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impressao saude mental (1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS
CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA
DISCIPLINA: SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
JEFFERSON CAETANO ARAUJO
RELATÓRIO SOBRE A SEMANA DA LUTA ANTIMANICOMIAL
PATOS-PB
2022
A Luta Antimanicomial é uma data simbólica e importante para desencadear uma série de questionamentos sobre como o individuo deveria ser tratado perante algum tipo de patologia, além de nos instigar a trazer um lado humanizado e pensamento igualitário ao pensarmos no cuidado com o próximo, sem diferenciação ou simplesmente, entender que todos nós poderíamos viver tranquilamente em sociedade, como também, deixar claro o nosso direto de liberdade. 
Levantando a bandeira de “Trancar não é Tratar” os alunos de Psicologia da UNIFIP se propuseram em mostrar a sua força ao movimento e com isso, obtivemos três dias de atividades referentes ao assunto: Bloco “Ex-pirados”, Exposição e Conferência. No dia 16 de maio, o bloco nos levou a movimentar todos os períodos do curso de Psicologia no intuito de andar pela UNIFIP para indagar nossas vozes para dizer “Não aos Manicômios”, levando também gritos de ordem com cartazes e frases sobre a Luta Antimanicomial, além de usarmos o método de panfletagem para chamar atenção para a eventualidade que ocorreria no dia seguinte. No dia 17 de maio, trouxemos uma versão histórica com uma Exposição na praça da universidade, retratando o passado “Hospital Psiquiátrico” e como era o método de cuidado dos manicômios naquela época, aplicada a encenação com enfermeiros, médicos e pacientes. Com isso, alunos se dividiam em apresentar o caso enquanto os outros fazia as suas encenações. Também trouxemos o presente que retratou sobre como podemos cuidar da nossa Saúde Mental nos dias atuais, onde alunos trabalharam explicando sobre a importância das UBS, CAPS, Hospitais e Casas de Acolhimento. Tivemos um Sarau onde ouvimos relatos de pacientes ou familiares desses indivíduos sobre os seus tratamentos e por fim, aconteceu um Sarau e música ao vivo para que pudéssemos cantar músicas que retratassem essa luta, como também, recitação de poesias e poemas para deixar o dia ainda mais especial. Já no dia 18 de maio, fomos convidados pela docente Tarciana Sampaio para uma palestra no Samu que também nos enriqueceu e nos esclareceu com bastante informações. Nessa palestra, foram convidadas sete pessoas que tinham funções diferentes em sociedade, mas que tinha a Luta Antimanicomial como objetivo principal. Como toda palestra, os palestrantes reforçam sobre a importância dessa data, como também os seus desafios, até que... uma mediadora do evento expos boa parte da mesa convidada, trazendo a verdadeira face de como as coisas funcionam na cidade de Patos-PB quando nos deparamos em pensar em Saúde Mental. 
Buscando um objeto em comum sobre os três dias, afirmo que todos eles têm “sede de lutar”. No dia 1 e 2, eu me vi muito orgulhoso por fazer parte da produção e criação do evento, então, entrei de corpo e alma para trazer o mais limpo dos sentimentos de luta e paixão pela psicologia e pelas vozes que são diariamente silenciadas em todo o mundo. 
No dia 16, eu penso o quão incrível foi reunir todas as forças possíveis para trazer e reforçar que pessoas mais favorecidas ou menos favorecidas deveriam ter um tratamento igualitário. Então gritar por isso foi um misto de satisfação e força de viver para ajudar quem precisar. 
No dia 17, me senti muito feliz ao ver que tudo saiu como planejado, além de que alcançou toda a universidade e também, perceber que atingimos outros setores com divulgação em redes sociais. Ver que as pessoas estavam prestando atenção e se importando com o que estava acontecendo me faz pensar que eu estou no lugar certo e lutando por uma causa certa. 
No dia 18, digo-lhe agora que isso pode ter sido um tiro no pé para ela, pois poderia a prejudicar no seu ambiente de trabalho, mas de contraponto, foi algo enriquecedor pelo simples fato que estamos em período de estágio justamente nos lugares onde deveria ter apoio todos os dias da semana para essa sociedade, mas que enxergamos médicos, psicólogos, psiquiatras não indo nas sextas, equipe vidradas no celular, poder judiciário falho, como também, os lugares se deteriorando com o passar dos dias, como também, as cores dos lugares não trazem uma paz que é tudo que esses pacientes querem de verdade. Isso me faz pensar em NÃO SEGUIR o mesmo caminho que esses profissionais estão seguindo. 
Para finalizar, tudo foi bastante positivo para mim. Fiquei lisonjeado de participar dos três dias de evento, além de que estou com o sentimento de trabalho feito e objetivo entregue, objetivo esse que era de trazer as pessoas para uma realidade vivida no presente ou no passado sobre a Luta Antimanicomial. Vejo os eventos como aprendizado e claramente não mudaria nada, pois foram eventos que nos trouxe uma lado positivo em dois deles, mas que nos trouxe um lado negativo no último evento de como se estivéssemos vivendo o passado no presente. Com isso, em especialmente no último evento, ver que eles podem fazer diferenças significativas sobre a Saúde Mental e ter essa sede de lutar como os alunos de Psicologia da UNIFIP tem. Falta luta e união por uma sociedade justa e igual para todos.

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