Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
E SUA IMPORTÂNCIA ZOONÓTICA O mormo é transmitido diretamente pela invasão da Burkholderia mallei por via oral, nasal e através das mucosas. As secreções nasais de animais contaminados contém um número considerável de bactérias ativas, facilitando a contaminação de outros animais, humanos e de ferramentas utilizadas no manejo do animal A Burkholderia mallei é um cocobacilo gram-negativo, aeróbio estrito, sem cápsula, não esporulado e imóvel https://www.google.com/search?rlz=1C1ONGR_pt-PTBR1005BR1005&q=burkholderia&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwiP_tnH_4X5AhX2qJUCHT8ICXkQkeECKAB6BAgCEDg O Mormo consta na Lista de Doenças de Notificação Obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial, Instrução Normativa/Mapa n° 50, de 24 de setembro de 2013, como uma doença de que requer notificação imediata de qualquer caso suspeito. Testagens de animais para transporte Interditar propriedade ou hospital O mormo é caracterizado pela presença de lesões nodulares nos pulmões e outros órgãos, além de lesões ulcerativas na pele, em mucosas da cavidade nasal e nas passagens respiratórias. No ser humano, os sintomas gerais são febre, dores musculares, dor no peito, rigidez muscular e cefaleia. Podem ainda ocorrer lacrimejamento excessivo, sensibilidade à luz e diarreia. Os sinais clínicos mais comumente nos equinos são o corrimento nasal, febre, aparecimento de lesões cutâneas que posteriormente evoluem para úlceras que se disseminam pela mucosa nasal e nódulos na pele e nas extremidades dos membros e abdômen. Introduzida no Brasil por animais infectados importados da Europa O Mormo foi considerado como erradicado no Brasil Reemergiu no Brasil em Pernambuco e Alagoas, causando prejuízos MORMO NOSMORMO NOS HUMANOSHUMANOS Não houve epidemias documentadas Os humanos são hospedeiros acidentais Brasil: baixa prevalência de mormo Região Nordeste 2º maior rebanho de equinos do Brasil Falhas de manejo sanitário Uso dos equídeos como meio de transporte e trabalho Casos de Mormo notificados no Brasil de 2010 a 2019 de acordo com a região A bactéria entra no organismo através da pele e das mucosas dos olhos e nariz. Logo, algumas formas de infecção são: Como o homem se infecta? Contato com feridas e secreções muco purulentas Inalação de aerossóis e poeira contaminados com secreção durante a lida com animais infectados Realização de necrópsias Uso de instrumentos contaminados Manuseio de amostras clínicas de animais doentes Casos esporádicos Podem ocorrer principalmente em atividades profissionais relacionadas ao manejo desses animais ou manipulação de amostras contaminadas Os principais grupos afetados são médicos veterinários, tratadores de equinos, funcionários de abatedouros e laboratoristas. No contexto animal, o mormo é uma doença de grande importância. Isso se deve à gravidade da doença, que possui alta letalidade, além de não existir vacina para que haja a prevenção. Por isso pode causar grandes prejuízos às propriedades que possuírem animais infectados com essa patogenia. É uma zoonose de gravidade, pois o prognóstico é quase sempre fatal. Teve grande importância em saúde pública quando equídeos eram utilizados como principal meio de transporte, já que a contaminação ocorre através do manejo desses animais. Hoje em dia, profissionais que lidam com a bactéria em laboratório são os mais afetados. É essencial que os profissionais de saúde estejam atentos e tenham conhecimento acerca da doença, além do histórico do paciente, para não ocorrer de darem o diagnóstico errado: o mormo pode ser facilmente confundido com pneumonia e tuberculose, devido à similaridade dos sintomas. Não há vacina disponível contra a doença. A prevenção envolve a identificação e eutanásia do animal infectado. Os profissionais expostos e pessoas que têm contato com animais suspeitos ou com equipamentos contaminados devem usar equipamentos de proteção individual, tais como luva, máscara, óculos e avental. O Médico Veterinário tem papel fundamental para o controle do mormo, grave doença infectocontagiosa. Deve instruir proprietários, tratadores, treinadores e demais profissionais que diretamente se relacionam com animais, para que adotem boas práticas de proteção individual, evitando contato direto com material biológico, preservando a própria saúde e alertar para que não se constituam em agente de disseminação da doença. DOS SANTOSF. L.; KERBERC. E.; MANSO FILHOH. C.; LYRAT. M. DE P.; SOUZAJ. C. DE A.; MARQUESS. R.; DA SILVAH. V. MORMO. REVISTA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA EM MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DO CRMV-SP, V. 4, N. 3, P. 20-30, 1 DEZ. 2001. MORMO - SÉRIE ZOONOSES. CRMV-SP MOTA, R. A. ET AL. MORMO EM EQUIDEOS NOS ESTADOS DE PERNAMBUCO E ALAGOAS. PESQUISA VETERINÁRIA BRASILEIRA, V.20, N.4,P. 155-159, 2000. RAMOS, L. . M. M.; GARCIA, M. DA S. .; MELO, A. F. .; CARVALHO, G. F. . . .; POMIM, G. P. .; NEVES, P. M. DE S. .; SILVA, R. A. B. .; OLIVEIRA, R. O. DE .; RODRIGUES FRIAS, D. F. EPIDEMIOLOGICAL EVALUATION OF GLANDERS IN BRAZIL. RESEARCH, SOCIETY AND DEVELOPMENT, [S. L.], V. 10, N. 13, P. E446101321466, 2021.
Compartilhar