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MÓDULO 1 
NOÇÕES PRELIMINARES 
Características da contabilidade gerencial e da contabilidade financeira e 
suas comparações 
As informações sobre a posição patrimonial, econômico e financeira das 
empresas interessam a diversos tipos de usuários com diferentes propósitos. 
Sendo assim, podemos dividi-los em dois grandes grupos: usuários internos e 
usuários externos. 
Os usuários internos são aqueles que ocupam cargos estratégicos, 
administrativos ou de direção dentro de uma organização e utilizam a informação 
contábil para estudos e projeções sobre as melhores práticas a serem adotadas 
pela empresa de modo a possibilitar melhores desempenhos futuros. 
É então a contabilidade gerencial que atende as necessidades dos usuários 
internos, que precisam de informações rápidas, detalhadas e customizadas, para 
os diversos tipos de processos decisórios dentro da empresa. 
Por outro lado, os usuários externos são aqueles que não estão dentro das 
empresas e, portanto, apenas acessam suas informações quando divulgadas. E 
é a contabilidade financeira que atende a esses usuários externos. Podemos 
citar como componentes desse grupo, o governo, os acionistas que não fazem 
parte da gestão da empresa, os bancos, os analistas de mercado de capitais 
entre outros. Mas atenção! Apesar de a contabilidade financeira ter como 
objetivo elaborar demonstrações contábeis para publicação, nada impede que 
também sirva aos usuários internos. 
É o caso, por exemplo, de um gerente de custos (usuário interno), que utiliza as 
demonstrações contábeis publicadas para entender quais custos afetaram o 
resultado da empresa no passado e, com base nessas informações, fazer suas 
projeções para redução de custos no futuro. 
Assim, enquanto a contabilidade gerencial atende apenas aos usuários internos, 
a contabilidade financeira pode atender, usuários internos e externos. 
Sugestão de leitura: https://www.scielo.br/pdf/rcf/v18n44/a02v1844.pdf . Acesso 
em Jan/2020 
Módulo 2 
 
A relação Custo X Volume X Lucro 
 
A relação Custo X Volume X Lucro é a relação que o volume de vendas tem 
com os custos e lucros. 
A análise do C/V/L é usada para determinar as inter-relações entre diferentes 
níveis de atividades (vendas), custos, preços de venda e composição de vendas 
e dos rendimentos. A análise preocupa-se com o efeito sobre rendimentos de 
uma alteração no volume de vendas, preço de venda, composição de vendas e 
custos. 
 A análise exige também que os custos fixos e variáveis sejam separados e 
calculados de modo que todos os custos possam ser divididos simplesmente em 
fixos e variáveis. 
 Objetivo: 
 Existe uma diferença qualitativa importante entre o longo e o curto prazo, 
definido da seguinte forma: longo prazo é o planejamento para mudanças e curto 
prazo é a adaptação às mudanças. 
 No curto prazo a capacidade de saídas de produção da empresa é fixa, assim 
a sua liberdade de ação é limitada. 
 A relacionamento entre o custo e o volume das saídas auxilia o estabelecimento 
nas estratégias de preço e também do melhor mix de vendas. 
A análise Custo/Volume/Lucro da ênfase ao comportamento dos padrões de 
custo em relação às diferentes saídas de produção, como um guia para 
selecionar os níveis de lucro e a adoção de uma política apropriada de preço. 
Então em um modelo de curto prazo, esta análise oferece aos administradores 
uma visão geral do processo de planejamento. 
A análise C/V/L reforça, a respeito a distinção entre custos fixos e variáveis. 
Custos Fixos – São aqueles os quais suas mudanças independem do volume 
de saídas da produção. 
Custos variáveis – São aqueles os quais suas mudanças são dependentes 
diretamente das mudanças nos níveis de atividades. 
A diferença básica entre a equação do custo/volume/lucro e a equação do Ponto 
de Equilíbrio é o acréscimo do lucro. 
A margem de contribuição é a diferença entre a Receita e o Custo Variável de 
cada produto. É o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra 
entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode ser imputado sem 
erro. 
A Margem de Contribuição, sem erro, somente é possível no Custeio Variável 
(Direto), pois nele os Custos Fixos não são apropriados ao produto, e sim são 
jogadas integralmente no resultado. E isto proporciona uma melhor análise do 
custo do produto, não incorrendo em problemas de rateio dos custos diretos. 
Exemplo: 
Produto “X” 
Preço de Venda = R$ 20,00 / unidade 
Custos Fixos = R$ 130.000 por ano 
Custo Variável = R$ 3,00 / unidade 
Fabricação com venda integral = 30.000 unid. /Ano, com capacidade para aumentar a 
produção para 40.000 unid. /Ano. 
Unidade Vendidas 
30.000 unidades 40.000 unidades 
Total (R$) Unidade 
(R$) Total (R$) 
Unidades 
(R$) 
 
Receita Total 
Custo Variável 
Margem de Contribuição 
Custo Fixo 
Lucro Líquido 
600.000,00 
90.000,00 
510.000,00 
130.000,00 
380.000,00 
20,00 
3,00 
17,00 
4,33 
12,67 
800.000,00 
120.000,00 
680.000,00 
130.000,00 
550.000,00 
20,00 
3,00 
17,00 
3,25 
13,75 
Análise: 
Com o aumento do Nível de Produção de 30.000 unidades para 40.000 a 
Margem de Contribuição também aumentou no total, mas manteve-se fixo por 
unidade. Isto porque, mesmo com o aumento da produção o Custo Variável por 
unidade permaneceu igual, e não houve alteração no preço de venda. 
Os custos totais variáveis aumentaram proporcionalmente com o volume das 
vendas, já o custo variável unitário ficou constante. 
O custo fixo total é constante para estes níveis de atividade, já os unitários 
variam conforme muda a quantidade vendida. Quanto maior for o volume 
vendido, menor será o custo fixo unitário, e quanto menor for, maior será o Lucro 
Líquido. 
Para uma empresa ter lucro, a Margem de Contribuição deverá cobrir e exceder 
os Custos Fixos, caso contrário ela terá prejuízos. 
 Variáveis: custo, receita, volume de saídas e lucro. 
1.1.1 Aplicação da Análise Custo/Volume/Lucro 
Ao planejarem suas estratégias de curto prazo, os gestores de uma organização 
precisam saber qual será o efeito das mudanças em uma ou mais dessas 
variáveis, e o efeito dessas mudanças no lucro. 
O relacionamento entre o custo e o volume das saídas auxilia o estabelecimento 
nas estratégias de preço e também do melhor mix de vendas. 
A análise Custo/Volume/Lucro da ênfase ao comportamento dos padrões de 
custo em relação às diferentes saídas de produção, como um guia para 
selecionar os níveis de lucro e a adoção de uma política apropriada de preço. 
Então em um modelo de curto prazo, esta análise oferece aos administradores 
uma visão geral do processo de planejamento. 
A reação do custo às influências das diversas variáveis, é imprescindível para a 
tomada de decisão. 
A análise C/V/L reforça, a respeito a distinção entre custos fixos e variáveis. 
Custos Fixos – São aqueles os quais suas mudanças independem do volume 
de saídas da produção. 
Custos variáveis – São aqueles os quais suas mudanças são dependentes 
diretamente das mudanças nos níveis de atividades. 
 1.1.2 Fatores que Envolvem a Análise do Custo/Volume/Lucro 
- Preços de Venda (PV) 
- Volume de Vendas 
- Custos Variáveis (CV) 
- Custos Fixos (CF) 
A proporção Custo X Volume X Lucro 
Vendas = custos variáveis + custos fixos + lucro 
A diferença básica entre a equação do custo/volume/lucro e a equação do Ponto de 
Equilíbrio é o acréscimo do lucro. 
Ponto de equilíbrio 
É também denominado de ponto de ruptura “BREAK-EVER-POINT”, e nasce da 
conjugação dos custos totais com as receitas totais. É o ponto a onde os Custos 
Totais e as receitas Totais se igualam. A partir deste ponto a empresa entra na 
área da lucratividade. 
A análise do Ponto de Equilíbrio é muito importante para a esfera gerencial, os 
que tomam decisões devem compreender a relação entre o custo de realização 
dos negócios e a receita gerada pelas vendas da empresa. Esta relação é 
importante porque, em sua forma mais simples, é a própria definição de Lucro. 
A análise do Pontode Equilíbrio é fundamental nas decisões referente a 
investimentos, nos planejamentos de controle do lucro, no lançamento ou corte 
de produtos e para análise das alterações do Preço de Venda conforme o 
comportamento do mercado. 
Para a determinação do ponto de Equilíbrio, é necessário definir alguns termos 
usados: 
RT = PVunit x quant 
- Receita Total (RT): É o número, Quantidade (Q) de Unidades Vendidas, multiplicado 
pelo preço de Venda. 
- Custo Total (CT): É composto pelos Custos Variáveis (CV) mais os Custos Fixos (CF), 
isto é CT = CVunit x Quant + CF 
- Margem de Contribuição (MC): Diferença entre o preço de venda unitário (PVu) menos 
o custo variável unitário (CVu). 
- MCT = PV - CV e MC unit = PV unit - CV unit 
Exemplo: 
Preço de venda (PV) = R$ 20,00 por unidade 
Custos variáveis (CV) = R$ 4,00 por unidade 
Custos fixos (CF) = R$ 130.000,00 por mês 
Calculo do Ponto de Equilíbrio em quantidade e valor. 
PEu = 130.000,00 / 20,00 – 4,00 
 PEu = 8.125 unidades por mês. 
PE$ = PEu x PVu 
PE$ = 8.125 unidades x R$ 20,00 
PE$ = R$ 162.500,00 por mês 
Ponto de equilíbrio através da margem de contribuição 
Este método é usado para determinar o Ponto de Equilíbrio, Lucro ou Prejuízos 
operacionais a cada nível de produção. 
Exemplo: 
 - Mesmos valores do Método da Equação 
- Níveis de produção para 7.500 u/m, 8.125 u/m e 8.850 u/m. 
Descrição Níveis de Produção 
Unidades 7.500 8,125 8.850 
Receita Total 150.000,00 162.500,00 177.000,00 
CDVT 30.000,00 32.500,00 35.400,00 
MCT 120.000,00 130.000,00 141.600,00 
CDFT 130.000,00 130.000,00 130.000,00 
Lucro ou Prejuízo (10.000,00) Zero 11.600,00 
Ponto de equilíbrio Contábil - PEC 
O Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) será obtido quando o volume (monetário ou físico) o 
suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas (MC), ou seja, o ponto a onde não 
há lucro ou prejuízo contábil. É o ponto a onde a Receita Total é igual ao Custo Total. 
Ponto de equilíbrio econômico 
As empresas perseguem a obtenção de lucro e operar no PEC significa ter resultado 
nulo. O PEE acontece quando existe lucro na empresa e está busca comparar e 
demonstrar o lucro da empresa em relação a taxa de atratividade que o mercado 
financeiro oferece ao capital investido. 
O PEE soma o custo de oportunidade aos custos e despesas fixas e só posteriormente 
divide pela margem de contribuição unitária. 
O lucro da atividade da empresa será obtido quando, contabilmente, o resultado seja 
superior a esse retorno de 2% do mercado financeiro. Este retorno sobre o investimento é 
também denominado de Custo de Oportunidade. O Custo de Oportunidade representa a 
remuneração que a empresa obteria se aplicasse seu capital no mercado financeiro, ao 
invés de no seu próprio negócio. 
Ponto de equilíbrio financeiro 
É representado pelo volume de vendas necessárias para que a empresa possa fazer 
frente a seus compromissos (desembolsos) financeiros. 
Os resultados contábeis e econômicos não coincidem com os financeiros, pois nem todos 
os custos de fabricação exigem desembolsos. 
É deduzido os custos não desembolsáveis dos custos e despesas fixas totais e só 
posteriormente é dividido pela margem de contribuição unitária 
Como exemplo de despesa não desembolsáveis temos as depreciações, as provisões de 
créditos não recebíveis entre outros que podem ser classificadas nos Custos Fixos e não 
exigem contrapartida, uma saída de caixa. 
 
 
Módulo 3 
Ponto de equilíbrio Contábil – PEC / Ponto de equilíbrio econômico / 
Ponto de equilíbrio financeiro 
 
Ponto de equilíbrio Contábil – PEC 
O Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) será obtido quando o volume (monetário 
ou físico) o suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas (MC), ou 
seja, o ponto a onde não há lucro ou prejuízo contábil. É o ponto a onde a 
Receita Total é igual ao Custo Total. 
 
Ponto de equilíbrio econômico 
As empresas perseguem a obtenção de lucro e operar no PEC significa ter 
resultado nulo. O PEE acontece quando existe lucro na empresa e está busca 
comparar e demonstrar o lucro da empresa em relação a taxa de atratividade 
que o mercado financeiro oferece ao capital investido. 
O PEE soma o custo de oportunidade aos custos e despesas fixas e só 
posteriormente divide pela margem de contribuição unitária. 
O lucro da atividade da empresa será obtido quando, contabilmente, o 
resultado seja superior a esse retorno de 2% do mercado financeiro. Este 
retorno sobre o investimento é também denominado de Custo de 
Oportunidade. O Custo de Oportunidade representa a remuneração que a 
empresa obteria se aplicasse seu capital no mercado financeiro, ao invés de no 
seu próprio negócio. 
Ponto de equilíbrio financeiro 
É representado pelo volume de vendas necessárias para que a empresa possa 
fazer frente a seus compromissos (desembolsos) financeiros. 
Os resultados contábeis e econômicos não coincidem com os financeiros, pois 
nem todos os custos de fabricação exigem desembolsos. 
É deduzido os custos não desembolsáveis dos custos e despesas fixas totais e 
só posteriormente é dividido pela margem de contribuição unitária 
Como exemplo de despesa não desembolsáveis temos as depreciações, as 
provisões de créditos não recebíveis entre outros que podem ser classificadas 
nos Custos Fixos e não exigem contrapartida, uma saída de caixa. 
 
Módulo 4 
Alavancagem Operacional e Financeira 
 
Alavancagem significa obter recursos para investimentos e realização de 
operações. Esse tipo de operação possibilita a uma empresa, fundo de 
investimento para se fortalecer numa posição através de capitais de terceiros. 
Na prática, quem opera alavancado investe mais do que de fato possui. A 
alavancagem é uma operação muito arriscada, pois só se consegue êxito 
quando as expectativas efetivamente se confirmam, ou seja, os ganhos obtidos 
através dos investimentos e aplicações têm de superar os custos do capital 
obtido. O investidor deve estar muito bem informado para entrar numa posição 
alavancada. 
Tipos de alavancagem: 
São três tipos básicos de alavancagem que pode ser definido no que diz 
respeito à demonstração de resultado da empresa: 
- Alavancagem Operacional 
- Alavancagem Financeira 
- Alavancagem Total ou Combinada 
A alavancagem operacional está relacionada com o efeito provocado sobre o 
LAJIR pelos custos fixos operacionais, em resposta a uma variação no nível de 
vendas ou da margem de contribuição total. É a capacidade da empresa de 
tirar proveito dos custos fixos operacionais já existentes para aumentar o LAJIR 
através do aumento do nível de vendas. 
O efeito da alavancagem operacional é sentido sobre a rentabilidade 
operacional (rentabilidade dos ativos). Portanto mantido o valor dos custos 
fixos operacionais e ocorrendo aumento de vendas, o LAJIR aumentará mais 
que proporcionalmente, e ocorrendo queda nas vendas, o LAJIR diminuirá, 
também, em maior proporção. Por isso a empresa tem que ser capaz de gerar 
margem de contribuição total suficiente para fazer face aos custos fixos 
operacionais, estes independem do volume de vendas que a empresa vier a 
alcançar. 
Portanto, quanto maior for o total dos custos fixos operacionais, maior será o 
GAO. E quanto maior o potencial de rentabilidade operacional da empresa o 
grau de risco operacional também será maior. O GAO aumenta quando a 
empresa se aproxima 
do seu ponto de equilíbrio, porque o grau de alavancagem operacional está 
ligado com a análise do ponto de equilíbrio operacional, ou seja, análise do 
CVL - custo-volume lucro. 
Por isso a alavancagem operacional é determinada pela relação entre as 
receitas de vendas da empresa e seu lucro antes dos juros do imposto de 
renda. 
GAO = Var. % no LAJIR / Var. % na MCT 
GAO = MCT / LAJIR 
GAO = LAJIR / LAIR 
A alavancagem financeira é a exposição a um determinado mercado de uma 
instituição ou investidor que utiliza recursos de terceiros para realizar 
investimentos que seja superior aomontante total dos seus ativos, aplicados na 
operação em busca de maiores ganhos, assumindo dívidas e aumentando o grau 
de risco da operação. Relacionada com o efeito provocado sobre o LAIR pelos 
custos fixos financeiros, e uma variação do LAJIR. Portanto a alavancagem 
financeira é a capacidade da empresa de tirar proveito dos custos fixos 
financeiros já existentes para aumentar o LAIR via aumento do LAJIR. O efeito 
da alavancagem financeira é sentido sobre a rentabilidade dos proprietários 
(rentabilidade do patrimônio líquido). 
Mantido o nível de LAJIR, quanto maior for o total dos custos fixos financeiros, 
maior será a GAF e também maior será o potencial de rentabilidade do 
patrimônio líquido, porém será maior também o grau de risco financeiro. Portanto 
a alavancagem financeira é a ação de comprar um ativo sem ter dinheiro em 
caixa, e quanto maior o grau de alavancagem, maior o risco. 
GAF = Var. % no LAIR / Var. % no LAJIR 
A alavancagem total ou alavancagem combinada é o conjunto das 
alavancagens operacional e financeira. É a capacidade da empresa de tirar 
proveito da sua estrutura global de custos fixos (operacionais e financeiros) já 
existentes, objetivando aumentar a rentabilidade dos proprietários através do 
aumento das vendas. Indica o número de vezes que o LAIR aumentará ou 
diminuirá caso o volume de vendas aumente ou diminua, respectivamente. 
Indica, também, o número de vezes que a margem de contribuição total cobre 
o total dos custos fixos (operacionais somados aos financeiros). Mantido o 
volume de vendas, quanto maior for o total dos custos fixos (operacionais 
somados aos financeiros), maior será o GAC e, por conseguinte, maior será o 
potencial de rentabilidade operacional e/ou dos proprietários; todavia, o risco 
global também crescerá. 
 
GAC = Var. % LAIR / Var. % MCT 
GAC = MCT / LAIR 
 
Exemplo: se existir dentro da estrutura de capital de uma empresa a presença de 
capital de terceiros que exigem uma remuneração que pode ser chamada de juros. 
Então devemos compreender e encontrar dentro da demonstração do resultado do 
exercício: 
 
LAJIR = Lucro antes dos juros e imposto de renda 
LAIR = Lucro antes do imposto de renda 
LAIR = LAJIR – JUROS. 
 
Supondo que uma empresa apresenta um LAJIR = 30.000,00 e possui despesas 
financeiras (juros) no valor de 10.000,00 o LAIR será igual a 20.000,00 ( 30.000,00 
– 10.000,00). 
 
Com estes dados em mãos, pode-se encontrar um valor para a Alavancagem 
Financeira dividindo-se o LAJIR pelo LAIR (LAJIR ÷ LAIR). 
 
GAF = GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA 
GAF = LAJIR ÷ LAIR 
GAF = 30.000,00 ÷ 20.000,00 
GAF = 1,5 
 
Esse grau de alavancagem financeira somente existe devido a presença da 
remuneração do capital de terceiros na estrutura de capital da empresa, ou 
seja, um capital que dá origem ao pagamento de juros. 
Suponha agora que a empresa não apresente endividamento, ou seja, trabalhe com 
100% de capital próprio em sua estrutura de capital, assim temos: 
 
LAIR = LAJIR – JUROS 
LAIR = 30.000,00 – 0,00 
LAIR = 30.000,00 
 
O GAF será: 
 
GAF = LAJIR ÷ LAIR 
GAF = 30.000,00 ÷ 30.000,00 
GAF = 1 
 
Quando o grau de alavancagem financeira igual a 1 representa ausência de capital 
de terceiros na estrutura de capital referindo-se ao longo prazo. Observe que 
quanto maior o endividamento permanecendo estática a receita bruta de vendas o 
GAF tende somente a aumentar, ou seja, o risco financeiro aumenta. 
 
Módulo 5 
Decisões táticas 
Todas as atividades empresariais envolvem recursos e, portanto, devem ser 
conduzidas para a obtenção de lucro. As atividades do porte financeiro têm como 
base de estudo e análise dados retirados do Balanço Patrimonial, mas 
principalmente do fluxo de caixa da empresa já que daí, é que se percebe a 
quantia real de seu disponível circulante para financiamentos e novas atividades. 
As funções típicas do administrador financeiro são: 
 Análise, planejamento e controle financeiro: 
Baseia-se em coordenar as atividades e avaliar a condição financeira da 
empresa, por meio de relatórios financeiros elaborados a partir dos dados 
contábeis de resultado, analisar a capacidade de produção, tomar decisões 
estratégicas com relação ao rumo total da empresa, buscar sempre alavancar 
suas operações, verificar não somente as contas de resultado por competência, 
mas a situação do fluxo de caixa desenvolver e implementar medidas e projetos 
com vistas ao crescimento e fluxos de caixa adequados para se obter retorno 
financeiro tal como oportunidade de aumento dos investimentos para o alcance 
das metas da empresa. 
 Tomada de decisões de investimento: 
Consiste na decisão da aplicação dos recursos financeiros em ativos correntes 
(circulantes) e não correntes (ativo realizável a longo prazo e permanente), o 
administrador financeiro estuda a situação na busca de níveis desejáveis de 
ativos circulantes , também é ele quem determina quais ativos permanentes 
devem ser adquiridos e quando os mesmos devem ser substituídos ou 
liquidados, busca sempre o equilíbrio e níveis otimizados entre os ativos 
correntes e não-correntes, observa e decide quando investir, como e quanto, se 
valerá a pena adquirir um bem ou direito, e sempre evita desperdícios e gastos 
desnecessários ou de riscos irremediável, e ate mesmo a imobilização dos 
recursos correntes, com altíssimos gastos com imóveis e bens que trarão pouco 
retorno positivo e muita depreciação no seu valor, que impossibilitam o 
funcionamento do fenômeno imprescindível para a empresa, o 'capital de giro'. 
Como critérios de decisão de investimentos entre projectos mutuamente 
exclusivos, pode haver conflito entre o VAL (Valor Actual Líquido) e a TIR (Taxa 
Interna de Rendibilidade). Estes conflitos devem ser resolvidos usando o critério 
do VAL. 
 Tomada de decisões de financiamentos: 
Diz respeito à captação de recursos diversos para o financiamento dos ativos 
correntes e não correntes, no que tange a todas as atividades e operações da 
empresa; operações estas que necessitam de capital ou de qualquer outro tipo 
de recurso necessário para a execução de metas ou planos da empresa. Leva-
se sempre em conta a combinação dos financiamentos a curto e longo prazo 
com a estrutura de capital, ou seja, não se tomará emprestado mais do que a 
empresa é capaz de pagar e de se responsabilizar, seja a curto ou a longo prazo. 
O administrador financeiro pesquisa fontes de financiamento confiáveis e 
viáveis, com ênfase no equilíbrio entre juros, benefícios e formas de pagamento. 
É bem verdade que muitas dessas decisões são feitas ante a necessidade (e até 
ao certo ponto, ante ao desespero), mas independente da situação de 
emergência é necessária uma análise e estudo profundo e minucioso dos prós 
e contras, a fim de se ter segurança e respaldo para decisões como estas. 
Decisões táticas: comprar x produzir, investir x alugar, decisão sobre 
substituição de equipamentos: 
As decisões táticas do tipo comprar ou produzir, investir ou alugar e também 
sobre o momento em que deve substituir os equipamentos da produção devem 
buscar respostas na área de custos, porém não serão as únicas. 
No caso de comprar ou produzir, além da análise sobre a formação do custo de 
produção e o preço de adquirir o produto pronto, itens como qualidade, 
durabilidade e garantias devem ser considerados no momento da decisão, 
uma vez que teremos um produto similar ao nosso, portanto, desconhecendo 
todo o processo produtivo e ainda a confiabilidade que o cliente depositou em 
nossa empresa, não poderá ser comprometida (no caso de revendermos 
um produto similar ao nosso). 
Podemos analisar o exemplo apontado por Iudícibus (2008,p. 257-8): Certa 
empresa vende seu produto a $ 469,12 e tem uma demanda garantida de 5009 
unidades/mês. Está em dúvida se deve continuar a produzi-lo ou comprar a peça 
e revender a seu cliente; a opinião do contador neste momento deverá ser 
ouvida, e assim teremos os seguintes dados para a decisão: 
Custos de fa Custos de fabricação Custode aquisição 
 Custos de fabricação 
Custo de 
aquisição 
Matéria-prima R$ 1.026.200,00 R$ 2.349.822,00 
Fretes R$ 5.009,00 
Mão de obra 
indireta R$ 351.840,00 R$ 293.200,00 
Mão de obra direta R$ 1.641.920,00 
Outros custos R$ 55.122,00 
Total R$ 3.075.082,00 R$ 2.648.031,00 
(*) Frete 1,00 por peça 
 
• Será a qualidade da peça adquirida comprável com a da peça fabricada? Caso 
optássemos pela aquisição das peças, teríamos uma redução de $87.960 
equivalente à depreciação e aos seguros dos equipamentos não utilizados para 
fabricaçãoa de tais peças. A princípio, a decisão de adquirir as peças é mais 
atrativa, porém (conforme já citado), teríamos que avaliar: 
• Verificar os prazos, de entrega e de fabricação, em relação à necessidade do 
nosso cliente. 
Esgotadas todas as possibilidades de comparação produzir x adquirir, cabe 
tomar a decisão. 
Em relação à decisão sobre investir ou alugar um equipamento, análises sobre 
o retorno sobre o investimento, por exemplo, devem ser feitas, afinal de contas, 
estaremos desembolsando um valor significativo para esta operação; se 
resolvermos alugar o equipamento, deveremos verificar a cargo de quem ficará 
a manutenção e, ainda, a possível troca rápida em caso de pane; caso contrário, 
a produção da empresa será comprometida. Devemos analisar também, que, ao 
alugarmos o equipamento, teremos um aumento nos custos fixos, podendo, no 
caso de recessão, ter o nosso lucro reduzido, por aumentar a estrutura da 
organização. 
Sobre a decisão no momento mais adequado para a substituição dos 
equipamentos, além da análise financeira sobre uma aquisição à vista ou a 
prazo, análises sobre a aceitação do nosso produto no mercado seriam 
importantes. Também teríamos que nos preocupar com a manutenção 
preventiva, com o seguro, com o treinamento para os funcionários, enfim, uma 
gama de análises deverá ser feita, respeitando as necessidades de cada 
empresa/segmento, tendo sempre em foco a maximização do lucro da 
organização; portanto, a análise do 
possível retorno sobre este investimento é imprescindível para a decisão. 
O exemplo apresentado por Iudícíbus (2003, p.260-3) nos mostra dois métodos 
que auxiliarão nesta tomada de decisão em substituir um equipamento; são eles: 
1ª metodologia da taxa de retorno ajustada no tempo: é a taxa que iguala o 
valor investido ao valor atual das economias de despesas de desembolso: 
• utiliza tabelas de valor atual e computa a taxa de retorno ajustada pelo tempo 
por tentativa e erro (interpolação); 
• se a taxa assim calculada igualar-se à ou exceder a taxa mínima de retorno 
desejado, aceitamos a alternativa; caso contrário, não. 
2ª metodologia do valor atual líquido: a partir de uma taxa mínima desejada 
de Retorno, e compara-se com a taxa de retorno ajustada no tempo: 
• calculamos o valor atual líquido dos fluxos futuros utilizando,como taxa de 
desconto, a taxa mínima de retorno desejada; 
• se o valor atual líquido for zero ou positivo, poderemos aceitar o projeto; caso 
contrário, não. 
 
Módulo 6 
Custeio ABC 
O custeio ABC (Activity-Based Costing), também conhecido como Custeio Baseado em 
Atividades, objetiva minimizar as discrepâncias causadas pela utilização de um rateio 
arbitrário dos custos indiretos. Porém, o ABC é aplicado também nos custos diretos, 
especialmente na mão de obra direta, pois não há diferenças significativas com relação 
aos sistemas de custeio mais tradicionais. 
 
A aplicação do ABC envolve cinco passos: identificação de atividades 
relevantes; atribuição de custos às atividades; identificação e seleção dos 
direcionadores de custos; atribuição dos custos às atividades; e atribuição dos 
custos das atividades aos produtos. 
O Custeio Baseado em Atividades aloca todos os custos indiretos por meio de 
atividades, uma atividade é uma ação que utiliza recursos humanos, materiais, 
tecnológica e financeira para se produzirem bens ou serviços. É composta por 
um conjunto de tarefas necessárias ao seu desempenho. As atividades são 
necessárias para a concretização de um processo, que é uma cadeia de 
atividades correlatas, inter-relacionadas. Num departamento são executadas 
atividades homogêneas, assim, o primeiro passo, para o Custeio Baseado em 
Atividades, é identificar as atividades relevantes dentro de cada departamento. 
Pode ocorrer de a empresa já possuir uma estrutura contábil que faça a 
apropriação de custos por centro de custos, por centro de trabalho, por centros 
de atividades, o que irá possibilitar adaptações importantes. Pode acontecer 
inclusive de cada centro de custos desenvolverem uma atividade e, assim, o 
trabalho já fica bastante facilitado, porém normalmente, isso costuma acontecer 
mais nos centros de custos de produção. Como o foco principal do Custeio 
Baseado em atividades são os custos 6 indiretos, e estes estão mais 
concentrados nos centros de custos de apoio, não é muito comum encontrar-se, 
nos sistemas de custos, esse nível de detalhamento. É importante observar que 
para cada atividade deveremos atribuir o respectivo custo e identificar o seu 
direcionador. 
Vantagens e desvantagem da aplicação do custeio ABC 
Para melhor entendimento apresentamos as vantagens e desvantagens da 
aplicação do método de custeio ABC. 
Como vantagens podemos ressaltar: 
• informações gerenciais relativamente mais fidedignas por meio da redução do 
rateio; 
• adequa-se mais facilmente às empresas de serviços, pela dificuldade de 
definição do que seja custos, gastos e despesas nessas entidades; 
• menor necessidade de rateios arbitrários; 
• atende aos Princípios Fundamentais de Contabilidade (similar ao custeio por 
absorção); 
• obriga a implantação, permanência e revisão de controles internos; 
• proporciona melhor visualização dos fluxos dos processos; 
• identifica, de forma mais transparente, onde os itens em estudo estão 
consumindo mais recursos; 
• identifica o custo de cada atividade em relação aos custos totais da entidade; 
• pode ser empregado em diversos tipos de empresas (industriais, comerciais, 
de serviços, com ou sem fins lucrativos); 
• pode, ou não, ser um sistema paralelo ao sistema de contabilidade; 
• pode fornecer subsídios para gestão econômica, custo de oportunidade e 
custo de reposição; e 
• possibilita a eliminação ou redução das atividades que não agregam valor ao 
produto. 
 Por outro lado, pode-se enumerar como desvantagens: 
• gastos elevados para implantação; 
• alto nível de controles internos a serem implantados e avaliados; 
• necessidade de revisão constante; 
• leva em consideração muitos dados; 
• informações de difícil extração; 
• dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da 
empresa; 
• necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação; 
• dificuldade na integração das informações entre departamentos; 
• falta de pessoal competente, qualificado e experiente para implantação e 
acompanhamento; 
• necessidade de formulação de procedimentos padrões; e 
• maior preocupação em gerar informações estratégicas do que em usá-las; 
Como aplicar o Método de Custeio ABC 
Consideremos este exemplo: 
Uma fábrica de móveis produz 3 modelos diferentes (A, B e C), para os quais 
se obteve a seguinte informação referente a um determinado período: 
1. Quantidade produzida: 
Modelo Quantidade 
A 16 
B 8 
C 10 
2. Consumo de Matérias-primas: 
 A B C 
Matéria-prima 3.280 unids 2.760 unids 2.820 unids 
3. Utilização de MOD: 
 A B C 
MOD 2.450 Hh 1.850 Hh 1.980 Hh 
4. Custos e geradores (cost drivers) das Atividades desenvolvidas no processo de 
fabrico: 
Atividade Custos U.O. 
Custo por atividade de cada modelo 
A B C 
Maquinaria 5.340 Hm 60 28 32 
Montagem 3.300 Hh 480 240 280 
Acabamento 3.060 Quant. PA 16 8 10 
Resolução pelo método ABC 
1º Identificar as atividades e os respetivos custos: 
No ponto 4 temos a indicação das 3 atividades desenvolvidas e os custos 
imputados por atividade. 
2º Identificar os Cost drivers(geradores de custo): 
Após conhecermos as atividades é necessário saber quais os respectivos 
indutores de custo (cost drivers) para conseguirmos apurar o custo unitário de 
cada atividade de forma a imputar o seu custo aos diversos modelos 
produzidos pela empresa. 
 Atividade Maquinaria: Horas máquina = 120 Hm; C. Unitário da Ativ. R$5.340 / 120 
Hm = R$44,50/Hm 
 Atividade Montagem: Horas homem = 1.000 Hh; C. Unitário da Ativ. R$ 3.300 / 
1.000 Hh =R$ 3,30/Hh 
 Atividade Acabamento: Quantidade produzida = 34 unidades; C. Unit da Atividade: 
R$ 3.060 / 34 unids =R$ 90/Unid 
 
Resumindo, basta acrescentar as duas últimas colunas à informação inicial e 
temos os Custos indiretos repartidos por atividade: 
Atividade Custos U.O. 
Unidade de Custo 
Custo Total 
Por ativ. C.Unit. 
A B C 
Maquinaria R$ 5.340 Hm 60 28 32 120 R$ 44,50 
Montagem R$ 3.300 Hh 480 240 280 1.000 R$ 3,30 
Acabamento R$ 3.060 Quant. PA 16 8 10 34 R$ 90,00 
3º Imputar os custos das Atividades aos produtos, de acordo com o respectivo 
custo driver: 
Produto Modelo A: 
 Atividade Maquinaria: R$ 44,50 x 60 Hm = R$ 2.670 
 Atividade Montagem: R$ 3,30 x 480 Hh = R$ 1.584 
 Atividade Acabamento: R$ 90 x 16 unids = R$ 1.440 
 
E repetir o mesmo processo para os restantes produtos. Até imputarmos o 
custo total das Atividades aos 3 Produtos. 
4º Incluir os Custos Diretos de cada produto (MP + MOD) e apurar o Custo Industrial 
do Produto Acabado (CIPA): 
X 
C.Unit. 
Modelo A Modelo B Modelo C 
Custeio Q R$ Q R$ Q R$ 
MP 3.280,00 2.760,00 2.820,00 
MOD 2.450,00 1.850,00 1.980,00 
Atividades 
 Maquinaria 44,50 60 2.670,00 28 1.246,00 32 1.424,00 
 Montagem 3,30 480 1.584,00 240 792,00 280 924,00 
 Acabamento 90,00 16 1.440,00 8 720,00 10 900,00 
C. Total 16 11.424,00 8 7.368,00 10 8.048,00 
C. Unitário 714,00 921,00 804,80 
 
Módulo 7 
Lucro Empresarial e Variações de Preço 
 
Análise de custos e decisões táticas 
Neste tópico será visualizado o impacto da modificação do preço de uma matéria 
prima no preço final do produto e a melhor tomada de decisão, para voltar a 
situação anterior. 
Caso quaisquer uma das variáveis tenha alteração, quais será a melhor situação 
para a empresa tomar como decisão para não ocorrer mudanças no resultado. 
Lucro Empresarial e Variações de Preço 
Talvez seja esta a maneira mais adequada de analisar a redução do valor 
empresarial pela inflação 
- Variações de preço em operações 
- Variações de preço em operações simples: custos originais, custos originais 
corrigidos e o custo de reposição → o valor que a empresa precisa ter para repor 
aquele estoque que foi vendido e assim dar continuidade às suas operações. 
Exemplo: PL em 31.12.x0 ..................$ 100.000,00 
Aquisição Mercadorias à vista $ 100.000,00 
Índice geral de preço $ 100 (hipotético) 
Exemplo → Ocorrências. 
1º Trim. 31.03.x1 2º Trim. 30.06.x1 
Mercadoria não vendida Venda 60% Mercadoria por $ 105.000 
Índice geral preço = $ 107 Índice geral preço = $ 116 
Hipótese adquirir a mesma Hipótese repor 100% 
Estoque de mercadoria $ 112.000 Mercadoria $ 125.000 
Exemplo → Ocorrências só 2º trim. 30.06x1 1 
Apuração da contabilidade a custos históricos ou originais 
 DRE em 31.12.x1: 
 Vendas $ 105.000,00 
 (-) CMV 60.000,00 
 (=) Lucro 45.000,00 
Exemplo → Ocorrências só 2º trim. 30.06x1 
Apuração da contabilidade a custos históricos corrigidos 
DRE em 31.12.x1 
 Vendas $ 105.000,00 
 (-) CMV 69.600,00 (*) 
 (=) Lucro 35.400,00 
Está correto? 
(*) Aquisição das mercadorias foi em 31.12.X0 a $ 100.000,00, e o IGP = $ 100 em 
30.06.X1, data da venda, portanto, apuração do CMV, o IGP passou para $ 116: $ 
60.000,00 / 100 * 116 = $ 69.600,00 → CMV corrigido. 
Exemplo → Ocorrências? 
Apuração da contabilidade a custos de reposição 
Hipótese, adquirir a mesma. Hipótese, repor 100% estoque de mercadoria $ 112.000 
112.000 mercadorias mercadoria $ 125.000 125.000. Ganho nos estoques de $ 12.000 
(Mercad. Comprada por $ 100.000 e não vendida) 
 1º Trim. 31.03.x1 2º Trim. 30.06.x1 
Mercadoria não vendida Venda 60% Mercadoria por $ 105.000 
Índice geral preço = $ 107 Índice geral preço = $ 116 
Hipótese, adquirir a mesma mercadoria $ 112.000 Hipótese, repor 100% estoque de mercadoria $ 
125.000 
Ganho nos estoques de $ 12.000 (Mercad. Comprada 
por $ 100.000 e não vendida) 
Exemplo → Ocorrências - Apuração da contabilidade a custos de reposição 
1ºTrim: 31.01.x1 2ºTrim: 30.06.x1 
Mercadoria não vendida Venda 60%Mercadoriapor$105.000 
Índice geral preço=$107 Índice geral preço=$116 
Hipótese, adquirira mesma mercadoria$112.000 Hipótese, repor100%estoquede mercadoria 
$112.000 mercadoria$125.000 
Ganho nos estoques de $12.000(Mercad. 
Comprada por$100.000enãovendida) 
Exemplo → Ocorrências só 2º trim. 30.06x1 
Apuração da DRE a custos de reposição 
DRE 31.12.X0 a 31.03.X1 31.03.X1 a 30.06.X1 30.06.X1 
Valorização do estoque 12.000 10.000 (3) 
Vendas 105.000 105.000 
(-) CMV 75.000 (1) 75.000 
(=) Lucro 30.000 30.000 
(+) Ganho realizado 
de estocagem 15.000 (2) 15.000 
(=) Lucro realizado 45.000 45.000 
(-) Diminuição das 
valorizações de estoque 2.000(3) 0 
(=) Lucro líquido 12.000 43.000 55.000 
***(1) / (2) e (3) 
Exemplo → Ocorrências só 2º trim. 30.06x1? 
Apuração da DRE a custos históricos corrigidos e a custos de reposição 
DRE 31.12.X0 a 31.03.X1 31.03.X1 a 30.06.X1 30.06.X1 
Ganho não realizado 5.420,56 (1) 10.000 (3) 
Vendas 105.000 105.000 
(-) CMV 75.000 (1) 75.000 
(=) Lucro 30.000 30.000 
(+) Economia de custo 
realizado 5.400 (2) 5.400 
(=) Lucro realizado 35.400 35.400 
(-) Diminuição no saldo 
dos ganhos 
não realizados 
1.820,56(1) 0 
(=) Lucro líquido 5.420,56 33.579,44 39.000 
Exemplo → Ocorrências só 2º trim. 30.06x1 
Quadro comparativo entre os quatro critérios de apuração do lucro: 
DRE Custos Histórico 
Custos Histórico 
Corrigido 
Custos de 
Reposição 
Custos de 
Reposição 
corrigido 
Lucro operacional 45.000 35.400 30.000 30.000 
Lucro realizado 45.000 35.400 45.000 35.400 
Lucro líquido 45.000 35.400 55.000 39.000 
Lucro não realizado 0 0 10.000 3.600 
 
Módulo 8 
EVA (Valor Econômico Agregado) 
Avalia o retorno econômico gerado pela empresa. O índice corresponde ao 
saldo do Lucro Operacional menos o custo do capital investido na empresa. 
Um resultado positivo, demonstra que a empresa teve retorno positivo. Caso 
esse retorno tenha sido negativo, o índice será menor que zero indicando 
a perda econômica. 
O EVA foi criado com a finalidade de avaliar se, a cada ano, a empresa está 
ganhando dinheiro suficiente para pagar o custo real do capital que administra. 
Se o EVA for negativo, a empresa, naquele ano, está destruindo o capital do 
acionista. Deste modo, o EVA consiste na diferença entre o lucro líquido 
operacional da empresa após o imposto de renda e o custo anual total do capital. 
Formula de cálculo do EVA: EVA = Lucro Operacional - Custo Cap. Invest. 
Se uma empresa obtiver um EVA positivo seguidamente, ela provavelmente 
também terá um MVA positivo. E caso a empresa tenha um EVA negativo 
através dos anos, o seu MVA, com o passar do tempo, também se tornará 
negativo, pois seus investidores deixarão de investir em uma empresa que não 
está gerando valor. 
O EVA é positivo quando o retorno operacional após os impostos supera o custo 
do capital, havendo desta forma, a criação de riqueza para os acionistas e, caso 
contrário, ocorre então a destruição desses valores investidos. 
Empresas com EVA negativo também são comuns no Brasil, o que significa que 
a maioria está destruindo os valores agregados dos próprios acionistas. A razão 
pela qual estas empresas não constroem valor, é o Lucro Operacional ser 
insuficiente para compensar o custo do capital investido. 
O EVA é um índice financeiro, e não um sistema de gestão. Mede 
verdadeiramente os lucros e permite aos acionistas einvestidores avaliar com 
clareza se o capital empregado em determinado negócio está sendo bem 
aplicado. Portanto, vale considerar que o EVA é uma medida de desempenho 
interno. Possibilita estabelecer metas gerenciais em diferentes níveis 
hierárquicos e auxilia os gerentes de cada nível, a desenvolver ações que sejam 
direcionadas a criação de novos valores, sejam em setores, departamentos ou 
na organização como um todo. 
O que muda a forma de gestão da empresa é a GBV (Gestão Baseada no Valor) 
que revela o resultado da mesma influenciando nas tomadas de decisões. 
A GVB promove uma mudança de comportamento, onde todos os funcionários 
passam a participar da criação de riqueza em 
 
virtude da possibilidade de uma remuneração variável. EXEMPLO: PPR (Prêmio 
Participação Resultado) 
 
MVA – Valor de Mercado Agregado 
Pode ser definido como o ágio (prêmio) agregado sobre o Capital empregado na 
empresa. 
MVA = Valor de Mercado – Capital 
Análises estatísticas e pesquisas acadêmicas mostram que EVA é a medida que 
mais se relaciona com a criação de valor, melhor do que qualquer outra medida 
de desempenho contábil tradicional. 
Significa que para criar valor os administradores de uma empresa devem se 
preocupar com muito mais do que somente reduzir custos e melhorar a eficiência 
do capital. Eles precisam encontrar meios para entregar valor para os clientes 
através de produtos inovadores, propaganda bem-sucedida, serviços 
impecáveis e outros. 
Embora o MVA seja o melhor indicador do total de riqueza criada, ele não é útil 
para gestão interna da empresa. 
As variações diárias do preço da ação iriam levar os empregados a prestar mais 
atenção às cotações da empresa em bolsa do que na empresa. Na verdade, sem 
uma ferramenta intermediária, é difícil para os gerentes verem como suas ações 
podem afetá-lo. 
O MVA só é possível de ser medido para uma empresa no nível consolidado, 
sendo de pouca utilidade para as divisões internas da empresa. 
Exemplo: Quando uma empresa obtém uma taxa de retorno maior do que seu 
custo de capital, EVA é positivo. Como resposta, o preço da ação sobe, 
aumentando o valor do negócio e consequentemente o MVA. Do mesmo modo, 
o preço da ação cai quando a empresa obtém uma taxa de retorno menor do que 
seu custo de capital. Portanto, intuitivamente, o EVA determina o MVA. 
Aplicação do EVA na controladoria: 
- EVA gera foco no gerenciamento de negócios Identificar oportunidades de 
planejamento estratégico para criar riquezas; 
- Utilizar EVA para planejamento de capital e orçamento de projetos; 
- Estabelecer planos de incentivo para executivos baseados em performances; 
- Avaliar processo de aquisição ou desenvolvimento; 
- Estabelecer metas de longo prazo

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