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Cartilha 162 UFMG (2021.2)

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Prévia do material em texto

Cartilha
Turma 162
1. Apresentação
2. Sobre a faculdade 
3. Ingresso na UFMG
3.1. Distribuição de vagas
3.2. SISU
3.3. Vestibular indígena
4. Nota dos integrantes
5. Gráficos
6. Redação
6.1. Dados
6.2. Relato
7. Relatos
7.1. Estudam e trabalham
7.2. Estão no terceiro colegial
7.3. Estão tentando há muito tempo
7.4. Estão há muito tempo longe dos estudos
7.5. Lidam com questões de saúde mental
7.6. Desejam trocar de curso
7.7. Relatos gerais
6.3. Textos
SUMÁRIO
pág. 6
pág. 9
pág. 6
pág. 7
3.4. Obtenção de novo título pág. 9
pág. 10
pág. 14
pág. 25
pág. 25
pág. 26
pág. 34
pág. 41
pág. 42
pág. 44
pág. 39
pág. 38
pág. 36
pág. 35
pág. 28
1
8. Pequenas dicas pág. 54
pág. 3
pág. 2
BEM VINDXS!
Eai, futurx calourx? 
Nós somos a turma 162 da medicina UFMG, é um prazer enorme 
finalmente te conhecer!
Não se preocupe, nós todos já estivemos em uma posição muito 
parecida com a sua e por isso preparamos essa cartilha com muito carinho 
para te ajudar nessa árdua jornada até a sua aprovação! 
Nas próximas páginas, você vai encontrar informações sobre a faculdade, as dife-
rentes vias de entrada e o desempenho dos integrantes da nossa turma, além de
relatos sobre as diferentes trajetórias que nos trouxeram até aqui. 
É importante lembrar que esse material traz dados referentes à entrada para o
segundo semestre (ou seja, passamos pelo SISU.1, mas nossas aulas começam só
na segunda metade do ano!) e que esse documento é completamente
extraoficial, de iniciativa dos alunos e sem qualquer vínculo com a universidade!
Esperamos que esse material sirva como uma fonte de apoio e orientação nessa
reta final de estudos, mas lembre-se que os caminhos se trilham de formas
diferentes e que não existe fórmula mágica para a aprovação! Tentar ignorar suas
particularidades para se encaixar nas histórias contadas nessa cartilha não é
saudável e nem justo com o indivíduo único e maravilhoso que você é!
Muita força, querido vestibulando! Nós já te admiramos só por estar aqui! 
Estamos ansiosos para te receber com muita festa na maior de Minas! 
 
Com amor,
Seus futuros veteranos da turma 162.
* Até o momento da confecção dessa cartilha, apenas 8 de um
total de 10 chamadas foram divulgadas pela UFMG. 
* * Os depoimentos contém opiniões e relatos de cunho pessoal 
e, portanto, são de responsabilidade apenas dos seus autores,
não refletindo as visões da turma 162 como um todo.
2
Fundada em 1927 a partir da reunião das Faculdades 
de Direito e de Medicina e das Escolas de Engenharia e de 
Odontologia, a Universidade Federal de Minas Gerais é a mais 
antiga universidade do estado. 
Inicialmente sob iniciativa do governo estadual,
a UFMG foi federalizada apenas em 1949, ano 
também de criação de seu campus principal
na região da Pampulha em Belo Horizonte, o
qual concentra e integra, nos dias atuais, a
maior parte das unidades acadêmicas ofertadas
pela instituição. Posteriormente, além do
Campus Pampulha, foram adicionados à
estrutura da UFMG a Faculdade de Direito, a
Escola de Arquitetura e o Campus Saúde, onde
se localizam a Faculdade de Medicina, a
Escola de Enfermagem e o Hospital das
Clínicas. Além disso, fora de Belo Horizonte, há
o Instituto de Ciências Agrárias em Montes
Claros e o Campus Cultural da UFMG em
Tiradentes.
A comunidade acadêmica da UFMG reúne
cerca de 72 mil pessoas, que se organizam em 
torno de 91 cursos de graduação, 90 programas
de pós-graduação e 860 núcleos de pesquisa.
CAMPUS
PAMPULHA
"A principal mensagem que quero deixar é não desistir do seus sonhos e sempre
confiar em suas capacidades, não deixando que outras pessoas as avaliem, pois só
você sabe até onde sua vontade de melhorar vai"
- Ilan Friedmann, Medicina UFMG 162
CAMPUS
SAÚDE
A UFMG
3
"Não desista, todo o esforço gera a evolução que você precisa"
- Victor Bottrel Lopes de Moura, Medicina UFMG 162
Após quase um século de sua criação, a instituição 
firma-se como uma das lideranças regionais e nacionais 
em ensino, extensão, cultura, pesquisa científica e geração de 
patentes, reafirmando a colocação obtida no ranking da 
Times Higher Education (THE) em 2021*, 
que posiciona a UFMG como a quinta melhor universidade da América
Latina, a terceira melhor instituição de ensino superior do Brasil e a
melhor federal do país.
Além do compromisso com o ensino, a UFMG possui destaque na pesquisa,
configurando-se como uma das pioneiras no registro de patentes e na
transferência tecnológica, proporcionando a produção robusta de
conhecimento científico. 
Dentre as tecnologias licenciadas pela
universidade, destacam-se vacinas, kits
diagnósticos e, mais recentemente,
pontua-se a contribuição da instituição
no enfrentamento da pandemia a partir
do desenvolvimento da vacina contra a
COVID-19, a Spintec, e de estudos
conduzidos avaliando a eficácia de
anticorpos monoclonais em tratamento
contra o coronavírus. 
4
A UFMG
Sob o lema “Incipit vita nova” (“Inicia-se vida nova”), a Universidade 
Federal de Minas Gerais firma-se entre as principais instituições de
ensino superior brasileiras ao articular com excelência o tripé ensino, 
pesquisa e extensão, reafirmando o seu compromisso com a continuidade 
da oferta de educação gratuita e de qualidade, com o desenvolvimento 
tecnológico e com o fornecimento de serviços para a comunidade. 
"Foi bastante gratificante conseguir ser aprovado depois de passar tanto tempo estudando e senti
que valeu cada segundo que passei me dedicando aos estudos."
 
- Guilherme Ferreira de Oliveira, Medicina UFMG 162
5
A UFMG
* https://ufmg.br/comunicacao/noticias/ranking-the-ufmg-mantem-se-como-a-melhor-federal-e-a-
quinta-universidade-da-america-latina
** https://noticias.r7.com/saude/coronavirus/vacina-da-covid-da-ufmg-pode-custar-80-menos-que-as-
demais-27052021
*** https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2021/09/03/minas-gerais-vai-sediar-centro-nacional-
de-vacinas-na-ufmg.ghtml
*** https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2021/02/21/cientistas-da-ufmg-desenvolvem-teste-
mais-barato-e-mais-rapido-para-detectar-a-covid-19.ghtml
**** https://g1.globo.com/mg/noticia/2020/07/16/ufmg-cria-metodo-inedito-para-diagnosticar-covid-19-
e-outras-doencas-virais-com-uso-de-inteligencia-artificial.ghtml
"O meu processo da aprovação durou cerca de 2 anos e meio, que foram de muito estudo,
dedicação e ansiedade. O processo foi bem árduo e cansativo, com alguns dias muito
bons e outros ruins, com notas boas e ruins, mas o que posso dizer é que a espera valeu
muito a pena! Se você tem a oportunidade de continuar estudando para seguir o seu
sonho, continue! O sentimento da aprovação é maravilhoso!!!! 
 Bons estudos, vestibulandos ♡"
 
 - Stela Barros, Medicina UFMG 162
6
O INGRESSO 
NA UFMG
A UFMG disponibiliza 320 vagas para o curso de medicina por ano. 
Dessas, metade é destinada às diferentes modalidades de ações afirma-
tivas e a outra metade à ampla concorrência. A distribuição não é feita de 
maneira equivalente no curso de Medicina, já que a UFMG tem uma partilha
específica dos alunos que ingressam no primeiro e no segundo semestre. 
A tabela dessa página mostra quantas vagas são disponibilizadas a cada modali-
dade de entrada por período. É válido ressaltar que nem todas as modalidades
afirmativas possuem ingresso no 1º semestre, o que facilita o planejamento para
uma possível mudança por parte do aluno.
O SISU
A UFMG utiliza o SISU (Sistema de Seleção Unificado) como 
principal forma de ingressar na faculdade.
A nossa querida federal aceita o SISU apenas no primeiro semestre
do ano, fazendo, desse modo, a seleção dos alunos que ingressarão na 
faculdade tanto no primeiro quanto no segundo semestre em um mesmo
processo! 
Então, fique atento: se você quer entrar na UFMG, não perca o SISU.1!!!
Ok, mas e como esse tal SISU funciona? 
O SISU é usado por diversas universidades públicas do país, e seleciona os
alunos por meio de suas notas no ENEM. 
No SISU, a Medicina UFMG distribui um total de 320 vagas, das quais160 são
destinadas para a entrada no primeiro e 160 no segundo semestre. Além
disso, essas vagas são divididas em diferentes modalidades de ingresso, como
visto na página 6.
É importante ressaltar que a UFMG não atribui pesos diferentes para as
diferentes áreas cobradas no ENEM, ou seja, para saber sua nota geral (a que
realmente será usada para o cálculo da sua posição) basta fazer uma média
aritmética simples de suas notas no ENEM! 
NOTA 
FINAL
=
NOTA 
 NATUREZA
+
NOTA 
 HUMANAS
+
NOTA 
 LINGUAGENS
+
NOTA 
 MATEMÁTICA
+ NOTA 
 REDAÇÃO
5
* O material fornecido nessa cartilha NÃO substitui a consulta aos
sites oficiais do SISU, ENEM e UFMG para a confirmação
de datas e informações oficiais!
7
 "Quando desencanei de passar e fui fazer a prova por fazer (quase não fui), 
 acabei passando. A aprovação pode estar mais perto do que você imagina."
- Raphael Gebhard, Medicina UFMG 162
 Você pode ser aprovado nas 2 opções em que estava inscrito, 
Ao final do período de inscrições, existem 3 possíveis cenários:
1.
 nesse caso você será automaticamente selecionado para a sua 
 primeira opção.
 2. Você pode ser aprovado em apenas 1 das opções em que estava 
 inscrito, nesse caso você é imediatamente eliminado da lista de espera 
 da outra opção.
 3. Você pode ficar na lista de espera de ambas as opções. Caso isso aconteça,
 não se desespere! Ainda existe esperança! Algumas pessoas optam pela
 UFMG durante o período de inscrições e, por diferentes motivos, acabam
 por não concluir a matrícula, abrindo a possibilidade para que novas
 pessoas sejam convocadas nas chamadas seguintes!
Para participar da lista de espera, é preciso confirmar o interesse no site do
SISU após a divulgação dos resultados. Além disso, a cada ano a UFMG lança
um edital referente aos diferentes processos seletivos, explicando como
permanecer no aguardo. A maior de Minas pede para que os candidatos
manifestem no site da faculdade o interesse em participar da lista, mesmo
depois da confirmação no site do SISU. Então, fique de olho no portal da UFMG
para não correr o risco de perder sua vaga!!!
"Eu tinha uma base boa, mas achava que tinha que saber o conteúdo inteiro pra passar e
focava em muitos detalhes desnecessários. Entender que eu não iria aprender tudo e
focar em exercícios e principalmente em simulados foi fundamental pra minha
aprovação. E, principalmente, no dia da prova, saber pular questões, pois nos anos em
que não passei eu não consegui terminar a prova pois perdia muito tempo em uma só
questão."
 
 - Cecília Torres Coelho, Medicina UFMG 162
 
* O material fornecido nessa cartilha NÃO substitui a consulta
aos sites oficiais do SISU, ENEM e UFMG para a confirmação
de datas e informações oficiais!
8
O SISU
Além da possibilidade de ingresso pelo ENEM/SISU, a UFMG possui 
a entrada a partir do vestibular indígena: processo seletivo, criado em 
2009, que busca se adequar à realidade sociocultural dos candidatos e, 
assim, expandir as oportunidades de acesso desses alunos às instituições 
acadêmicas. Em 2021, de maneira inédita e excepcional, o vestibular suplemen-
tar indígena terá seleção baseada nas notas do ENEM, sendo consideradas as edi-
ções de 2015 a 2020, de forma que a nota final será calculada por meio de pesos para
as diferentes áreas do conhecimento. Atualmente, são oferecidas vagas para dez
cursos de graduação, dentre eles Medicina, o qual é contemplado com duas vagas.
Para tal, o estudante deve se inscrever no site da COPEVE (Comissão Permanente
para o Vestibular da UFMG) e deve residir em uma aldeia indígena.
A Obtenção de Novo Título é uma permissão dada para que estudantes que já
tenham diploma de ensino superior iniciem novo curso na UFMG. Esse processo
juntamente com a modalidade de Transferência são caminhos possíveis para o
preenchimento de Vagas Remanescentes. Para concorrer a tais vagas na modalidade
de Obtenção de Novo Título, o candidato deve ter realizado ao menos um ENEM
entre os anos de 2016 e 2021. O processo é desvinculado ao SISU e a lista contendo os
cursos, o número de vagas a serem ofertadas e as demais normas para realização do
processo seletivo são publicadas em edital na página da COPEVE (Comissão
Permanente do Vestibular). Em 2021, foram ofertadas 10 vagas remanescentes para o
curso de Medicina com ingresso no primeiro período letivo desse ano. Após resultado
divulgado, o candidato deve fazer o registro acadêmico com envio de documentação
obrigatória, incluindo Diploma de Curso Superior.
VESTIBULAR 
INDÍGENA
OBTENÇÃO DE NOVO TÍTULO
* O material fornecido nessa cartilha NÃO substitui a
consulta aos sites oficiais do SISU, ENEM e UFMG para a
confirmação de datas e informações oficiais!
"Cuidem muito da saúde física e mental de vocês, muitas vezes isso atrapalha o nosso
desempenho nos estudos e nem percebemos. E não desistam! A caminhada é difícil e às
vezes longa, mas vai ser gratificante demais!."
 
 - Bárbara Almeida Camolese, Medicina UFMG 162
 
9
AMPLA CONCORRÊNCIA
NOTAS DOS
INTEGRANTES
Nessa seção estão as notas de 78 dos 160 membros da turma 162!
As notas encontradas nessas tabelas, ainda que sirvam de parâmetro, 
não permitem estimar uma nota de corte para o próximo ano! 
Isso acontece graças à TRI (Teoria de Resposta ao Item), método usado para o 
cálculo da nota final do ENEM.
Além disso, é importante ressaltar que, até o momento da confecção dessa
cartilha, foram divulgadas apenas 8 das 10 chamadas, então é possível que os
dados sofram alteração. Infelizmente, não conseguimos coletar informações de
todas as categorias de ações afirmativas. Sentimos muito por isso, mas
esperamos que os dados disponibilizados consigam contribuir de alguma forma
na sua aprovação!
10
1.2 - EP, PPI e renda
11
AMPLA CONCORRÊNCIA
NOTAS DOS
INTEGRANTES
 "Não existe fórmula mágica, o processo é cansativo porém deve ser tratado com leveza. 
 Eu estudava de segunda a sexta o máximo que eu conseguia (não abri mão da 
 atividade física), sábados e domingos eu descansava e esquecia que existia ENEM. 
 Estudei toda a matéria do cursinho até setembro e os últimos meses usei para 
 estudar as matérias que não sentia segurança e para resolver todas as 
 provas antigas do ENEM."
-Filipe Arantes Botelho
2.2 - EP, renda 
3.2 - EP e PPI
12
NOTAS DOS
INTEGRANTES
4.2 - EP
 "Meu processo de aprovação foi incrível. Tive uma recepção fantástica e a rea-
 lização deste sonho é uma sensação inexplicável. Cada dia que passa vejo
 o quanto valeu a pena os esforços nos estudos."
 
 - Lucas Scharf Oliveira, Medicina UFMG 162
13
NOTAS DOS
INTEGRANTES
Durante a confecção da cartilha, as chamadas de 5 à 9 foram divulgadas
pela UFMG, infelizmente os alunos convocados nelas não puderam 
participar integralmente do levantamento de dados para o documento. No 
entanto, suas notas podem servir como parâmetro para um futuro corte.
Modalidade Nota* Posição de excedente
37AC 811,00
1.1
1.2
2.1
2.2
3.1
3.2
4.1
4.2
633,42
744,08
**
779,20
666,36
749,96
684,10
798,30
7
17
**
2
3
13
1
1
**na modalidade 2.1 não houve convocados na lista de espera, a
nota de corte se manteve a mesma da chamada regular (718,02)
"Foram dois anos de dedicação, sem contar o período do ensino médio, pois durante esta 
 época eu não estava tão interessada em faculdade, ou pelo menos não tinha noção da 
 sua real importância para mim. Em 2019 comecei o estudo de fato e finalmente em 
 2020/2021 fui aprovada. Eu estava muito receosa, visto que pelo menos em número 
 de acertos de questão eu não tinha evoluído muito no Enem. Porém com um TRI 
 melhor e uma ótima nota na redação, finalmente, estou aqui. Estudei 100% 
 em casa, com auxiliodo cursinho online, canais no youtube, livros e outros 
 materiais online."
-Thaynan Fontes Novais
*nota de corte após 9 chamadas
GRÁFICOS
Nessa seção você vai encontrar dados sobre o perfil dos alunos 
da 162, sobre o número de acertos no ENEM e sobre a evolução de 
alguns alunos ao longo dos anos. 
É importante relembrar que os dados são referentes a 78 dos 160 
alunos da turma 162.
SOBRE OS INTEGRANTES
17 18 19 20 21 22 23 24 25 27 28 29 30
15 
10 
5 
0 
IDADE
Ensino Privado
59.7%
 
26%
Instituto Federal
11.7%
Escola Técnica
2.6%
FORMAÇÃO
No segundo gráfico, há informações sobre a formação dos ingressantes. 
Em uma primeira análise, pode parecer que as instituições privadas representam 
 a maioria das aprovações, mas, graças à política de cotas da UFMG, 50% das 
. vagas são destinadas a alunos de escola pública (das diferentes modalidades)
e e 50% das vagas são destinadas aos alunos de escolas particulares.
Escola Particular Escola Pública 14
Escola Pública
Tradicional
No primeiro gráfico, apresentamos a proporção de idade dos alunos para mostrar que
não existe uma idade limite para o início de uma graduação em medicina. Ninguém
nunca é velho demais para realizar um sonho!! Muitos de nossos colegas começaram
ou até mesmo terminaram outras graduações antes do ingresso na Maior de Minas.
EM 1 a
no
2 a
no
s
3 a
no
s
4 a
no
s 
5 a
no
s
20 
15 
10 
5 
0 
0 20 40 60
Privado presencial/híbrido 
Cursinho online 
Cursinho Popular 
Estudo autônomo 
TEMPO DE CURSINHO MODALIDADE DO CURSINHO
No primeiro gráfico, mostramos que a maior parte dos alunos fizeram curso pré-
vestibular, sendo 2,1 o tempo médio de preparação. Esse gráfico serve para
tranquilizar vocês, estudantes, já que muitos têm a mentalidade de que é preciso 
passar direto do 3º ano e, a partir do gráfico acima, demonstramos que essa não
é a realidade da maioria dos vestibulandos que ingressam na UFMG.
BH
In
te
rio
r d
e M
G
Ri
o d
e J
an
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o
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l
25 
20 
15 
10 
5 
0 
LOCAL DE ORIGEM
No segundo gráfico, evidenciamos que, dentre os alunos que fizeram pré-
vestibular, a modalidade cursinho privado presencial/híbrido foi a mais utilizada.
No entanto, com base nos dados apresentados, é relevante ressaltar o aumento
do número de alunos não apenas que optaram por outras modalidade de
cursinho, como o online e o popular, mas também pela possibilidade de ensino
autônomo em casa.
No terceiro gráfico, apresentamos as cidades,
estados ou regiões de origem dos alunos. Além do
claro destaque para alunos de Belo Horizonte e do
interior de Minas Gerais, é válido pontuar a presença
de muitos estudantes que são de outros estados e de 
 outras regiões além do Sudeste. Isso evidencia a 
 abrangência da UFMG, que vem se destacando 
 e sendo almejada por estudantes fora do 
 estado e hoje conta com alunos de todas 
 as regiões do Brasil.
15
SOBRE OS
INTEGRANTES
16
SOBRE OS
INTEGRANTES
0 10 20 30
Geografia 
Matemática 
Biologia 
Física 
Química 
História 
Filosofia 
Sociologia 
Redação 
Português 
Literatura 
MATÉRIAS QUE SENTIRAM
MAIS DIFICULDADE
Au
to
co
br
an
ça
Di
sc
ipl
ina
 e 
or
ga
niz
aç
ão
Ca
ns
aç
o f
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en
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EA
D 
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ilia
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tra
ba
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Di
fic
uld
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s
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25 
20 
15 
10 
5 
0 
DIFICULDADES GERAIS 
 DOS ALUNOS
Priorizar a saúde mental
36.4%
Lidar com insegurança
22.7%
Lidar com ansiedade
22.7%
Preparação psicológica
18.2%
MAIORES DIFICULDADES COM 
RELAÇÃO À SAÚDE MENTAL No primeiro gráfico, mostramos que, den-
tre as matérias de mais dificuldades,
destacam-se física, português e
matemática. Um detalhe interessante é
que, nessa pesquisa, nenhum dos alunos
colocou biologia como maior dificuldade.
Gostaríamos de ressaltar que, ainda que
haja um grande estigma em torno do
assunto, ter dificuldades nessa materia
não impede o ingresso na faculdade de 
medicina. É importante lembrar que os cursos de medicina e biologia, mesmo
que façam parte de universos semelhantes, tratam de assuntos muito distintos.
Já o segundo e terceiro gráfico reforçam que as dificuldades no preparo para o
vestibular vão muito além do entendimento do conteúdo das provas e que as
questões relacionadas à saúde mental e física também devem receber atenção
e cuidado nesse processo, pois são igualmente importantes.
"Foi muito difícil lidar com minha reprovação em medicina no meu primeiro ENEM, 
 comecei a questionar se realmente deveria seguir na medicina, no cursinho, sem- 
 pre achava que não seria boa suficiente, mas seguia meu estudo intuitivo, sem
 horários muito rígidos ou matérias fixas (funcionava para mim). Por isso, digo
 para você que dê seu máximo, mas estude respeitando seus limites, con-
 fie na sua trajetória, não é um caminho fácil, porém quando é para 
 ser, será"
 - Julia de Oliveira Barbosa, Medicina UFMG 162 17
QUANTIDADE 
DE ACERTOS
Máxima
Média
 Mínima
1000
960
920
880
840
Linguagens C. Humanas C. da Natureza Matemática
45
35
30
10
20
Mínima Média Máxima
94
0
98
0
25
15
5
88
0
AMPLA CONCORRÊNCIA
Redação - Ampla concorrência
 
40
30
35
43
37
40
44
32
38
43
37
41
45
Linguagens C. Humanas C. da Natureza Matemática
1.2 - EP, PPI, RENDA
Redação 1.2 - EP, PPI, RENDA
 
"Por ter saído de um ensino bem defasado da escola pública, o cursinho foi uma rea-
 lidade completamente diferente de tudo o que tinha visto. Aos poucos fui me adap-
 tando e encontrei a estratégia que dava certo para mim e parei de negligenciar
 tanto as matérias que tinha mais dificuldade. Busquei plataformas online e sa-
 linhas para me ajudar nas matérias que foram feitas de obstáculos por mim
 mesma na minha aprovação e finalmente consegui a nota necessária pa-
 ra passar no curso e na universidade dos meus sonhos."
"
- - Náthia Cerne de Souza Dias, Medicina UFMG 162 18
QUANTIDADE 
DE ACERTOS
45
40
35
30
20
10
1000
960
920
880
840
93
0
96
0
Mínima Média Máxima
25
5
15
88
0
31 32
35 33
36
39
26
31
34
29
31
34
Máxima
Média
 Mínima
Linguagens C. Humanas C. da Natureza Matemática
Redação 2.2 - EP, Renda
 
 
"Bom, minha trajetória até a aprovação foi bem exaustiva. Estudar pro vestibular/ENEM 
 é muito cansativo, ainda mais quando você não tem a certeza se vai passar ou não, às 
 vezes vem na cabeça pensamentos se você está estudando a toa, pois você fica com
 medo de estudar e não passar, e aquela agonia no coração, sei bem o que é isso fu-
 turo calourx, e tá tudo bem! Mas o que eu fiz foi não desistir, dar o meu melhor 
 todo dia, não me culpar quando não conseguia estudar o que pretendia e me 
 apegar a coisas positivas. 
 Não é fácil, mas no final vale a pena. "
 - Roberta Sena Silva, Medicina UFMG 162 19
Máxima
Média
 Mínima
1000
960
920
880
840
45
40
30
35
20
10
Mínima Média Máxima
94
0
96
0
98
0
25
15
5
QUANTIDADE 
DE ACERTOS
2.2 - EP, RENDA
29
33
37 37
39
43
32
35
38
27
36
40
Linguagens C. Humanas C. da Natureza Matemática
 Redação 3.2 - EP, PPI
20
QUANTIDADE 
DEACERTOS
1000
960
920
880
840
45
40
30
35
20
10
30
34
42
30
36
40
23
30
36
29 30
36
Mínima Média Máxima
94
0 9
60
98
0
25
15
5
3.2 - EP, PPI
Máxima
Média
 Mínima
" Salve pessoal! Todos nós sabemos das dificuldades do vestibular, da ansiedade e da angústia desse 
 processo. O que eu posso dizer, que EU considero mais importante, é: tenham disciplina! A motivação 
 é traiçoeira e dificilmente estamos com ela em alta, então não dependam dela pra estudar! Eu sei 
 que é um saco mas vai valer a pena. Tenham sempre em mente a razão pela qual vocês se 
 dedicam tanto, não esqueçam do objetivo. O sonho da medicina é possível mas pode levar 
 alguns anos (levei três). Muita força e muita calma que "cada um tem sua hora e sua vez: 
 você há de ter a sua". Eu prometo que o nome na lista vai fazer todo esse esforço 
 parecer pequeno, a sensação de atingir o objetivo é impagável! Você sabe
 MUITO, não desanime agora!"
- Gabriel Solgon da Silva Lisboa
Máxima
Média
Mínima
Linguagens C. Humanas C. da Natureza Matemática
Redação 4.2 - EP
 "Meu relato é sobretudo para aqueles que bateram na trave. Minhas notas, desde o 3 
 ano, não eram ruins, mas não eram suficientes para a tão sonhada UFMG. Após meu
 primeiro ano de cursinho, eu fui para a UFJF-GV e quis tentar o ENEM mais uma vez
 porque a UFMG sempre foi meu sonho. Tentei novamente, mais tranquila dessa 
 vez, porque já estava na faculdade. E consegui. Então, meu recado é especial-
 mente para os que quase conseguiram: vocês estão chegando lá, tentem
 mais uma vez, se for para ser, vai ser! <3
" 
 - Ana Flávia Conegundes Benício, Medicina UFMG 162 21
QUANTIDADE 
DE ACERTOS
1000
960
920
880
840
45
40
30
35
20
10
33
36
39 38
40
43
33 34
37
32
38
42
92
0
95
5
98
0
25
15
5
Mínima Média Máxima
4.2 - EP
 "Depois que a escola acabou e ainda faltavam alguns meses para o Enem, eu estudei 
 bastante por videoaulas no YouTube e fiz vários simulados. Por mais que seja difícil
 estudar por conta própria, se você resolve muitos exercícios e estuda com afinco 
 cada questão que você errou, posso garantir que você vai evoluir mais do que
 pessoas que estão na escola e não focam no vestibular como devem. Tão
 importante quanto aprender o conteúdo é também garantir que você
 cobriu todos os erros possíveis antes da prova e ter confiança de que 
 vai acertar tudo o que estudou."
 - João Pedro Lins de Sousa Silva, Medicina UFMG 162
 
850
800
750
700
 
650
En
em
 20
18
En
em
 20
19
En
em
 20
20
669,54
743
815,54
Júllia Cardoso Guimarães
Medicina UFMG 162
 
850
800
750
700
 
650
En
em
 20
18
En
em
 20
19
En
em
 20
20
660,5
739,28
812,16
Breno Ribeiro Junqueira
Medicina UFMG 162
 
850
775
700
625
 
550
En
em
 20
15
En
em
 20
16
En
em
 20
17
580
804
Lucas Scharf Oliveira
Medicina UFMG 162
En
em
 20
18
En
em
 20
19
En
em
 20
20
651 683
 
714
 
Jardison Figueredo Souza
Medicina UFMG 162
 
850
775
700
625
 
550
En
em
 20
15
En
em
 20
16
En
em
 20
17
752,96
En
em
 20
18
En
em
 20
19
En
em
 20
20
565,04
615,14
663,96
689,9
697,9
22
EVOLUÇÃO AO
LONGO DOS ANOS
 
850
800
750
700
 
650
En
em
 20
18
En
em
 20
19
En
em
 20
20
665,02
708,18
Catarina de Freitas Teixeira
Medicina UFMG 162
 
850
800
750
700
 
650
En
em
 20
18
En
em
 20
19
En
em
 20
20
726,5
753,18
811,66
Luísa Magalhães
Medicina UFMG 162
 
850
775
700
625
 
550
En
em
 20
16
En
em
 20
17
Vitor de Oliveira Alves
Medicina UFMG 162
En
em
 20
18
En
em
 20
19
En
em
 20
20
685,62
 
Sérgio Nachiluk Jardim
Medicina UFMG 162
 
820
740
660
580
 
500
En
em
 20
16
En
em
 20
17
816,8
En
em
 20
18
En
em
 20
19
En
em
 20
20
En
em
 20
17
751
812,86
746,62
 
737,6
 
803,6
 
506,48
644,98
694,72
757,64
 "Priorizem o equilíbrio entre saúde mental (conhecer os seus limites físicos e mentais) x
qualidade/quantidade de estudo. Tenham o tempo de distração, curtam com os amigos 
 e façam os exercícios de vestibular! Isso é fundamental para a assimilação dos conteúdos 
 e para a preparação do seu emocional para o dia da prova. Lembrem, vocês estão . 
. fazendo o possível e até o impossível. Por isso, aceitem os resultados com a 
 . conciência limpa, pois o trabalho foi feito e tenham em mente que sua hora está 
 . chegando, já que todos nós, que hoje estamos onde amanhã vocês estarão . 
(. (com toda certeza), passamos pelo mesmo caminho!!! 
 NÃO DESISTAM!! Sabemos que vocês logo estarão com a gente!!! 
 - Victor Gonzalez Bigai, Medicina UFMG 162
23
EVOLUÇÃO AO
LONGO DOS ANOS
 
800
750
700
650
 
600
En
em
 20
18
En
em
 20
19
En
em
 20
20
689,26 694,5
Roberta Sena Silva
Medicina UFMG 162
 
800
750
700
650
 
600
En
em
 20
18
En
em
 20
19
En
em
 20
20
620
712
751
Guilherme Ferreira de Oliveira
Medicina UFMG 162
 
800
750
700
650
 
600
En
em
 20
16
En
em
 20
17
 Ana Luiza Gonzaga Ferreira Figueiredo
Medicina UFMG 162
En
em
 20
18
En
em
 20
19
En
em
 20
20
Caio Mendes Ribeiro
Medicina UFMG 162
 
800
750
700
650
 
600
En
em
 20
16
En
em
 20
17
652
En
em
 20
18
En
em
 20
19
En
em
 20
20
750,2
654,62
643,2 695,38
734,56
799,28
712
764
724
784
 "Foram incontáveis as vezes que eu me peguei no meu quarto chorando de cansaço e de
insegurança, pensando se todo esse esforço valeria a pena, se traria resultado. A sensação era
de estar presa em um intervalo de tempo em que minha vida não ia pra frente, e nem voltava 
. pra trás. O caminho foi difícil, cheio de obstáculos (a maioria criada por mim), cansativo e 
. angustiante. No entanto, esse era meu sonho, e todos os percalços valeram a pena 
. quando vi o meu nome na lista. Desfrutei de uma conquista minha, de um sonho 
. meu, de algo que ninguém poderá tirar de mim. Portanto, o que filtro dessa
. experiência e deixo de conselho aos vestibulandos de agora que se identificam
 com os meus passados sentimentos é: sigam em frente, respirem e parem
. quando for necessário, e não deixem de continuar. A sua vez vai chegar 
 . Força!"
 - Giovanna Luísa Olivieri, Medicina UFMG 162 24
EVOLUÇÃO AO
LONGO DOS ANOS
25 
20 
15 
10 
5 
0 
REDAÇÃO
" "A única coisa que te define mais que seus sonhos é a maneira como você se 
 dedica para torná-los realidade. Apesar de todas as dificuldades, nunca abaixe 
 a cabeça, nenhum esforço é em vão e quando a vitória chegar, cada segundo 
 vai ter valido a pena. 
 Sonhem, lutem e conquistem!"
 
 - Vinícius dos Santos Macedo, Medicina UFMG 162
 
Nessa seção você irá encontrar um conjunto de 
redações escritas por alunos da 162 com diferentes notas 
e conteúdos, além de dados sobre o desempenho da turma 
como um todo eum relato com dicas sobre o estudo de redação.
DADOS * Referentes a 76 dos 160 alunos da turma 162
980 960 940 920 900 880 860
C1 C2 C3
C4 C5
Como você pode perceber, não é preciso tirar 1000 para passar em medicina!
A competência 1 (domínio da norma padrão) foi a que mais tirou ponto dos
candidatos, por isso fique atento à ela! Mesmo que as notas pareçam altas, não se
preocupe! Nós separamos algumas dicas para te ajudar nessa jornada!
160
200
180 200
180
200180
160
200
180
160
200
180
160
120
25
Crie sua" receita própria" para escrever a redação, pois assim você já sabe o
passo a passo de quando estiver com a prova, evitando ansiedades e frus-
trações. Exemplo: Brainstorm, esqueleto, escrever rascunho, revisar rascu-
nho e passar para a folha final. 
Utilize o cronômetro para treinar a escrita de redação, e procure estratégias
para minimizar o tempo . É recomendado o máximo de 1 hora e 40 minutos. 
Procure fazer a redação primeiro no Enem, creio que você tem um melhor
controle do tempo e está mais concentrado no início da prova. (teste o que
for melhor para você). 
Tenha um caderno de repertórios para os diversos eixos temáticos (saúde,
tecnologia, meio ambiente, cultura, educação, família e outros).
Baseada na minha experiência pessoal, creio que a palavra 
chave para conquistar um resultado satisfatório na redação é "Consciência". 
É indispensável reconhecer o que os corretores querem ver na sua redação, isto
é, é necessário saber o que é avaliado nas cinco competências e desenvolver
estratégias para garantir a nota máxima em cada uma delas. Isso só é possível
com a constante prática e correção da redação. Portanto, recomendo
estabelecer um horário para escrever e outro para estudar a correção de sua
própria escrita. Junto a isso, recomendo fazer um caderno ou um arquivo com
todas as competências e anotar, ao longo do ano de preparação, todos os erros
cometidos, bem como uma medida corretiva para cada pendência encontrada, 
procurando colocá-la em prática na próxima redação. Outras dicas importantes
são: 
SOBRE O 
ESTUDO DA
REDAÇÃO
Ana Luiza Gonzaga
26
"O único caminho para aprovação é o planejamento! Independente das suas metas,
dificuldades, tempo disponível ou trajetória, toda pessoa precisa calcular e distribuir um
horário para os estudos. "
 
 - Nayara de Lima Silva, Medicina UFMG 162
 
Desenvolva estruturas de frases prontas para repetir na redação, 
Cuidado com a letra e a caneta usada na prova, a caligrafia pode ser o
diferencial. 
Procure repetir o mesmo repertório em diversas redações, pois assim você
terá mais segurança de usá-lo caso já tenha usado antes.
Na competência 3, busque ter um projeto de texto articulado, nunca deixe
dúvidas ou pontos soltos nos parágrafos. Algo que fazia diferença era ,
depois de escrever o rascunho, voltar na introdução e me perguntar o que
deveria estar nos parágrafos seguintes e se , realmente, eu provei minha
tese. 
Na competência 4, procure equilibrar a quantidade de conectivos, não erre
a ortografia deles e evite, a qualquer custo, a repetição de palavras.
Na competência 5, recomendo fazer dois detalhamentos, para garantir que
o corretor veja os 5 elementos (agente, ação, meio, fim e detalhamento).
Costumava fazer detalhamento na ação e na finalidade. 
Crie um compromisso sério de fazer a redação. Um horário religioso e
indispensável, a fim de evitar a procrastinação e melhorar a disciplina. 
 pois assim podemos contornar erros na competência 1 e economizar 
 tempo de prova. 
Espero que todas essas dicas sejam úteis. Por último, acredito que todos tem
um potencial de atingir uma ótima nota, mas lembrem que a conquista não é
feita por um momento isolado, mas sim por persistência e por sacrifícios
constantes. 
Ana Luiza Gonzaga
27
SOBRE O 
ESTUDO DA
REDAÇÃO
"Se organize, tenha um estudo individualizado para as suas necessidade, sua história
(não da pra fazer tudo de tudo) e tenha humildade 
para aprender com os seus erros."
 
 - Igor Boechat Magalhães da Silveira, Medicina UFMG 162
 
A aversão ao diferente
 A exclusão realizada pela sociedade sobre os contaminados pela peste negra estava acossiada à fal-
ta de informação em torno da doença e à crença de um suporto “castigo divíno”. De maneira análoga, 
 o desconhecimento a respeito das doenças mentais provoca um efeito simular: A marginalização e
esteriotipação das pessoas por elas acometidas. Nessa perspectiva, dois aspectos são importantes, o
preconceito sofrido pelas vítimas e o aumento no número de casos no século XXI. Desse modo, são
necessárias transformações socioculturais para que haja a superação desse quadro.
 Em uma primeira análise, é indubitável que o estigma acossiado àos “problemas” mentais provoca o
afastamento dos portadores desses transtornos do convívio social. Dessa forma, ocorre uma maior
dificuldade no tratamento dessas patologias, graças, entre outros fatores, ao sentimento de inferioridade e
não pertencimento à sociedade na qual ela se encontra. Ademais, o olhar condenador e de repúdio
também provocam a equivocada sensação na vítima de que ela é o problema.
 Outrossim, é notória a influência da “sociedade em rede”, conceito do pensador espanhol Manuel
Castelo, sobre o cotidiano de uma imagem de uma vida perfeita , que agrava esse problema. Isso pois,
gera a ampliação da percepção de incapacidade de se alcançar tal vida ilusória. Além disso, o sistema
educacional moderno, extremamente competitivo, exigente e seletivo, não contribui para a inclusão dessas
pessoas “especiais” de maneira efetiva; pelo contrário, leva muitos estudantes ao estresse e ao
desenvolvimento desses transtornos.
 Tendo em vista os fatos supracitados, percebe-se que medidas são fundamentais para a resolução
desse problema. Assim, cabe aos governos municipais a criação de programas de inserção desses
pacientes na vida social, como forma de tratamento para tais patologias, para que ocorra a quebra desses
estigmas e o esclarecimento das dúvidas sobre tais doenças. Compete também, ao Ministério da
Educação, a revisão da metodologia pedagógica, a fim de que o aluno possa desenvolver suas aptidões
próprias de maneira humanizada, além de promover palestras educativas e elucidativas sobre o assunto.
Pois como afirmava Immanuel Kant, “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”.
TEXTOS
Henrique Torres -
@henrique_rts
Nota: 860
C1: 160 C2: 200 C3: 180 
C4: 200 C5: 120
28
 No contexto social vigente, a questão da saúde mental surge como tema essencial ao debate pú-
blico. Isso de dá devido à situação alarmante em que o Brasil se encontra no que tange a essa proble-
mática. Nesse sentido, a negligência do Estado e as previsões sociais a que são expostos os pacientes de
distúrbios psicológicos configuram as principais razões para a prevalência do estigma quanto a esse
problema no país.
 Em primeiro plano, deve-se compreender a função estatal nesse contexto. Consoante ao acordado na 8ª
Conferência Nacional de Saúde - reunião acerca da saúde no Brasil realizada em 1986 - é função dos
governos Federal e Regionais promoverem o bem-estar físico e mental da população. No entanto, quando
se trata da saúde mental, essa não é a realidade observada, visto que o acesso a tratamentos psiquiátricos
e psicológicos é muito pouco financiado e incentivado pelo Estado. Ademais, os centros de reabilitação
públicos se mostram menos eficazes que os particulares, devido à carência de investimentos e de
profissionais. Isso contribui para que essas doenças continuem sendo desmerecidas no país.
 Sob o viés social, faz-se necessário analisar os vários estigmas aos quais os distúrbios mentais estão
submetidos na sociedade brasileira. Na obra documental “O Holocausto Brasileiro”, são retratados os
abusos e humilhações enfrentados pelos pacientes do Hospital Psiquiátrico de Barbacena - HG e as
causas para suas internações no século XX. De maneira análoga, atualmente, ainda são muitos os
desafios vivenciadospor vítimas de doenças psicológicas, as quais, assim como no passado, continuam
sendo reduzidas a “frescuras” e a presença dos doentes na sociedade continua indesejada.
 Com base no exposto, torna-se evidente a necessidade de maior suporte aos pacientes de distúrbios
psicológicos no Brasil. Desse modo, a fim de diminuir os preconceitos dessas doenças e fornecer maior
suporte a suas vítimas, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, deve promover campanhas de
conscientização sobre essas doenças e seus efeitos em todos os municípios nacionais, contando com o
auxílio de médicos e governos regionais. Além disso, maiores investimentos devem ser feitos nessa área,
para que todos possam ter acesso à saúde de qualidade.
TEXTOS
Ana Luísa Firetti Cunha -
@aninhafiretti_
Nota: 900
C1: 160 C2: 200 C3: 200 
C4: 160 C5: 180
29
 Na obra “Ensaio sobre a Cegueira”, de José Saramago, grande parte da população mundial 
é afetada por uma “cegueira branca” e é tratada de forma desumana por aqueles que ainda 
enxergam, revelando um lado frio e egoísta das pessoas. Analogamente, no Brasil, essa falta de em-
patia nas relações sociais já existe mesmo sem uma crise global para induzi-la, devido à personalidade
individualista do brasileiro e às disparidades econômicas. Portanto o país só crescerá após uma profunda
mudança em seus aspectos de convivência em grupo.
 Nesse viés, a miscigenação de raças, religiões e gêneros no Brasil não é o suficiente para que esses
diferentes grupos convivam harmoniosamente. Isso ocorre pois o brasileiro, segundo Sérgio Buarque de
Holanda, é um “homem cordial”, cuja animosidade esconde seu caráter patrimonialista e preconceituoso.
Essa tese se reflete em vários aspectos da sociedade, como a violência policial contra negros, a homofobia
e a intolerância a crenças pouco conhecidas, gerando um povo fragmentado que não se considera como
tal. Assim a falta de empatia transforma o que deveria ser uma próspera nação em um território de conflitos
de interesse próprio.
 Outrossim, desde sua colonização, as terras tupiniquins se baseavam na exploração e no domínio, ao
invés de colaboração entre as pessoas. Esse fenômeno, consoante Pierre Bordeau, é caracterizado como
uma “violência simbólica”, porque se sustenta na imposição de estruturas de poder para privilegiar os mais
poderosos. Isso gera disparidades tão grandes entre camadas socioeconômicas que ricos e pobres
encontram-se presos em “bolhas sociais” e quebram relações, dividindo a população e afetando a empatia
entre ambos. Dessa forma o país se torna um lugar onde os que possuem recursos não apoiam os
necessitados.
 Dessarte é necessário que as escolas invistam em um ensino mais humano e menos conteudista,
mediante abordagem de temas como racismo, pobreza e intolerância religiosa nas aulas de História e
Sociologia e execução de ações sociais e de caridade, para estimular a empatia das próximas gerações.
Ademais ONG’s devem propagar mensagens contra preconceito e ódio em áreas periféricas, por meio da
apresentação gratuita de peças e filmes que abordem o assunto, principalmente a crianças e jovens. Com
isso o Brasil não sofrerá mais nenhum tipo de “cegueira branca”.
TEXTOS
João Pedro Lins 
Nota: 920
C1: 160 C2: 200 C3: 180 
C4: 180 C5: 200
30
 O filme “Nise: no coração da loucura” aborda a trajetória da psiquiatra brasileira Nise da Silveira em 
sua luta pelos direitos das pessoas com doenças mentais, evidenciando as condições insalubres dos
manicômios, o tratamento violento e o preconceito sofrido pelos pacientes. Apesar de se passar no início
do século XX, a realidade brasileira atual não está livre de tais problemas, o que se confirma pelo estigma
que ainda recai sobre as doenças mentais. Tal problemática é multifatorial, mas apresenta como principais
causas a permanência de discursos patologizantes e excludentes e a busca excessiva pela produtividade e
pelo sucesso, características da sociedade contemporânea impulsionadas pelas redes sociais. 
 Nesse contexto, destaca-se o pensamento do filósofo francês Michel Foucault, em sua obra “Vigiar e
Punir”, na qual aponta para a hegemonia do pensamento médico-científico como forma de respaldo à
segregação de grupos sociais tidos como “indesejáveis”. Para o pensador, a divisão das pessoas entre
“doentes” e “sãs” está na origem do processo de estigmatização. Com efeito, manuais diagnósticos de
doenças mentais usados atualmente, como o DSM-5, apesar de úteis para a orientação médica, muitas
vezes são formas de impor rótulos aos pacientes, afastando-os do convívio social ou ignorando sua
subjetividade. De modo paradoxal, existe simultaneamente a persistência de discursos religiosos
anticientíficos, que associam a doença mental a atributos como impureza espiritual ou insuficiência da fé. 
 Além disso, é notória a contribuição das mídias digitais para a problemática. No mundo contemporâneo,
observa-se o estímulo à busca pelo sucesso financeiro e profissional como vias para uma vida realizada.
Nas redes sociais, é necessário não apenas alcançar tais patamares, mas também expô-las ao público.
Tais características levam à exposição de estilos de vida falsos, nos quais não há espaço para questões
mentais naturais à vida humana. Desse modo, as pessoas com transtornos psicológicos passam a ser
vistas como malsucedidas, preguiçosas ou incapazes, o que contribui para o agravamento de sua
discriminação. 
 Diante disso, evidencia-se a necessidade de medidas que levem à redução do problema. O Ministério da
Saúde deve promover, a nível nacional, uma campanha veiculada na televisão aberta e nos meios digitais.
Com a parceria de artistas e influenciadores digitais, tal projeto deve veicular informações acerca das
doenças mentais, com foco em sua aceitação e naturalização. Desse modo, espera-se reduzir o estigma
sobre essas condições, contribuindo para a formação de novas gerações que deem continuidade ao nobre
propósito de Nise da Silveira. 
TEXTOS
Abraão Assis de Freitas -
@abraaoassisdefreitas
Nota: 940
C1: 160 C2: 200 C3: 200 
C4: 180 C5: 200
31
 Até a década de 1940, o conceito de saúde se pautava no chamado modelo biofísico, que 
considerava apenas os aspectos biológico e físico para determinar se um indivíduo era saudável ou 
não. No entanto, após a 2ª Guerra Mundial e diante dos impactos emocionais gerados por ela, a Orga- 
nização Mundial de Saúde (OMS) viu a necessidade de reformular tal modelo. Assim, entre 1946 e 1948,
diversas convenções foram realizadas e o modelo biopsicossocial passou a vigorar, o qual adiciona os
âmbitos social e psicológico como fundamentais na definição de saúde. Apesar dessa importante mudança,
a falta de informação e a influência das redes sociais fazem com que muitos brasileiros ainda estigmatizem
a saúde e as doenças mentais. 
 Nesse contexto, é irrefutável que, apesar das campanhas existentes, como a do “Setembro amarelo” –
que busca discutir e alertar sobre a depressão e o suicídio – muitas pessoas não tem conhecimento acerca
do que é saúde mental e sua importância. Em função disso, menosprezam o tema e minimizam os
transtornos mentais, considerando-os drama ou frescura. Tal problemática vai ao encontro da obra “O
alienista”, por meio da qual o autor Machado de Assis conta a história do Dr. Bacamarte, um médico que
interna todos os indivíduos que ele considera que são loucos ou que têm um comportamento estranho, até
notar, no fim, que toda a população da pequena cidade está em sua clínica psiquiátrica. Essa produção,
apesar de ficcional, evidencia que tratar a saúde mental de forma negligente pode trazer inúmeras
consequências, assim como estigmatizar o tema, o que tem acontecido no Brasil hodierno.
 Ademais, observa-se que as redes sociais também contribuem para o aumento das doenças mentais e
para que sejam vistas como um tabu. Tal fato é retratado no episódio “Queda livre”, da série “Black Mirror”,
o qual mostra uma sociedade em que as pessoas dependem das curtidas nas postagens das redes para
terem acessoaos serviços de qualidade e que a protagonista, por não conseguir manter a vida “perfeita”
necessária, entra em depressão. Assim, nota-se que, embora a sociedade brasileira não seja assim, já é
possível perceber a influência das redes sociais no estabelecimento do preconceito contra aqueles que
desenvolvem distúrbios mentais.
 É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas a fim de acabar com os estigmas associados às
doenças mentais no Brasil. Para que isso se concretize, o Ministério da Saúde, em parceria com a mídia
(sobretudo a digital), deve informar melhor os cidadãos acerca da importância da saúde mental, por meio
de campanhas em praças públicas e nas redes sociais, as quais contem com a participação de psiquiatras
e de psicólogos que ensinem como atingir a saúde biopsicossocial. 
TEXTOS
Luísa Magalhães - @luuh_neves
Nota: 960
C1: 200 C2: 200 C3: 160 
C4: 200 C5: 200
32
 Em seu conto “Saúde Mental”, o psicanalista Rubem Alves discorre sobre os malefícios 
das doenças mentais ao sistema dos indivíduos, seja no “hardware” físico ou no “software” 
psicológico. Diante dessa premissa, há ainda uma parcela da sociedade brasileira que, mesmo 
diante das descobertas médicas contemporâneas, apresenta dificuldade em compreender as 
doenças que interferem na mente quando essas não se manifestam explicitamente no corpo, 
reproduzindo o estigma errôneo de que pessoas acometidas por esses transtornos são “loucas” e não há
tratamento ou cura para a sua condição. Posto isso, entende-se que o pouco diálogo quanto a quais são
tais desequilíbrios, bem como a desumanização daqueles que sofrem com doenças mentais, perpetua o
preconceito perante esse grupo social.
 Nessa perspectiva, o coreano Byung-Chul Han, em seu ensaio “Sociedade do Cansaço”, explicita como
o excesso de positividade e a coerção ao sucesso contínuo prejudicam a saúde mental daqueles inseridos
no processo capitalista de produção, aumentando a incidência de doenças com características pós-
modernas, como depressão e ansiedade, que, por causa da sua contemporaneidade, são pouco
compreendidas e raramente discutidas. Sob essa ótica, a reclusão apresentada pelos membros doentes do
corpo social, além de piorar a gravidade dos seus transtornos, impede o diálogo, contrariando o proposto
por Jurgen Habermas em seu “Paradigma da Comunicação”, segundo o qual uma sociedade apenas
consegue solucionar suas mazelas pela discussão de ideias. Logo, enquanto a saúde mental, e o
conseguinte preconceito com a sua ausência, não perder a condição de tabu social, será perpetuada como
problemática brasileira.
 Outrossim, vale também discutir as doenças mentais menos invisíveis e mais suscitadoras de estigmas,
ou seja, transtornos como o autismo e a esquizofrenia, que são tratados com repulsa por algumas partes
desinformadas da população, ocasionando episódios como o “Holocausto Brasileiro”, em Minas Gerais, no
século XX, no qual pessoas “indignas” da vida em sociedade eram enviadas a hospitais psiquiátricos e
tratadas com desprezo e indiferença. Diante disso, nota-se a importância de trabalhos como o que foi
realizado pela psiquiatra brasileira Nise da Silveira, a qual lutou pela humanização dos seus pacientes por
meio do reconhecimento do seu potencial artístico. Assim, é evidente que a superação da invisibilidade
desse fragmento populacional por iniciativas semelhantes à da renomada médica faz-se imprescindível
para a inserção social desses indivíduos sem a interferência de estigmas.
 Portanto, é dever do Ministério da Saúde, em parceria com as Secretarias de Educação, aumentar o
diálogo sobre doenças mentais, por meio da implementação de campanhas nos centros de ensino que
elucidem sobre causas e tratamentos para os transtornos, com o intuito de superar o tabu referente ao
assunto e estimular o debate entre familiares. Ademais, cabe 
também a esse órgão, em parceria com a iniciativa privada, 
como fornecedores de planos de saúde, o reconhecimento 
de transtornos mentais na mídia, por meio da divulgação de 
documentários e reportagens que reduzam a invisibilidade 
desse segmento social, atingindo, como efeito social, a 
condição democrática comunicativa proposta por Habermas, 
superando o estigma social das doenças mentais.
TEXTOS
Carolina Trettel Bretas - @carol.trettel
Nota: 980
C1: 180 C2: 200 C3: 200 
C4: 200 C5: 200 
33
RELATOS
Nas próximas páginas, você vai encontrar um compilado de 
relatos escritos pelos membros da turma 162, feitos com o 
propósito de dividir nossa trajetória até a tão sonhada vaga na 
faculdade e, com isso, motivá-los a trilhar seus próprios caminhos!
É importante reforçar que não existe fórmula mágica para a aprovação 
e que os textos aqui contidos são curtos demais para capturar toda a essência 
e complexidade de um ou vários anos de preparo para o vestibular.
Por isso, é fundamental que você não encare esses pequenos fragmentos de
nossas realidades como uma receita ou idealizações de metas a serem
atingidas. 
Respeite sua individualidade, seu corpo e sua mente. 
Lembre-se sempre de que o vestibular, por maior e mais assustador que
pareça, é apenas um capítulo da linda história que você vem escrevendo desde
o dia que você nasceu.
Esperamos que você possa encontrar conforto e motivação nesses
depoimentos.
Caso você queira conversar, sinta-se livre para chamar qualquer um de nós em
nossos instagrams!
Carinhosamente,
Turma 162
* Os depoimentos contém opiniões e relatos de cunho pessoal e, portanto, são
de responsabilidade apenas dos seus autores, não refletindo as visões da
turma 162 como um todo.
34
 "Com certeza o tempo de cursinho foi um momento de muita aprendizagem de conteúdo e de 
 formatos de provas mas também de muito amadurecimento e confirmação de que o que eu 
 realmente queria estudar e fazer na vida era medicina. Foram 2 anos, estudando e aprendendo 
 a estudar, bem cansativos mas que hoje eu acredito que me ajudaram a entrar na faculdade 
 de uma forma bem diferente. Por mais que as vezes pareça que os dias de estudos no 
 cursinho ou em casa não rendem, que a aprovação nunca vai chegar, cada dia é 
 um diazinho mais perto de realizar seu sonho então não desiste nunca que na hora 
 tudo acontece da melhor forma e eu tenho certeza que logo vão ser vocês 
 escrevendo as cartilhas pros seus calouros."
 
 - Ana Luísa Firetti Cunha , Medicina UFMG 162
PARA OS QUE
ESTUDAM E
TRABALHAM
Vinícius dos Santos Macedo - @vinimacedoo_
Fala, meus futuros calouros. Tudo bem? Espero que sim, além de todo 
cansaço que sabemos que é uma realidade de vocês. E exatamente sabendo 
desse cenário de rotina, incerteza, luta, resiliência e tantos outros fatores que 
acompanham o vestibulando, na jornada rumo à tão sonhada aprovação (princi-
palmente em tempos de pandemia) nós viemos dar a nossa palavra de apoio
para incentivar vocês nesse caminho.
Meu depoimento mais especificamente é para aqueles que tinham duas
preocupações: o vestibular e o trabalho. A pressão de escolher um curso e
estudar para o vestibular ou de ter um emprego/fonte de renda é algo que exige
muita disciplina e determinação, principalmente quando os dois são feitos ao
mesmo tempo.
Não dá pra romantizar ou mentir, a rotina de acordar, estudar e trabalhar é
extremamente cansativa, pesa tanto física quanto psicologicamente, é uma
maluquice lidar com responsabilidades laborais, acadêmicas e muitos outros. E
muitas vezes o foco não é suficiente e o desgaste físico fala mais alto, e nesses
momentos muitas vezes o corpo não responde à mente, ao foco, à resiliência ou
disciplina, e sim ao coração, a vontade de ver o sonho realizado, tudo aquilo que
você imaginou e materializou se tornando prêmio do seu esforço.
Nessa altura do campeonato é normal que o desespero fale mais alto, o medo
de falhar é grande e talvez vocês pensem em desistir.Mas jamais se esqueçam
que que um campeão se constrói não no ato e sim no hábito, no desejo
incessante de fazer aquilo que você almeja se tornar realidade, dia após dia,
tentativa após tentativa. Saibam que toda entrega tem sua recompensa, e que
só por chegarem até aqui já são merecedores.
Isso é o que gostaria de dizer, saibam que nunca estarão sozinhos e daqui tem
pessoas torcendo pelo sucesso de cada um de vocês que estiver lendo. E nos
momentos complicados nunca pense nos obstáculos, mas sim no que te
motiva. Sonhem e conquistem. Espero ver vocês em 2022 na maior de Minas.
Abraços e boa sorte!!!
35
PARA OS QUE
ESTÃO 
NO COLEGIAL
 Filipe Arantes - @filipearants
Oi, prazer, o meu nome é Filipe, moro em São Vicente de Minas, interior de 
MG, e vou contar minha trajetória para a aprovação direto do ensino médio. 
Não digo para fazerem o que eu fiz, deu certo pra mim, mas não significa que é a
melhor forma e nem que vai funcionar para todos. Por morar em uma cidade
pequena, estudei na única escola que tinha na cidade, que por acaso era uma 
 escola estadual. Além disso, o cursinho presencial mais próximo fica numa
cidade à 90 Km da minha, logo, era inviável conciliá-lo com a formação. 
Já que a maioria de vocês leitores está na fase de vestibular, pouparei as dicas de
“se esforcem sempre na escola, estudem 1 hora por dia pra criarem a rotina...”. O
importante nesse momento é a matéria e treino voltados ao ENEM (já que a
UFMG só usa ENEM). Como a minha escola era estadual, durante a pandemia a
cobrança por parte dela foi quase nula, deixando a minha tarde e a maioria das
manhãs livres para estudar. Admito que não foquei no terceiro ano depois que
as aulas começaram a serem online, eu só entreguei os trabalhos, provas e
apostilas que cobravam. 
Pelo apelo financeiro e notoriedade dos cursinhos online, baseei todo os meus
estudos nas aulas gravadas do Descomplica. Não acho que estudo pode ser me-
trificado em horas, então eu estudava sempre que eu pudesse, mas nunca de-
pois das 7 horas da noite e nem no horário que eu reservei para ir pra academia,
que era no meio da tarde. A redação me foi ensinada por uma professora da mi-
nha cidade, que corrigia 1 redação por semana. Não falarei sobre a redação pois
com certeza não é uma das áreas que tenho perícia para falar.
No começo do ano, assisti todas as aulas que disponibilizavam, anotando as
coisas relevantes e reassistindo se não entendesse, mas caso achasse a matéria
muito difícil e ela não fosse tão necessária para o meu progresso, eu a pulava e
passava para a próxima. Após terminar todo o cronograma de matérias, assisti
novamente todas as que eu não entendi e procurei outros professores no
YouTube até realmente aprender. 
36
PARA OS QUE
ESTÃO 
NO COLEGIAL
 Filipe Arantes - @filipearants
Assim, depois todo o conteúdo no mínimo visto e entendido, o que demo-
rou até setembro, comecei a resolver exercícios de provas anteriores. 
Foi nesse momento que eu percebi que estudei muitas coisas que eram muito
específicas e complicadas e sem precisão. Perdi meu tempo com assuntos que
não passaram nem perto de serem cobrados. Apesar do vacilo, resolvi todas as
provas antigas do ENEM, incluindo segundas aplicações e PPL, até o ENEM de
2009. As questões que eu não acertava eu buscava a resolução, caso eu tivesse
errado por falta de atenção eu ignorava, caso eu tivesse errado por falta de
conhecimento, eu buscava ler, revisar e até assistir aulas sobre a matéria
novamente. 
Tenho pra mim que a etapa resolução de provas antigas foi a parte mais
proveitosa de todo o meu ano, haja vista que treinava de fato para o dia do
ENEM, além de me acostumar com o cansaço e de poder reforçar aquilo que
estava me fazendo errar questões. A prática é essencial e as vezes até mais
didática do que a teoria, principalmente para matérias como matemática e
física. Porém não negligencio o estudo tradicional por meio das aulas, que é
aonde você adquire todo o conhecimento para poder resolver as questões na
fase da prática. 
No final das contas, o ENEM que você fizer pra valer não vai ser muito diferente
das outras dezenas de ENEM que você já resolveu durante os estudos, então
tudo se torna muito mais simples e tranquilo. 
Espero que os relatos encontrados nessa cartilha te sirvam de motivação e norte
na hora dos estudos, pois, há pouco tempo, nós estávamos na mesma situação
que você. Conte conosco. 
Abraços, esperamos você aqui. 
37
PARA OS QUE
ESTÃO TENTANDO
HÁ MUITO TEMPO
Vitor de Oliveira Alves - @vitor.oalves
Foram 5 anos de cursinho até conseguir passar. Nos primeiros anos, acho 
que não posso considerar estar tentando porque procrastinava bastante e 
tinha uma rotina de estudos pouco eficiente, a qual fui melhorando com o
passar do tempo até que no quinto ano decidi que faria diferente. Essa mudança
de postura foi essencial para minha aprovação, praticamente todas as semanas
olhava a cartilha das turmas anteriores da UFMG para me manter incentivado e
se tivesse essa atitude desde o primeiro ano tentando com certeza diminuiria
meu tempo de cursinho. Mas é claro que falar é bem mais fácil que fazer, eu não
consegui dar o meu melhor nos primeiros anos tentando e estava ciente disso.
Em 2020 fiz o compromisso de que faria o meu melhor, mesmo que não
passasse, no final do ano saberia que fiz o que pude. Cada pessoa tem uma
realidade diferente, não existe uma dica universal para todos, por isso você não
deve se comparar com o resultado dos outros, mas sim buscar fazer o seu
melhor a cada dia para alcançar seus objetivos. Quantas vezes já ouvi que estava
a tempo demais tentando e estava ficando velho, se tivesse me importado com
esses comentários não estaria escrevendo esse relato para vocês hoje! Caso
alguém se encontre em alguma situação semelhante espero que esse relato
sirva de ajuda de alguma forma. Boa sorte a todos!
38
PARA OS QUE 
ESTÃO HÁ MUITO
TEMPO LONGE DOS
ESTUDOS
Victor Gonzalez Bigai
Olá, futurxs calourxs da maior de Minas! É com grande prazer que 
compartilho um pouquinho da minha trajetória até o momento da minha
aprovação em medicina! Meu nome é Victor Gonzalez Bigai, tenho 28 anos e
depois de um longo caminho trilhado nos meios musicais - sou violinista -,
decidi ir para a medicina. Porém, eu não tinha cursado o ensino médio por
motivos pessoais e tinha tirado meu diploma escolar por meio da prova do
enem no ano de 2013 com uma média de 550 pontos. Então, uma pergunta
surgiu: como passar em um curso tão concorrido com praticamente nenhuma
base e estando há mais de 13 anos longe dos estudos escolares? Em primeiro
lugar, percebi que precisava de ajuda e fui direto na internet buscar
informações. Me deparei com um turbilhão de vídeos sobre organização de
estudos, como estudar, o que priorizar e percebi que precisaria traçar um
plano. Como eu tinha trabalhado ao longo dos anos, eu tinha dinheiro para
poder me manter durante os meus estudos, além de um bom suporte familiar,
e consegui focar 100% para os vestibulares. De início, utilizei plataformas de
estudo online, as quais foram essenciais para me darem uma boa base nas
matérias. Além disso, eu praticava uma redação por semana e, dois meses
antes do Enem, passei a fazer duas redações. Meu estudo era baseado em
assistir as aulas, criar flashcards com o Anki, fazer uma auto explicação do que
aprendi - isso é muito importante -, exercícios e simulados semanais (nesse
caso, eu simulava com as provas antigas e simulados online). Eu estava
confiante antes da prova, pois estava indo bem nos simulados e realmente
acreditava que conseguiria passar. Mas, confesso que foi um ano intenso e a
fadiga falou alto. 
39
PARA OS QUE 
ESTÃO HÁ MUITO
TEMPO LONGE DOS
ESTUDOS
Victor Gonzalez Bigai
Como consequência, eu não fui bem no primeiro Enem para medicina, estava
exausto psicologicamente e fiz uma média de 680, mesmo tendo atingido a
nota de 940 na redação. Logo em seguida, me perguntei: o que eu fiz de
errado? Essa pergunta me fez repensar todo o meu plano e percebi que o meu
maior erro não foi só ter ficadoexausto ao longo do ano, mas também não ter
tido a frieza de dizer na hora da prova "essa eu não sei, vou pular!” ou “essa é
complexa, deixo para o final!”. No início do ano seguinte, eu decidi ir para um
cursinho presencial, com uma boa bolsa, para aproveitar os plantões de
dúvidas, mas infelizmente a pandemia veio! Voltando às aulas online - feitas
pelo cursinho -, mudei minha estratégia, passando a determinar a quantidade
de tempo que eu daria para cada matéria, deixando de focar em quantidade,
mas sim em QUALIDADE. Além disso, nesse ano eu fiz o reconhecimento das
minhas dificuldades, mesmo daquelas que eu achava que não tinha, para
poder dar o passo seguinte. Fiz amigos no cursinho, discutimos questões
juntos e isso foi fundamental! O estudo focado na quantidade de tempo me
permitiu estimular vários assuntos ao longo do mesmo dia, além de ser um
estudo mais leve. Foi um ano mais equilibrado, porque tentei não me deixar
ser sugado pelo vestibular - confesso que não fui muito bem nisso. No fim do
ano, fui para a prova do Enem com uma nova mentalidade e consegui a
aprovação em medicina na UFMG. Devo essa aprovação, em primeiro lugar, a
minha família, noiva e amigos. Estar em contato com as pessoas que me
querem bem foi essencial para lidar com os momentos difíceis dessa
caminhada. Em resumo, eu diria que o importante é reconhecer as suas
dificuldades e traçar uma estratégia de acordo com elas, respeitar os limites do
seu corpo e se permitir ter momentos de distração, quando possível. Espero ter
ajudado de alguma forma e aguardo você no ano que vem na maior de Minas.
40
PARA OS QUE
LIDAM 
COM QUESTÕES DE
SAÚDE MENTAL
Júlia de Oliveira Barbosa - @juh_oliveira02
Olá, meu nome é Júlia e vou contar um pouquinho sobre como foi estudar
para o ENEM lidando com ansiedade e TA.
Não passar em medicina no final do terceiro ano, ainda mais faltando pouco,
mexeu muito com o meu emocional. Questionei se fiz a escolha certa em
cursar pré vestibular e tentar novamente, me comparava com os outros que
passaram e tudo isso foi me destruindo e me fazendo perder meu jeito alegre. 
Minha família percebeu e com isso procurei ajuda médica, que me medicou e
me acompanha até hoje. 
Não foi fácil me concentrar sempre nos simulados,nas aulas e nos estudos, mas
eu tentava caminhar um dia de cada vez, não pensar muito no futuro (o que,
para quem tem ansiedade, pode gastar muito do tempo presente, que é
essencial) .
Assim, meu conselho é sempre procurar ajuda, acreditar que está dando seu
melhor e confiar nos seus estudos. Não gaste sua preciosa energia pensando
demais no passado, no futuro ou em qualquer outro gatilho. 
A perfeição é relativa e com os erros podemos aprender muito mais, pode
acreditar, basta analisa-los e não nos martirizarmos.
Estou disponível para conversar e ajudar no que eu puder. 
Boa sorte e bons estudos!
41
Se você precisa de ajuda, não hesite em procurar!
CVV (Centro de Valorização da Vida) - ligue 188 ou https://www.cvv.org.br/
Suporte para quem tem entre 13 e 24 anos -https://www.podefalar.org.br/
CAPS (Centro de Atenção Psicosocial) - https://sage.saude.gov.br/paineis/planoCrack/
PARA OS QUE
DESEJAM TROCAR 
DE CURSO
Izabella Pisani - @bellapisani
Primeiramente, bom dia/tarde/noite a todes que chegaram aqui! 
Meu nome é Izabella Pisani e eu sou da Turma 162 de medicina da UFMG. 
Acho que a maioria dos que se interessaram por ler esse relato chegaram aqui
porque estão passando por uma experiência parecida: anseiam por trocar (ou já
trocaram) de curso. Minha história é essa e espero que ela possa ajudar e
incentivar pelo menos alguns de vocês. 
Tecnicamente, eu sempre quis fazer medicina, desde pequena brincava com
minha família que iria ser médica e quando respondiam que eu teria que
estudar muito, eu falava que estava tudo bem, pois eu gostava de estudar e
aprender coisas novas. O tempo foi passando e quando entrei para o Ensino
Médio, com o aumento da concorrência para medicina na UFMG e da pressão
psicológica do colégio para passar em uma faculdade de renome, esse sonho
começou a ser deixado de lado. 
Durante o 3° ano do EM, eu realmente não tinha ideia do que iria fazer e então,
após o ENEM, decidi cursar Química na UFMG - devido à minha afinidade com a
matéria na escola - com o objetivo de estudar a química do cérebro. Ou seja, no
meu subconsciente não havia realmente abandonado a ideia de aprender sobre
o corpo humano. Durante o ano de 2018, estudei química, porém percebi que
não era aquilo que eu realmente gostaria de fazer pelo resto da minha vida e, ao
final do segundo período, resolvi largar a faculdade e entrar em um cursinho. 
Em relação a todas essas decisões, não me arrependo de nenhuma. Hoje
reconheço que quando saí do EM, não havia confiança (nem nota!) para entrar
em um curso de Medicina, e entrar para química foi uma das melhores coisas
que já me aconteceu. Conheci pessoas ótimas e fiz vários amigos, além disso,
consegui aprender mais sobre mim mesma e amadurecer imensamente, acho
que isso, inclusive, me deu forças para seguir o sonho de medicina na UFMG. 
Fiz 2 (longos) anos de cursinho, e assim como quase todos que passaram 
por algum pré vestibular, pensei em desistir, queria fazer pirraça, e
ocasionalmente matar algum colega. 
 
42
PARA OS QUE
DESEJAM TROCAR 
DE CURSO
Izabella Pisani - @bellapisani
Mas me mantive na minha decisão. Pode parecer estranho, mas nesse 
tempo, não sacrifiquei as coisas importantes da minha vida, continuei a 
fazer atividades extracurriculares, como praticar corrida e estudar uma nova
língua, e também reservava tempo para o lazer (logicamente com um pouco
mais de restrição e cuidado no ano de 2020, devido ao coronavírus). Nesse
sentido, achar o seu ponto de equilíbrio é essencial, apesar de parecer difícil no
início, pois temos várias obrigações além do estudo e tendemos a diminuir
nosso tempo disponível ao ócio. Entretanto, o descanso garantirá que você tire o
maior proveito possível do seu tempo estudando.
 Cabe aqui comentar que fazer cursinho é uma experiência chata, com todas as
cobranças internas e externas, com os colegas que juram que estudam 10/12/14
horas por dia – coisa que eu, particularmente, acho impossível para a maioria
dos meros mortais-, com os simulados que têm resultados volúveis, entre outras
coisas. Mas, se você tem uma rotina de estudos e pode conversar com alguém
sobre suas dificuldades, tudo flui um pouco melhor e no seu próprio tempo.
 Por meio desse pequeno relato, quis dizer que tudo compensa, todas as
frustrações, todos os surtos, todos os momentos de incerteza. Trocar de curso é
uma decisão delicada, porém, a própria escolha de uma faculdade é uma aposta,
há inúmeras possibilidades de cenários que podem ocorrer, tais como não se
identificar com o curso escolhido, gostar do curso mas não se ver praticando
uma profissão dentro dele e tantos outros. Não se sintam culpados ou
pressionados por não acertarem de primeira. Se reconheçam e não tenham
medo de mudar, caso seja algo que vocês realmente desejem. Todas as
experiências anteriores de uma pessoa contribuem para a sua formação e dão
força a ela para planejar seu futuro da melhor maneira possível. A vida é muito
longa para insistir em algo que realmente não te fascine. 
Boa sorte, bons estudos e venham para a maior de Minas! 
43
Quando estava no 3º ano do EM, coloquei
na minha cabeça que eu precisava passar
naquele ano pra não gastar dinheiro dos
meus pais com cursinho. Fiquei muito
nervosa no dia e nem consegui terminar
a prova. No meu 1º ano de cursinho, eu
achava que era obrigada a passar porque
estava em um cursinho de ótima
qualidade, estudei muito, fiz todos os
exercícios e mais de 100 redações. O
resultado foi que eu melhorei muito, mas
ainda não passei. No ano que passei, eu
foquei muito nas minhas dificuldades,
separando tempo exclusivo pra elas e
sem me cobrar tanto sobre a quantidade
de exercícios e redações, respeitando
meu limite. No dia da prova, eu ainda
estava nervosa, obviamente, mas
coloquei na minha cabeça que se eu não
passassenão seria o fim do mundo, pois
poderia tentar de novo. O resultado foi
que fiquei com a consciência mais leve,
pois fiz tudo o que pude e tinha certeza
que passaria, só não sabia como. Então,
meu conselho é fazer o seu melhor, focar
nas suas dificuldades e confiar que você
vai passar, só resta saber quando!
Desde que surgiu em mim 
o sonho de fazer medicina eu 
soube que não seria fácil, mas colo-
quei o objetivo em mente e segui. 
A organização dos meus horários me
ajudou a cumprir minhas metas. Eu fazia
redações e simulados/provas antigas do
ENEM praticamente todo final de
semana, corrigia as questões, revisava os
assuntos que eu não me recordava tão
bem. Fiz um caderninho com repertórios
para me ajudar na redação. Durante a
semana, eu assistia aulas, fazia
resumos/mapas mentais, testava meus
conhecimentos e buscava maneiras de
melhorar. Meu estudo foi praticamente
baseado em questões. Estudava grande
parte do meu dia, aos finais de semana,
feriados... E, no fim, toda a renúncia valeu
a pena, os momentos de choro,
desespero e ansiedade se
transformaram em alegria para mim,
para minha família e amigos quando a
aprovação finalmente chegou. Você
pode estar a apenas um passo de realizar
o seu sonho, então não deixe de lutar por
ele! Não desista, vejo você na
universidade! <3
- Anna Sophia Ferreira Matos
 - Amanda Estefany Dos Santos 
44
RELATOS GERAIS
Para qualquer um que esteja precisando de
palavras de acolhimento, suporte e motivação.
Foram incontáveis as vezes que eu me
peguei no meu quarto chorando de
cansaço e de insegurança, pensando se
todo esse esforço valeria a pena, se traria
resultado. A sensação era de estar presa
em um intervalo de tempo em que
minha vida não ia pra frente, e nem
voltava pra trás. O caminho foi difícil,
cheio de obstáculos (a maioria criada por
mim), cansativo e angustiante. No
entanto, esse era meu sonho, e todos os
percalços valeram a pena quando vi o
meu nome na lista. Desfrutei de uma
conquista minha, de um sonho meu, de
algo que ninguém poderá tirar de mim.
Portanto, o que filtro dessa experiência e
deixo de conselho aos vestibulandos de
agora que se indentificam com os meus
passados sentimentos é: sigam em frente,
respirem e parem quando for necessário,
e não deixem de continuar. A vez de
vocês vai chegar. Força!
Eae futuro mediciner, bele-
za?Eu sei que a vida de vestibu-
lando é dificil, mas existe uma luz
no fim do túnel, acredite em mim. 
É muito complicado nessa fase
encontrar motivação diária, então o que
eu vou dizer é menos motivador e mais
uma dica: dias ruins aparecem para todo
mundo e você não vai ser diferente,
então, quando estiver mal, não tem
problema nenhum chorar, descansar ou
ter um nível de produtividade "menor", o
seu 100% não é igual todos os dias,
porque você é um ser humano. Quase
todo mundo (eu me incluo nisso) tem
dificuldade de se manter extremamente
produtivo durante muito tempo, então,
por favor, não se cobre tanto assim. Você
vai alcançar seu objetivo, vestibulando.
- Giovanna Luísa Olivierii
- Brenda Vitória da Silva Sales Costa
45
RELATOS GERAIS
Para qualquer um que esteja precisando de
palavras de acolhimento, suporte e motivação.
Eu comecei a estudar para o Enem em
2019, com 20 anos. Infelizmente, no
primeiro ano de tentativa, não consegui
passar em medicina, mas passei em
veterinária na UFMG em 2020 e decidi
tentar esse curso, infelizmente não deu
certo e eu corri atrás do prejuízo pra
conseguir estudar tudo que precisava até
o Enem. Nesse meio tempo, participei do
processo seletivo da PUC minas para
medicina no final de 2020 e passei com a
nota do Enem de 2019, atualmente
estudo medicina na PUC e nesse ano de
2021 saiu minha aprovação em medicina
na UFMG. Não sei como vai ser a rotina de
quem está lendo esse relato, mas a
minha foi muito cansativa, me privei de
alguns momentos de lazer e alguns
momentos pensei em desistir por causa
da cobrança, pressão e competitividade,
mas quando isso aconteceu eu mantive a
disciplina de estudos e pensava que
quando eu passasse tudo ia valer a pena.
Atualmente eu posso dizer que tudo
valeu a pena e eu passaria por tudo
novamente para realizar o sonho de
cursar medicina.
Foram 4 longos anos de estu-
dos, choros, inseguranças, pro-
vações... mas estou certo de que
estudaria outros 4, caso precisasse. 
Não só pela chegada, que é a aprovação,
mas por todo o caminho que me
edificou como pessoa, como se tivesse
me lapidado até estar pronto para tal
feito. Aproveitem o percurso, sempre!!!
Sei que estamos todos olhando somente
para a chegada, ansiosos, angustiados...
e, com isso, perdemos inúmeras coisas
fantásticas no processo. Dito isso,
aproveitem a vida agora, saiam, tenham
momentos de lazer, mas aproveitem os
estudos também! É um privilégio
enorme poder estudar, não um martírio.
No mais, desejo sorte a todos!! Deixo
uma frase para reflexão:
"Pra que pressa, se o futuro é a morte?"
- Rafaela Coelho Gonçalves
- Caio Mendes Ribeiro
46
RELATOS GERAIS
Para qualquer um que esteja precisando de
palavras de acolhimento, suporte e motivação.
Quando eu sai do 3° ano do EM, consegui
uma nota boa no Enem, o que me deixou
muito feliz, pois imaginei que com um
ano de cursinho conseguiria ou chegaria
bem perto de passar. Cheguei no meu 1°
ano de cursinho e tive vários problemas:
não consegui organizar minha rotina e,
dessa forma, fiquei com várias matérias
atrasadas, negligenciei algumas matérias
(vide português, filosofia e sociologia) e, o
mais importante, não priorizei minha
saúde mental e emocional (me
preocupava muito mais com quantidade
do que qualidade de horas estudadas,
não me atentei para o descanso e para o
lazer, me comparava demais com os
colegas do cursinho e me sentia muito
inferior a eles). O resultado foi que
cheguei no dia do Enem desesperada,
muito ansiosa e sem preparo emocional
para enfrentar uma prova tão
desgastante. A nota veio e eu fiquei
desesperada ao ver que tinha tirado
menos mesmo tendo me dedicado
infinitamente mais naquele ano. No ano
seguinte, mesmo cansada da pressão
exercida por pessoas do meu entorno e
insegura em relação ao futuro, decidi
tentar de novo. Mas, naquele momento,
decidi corrigir tudo aquilo que eu julgava
ter feito de errado no ano anterior: - Raquel de Fuccio Mendes
 
 
procurei outro cursinho em 
BH que fosse menor para não 
ter aquela sensação de "ambiente 
tóxico" que muitos deles passam, bus-
quei apoio psicológico (isso foi importan-
te para mim, porque era minha psicóloga
que "puxava minha orelha" toda semana
falando que eu não era uma máquina e
que eu precisava descansar) e confiei na
preparação que eu tive ao longo do ano,
buscando sempre me "conhecer" e
entender quais pontos eu tinha mais
dificuldade e no que eu precisava focar
mais. Fui para a prova com a consciência
um pouco mais tranquila de que tinha
feito tudo o que estava ao meu alcance.
Quando vi meu nome na lista de
aprovados, a sensação foi indescritível.
Logo eu, que um ano antes estava tão
desacreditada e tentada a largar de mão.
Depois desse relato pequeno (contém
ironia kkk), a mensagem que quero deixar
é que vale MUITO a pena. Não é, nem de
perto, uma trajetória fácil, mas vale toda a
dedicação. Obs: esses foram a minha
experiência pessoal e os meus desafios
enfrentados ao longo da minha trajetória.
Sei que cada pessoa tem sua realidade e
sabe onde "o calo aperta".
47
RELATOS GERAIS
Para qualquer um que esteja precisando de
palavras de acolhimento, suporte e motivação.
Duas coisas extremamente básicas, mas
que fizeram toda a diferença pra
mim foram saber separar tempo de
estudo e tempo de descanso e estudar 
as matérias que eu tinha mais dificuldade
e, por isso, não gostava.
No início, eu achava que quanto mais eu
estudasse, mais chance de entrar na 
minha faculdade dos sonhos eu teria. Não
era de todo uma ideia errada, ter um
 domínio bacana dos conteúdos é de
suma importância, mas, por não separar
um tempo pra mim, eu acabava por me
entregar a uma rotina extremamente
estressante! As horas de descanso se
tornavam cada vez menores, a ansiedade
crescia a cada

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