrutura óssea do rebordo 
alveolar do paciente junto com o elemento dentário. 
• Este acidente é mais comum nas exodontias, ocorre 
principalmente devido ao incompleto estudo clínico e 
radiográfico do dente que será extraído. 
• Sem este estudo, o profissional não tem o conhecimento 
da disposição e da forma radicular (as extrações são 
realizadas às cegas), e consequentemente a equivocada 
e incorreta técnica cirúrgica são as principais causas 
deste tipo de acidente.; 
• Deve-se seguir corretamente os princípios da exodontia; 
ostectomias e odontosecções bem planejadas e uso 
correto dos extratores e fórceps. 
Ocorre principalmente por: 
• Força excessiva; 
• Fórceps mal adaptado; 
• Resistência do dente diminuída (prótese, restaurações, 
tratamento endodôntico, etc). 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Ocorre principalmente devido a: 
• Região de menor resistência; 
• Dilacerações; 
• Dentes com raízes mais abertas; 
• Movimento de rotação em raízes achatadas; 
• Fórceps mal adaptado. 
 
Ocorre devido a: 
• Adaptação indevida do extrator; 
• Manejo defeituoso do fórceps; 
• Estas ocorrem quando a pressão exercida sobre os 
elevadores for transmitida aos dentes vizinhos, 
fraturando a sua coroa, ou luxando-se o dente quando 
disposições radiculares o facilitem. 
Ocorre devido a força e técnica aplicada incorretamente. 
• O exame radiográfico facilita o planejamento desses 
procedimentos, onde se pode observar a estrutura 
óssea do paciente. 
Características: 
• Pacientes com mais de 40 anos, com dentição completa; 
• Mandíbulas atróficas, manobras intempestivas, força 
excessiva; 
• Fraturas imediatas (trans-operatória – no momento do 
procedimento), ocorre em 1/3 dos casos; 
• Fraturas tardias são mais comuns; 
Tratamento: 
• Redução e contenção da fratura (imediata se possível); 
• Bloqueio maxilo-mandibular por 45 a 60 dias (fraturas 
sem grandes deslocamentos); 
• Redução aberta e fixação interna rígida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contenção para fraturas com pequenas discrepâncias. 
• Consiste na saída do côndilo de sua cavidade glenóidea; 
• É um acidente raro, porém, pode ocorrer quando de uma 
intervenção oral demorada, onde o paciente fica muito 
tempo de boca aberta. 
 
 
 
 
 
Para reposicionar a mandíbula: 
• Colocar o polegar na região mais posterior da 
mandíbula; 
• Fazer movimento para baixo, depois para trás e 
depois joga para cima e a mandíbula volta para o seu 
lugar de origem. 
• Ocorre principalmente na região de dentes anteriores; 
• Pacientes que apresentam o elemento dentário muito 
intruído, que pode trazer como consequência, após a sua 
remoção, uma comunicação direta com a fossa nasal do 
paciente; 
• É importante observar radiograficamente a possibilidade 
desse dente estabelecer comunicação com a fossa nasal, 
para após a exodontia realizar um fechamento bem 
criterioso da loja cirúrgica. 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• Ocorre principalmente devido a falha técnica durante o 
ato cirúrgico ou pelo comportamento do paciente; 
• As regiões mais afetadas são na região de língua, 
bochehcas, palato e assoalho bucal; 
• Laceração do retalho mucoso; 
• Esgarçamento e abrasão; 
• Lesões perfurantes. 
Deve-se: 
✓ Fazer o apoio correto dos afastadores; 
✓ Fazer proteção dos tecidos ao usar a alta rotação; 
✓ Fazer acessos/retalhos de dimensões adequadas.OBS: Ao utilizar a broca, deve-se posicionar o afastador para 
proteger o tecido mole. 
• Pode ser ocasionado quando da extração cirúrgica de um 
dente, podendo ocorrer tanto nos nervos superiores 
como nos nervos inferiores, ocasionando lesão de 
gravidade variável; 
• Os acidentes mais importantes são os que têm lugar 
sobre os nervos: alveolar inferior, lingual e mentoniano; 
• Este trauma sobre o tronco nervoso, pode produzir a 
secção, ou o amassamento, o desgarro do nervo, lesões 
estas que se traduzem por neurites, neuragias ou 
parestesia (anestesia em zonas diversas), que podem ser 
definitivas, prolongadas ou passageiras, dependendo da 
lesão. 
• Ocorre por falta de atenção do profissional; 
• Ao fazer a exodontia de um elemento, o profissional 
acaba luxando ou até mesmo avulsionando o elemento 
vizinho; 
• O extrator não deve ser apoiado no dente vizinho, 
JAMAIS! 
• É resultante de um acidente cirúrgico, comumente 
ocorre durante uma exodontia; 
• Também pode ser resultante da relação entre os ápices 
dos dentes posteriores e o assoalho do seio; 
• Lesões periapicais – a presença de lesões periapicais 
podem fazer com que ocorra um rompimento da 
estrutura óssea que faz a a comunicação entre o alvéolo 
 
 
e o seio maxilar (lesões mais extensas, ao fazer a 
curetagem, acaba realizando uma comunicação). 
OBS: Manobra de Valsalva - era preconizado obrigatoriamente 
antes de realizar uma exodontia. Consiste em prender as narinas 
com os dedos e, em seguida, forçar saída de ar, fazendo pressão. 
É feita com o objetivo de observar se aparecem bolhas de ar lá 
no alvéolo (na loja cirúrgica) após a realização da manobra. Se 
houver bolhas de ar, significa que houve comunicação do meio 
interno com o meio externo. 
 
 
 
 
 
• A aproximação das raízes com o seio maxilar deve ser 
observada na radiografia, para que o profissional possa 
prevenir essa comunicação. Ao fechar o alvéolo, deve-se 
deixar a mucosa vestibular o mais próxima possível da 
mucosa palatina (tracionar bem a mucosa e deixa-la bem 
fechada. Não se trabalha com o ponto em X e sim com 
o ponto isolado). Não deve ficar espaço para que ocorra 
a passagem dessa comunicação. 
O que essa comunicação pode gerar no paciente: 
• Processos infecciosos, como uma sinusite; 
• Paciente pode relatar após alguns dias, que ao ingerir 
líquido, o líquido sai pelo nariz. 
Fatores importantes que devem ser observados: 
• Dentes em íntimo contato com o seio maxilar; 
• Movimento de impulsão; 
• Movimento intempestivo do extrator; 
• Fratura da tuberosidade maxilar; 
• Teste com a manobra de Vasalva (sempre que houver 
dúvida); 
• Observação cuidadosa e planejamento adequado da 
cirurgia podem ser feitos para prevenir este caso; 
• Avaliação de radiografias de boa qualidade, antes do início 
da cirurgia; 
• Odontosecção na maioria dos casos previne possíveis 
comunicações. 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Para confirmar se houve uma comunicação: 
✓ Através da sensibilidade tátil; 
✓ Inspeção visual; 
✓ Manobra de Vasalva. 
Pequenas exposições/rompimentos da membrana sinusal (sem 
doença sinusal ativa/aguda) – alvéolos preservados: 
✓ Curetar paredes laterais do alvéolo para estimular 
formação do coágulo e sutura oclusiva; 
✓ Antibióticoterapia + descongestionante nasal + 
orientações pós-operatórias; 
✓ Acompanhamento periódico até que ocorra reparo total 
do alvéolo. 
OBS: quando não é possível apróximar as mucosas ao máximo, é 
necessário empregar um retalho rodado – remove um pouco da 
mucosa palatina e coloca no centro da ferida, suturando junto a 
mucosa vestibular e palatina. Pode também fazer o emprego da 
bola de Bichat. 
Exposições/rompimentos maiores da membrana sinusal e/ou 
alvéolo não preservado: 
✓ Lançar mão de retalhos/técnicas para obtenção de 
fechamento primário sem tensão dos tecidos – evitar 
que o quadro evolua para formação de uma fístula 
oroantral e possíveis quadros de infecção sinusal; 
✓ Antióticoterapia + descongestionante nasal + orientações 
pós-operatórias; 
✓ Acompanhamento periódico até que ocorra reparo total 
do alvéolo. 
TRATAMENTO DA COMUNICAÇÃO BUCO-SINUSAL: 
• Técnica através do fechamento primário + retalho 
vestibular + retalho palatino; 
• Recomendações pós-operatórias importantes: 
1. Entre 10 a 15 dias, espirra com a boca aberta; 
2. Evitar de assoar o nariz e uso de canudo (o 
canudo trás uma pressão maior para a 
cavidade oral, podendo romper a membrana 
que foi reestabelecida no paciente); 
3. Não fumar (o calor é vasodilatador, podendo 
romper a área trabalhada); 
4. Evitar pressões entre o nariz e a boca; 
5. Antibiótico de amplo espectro 7 a 10 dias 
(amoxicilina 500mg + clavulanato 125mg – 1 
comprimido de 8 em 8 horas, durante 7 dias); 
6. O controle radiográfico é de suma importância. 
 
 
Essas recomendações são muito importantes para o sucesso do 
tratamento. 
 
A comunicação buco-sinusal (CBS) e o deslocamento de raízes e/ou 
dentes para o interior do seio maxilar são verificados e 
considerados por alguns como de ocorrência não rara. 
• Pode ocorrer durante a exodontia (jogando um 
fragmento de raiz no seio maxilar) / um implante no seio 
maxilar (quando a estrutura óssea não é avaliada antes 
de colocar o implante) / até mesmo o elemento dentário 
por inteiro. 
OBS: existe uma técnica, em que é feita uma janela na região de 
seio maxilar e expõe a área para pescar o fragmento/corpo 
estranho que esteja dentro do seio. 
 
 
 
 
 
Complicações das exodontias: 
• São aquelas que vêm surgir logo após algum tempo da 
realização do ato cirúrgico, ou ainda no pós-operatório; 
• As complicações, na maioria dos casos, são causadas por 
acidentes no trans-operatório. 
O melhor e mais fácil caminho para controlar uma complicação 
cirúrgica – prevenir que a complicação ocorra (seguindo todos os 
critérios preconizados nos procedimentos). 
É importante mostrar ao paciente o que é considerado um pós-
operatório esperado e o que são complicações pós-operatórias. 
Pois, muitas vezes, o paciente acha que qualquer incômodo já se 
trata de uma complicação grave, quando na verdade é algo normal 
do período pós-operatório. 
• Orientar o paciente: sobre os cuidados pós-operatórios 
e pós-operatório esperado de forma clara, verbal e 
escrita. 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
✓ Dor leve/moderada bem controlada com anlgésicos de 
ação periférica; 
✓ Edema leve/moderado e limitação de abertura bucal nas 
primeiras 24/72 horas; 
✓ Sangramento discreto nas primeiras 24/48 horas; 
▪ Pode ser bem controlado com compressão com 
gaze e orientações de dieta. 
✓ Equimose (escurecimento na pele) (é menos comum) – 
paciente com pele clara/idosos (fragilidade capilar). 
• Avaliação minuciosa: anamnese completa + exame físico, 
exame de imagem e laboratorial; 
• Treinamento e execução cuidadosa do procedimento 
cirúrgico; 
• Mesmo com planejamento e excelente técnica cirúrgica, 
complicações ocasionalmente ocorrem; 
• Complicações são frequentemente previsíveis e quase 
sempre é controlável. 
• Dor pós-operatória; 
• Alveolite; 
• Edemas; 
• Infecção local ou geral; 
• Hematoma; 
• Hemorragia; 
• Parestesia. 
• O controle efeitvo da dor é fundamental para o sucesso 
da cirurgia. Para isso uma boa analgesia, planejamento, 
fatores de risco e técnica cirúrgica, conhecimento da 
farmacologia dos analgésicos; 
• Fazer anestesia correta e prescrever analgesia correta 
para o pós-operatório. 
Ocorre principalmente devido ao: 
• Trauma da exodontia, elevação da temperatura do osso 
pelas brocas, sem o devido cuidado (caneta de alta 
rotação sem refrigeração adequada), excesso de solução 
anestésica (diminui a vascularização da área e sem o 
sangue não haverá um bom reparo ósseo), presença de 
espículas ósseas, septos inter-radiculares fraturados, 
 
 
sepsis bucal, falta de preenchimento do alvéolo com 
sangue. 
A alveolite diminuiu bastante, por conta de todosos cuidados que 
foram implementados ao longo do tempo até hoje. 
CARACTERÍSTICAS: 
✓ Incidência – 3 a 25%; 
✓ Lise/degradação do coágulo antes que ele seja 
substituído por tecido de granulação; 
✓ Fibrinólise ocorre entre 3º e 4º dia de pós-operatório; 
✓ Dor intensa, mau odor, esposição óssea alveolar; 
✓ Fonte dos agentes fibrinolíticos (sangue, saliva ou 
bactéria); 
✓ ATB após exodontia de terceiros molares impactados – 
reduz índice em 50 a 75%. 
Uma alveolite só pode ser caracterizada como alveolite após o 
terceiro dia da exodontia. Até as primeiras 48 horas é considerada 
como dor pós-operatória. De 72 horas para a frente, se a dor n 
for controlada, observa-se a posibilidade do surgimento do quadro 
de alveolite. 
TRATAMENTO: 
• Irrigação farta com SF 0,9%; 
• ATB terapia; 
• Curetagem não é consenso na literatura; 
• Aplicação de ATB local/curativos a base de eugenol. 
O edema é caracterizado e seu aparecimento é iminente, sempre 
que há um trauma como este, resultante de forças usadas, 
pressionando ou afastando a mucosa jugal. 
• Ocorre devido a trauma ou infecção (deve-se identificar 
o que o causou). 
Se caracteriza por um aumento de volume a nível do local da 
cirurgia. Este surge geralmente 12 a 24 horas após a cirurgia e 
seu desaparecimento total demora de 3 a 4 dias ou mais, isto é, 
este processo pode durar aproximadamente uma semana. É um 
acidente frequente, ao qual não se dá a importância. 
• Tratamento: bolsa de gelo nas primeira 24 horas e 
compressa (de água) quente após as 24 horas iniciais. 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
CARACTERÍSTICAS: 
• Sangramento entre as fáscias musculares; 
• Comum em idosos; 
• Difícil de evitar, mas há perigo; 
• Tendo certeza de não ser um processo infeccioso, 
proceder terapia com calor; 
• Após 24 horas. 
TRATAMENTO: 
• Compressa (de água) quente após 48 horas. Pomada 
antiinflamatória 6 vezes ao dia no local antingido (de 4 
em 4 horas). 
Na cavidade bucal vivem milhares de microorganismos que podem 
causar infecções bacterianas, fúngicas, protozoários e virais. 
• Pode ser causado por falta de assepsia, sistema 
imunológico diminuído, cuidados no pós-operatório e 
também cuidados no trans-operatório por parte do 
profissional. 
CARACTERÍSTICAS: 
• Índice baixo- 1,7 a 2,7%; 
• 50% são localizados (maior parte dos casos ocorrem 
após a 2ª semana de pós-operatório). 
 
• Ocorre pela resposta inflamatória ao procedimento; 
• Trauma ligado ao ligamento pterigomandibular; 
• Trauma associado aos músculos masseter e bucinador; 
• Cirurgia traumática; 
• Início no 2º dia – regressão espontânea na 1ª semana 
(após uma semana do procedimento). 
É importante saber diferenciar o trismo (limitação da abertura de 
boca pelo trauma operatório) e o trismo associado à infecções pós-
operatórias (nesses casos a regressão não será espontânea e 
será necessário o uso de substâncias antimicrobianas para o 
controle do processo infeccioso). 
 
 
 
 
 
É o extravasamento abundante e anormal de sangue que ocorre 
durante ou após a intervenção cirúrgica, o qual não se coagula e a 
hemostasia natural não ocorre. 
• Ocorre devido a trauma, esforço físico, lesões tumorais 
ou doenças hemorrágicas; 
• Pode surgir também em pacientes que possuem doenças 
hemorrágicas (dados devem ser colhidos na anamnese e 
cuidados devem ser tomados ao decorrer do 
tratamento); 
Medidas que devem ser tomadas: 
✓ Boa técnica cirúrgica; 
✓ Evitar lacerações nos retalhos; 
✓ Compressão com gaze. 
São meios mais efetivos de hemostasia no pós-operatório. 
IMPORTANTE: 
Identificar no trans-operatório a fonte do sangramento 
(arterial/venoso/tecido ósseo/mole). Deve ser feita compressão 
com gaze ou utilizar hemostáticos – esponja de colágeno, gelfoan, 
cera para osso, etc. 
EM HIPÓTESE ALGUMA FINALIZAR A CIRURGIA ANTES DE ATINGIR 
A HEMOSTASIA TRANS-OPERATÓRIA – REAVALIAR O PACIENTE 
ANTES DE LIBERÁ-LO. 
• É a perda da sensibilidade da mucosa bucal, da língua ou 
do lábio ou ainda dos dentes; 
• Complicação devido um acidente (lesão de estrutura 
nervosa do paciente durante aplicação de anestesia); 
• Na grande maioria, são reversíveis; 
• Causas: 
1. Geralmente é decorrente de alguma anestesia, 
que provoca algum dano em certo nervo; 
2. Nas cirurgias, pode ocorrer dano aos nervos, 
como nas extrações de dentes sisos inferiores 
localizados muito próximos dos nervos. 
Com base em observações do exame radiográfico, algumas 
parestesias podem ser previsíveis, casos de paciente com um 
terceiro molar bem próximo do nervo alveolar inferior- solicita uma 
tomografia para verificar a proximidade e prevenir o paciente de 
que pode ocorrer uma perca de sensibilidade naquela área operada. 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
TRATAMENTO: 
• Anti-inflamatórios (corticóides); 
• Vitaminas do complexo B; 
• Fisioterapia com compressas quentes e o Tens; 
• Aplicações de Laser de baixa potência. 
 
• Complicação rara (grande maioria dos casos ocorre na 
mandíbula); 
• Inoculação de bactérias nos ossos maxilares (terapia 
endodôntica, exodontias e fraturas); 
• Características: dor, edema, febre, parestesia, trismo, 
mal-estar, fístula; 
• Mais comum em pacientes imuno-comprometidos. 
 
Considerações finais: 
• Realizar cirurgias que estejam dentro das limitações de 
suas habilidades; 
• Ter em mente que recomendar um especialista é uma 
opção que deve ser sempre exercida se o plano cirúrgico 
estiver além de sua própria habilidade; 
• Em algumas situações não é apenas uma obrigação moral, 
mas também uma prudente administração do risco legal. 
 
Referências: 
Aula teórica de Cirurgia Maxilo-Facial. Faculdade 
Maurício de Nassau, Professor Fernando Pinto, 
Odontologia, 2021.

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