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3 Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – UEZO Curso Superior de Tecnologia em Construção Naval – CoTCN PERDA DE CARGA EM DUTOS Rio de Janeiro 2011 Sâmara Pinto Souza, 3° Período Matrícula: 1011367282 4 PERDA DE CARGA EM DUTOS Rio de Janeiro 2011 Trabalho realizado pela aluna Sâmara Pinto, 3º período, matrícula 1011367282, do curso de Construção Naval, apresentado como requisito para a obtenção da nota da segunda avaliação da disciplina eletiva de Mecânica dos fluidos lecionada pelo professor Alisson Rios. 5 RESUMO As perdas de cargas em dutos são perdas de pressão devido à dissipação de energia por causa do atrito do fluido com o duto. A perda de carga é um fator considerável na projeção de sistemas de tubulações. 6 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3 2. PERDA DE CARGA EM DUTOS ................................................................................... 4 2.1. PERDAS DISTRIBUÍDAS (Hd) ............................................................................ 5 2.1.1. Escoamento de regime laminar ................................................................ 6 2.1.2. Escoamento de regime turbulento .......................................................... 7 2.2. PERDAS LOCALIZADAS (Hl) .............................................................................. 8 2.2.1. Entradas e saídas ............................................................................................ 9 2.2.2. Expansões e contrações ............................................................................... 9 2.2.3. Curvas em tubos ............................................................................................. 9 2.2.4. Válvulas e acessórios .................................................................................... 11 2.2.5. Valores aproximados de K .......................................................................... 11 3. BOMBAS, VENTILADORES E SOPRADORES ........................................................ 12 3.1. BOMBAS EM EMBARCAÇÕES ............................................................................ 14 4. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 15 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 16 APÊNDICE A .......................................................................................................................... 17 7 1. INTRODUÇÃO A mecânica dos fluidos é a parte da física que estuda o efeito de forças em fluidos. Os fluidos em equilíbrio estático são estudados pela hidrostática e os fluidos sujeitos a forças externas diferentes de zero são estudados pela hidrodinâmica. Um fluido é uma substância que se deforma continuamente quando submetida a uma tensão de cisalhamento, não importando o quão pequena possa ser essa tensão. Um subconjunto das fases da matéria, os fluidos incluem os líquidos, os gases, os plasmas e, de certa maneira, os sólidos plásticos. Os escoamentos podem ser classificados quanto à compressibilidade e quanto ao grau de mistura macroscópica. Um escoamento em que a densidade do fluido varia significativamente é um escoamento compressível. Se a densidade não variar significativamente então o escoamento é incompressível. O grau de mistura de um fluido em escoamento depende do regime de escoamento, que pode ser laminar, turbulento ou de transição. No regime laminar, as linhas de fluxo são paralelas ao escoamento, fazendo com que o fluido escoe sem que ocorra mistura. Em um duto circular, o escoamento é laminar até um valor de Reynolds de aproximadamente 2100. Na transição entre os regimes laminar e turbulento, percebe-se que as linhas de fluxo se tornam onduladas, o que indica que começa a haver mistura entre uma camada e outra. Para um duto circular, esse regime ocorre para um valor de Re entre 2100 e 2300. Para valores de Re acima de 2300, têm-se regime turbulento. Nesta fase, percebe-se uma mistura entre as camadas de fluxo. A viscosidade é a propriedade dos fluidos correspondente ao transporte microscópico de quantidade de movimento por difusão molecular. Ou seja, quanto maior a viscosidade, menor será a velocidade em que o fluido se movimenta. Perda de carga é a energia perdida pela unidade de peso do fluido quando este escoa. Termo muito utilizado em engenharia e mecânica dos fluidos. A perda de carga em um tubo ou canal é a perda de energia dinâmica do fluido devido à fricção das partículas do fluido entre si e contra as paredes da tubulação que os contenha. Podem ser contínuas, ao longo dos condutos regulares, ou acidental ou localizada, devido a circunstâncias particulares, como um estreitamento, uma alteração de direção, a presença de uma válvula, etc. O cálculo da perda de carga em tubulações é fundamental para o estudo de uma instalação hidráulica, seja ela de bombeamento, seja ela por gravidade. Devemos ter em mente, que a perda de carga, ou seja, a dissipação de energia por unidade de peso acarreta uma diminuição da pressão estática do escoamento, sendo que esta diminuição pode ser observada pela representação da Linha de Energia (L.E) do escoamento, que é o lugar geométrico que representa a carga total de cada seção do escoamento. Quando um líquido escoa de um ponto para outro no interior de um tubo, ocorrerá sempre uma perda de energia, denominada perda de pressão (Sistemas de ventilação ou exaustão) ou perda de carga (Sistemas de bombeamento de líquidos). Esta perda de energia é devida estacionária aderida à parede interna do tubo. camada do fluido entra em contato com a parede do tubo ele acaba ganhando a mesma velocidade da parede da tubulação, ou seja, nula, e passa a influir as partículas vizinhas por meio da viscosidade e da turbulência, dissipando energia. O emprego de tubulações no formas: tubos fechados e canais Entende-se então que do fluido quando este escoa. No cotidiano, cálculos de perda de carga são em instalações hidráulicas. Por exemplo, quanto maior as perdas de cargas em uma instalação de bombeamento, maior será o consumo de energia da bomba. Para estimar o consumo real de energia é necessário que o cálculo das perdas preciso possível. No caso de escoamentos reais, a preocupação principal são os efeitos do atrito, que ocasionam a perda de carga se manifestando como uma queda de pressão. Para simplificar o estudo, as literaturas pesquisadas (veja referências bibliográficas desse documento) atrito em porções de área constante do sistema e localizadas, através de válvulas, tês, cotovelos e outras porções do sistema de área não constante. Serão considerados apenas dutos de seção circular forçad na engenharia. Os resultados podem ser estendidos a outras formas pela introdução do diâmetro hidráulico. A perda de carga total ( perdas maiores (Hd) com as perdas localizadas Temos como objetivo facilitar a compreensão dos cálculos de perda de carga,por esse motivo não entraremos em definições físicas fórmulas nas próximas seções. Próximo a parede da tubulação a velocidade do líquido é igual a zero, devido parede da tubulação. Figura 1 – Esquema sobre a variação de velocidade de flu 2. PERDA DE CARGA EM DUTOS Quando um líquido escoa de um ponto para outro no interior de um tubo, ocorrerá sempre uma perda de energia, denominada perda de pressão (Sistemas de ntilação ou exaustão) ou perda de carga (Sistemas de bombeamento de líquidos). devida principalmente ao atrito do fluído com uma camada estacionária aderida à parede interna do tubo. Em outras palavras, quando uma ntra em contato com a parede do tubo ele acaba ganhando a mesma velocidade da parede da tubulação, ou seja, nula, e passa a influir as partículas vizinhas por meio da viscosidade e da turbulência, dissipando energia. ulações no transporte de fluídos pode ser : tubos fechados e canais abertos. se então que perda de carga é a energia perdida pela unidade de peso do fluido quando este escoa. No cotidiano, cálculos de perda de carga são muito utilizados instalações hidráulicas. Por exemplo, quanto maior as perdas de cargas em uma instalação de bombeamento, maior será o consumo de energia da bomba. Para estimar o consumo real de energia é necessário que o cálculo das perdas No caso de escoamentos reais, a preocupação principal são os efeitos do atrito, que ocasionam a perda de carga se manifestando como uma queda de pressão. Para simplificar o estudo, as literaturas pesquisadas (veja referências bibliográficas desse documento) dividem-se a perda de carga distribuída atrito em porções de área constante do sistema e localizadas, através de válvulas, tês, cotovelos e outras porções do sistema de área não constante. considerados apenas dutos de seção circular forçado, que são os mais comuns Os resultados podem ser estendidos a outras formas pela introdução A perda de carga total (Ht) é considerada como a soma das perdas distribuí ) com as perdas localizadas, perdas menores (Hl Temos como objetivo facilitar a compreensão dos cálculos de perda de carga, por esse motivo não entraremos em definições físicas, nem representação de fórmulas nas próximas seções. Próximo a parede da tubulação a velocidade do líquido é igual a ao atrito com a parede da tubulação. A velocidade de deslocamento do fluido varia com a distância da camada em relação parede da tubulação. A velocidade (dv) varia em relação a posição (dy). Esquema sobre a variação de velocidade de fluidos em relação a distância das paredes do tubo 8 Quando um líquido escoa de um ponto para outro no interior de um tubo, ocorrerá sempre uma perda de energia, denominada perda de pressão (Sistemas de ntilação ou exaustão) ou perda de carga (Sistemas de bombeamento de líquidos). principalmente ao atrito do fluído com uma camada Em outras palavras, quando uma ntra em contato com a parede do tubo ele acaba ganhando a mesma velocidade da parede da tubulação, ou seja, nula, e passa a influir as partículas vizinhas por meio da viscosidade e da turbulência, dissipando energia. transporte de fluídos pode ser realizado de duas perda de carga é a energia perdida pela unidade de peso os, principalmente instalações hidráulicas. Por exemplo, quanto maior as perdas de cargas em uma instalação de bombeamento, maior será o consumo de energia da bomba. Para estimar o consumo real de energia é necessário que o cálculo das perdas seja o mais No caso de escoamentos reais, a preocupação principal são os efeitos do atrito, que ocasionam a perda de carga se manifestando como uma queda de pressão. Para simplificar o estudo, as literaturas pesquisadas (veja referências a perda de carga distribuída, devidas ao atrito em porções de área constante do sistema e localizadas, devidos ao atrito através de válvulas, tês, cotovelos e outras porções do sistema de área não constante. o, que são os mais comuns Os resultados podem ser estendidos a outras formas pela introdução ) é considerada como a soma das perdas distribuídas, Hl). Temos como objetivo facilitar a compreensão dos cálculos de perda de carga, , nem representação de A velocidade de deslocamento do fluido varia com a distância da camada em relação parede da A velocidade (dv) varia em relação a posição (dy). idos em relação a distância das paredes do tubo 9 2.1. PERDAS DISTRIBUÍDAS (Hd) A perda de carga maior pode ser expressa como a perda de pressão para escoamento completamente desenvolvido através de um tubo horizontal de área constante. Como a perda de carga representa a energia mecânica convertida em energia térmica por efeitos de atrito, a perda de carga para escoamento completamente desenvolvido em tubos de área constante depende tão somente dos detalhes do escoamento através do duto. A perda de carga é independente da orientação do tubo. Para o cálculo desta perda pode-se utilizar inúmeras expressões que foram determinadas experimentalmente, porém aqui citarei a Fórmula Universal ou de Darcy-Weisbach: Hd = λ L d V� 2g Sendo: λ - fator de resistência ao escoamento ou fator de atrito (depende do regime do escoamento); L – comprimento do tubo; d – diâmetro do tubo; V – velocidade média do escoamento do fluido; g – gravidade. Lembrando que: V = Q A Sendo: Q – vazão; A – área da seção transversal da tubulação. É conveniente relembrar que um escoamento pode ser classificado de duas formas: turbulento ou laminar. No escoamento laminar há um caminhamento disciplinado das partículas fluidas, seguindo trajetórias regulares, sendo que as trajetórias de duas partículas vizinhas não se cruzam. Já no escoamento turbulento a velocidade num dado ponto varia constantemente em grandeza e direção, com trajetórias irregulares, e podendo uma mesma partícula ora localizar-se próxima do eixo do tubo, ora próxima da parede do tubo. Em geral, o regime de escoamento na condução de fluídos no interior de tubulações é turbulento, exceto em situações especiais, tais como escoamento a baixíssimas vazões e velocidades. 10 2.1.1. Escoamento de regime laminar No escoamento laminar, a queda de pressão pode ser calculada analiticamente para o escoamento completamente desenvolvido em um tubo horizontal. Como já foi dito o fator de resistência ao escoamento ou fator de atrito depende do tipo de escoamento. Para regime laminar, temos: λ = 64 Re Então: Hd = 64 Re L d V� 2g Lembrando que: Re = �Vd � Ou: Re = Vd Sendo: ρ – massa específica do fluido; μ – viscosidade dinâmica do fluido; ν – viscosidade cinemática do fluido. 11 2.1.2. Escoamento de regime turbulento No escoamento turbulento não podemos avaliar a queda de pressão analiticamente; devemos recorrer a resultados experimentais e utilizar a análise dimensional para correlacioná-los. A experiência mostra que, no escoamento turbulento completamente desenvolvido, a queda de pressão, ∆p, causada por atrito em um tubo horizontal de área constante, depende do diâmetro, d, do comprimento, L, da rugosidade do tubo, e, da velocidade média de escoamento, V, da massa específica, ρ, e da viscosidade do fluido, µ. Em uma forma funcional, temos: ∆p = ∆p(d, L, e, V, ρ, µ) Nós poderíamos estabelecer um procedimento experimental para a determinação da dependência de ∆p em relação a d, L, e, V, ρ, µ. Entretanto, teríamos muito trabalho para realizar tantos experimentos e obteríamos uma grande quantidade de dados. Felizmente não precisamos realizar todo esse trabalho. A aplicaçãoda análise dimensional a este problema resultou em uma correlação da forma: Δp �V2 = � ( � �Vd , L d , e d ) Por meio de substituições, análises, relações funcionais e induções matemáticas, que foram ocultadas nesse documento, como já foi dito, para facilitar o entendimento do leitor, temos a fórmula: Hd = � L d V2 2g Onde f é o fator de atrito de Darcy, que é determinado experimentalmente. Existem outros métodos de calcular f, entretanto todos eles são de uma complexidade que não cabe a esse documento detalhar. Requerem algum esforço computacional com operações matemáticas de potenciação, radiciação, logarítmicas, etc. Para evitar a necessidade de métodos gráficos, a expressão mais usual para o fator de atrito é a de Colebrook: 1 � 0,5 = −2log ( � �` 3,7 + 2,51 �� � 0,5 ) Algumas calculadoras científicas possuem a equação de Colebrook em sua biblioteca. O fator de atrito de Fanning, usado menos frequentemente é definido por: �Fanning = �� 1 2 �V 2 Onde: τw – tensão de cisalhamento na parede do tubo. 12 2.2. PERDAS LOCALIZADAS (Hl) O escoamento em tubulações pode exigir a passagem do fluido através de uma variedade de acessórios, curvas e mudanças súbitas de área. Perdas de cargas adicionais são encontradas, sobretudo, como resultados da separação do escoamento. A energia é eventualmente dissipada por forte mistura nas zonas separadas. Estas perdas serão relativamente menores, se o sistema incluir longos trechos retos de tubo de seção constante. Dependendo do dispositivo, as perdas de carga menores, ou localizadas, tradicionalmente serão calculadas de duas formas: Hl = K V2 2g Onde o coeficiente de perda, K, deve ser determinado experimentalmente para cada situação, ou: Hl = � L� d V� 2g Onde Le é o comprimento equivalente do tubo reto. Para escoamentos em curvas e acessórios de uma tubulação, o coeficiente de perda, K, varia com a bitola (diâmetro) do tubo do mesmo modo que o fator de atrito, �, para o escoamento em um tubo de seção reta constante. Consequentemente, o comprimento equivalente, Le/d, tende para uma constante para diferentes bitolas de um dado tipo de acessório. Este tipo de perda de carga ocorre sempre que o escoamento do fluido sofre algum tipo de perturbação, causada, por exemplo, por modificações na seção do conduto ou em sua direção. Tais perturbações causam o aparecimento ou o aumento de turbulências, responsáveis pela dissipação adicional de energia. As perdas de carga nesses locais são chamadas de perdas de carga localizadas, ou perdas de carga acidentais, ou perdas de carga locais, ou ainda, perdas de carga singulares. Alguns autores denominam as mudanças de direção ou de seção de singularidades. Contudo, também se pode dizer que este tipo de perda é causado pelos acessórios de canalização isto é, as diversas peças necessárias para a montagem da tubulação e para o controle do fluxo do escoamento, que provocam variação brusca da velocidade, em módulo ou direção, intensificando a perda de energia nos pontos onde estão localizadas. O escoamento sofre perturbações bruscas em pontos da instalação tais como em válvulas, curvas, reduções, expansões, emendas entre outros. 13 2.2.1. Entradas e saídas Uma entrada mal projetada de um tubo pode causar uma perda de carga apreciável. Observe abaixo uma tabela com os coeficientes de perdas menores para entradas de tubos. Tipo de entrada Coeficiente de perda localizada, K Reentrante 0,78 Borda viva 0,5 Arredondado r/D 0,02 0,06 >=0,15 K 0,28 0,15 0,04 2.2.2. Expansões e contrações As perdas causadas por variação de área podem ser reduzidas um pouco com a instalação de um bocal ou difusor entra as duas seções do tubo reto. Dados para bocais são apresentados na tabela a seguir. Ângulo incluso, θ, Graus A2/A1 10 15-40 50-60 90 120 150 180 0,50 0,05 0,05 0,06 0,12 0,18 0,24 0,26 0,25 0,05 0,04 0,07 0,17 0,27 0,35 0,41 0,10 0,05 0,05 0,08 0,19 0,29 0,37 0,43 2.2.3. Curvas em tubos A perda de carga em uma curva de tubo é maior do que aquela pra escoamento completamente desenvolvido em trecho reto de tubo de igual comprimento. A perda adicional é essencialmente o resultado do escoamento secundário, e é representada de maneira mais que conveniente por um comprimento equivalente de tubo reto. O comprimento equivalente depende do raio da curvatura relativo da curva, conforme mostrado na Figura 2 (a) para curvas de 90°. Tabela 2 – Dada de perdas causadas por bocais em relação ao ângulo Tabela 1 – Comparação entre os tipos de entradas de dutos e K r D Por serem simples e de construção barata no campo, as curvas de gomos (ou de meia esquadria) são utilizadas com frequência m gran projeto para curvas de gomos são apresentados na F Figura 2 - Resistência total representativa (Le/D) para (a) curvas de Figura 3 - Representação da turbulência (responsável pela perda de carga localizada) em singularidades Por serem simples e de construção barata no campo, as curvas de gomos (ou de ) são utilizadas com frequência m grandes tubulações. Dados de s de gomos são apresentados na Figura 2 (b). Resistência total representativa (Le/D) para (a) curvas de 90° em tubos e cotovelos flagelados e (b) curvas de gomos ou meia esquadria. Representação da turbulência (responsável pela perda de carga localizada) em singularidades inseridas numa instalação de recalque. 14 Por serem simples e de construção barata no campo, as curvas de gomos (ou de des tubulações. Dados de 90° em tubos e cotovelos flagelados e Representação da turbulência (responsável pela perda de carga localizada) em singularidades 15 2.2.4. Válvulas e acessórios Todas as resistências são dadas para válvulas totalmente abertas. As perdas aumentam muito quando as válvulas estão parcialmente abertas. Os acessórios de uma tubulação podem ter conexões rosqueadas, flangeadas ou soldadas. Para pequenos diâmetros, as junções rosqueadas são mais comuns. Tubulações de grandes diâmetros geralmente têm conexões soldadas ou flangeadas. 2.2.5. Valores aproximados de K Peça K Peça K Bocais 2,75 Pequena derivação 0,03 Comporta aberta 1,00 Junção 0,40 Controlador de vazão 2,50 Registro de ângulo aberto 5,00 Cotovelo 90° 0,90 Registro de gaveta aberto 0,20 Cotovelo 45° 0,40 Registro de globo aberto 10,00 Crivo 0,75 TE passagem direta 0,60 Curva 90° 0,40 TE saída de lado 1,30 Curva 45° 0,20 TE saída bilateral 1,80 Curva de 22,5° 0,10 Válvula de pé 1,75 Velocidade 1,00 Válvula de retenção 2,50 Tabela 3 – Valores aproximados de K para alguns acessórios de tubulações 16 3. BOMBAS, VENTILADORES E SOPRADORES Em muitos casos de escoamento, é utilizada a força motriz de um equipamento para manter o escoamento contra o atrito. Para líquidos são utilizadas as bombas e ventiladores ou soprador para os gases. Consideraremos nessa seção as bombas, entretanto, todos os resultados podem ser aplicados aos ventiladores ou sopradores. Bombas centrífugas são bombas hidráulicas que têm como princípio de funcionamento a força centrífuga através de palhetas e impulsores que giram no interior de uma carcaça estanque, jogando líquido do centro para a periferia do conjunto girante. A altura manométrica (Hm) é definida como sendo a altura geométrica da instalação mais as perdas de carga ao longo datrajetória do fluxo. Altura geométrica é a soma das alturas de sucção e recalque. Fisicamente, é a quantidade de energia hidráulica que a bomba deverá fornecer ao fluido, para que o mesmo seja recalcado a certa altura, vencendo, inclusive, as perdas de carga. A altura manométrica é descrita pela seguinte equação: Hm = hg + Ht Sendo: Hm – altura manométrica da instalação (m); hg – altura geométrica (m); Ht – perda de carga total (m). Figura 4 – Ilustração das alturas relacionadas com uma bomba hidráulica 17 Como já foi visto Ht é a soma das perdas de cargas, que corresponde ao somatório da perda de carga na sucção com a perda de carga na linha do recalque. Podemos também definir a eficiência, ou rendimento, da bomba: η = Wú$%& W'($)%* Rendimento de uma bomba é a relação entre a potência fornecida pela bomba ao líquido (potência útil) e a cedida a bomba pelo eixo girante do motor (potência motriz). Uma bomba recebe energia mecânica através de um eixo e consume parcela desta energia no funcionamento de suas engrenagens, além do que parte da energia cedida pelo rotor ao líquido perde-se no interior da própria bomba em conseqüência das perdas hidráulicas diversas, da recirculação e dos vazamentos, de modo que só parte da energia recebida do motor é convertida em energia hidráulica útil. 18 3.1. BOMBAS EM EMBARCAÇÕES São muitos os tipos de bombas empregadas nos navios, enorme sua implicação decisiva sua criteriosa escolha, pois as condições a que são submetidas podem ser extremamente severas. Conforme a finalidade a que se destinam, podemos classificá- la em: • Bombas de uso geral que asseguram a navegabilidade do navio; proporcionam condições sanitárias e de segurança para a tripulação e aos passageiros. São alguns exemplos: - Bombas de água para lastro: usadas para manter as condições de equilíbrio indispensáveis à navegabilidade, bombeiam água para os reservatórios, transferem de um reservatório para outro para equilibrar a carga e esvaziam os reservatórios quando necessário; - Bombas para drenagem: removem de poços especiais pequenos volumes de água acumulada, provenientes de chuvas tempestuosas. São necessárias bombas centrífugas de drenagem de pequena capacidade, na casa de máquina. - Bombas de água potável; - Bombas de combate a incêndio; - Bombas para limpeza com jato d’água. • Bombas para atender aos sistemas principais e auxiliares das centrais de vapor, de modo a assegurar condições normais à sua operação. Como as de vácuo e bombas de alimentação da caldeira (boiler feed pumps). • Bombas especiais em navios petroleiros, quebra-gelos, dragas, navios pesqueiros, frigoríficos, granaleiros, etc. As bombas dos navios petroleiros são destinadas a bombear petróleo dos depósitos dos navios em operações de carga e descarga. Normalmente usam-se bombas centrífugas de eixo vertical ou horizontal com rotor de dupla aspiração, são capazes de descarregar grandes volumes de petróleo para que possa ser rentável. • Bombas de apoio ao equipamento do armamento em navios de guerra. 19 4. CONCLUSÃO Diante da literatura apresentada, concluímos que a perda de carga em dutos é a perda de energia devido ao atrito do fluido com a parede da tubulação e os acessórios nela encontrados. O cálculo da perda de cargas é realizado considerando a seção analisada. Se analisarmos uma seção reta do tubo realizará os cálculos numéricos com as expressões para perda de cargas maiores, ou como descrito nesse trabalho, perda de cargas distribuídas. Se analisarmos uma porção de área, ou seja, os acessórios da tubulação, realizaremos os cálculos com as expressões para perdas de cargas menores, ou localizadas. Contudo, tais expressões matemáticas foram apresentadas nesse documento, onde cada variável foi descrita. Em sumas, a análise da perda de carga também varia com o tipo de escoamento das tubulações. Em perdas de cargas distribuídas observamos as perdas de cargas em relação ao regime turbulento de maneira diferente quando temos um escoamento laminar. Contudo, já em perdas localizadas, demos enfoque no coeficiente de perda para cada tipo de acessório que pode ser encontrado na tubulação. Além da análise de perdas nos diferentes tipos de entradas e saídas de fluidos dos dutos e da diferença de diâmetro das tubulações. Vimos também como relacionar o cálculo de perda de cargas com equipamentos utilizados para impulsionar fluidos, como as bombas hidráulicas. E exemplificamos a utilização dessas bombas em embarcações. 20 REFERÊNCIAS FOX, Robert W., MCDONALD, Alan T., PRITCHARD, Philip J. Introdução a Mecânica dos fluidos. 6° edição. Editora LTC. BRAGA, Camilla Cantuária. Perda de Carga. Engenharia de produção. UEPA – Macapá, 2009. ESTANISLAU, Mara Nilza. Fenômenos de Transporte – PUC – Minas Gerais, 2008. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Perda_de_carga > Acessado em: Junho de 2011 Disponível em: < http://www.saint-gobain-canalizacao.com.br/manual/carga.asp > Acessado em: Junho de 2011 Disponível em: < http://condicaoinicial.com/2010/03/calculo-de-fator-de- atrito-com-vba.html > Acessado em: Junho de 2011 Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_de_atrito_de_Fanning > Acessado em: Junho de 2011 Disponível em: < http://www.hidrotec.xpg.com.br/EquExpli.htm > Acessado em: Junho de 2011 Disponível em: < http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Bomb03.html > Acessado em: Junho de 2011 Disponível em: < http://www.enq.ufsc.br/disci/eqa5313/bombas.htm#BombCentrif > Acessado em: Junho de 2011 21 APÊNDICE A Tabela da rugosidade equivalente (e) em função do material do tubo. Material novo K em mm Plástico, vidro, latão estirado, cobre Liso Chumbo, ferro, aço 0,048 Ferro galvanizado revestido de asfalto 0,122 Ferro galvanizado 0,152 Ferro fundido 0,259 Condutos de madeira 0,183 a 0,91 Concreto 0,3 a 3 Aço rebitado 0,91 a 9,1
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