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3 EXTINCAO DO PROCESSO

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Extinção do Processo
Orientador: Luis Carlos de Castro Coelho
Monitora:Thalita Gomes Xavier
O que é sentença?
 A priori após uma série de diligências, surge o momento da prolação da sentença, que nada mais é do que uma regulamentação, uma lei especial, para o caso concreto.
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Logo...
 “Sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.” 
Art. 203, § 1º, do CPC.
Desenvolvimento do processo
 Quase sempre, após a superação das fases postulatória, saneadora e probatória, que inclui a audiência de instrução e julgamento, o juiz profere a sentença acolhendo ou rejeitando o pedido;
Criança observando o nascimento do novo homem/Dalí
 Todavia, nem sempre o processo percorre todas as fases, isso porque o processo pode ser extinto prematuramente sem composição do litígio
Art. 316. A extinção do processo dar-se-á por sentença
Sentença
Faz coisa julgada material ou formal e material
Terminativa
Definitiva
Resolve o mérito (art.487)
Não se pode mais entrar 
com nova ação
Faz coisa julgada formal
Apenas põe fim a relação processual (art.485)
Não impede a propositura 
de nova ação
LEMBRETE !!!!!!
Simplificação do CPC – A extinção do processo dar-se-á por sentença. Sabe-se, todavia que o processo pode ser extinto por decisões interlocutórias de mérito, monocráticas e, evidentemente, por acórdão, não tendo o legislador sido rigoroso na utilização do termo SENTENÇA.
O que é mérito?
 Carnelutti, aduz que o “mérito da lide significa [...] o complexo das questões materiais que a lide apresenta.” 
Sentença Terminativa
 Terminativa: porque não adentra o mérito do litígio, apenas inadmite a ação, atinge apenas a relação processual;
O recurso cabível é o de apelação;
 É possível retratação do juiz, prazo de 5 dias;
Hipóteses de extinção sem resolução do mérito
Regra geral: extinção do processo com a composição do litígio;
 Exceção: extinção do processo sem resolução do mérito;
 Admissibilidade: hipóteses previstas em lei, art.485.
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I- Indeferimento da petição inicial;
Art. 330
Inépcia da Inicial
Ilegitimidade da parte
Ausência de interesse processual
Art. 106 indicação do endereço do advogado que atuar em causa própria
Art. 321 emenda a petição inicial
II- Paralisação do processo por negligência das partes;
 Extinção do processo em razão da paralização durante mais de um ano por negligência das partes, autor e réu.
III- Abandono da causa pelo autor
 Quando o autor não promover os atos e diligências que lhe competirem por mais de trinta dias.
Art. 486, §3°
 Autor: se 3 vezes abandonar o processo,
 Sanção: não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, 
Garantia: alegar em defesa o seu direito.
Obs:.Inc. II e III
 A extinção só ocorrerá se a parte não promover os atos e diligências necessárias indicadas pelo juiz no prazo de 5 dias;
 A sentença que extinguir o processo fixará a responsabilidade pelas despesas processuais; 
 
Oferecida a contestação, a extinção por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu;
IV- Ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V- Reconhecimento da existência de perempção, litispendência ou coisa julgada;
Perempção: autor der causa por 3 vezes a extinção do processo (inciso III)
Repetição de ação idêntica a anteriormente proposta
 Litispendência: as duas demandas estão em curso;
 Coisa Julgada: a demanda anterior já foi decidida por sentença transitada em julgado;
VI- Ausência de legitimidade ou de interesse processual
 O interesse de agir relaciona-se com a necessidade da providência jurisdicional solicitada;
 A legitimidade por sua vez decorre da pertinência subjetiva com a lide deduzida em juízo;
VII- Convenção de arbitragem
 Cláusula ou compromisso arbitral: indica que as partes acordaram por se submeter a uma decisão imposta por um terceiro, que atua como uma espécie de juiz.
VIII- Desistência da ação
Autor, abdica do direito subjetivo de invocar a jurisdição para compor o litígio deduzido no processo.
Até a sentença 
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 Só produz efeitos depois de homologada pelo juiz, (art.200, parágrafo único)
Antes
Depois
Contestação
Sem consentimento
Com consentimento do réu
Desistência
IX- Intransmissibilidade da ação
 Quando a ação tem por objeto direito personalíssimo ou considerado intransmissível por disposição legal;
 Morte do titular desse direito: extinção do processo sem resolução do mérito;
X- Demais casos previstos no código
Ex: não nomeação de novo procurador no caso de morte deste (art. 313, §3°)
Escultura, o beijo da morte
Sentença Definitiva
 É aquela que resolve o litígio e que, uma vez transitada em julgado, torna imutável a relação de direito material, não permitindo a discussão do direito controvertido, por força da coisa julgada material.
I- Acolhimento ou rejeição do pedido formulado na AÇÃO E NA RECONVEÇÃO.
II- Decadência ou prescrição
 Matéria de ordem pública;
 A decisão que reconhece a decadência ou a prescrição resolve o mérito e põe fim ao processo.
Só poderão ser decretadas após dada a oportunidade às partes de manifestarem, com exceção da hipótese do Art.332, § 1º. 
Decadência
É a perda do próprio direito pelo não exercício no prazo estabelecido pela lei. A decadência alcança o direito potestativo, que pode se referir ao direito material ou a um dado procedimento (direito à vida do mandado de segurança)
Prescrição
 É a perda da pretensão à reparação de um direito violado, em razão da inércia do seu titular, durante o lapso temporal estipulado pela lei.
III- Homologação do reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção
 há reconhecimento da procedência do pedido pelo réu quando este se põe de acordo com a pretensão formulada pelo autor.
IV- Homologação da transação
 Transação: é negócio jurídico bilateral pelo qual os interessados previnem ou extinguem litígio mediante concessões mútuas. É modalidade de autocomposição do litígio.
V- Homologação da renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção
 Se o autor renuncia a essa pretensão, isto é, do direito material invocado na inicial ou na reconvenção como fundamento do pedido, o processo perde o objeto.
 Os direitos indisponíveis, como os relativos a alimentos e estado das pessoas não admitem renúncia.
 Só se admite renúncia expressa, de forma escrita. Quando manifestada oralmente, deve ser reduzida a termo.
 Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485.
Princípio pas de nullité sans grief
 Indica a possibilidade de declaração de nulidade de um ato processual somente quando houver a efetiva demonstração de prejuízo, (art. 282).
Leide das Neves
Obrigado, pela atenção!
Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
Orientador: Luis Carlos de Castro Coelho
Monitora: Thalita Gomes Xavier
Disciplina: Direito Processual Civil II
Goiânia, 2019

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