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Direito Previdenciário para o INSS

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Prévia do material em texto

Direito Previdenciário 
para o INSS - Hugo Goés
UOL CURSOS TECNOLOGIA
EDUCACIONAL LTDA
1ª Edição
ISBN:978-65-88322-43-7
Todos os direitos desta edição são reservados a
Uol Cursos Tecnologia Educacional Ltda.
É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios, sem autorização escrita da 
empresa.
Uol Cursos Tecnologia Educacional Ltda.
 Al: Barão de Limeira, 425 –7º andar 01202-000 São Paulo -SP
www.acasadoconcurseiro.com.br
www.hugogoes.com.br
DIREITO
PREVIDENCIÁRIO
LEGISLAÇÃO APLICADA AO CURSO
• Constituição Federal: Arts. 194 a 204
• Emenda Constitucional nº 103, de 12/11/2019
• Lei 8.212/91 (custeio)
• Lei 8.213/91 (benefícios)
• Decreto 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social)
• Lei 8.742/1993 (LOAS)
• Decreto 6.214/2007 (BPC/LOAS)
Livros de Hugo Goes
TÍTULO
Manual de Direito Previdenciário (16ª edição)
Direito Previdenciário FCC (2ª edição)
Direito Previdenciário CESPE/UnB (4ª edição)
Direito Previdenciário ESAF (4ª edição)
Resumo de Direito Previdenciário (8ª edição)
Origem e evolução legislativa da Previdência 
Social no Brasil 
1. Marco inicial da Previdência Social no Brasil:
Lei Eloy Chaves
• É o Decreto Legislativo nº 4.682, de 24-1-1923.
• Criou as CAPs para os ferroviários.
• CAPs – organizadas por empresa.
• Não foi o primeiro ato normativo a tratar de
Previdência Social no Brasil.
Origem e evolução legislativa da Previdência 
Social no Brasil 
• Decreto Legislativo nº 5.109/26 estendeu os benefícios da Lei Eloy 
Chaves aos empregados portuários e marítimos.
• Decreto nº 5.485/28: os trabalhadores das empresas de serviços
telegráficos e radiotelegráficos foram abrangidos pelo regime da
Lei Eloy Chaves.
• Decreto nº 19.497/30: foram instituídas as CAPs para os
empregados nos serviços de força, luz e bondes.
Técnico do Seguro Social - 2016 
52. A Lei Eloy Chaves, que criou em cada uma
das empresas de estradas de ferro existentes no
país uma caixa de aposentadoria e pensões para
os respectivos empregados, foi o primeiro ato
normativo a tratar de seguridade social no Brasil.
( ) Certo ( ) Errado
Evolução legislativa da Previdência no Brasil
2. IAPs (a partir de 1933)
• Unificação das CAPs em IAPs.
• Autarquias de nível nacional, centralizadas no 
governo federal, organizadas em torno de categorias 
profissionais.
• 1933 - IAPM
• 1934 - IAPC
• 1934 – IAPB
• 1936 - IAPI
• 1938 – IAPETEC
Evolução legislativa da Previdência no Brasil
3. FUNRURAL
• Lei nº 4.214/63, art. 158 - Criou o Fundo Assistência e 
Previdência do Trabalhador Rural (FUNRURAL)
• Lei Complementar nº 11, de 1971:(a) instituiu o Programa 
de Assistência ao Trabalhador Rural (PRORURAL); (b) O 
FUNRURAL passou a ser uma autarquia, tendo a 
responsabilidade de administrar o PRORURAL; (c) O trabalhador 
rural tinha direito à aposentadoria por velhice, aposentadoria por 
invalidez, pensão e auxílio-funeral, serviço de saúde, serviço de 
social; (d) A aposentadoria por velhice e a aposentadoria por 
invalidez correspondiam a 50% do salário mínimo..
Evolução legislativa da Previdência no Brasil
4. INPS (01/01/1967) unificou os IAPs .
O INPS foi criado pelo Decreto-lei nº 72, de 21/11/1966.
(Entrou em vigor no dia 01/01/1967).
5. SINPAS (Lei 6.439/77) - agregava as seguintes entidades: 
INPS, IAPAS, INAMPS, LBA, FUNABEM, DATAPREV, CEME.
Técnico do Seguro Social - 2016 
53. Na década de 30 do século passado, as
caixas de aposentadoria e pensões foram
reunidas nos institutos de aposentadoria e
pensão, organizados pelo Estado como
autarquias federais. Em 1966, esses institutos
foram transformados no INPS.
( ) Certo ( ) Errado
Evolução legislativa da Previdência no Brasil
6. INSS - Fusão do IAPAS com o INPS.
• A Lei 8.029, de 12/04/1990, autorizou o Poder Executivo a 
instituir o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), como 
autarquia federal, mediante fusão do IAPAS com o INPS.
• Com base nessa autorização, o Decreto 99.350, de 27/06/1990, 
criou o INSS, mediante fusão do IAPAS com o INPS.
• O Decreto 99.350/90 entrou em vigor no dia 02/07/1990 (art. 19).
• Na época que foi criado, o INSS era vinculado ao Ministério do 
Trabalho e da Previdência Social (MTPS). Mas atualmente o INSS 
é vinculado ao Ministério da Economia.
Vinculação Ministerial da Previdência Social 
• 01/02/1961 - o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio 
passou a se chamar Ministério do Trabalho e Previdência Social 
(Lei nº 3.782/60);
• 1974 - Ministério da Previdência e Assistência Social (Lei 
6.036/74);
• 1990 - Ministério do Trabalho e Previdência Social (Lei 
8.028/90);
• 1992 - Ministério da Previdência Social (Lei 8.490/92);
• 1995 - Ministério da Previdência e Assistência Social (MP 
813/95);
Vinculação Ministerial da Previdência Social
• 2003 - Ministério da Previdência Social e Ministério 
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Lei nº 
10.683/03).
• 2016 - MTPS: a Lei 13.266/2016 fez a fusão do MPS 
com o MTE.
• 2017 - Lei 13.502/2017 - Previdência Social dividida 
entre o Ministério do Desenvolvimento Social e o 
Ministério da Fazenda.
• 2019 - MP 870/2019 - Previdência passou a ser área 
de competência do Ministério da Economia.
Evolução legislativa da Previdência no Brasil
Arrecadação e fiscalização das contribuições 
previdenciárias
• IAPAS (Lei 6.439/77)
• INSS (Lei 8.029/90 e Decreto 99.350/90)
• A Lei nº 11.098/2005, criou a Secretaria da Receita 
Previdenciária, vinculada ao MPS.
• A Lei nº 11.457/2007 - Secretaria da Receita Federal
do Brasil (RFB).
SEGURIDADE SOCIAL
(CF/88 - Art. 194 )
SAÚDE ASSISTÊNCIA SOCIAL
PREVIDÊNCIA 
SOCIAL
•Direito de todos e 
dever do Estado
•Independe de 
contribuição
•Direito de todos 
que necessitarem
•Independe de 
contribuição
•Direito do 
trabalhador e seus 
dependentes
•Caráter 
contributivo e 
compulsório
1. (AFPS/2002 – ESAF) À luz da Seguridade Social definida na 
Constituição Federal, julgue os itens abaixo:
I. Previdência Social, Saúde e Assistência Social são partes da 
Seguridade Social.
II. A saúde exige contribuição prévia.
III. A Previdência Social exige contribuição prévia.
IV. A assistência social possui abrangência universal, sendo 
qualquer pessoa por ela amparada.
a) Todos estão corretos.
b) Somente I está incorreto.
c) II e IV estão incorretos.
d) I e II estão incorretos.
e) III e IV estão incorretos.
2. (AFPS/2002 – ESAF) Pedro, menor carente, de 12 
anos, e Paulo, empresário bem-sucedido, de 21 anos, 
desejam participar de programas assistenciais e de saúde 
pública.
De acordo com a situação-problema apresentada acima, 
é correto afirmar que:
a) Pedro e Paulo podem participar da Assistência Social.
b) Só Pedro pode participar da Saúde.
c) Pedro só pode participar da Assistência Social.
d) Paulo pode participar da Assistência Social.
e) Pedro e Paulo podem participar da Saúde.
Regimes de Previdência
Regimes de 
Previdência
Regimes Básicos 
(filiação 
obrigatória)
=> Regime Geral de Previdência Social
=>
=> Regimes Próprios de Previdência Social
=>
Regime de 
Previdência 
Complementar 
(facultativo)
=> Aberta
=> Fechada
Administração 
Pública
=> Direta
=> Indireta
=> Autarquias
=> Fundações Públicas
=> Sociedades de Economia Mista
=> Empresas Públicas
Agentes 
Públicos
=> Ocupante de cargo efetivo
=> Ocupante de cargo vitalício
=> Militares
=> Ocupante de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração
=> Contratado por tempo determinado
=> Ocupante de emprego público
=> Exercente de mandato eletivo
Servidores 
ocupantes de cargos 
efetivos
=> Da União
=> Dos Estados e do DF
=> Dos Municípios
Constituição Federal
Art. 40 ………….
§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de 
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato 
eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência 
Social.
Trabalhadores com direito a RPPS.
• Servidores titulares de cargos efetivos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios(CF, art. 40)
• Magistrados (CF, art. 93, VI)
• Membros do Ministério Público (CF, 129, §4º)
• Ministros e conselheiros de Tribunais de Contas (CF, arts. 
73, §3º e 75)
• Militares (CF, arts. 42, §1º e 142, §3º, X) 
Transferência dos militares das Forças Armadas para a 
inatividade e de percepção de pensões para seus 
dependentes:
● Estatuto dos Militares (Lei 6.880, de 1980)
● Lei de Remuneração dos Militares (Medida Provisória 
2.215-10, de 2001)
● Lei das Pensões Militares (Lei 3.765, de 1960).
● Lei 13.954, de 2019
Princípios Constitucionais da Seguridade Social
CF - Art. 194 .................
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, 
organizar a seguridade social, com base nos seguintes 
objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às 
populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos
benefícios e serviços;
Princípios Constitucionais da Seguridade Social
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - equidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em 
rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas e as 
despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e 
assistência social, preservado o caráter contributivo da 
previdência social;
Princípios Constitucionais da Seguridade Social
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, 
mediante gestão quadripartite, com participação dos 
trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do 
Governo nos órgãos colegiados. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 195 ...............
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade 
social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a 
correspondente fonte de custeio total.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 201 ..............
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição 
ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal 
inferior ao salário mínimo.
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para 
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme 
critérios definidos em lei.
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, 
na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de 
regime próprio de previdência.
Irredutibilidade do valor dos benefícios
Lei 8.212, art. 1º, parágrafo único. A Seguridade Social 
obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
d) irredutibilidade do valor dos benefícios;
Lei 8.213, art. 2º A Previdência Social rege-se pelos seguintes 
princípios e objetivos:
V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-
lhes o poder aquisitivo;
RPS, art. 1º, Parágrafo único. A seguridade social 
obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes:
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios, de forma 
a preservar-lhe o poder aquisitivo;
STF, RE 263252/PR, Rel. Min. Moreira Alves, 1ª T., DJ 23/06/2000.
“EMENTA: - Previdência social. Irredutibilidade do benefício.
Preservação permanente de seu valor real. - No caso não houve
redução do benefício, porquanto já se firmou a jurisprudência desta
Corte no sentido de que o princípio da irredutibilidade é garantia
contra a redução do “quantum” que se recebe, e não daquilo que
se pretende receber para que não haja perda do poder aquisitivo
em decorrência da inflação.
- De outra parte, a preservação permanente do
valor real do benefício - e, portanto, a garantia
contra a perda do poder aquisitivo - se faz,
como preceitua o artigo 201, § 2º, da Carta
Magna, conforme critérios definidos em lei,
cabendo, portanto, a esta estabelecê-los”.
Juiz Federal/TRF-1ª/Cespe/2013
01. Com relação à seguridade social e seus princípios,
assinale a opção correta.
[...]
e) Segundo a jurisprudência majoritária do STF, o
princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios
refere-se apenas ao valor nominal desses benefícios,
não resultando na garantia da concessão de reajustes
periódicos, característica relativa à preservação do valor
real.
Gabarito: E
Defensor Público/Rondônia/Cespe/2012
2. Com relação aos princípios e objetivos que norteiam a
seguridade social no Brasil, assinale a opção correta.
[...]
c) A irredutibilidade do valor dos benefícios tem como
escopo garantir que a renda dos benefícios
previdenciários preserve seu valor real segundo critérios
estabelecidos por lei, sem qualquer vinculação ao salário
mínimo, dada a vedação de sua vinculação para
qualquer fim.
Gabarito: C
Juiz do Trabalho/TRT-1ª/FCC/2011
03. Está(ão) entre os princípios da seguridade social:
[...]
b) a irredutibilidade do valor dos benefícios, restrita ao
aspecto nominal.
[...]
e) a universalidade da proteção, quanto aos eventos
sociais cobertos e ao atendimento da população.
Gabarito: E
Conselho Nacional de Previdência
CNP
6 representantes do Governo Federal
9 representantes da 
sociedade civil, sendo:
3 representantes dos 
aposentados e pensionistas
3 representantes dos 
trabalhadores em atividade
3 representantes dos 
empregadores
ISOLADAS
Prof. Hugo Goes
DIREITO PREVIDENCIÁRIO | MÓDULO 01
www.acasadoconcurseiro.com.br
Aula XX
3
Módulo 1
SEGURIDADE SOCIAL
1. ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL
1.1 Lei Eloy Chaves e as Caixas de Aposentadorias e Pensões
A doutrina majoritária considera como marco inicial da Previdência Social brasileira a Lei Eloy 
Chaves (Decreto Legislativo 4.682, de 24/01/1923). Esta Lei instituiu as Caixas de Aposentadoria 
e Pensões (CAPs) para os ferroviários.
Atualmente, comemora-se o aniversário da Previdência Social Brasileira no dia 24 de janeiro, 
em alusão à Lei Eloy Chaves (que é de 24 de janeiro de 1923).
Antes da Lei Eloy Chaves, já havia o Decreto Legislativo 3.724, de 1919, sobre o seguro 
obrigatório de acidente do trabalho. Já havia também algumas leis concedendo aposentadorias 
para algumas categorias de trabalhadores (professores, empregados dos Correios, servidores 
públicos etc.). Assim, embora a doutrina considere a Lei Eloy Chaves como marco inicial da 
previdência brasileira, não é correto afirmar que ela seja o primeiro diploma legal sobre 
Previdência Social. A Lei Eloy Chaves ficou conhecida como marco inicial da Previdência Social 
Brasileira devido ao desenvolvimento e à estrutura que a previdência passou a ter depois do 
seu advento.
É comum, em provas de concursos, aparecerem algumas questões acerca da Lei Eloy Chaves. Na 
resolução dessas questões, o candidato deve ter cuidado: se a questão afirmar que antes dessa 
lei não existia nenhuma legislação em matéria previdenciária no Brasil, deve-se considerar a 
questão como ERRADA.
Em 1926, o Decreto Legislativo 5.109 estendeu os benefícios da Lei Eloy Chaves aos empregados 
portuários e marítimos. Em 1928, por força do Decreto 5.485, os trabalhadores das empresas 
de serviços telegráficos e radiotelegráficos foram abrangidos pelo regime da Lei Eloy Chaves. 
Em 1930, por meio do Decreto 19.497, foram instituídas as CAPs para os empregados nos 
serviços de força, luz e bondes.
AS CAPs eram dirigidas por um Conselho de Administração, composto por representantes 
das empresas e dos empregados. O Estado, mediante lei, apenas estabelecia as regras de 
funcionamento. A administração estatal da previdência social somente passou a ocorrer a 
partir do surgimento dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs).
 
www.acasadoconcurseiro.com.br4
1.2 Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs)
Até 1930, como visto, a tendência era os regimes previdenciários se organizarem por empresa, 
por meio das CAPs. Na década seguinte, no entanto, houve a unificação das CAPs em Institutos 
de Aposentadorias e Pensões (IAPs).
Os IAPs eram autarquias de nível nacional, centralizadas no governo federal, organizadas em 
torno de categorias profissionais.
Enquanto as CAPs eram organizadas por empresas, os IAPs eram organizados por categorias 
profissionais.
Em 1954, o Decreto 35.448 aprovou o Regulamento Geral dos Institutos de Aposentadorias e 
Pensões, uniformizandotodos os princípios gerais aplicáveis a todos os IAPs.
1.3 FUNRURAL
Em 1963, tem início a proteção social na área rural: a Lei 4.214/63, art. 158, criou o Fundo de 
Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL).
Em 1971, a Lei Complementar 11 instituiu o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural 
(PRORURAL). Por meio desse programa, o trabalhador rural tinha direito à aposentadoria por 
velhice, aposentadoria por invalidez, pensão e auxílio-funeral. A aposentadoria por velhice era 
devida ao trabalhador rural que tivesse completado 65 anos de idade. A aposentadoria por 
velhice e a aposentadoria por invalidez correspondiam a 50% do salário mínimo. A mencionada 
Lei Complementar também assegurava serviço de saúde e serviço social aos trabalhadores 
rurais. O FUNRURAL passou a ser uma autarquia federal, tendo a responsabilidade de 
administrar o PRORURAL.
1.4 Instituto Nacional de Previdência Social (INPS)
Em 1º de janeiro de 1967, com o surgimento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), 
foram unificados os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs).
O INPS foi criado pelo Decreto-Lei 72/66. Este decreto-lei é de 21/11/1966, mas só entrou 
em vigor no primeiro dia do segundo mês seguinte ao de sua publicação, ou seja, no dia 
01/01/1967.
1.5 Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS)
Em 1977, por meio da Lei 6.439, foi instituído o Sistema Nacional de Previdência e Assistência 
Social (SINPAS), que agregava as seguintes entidades:
 • INPS – Instituto Nacional de Previdência Social, que tratava da concessão e manutenção 
dos benefícios;
 • IAPAS – Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social, que 
cuidava da arrecadação, da fiscalização e da cobrança das contribuições previdenciárias;
Isoladas – Direito Previdenciário – Prof. Hugo Goes
www.acasadoconcurseiro.com.br 5
 • INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, que prestava 
assistência médica;
 • LBA – Fundação Legião Brasileira de Assistência, que prestava assistência social à popula-
ção carente;
 • FUNABEM – Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor, que executava a política voltada 
para o bem-estar do menor;
 • DATAPREV – Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social, que cuida do 
processamento de dados da previdência Social;
 • CEME – Central de Medicamentos, que distribuía medicamentos, gratuitamente ou a 
baixo custo.
1.6 Instituto Nacional do Seguro Social – INSS
A Lei 8.029, de 12 de abril de 1990, autorizou o Poder Executivo a instituir o Instituto Nacional 
do Seguro Social (INSS), como autarquia federal, mediante fusão do IAPAS com o INPS.
Com base na autorização que foi dada pela Lei 8.029/90, o Decreto 99.350, de 27 de junho de 
1990, criou o INSS, mediante fusão do IAPAS com o INPS. O Decreto 99.350/90 entrou em vigor 
no dia no dia 2 de julho de 1990.
Na época que foi criado, o INSS era uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Trabalho 
e da Previdência Social (MTPS). Mas atualmente o INSS é uma autarquia federal vinculada ao 
Ministério da Economia.
2. CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO
A Seguridade Social, nos termos do art. 194 da Constituição Federal, “compreende um conjunto 
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”.
 
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2.1 Previdência Social
A Previdência brasileira é formada por dois regimes básicos, de filiação obrigatória, que são 
o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e os Regimes Próprios de Previdência Social dos 
servidores públicos e militares. Há também o Regime de Previdência Complementar, ao qual o 
participante adere facultativamente.
2.1.1 Regime Geral de Previdência Social
Nos termos do art. 201 da Constituição Federal, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) 
tem caráter contributivo e é de filiação obrigatória.
Esse é o regime de previdência mais amplo, responsável pela proteção da grande maioria dos 
trabalhadores brasileiros. As regras relativas ao RGPS serão detalhadas nos capítulos seguintes.
2.1.2 Regimes Próprios de Previdência Social dos servidores públicos e militares
Os beneficiários de Regime Próprio de Previdência Social – RPPS são:
 • Servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios (CF, art. 40)
 • Magistrados (CF, art. 93, VI)
 • Membros do Ministério Público (CF, 129, § 4º)
 • Ministros e conselheiros de Tribunais de Contas (CF, arts. 73, § 3º e 75)
 • Militares (CF, arts. 42, § 1º e 142, § 3º, X)
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2.1.3 Previdência Complementar
O Regime de Previdência Complementar é facultativo. A pessoa tem a possibilidade de entrar 
no sistema, de nele permanecer e dele retirar-se, dependendo de sua vontade.
2.2 Saúde
Nos termos do art. 196 da Constituição Federal, “a saúde é direito de todos e dever do Estado, 
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e 
de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação”. Os serviços públicos de saúde serão prestados gratuitamente: para 
usufruir de tais serviços, não é necessário que o paciente contribua para a Seguridade Social.
2.3 Assistência Social
Nos termos do art. 203 da Constituição Federal, a assistência social será prestada a quem dela 
necessitar, independentemente de contribuição à Seguridade Social. Assim, esse ramo da 
Seguridade Social irá tratar de atender os hipossuficientes, destinando pequenos benefícios a 
pessoas que nunca contribuíram para o sistema.
3. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Constituição Federal
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social.
 
www.acasadoconcurseiro.com.br8
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, 
com base nos seguintes objetivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV – irredutibilidade 
do valor dos benefícios;
V – eqüidade na forma de participação no custeio; VI – diversidade da base de financiamento;
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, 
com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos 
órgãos colegiados.
3.1 Universalidade da cobertura e do atendimento 
(CF, art. 194, parágrafo único, I)
Por universalidade da cobertura entende-se que a proteção social deve alcançar todos os 
riscos sociais que possam gerar o estado de necessidade. Riscos sociais são os infortúnios da 
vida (doenças, acidentes, velhice, invalidez etc.), aos quais qualquer pessoa está sujeita. A 
universalidade do atendimento tem por objetivo tornar a Seguridade Social acessível a todas as 
pessoas residentes no país, inclusive estrangeiras.
3.2 Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços entre as 
populações urbanas e rurais (CF, art. 194, parágrafo único, II)
A uniformidade diz respeito às contingências que irão ser cobertas. A equivalência refere-se ao 
aspecto pecuniário dos benefícios ou à qualidade dos serviços, que não serão necessariamente 
iguais, mas equivalentes.
3.3 Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços 
(CF, art. 194, parágrafo único, III)
A seletividade atua na delimitação do rol de prestações, ou seja, na escolha dos benefícios 
e serviços a serem mantidos pela Seguridade Social, enquanto a distributividade direciona a 
atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de 
proteção.
3.4 Irredutibilidadedo valor dos benefícios 
(CF, art. 194, parágrafo único, IV)
O princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios assegura que o benefício legalmente 
concedido não tenha seu valor reduzido.
Isoladas – Direito Previdenciário – Prof. Hugo Goes
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Quando a questão faz referência à jurisprudência do STF, o candidato deve considerar que o 
princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios assegura apenas que o benefício legalmente 
concedido não tenha seu valor nominal reduzido.
Todavia, se a questão de concurso não fizer nenhuma referência à jurisprudência, afirmando 
simplesmente que o princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios visa à preservação 
do seu poder aquisitivo, o candidato deve considerar a questão como verdadeira, pois, apesar 
de não ser a orientação do STF, este é o entendimento dado pela redação do art. 1º, parágrafo 
único, IV, do Regulamento da Previdência Social. Se a questão tratar, especificamente, de 
benefícios previdenciários, sem fazer nenhuma referência à jurisprudência, o candidato 
também deve considerar que o princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios visa à 
preservação do poder aquisitivo do benefício, ou seja, a preservação do seu valor real, pois isso 
é o que estabelece a Lei 8.213/91, em seu art. 2º, V.
3.5 Equidade na forma de participação no custeio 
(CF, art. 194, parágrafo único, V)
Significa dizer que quem tem maior capacidade econômica irá contribuir com mais; quem tem 
menor capacidade contribuirá com menos.
3.6 Diversidade da base de financiamento 
(CF, art. 194, parágrafo único, VI)
A Seguridade Social tem diversas fontes de custeio, assim, há maior segurança para o sistema, 
em caso de dificuldade na arrecadação de determinadas contribuições, haverá outras para lhes 
suprir a falta.
3.7 Caráter democrático e descentralizado da administração – 
gestão quadripartite (CF, art. 194, parágrafo único, VII)
De acordo com este princípio, a gestão dos recursos, programas, planos, serviços e ações, nas 
três áreas da Seguridade Social, em todas as esferas de poder, deve ser realizada mediante 
discussão com a sociedade.
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Direito
Previdenciário
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Nova 
Previdência
PEC 6/2019
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Direito
Previdenciário
LEGISLAÇÃO APLICADA AO CURSO
• Constituição Federal: Arts. 194 a 204
• Lei 8.212/91 (custeio)
• Lei 8.213/91 (benefícios)
• Decreto 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social)
• Lei 8.742/1993 (LOAS)
• Decreto 6.214/2007 (BPC/LOAS)
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Livros de Hugo Goes
TÍTULO
Manual de Direito Previdenciário (15ª edição)
Direito Previdenciário FCC (2ª edição)
Direito Previdenciário CESPE/UnB (4ª edição)
Direito Previdenciário ESAF (4ª edição)
Resumo de Direito Previdenciário (8ª edição)
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Origem e evolução legislativa da Previdência 
Social no Brasil 
1. Marco inicial da Previdência Social no Brasil:
Lei Eloy Chaves
• É o Decreto Legislativo nº 4.682, de 24-1-1923.
• Criou as CAPs para os ferroviários.
• CAPs – organizadas por empresa.
• Não foi o primeiro ato normativo a tratar de 
Previdência Social no Brasil.
Origem e evolução legislativa da Previdência 
Social no Brasil 
• Decreto Legislativo nº 5.109/26 estendeu os benefícios da Lei Eloy 
Chaves aos empregados portuários e marítimos.
• Decreto nº 5.485/28: os trabalhadores das empresas de serviços 
telegráficos e radiotelegráficos foram abrangidos pelo regime da 
Lei Eloy Chaves.
• Decreto nº 19.497/30: foram instituídas as CAPs para os 
empregados nos serviços de força, luz e bondes.
Técnico do Seguro Social - 2016 
52. A Lei Eloy Chaves, que criou em cada uma 
das empresas de estradas de ferro existentes no 
país uma caixa de aposentadoria e pensões para 
os respectivos empregados, foi o primeiro ato 
normativo a tratar de seguridade social no Brasil.
( ) Certo ( ) Errado
Evolução legislativa da Previdência no Brasil
2. IAPs (a partir de 1933)
• Unificação das CAPs em IAPs.
• Autarquias de nível nacional, centralizadas no 
governo federal, organizadas em torno de categorias 
profissionais.
• 1933 - IAPM
• 1934 - IAPC
• 1934 – IAPB
• 1936 - IAPI
• 1938 – IAPETEC
Evolução legislativa da Previdência no Brasil
3. FUNRURAL
• Lei nº 4.214/63, art. 158 - Criou o Fundo Assistência e 
Previdência do Trabalhador Rural (FUNRURAL)
• Lei Complementar nº 11, de 1971:(a) instituiu o Programa de 
Assistência ao Trabalhador Rural (PRORURAL); (b) O FUNRURAL 
passou a ser uma autarquia, tendo a responsabilidade de 
administrar o PRORURAL; (c) O trabalhador rural tinha direito à 
aposentadoria por velhice, aposentadoria por invalidez, pensão e 
auxílio-funeral, serviço de saúde, serviço de social; (d) A 
aposentadoria por velhice e a aposentadoria por invalidez 
correspondiam a 50% do salário mínimo..
Evolução legislativa da Previdência no Brasil
4. INPS (01/01/1967) unificou os IAPs .
O INPS foi criado pelo Decreto-lei nº 72, de 21/11/1966.
(Entrou em vigor no dia 01/01/1967).
5. SINPAS (Lei 6.439/77) - agregava as seguintes entidades: 
INPS, IAPAS, INAMPS, LBA, FUNABEM, DATAPREV, CEME.
Técnico do Seguro Social - 2016 
53. Na década de 30 do século passado, as 
caixas de aposentadoria e pensões foram 
reunidas nos institutos de aposentadoria e 
pensão, organizados pelo Estado como 
autarquias federais. Em 1966, esses institutos 
foram transformados no INPS.
( ) Certo ( ) Errado
Evolução legislativa da Previdência no Brasil
6. INSS - Fusão do IAPAS com o INPS.
• A Lei 8.029, de 12/04/1990, autorizou o Poder Executivo a 
instituir o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), como 
autarquia federal, mediante fusão do IAPAS com o INPS.
• Com base nessa autorização, o Decreto 99.350, de 27/06/1990, 
criou o INSS, mediante fusão do IAPAS com o INPS.
• O Decreto 99.350/90 entrou em vigor no dia 02/07/1990 (art. 19).
• Na época que foi criado, o INSS era vinculado ao Ministério do 
Trabalho e da Previdência Social (MTPS). Mas atualmente o INSS 
é vinculado ao Ministério da Economia.
Vinculação Ministerial da Previdência Social 
• 01/02/1961 - o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio 
passou a se chamar Ministério do Trabalho e Previdência Social 
(Lei nº 3.782/60);
• 1974 - Ministério da Previdência e Assistência Social (Lei 
6.036/74);
• 1990 - Ministério do Trabalho e Previdência Social (Lei 
8.028/90);
• 1992 - Ministério da Previdência Social (Lei 8.490/92);
• 1995 - Ministério da Previdência e Assistência Social (MP 
813/95);
Vinculação Ministerial da Previdência Social
• 2003 - Ministério da Previdência Social e Ministério 
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Lei nº 
10.683/03).
• 2016 - MTPS: a Lei 13.266/2016 fez a fusão do MPS 
com o MTE.
• 2017 - Lei 13.502/2017 - Previdência Social dividida 
entre o Ministério do Desenvolvimento Social e o 
Ministério da Fazenda.
• 2019 - MP 870/2019 - Previdência passou a ser área 
de competência do Ministério da Economia.
Evolução legislativa da Previdência no Brasil
Arrecadação e fiscalização das contribuições 
previdenciárias
• IAPAS (Lei 6.439/77)
• INSS (Lei 8.029/90 e Decreto 99.350/90)
• A Lei nº 11.098/2005, criou a Secretaria da Receita 
Previdenciária, vinculada ao MPS.
• A Lei nº 11.457/2007 - Secretaria da Receita Federal 
do Brasil (RFB).
SEGURIDADE SOCIAL
(CF/88 - Art. 194 )
 SAÚDE ASSISTÊNCIA SOCIAL
PREVIDÊNCIA 
SOCIAL
•Direito de todos e 
dever do Estado
•Independe de 
contribuição
•Direito de todos 
que necessitarem
•Independe de 
contribuição
•Direito do 
trabalhador e seus 
dependentes
•Caráter 
contributivo e 
compulsório
1. (AFPS/2002 – ESAF) À luz da Seguridade Social definida na 
Constituição Federal, julgue os itens abaixo:
I. Previdência Social, Saúde e Assistência Social são partes da 
Seguridade Social.
II. A saúde exige contribuição prévia.
III. A Previdência Social exige contribuição prévia.
IV. A assistência social possui abrangência universal, sendo 
qualquer pessoa por ela amparada.
a) Todos estão corretos.
b)Somente I está incorreto.
c) II e IV estão incorretos.
d) I e II estão incorretos.
e) III e IV estão incorretos.
2. (AFPS/2002 – ESAF) Pedro, menor carente, de 12 
anos, e Paulo, empresário bem-sucedido, de 21 anos, 
desejam participar de programas assistenciais e de saúde 
pública.
De acordo com a situação-problema apresentada acima, é 
correto afirmar que:
a) Pedro e Paulo podem participar da Assistência Social.
b) Só Pedro pode participar da Saúde.
c) Pedro só pode participar da Assistência Social.
d) Paulo pode participar da Assistência Social.
e) Pedro e Paulo podem participar da Saúde.
Regimes de Previdência
Regimes de 
Previdência
Regimes Básicos 
(filiação 
obrigatória)
=> Regime Geral de Previdência Social
=>
=> Regimes Próprios de Previdência Social
=>
Regime de 
Previdência 
Complementar 
(facultativo)
Administração 
Pública
=> Direta
=> Indireta
=> Autarquias
=> Fundações Públicas
=> Sociedades de Economia Mista
=> Empresas Públicas
Agentes 
Públicos
=> Ocupante de cargo efetivo
=> Ocupante de cargo vitalício
=> Militares
=> Ocupante de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração
=> Contratado por tempo determinado
=> Ocupante de emprego público
=> Exercente de mandato eletivo
Servidores 
ocupantes de cargos 
efetivos
=> Da União
=> Dos Estados e do DF
=> Dos Municípios
Trabalhadores com direito a RPPS.
• Servidores titulares de cargos efetivos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (CF, art. 40)
• Magistrados (CF, art. 93, VI)
• Membros do Ministério Público (CF, 129, §4º)
• Ministros e conselheiros de Tribunais de Contas (CF, arts. 73, 
§3º e 75)
• Militares (CF, arts. 42, §1º e 142, §3º, X) 
Transferência dos militares das Forças Armadas para a 
inatividade e de percepção de pensões para seus 
dependentes:
● Estatuto dos Militares (Lei 6.880, de 1980)
● Lei de Remuneração dos Militares (Medida Provisória 
2.215-10, de 2001)
● Lei das Pensões Militares (Lei 3.765, de 1960).
Benefícios que 
os regimes 
próprios são 
obrigados a 
oferecer a seus 
segurados:
=> Aposentadoria por invalidez
=> Aposentadoria por tempo de contribuição
=> Aposentadoria por idade
=> Aposentadoria compulsória
=> Pensão por morte
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
Previdência 
Complementar 
(caráter facultativo)
Privada
(CF, art. 202) 
=> Aberta
=>
=> Fechada
=>
Pública
(CF, art. 40, §§ 14, 15 e 
16) 
=> Fechada
Princípios Constitucionais da Seguridade 
Social
CF - Art. 194 ................. 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, 
organizar a seguridade social, com base nos seguintes 
objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às 
populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos
benefícios e serviços;
Princípios Constitucionais da Seguridade 
Social
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - equidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, 
mediante gestão quadripartite, com participação dos 
trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do 
Governo nos órgãos colegiados. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 195 ...............
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade 
social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a 
correspondente fonte de custeio total.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 201 ..............
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição 
ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal 
inferior ao salário mínimo.
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para 
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme 
critérios definidos em lei.
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, 
na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de 
regime próprio de previdência.
Irredutibilidade do valor dos benefícios
Lei 8.212, art. 1º, parágrafo único. A Seguridade Social 
obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
d) irredutibilidade do valor dos benefícios;
Lei 8.213, art. 2º A Previdência Social rege-se pelos seguintes 
princípios e objetivos:
V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a 
preservar-lhes o poder aquisitivo;
RPS, art. 1º, Parágrafo único. A seguridade social obedecerá 
aos seguintes princípios e diretrizes:
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios, de forma a 
preservar-lhe o poder aquisitivo;
STF, RE 263252/PR, Rel. Min. Moreira Alves, 1ª T., DJ 
23/06/2000.
“EMENTA: - Previdência social. Irredutibilidade do benefício. 
Preservação permanente de seu valor real. - No caso não houve 
redução do benefício, porquanto já se firmou a jurisprudência desta 
Corte no sentido de que o princípio da irredutibilidade é garantia 
contra a redução do “quantum” que se recebe, e não daquilo que 
se pretende receber para que não haja perda do poder aquisitivo 
em decorrência da inflação. - De outra parte, a preservação 
permanente do valor real do benefício - e, portanto, a garantia contra a 
perda do poder aquisitivo - se faz, como preceitua o artigo 201, § 2º, 
da Carta Magna, conforme critérios definidos em lei, cabendo, 
portanto, a esta estabelecê-los”. 
Juiz Federal/TRF-1ª/Cespe/2013
01. Com relação à seguridade social e seus princípios, 
assinale a opção correta.
[...]
e) Segundo a jurisprudência majoritária do STF, o 
princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios 
refere-se apenas ao valor nominal desses benefícios, não 
resultando na garantia da concessão de reajustes 
periódicos, característica relativa à preservação do valor 
real.
Gabarito: E
Defensor Público/Rondônia/Cespe/2012
2. Com relação aos princípios e objetivos que norteiam a 
seguridade social no Brasil, assinale a opção correta.
[...]
c) A irredutibilidade do valor dos benefícios tem como 
escopo garantir que a renda dos benefícios 
previdenciários preserve seu valor real segundo critérios 
estabelecidos por lei, sem qualquer vinculação ao salário 
mínimo, dada a vedação de sua vinculação para 
qualquer fim.
Gabarito: C
Juiz do Trabalho/TRT-1ª/FCC/2011
03. Está(ão) entre os princípios da seguridade social:
[...]
b) a irredutibilidade do valor dos benefícios, restrita ao 
aspecto nominal.
[...]
e) a universalidade da proteção, quanto aos eventos 
sociais cobertos e ao atendimento da população.
Gabarito: E
Conselho Nacional de Previdência
CNP
6 representantes do Governo Federal 
9 representantes da 
sociedade civil, sendo: 
3 representantes dos 
aposentados e pensionistas 
3 representantes dos 
trabalhadores em atividade
3 representantes dos 
empregadores
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DIREITO 
PREVIDENCIÁRIO
Legislação Previdenciária
• Fontes 
• Hierarquia (ordem de graduação) 
• Autonomia (entre os diversos ramos) 
• Aplicação (conflitos entre normas) 
• Vigência 
• Interpretação (existência de norma) 
• Integração (ausência de norma).
Fontes do Direito Previdenciário
Nos sistemas de direito escrito, como o nosso, a principal fonte do direito é a lei, entendida 
como ato emanado do Poder Legislativo. As outras fontes apenas subsidiam a fonte principal.
Primárias ->
Constituição Federal, emendas constitucionais, 
leis complementares, leis ordinárias, leis 
delegadas, medidas provisórias, decretos 
legislativos, resoluções do Senado e tratados 
internacionais.
Secundárias 
(normas 
complemen
-tares à lei)
->
Decretos, regulamentos, 
portarias, ordens de serviço, 
instruções normativas, 
orientações normativas, 
circulares, resoluções etc.
Fontes Principais
•Constituição Federal: arts. 194 a 204; 
•Emendas constitucionais: 20, 41, 47, 70. 
•Leis complementares: 51, 108, 109, 142, 150, 152. 
•Leis ordinárias: 8.212/91 e 8.213/91. 
•Leis delegadas: elaboradas pelo Presidente da República, que 
deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
•Medidas provisórias: em caso de relevância 
e urgência. Força de lei. Submetidas de 
imediatoao Congresso Nacional. Prazo de 60 
dias, prorrogável uma vez por igual período.
Fontes Principais
•Resoluções do Senado: as mais importantes são 
aquelas que suspendem a execução de lei declarada 
inconstitucional por decisão definitiva do STF. (Ex.: a 
que suspendeu o inciso IV do art. 22 da Lei 8.212)
•Decretos legislativos: os mais 
importantes são aqueles que aprovam 
os tratados internacionais. 
(Ex.: Decreto Legislativo nº 132, de 
23/05/2018, que aprovou o Acordo de 
Previdência Social entre Brasil e EUA, assinado 
em Washington, em 30 de junho de 2015.
Tratados internacionais
•Ajustes bilaterais ou multilaterais celebrados entre Estado 
estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil. (Ex.: 
Acordo de Previdência Social entre Brasil e EUA, assinado em 
Washington, em 30 de junho de 2015) 
•Em matéria previdenciária: trabalhador deixa um 
território e passa a trabalhar em outro.
•Compete privativamente ao 
Presidente da República celebrar 
tratados internacionais, sujeitos a 
referendo do Congresso Nacional 
(CF, art, 84, VIII).
Tratados internacionais
Procedimento para a incorporação do tratado ao 
direito interno: 
(a) aprovação, pelo Congresso Nacional, mediante 
decreto legislativo;
(b) promulgação de tais acordos 
ou tratados, pelo Presidente da 
República, mediante decreto, 
publicando texto do tratado. 
(Ex.: Decreto nº 9.422, de 25/06/2018, 
que promulgou o Acordo de Previdência 
Social entre Brasil e EUA)
Jurisprudência e doutrina 
•Jurisprudência: conjunto de soluções dadas pelo Poder 
Judiciário às questões de direito, quando no mesmo sentido, 
ou seja, uniforme. 
•Doutrina: interpretação dada pelos estudiosos do direito. 
Não se configuram como norma obrigatória.
Súmulas vinculantes - terá efeito 
vinculante em relação aos demais 
órgãos do Poder Judiciário e à 
administração públ ica direta e 
indireta, nas esferas federal, estadual 
e municipal. (CF, art. 103-A)
Questão sobre fontes do Dir. Previd. 
28. (Técnico do Seguro Social – 2012) 
Em relação às fontes do direito previdenciário: 
(A) a instrução normativa é fonte secundária. 
(B) a lei delegada é fonte secundária. 
(C) a medida provisória é fonte secundária. 
(D) o memorando é fonte primária. 
(E) a orientação normativa é fonte primária.
Hierarquia (ordem de graduação)
A norma superior é substrato de validade da norma inferior. 
A norma superior prevalece sobre a inferior: 
1º) Constituição Federal e emendas constitucionais; 
2º) Lei Complementar, lei ordinária, medida provisória, lei 
delegada, decretos legislativos, resoluções do Senado e tratados 
internacionais; 
3º) Decretos (editados pelo Presidente da República); 
4º) Portarias (expedidas pelos Ministros);
5º) Outras normas internas da administração 
(instruções normativas, ordens de serviço etc.). 
LC X LO: diferença material e formal.
Hierarquia (ordem de graduação)
•Os tratados internacionais, via de regra, possuem status de lei 
ordinária. 
•Já os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos 
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, 
serão equivalentes às emendas constitucionais (CF, art. 5º, § 3º).
•De acordo com o art. 85-A da Lei 8.212/91, “os 
t ratados, convenções e outros acordos 
internacionais de que Estado estrangeiro ou 
organismo internacional e o Brasil sejam partes, 
e que versem sobre matéria previdenciária, serão 
interpretados como lei especial”. (critério da 
especialidade).
Autonomia
•Do ponto de vista científico, não se deve falar em autonomia de 
nenhum ramo do Direito, que é uno. 
•Didaticamente, porém, é conveniente dividir-se o Direito em 
ramos, com o objetivo de facilitar o estudo. 
•Em relação à autonomia do Direito Previdenciário, há duas teorias: 
(1) previdência social encontra-se no âmbito do Direito do 
Trabalho; (2) autonomia didática deste ramo do Direito.
Constituição de 1988: 
● Seguridade Social: capítulo II do título VIII 
(ordem social); 
● Direito do Trabalho: capítulo II (direitos 
sociais) do título II (Dos Direitos e Garantias 
Fundamentais) 
Aplicação (conflito entre normas)
● Hierarquia: a norma superior prevalece 
sobre a inferior. 
● Especialidade: a norma específica prevalece 
sobre a genérica. 
● Cronologia, a norma posterior prevalece 
sobre a anterior.
Vigência
Vigência é o período que vai do momento em que a norma 
entra em vigor até o momento em que é revogada, ou em 
que se esgota o prazo prescrito para sua duração. 
Art. 1º da LINDB (DL 4.657/42): uma lei começa a ter 
vigência em todo o país 45 dias depois de publicada, salvo se 
dispuser de outro modo.
Vacatio legis: período compreendido entre 
a data da publicação até sua entrada em 
vigor. 
Durante o vacatio legis, a norma já é válida 
(já pertence ao ordenamento), mas não é 
vigente.
Vigência
● Assim, validade e vigência não se confundem. Uma norma 
pode ser válida sem ser vigente, embora a norma vigente 
seja sempre válida. 
● Em regra, a norma vigente é eficaz (apta a produzir 
efeitos), mas nem sempre isso acontece. Ex.: CF, art. 
195, § 6º.
● Não se trata, aqui, de vacatio legis, pois nesse 
caso o deslocamento ocorre entre vigência e 
eficácia e não entre publicação e vigência. 
Validade -> Vigência -> Eficácia
Interpretação (hermenêutica jurídica)
● Interpretar é descobrir o sentido e o alcance da norma 
jurídica. 
● A hermenêutica jurídica é a ciência da interpretação das 
leis.
Métodos de interpretação: 
1. Gramatical (ou literal) – exame do texto 
normativo sob o ponto de vista linguístico, 
analisando a pontuação, colocação das 
pa lav ras na f rase , a sua o r i gem 
etimológica etc. (Ex.: art. 65 da Lei 
8.213/91, na redação anterior).
Métodos de Interpretação
2. Sistemática – parte do pressuposto de que uma lei não 
existe isoladamente. A lei pertence a um ordenamento 
jurídico (Ex.: idade do segurado facultativo) 
3. Histórica – baseia-se na investigação dos antecedentes 
da norma, do processo legislativo, a fim de descobrir o 
seu exato significado (Ex. CF, art. 201, § 7º).
4. Teleológica (ou finalista) – busca 
descobrir o fim almejado pelo legislador; 
a finalidade que se pretendeu atingir com 
a norma. 
Estudo da finalidade (das causas finais).
Integração (ausência de norma)
1. Analogia – aplica-se lei que regula um caso semelhante. 
(EX.: CF, art. 40, § 4º - Súmula Vinculante nº 33 do STF). 
1. Princípios gerais do direito (Ex: igualdade perante a lei (CF, 
art. 5º, caput); contraditório e ampla defesa (CF, art. 5º, LV); 
Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza; Ninguém está 
obrigado ao impossível). 
2. Equidade – usada para amenizar e humanizar o direito. 
Quando autorizado a decidir por equidade, o juiz aplicará a 
norma que estabeleceria se fosse legislador.
CPC, Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação 
de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico. 
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos 
previstos em lei.
ISOLADAS
Prof. Hugo Goes
DIREITO PREVIDENCIÁRIO | MÓDULO 02
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Aula XX
3
Módulo 2
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
1. Fontes do Direito Previdenciário
Nos sistemas de direito escrito, como o nosso, a principal fonte do direito é a lei, entendida 
como ato emanado do Poder Legislativo. As outras fontes apenas subsidiam a fonte principal.
2. Hierarquia
A hierarquia das normas é a ordem de graduação entre estas, segundo uma escala decrescente, 
na qual a norma superior é substrato de validade da norma inferior. A norma superior prevalece 
sobre a inferior. A legislação previdenciária, portanto, é submetida à seguinte hierarquia:
1º) Constituição Federal e Emendas Constitucionais;
2º) Lei complementar, lei ordinária, medida provisória, lei delegada, decretos legislativos, 
resoluções do Senado e tratados internacionais;
3º) Decretos (editados pelo presidente da República);
4º) Portarias (expedidas pelo ministro da Previdência ou da Fazenda);
5º)Outras normas internas da administração (instruções normativas, ordens de serviço etc.).
 
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Os tratados internacionais, via de regra, possuem status de lei ordinária.
Já os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em 
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos 
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais (CF, art. 5º, § 3º).
De acordo com o art. 85-A da Lei nº 8.212/91, “os tratados, convenções e outros acordos 
internacionais de que Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil sejam partes, 
e que versem sobre matéria previdenciária, serão interpretados como lei especial”. (critério da 
especialidade).
3. Autonomia
Do ponto de vista científico, não se deve falar em autonomia de nenhum ramo do Direito, que 
é uno.
Didaticamente, porém, é conveniente dividir-se o Direito em ramos, com o objetivo de facilitar 
o estudo.
Em relação à autonomia do Direito Previdenciário, há duas teorias: (1) previdência social 
encontra-se no âmbito do Direito do Trabalho; (2) autonomia didática deste ramo do Direito.
Todavia, o entendimento dominante é que há autonomia do Direito Previdenciário, mostrando 
que esse ramo do Direito não se confunde com o Direito do Trabalho.
4. Aplicação
Havendo duas ou mais normas sobre a mesma matéria, começa a surgir o problema de qual 
deve ser aplicada.
Estes conflitos são resolvidos através dos critérios da hierarquia, da especialidade e da 
cronologia.
 • Hierarquia: a norma superior prevalece sobre a inferior.
 • Especialidade: a norma específica prevalece sobre a genérica.
 • Cronologia: a norma posterior prevalece sobre a anterior.
5. Vigência
Vigência é o período que vai do momento em que a norma entra em vigor até o momento em 
que é revogada, ou em que se esgota o prazo prescrito para sua duração.
Se a lei expressamente determinar, sua vigência pode iniciar na data de sua publicação, o que é 
muito comum ocorrer.
Isoladas – Direito Previdenciário – Prof. Hugo Goes
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Todavia, o início de sua vigência pode ser postergado. De acordo com o art. 1º do Decreto-
Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro), uma lei começa a ter 
vigência em todo o país 45 dias depois de publicada, salvo se dispuser de outro modo (o que, 
geralmente, acontece).
Se, publicada a lei, sua vigência só tiver início em data futura, dá-se o vacatio legis (período 
compreendido entre a data da publicação até sua entrada em vigor). Durante o vacatio legis, 
a norma já é válida (já pertence ao ordenamento), mas não é vigente. Assim, nesse período, 
ela convive com normas que lhe são contrárias, que continuam válidas e vigentes até que ela 
própria comece a viger, quando, então, as outras estarão revogadas.
6. Interpretação
Interpretar é descobrir o sentido e o alcance da norma jurídica. Os estudiosos enumeram, 
comumente, os seguintes métodos de interpretação:
 • Gramatical (ou literal) – exame do texto normativo sob o ponto de vista linguístico, 
analisando a pontuação, colocação das palavras na frase, a sua origem etimológica etc. 
(Ex.: art. 65 da Lei 8.213/91).
 • Sistemática – parte do pressuposto de que uma lei não existe isoladamente. A lei pertence 
a um ordenamento jurídico (Ex.: idade do segurado facultativo)
 • Histórica – baseia-se na investigação dos antecedentes da norma, do processo legislativo, a 
fim de descobrir o seu exato significado (Ex. CF, art. 201, § 7º).
 • Teleológica (ou finalista) – busca descobrir o fim almejado pelo legislador; a finalidade que 
se pretendeu atingir com a norma.
7. Integração
Integração é a busca de outra norma, aplicável, por adaptação, ao caso concreto, na ausência 
de norma específica. As ferramentas utilizadas na integração são:
 • Analogia – aplica-se lei que regula um caso semelhante (EX.: CF, art. 40, § 4º).
 • Princípios gerais do direito (Ex: igualdade perante a lei (CF, art. 5º, caput); contraditório 
e ampla defesa (CF, art. 5º, LV); Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza; Ninguém 
está obrigado ao impossível).
 • Equidade – usada para amenizar e humanizar o direito. Quando autorizado a decidir por 
equidade, o juiz aplicará a norma que estabeleceria se fosse legislador.
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Direito
Previdenciário
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Previdência
PEC 6/2019
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Previdenciário
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Legislação Previdenciária
• Fontes
• Hierarquia (ordem de graduação)
• Autonomia (entre os diversos ramos)
• Aplicação (conflitos entre normas)
• Vigência
• Interpretação (existência de norma)
• Integração (ausência de norma).
Fontes do Direito Previdenciário
Nos sistemas de direito escrito, como o nosso, a principal fonte do direito é a lei, entendida 
como ato emanado do Poder Legislativo. As outras fontes apenas subsidiam a fonte principal.
Primárias ->
Constituição Federal, emendas constitucionais, 
leis complementares, leis ordinárias, leis 
delegadas, medidas provisórias, decretos 
legislativos, resoluções do Senado e tratados 
internacionais.
Secundárias 
(normas 
complemen-
tares à lei)
->
Decretos, regulamentos, 
portarias, ordens de serviço, 
instruções normativas, 
orientações normativas, 
circulares, resoluções etc.
Fontes Principais
•Constituição Federal: arts. 194 a 204;
•Emendas constitucionais: 20, 41, 47, 70.
•Leis complementares: 51, 108, 109, 142, 150, 152.
•Leis ordinárias: 8.212/91 e 8.213/91.
•Leis delegadas: elaboradas pelo Presidente da República, que 
deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
•Medidas provisórias: em caso de relevância 
e urgência. Força de lei. Submetidas de 
imediato ao Congresso Nacional. Prazo de 60 
dias, prorrogável uma vez por igual período.
Fontes Principais
•Resoluções do Senado: as mais importantes são 
aquelas que suspendem a execução de lei declarada 
inconstitucional por decisão definitiva do STF. (Ex.: a 
que suspendeu o inciso IV do art. 22 da Lei 8.212)
•Decretos legislativos: os mais 
importantes são aqueles que aprovam 
os tratados internacionais.
(Ex.: Decreto Legislativo nº 132, de 
23/05/2018, que aprovou o Acordo de 
Previdência Social entre Brasil e EUA, assinado 
em Washington, em 30 de junho de 2015.
Tratados internacionais
•Ajustes bilaterais ou multilaterais celebrados entre 
Estado estrangeiro ou organismo internacional e o 
Brasil. (Ex.: Acordo de Previdência Social entre Brasil e EUA, 
assinado em Washington, em 30 de junho de 2015)
•Em matéria previdenciária: trabalhador deixa um 
território e passa a trabalhar em outro.
•Compete privativamente ao 
Presidente da República celebrar 
tratados internacionais, sujeitos a 
referendo do Congresso Nacional 
(CF, art, 84, VIII).
Tratados internacionais
Procedimento para a incorporação do tratado 
ao direito interno:
(a) aprovação, pelo Congresso Nacional, mediante 
decreto legislativo;
(b) promulgação de tais acordos 
ou tratados, pelo Presidente da 
República, mediante decreto, 
publicando texto do tratado.
(Ex.: Decreto nº 9.422, de 25/06/2018, 
que promulgou o Acordo de Previdência 
Social entre Brasil e EUA)
Jurisprudência e doutrina 
•Jurisprudência: conjunto de soluções dadas pelo Poder 
Judiciário às questões de direito, quando no mesmo sentido, 
ou seja, uniforme.
•Doutrina: interpretação dada pelos estudiosos do direito.
Não se configuram como norma obrigatória.
Súmulas vinculantes - terá efeito 
vinculante em relação aos demais 
órgãos do Poder Judiciário e à 
administração pública direta e 
indireta, nas esferas federal, estadual 
e municipal. (CF, art. 103-A)
Questão sobre fontes do Dir. Previd. 
28. (Técnico do Seguro Social – 2012)
Em relação às fontes do direito previdenciário:
(A) a instrução normativa é fonte secundária.
(B) a lei delegada é fonte secundária.
(C) a medida provisória é fonte secundária.
(D) o memorando é fonte primária.
(E) a orientação normativa é fonte primária.
Hierarquia (ordem de graduação)A norma superior é substrato de validade da norma inferior.
A norma superior prevalece sobre a inferior:
1º) Constituição Federal e emendas constitucionais;
2º) Lei Complementar, lei ordinária, medida provisória, lei 
delegada, decretos legislativos, resoluções do Senado e tratados 
internacionais;
3º) Decretos (editados pelo Presidente da República);
4º) Portarias (expedidas pelos Ministros);
5º) Outras normas internas da administração 
(instruções normativas, ordens de serviço etc.).
LC X LO: diferença material e formal.
Hierarquia (ordem de graduação)
•Os tratados internacionais, via de regra, possuem status de lei 
ordinária.
•Já os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos 
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, 
serão equivalentes às emendas constitucionais (CF, art. 5º, § 3º).
•De acordo com o art. 85-A da Lei 8.212/91, “os 
tratados, convenções e outros acordos 
internacionais de que Estado estrangeiro ou 
organismo internacional e o Brasil sejam partes, e 
que versem sobre matéria previdenciária, serão 
interpretados como lei especial”. (critério da 
especialidade).
Autonomia
•Do ponto de vista científico, não se deve falar em autonomia de 
nenhum ramo do Direito, que é uno.
•Didaticamente, porém, é conveniente dividir-se o Direito em 
ramos, com o objetivo de facilitar o estudo.
•Em relação à autonomia do Direito Previdenciário, há duas teorias: 
(1) previdência social encontra-se no âmbito do Direito do 
Trabalho; (2) autonomia didática deste ramo do Direito.
Constituição de 1988:
● Seguridade Social: capítulo II do título VIII 
(ordem social);
● Direito do Trabalho: capítulo II (direitos 
sociais) do título II (Dos Direitos e Garantias 
Fundamentais) 
Aplicação (conflito entre normas)
● Hierarquia: a norma superior prevalece 
sobre a inferior.
● Especialidade: a norma específica 
prevalece sobre a genérica.
● Cronologia, a norma posterior prevalece 
sobre a anterior.
Vigência
Vigência é o período que vai do momento em que a norma 
entra em vigor até o momento em que é revogada, ou em 
que se esgota o prazo prescrito para sua duração.
Art. 1º da LINDB (DL 4.657/42): uma lei começa a ter 
vigência em todo o país 45 dias depois de publicada, salvo se 
dispuser de outro modo.
Vacatio legis: período compreendido entre 
a data da publicação até sua entrada em 
vigor.
Durante o vacatio legis, a norma já é válida 
(já pertence ao ordenamento), mas não é 
vigente.
Vigência
● Assim, validade e vigência não se confundem. Uma norma 
pode ser válida sem ser vigente, embora a norma vigente 
seja sempre válida.
● Em regra, a norma vigente é eficaz (apta a produzir 
efeitos), mas nem sempre isso acontece. Ex.: CF, art. 
195, § 6º.
● Não se trata, aqui, de vacatio legis, pois nesse 
caso o deslocamento ocorre entre vigência e 
eficácia e não entre publicação e vigência. 
Validade -> Vigência -> Eficácia
Interpretação (hermenêutica jurídica)
● Interpretar é descobrir o sentido e o alcance da norma 
jurídica. 
● A hermenêutica jurídica é a ciência da interpretação das 
leis.
Métodos de interpretação: 
1. Gramatical (ou literal) – exame do texto 
normativo sob o ponto de vista linguístico, 
analisando a pontuação, colocação das 
palavras na frase, a sua origem 
etimológica etc. (Ex.: art. 65 da Lei 
8.213/91, na redação anterior).
Métodos de Interpretação
2. Sistemática – parte do pressuposto de que uma lei não 
existe isoladamente. A lei pertence a um ordenamento 
jurídico (Ex.: idade do segurado facultativo)
3. Histórica – baseia-se na investigação dos antecedentes 
da norma, do processo legislativo, a fim de descobrir o 
seu exato significado (Ex. CF, art. 201, § 7º).
4. Teleológica (ou finalista) – busca 
descobrir o fim almejado pelo legislador; 
a finalidade que se pretendeu atingir com 
a norma.
Estudo da finalidade (das causas finais).
Integração (ausência de norma)
1. Analogia – aplica-se lei que regula um caso semelhante.
(EX.: CF, art. 40, § 4º - Súmula Vinculante nº 33 do STF).
2. Princípios gerais do direito (Ex: igualdade perante a lei (CF, 
art. 5º, caput); contraditório e ampla defesa (CF, art. 5º, LV); 
Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza; Ninguém está 
obrigado ao impossível).
3. Equidade – usada para amenizar e humanizar o direito. 
Quando autorizado a decidir por equidade, o juiz aplicará a 
norma que estabeleceria se fosse legislador.
CPC, Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação 
de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos 
previstos em lei.
DIREITO 
PREVIDENCIÁRIO
CONTRIBUINTES DO RGPS
Contribuinte
s do RGPS
 Segurados
 Obrigatórios
Empregado
Empregado doméstico
Contribuinte individual
Trabalhador Avulso
Especial
 Facultativo
 Empresa
 Empregador doméstico
BENEFICIÁRIOS DO RGPS
Beneficiário
s do RGPS
Segurados Obrigatórios
Empregado
Empregado doméstico
Contribuinte individual
Trabalhador Avulso
Especial
Facultativo
Dependentes
Classe I
O cônjuge, a companheira, o 
companheiro e o filho não emancipado, 
de qualquer condição, menor de 21 anos 
ou inválido ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência 
grave.
Classe II Os pais 
Classe III
O irmão não emancipado, 
de qualquer condição, 
menor de 21 anos ou inválido 
ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou 
deficiência grave.
Lei 8.213/91, art. 16 ..... 
§ 3º. Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem 
ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a 
segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da CF. 
 
RPS, art. 16 .... 
§ 6o Considera-se união estável aquela configurada na convivência 
pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida 
com intenção de constituição de família, observado o § 1o do art. 1.723 
do Código Civil. 
 
União estável entre pessoas do mesmo sexo: 
STF, RE 477554 AgR/MG, DJe de 25/08/2011; 
Portaria MPS 513/2010, art. 1º.
Equiparados a filho
Emenda Constitucional nº 103, de 2019 
Art. 23…………. 
§ 6° Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da 
pensão por morte, exclusivamente o enteado e o 
menor tutelado, desde que comprovada a dependência 
econômica.
Lei 8.213/91, art. 16 ......... 
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do 
direito às prestações os das classes seguintes. 
[...] 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a 
das demais deve ser comprovada. 
RPS, art. 16 ………. 
§ 3º Equiparam-se a filho, na condição 
de dependente de que trata o inciso I do 
caput, exclusivamente o enteado e o 
menor tutelado, desde que comprovada 
a dependência econômica na forma 
estabelecida no § 3º do art. 22. 
Lei 8.213/91, art. 16 ......... 
§ 5º As provas de união estável e de dependência econômica 
exigem início de prova material contemporânea dos fatos, 
produzido em período não superior a 24 meses anterior à data 
do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida 
a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de 
motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no 
regulamento.
§ 6º Na hipótese da alínea c do inciso V do 
§ 2º do art. 77 desta Lei, a par da exigência 
do § 5º deste artigo, deverá ser 
apresentado, ainda, início de prova material 
que comprove união estável por pelo menos 
2 (dois) anos antes do óbito do segurado.
Lei 8.213/91, art. 16 ......... 
§ 7º Será excluído definitivamente da condição de 
dependente quem tiver sido condenado criminalmente por 
sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou 
partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, 
cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os 
absolutamente incapazes e os inimputáveis.
Lei 8.213/91, art. 17 ......... 
§ 1º Incumbe ao dependente promover a 
sua inscrição quando do requerimento do 
benefício a que estiver habilitado. 
Lei 8.213/91, art. 76 .........§ 2º. O cônjuge divorciado ou separado judicialmente 
ou de fato que recebia pensão de alimentos concorrerá 
em igualdade de condições com os dependentes 
referidos no inciso I do art. 16 desta Lei.
STF, RECURSO EXTRAORDINÁRIO 397.762
“COMPANHEIRA E CONCUBINA - DISTINÇÃO. Sendo o Direito uma 
verdadeira ciência, impossível é confundir institutos, expressões e 
vocábulos, sob pena de prevalecer a babel. UNIÃO ESTÁVEL - 
PROTEÇÃO DO ESTADO. A proteção do Estado à união estável 
alcança apenas as situações legítimas e nestas não está incluído o 
concubinato. PENSÃO - SERVIDOR PÚBLICO - MULHER - CONCUBINA 
- DIREITO. A titularidade da pensão decorrente do falecimento de 
servidor público pressupõe vínculo agasalhado pelo ordenamento 
jurídico, mostrando-se impróprio o implemento de divisão a 
beneficiar, em detrimento da família, a concubina”. 
STF - regime de repercussão geral. 
Tema 526: discute a possibilidade de o 
concubinato de longa duração gerar efeitos 
previdenciários.
STJ, AgRg no REsp 1.016.574-SC
PENSÃO POR MORTE. CONCUBINA. 
A concubina mantinha com o de cujus, homem casado, um relacionamento 
que gerou filhos e uma convivência pública. Porém, a jurisprudência deste 
Superior Tribunal afirma que a existência de impedimento de um dos 
companheiros para se casar, como, por exemplo, a hipótese de a pessoa ser 
casada, mas não separada de fato ou judicialmente, obsta a constituição de 
união estável. Assim, na espécie, não tem a agravante direito à pensão 
previdenciária. A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo. 
Precedentes citados do STF: MS 21.449-SP, DJ 17/11/1995; do STJ: REsp 
532.549-RS, DJ 20/6/2005, e REsp 684.407-RS, DJ 22/6/2005. 
(AgRg no REsp 1.016.574-SC, Rel. Min. Jorge Mussi, 3/3/2009.
DEPENDENTES
IN INSS Nº 77/2015 
Art. 371. O cônjuge separado de fato, divorciado ou separado judicialmente, 
terá direito à pensão por morte, mesmo que este benefício já tenha sido 
requerido e concedido à companheira ou ao companheiro, desde que 
beneficiário de pensão alimentícia, conforme disposto no § 2º do art. 76 da 
Lei nº 8.213, de 1991. 
§ 1° Equipara-se à percepção de pensão alimentícia o recebimento de ajuda 
econômica ou financeira sob qualquer forma ...
§ 2° A Certidão de Casamento apresentada pelo cônjuge, na 
qual não conste averbação de divórcio ou de separação judicial, 
constitui documento bastante e suficiente para comprovação do 
vínculo, devendo ser exigida a certidão atualizada e prova da 
ajuda referida no § 1º deste artigo apenas nos casos de 
habilitação de companheiro(a) na mesma pensão.
SEGURADO EMPREGADO
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à 
empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e 
mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho 
temporário, definida em legislação específica, 
presta serviço para atender a necessidade 
transitória de substituição de pessoal regular e 
permanente ou a acréscimo extraordinário de 
serviços de outras empresas; 
(Lei 6.019/74, art. 2º e art. 10)
SEGURADO EMPREGADO
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no 
Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência 
de empresa nacional no exterior;
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão 
diplomática ou a repartição consular de carreira 
estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a 
membros dessas missões e repartições, excluídos 
o não-brasileiro sem residência permanente no 
Brasil e o brasileiro amparado pela legislação 
previdenciária do país da respectiva missão 
diplomática ou repartição consular;
SEGURADO EMPREGADO
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em 
organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil 
seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo 
se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e 
contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado em empresa domiciliada no 
exterior, cuja maioria do capital votante 
pertença a empresa brasileira de capital 
nacional;
SEGURADO EMPREGADO
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem 
vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime 
especial, e Fundações Públicas Federais; 
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro 
em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime 
próprio de previdência social;
j) o exercente de mandato eletivo federal, 
estadual ou municipal, desde que não 
vinculado a regime próprio de previdência 
social; (Incluído pela Lei nº 10.887/2004).
SEGURADO EMPREGADO DOMÉSTICO
Aquele que presta serviços de forma contínua, 
subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não 
lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial 
destas, por mais de 2 dias por semana (LC 150/2015, 
art. 1º).
TRABALHADOR AVULSO (RPS, art. 9º, VI)
Trabalhador avulso é aquele que: 
a) sindicalizado ou não, preste serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas, ou 
equiparados, sem vínculo empregatício, com intermediação obrigatória do órgão gestor de 
mão de obra, nos termos do disposto na Lei 12.815/2013, ou do sindicato da categoria, 
assim considerados: 
1. o trabalhador que exerça atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto 
de carga e vigilância de embarcação e bloco; 
2. o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; 
3. o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navíos); 
4. o amarrador de embarcação; 
5. o ensacador de café, cacau, sal e similares; 
6. o trabalhador na indústria de extração de sal; 
7. o carregador de bagagem em porto; 
8. o prático de barra em porto; 
9. o guindasteiro; e 
10. o classificador, o movimentador e o empacotador de 
mercadorias em portos; e
TRABALHADOR AVULSO (RPS, art. 9º, VI)
Trabalhador avulso é aquele que: 
[...] 
b) exerça atividade de movimentação de mercadorias em geral, nos termos do disposto 
na Lei nº 12.023/2009, em áreas urbanas ou rurais, sem vínculo empregatício, com 
intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de acordo ou 
convenção coletiva de trabalho, nas atividades de: 
1. cargas e descargas de mercadorias a granel e ensacados, costura, pesagem, 
embalagem, enlonamento, ensaque, arrasto, posicionamento, acomodação, 
reordenamento, reparação de carga, amostragem, arrumação, remoção, classificação, 
empilhamento, transporte com empilhadeiras, paletização, ova e 
desova de vagões, carga e descarga em feiras livres e abastecimento 
de lenha em secadores e caldeiras; 
2. operação de equipamentos de carga e descarga; e 
3. pré-limpeza e limpeza em locais necessários às operações 
ou à sua continuidade;
Segurado 
especial é a 
pessoa física 
residente no 
imóvel rural ou em 
aglomerado urbano 
ou rural próximo a 
ele que, 
individualmente ou 
em regime de 
economia familiar, 
ainda que com o 
auxílio eventual de 
terceiros, na 
condição de: 
-> 
a) produtor, seja 
proprietário, 
usufrutuário, possuidor, 
assentado, parceiro ou 
meeiro outorgados, 
comodatário ou 
arrendatário rurais, que 
explore atividade: 
-> 1. agropecuária em área de até 4 módulos fiscais; 
->
2. de seringueiro ou extrativista 
v e g e t a l q u e , d e m o d o 
sustentável, atua na coleta e 
extração de recursos naturais 
renováve is , e faça dessas 
atividades o principal meio de 
vida;
-> b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida;
->
c) cônjuge, companheiro, filho maior de 
16 anos ou a este equiparado, do segurado 
de que tratam as alíneas a e b, que, 
comprovadamente, trabalhem com o 
grupo familiar respectivo.
SEGURADO ESPECIAL
=> Regime de economia familiar: atividade em que o trabalho dos 
membros da família é indispensável à própria subsistência e ao 
desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em 
condições de mútua dependência e colaboração,sem a utilização de 
empregados permanentes (Lei nº 8.213/91, art. 11, § 1º).
=> O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados 
contratados por prazo determinado ou de trabalhador 
autônomo, à razão de no máximo 120 pessoas por dia 
no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, 
ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, 
não sendo computado nesse prazo o período de 
afastamento em decorrência da percepção de auxílio-
doença. (Lei nº 8.213/91, art. 11, § 7º).
SEGURADO ESPECIAL
RPS, art. 9º, § 14 - Pescador artesanal: aquele que, 
individualmente ou em regime de economia familiar, faz 
da pesca sua profissão habitual ou meio principal de 
vida, desde que:
I – não utilize embarcação; ou 
II – utilize embarcação de pequeno porte 
(arqueação bruta menor ou igual a 20).
Assemelhado ao pescador artesanal
RPS, art. 9º, § 14-A. Considera-se assemelhado ao 
pescador artesanal aquele que realiza atividade de apoio 
à pesca artesanal, exercendo trabalhos de confecção e de 
reparos de artes e petrechos de pesca e de reparos em 
embarcações de pequeno porte ou atuando no 
processamento do produto da pesca artesanal. 
(Incluído pelo Decreto nº 8.499, de 2015)
Segurado especial registrado como MEI
Em regra, o MEI é contribuinte individual. 
No entanto, o empreendedor que exerça as atividades de 
industrialização, comercialização e prestação de serviços 
no âmbito rural que efetuar seu registro como 
Microempreendedor Individual – MEI não perderá a 
condição de segurado especial da Previdência Social 
(LC 123/06, art. 18-E, §5º).
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
É a categoria de segurado criada pela Lei 
9.876/99, reunindo as antigas espécies 
de segurados empresário, autônomo e 
equiparado a autônomo.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora 
atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter 
permanente ou temporário, em área superior a 4 
módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 
módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de 
empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda 
quando deixar de satisfazer as condições para ser 
segurado especial; 
(Comparar com o segurado especial).
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de 
extração mineral - garimpo -, em caráter permanente ou 
temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou 
sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda 
que de forma não contínua;
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de 
instituto de vida consagrada, de congregação ou 
de ordem religiosa; 
d) (Revogado pela Lei nº 9.876/99)
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para 
organismo oficial internacional do qual o Brasil é 
membro efetivo, ainda que lá domiciliado e 
contratado, salvo quando coberto por regime 
próprio de previdência social;
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não 
empregado e o membro de conselho de administração de 
sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o 
sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração 
decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o 
associado eleito para cargo de direção em cooperativa, 
associação ou entidade de qualquer natureza 
ou finalidade, bem como o síndico ou 
administrador eleito para exercer 
atividade de direção condominial, 
desde que recebam remuneração; 
CI QUE EXERCE FUNÇÃO DE DIREÇÃO EM EMPRESAS
EMPRESA CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
Sociedade anônima (S.A.)
Diretor não empregado.
Membro do conselho de administração.
Membro do conselho fiscal.
Sociedade limitada (LTDA)
O sócio gerente
O sócio cotista que recebe pró-labore.
O administrador não-sócio e 
não-empregado
Sociedade em nome coletivo Todos os sócios.
Sociedade de Capital e indústria Todos os sócios.
Firma individual (empresário 
individual) O titular, o MEI, o titular da Eireli
cooperativa, associação ou 
entidades afins.
O associado eleito para cargo de direção, 
desde que seja remunerado.
Condomínio O síndico, desde que seja remunerado.
Microempreendedor Individual – MEI
Considera-se MEI o empresário individual (art. 966 do Código Civil), 
ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, 
comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, que tenha 
auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$81.000,00, 
que seja optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de 
optar pela sistemática de recolhimento aplicada ao MEI. (LC 123, art. 
18-A, §1º).
No caso de início de atividades, o limite máximo da receita 
bruta será de R$6.750,00 multiplicados pelo número de 
meses compreendido entre o início da atividade e o final 
do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de 
meses como um mês inteiro (LC 123/06, art. 18-A, §2º).
Microempreendedor Individual – MEI
LC 123, art. 18-A, § 4º - Não poderá optar pela sistemática de 
recolhimento aplicada ao MEI o empresário individual: 
a) que possua mais de um estabelecimento; 
b) que participe de outra empresa como titular, sócio ou 
administrador; 
c) constituído na forma de startup; ou
d) cuja atividade seja tributada pelos anexos V 
ou VI da LC 123, salvo autorização relativa a 
exercício de atividade isolada na forma 
regulamentada pelo Comitê Gestor. 
(Vide LC 123, art. 18, § 5º-I)
Microempreendedor Individual – MEI
Poderá enquadrar-se como MEI o empresário individual ou o 
empreendedor que exerça as atividades de industrialização, 
comercialização e prestação de serviços no âmbito rural que 
possua um único empregado que receba exclusivamente um 
salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional. 
(LC 123, art. 18-C).
Microempreendedor Individual – MEI
O MEI recolherá, mensalmente, os seguintes tributos: 
a) 5% sobre o salário mínimo, a título da contribuição 
previdenciária na qualidade de segurado contribuinte individual; 
b) R$ 1,00, a título e ICMS, caso seja contribuinte do ICMS; e 
c) R$ 5,00, a título de ISS, caso seja contribuinte do ISS. 
(LC 123, art. 18-A, § 3º, V)
Microempreendedor Individual – MEI
Se o MEI tiver um empregado, ele recolherá contribuição patronal 
de 3% sobre o SC do empregado que lhe presta serviço (LC 123, 
art. 18-C, §1º, III). 
O MEI também deverá reter e recolher a contribuição 
previdenciária do segurado a seu serviço (LC 123/06, art. 18-C, 
§1º, I).
Segurado especial registrado como MEI
Em regra,o MEI é contribuinte individual. 
No entanto, o empreendedor que exerça as atividades de 
industrialização, comercialização e prestação de serviços 
no âmbito rural que efetuar seu registro como 
Microempreendedor Individual – MEI não perderá a 
condição de segurado especial da Previdência Social (LC 
123/06, art. 18-E, §5º).
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter 
eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; 
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade 
econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não.
SEGURADO FACULTATIVO
Pode filiar-se ao RGPS como segurado facultativo, 
mediante contribuição, a pessoa física maior de 16 anos 
de idade, desde que não esteja exercendo atividade 
remunerada que implique filiação obrigatória a qualquer 
regime de previdência social no País.
REQUISITOS: 
• Ser maior de 16 anos de idade; 
• Não ser segurado obrigatório do RGPS, 
nem participante de RPPS; 
• Não ser aposentado.
SEGURADO FACULTATIVO
Podem filiar-se facultativamente, entre outros: 
I - a dona-de-casa; 
II - o síndico de condomínio, quando não remunerado; 
III - o estudante; 
IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no 
exterior; 
V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da 
previdência social;
VI - o membro de conselho tutelar de que trata o 
art. 132 da Lei 8.069/90, quando não esteja 
vinculado a qualquer regime de previdência social;
SEGURADO FACULTATIVO
VII - o bolsista

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