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ANTIBIÓTICOS - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE ANTIBIÓTICOS Bactericidas e bacteriostáticos Betalactâmicos atuam sobre a parede celular das bactérias - Não atinge as células dos hospedeiros pois estas não possuem parede celular - Penicilinas - Cefalosporinas Aminoglicosídeos tem ação bactericida pois inibem a síntese proteica de forma irreversível Quinolonas tem ação bacteriostática pois inibem a dna girase, inibindo a síntese proteica de forma reversível Cloranfenicol tem grande lipossolubilidade HISTÓRICO 1928 - Alexander Fleming - descoberta da Penicilina - Mofo contaminou culturas - Atividade antibacteriana - Fungo penicillium notatum - Substância ativa - Penicilina 1930 - Chain, Florey e Abraham - Isolaram maiores quantidades (extrato mais puro) 1940 - Testado em modelo experimental 1941 - Iniciou-se uso em pacientes gravemente infectados por estafilococos e estreptococos - Primeiro representante - Penicilina G (benzilpenicilina) ANTIBIÓTICOS - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE PENICILINAS Drogas betalactâmicas obtidas originalmente do penicillium notatum (1941), mas atualmente obtidas por um mutante penicillium chrysogenum cujo núcleo central é o ácido 6 aminopenicilânico MECANISMO DE AÇÃO DAS PENICILINAS A ligação com o PLP (proteína de ligação da penicilina) resulta em inibição da enzima transpeptidase, responsável pela formação das ligações cruzadas entre os filamentos de peptidoglicano (3 estágio da síntese/ formação da parede celular bacteriana) CARACTERÍSTICAS DAS DROGAS BETALACTAMICAS Penicilina G - São hidrofílicas - Mal absorção por via oral - Administração por via parenteral é mais adequada - Difícil penetração no SNC - Depuração rápida renal na forma ativa da maioria dos representantes ➢ Associação com inibidores de betalactamases ➢ Probenecid bloqueia a secreção tubular de Penicilina e cefalosporinas, impedindo sua rápida excreção renal ➢ 1g VO uma hora antes de tomar o antibiótico FARMACOCINÉTICA DAS PENICILINAS Via oral: Apresentam graus variáveis de absorção por esta via Via parenteral: Intramuscular e intravenosa Via tópica: - Distribuição ampla na massa muscular, pulmões, fígado, rins, ossos, fluido intersticial, pleural, peritonial, pericárdica - Atravessam a placenta, mas não a barreira hematoencefálica, a menos que estejam inflamadas. - Eliminação é rápida e principalmente renal, por secreção tubular CLASSIFICAÇÃO DAS PENICILINAS - QUANTO A AÇÃO SOBRE O MICRORGANISMO PENICILINAS DE 1 GERAÇÃO Atuam principalmente sobre bactérias gram positivas + (streptococcus) - Penicilina G / benzilpenicilina - natural - Penicilina V - biosintetica - Isoxazolilpenicilinas - semi sintéticas Penicilina G (cristalina) - natural - Formada pela reação do ácido fenilacético com o ácido penicilânico ANTIBIÓTICOS - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE - Via oral, intramuscular e intravenosa - Usos clínicos: Infecções médias ou graves em prematuros e recém nascidos (sistema de eliminação mais lento) Penicilina G (procaína) - natural - É um sal cristalino lentamente absorvido por via intramuscular - Procaína retarda a eliminação - Infecções de média e pequeno gravidade (pneumonia, amigdalite, erisipela) - Terapêutica de doenças graves no período de manutenção do tratamento (difteria, tétano, leptospirose) - Na gonorréia em associação com a probenecida 1 hora antes da dose Penicilina G (benzatina) - natural - Sal insolúvel obtido de uma base de amônia com a Penicilina G - Produz níveis sanguíneos muito baixos mas persistem até 3 ou 4 semanas - Droga de escolha nas infecções por treponema pallidum (sífilis), streptococcus pyogenes (profilaxia e febre reumática) Penicilina V - biossintética - Derivado do grupo das fenoxipenicilinas - Também chamada de penicilina biosintética - Não sofre inativação pelo suco gástrico sendo administrada pela via oral - Apresentação oral e suspensão - Eliminada rapidamente pelos rins por secreção tubular - Usada no uso odontológico previamente ao procedimento Penicilinas penicilinases resistentes (antiestafilocócicas) - Drogas semi sintéticas obtidas com a finalidade de combater o Estafilococos aureus produtor de penicilinases Isoxazolilpenicilinas - Oxacilina ➢ Via oral, intramuscular e intravenosa ➢ Sofre ação do suco gástrico (não pode ser tomado com refeições) - Cloxacilina ➢ Não sofre ação do suco gástrico - Indicado para o tratamento das infecções mistas por estreptococos beta hemolítico (A), por pneumococos ou estafilococos produtores de penicilinases PENICILINAS DE 2 GERAÇÃO Amplo espectro - gram positiva e gram negativa - Semi Sintéticas - Amoxicilina - Ampicilina - Análogos e derivados Ampicilina - semi sintética - Amplo espectro - Uso oral (não sofre ação do suco gástrico), via intramuscular e intravenosa ANTIBIÓTICOS - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE - Ativa contra G+ e também alguns G- (E. Coli, H. Influenzae, proteus, salmonella e shigella) - Usada associada com o Cloranfenicol (alta lipossolubilidade) para tratar a meningite causada por H. Influenzae - Associada a um aminoglicosídeo (inibe a síntese proteica de forma irreversível - bactericida) para o tratamento da endocardite enterocócica ou para sua profilaxia em pacientes de alto risco Amoxicilina - semi sintética - Amplo espectro - Uso apenas oral, não sofre interferência dos alimentos - Espectro de ação similar à ampicilina mas com menor atividade sobre Shigella PENICILINAS DE 3 GERAÇÃO Atuam principalmente sobre bactérias gram negativas - - São drogas ativas contra germes problemas como proteus indol-positivo, Escherichia coli e pseudomonas, além de bactérias anaeróbicas - Carbenicilina - Análogos e derivados PENICILINAS DE 4 GERAÇÃO Atuam principalmente sobre gram negativas - - São drogas ativas contra germes problemas como proteus indol-positivo, Escherichia coli e pseudomonas, além de bactérias anaeróbicas - Todas de administração parenteral (intramuscular e intravenosa) - Eliminação rápida e usadas em associação com outras drogas para evitar a resistência bacteriana - Carbenicilina - Aciloaminopenicilinas (piperacilina) - Amidinopenicilinas (aziocilina) - Sulfobenzilpenicilina - Ureidopenicilinas CEFALOSPORINAS - Drogas betalactamicas obtidas originalmente de espécies de streptomyces (cephalosporium acremonium) e microspora, na Sardenha - Itália (1945) - O núcleo central é o ácido 7 aminocefalosporânico e apresenta o mesmo mecanismo de ação das penicilinas CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALOSPORINAS - ATIVIDADE ANTIMICROBIANA A cada nova geração aumenta a atividade contra gram negativas - e diminui a atividade contra gram positivas + e a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica Vias: EV e IM Excreção: Renal e biliar Distribuição: Barreira hematoencefálica, placenta, humor aquoso Mecanismo de ação: Igual ao das penicilinas ANTIBIÓTICOS - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE Mecanismo de resistência: Incapacidade de atingir sítio alvo, alterações nas PIPs, produção das betalactamases CEFALOSPORINAS DE 1 GERAÇÃO Bactérias gram positivas - Atividade boa contra gram positivas + - Atividade relativamente modesta sobre gram negativas - - Atividade ausente contra Pseudomonas aeruginosa e outras Pseudomonas, diversos Bacilos G negativos - entéricos (Enterobacter sp., Serratia sp.), S. aureus resistentes à meticilina e S. epidermidis Principais indicações - Infecções por S. aureus metilino sensíveis, estreptococos sensíveis e alguns bacilos G negativos - sensíveis (E. coli, Klebsiella sp. e Proteus mirabilis) - Uso como agente profilático - São mais resistentes à ação da penicilinase do que as penicilinas naturais e aminopenicilinas - Cefalotina (Cefalexina) - Keflin - Cefazolina - Kefazol - Cefalexina - Keflex - Cefadroxila - Cefamax CEFALOSPORINAS DE 2 GERAÇÃO Bactérias gram positivas e gram negativas - Melhor ação contra microrganismos G negativos - como Escherichia coli, Klebsiella, Proteus e Moraxella catarrhalis - Não são tão ativos quanto osagentes de 1º geração contra microorganismos G positivos + - Cefuroxima (Zinacef e zinnat) - Atravessa a barreira hematoencefálica - eficaz no tratamento de meningite por H. influenza, N. meningitidis e S. pneumoniae - Cefoxitina (mefoxin) - Mais ativa contra alguns agentes anaeróbicos, em especial B. fragilis - Cefaclor (ceclor) - Cefprozil (cefzil) - Cefamandol CEFALOSPORINAS DE 3 GERAÇÃO Maior espectro de ação contra bactérias gram negativas e menor eficácia contra bactérias gram positivas - Meia vida maior e difusão pela barreira hematoencefálica (concentrações terapêuticas) - Uso parenteral em infecções hospitalares - Ceftriaxona (rocefin) - Cefpodoxima (proxetil) - Cefotaxima (claforan) - Ceftizioma - Ceftazidima (fortaz) ANTIBIÓTICOS - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE - Cefoperazona (cefobid) - Cefixima (plenax) CEFALOSPORINAS DE 4 GERAÇÃO Bactérias gram negativas - Ativas contra muitas enterobacteriaceae resistentes a outras cefalosporinas de 3 geração - Boa penetração no líquido cefalorraquidiano - Maior estabilidade em relação à hidrólise pelas Cefalosporinas mediada por plasmídeos ou cromossomos - Uso parenteral no tratamento de infecções hospitalares - Cefepime (maxcef) - Cefpiroma (cefron) CEFALOSPORINAS DE 5 GERAÇÃO Bactérias gram negativas - Ceftaroline - Ceftobiprole REAÇÕES ADVERSAS Reações de hipersensibilidade - Betalactâmicos causam mais reações alérgicas - reatividade a estrutura química do fármaco - 1 a 10% dos pacientes - 0,02% de mortalidade nos pacientes hipersensíveis - Hipersensibilidade imediata - 30 min após administração são mais perigosas - Hipersensibilidade acelerada - 1 a 72 horas após não põem em risco o paciente - Hipersensibilidade tardia - mais frequente e aparecem em dias ou semanas após o início do tratamento Alterações gastrointestinais - Amoxicilina - São mais frequentes com preparações orais - Anorexia, vômito e diarreia Algumas cefalosporinas são nefrotóxicas Alteração da ecologia microbiana - Superinfecções por micro-organismos resistentes (klebsiella, pseudomona e candida) Alterações hematológicas - Raras (neutropenia, anemia hemolítica inibição da agregação plaquetária normal (carbenicilina) Reações causadas pela via de administração - Via parenteral - dor, inflamação local e tromboflebites ANTIBIÓTICOS - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE - Via oral - irritação gastrointestinal (anorexia, vômito, diarréia) Outras reações adversas - Irritação do SNC - Arritmias - Parada cardíaca (Penicilina G potássica) - Nefrotoxicidade - Alterações hepáticas RESISTÊNCIA BACTERIANA - Produção de beta lactamases inativando as penicilinas e cefalosporinas - Redução das paredes celulares bacterianas, dificultando a entrada da droga - Alterações conformacionais das PLP proteínas ligeiras de penicilinas - Aparecimento do fenômeno de tolerância PENICILINAS INIBIDORAS DAS BETALACTAMASES Ácido clavulânico/ Amoxicilina (VO, VP) - O ácido clavulânico é produzido pelo streptomyces clavuligerus com fraca atividade antibacteriana. - Atua como inibidor suicida formando um intermediário de acilenzima, que inibe as betalactamases bacterianas - Amoxicilina + ácido clavulânico = clavulanato de potássio - Efeitos adversos: distúrbios gastrointestinais são mais acentuados do que as drogas usadas isoladamente Ácido clavulânico/ ticarcilina (VP) OUTRAS ASSOCIAÇÕES Sulbactam / amoxicilina Sulbactam / ampicilina Imipinem + cilastatina (injetável) - Imipinem é um betalactâmico de maior espectro de ação contra gram positivas e gram negativas (pseudomonas, aeruginosa e bacteroides) - Cilastadina é um inibidor da enzima desidropeptidase 1, que degrada o imipidem nos túbulos renais, diminuindo os níveis urinários
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