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TCC EDICILENE MELO PINHEIRO

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32
 (
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Curso Bacharelado em Serviço Social
EDICILENE MELO PINHEIRO
SES 0411
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: 
Atuação do assistente social como supervisor no programa criança feliz NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA
TOMÉ-AÇU/PA
2020
CIDADE
ANO
)
EDICILENE MELO PINHEIRO
Atuação do assistente social como supervisor no programa criança feliz NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de TCC – do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. 
Edilane Silva dos Santos – Orientador Local
tomé-Açu/pA
2020
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL COMO SUPERVISOR NO PROGRAMA CRIANÇA FELIZ NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-ACU/PA
por
Edicilene Melo Pinheiro
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado do grau de Bacharel em Serviço Social, sendo-lhe atribuída à nota “______” (_____________________________), pela banca examinadora formada por:
_________________________________________________________
Presidente: Prof. EDILANE SILVA SANTOS – Orientador Local
_________________________________________________________
Membro: CAMILA TRINDADE COSTA - Supervisor de Campo
_________________________________________________________
Membro: Profissional da área
tomé-açu/Pa
2020
DEDICATÓRIA
Minhas primícias palavras de gratidão externo ao dono da vida Deus que me deu a oportunidade e forças para concluir a tão sonhada formação profissional. Ao meu marido por sempre ter me dado apoio, incentivo e ajuda financeira durante esses anos de curso, aos meus filhos que pensando neles e por eles eu voltei a estudar.
AGRADECIMENTOS
Para se conquistar algo sabemos que o caminho é longo cheio de adversidades e para eu chegar à conclusão do curso não foi diferente tive momentos que a vontade era de desistir, mas Deus sabedor de todas as coisas sempre usava alguém para me incentivar para que eu continuasse a caminhada, minha gratidão primeiramente a Ele que me sustentou e me capacitou nesses quatro anos de curso. 
Ao meu esposo que sempre me incentivou, me apoiou para eu não desistir, aos meus filhos Kayki e Samuel que são o meu coração fora de mim eles são responsáveis por eu ter decidido voltar a estudar após anos sem frequentar uma sala de aula.
A minha genitora Francisca Melo pelas orações ao meu favor, abaixo de Deus é o meu esteio.
Ao meu sogro Antônio que também tem uma parcela de contribuição para a concretização dessa conquista.
Grata sou a minha tutora Edilane Silva por sua dedicação, incentivo e por sua contribuição para o meu aprendizado.
Aos meus colegas de sala em especial a minha equipe de trabalhos acadêmicos que não poderia ter sido a melhor, Thuyanne, Ester e a Jaqueline que por força maior não pode terminar o curso.
A minha supervisora de campo Camila Trindade, agradecida sou a ela por tudo que me ensinou durante os estágios, por sua ajuda e suas orientações. 
Agradeço a todos da minha família e as pessoas que diretamente ou indiretamente contribuíram para eu chegar ao final do curso. 
Uma criança bem assistida e cuidada em sua infância, provavelmente refletirá em um adulto bem-sucedido, capaz de ter boas condutas e maneiras diante da família e da sociedade. 
Edicilene Melo Pinheiro
RESUMO
Este trabalho aborda o tema atuação do assistente social como supervisor no Programa Criança Feliz, desde sua origem até os dias atuais, na perspectiva da atuação do assistente social supervisor do programa, que precisa ser observada, trabalhada e colocadas em práticas. Conhecer sobre o exercício profissional da supervisora com as visitações na instituição familiar, mais com visão ampla ao contexto social, pensando no lugar onde o programa está inserido. A família é o ponto de partida para a orientação e para que o projeto frua oferecendo suporte necessário preparado para o acompanhamento das famílias que dentro do espaço que estão inseridos. Embora abrangente, o tema de atuação do Assistente Social como supervisor quando pensado no Programa Criança Feliz-PCF, relaciona-se diretamente com a perspectiva da Assistência Social. Diante disso, conclui-se que as experiências do Assistente Social no âmbito do Programa Criança Feliz-PCF, vêm trabalhando fundamentalmente com aplicação de medida de proteção para público-alvo é formado por gestantes e crianças de 0 a 3 anos de idade desde que sua família esteja inclusa no cadastro único para Programa Sociais, e até os 6 anos aquelas crianças com algum tipo de deficiência e que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Por meio dos dados coletados e analisados pode-se enfatizar que o seu papel como supervisora é crucial tanto para o programa quanto para seu grupo de trabalho. 
PALAVRAS-CHAVE: Assistente Social. Programa Criança Feliz. Supervisora.
LISTAS DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1- Mapa do Município de Tomé-Açu..............................................................13
Figura 2- O fluxograma abaixo demonstra a relação entre o supervisor, o visitador, o CRAS e o Comitê Gestor local.................................................................................17
Figura 3- A figura a seguir é do Projeto de Intervenção executado no CRAS em Tomé-Açu...................................................................................................................25
Tabela 1- Entrevista com a Visitadora com base nos questionamentos da Supervisora do Programa Criança Feliz- PCF...........................................................27
Gráfico 1- Segundo o suporte de atribuição da supervisora PCF como você classifica.....................................................................................................................28
Gráfico 2- Como você classifica a organização da supervisora em relação ao PCF............................................................................................................................28
Gráfico 3- Em relação aos materiais utilizados em seu dia a dia com você avalia.................29
Gráfico 4- De modo em geral como você avalia a atribuição da supervisora em relação às demandas identificadas...............................................................................................................................29
Gráfico 5- De que forma você classifica os instrumentos utilizados pela supervisão................30
LISTA DE SIGLAS
SCFV- Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
CRAS- Centro de Referência da Assistência Social
PCF- Programa Criança Feliz
BPC- Beneficio de Prestação Continuada
BBB- Belém Bioenergia Brasil
MDS- Ministério do Desenvolvimento Social
SUAS- Sistema Único de Assistência Social
SETAS- Secretaria de Trabalho e Assistência Social
CFESS- Conselho Federal de Serviço Social
CFAS- Conselho Federal de Assistentes Sociais
LOAS- Lei Orgânica da Assistência Social
CRESS- Conselho Regional de Serviço Social 
ONG´s- Organização Não- Governamental
UBS- Unidades Básicas de Saúde
CDC- Cuidados para o Desenvolvimento da Criança
PAIF- Proteção e Atendimento Integral a Família
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	11
2 APRESENTAÇÃO DO TEMA	12
2.2 PROGRAMAS CRIANÇA FELIZ	14
2.3 O OBJETIVO DE TER UM COMITÊ GESTOR NOS ESTADOS, MUNICÍPIOS E NO DISTRITO FEDERAL.	16
2.4 PROGRAMA CRIANÇA FELIZ NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA	17
2.5 ATUAÇÂO DO ASSISTENTE SOCIAL	17
2.6 ATUAÇÕES DO SUPERVISOR, ASSISTENTE SOCIAL, NO PROGRAMA CRIANÇA FELIZ NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA	19
2.6.1 ATRIBUIÇÕES GERAIS DO SUPERVISOR	20
2.6.2 ATIVIDADES ESPECIFICAS DO SUPERVISOR	20
2.6.3 FUNÇÃO DO VISITADOR	21
2.6.4 ATRIBUIÇÕES GERAIS DO VISITADOR	21
2.6.5 ATIVIDADES REALIZADAS PELO VISITADOR	21
3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL	22
4 JUSTIFICATIVA	23
5 OBJETIVOS	25
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	25
6 METODOLOGIA DE PESQUISA	26
7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA	27
7.1 APRESENTAÇÕES DOS DADOS30
7.2 ANÁLISE DOS DADOS	32
7.3 RESULTADOS	33
7.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS	35
8 CONCLUSÕES	38
REFERÊNCIAS	39
APÊNDICES	41
	
1 INTRODUÇÃO
O assistente social é um profissional responsável por atender as demandas sociais, ou seja, ele atua no cerne da questão social, busca garantir direitos e atua em prol de quem necessita. Ele está inserido em diversos espaços sócio ocupacionais dentre os quais pode-se citar a assistência social, a saúde e a educação, dentre outras políticas. 
Na assistência social ele atua em vários setores, tanto na proteção social básica quanto na especial. Como afirma a resolução 109 do Conselho de Assistência Social foi normatizado todos os serviços considerados como sócio assistenciais organizando-os em níveis de complexidade a equipe técnica do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) deve contar com o assistente social dentre outros profissionais, além disso, há outros serviços que demandam esse profissional como o SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos). 
A proteção social básica conta com diversos serviços que estão referenciados ao CRAS, o Programa Criança Feliz (PCF) é um dos mais recentes, este foi instituído pelo decreto nº 8.869, de 05 de outubro 2016 e está fundamentado pela lei nº 13.257, de 08 de março de 2016 que trata do Marco Legal pela Primeira Infância. 
O programa tem como público: gestantes, crianças de zero até três anos, desde que sua família esteja inserida no Cadastro Único para Programas Sociais, crianças até seis anos beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), e crianças de até seis anos que se encontra longe do convívio familiar por motivo de aplicação de medida de proteção. 
De acordo com o guia citado a equipe do programa deve ser composta por visitadores que devem ter o ensino médio ou superior e 1 supervisor que deve ter o nível superior e preferencialmente ser psicólogo, pedagogo, terapeuta ocupacional ou assistente social. Mediante a isso o presente trabalho visa abordar sobre atuação do Assistente Social enquanto supervisor do Programa Criança Feliz no município de Tomé-Açu/PA.
Para tanto será verificado quais as atribuições do supervisor do Programa Criança Feliz, identificado se são utilizados instrumentais técnicos do assistente social na supervisão e será descrito como se dá o atendimento as demandas no programa no município de Tomé-Açu. O interesse pelo tema surgiu no decorrer dos estágios realizados no CRAS, mais especificamente no PCF quando se vivenciou a atuação do profissional assistente social como supervisor.
2 APRESENTAÇÃO DO TEMA
2.1 HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE TOMÉ AÇU 
Como destacado no site da Prefeitura o Município de Tomé-Açu pertence a mesorregião do nordeste paraense e município polo da microrregião de Tomé-Açu, este está localizado no nordeste do Estado do Pará, a uma latitude 02º25'08" sul e longitude 48º09'08" oeste, estando a uma altitude de 45 metros do nível do mar. O município possui uma população estimada em 61.095 habitantes distribuídos em 5.145,325 km² de extensão territorial. No mapa abaixo ilustra-se a localização do referido município. 
Figura 1- Mapa do Município de Tomé-Açu.
FONTE: Disponível em: <https://www.weather-forecast.com/locations/Tome-Acu/forecasts/latest>. Acesso em 11 nov, 2019.
Os primeiros habitantes da região do Rio Acará-Mirim foram identificados como Tembé, cujas tribos cultivavam uma agricultura de subsistência. Faziam parte da nação Tenetehara, que em tupi guarani significa: “nós somos gente verdadeira”, os quais partilhavam com os índios Guajará do Estado do Maranhão a mesma língua e tradição culturais. 
O primeiro homem branco que ocupou o território de Tomé-Açu foi o português José Maria de Carvalho, que também foi o primeiro comerciante de madeira na foz do Igarapé Tomé-Açu, sendo atualmente Fazenda Tomé-Açu. Logo após o comércio madeireiro chegou o Sr. Agapito Joaquim de Cristo, que adquiriu, por aforamento, o terreno onde hoje está localizada a cidade de Tomé-Açu, que naquela época foi denominada de Fazenda Bela Vista (PREFEITURA, 2019). 
Entretanto Tomé-Açu, como distrito de Acará, era considerado uma aglomeração urbana importante do município de Acará. Em 1952 os habitantes de Tomé-Açu iniciaram um movimento de emancipação política em relação à administração do município de Acará. O Governador do Estado, através da Lei nº 1.127 de 10 de maio de 1955, autorizou a criação do município de Tomé-Açu, juntamente com um conjunto de novos municípios e nomeação de novos prefeitos, porém o Supremo Tribunal Federal declarou a lei inconstitucional em 4 de outubro de 1955. O personagem nomeado pelo governador para esse período foi Anthódio de Araújo Barbosa, que se constitui no primeiro prefeito de Tomé-Açu.
Destaca-se ainda sobre a economia do município que é baseada na agricultura tradicional, hoje comercial como pimenta do reino, cultura do Açaí, cultura da mandioca, cacau, cupuaçu, acerola, maracujá, pitaya, muruci, goiaba, entre outros produtos que movimentam o comércio no município. Deve destacar-se que as práticas agrícolas desses colonos se fundamentaram no cultivo e plantio de cultura de valor comercial como a cultura do dendê em parceria com as empresas Biopalma da Amazônia, empresa da VALE e BBB (Belém Bioenergia Brasil). A brasileira Petrobras e portuguesa Galp Energia foram o meio para concretizar o acordo entre os dois países. Nasce assim a BELEM BIOENERGIA BRASIL, com os primeiros plantios em 2011, com o apoio, inclusive do Governo Brasileiro, o que possibilitou sua fixação em Tomé-Açu, e a Empresa de cultivo de dendê Agropalma, implantados nessa colônia os imigrantes, nas décadas seguintes, utilizando métodos modernos de agricultura, conseguiram desenvolver a cultura da pimenta-do-reino, obtendo sucesso a ponto de o Pará se tornar um dos maiores produtores do país. É também exposto que o município de Tomé-Açu é um município agrícola carinhosamente apelidada de “A terra da Pimenta”, pelo fato de que os primeiros japoneses a cultivavam nessa região e elevaram o Brasil, pela primeira vez, à condição de produtor mundial de pimenta-do-reino. Hoje também conhecido como polo industrial da cultura de dendê.
2.2 PROGRAMAS CRIANÇA FELIZ 
O Programa Criança Feliz, lançado em outubro de 2016, tem como ponto central a visita semanal de técnicos às casas das famílias de baixa renda para acompanhar e estimular o desenvolvimento das crianças até os 3 anos de idade. O público-alvo é formado por gestantes e crianças de 0 a 3 anos de idade desde que sua família esteja inclusa no cadastro único para Programa Sociais, e até os 6 anos aquelas crianças com algum tipo de deficiência e que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Ainda são acompanhadas as crianças de até 6 anos que estão afastadas do convívio familiar em função de medidas protetivas. Os repasses de recursos para a supervisão, capacitação, contratação e remuneração dos visitadores são de responsabilidade do governo federal (MDS, 2019). Com isso, Estados e Municípios não têm gastos. 
O Ministério do Desenvolvimento Social aprova em 2016, a Lei n.º 13.257 instituiu o MARCO LEGAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA, importante avanço nas Políticas Públicas voltadas para o início da vida. “Foi à primeira vez que um país estruturou um projeto integrado com várias áreas, como saúde, educação, assistência social, cultura e meio ambiente.” (MDS, 2019).
O Guia de Visita Domiciliar (2017, p. 15) descreve que a equipe do programa pode ser formada por um Supervisor profissional de Nível Superior (Psicólogo, Assistente Social, Pedagogo ou Terapeuta Ocupacional), e Visitadores Profissionais de Ensino Médio (educador social/ orientador social/ cuidador social), conforme disposto na Resolução CNAS nº 9/2014 ou profissional de nível superior, conforme consta na Resolução CNAS nº 17/2011.
Ainda segundo o Guia de Visita Domiciliar (2017, p. 9) o Programa Criança Feliz tem caráter Inter setorial, ou seja, envolve várias políticas públicas com a finalidade de promover o desenvolvimentointegral das crianças na primeira infância, considerando sua família e seu contexto de vida. 
Sendo assim, o Programa Criança Feliz agrega as políticas de assistência social, educação, cultura, saúde, direitos humanos, direitos da criança e do adolescente, entre outras, tendo sua coordenação na Secretaria Nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano, do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). 
O MDS especifica que o PCF leva em consideração que o público do programa necessita de um atendimento transversal, incluindo saúde, assistência social e educação. Além disso, em situações de violação de direitos é necessária também a participação dos serviços do sistema de garantia de direitos e justiça. Ou seja, os diversos setores que contribuem para que o programa alcance seus objetivos devem trabalhar de forma integrada. É o que chamamos de intersetorialidade. Para garantir que essa diretriz seja cumprida os Comitês Intersetoriais são instâncias necessárias para o funcionamento do PCF. A inspiração para os comitês já estava prevista no artigo 7º do Marco Legal da Primeira Infância, que diz:
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir, nos respectivos âmbitos, Comitê intersetorial de políticas públicas para a primeira Infância com a finalidade de assegurar a articulação das ações voltadas à proteção e à promoção dos direitos da criança, garantida a participação social por meio dos conselhos de direitos.	
 O comitê inicialmente é pensado como uma estratégia para o fortalecimento das ações do Poder Público em prol da atenção à primeira infância. A partir disso, o Decreto 8.869 / 2016, que cria o PCF, alterado pelo Decreto 9.579 / 2018 institui um comitê gestor para o programa no âmbito da União: Art. 102.  Fica instituído o Comitê Gestor do programa Criança Feliz, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Social, com a atribuição de planejar e articular os componentes do Programa Criança Feliz.
A Portaria 956 / 2018 também prevê a criação de um conselho gestor intersetorial para estados, municípios e Distrito Federal, caso os entes efetuem a adesão ao PCF.
Art. 17 §1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que aderirem ao programa, poderão instituir comitê gestor intersetorial, responsável pelo planejamento e articulação dos componentes do programa em seu âmbito, a ser composto por representantes das secretarias responsáveis pela assistência social, educação, saúde, cultura e direitos humanos, e de outras entidades que reputem convenientes. 
2.3 O OBJETIVO DE TER UM COMITÊ GESTOR NOS ESTADOS, MUNICÍPIOS E NO DISTRITO FEDERAL.
No entanto, segundo o MDS o principal objetivo de ter um Comitê Gestor é poder articular todas as ações para o público da primeira infância e suas famílias em um espaço de diálogo coletivo, onde seja possível ampliar as ações das políticas e atuar de forma estratégica e planejada para a resolução dos problemas identificados no território. Com o comitê também é possível minimizar as dificuldades que comumente aparecem quando cada política pública atua de forma independente.
Figura 2 - O fluxograma abaixo demonstra a relação entre o supervisor, o visitador, o CRAS e o Comitê Gestor local.
Fonte:Disponívelem<https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/crianca_feliz/Guiapar/Visita/Domiciliar /Programa/ Criança/Feliz/21-06-2017.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2019.
A existência de um Comitê Gestor fomenta no setor público o cenário ideal para o desenvolvimento e fortalecimento do trabalho em rede articulado de forma intersetorial.
2.4 PROGRAMA CRIANÇA FELIZ NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA 
Conforme o relatório disponibilizado pelo Programa Criança Feliz do município de Tomé-Açu o mesmo foi implantado através da resolução nº 19 de 24 de novembro de 2016 tendo base na resolução CNAS nº 7, de 18 maio de 2016 que trata do II Plano Decenal da Assistência social, sendo fundamentado também no Marco Legal da Primeira Infância – Lei nº 13.257/2016 e está alocado na proteção social básica vinculado ao Centro de Referência da Assistência Social-CRAS, dentro da política de Assistência Social. De acordo com a resolução nº 19 o Programa Primeira Infância no Sistema Único de Assistência Social – SUAS, corresponde a participação da política de assistência social no Programa Criança Feliz, criado pelo decreto nº 8.869, de 05 de outubro de 2016. 
Ainda com base nos dados coletados o termo de adesão ao programa no município de Tomé-Açu foi assinado pela coordenadora de Programas da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (SETAS) Jesuína Siqueira do Carmo, no dia 01 de dezembro de 2016, com a meta de atender 200 famílias em todo território. A Secretária da SETAS, Joicy Pereira Portilho, foi quem geriu e organizou para que o PCF fosse posto em prática na gestão da Excelentíssima prefeita Aurenice Ribeiro. 
O programa tem como sua base composta de um supervisor e 7 visitadoras atuantes no município. 
 Assim, o Programa faz parte da política de Assistência Social no âmbito da Proteção Social Básica visa, dentre os objetivos a serem alcançados, promover o desenvolvimento humano a partir do apoio e do acompanhamento do desenvolvimento infantil integral na primeira infância e integrar, ampliar e fortalecer ações de políticas públicas voltadas para o público alvo que são as gestantes, crianças na primeira infância e suas famílias. 
 	
2.5 ATUAÇÂO DO ASSISTENTE SOCIAL 
O Conselho Federal de Serviço Social – CFESS enfatiza que o Serviço Social foi uma das primeiras profissões da área social a ter aprovado sua lei de regulamentação profissional, a Lei 3.252 de 27 de agosto de 1957, posteriormente regulamentada pelo Decreto 994 de 15 de maio de 1962. Foi esse decreto que determinou, em seu artigo 6º, que a disciplina e a fiscalização do exercício profissional caberiam ao Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS) e aos Conselhos Regionais de Assistente Sociais (CRAS). 
Com base na história do Serviço Social e segundo o CFESS, os Conselhos Profissionais, em sua criação, não privilegiavam o contato com os profissionais na busca de um diálogo reflexivo acerca da atuação do assistente social. Foi com esse novo momento histórico (aprovação da Lei 8.662/93), que as relações se estreitaram entre os profissionais e os Conselhos, passando a ser um espaço de discussões politizadas e críticas no que desrespeitam aos direitos, deveres, competências e contribuições do assistente social bem como a fiscalização dos campos de atuação dos profissionais. 
Outros documentos significativos importantes para a profissão de Serviço Social, dentre eles: o Código de Ética (Lei 8.662/93), o Estatuto do Conjunto, os Regimentos Internos dos Conselhos, o Plano Nacional de Fiscalização da profissão, Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS Lei 8.742/93), Sistema Único da Assistência Social (SUAS Lei 12.435/11) etc. 
 Segundo CFESS (2008), desde seus primórdios aos dias atuais, a profissão tem se redefinido, considerando sua inserção na realidade social do Brasil, entendendo que seu significado social se expressa pela demanda de atuar nas sequelas da questão social brasileira, que em outros termos, se revela nas desigualdades sociais e econômicas, objeto da atuação profissional, manifestas na pobreza, violência, desemprego, carências materiais e existenciais, dentre outras. 
Como profissional, o assistente social tem “função de planejar, gerenciar, administrar, executar e assessorar políticas, programas e serviços sociais, a assistente social efetiva sua intervenção nas relações entre os homens no cotidiano da vida social, por meio de uma ação global de cunho socioeducativo e prestação de serviços”. (CRESS, 2009). 
 A atuação do assistente social se faz desenvolvendo ou propondo políticas públicas que possam responder pelo acesso dos segmentos de populações aos serviços e benefícios construídos e conquistados socialmente, principalmente, aqueles da área de seguridade social. Entretanto, segundo CFESS (2008), as instituições que requisitam o profissional de Serviço Social se ocupam deproblemáticas relacionadas:
· Crianças moradoras de rua, em trabalho precoce, com dificuldades familiares ou escolares, sem escola, em risco social, com deficiências, sem família, drogadictos internadas, doentes; 
· Adultos: Desempregados, drogadictos, em conflito familiar ou conjugal, aprisionados, em conflito nas relações de trabalho, hospitalizados, doentes, organizados em grupos de interesses políticos em defesa de direitos, portadores de deficiências;
· Idosos: Asilados, isolados, organizados em centros de convivência, hospitalizados; 
· Doentes: Minorias étnicas e demais expressões da questão social. 
· As instituições que têm contratado o (a) Assistente Social, em geral são: Prefeituras, entidades assistenciais e de apoio à luta por direitos, sistema judiciário e presidiário, sistema de saúde, empresas, sindicatos, sistema previdenciário, ONG’s, centros comunitários, escolas, fundações, universidades, centros de pesquisa e assessoria. 
 
Desse modo, verifica-se que o profissional de Serviço Social atua abrangendo diversos públicos atendendo as necessidades identificadas na realidade do indivíduo ao desempenhar o seu papel no seu âmbito de trabalho.
2.6 ATUAÇÕES DO SUPERVISOR, ASSISTENTE SOCIAL, NO PROGRAMA CRIANÇA FELIZ NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA
No Guia de Visita Domiciliar (2017, p. 15) cita-se que profissional de serviço social atua no programa criança feliz enquanto supervisor, a ele cabe às funções de acompanhar, dar apoio às visitadoras planejando e desenvolvendo o trabalho das mesmas e nas visitas domiciliares, com reflexões e orientações. É especificado as atribuições do profissional, bem como a visibilização de atividades em grupos com as famílias visitadas, a articulação dos encaminhamentos para a inclusão das famílias na rede, mobilização dos recursos na rede e da comunidade e levar para debate no Grupo Gestor Municipal as situações complexas, lacunas e outras questões operacionais. 
2.6.1 ATRIBUIÇÕES GERAIS DO SUPERVISOR 
· Viabilizar a realização de atividades em grupos com as famílias visitadas, articulando CRAS e Unidades Básicas de Saúde (UBS), sempre que possível, para o desenvolvimento destas ações; 
· Articular os encaminhamentos para inclusão das famílias na rede, conforme demandas identificadas nas visitas domiciliares; 
· Mobilizar os recursos da rede e da comunidade para apoiar o trabalho dos visitadores, o desenvolvimento das crianças e a atenção às demandas das famílias; 
2.6.2 ATIVIDADES ESPECIFICAS DO SUPERVISOR 
· Realizar a caracterização e diagnóstico do território por meio de formulário específico (Anexo I); 
· Realizar reuniões semanais com os visitadores para planejar a visita domiciliar; 
· Acompanhar, quando necessário, os visitadores na realização das visitas domiciliares as família incluída no Programa Criança Feliz; 
· Acolher, discutir e realizar encaminhamentos das demandas trazidas pelo visitador; 
· Fazer devolutiva ao visitador acerca das demandas solicitadas; 
· Organizar reuniões individuais ou em grupo com os visitadores para realização de estudos de caso; 
· Participar de reuniões intersetoriais para realização de estudo de caso; 
· Participar de reunião com o Comitê Gestor Municipal; 
· Realizar capacitações para visitadores; 
· Identificar temáticas relevantes e necessárias para realização de capacitação contínua dos visitadores;
· Solicitar ao Comitê Gestor Municipal a realização de capacitação para os visitadores; 
· Auxiliar na identificação de profissionais para participação na capacitação para os visitadores; 
· Realizar o registro das informações das famílias no Programa Criança Feliz, bem como das visitas domiciliares no Prontuário Eletrônico do SUAS; 
· Preencher relatórios de acompanhamento das visitas domiciliares.
2.6.3 FUNÇÃO DO VISITADOR 
Conforme está escrito no Guia de Visita Domiciliar (2017, p. 17-18), o visitador é o profissional responsável por planejar e realizar a visita domiciliar as famílias do Programa Criança Feliz, com apoio e acompanhamento do supervisor.
2.6.4 ATRIBUIÇÕES GERAIS DO VISITADOR
· Observar os protocolos de visitação e fazer os devidos registros das informações acerca das atividades desenvolvidas;
· Consultar e recorrer ao supervisor sempre que necessário;
· Registrar as visitas domiciliares;
· Identificar e discutir com o supervisor demandas e situações que requeiram encaminhamentos para a rede (como educação, cultura, justiça, saúde ou assistência social), visando sua efetivação.
2.6.5 ATIVIDADES REALIZADAS PELO VISITADOR
· Realizar a caracterização da família, por meio de formulário específico.
· Realizar a caracterização da gestante, por meio de formulário específico. 
· Realizar a caracterização da criança, por meio de formulário específico. 
· Realizar o diagnóstico inicial do desenvolvimento infantil, por meio de formulário específico.
· Preencher o instrumento “Plano de Visita” para planejamento do trabalho junto às famílias.
· Realizar o trabalho diretamente com as famílias, por meio das visitas domiciliares, orientando-as para o fortalecimento do vínculo e capacitando-as para realizar as atividades de estimulação para o desenvolvimento integral da criança, desde a gestação; 
· Orientar as famílias sobre as atividades de estimulação adequadas à criança a partir do diagnóstico inicial de seu desenvolvimento;
· Acompanhar e apoiar as ações educativas realizadas pelas próprias famílias junto às crianças e as ações realizadas pelas gestantes;
· Acompanhar os resultados alcançados pelas crianças e pelas gestantes; 
· Participar de reuniões semanais com o supervisor para repassar o trabalho realizado durante a visita domiciliar e para planejar as Modalidades de Atenção;
· Executar o cronograma de visitas domiciliares às famílias; 
· Participar das capacitações destinadas aos visitadores; 
· Colaborar com o supervisor no levantamento de temáticas a serem abordadas na educação continuada e permanente;
· Informar imediatamente ao supervisor situações em que forem identificadas ou percebidas circunstâncias ou casos que indiquem problemas na família como, por exemplo, suspeita de violência doméstica e dificuldades de diagnóstico precoce ou de acesso a serviços e direitos de crianças com deficiência, para que o supervisor acione a rede de serviços;
· Realizar o acompanhamento da criança, por meio de formulário específico.
3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL
O assistente social luta para diminuir os riscos sociais e pela garantia dos direitos do cidadão, direitos que estão na emenda da Constituição Federal de 1988 e na maioria das vezes é necessário a intervenção do profissional para que seja respeitado, ou seja saia do papel e venha para a vida cotidiana do cidadão. Para se ter uma vida digna o ser humano precisa vencer inúmeros desafios que lhe é imposto dia a dia impedindo-o de ter pelo menos o mínimo para sua existência, e o assistente Social é um profissional que precisa estar preparado, capacitado, competente e qualificado para intervir diante das questões sociais em prol do indivíduo que vive em situação de vulnerabilidade social ou risco social.
O Profissional de Serviço Social precisa conhecer o âmbito de moradia dos excluídos para poder atender as suas reais necessidades, precisa estar centralizado para poder construir propostas de enfrentamento das demandas detectadas na realidade dos usuários, e assim fazer intervenção junto ao indivíduo para melhorar as condições de vida deles.
De acordo com Iamamoto (2001, p. 28), “O Serviço Social tem como tarefa decifrar as formas e expressões da questão social na contemporaneidade e atribuir transparência às iniciativas voltadas à sua reversão ou enfrentamento imediato”. Segundo (PIERITZ, 2013, p. 118). Assim, entendendo que os assistentes sociais trabalham com as expressões da questão social em seu cotidiano, trabalham também diretamente com os sujeitos que vivenciam as expressões da questão social, que requer um profissional criativo, competente, e que desvele as expressões da questão social, comotambém desvele quais as alternativas, opções e caminhos para revertê-la. 
Machado (2009, p.4) complementa esta análise expondo que:
[...] como toda categoria arrancada do real, nós não vemos a questão social, vemos suas expressões: O desemprego, o analfabetismo, a fome, a favela, a falta de leitos em hospitais, a violência, a inadimplência etc. Assim é que a questão social só se apresenta nas suas objetivações, em concretos que sintetizam as determinações prioritárias do capital sobre o trabalho, em que o objetivo é acumular capital e não garantir condições de vida para toda a população.
4 JUSTIFICATIVA
De acordo com Canzonieri (2010, p. 76), “a justificativa representa o porquê da escolha do assunto”.
Por fim, ressaltamos que “a forma de justificar em pesquisa que produz maior impacto é aquela que articula relevância intelectual e prática do problema investigado a experiência do investigador” (MINAYO, 1994, p. 42)
O Programa Criança Feliz - PCF, como discutido acima, é um programa relativamente novo no município de Tomé-Açu e a nível de Brasil, e com a vivência nos estágios I, II e III verificou-se a relevância que ele tem para com as famílias atendidas, bem como a necessidade de atendimento as demandas da família.
Segundo Iamamoto (2009, p. 24), existem alguns elementos em relação à demanda que são importantes destacar: 
[...] a dimensão contraditória das demandas e requisições que se apresentam à profissão, expressão das forças sociais que nelas incidem: tanto o movimento do capital quanto os direitos, valores e princípios que fazem parte das conquistas e do ideário dos trabalhadores. São essas forças contraditórias, inscritas na própria dinâmica dos processos sociais, que criam as bases reais para a renovação do estatuto da profissão conjugadas á intencionalidades dos seus agentes.
Com o projeto de intervenção executado sobre o compartilhamento de conhecimentos viu-se o quanto é primordial a atuação dos profissionais que atuam nesse programa, especialmente do supervisor que é quem articula a atuação dos visitadores para que as famílias se tornem protagonistas de sua história.
Figura 3 – A figura a seguir é do Projeto de Intervenção executado no CRAS em Tomé-Açu.
FONTE: https://umuaramanews.com.br/2016/08/04/unipar-prepara-ciclo-de-palestras-com-mais-de-cem-temas/compartilhando-conhecimento/ Acesso em: 05 de mar. 2020.
Assim, surgiu o interesse em investigar sobre a relação que a formação profissional da supervisora tem com a atuação enquanto supervisora, pois acredita-se que o presente trabalho tem importância porque agregará conhecimento para a atuação desse profissional em outros espaços, como também para acadêmicos e demais profissionais afins.
5 OBJETIVOS
Em seguida será exposto os objetivos gerais e específicos da pesquisa. 
 
5.1 OBJETIVO GERAL
 Analisar de que forma se dá a atuação do assistente social enquanto supervisor o Programa Criança Feliz no município de Tomé-Açu. 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
· Verificar a atuação do supervisor do programa criança feliz;
· Identificar se são utilizados instrumentais técnicos do assistente social na supervisão do Programa Criança Feliz;
· Descrever como se dá o atendimento as demandas no Programa Criança Feliz no município de Tomé-Açu. 
6 METODOLOGIA DE PESQUISA
A metodologia é uma técnica muito utilizada nas pesquisas científicas, pois favorece todo processo de evolução. Ou seja, para o conhecimento se tornar cientifico, faz-se necessário identificar as intervenções técnicas que permitam produzir o melhor método de chegar ao conhecimento através da pesquisa.
Sendo mais que uma descrição formal de métodos e técnicas a serem utilizados, pois indica as opções e leitura operacional que o pesquisador fez de todo quadro teórico. (MINAYO, 1994).
Para o alcance dos objetivos deste trabalho foram feitas pesquisas em sites, artigos, levantamento bibliográfico em livros, revistas, assim como uma pesquisa de campo com algumas visitadoras do Programa Criança Feliz, e uma entrevista semiestruturada com a supervisora responsável do programa para melhor descrever e analisar o objeto estudado. O estudo caracteriza-se como qualitativo, pois busca a análise de uma realidade.
 Conforme Matos e Vieira (1991, p. 40), a pesquisa é feita a partir do levantamento de referências teóricas “já analisadas e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, página de web sites” sobre o tema a estudar. 
Segunda autora (SEANZONIERI, 2010), esta modalidade é usada quando está direcionada para responder à pergunta “qual”, realizada pelo pesquisador por meio de observação, entrevista, coletada de dados e outras que expressem o pensamento do sujeito ou o fenômeno, enquanto elemento de pesquisa.
7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA
A análise de dados foi obtida através da pesquisa quali-quantitativo, com aplicação de questionário fechado, com atribuições de notas de (0-5 para Ruim), (5,5-8 para Regular) e, de (8,5-10 para Bom). Para as visitadoras, que de agora em diante usaremos o codinome das entrevistadas 1,2,3, preservando suas identidades.
Neste contexto usaremos tabela para descrever os resultados obtidos conforme a tabela 1 abaixo:
Tabela 1 entrevista com as Visitadoras com base nos questionamentos da Supervisora do Programa Criança Feliz- PCF.
	
Entrevistadas
	Bom
	Regular 
	Ruim
	
Segundo o suporte de atribuição da supervisora PCF como você classifica?
	09
	08
	04
	
Como você classifica a organização da supervisora em relação ao PCF?
	8,5
	06
	04
	
Em relação aos materiais utilizados em seu dia a dia com você avalia?
	10
	07
	05
	
De modo em geral como você avalia a atribuição da supervisora em relação às demandas identificadas?
	09
	07
	04
	
De que forma você classifica os instrumentos utilizados pela supervisão?
	10
	06
	05
Fonte: Dados da pesquisa.
Neste contexto usaremos o gráfico para descrever os resultados obtidos conforme a tabela 1 de acordo com as entrevistas realizada com as Visitadoras baseado nos questionamentos da Supervisora do Programa Criança Feliz- PCF
Gráfico 1- Segundo o suporte de atribuição da supervisora PCF como você classifica?
Gráfico 2- Como você classifica a organização da supervisora em relação ao PCF?
Gráfico 3- Em relação aos materiais utilizados em seu dia a dia com você avalia?
Gráfico 4- De modo em geral como você avalia a atribuição da supervisora em relação às demandas identificadas?
Gráfico 5- De que forma você classifica os instrumentos utilizados pela supervisão?
7.1 APRESENTAÇÕES DOS DADOS 
Neste capitulo foram feitos analises para responder os objetivos específicos, entrevista com a supervisora do Programa Criança Feliz-PCF. Onde a mesma traz reflexões sobre o programa, para atender as famílias que estão inseridas.
As atribuições enquanto supervisora no PCF, no município de Tomé-Açu, segundo a supervisora “as visitadoras passam por um processo de capacitação continuada antes de adentrar no campo de atuação, recebendo suporte, organização de formulários, apoio de materiais utilizados pelas visitadoras para realizarem suas atividades nas visitações fazendo leituras, quais atividades seja adequada às especificidades daquela criança, planejamento das visitas, responder e levar as demandas das famílias para a equipe do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), reuniões semanais com as visitadoras, registros de visitas no sistema, suporte tecnológico, orientações e visita domiciliar”. 
O cotidiano da supervisora com as visitadoras dar-se por meio de orientações via internet, celulares, devido o distanciamento entre Quatro-Bocas e Tome-Açu. Com encontro uma vez na semana (sexta-feira), para fazer o planejamento semanal, registro da visita, relatórios, desligamento da criança que já foi atendida, cuja idade para a participação no PCF é de (0- 3), anos de idades e a verificação das demandas identificada pela visitadora.
 As dificuldades encontradas para o desenvolvimento do trabalhono programa PCF, para a supervisora:
“Inicialmente as principais dificuldades, eram porque tinham poucos materiais do programa disponível, como os guias de visitas domiciliares, Cuidados para o Desenvolvimento da Criança método (CDC), alguns livros específico devido o programa está recente no Brasil a ausências de materiais voltado para o programa eram limitados, Material do Ministério do Desenvolvimento Social- MDS, onde era disponibilizado uma cartilha”. (Supervisora 2020)
A supervisora segue dizendo: 
“Devido o programa não ter veículo próprio dificulta a locomoção, das visitadoras, a falta de transporte dificulta muito, onde o trabalho poderia atender mais crianças”. “Também no início não tinha computador foi desafiador”. “Hoje um dos problemas é a falta de transporte próprio do programa, o qual depende do carro do CRAS uma vez por semana (terça-feira), para realizar suas visitas juntos com as visitadoras”. (Supervisora 2020).
Para a entrevistada a falta de transporte dificulta o trabalho tanto da supervisão quanto das visitadoras, para realização das atividades em grupo, surgiu à ideia de formar um grupo de Mulheres grávidas para juntas estarem dialogando, através do diálogo aconteceu o primeiro encontro, onde houve ações socioeducativas, preventivas visando garantir o direito a promoção da saúde a inclusão social juntamente com o apoio da prefeitura municipal. Dificuldades encontram-se, entretanto o trabalho deve ser feito com amor e ética. 
O seu conhecimento como assistente social ajuda você em sua prática profissional como supervisora do PCF, segundo a supervisora sua formação lhe da base para atuar, planejar por meio de projetos éticos- políticos, não somente o profissional supervisor como também as visitadoras e equipe do CRAS, para auxiliar nos encaminhamentos, desenvolver um trabalho social com as famílias, com empatia, fazendo sempre uma leitura social, através das vistas domiciliares.
A entrevistada relata que sua formação lhe dá respaldo para exercer o cargo de supervisora “sua formação é assistente social pós-graduação em Gestão e planejamento de Políticas Públicas”. Também teve a experiência de atuar no CRAS, Centro de Convivência, com sua experiência nesse órgão lhe atribuíram praticas enquanto Assistente Social”.
 	
Fazendo uma leitura diferenciada das famílias em que estão no cadastro único para Programa Sociais, lhe possibilitando fazer visitas, verificando o que a família está necessitando no ato da visitação, entretanto a experiência já vem antes do programa, e com o programa o conhecimento está sendo aprimorado. 
7.2 ANÁLISE DOS DADOS
Os usos de instrumentais no programa de supervisão do PCF, esta relacionados às visitações, que a Assistente Social utiliza para fazer a leitura do contexto da família, para verificar as questões das crianças e também das famílias onde o programa não visa atender somente as crianças e sim o contexto familiar, para que a criança tenha um desenvolvimento integral desta criança, também é utilizado o atendimento social (sempre para uma conversa), caso precise de ajuda mais técnica temos o apoio das técnicas do Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família (PAIF) e, psicóloga, para uma análise profunda das condições que aquela família se encontra. 
Para o alcance dos dados foi feito um questionário com perguntas para supervisora do Programa Criança Feliz-PCF, assim pode-se coletar informações sobre o tema abordado relacionado com os objetivos apresentados no desenvolvimento do trabalho tais como: Além disso, também foi feita uma pesquisa de campo com algumas visitadoras que fazem parte de sua equipe de trabalho. 
No objetivo específico “a”, tem-se em verificar a atuação do supervisor do Programa Criança Feliz no município de Tomé-Açu. A supervisora do programa menciona na entrevista semiestruturada que lhe foi aplicada que uma de suas principais atribuições é dar suporte para as visitadoras no momento da realização da visita domiciliar, mas que existem outras atribuições como: Dar capacitação as visitadoras, dar apoio no caso de material necessário para que as visitadoras possam fazer as atividades com as crianças, planejar a visita, ir à visita com as visitadoras quando necessário, levar as demandas para o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), responder as demandas das famílias, fazer reuniões com as visitadoras semanais, registrar as visitas no sistema, entre outras.
Descreve também sobre como se comunica com as visitadoras que é por meio do celular, telefonema e internet, pois não tem como as mesmas comparecerem ao CRAS para fazerem o planejamento da visita, o planejamento é preciso ser feito antes da visita e como não é possível é realizada uma reunião na semana que acontece às sextas-feiras no CRAS, trazem a demanda, o que aconteceu na semana, as dúvidas que elas têm, é feito o registro das visitas, e outras coisas a mais. 
No entanto, de acordo com a informação coletada na entrevista a supervisora diz que as principais dificuldades encontradas no início foram à disponibilidade de pouco material sobre o programa e a falta de computador, mas atualmente é a falta de carro próprio, novamente relata sobre a dificuldade de manter contato presencialmente com as visitadoras, a falta de realizar atividades em grupos com as famílias, entre outras.
Ainda expõem que a sua formação como assistente social lhe dar toda base necessária para a mesma fazer um contexto familiar das famílias, organizar e planejar as atividades, pois sua formação é voltada para o projeto-político para uma questão mais dialética da família e juntamente com a equipe do CRAS dar os devidos caminhamentos, ver as famílias de uma maneira mais social, como sua especialização é em políticas públicas isso lhe deu certo parâmetro para lhe dar com as visitadoras.
7.3 RESULTADOS
As demandas identificadas no programa, de acordo com a figura 2- do fluxograma onde as visitadoras precisam identificar situações na família, acontece um diálogo entre supervisora e visitadoras para verificar qual a especificidade desta família que está inserida no cadastro único para Programa Social, o CRAS é acionado a partir daí são feitos alguns encaminhamentos. Para que essa família seja atendida, caso as visitadoras não identifiquem nenhum problema na família é feito uma vista extra ao qual tem o auxílio da supervisão.
Há um grande número de demandas, que são detectadas com mais frequências:
· Cestas básicas;
· Agendamento de consultas médicas, Ultrassonografia;
· Materiais escolares;
· Uniformes escolares, vestuários. 
· Cesta básica: As famílias que são atendidas pelo programa são de baixa renda, vivem em condições de vulnerabilidade, entretanto temos uma criança cadastrada no cadastro único e, as demais são beneficiarias do Bolsa Família. 
· Agendamento de consultas medica: principalmente para as grávidas, e a ultrassom devido, que por muitas vezes elas vão e não conseguem fazer o agendamento, e por esse motivo chagam estas demandas. E juntamente com o CRAS, damos prosseguimento.
· Materiais escolares: tanto para as crianças e adolescentes, os pais não têm condições de comprar o material, que por muitas vezes as famílias atendidas são numerosas.
· Os uniformes escolares e até mesmo vestuários também é uma demanda muito grande. Como já citados as famílias que são atendidas vivem em estado de vulnerabilidade, e às vezes dependem do Bolsa Família. 
O suporte principal é o apoio da equipe do CRAS, que todas essas demandas são encaminhadas para lá, depois retorna para a supervisão e a partir daí que fazemos toda a distribuição destas demandas. Já que uma vez o supervisor não tem autonomia para fazer o encaminhamento direto. Depois que o CRAS responde encaminhamos as famílias que são atendidas e aquelas que necessitam de um acompanhamento mais prolongado são inseridas no PAIF, onde o acompanhamento será feito de forma especifica com aquelas famílias.
Infelizmente nem todas as famílias que procuram atendimento não são todas atendidas devido essas demandas serem grandese ainda termos limitações em algumas ações de forma direta. Entretanto são encaminhadas todas as demandas. 
 Atuação do Assistente Social como Supervisor no Programa Criança Feliz No Município de Tomé-Açu/ Pa. O Assistente Social atua como supervisor do programa ao qual está vinculada ao CRAS, o qual depende do transporte do Programa Social. Entretanto é disponibilizado uma vez por semana (terça-feira), isso impossibilita o está acompanhando as visitadoras no dia-a-dia, tanto a supervisão quanto à visitação. Um programa que atende uma demanda para o atendimento dessas famílias é grande, então um transporte do próprio programa ajudaria muito para as realizações das atividades diariamente. Sugiro como melhorias uma ementa juntamente com os órgãos responsáveis, para que o programa possa aderir um veículo (carro ou moto), para o exercício de suas atividades.
7.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
 Após a análise das evidências coletadas, foi possível identificar, com base na percepção que o profissional de serviço social que está diante do Programa Criança Feliz em Tomé-Açu/PA é também supervisora do programa que a mesma atua com eficiência supervisionando, orientando e auxiliando as visitadoras que compõem a equipe de trabalho do programa para que estas tenham um desenvolvimento produtivo ao realizarem suas visitas nas residências do público prioritário, pode-se também concluir que a Assistente Social está capacitada para ocupar o cargo o qual lhe foi confiado. 
 Como se deu o processo de transformação, do programa de sua origem aos dias atuais.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social-MDS o Programa Criança Feliz de Tomé-Açu se destacou entre outros municípios ficando em 2º lugar para receber o prêmio de Boas Práticas do Governo Federal (MDS, 2019).
Por meio das entrevistas coletadas, juntamente com as observações diretas, foi possível analisar: 
A supervisora do Programa demonstra em seu discurso, o quanto considera importante o seu trabalho, a atividade desenvolvida com as famílias que são atendidas, não apenas para o contexto pessoas que estão em vulnerabilidade, mas para toda a comunidade, bem como o sentido valorativo que o trabalho representa à sua vida enquanto o assistente social.
E esses resultados positivos comprova que a supervisora juntamente com toda sua equipe está atingindo o objetivo proposto pelo programa que é promover o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância. 
A atuação desse profissional é de suma importância, após as demandas serem constatadas pelas visitadoras a assistente social discute com as mesmas, faz a articulação com o Centro de Referência da Assistência Social-CRAS para que a demanda identificada seja analisada fazem o planejamento da visita para poder auxiliar a família o que fazer para melhorar o desenvolvimento da criança na área que ela está com dificuldade, e logo após se reuni com a equipe da instituição para analisar a demanda identificada e em seguida juntos fazerem o encaminhamento para a secretaria de Assistência Social que irá acompanhar e analisar a demanda para poder dar uma resposta sobre a mesma.
Ainda, em seu discurso, relatou com propriedade sobre a importância do programa no Município, afirmando com convicção que aquela continuará existindo, independentemente das outras demandas que venham a emergir no PCF. Porém, de acordo com as informações fornecidas pela supervisora, constatou-se que desde a sua fundação até a atualidade, o número de famílias para a procura do programa veem crescendo, de acordo as demandas que hoje são atendidas 200 famílias. Claro que precisa ser aprimorados os recursos tanto assistências quanto logísticas, valorizando a visitação as famílias que são assistidas.
A Lei n.º 13.257 do Programa Criança Feliz, criado em 2016, estabelece o Programa Criança Feliz deve ser dirigida. No entanto, observa-se que, atualmente, o Programa possui apenas o assistente Social Supervisor e as Assistentes Sociais visitadoras para dar andamento a todos os processos. 
De acordo com as visitadoras, as ações desenvolvidas pelo programa trouxeram desenvolvimento para as famílias atendidas, no que concerne às melhorias. 
Durkhein (Apud ABRANCHES, 2004), em seus estudos, mostra-nos a função das instituições sociais na manutenção dessas realidades- indivíduo e coletivo- na sociedade.
A instituição social é um mecanismo de proteção da sociedade, é o conjunto de regras e procedimentos padronizados socialmente, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade, cuja importância estratégica é manter a organização do grupo e satisfazer nas necessidades dos indivíduos que dele participam [...]. (ABRANCHES, 2004, p. 1).
Outro aspecto observado é que todos os entrevistados informaram que Segundo o suporte de atribuição da supervisora PCF é classificado como Bom, a organização da supervisora em relação ao PCF é Bom, em relação aos materiais utilizados em seu dia a dia é Bom, de modo em geral à avaliação sobre a atribuição da supervisora em relação às demandas identificadas é Bom, os instrumentos utilizados pela supervisão também é bom, ou seja, não precisa de mudanças. 
Entretanto segundo a supervisora do programa como atribuição principal precisa-se de transporte (carro ou moto), próprio do programa, só assim seria possível atender uma demanda de visitações diariamente.
Para os profissionais de Serviço Social, a política pública representa, instrumentos legais e transversais ao trabalho técnico, nos espaços ocupacionais, possuindo instrumentos contraditórios que permeiam os processos históricos das instituições, atuam e, ainda, possuem a representatividade do embate e de resistência na luta pela garantia de direitos. (WEGRZYNOVSKI, 2016, p.150).
Todavia, não se pode negar, que a atividade exercida polos profissionais Assistência social por meio do PCF, trouxe melhorias para as famílias atendidas,
Para Freire (1983, p. 17), [...] “exige tempo e investimento tanto humano quanto material, ale de confiança e empatia em todo processo interventivo”.
A autora Silva e Silva (2002, p. 223), afirma que os assistentes sociais que participam da matriz crítica encontram o seguinte desafio:
“[...] a busca de mediações analíticas capazes de da conta da complexidade dos fenômenos sociais com os quais nos deparamos no cotidiano de nossa pratica profissional [...] 
Os assistentes sociais realizam assim uma ação de cunho socioeducativo na prestação de serviços sociais, viabilizando o acesso aos direitos e aos meios de exercê-los, contribuindo para que necessidades e interesses dos sujeitos sociais adquiram visibilidade na cena pública e possam ser reconhecidos, estimulando a organização dos diferentes segmentos dos trabalhadores na defesa e ampliação dos seus direitos, especialmente os direitos sociais (WEGRZYNOVSKI, 2016, p.32).
Por isso, reconhece-se como fundamental a permanente atuação das visitações para fortalecer o acompanhamento das grávidas e das crianças de (0-3 anos de idade) e, até os 6 anos aquelas crianças com algum tipo de deficiência e que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), Ainda são acompanhadas as crianças de até 6 anos que estão afastadas do convívio familiar em função de medidas protetivas. 
8 CONCLUSÕES
O Programa Criança Feliz-PCF, estudado neste trabalho parte do princípio de fortalecer o direito das famílias que estão em vulnerabilidade que também são famílias de baixa renda e por meio do programa PCF, que está vinculado ao CRAS, é possível atender, Acompanhar, quando necessário, as visitadoras na realização das visitas domiciliares as família incluída no Programa Criança Feliz; Onde a Supervisora relatou com propriedade sobre a importância do programa no Município, afirmando com convicção que aquela continuará existindo, independentemente das outras demandas que venham a emergir no PCF.
A realidade investigada nos forneceu informações que nos revela apoio em relação à inclusão do social nas famílias atendidas. Possibilitou também a construção e socialização entre as grávidas por meio de um projetocom palestras, brindes e muita interação realizada para atender as necessidades, acompanhar, apoiar as ações educativas realizadas pelas próprias famílias junto às crianças e as ações realizadas para gestantes, medida de proteção para público-alvo é formado por gestantes e crianças de 0 a 3 anos de idade desde que sua família esteja inclusa no cadastro único para Programa Sociais, e até os 6 anos aquelas crianças com algum tipo de deficiência e que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Desta forma podemos inferir que um programa dessa natureza é capaz de contribuir com a transformação da realidade familiar de potencializar a concepção dos sujeitos por meio das visitações do assistente social supervisor e visitador.
Realizar o trabalho diretamente com as famílias, por meio das visitas domiciliares, orientando-as para o fortalecimento do vínculo e capacitando-as para realizar as atividades de estimulação para o desenvolvimento integral da criança, desde a gestação. 
A supervisora e as visitadoras do Programa demonstram em seu discurso, o quanto consideram importantes os seus trabalhos, a atividade desenvolvida com as famílias que são atendidas, não apenas para o contexto individual e sim familiar, bem como o sentido valorativo que o trabalho representa à sua vida enquanto assistente social.
REFERÊNCIAS
 
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CONSELHO Regional de Serviço Social-CRESS: Serviço Social. [S. l.], 2019. Disponível em: http://cress-sc.org.br/# Acesso em: 7 nov. 2019. 
CRESS: Perfil Profissional do Assistente Social. In: MINISTÈRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL PROGRAMA CRIANÇA FELIZ. [S. l.], 2018. Disponível em: http://novo.cressse.org.br/perfil-profissional-do-assistente-social/ Acesso em: 8 nov. 2019. 
EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL: Tipificação Nacional Serviços Socioassistenciais. [S. l.], 2009. Disponível em: http://prattein.com.br/home/index.php?option=com_content&view=article&id=192:tipificacaonacional-de-servicos-socioassistenciais-resolucao-109-d. Acesso em: 13 nov. 2019. 
FREIRE, Paulo Educação e mudança. 4. ed.rio de janeiro paz e terra,1983.
IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2006. 
MACHADO, Ednéia Maria. Trabalho e contemporaneidade: Questões Sociais. In: TRABALHO e contemporaneidade: Questões Sociais. 118. ed. [S. l.: s. n.], 2009. v. 4, cap. 118, p. 118 Acesso em: 25 fev. 2020.
MINISTÉRIO DA CIDADANIA: Secretaria especial do desenvolvimento social. [S. l.], 2019. Disponível em: http://mds.gov.br/assuntos/crianca-feliz Acesso em: 4 nov. 2019.
MINISTÉRIO DA CIDADANIA: Secretaria especial do desenvolvimento social. [S.l] 2019. Disponível em: http://mds.gov.br/area-de-imprensa/noticias/2019/dezembro/municipios-sao-homenageados-por-boas-praticas-com-o-crianca-feliz Acesso em: 16 jan. 2020.
 
MINISTÈRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL PROGRAMA CRIANÇA FELIZ: Guia para Visita Domiciliar. [S. l.: s. n.], 2017. Disponível em: ifle:///C:/Users/EDICILENE/Downloads/Guia Visita Domiciliar Programa Criança Feliz 21-06-2017.pdf Acesso em: 16 nov. 2019. 
MINISTÈRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL: Capacitação Cidadania. [S. l.], 2020. Disponível em: //www.mds.gov.br/Id=626 Acesso em: 24 fev. 2020.
PIERITZ, Vera Lúcia Hoffmann. et al. Serviço Social em Foco. Indaial: UNIASSELVI, 2013. Montibeller, Cristina. Questão Social e Serviço Social/ Cristina Montibeller. Indaial: UNIASSELVI, 2015. Reisdeörfer, Lara Aparecida Lissarassa. Fundamentos Históricos, teóricos e metedológico do Serviço social/ Lara Aparecida Lissarassa Reisdeörfer, Indaial: UNIASSELVI, 2013. 
Ruaro, Gisele de Cássia Galvão. Instrumento e Processo de Trabalho em Serviço Social/Gisele de Cássia Galvão Ruaro, Juliana Maria Lazzarini. Indaial: UNIASSELVI, 2013.
 
 SEANZONERI, Ana Maria. Metodologia da pesquisa qualitativa na saúde. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. 
UMUARAMA News.com: Compartilhando Conhecimento. [S. l.], 2019. Disponível em: https://umuaramanews.com.br/2016/08/04/unipar-prepara-ciclo-de-palestras-com-mais-de-cem-temas/compartilhando-conhecimento/ Acesso em: 5 mar. 2020.
VIEIRA, Denise da Silva. Pesquisa em Serviço Social/ Denise da Silva Vieira; Luiza Maria Lorenzini Gerber: UNIASSELVI, 2016.
VIEIRA, Denise da Silva. Pesquisa em Serviço Social: Metodologia e Cronograma da Pesquisa Social. Separata de: VIEIRA, Denise da Silva. Pesquisa em Serviço Social: metodologia e cronograma da pesquisa social. Uniasselvi: Indaial, 2016. P. 179.
WEATHER Forecaster: Tome Açu Weather Forecaster. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www.weather-forecast.com/l/Tome-Acu/forecasts/latest Acesso em: 11 nov. 2019. 
Wengrzynovski, Silvana Braz. O Serviço Social no Capitalismo/ Silvana Braz Wengrznovski. Indaial: UNIASSELVI, 2015. 
Wengrzynovski, Silvana Braz. Políticas sociais em habitação / Silvana Braz Wengrznovski. Indaial: UNIASSELVI, 2016. 
APÊNDICES
QUESTIONÁRIO DE ENTREVISTA COM A SUPERVISORA DO PROGRAMA CRIANÇA FELIZ NO MUNICÍPIO DE TOMÉ- AÇU/PA
I - A ATUAÇÃO DO SUPERVISOR PROGRAMA CRIANÇA FELIZ:
1) Quais as suas atribuições enquanto supervisora no Programa Criança Feliz em Tome-Açu?
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2) Como se dá a rotina de seu trabalho no cotidiano com as visitadoras?
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3) Quais as principais dificuldades que você encontrou para trabalhar diante do Programa Criança Feliz?
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4) Os seus conhecimentos como assistente social ajudam você em sua pratica profissional como supervisora do Programa Criança Feliz?
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II – OS INSTRUMENTAIS
1) Você faz uso de algum instrumental na supervisão do Programa Criança Feliz? E quais sãos? 
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III – DEMANDAS
1) Como é feito o atendimento as demandas identificadas no Programa Criança Feliz?
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2) Quais as demandas detectadas como mais frequência?
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3) Você recebe suporte necessário para atendê-las?
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QUESTIONÁRIO DE ENTREVISTA COM AS VISITADORAS DO PROGRAMA CRIANÇA FELIZ NO MUNICÍPIO DE TOMÉ- AÇU/PA
1) O que seria o Programa Criança Feliz no seu ponto de vista?
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__________________________________________________________________________
2) Segundo o suporte de atribuição da supervisora do Programa Criança Feliz como você classifica?
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3) Como você classifica a organização da supervisora em relação ao PCF?
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4) Em relação aos materiais utilizados em seu dia-a-dia como você avalia?
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5) De modo geral como você avalia a atribuição da supervisora em relação às demandas identificada?
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6) De que forma você classifica os instrumentais utilizados pela supervisão?
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Segundo o suporte de atribuição da supervisora PCF como você classifica?	
Bom	Regular 	Ruim	9	8	4	
Como você classifica a organização 	da supervisora em relação ao PCF	
Bom	Regular	Ruim	8.5	6	4	
Bom	Regular	Ruim	
Bom	Regular	Ruim	
Em relação aos materiais utilizados em seu dia a dia com você avalia?	
Bom	Regular	Ruim	10	7	5	
De modo em geral como você avalia a atribuição da supervisora em relação às demandas identificadas	
Bom	Regular	Ruim	9	6	4	
De que forma você classifica os instrumentos utilizados p	ela supervisão	
Bom	Regular	Ruim	10	6	5	
 
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