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Administração para Analistas de Tribunais UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA 1ª Edição ISBN:978-65-88322-64-2 Todos os direitos desta edição são reservados a Uol Cursos Tecnologia Educacional Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios, sem autorização escrita da empresa. Uol Cursos Tecnologia Educacional Ltda. Al: Barão de Limeira, 425 –7º andar 01202-000 São Paulo -SP www.acasadoconcurseiro.com.br www.acasadoconcurseiro.com.br Administração para Analistas de Tribunais Resolução nº 198/04 Prof. Rafael Ravazolo 3 A d m in istra çã o p a ra A n a lista s d e T rib u n a is www.acasadoconcurseiro.com.br RESOLUÇÃO Nº 198 DE 01/07/2014 Ementa: Dispõe sobre o Planejamento e a Ges- tão Estratégica no âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências. Origem: Presidência COMUNICADO O Secretário-Geral Adjunto do Conselho Nacio- nal de Justiça, com fulcro no artigo 35 do Regi- mento Interno, torna público que a Resolução CNJ nº 198/2014, disponibilizada no DJ-e edição n. 106/2014, em 17 de junho de 2014, páginas de 6 a 9, contém trechos que não correspondem à integralidade aprovada pelo Plenário na 191ª Sessão Ordinária, realizada em 16 de junho de 2014. Por conseguinte, o texto original, assina- do pelo Excelentíssimo Presidente Joaquim Bar- bosa, será publicado nesta data para correção. Dispõe sobre o Planejamento e a Gestão Estra- tégica no âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências. O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ), no uso de suas atribuições legais e regimentais, e CONSIDERANDO competir ao CNJ, como órgão de controle da atuação administrativa e finan- ceira dos tribunais, a atribuição de coordenar o planejamento e a gestão estratégica do Poder Judiciário; CONSIDERANDO a unicidade do Poder Judiciá- rio, a exigir a implementação de diretrizes na- cionais para nortear a atuação institucional de seus órgãos; CONSIDERANDO a necessidade de revisar o pla- no estratégico estabelecido pela Resolução CNJ nº 70/2009; CONSIDERANDO as propostas apresentadas por todos os segmentos de justiça, para atualização da estratégia nacional do Poder Judiciário, em nove encontros de trabalho ocorridos a partir de junho de 2013; CONSIDERANDO os Macrodesafios do Poder Ju- diciário para o sexênio 2015-2020, formulados pela Rede de Governança Colaborativa e apro- vados no VII Encontro Nacional do Judiciário, ocorrido em Belém/PA, em novembro de 2013; CONSIDERANDO a decisão plenária tomada no julgamento do Ato Normativo n. 0003559- 04.2014.2.00.0000 na 191ª Sessão Ordinária, realizada em 16 de junho de 2014; RESOLVE: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º Instituir a Estratégia Nacional do Poder Judiciário para o sexênio 2015/2020 – Estratégia Judiciário 2020 – aplicável aos tribunais indica- dos nos incisos II a VII do art. 92 da Constituição Federal e aos Conselhos da Justiça, nos termos do Anexo, sintetizada nos seguintes componen- tes: a) Missão; b) Visão; c) Valores; d) Macrodesafios do Poder Judiciário. Parágrafo único. Os atos normativos e as políticas judiciárias emanados do CNJ serão 4 Administração para Analistas de Tribunais | Resolução nº 198/14Administração para Analistas de Tribunais | Resolução nº 198/14Administração para Analistas de Tribunais | Resolução nº 198/14 fundamentados, no que couber, na Estraté- gia Nacional do Poder Judiciário. Art. 2º Considera-se, para os efeitos desta Re- solução: I – Órgãos do Poder Judiciário: os tribunais indicados nos incisos II a VII do art. 92 da Constituição Federal; o Conselho Nacional de Justiça (CNJ); o Conselho da Justiça Fe- deral (CJF); e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT); II – Metas de Medição Continuada (MMC): metas aplicáveis aos órgãos do Poder Judi- ciário e acompanhadas pelo CNJ durante o período de vigência da Estratégia Nacional; III – Metas de Medição Periódica (MMP): metas aplicáveis aos órgãos do Poder Judi- ciário e acompanhadas pelo CNJ para perí- odos predefinidos durante a vigência da Es- tratégia Nacional ; IV – Metas Nacionais (MN): conjunto de metas formado pelas Metas de Medição Continuada (MMC) e pelas Metas de Medi- ção Periódica (MMP); V – Iniciativa Estratégica Nacional (IEN): programa, projeto ou operação alinhado(a) à Estratégia Nacional do Poder Judiciário; VI – Diretriz Estratégica (DE): orientações, instruções ou indicações a serem observa- das na execução da Estratégia Nacional ou para se levar a termo uma meta ou iniciati- va estratégica; VII – Cesta de Indicadores e Iniciativas Estra- tégicas: repositório de métricas de desem- penho institucional e de iniciativas (progra- mas, projetos e operações). CAPÍTULO II DO DESDOBRAMENTO DA ESTRATÉGIA JUDICÍARIO 2020 Art. 3º A Estratégia Judiciário 2020 poderá ser desdobrada e alinhada em três níveis de abran- gência: I – nacional, nos termos do Anexo, de apli- cação obrigatória a todos os segmentos de justiça; II – por segmento de justiça, de caráter fa- cultativo; III – por órgão do Judiciário, de caráter obri- gatório, desdobrada a partir da estratégia nacional e, quando aplicável, também da estratégia do respectivo segmento, sem prejuízo da inclusão das correspondentes especificidades. Art. 4º Os órgãos do Judiciário devem alinhar seus respectivos planos estratégicos à Estraté- gia Judiciário 2020, com a possibilidade de revi- sões periódicas. § 1º Os planos estratégicos, de que trata o caput, devem: I – ter abrangência mínima de 6 (seis) anos; II – observar o conteúdo temático dos Ma- crodesafios do Poder Judiciário; e III – contemplar as Metas Nacionais (MN) e Iniciativas Estratégicas Nacionais (IEN) apro- vadas nos Encontros Nacionais do Judiciá- rio, sem prejuízo de outras aprovadas para o segmento de justiça ou específicas do pró- prio tribunal ou conselho; § 2º Os dados relativos às Metas Nacionais (MN) serão informados periodicamente ao CNJ, que divulgará o relatório anual até o final do primeiro quadrimestre do ano sub- sequente. § 3º Na elaboração dos seus planos estra- tégicos, os tribunais e conselhos devem considerar as Resoluções, Recomendações e Políticas Judiciárias instituídas pelo CNJ voltadas à concretização da Estratégia Judi- ciário 2020. § 4º As propostas orçamentárias dos tribu- nais devem ser alinhadas aos seus respecti- vos planos estratégicos, de forma a garantir os recursos necessários à sua execução. 5 Administração para Analistas de Tribunais | Resolução nº 198/14Administração para Analistas de Tribunais | Resolução nº 198/14Administração para Analistas de Tribunais | Resolução nº 198/14 Art. 5º As Metas Nacionais (MN) serão, priorita- riamente, elaboradas a partir da Cesta de Indi- cadores e Iniciativas Estratégicas de que trata o art. 2º, inciso VII, desta Resolução. § 1º A Cesta de Indicadores e Iniciativas Es- tratégicas referida no caput será definida e revisada pela Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento e disponibilizada no sítio eletrônico do CNJ. § 2º A mesma Comissão poderá definir in- dicadores nacionais que integrarão o Re- latório Justiça em Números, observado o disposto na Resolução CNJ nº 76, de 12 de maio de 2009. Art. 6º Os órgãos do Poder Judiciário devem promover a participação efetiva de magistrados de primeiro e segundo graus, ministros, serven- tuários e demais integrantes do sistema judici- ário e de entidades de classe, na elaboração de suas propostas orçamentárias e de seus plane- jamentos estratégicos, garantida a contribuição da sociedade. CAPÍTULO III DA EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA Art. 7º A execução da estratégia é de responsa- bilidade de magistrados de primeiro e segundo graus, conselheiros, ministros e serventuários do Poder Judiciário. Parágrafo único. Para promover a estraté- gia, devem ser realizados eventos, pelo me- nos anualmente. Art. 8º Os órgãos do Poder Judiciário manterão unidade de gestão estratégica para assessorar a elaboração, a implementação e o monitoramen-to do planejamento estratégico. § 1º A unidade de gestão estratégica refe- rida no caput também atuará nas áreas de gerenciamento de projetos, otimização de processos de trabalho e, a critério do órgão, produção e análise de dados estatísticos. § 2º As áreas jurisdicionais e administrati- vas devem prestar, à respectiva unidade de gestão estratégica, as informações sob a sua responsabilidade pertinentes ao plano es- tratégico. Art. 9º Os órgãos do Poder Judiciário realizarão Reuniões de Análise da Estratégia (RAE), pelo menos quadrimestralmente, para avaliação e acompanhamento dos resultados, nas quais poderão promover ajustes e outras medidas ne- cessárias à melhoria do desempenho institucio- nal. CAPÍTULO IV DA GOVERNANÇA Art. 10. Compete à Presidência do CNJ, conjun- tamente à Comissão Permanente de Gestão Es- tratégica, Estatística e Orçamento, assessoradas pelo Departamento de Gestão Estratégica, coor- denar as atividades de planejamento e gestão estratégica do Poder Judiciário, a preparação e a realização dos Encontros Nacionais. Art. 11. À Rede de Governança Colaborativa do Poder Judiciário, coordenada pelo CNJ e com re- presentação de todos os segmentos de justiça, compete apresentar propostas de aperfeiçoa- mento da Estratégia Judiciário 2020, bem como auxiliar a execução, o monitoramento dos tra- balhos e a divulgação dos resultados, sem pre- juízo de outras atribuições definidas em ato nor- mativo expedido pela Presidência do CNJ. § 1º Os órgãos do Poder Judiciário indicarão representantes para compor a Rede de Go- vernança Colaborativa do Poder Judiciário, nos termos estabelecidos no referido ato normativo. § 2º As propostas a que se refere o caput serão submetidas aos presidentes dos tri- bunais nos Encontros Nacionais do Poder Judiciário, após ajuste e complementação pela Comissão Permanente de Gestão Es- tratégica, Estatística e Orçamento do CNJ. 6 Administração para Analistas de Tribunais | Resolução nº 198/14Administração para Analistas de Tribunais | Resolução nº 198/14Administração para Analistas de Tribunais | Resolução nº 198/14 § 3º As deliberações aprovadas nos Encon- tros Nacionais, sobretudo as Políticas Judici- árias, Recomendações, Diretrizes Estratégi- cas (DE), Metas Nacionais (MN) e Iniciativas Estratégicas Nacionais (IEN), serão comuni- cadas ao Plenário do CNJ e divulgadas no portal do CNJ. CAPÍTULO V DOS ENCONTROS NACIONAIS Art. 12. Os Encontros Nacionais do Poder Judici- ário serão realizados preferencialmente no mês de novembro de cada ano, observando-se os se- guintes objetivos, sem prejuízo de outros: I – avaliar a estratégia nacional; II – divulgar e premiar o desempenho de tribunais, unidades e servidores no cumpri- mento das Metas Nacionais (MN), na cria- ção e na implantação de boas práticas; III – aprovar metas nacionais, diretrizes e iniciativas estratégicas para o biênio subse- quente; IV – ajustar, quando necessário, as metas nacionais, as diretrizes e as iniciativas estra- tégicas previamente aprovadas no encontro do ano anterior. § 1º Participarão dos Encontros Nacionais do Poder Judiciário os presidentes e corre- gedores dos tribunais e dos conselhos, bem como os integrantes do Comitê Gestor Na- cional da Rede de Governança Colaborativa, sendo facultado o convite a outras entida- des e autoridades. § 2º Os conselheiros do CNJ coordenarão os trabalhos realizados durante o evento. § 3º Os Encontros Nacionais do Judiciário serão precedidos de reuniões preparatórias que contarão com a participação dos gesto- res de metas e dos responsáveis pelas uni- dades de gestão estratégica dos tribunais, assim como das associações nacionais de magistrados e de servidores. CAPÍTULO VI DO BANCO DE BOAS PRÁTICAS E IDEIAS PARA O JUDICIÁRIO (BPIJus) Art. 13. O CNJ manterá disponível, no seu por- tal, o Banco de Boas Práticas e Ideias para o Judiciário (BPIJus), a ser continuamente atuali- zado, com o intuito de promover a divulgação e o compartilhamento de práticas e ideias inova- doras, visando ao aperfeiçoamento dos serviços judiciais. Art. 14. O BPIJus será constituído da seguinte forma: I – práticas sugeridas por servidores, tribu- nais ou conselhos do Poder Judiciário, ali- nhadas aos Macrodesafios mencionados no Anexo; e II – ideias inovadoras para melhoria do Ju- diciário, apresentadas por qualquer pessoa. Parágrafo único. As práticas e ideias serão incluídas no BPIJus após processo de sele- ção, na forma de regulamento próprio a ser publicado pelo CNJ. Art. 15. As práticas incluídas no BPIJus concor- rerão ao Prêmio Excelência em Gestão Estraté- gica do Poder Judiciário. CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 16. Os órgãos do Poder Judiciário terão até 31 de março de 2015 para proceder ao alinha- mento a que se refere o artigo 4º. Art. 17. Esta Resolução entra em vigor em 1º de janeiro de 2015, com a revogação, a partir dessa data, da Resolução CNJ n. 70, de 18 de março de 2009. Ministro Joaquim Barbosa Administração para Analistas de Tribunais oAdministração Geral e Pública + Gestão de Pessoas oMatéria: apostila + slides oQuestões: aula foco FCC e CESPE + Casa das Questões oFórum • Administração pública: do modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático. • Estruturação da máquina administrativa no Brasil após 1930: reformas administrativas • Excelência nos serviços públicos • Processo Organizacional: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar • Gestão Estratégica • Balanced Scorecard • Gestão por Resultados: Administração por Objetivos • Planejamento Estratégico do Poder Judiciário • Estrutura Organizacional • Gestão de Processos • Gestão de Projetos • Comportamento Organizacional • Cultura Organizacional • Comunicação • Motivação • Liderança Administração pública: do modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático. Modelos Teóricos de Administração Pública 3 Modelos teóricos de Administração Pública: 4 Patrimonialista Burocrático Gerencial As três formas se sucedem no tempo, sem que, no entanto, qualquer uma delas seja inteiramente abandonada. Patrimonialismo: res publica não é diferenciada da res principis; o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano; os cargos são considerados favores pessoais. Burocracia: surgiu para combater o patrimonialismo, por meio do controle rígido (a priori) dos processos, da impessoalidade, da legalidade e da profissionalização. Na prática, possui inúmeras disfunções. Gerencialismo (Nova Administração Pública): busca combater as disfunções burocráticas (ineficiência); tem foco nos resultados (controle a posteriori), redução de custos, descentralização da autoridade e aumento da qualidade dos serviços ofertados aos cidadãos. 5 MMooddeelloo PPaattrriimmoonniiaalliissttaa • -Primeiro modelo de administração dos Estados Nacionais modernos. oEstado era uma extensão do poder do soberano - não havia diferenciação entre os bens do governante (res principis) e os bens públicos (res publica); oCaptura da Administração Pública por entes privados: propriedade e o exercício do poder são parte do patrimônio pessoal do governante. oAdministração é tratada como assunto pessoal do senhor: falta de regras universais – predominância de situações casuísticas e personalistas. • Max Weber: oEstado Patrimonialista: governos servem ou favorecem os interesses de uma rede de amigos, familiares e apadrinhados que demonstram lealdade aos donos do poder. oEstado Não Patrimonialista: defende os interesses da sociedade como um todo de forma impessoal; as instituições e cargos públicos existem para servir a nação e não podem ser usados para ganhos privados. 6 • Dominação legitimada pela tradição (Dominação Tradicional - Weber) tende ao Patrimonialismo. • Tem respaldo nos costumes, nas tradições: oNão se obedece a estatutos, mas a pessoas indicadas pela tradição. oNão se obedece ao líder devido ao seu carisma ou “poder divino”.• Há quadro administrativo, mas não possui elementos como: ocompetência fixa segundo regras objetivas; ohierarquia racional fixa; onomeação e promoção regulada por contrato; oformação profissional; osalário fixo - as fontes de sustento dos "servidores" são a apropriação privada de bens e a degeneração do direito a taxas. 7 MMooddeelloo PPaattrriimmoonniiaalliissttaa Consequências: • Nepotismo • Prebendas e sinecuras • Clientelismo • Corrupção • Fisiologismo 8 MMooddeelloo PPaattrriimmoonniiaalliissttaa FCC 2013 TRT15 Dentro de uma perspectiva histórico-evolutiva, é possível distinguir diferentes modelos de Administração pública, sendo que o modelo. a) patrimonialista é uma deturpação do modelo burocrático, decorrente do excesso de estruturas com a apropriação do poder pelos burocratas. b) patrimonialista é precursor do modelo gerencial e dele se diferencia pela valorização da burocracia. c) gerencial sucede o burocrático e, entre outras diferenças, pode-se destacar a alteração da forma de controle, que passa a ser finalístico. d) burocrático, diversamente do modelo gerencial, privilegia o clientelismo e não valoriza a meritocracia. e) gerencial sucede o burocrático e dele se diferencia por estabelecer uma nítida separação entre propriedade e gestão pública. CESPE 2011 TRE-CE O gestor público que se pauta pelo modelo patrimonialista age de acordo com o princípio que preconiza ser o Estado aparelho que funciona em prol da sociedade. CESPE 2015 TRE-GO O modelo burocrático foi adotado por diversos países em substituição ao modelo patrimonialista de administração pública, no qual o patrimônio público não se distinguia do privado. CESPE 2014 SUFRAMA No Estado patrimonial, a estrutura pública é tida como extensão do poder do soberano, de modo que seus servidores possuem status de nobreza. CESPE 2011 PREVIC O clientelismo, o fisiologismo e a corrupção são exemplos de consequências advindas do modelo burocrático de administração pública. CESPE 2011 PREVIC O modelo patrimonialista é caracterizado pela confusão entre o interesse público e o interesse privado, em que prevalece a noção de que o Estado é uma extensão da família real. • Forma de combate ao patrimonialismo: • Busca proporcionar maior controle e eficiência da coisa pública, justiça e tratamento igualitário para servidores e para cidadãos. • Ganha força devido às mudanças ocorridas nas sociedades modernas (séc. XVIII): • Distinção entre mercado, sociedade e Estado; Liberalismo; Democratização; Revolução industrial; Emergência de novas classes sociais; Economia monetária; Iluminismo; Protestantismo; Crescimento quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas, etc. É uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos, a fim de garantir a máxima eficiência (Weber). 12 MMooddeelloo BBuurrooccrrááttiiccoo OO qquuee éé bbuurrooccrraacciiaa?? • Diversas visões: oSociológica – Max Weber – tipo puro, tipo ideal. oPopular – disfunções. oClasse social. X 13 BBuurrooccrraacciiaa -- rreessuummoo BBuurrooccrraacciiaa • Remonta à época da Antiguidade, quando o ser humano elaborou e registrou suas primeiras normas estatais e sociais. • Uso da expressão Burocracia: século XVII - Vincent de Gournay oPoder exercido pelos funcionários da administração estatal sob a monarquia absolutista francesa. Bureau = escritório + Krátos = poder, força o“Temos uma doença que faz muitos estragos; essa doença se chama buromania”. oGounay considerava a burocracia uma quarta forma de governo (junto com monarquia, aristocracia e democracia). 15 MMaaxx WWeebbeerr –– BBuurrooccrraacciiaa • 1864 – 1920 • Professor, Sociólogo, Filósofo, Jurista, Economista, Cientista Político... o Era Administrador de empresas? o Inventou a burocracia? o Defendia a Burocracia? • Queria entender a forma pela qual uma comunidade aparentemente amorfa transformava-se em sociedade dotada de racionalidade. • Entendia que a peculiaridade histórica do Estado moderno estava exatamente em ser uma empresa similar a uma fábrica. 16 “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” • Por que algumas sociedades ocidentais desenvolveram o capitalismo, enquanto outras sociedades não? Por convicções religiosas! • Catolicismo: lucro = pecado, culpa. • Ética Protestante: normas sociais e morais que pregam o trabalho árduo, a poupança e o ascetismo (desapego aos prazeres mundanos). oReaplicação dos excedentes no próprio negócio, em vez do consumo em símbolos improdutivos de vaidade e de prestígio. 17 MMaaxx WWeebbeerr –– BBuurrooccrraacciiaa “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” • O capitalismo, a organização burocrática e a ciência moderna são três formas de racionalidade que surgiram a partir das mudanças religiosas ocorridas inicialmente em países protestantes - Inglaterra e Holanda – e não em países católicos. • Capitalismo = empresas cujo objetivo é o maior lucro possível e cujo meio é a organização racional do trabalho/produção. • Papel da Burocracia = racionaliza a evolução do capitalismo, organizando as pessoas e o crescimento econômico, político e social. 18 MMaaxx WWeebbeerr –– BBuurrooccrraacciiaa “Economia e Sociedade” • Originalmente: parte da coletânea Grundriss der Sozialökonomik - Elementos de economia social. • Obra póstuma: o4 primeiros capítulos (conceitos sociológicos básicos) - escritos em 1919-1920 e entregues para publicação pelo próprio Weber. oOutros segmentos – manuscritos (entre 1909 e 1914) organizados pela viúva (Marianne Weber). 19 MMaaxx WWeebbeerr –– BBuurrooccrraacciiaa “Economia e Sociedade” • Estudos sobre Poder: probabilidade de impor a própria vontade em uma relação social. • Tipos de poder: oDisciplina - obediência pronta, automática oDominação - “probabilidade de encontrar obediência a uma ordem de determinado conteúdo, entre determinadas pessoas indicáveis” • Fundamento: crença na legitimidade. MMaaxx WWeebbeerr –– BBuurrooccrraacciiaa • Três tipos puros de dominação: 1. Carismática: baseada na veneração - características pessoais especiais, extracotidianas, poderes sobrenaturais, etc. • “O Líder” e “os adeptos”: psicologicamente, esse “reconhecimento” é uma entrega crente e inteiramente pessoal, nascida do entusiasmo ou da miséria e esperança. 2. Tradicional: baseada em costumes, tradições – típica do Estado Absolutista – patrimonialismo. 3. Racional-legal: baseada nas regras, nos estatutos, no direito de mando das autoridades legais MMaaxx WWeebbeerr –– BBuurrooccrraacciiaa “Tipo puro” ou “Tipo ideal”: mostra como se desenrolaria uma ação humana se estivesse orientada para o fim de maneira estritamente racional, pura, sem perturbações ou desvios irracionais. • Conceito abstrato - não encontrado na vida real. • “A sociologia constrói conceitos de tipos e procura regras gerais dos acontecimentos.” X Ação real: influenciada por irracionalidades. 22 MMaaxx WWeebbeerr –– BBuurrooccrraacciiaa 000 • “A forma de legitimidade mais corrente na sociedade é moderna é a crença na legalidade, a submissão a estatutos e a procedimentos formalmente corretos.” ‒Estado Moderno = conjunto de normas e regras, de origem impessoal e pré-determinada ‒Vantagem da administração burocrática: é a forma mais racional do ponto de vista técnico e formal ‒É inevitável para a administração de massas ‒É uma forma de profissionalização ‒É a dominação baseada no saber/conhecimento MMaaxx WWeebbeerr –– BBuurrooccrraacciiaa BBuurrooccrraacciiaa WWeebbeerriiaannaa:: ccaarraacctteerrííssttiiccaass Chiavenato: • Caráter legal das normas e regulamentos • Caráter formal das comunicações • Racionalidade e divisão do trabalho• Impessoalidade nas relações • Hierarquia de autoridade • Rotinas e procedimentos padronizados • Competência técnica e meritocracia • Especialização da administração • Profissionalização dos participantes • Vantagens = avanço da burocracia sobre as outras formas de associação oRacionalidade e precisão oRapidez nas decisões oUnivocidade de interpretação oUniformidade de rotinas e procedimentos oContinuidade da organização e constância oRedução do atrito entre as pessoas oConfiabilidade – previsibilidade oBenefícios para as pessoas - hierarquia formalizada, trabalho ordenado, treinamento, carreira e meritocracia. BBuurrooccrraacciiaa WWeebbeerriiaannaa:: vvaannttaaggeennss RReessuummoo -- BBuurrooccrraacciiaa WWeebbeerriiaannaa • Palavras-chave: formal, legal, racional, impessoal, eficiente, profissional, mérito, especialização, controle a priori (processo). • Coisas que os autores dizem: • Conjunto de regulamentos, leis e normas que os funcionários devem cumprir, sempre supervisionados e respeitando a hierarquia. • É um sistema que busca organizar, de forma estável e duradoura, a cooperação de um grande número de pessoas, cada qual detendo uma função especializada. • Separa-se a esfera privada e familiar da esfera do trabalho, esta vista como a esfera pública do indivíduo. • Permite adequar os meios da melhor forma possível para o alcance dos fins, ou, em outras palavras, alcançar a máxima eficiência da organização. • Disfunções = problemas da burocracia na prática • Para os autores que criticam a burocracia: • Há uma discrepância entre o modelo burocrático oficial e a vida real, na qual as práticas informais, sentimentos e demais ações humanas gerariam uma série de disfunções. DDiissffuunnççõõeess BBuurrooccrraacciiaa • Weber era um crítico à burocratização: “É horrível pensar que o mundo possa vir a ser um dia dominado por homenzinhos colados a pequenos cargos, lutando por maiores.” • Weber foi reinterpretado de forma equivocada: o ponto central de sua obra era poder e dominação. oAs críticas à burocracia “tipo puro” de Weber são oriundas desse erro. oEle não queria tornar a burocracia um modelo administrativo para as organizações modernas. oEle apenas descreveu suas características “puras”. DDiissffuunnççõõeess BBuurrooccrraacciiaa • Merton: burocracia é um sistema social desumano e mecanicista. oInternalização das normas. oExcesso de formalismo e papelório. oResistência a mudanças. oDespersonalização do relacionamento. oCategorização do processo decisório - excesso de hierarquia. oSuperconformidade às rotinas e procedimentos - maior importância ao modo de fazer do que ao resultado. oExibição de sinais de autoridade. oDificuldades com clientes. DDiissffuunnççõõeess BBuurrooccrraacciiaa • Crozier: a fragmentação e a subordinação impostas pelo modelo burocrático paralisam as comunicações e a inovação; oAs regras moldam as relações entre os grupos, reforçando a impessoalidade na organização; oA centralização do poder, a estratificação dos indivíduos em grupos homogêneos e fechados induziriam comportamentos que reforçariam ainda mais essas mesmas regras e estruturas, em um círculo vicioso; oÉ impossível conceber nas organizações burocráticas uma política de mudança gradual e permanente – a mudança de burocracias é causada por crises; • Crise é o meio para chegar a operar os reajustes necessários. • Ritmo de uma organização burocrática: a alternância de longos períodos de estabilidade e curtos espaços de crise e mudança. DDiissffuunnççõõeess BBuurrooccrraacciiaa • Autores estruturalistas: oO caminho moderno consiste em utilizar o modelo burocrático de Weber como ponto de partida, mas reconhecendo as suas limitações e consequências disfuncionais. • É adequada para atividades rotineiras e repetitivas; não é para organizações flexíveis. • Graus de burocracia: um continuum, que vai desde o excesso de burocratização (em um extremo) até a ausência de burocracia (no extremo oposto) DDiissffuunnççõõeess BBuurrooccrraacciiaa BBuurrooccrraacciiaa ccoommoo ccllaassssee ssoocciiaall • Burocratas: oTendência a se unir como um segmento social diferenciado da população em geral, buscando privilégios e poder. • Administração da coletividade: burocratismo • China, Rússia, etc. – classe de funcionários que detinha o Estado como sua propriedade. “A sociedade moderna é uma sociedade de organizações burocráticas submetida a uma grande organização burocrática: o Estado.” • Burocracia é poder, controle e alienação. BBuurrooccrraacciiaa -- rreessuummoo FCC 2012 TRT6 Para a consecução de fins organizacionais é preciso organizar a atividade humana de modo estável. Trata-se do objetivo da a) cultura organizacional. b) produtividade. c) dependência de recursos. d) burocracia. e) relacionalidade. 34 FCC 2013 TRT18 O modelo burocrático de Max Weber é um modelo organizacional disseminado nas administrações durante o século XX em todo o mundo. O modelo burocrático é atribuído a Max Weber porque o sociólogo alemão analisou e sintetizou suas principais características. NÃO corresponde a essas características o que está expresso em a) caráter racional e divisão do trabalho. b) hierarquia de autoridade. c) impessoalidade nas relações. d) relação de coesão ou de antagonismo. e) caráter formal das comunicações. 35 CESPE 2012 TJ-AL O modelo de administração pública no Brasil que se baseia nos princípios da formalidade, da impessoalidade e do profissionalismo, é conhecido como modelo a) democrático. b) patrimonialista. c) gerencial. d) burocrático. e) neoliberal. 36 CESPE 2011 TRE-ES O paradigma burocrático da administração pública pressupõe que o aparelho do Estado funcione como uma extensão do poder do dirigente. CESPE 2014 TRE-GO Comparativamente a outros modelos, as desvantagens do modelo burocrático incluem a sua rigidez, que pode levar à ineficiência do aparelho administrativo. CESPE - 2013 - TRT-10 A burocracia nos moldes weberianos é definida como o tipo ideal de organização que aplica, em sua forma mais pura, a autoridade racional- legal. 37 CESPE 2013 TCE O capitalismo, a organização burocrática e a ciência moderna constituem formas de racionalidade que se conformam com os ideais da reforma protestante. CESPE 2012 Câmara dos Deputados Para Max Weber, no modelo burocrático ideal, a escolha ou a promoção do profissional devem ser fundamentadas exclusivamente no mérito. CESPE 2008 TCU A busca por maior eficiência e produtividade nas organizações é uma tônica em diversas teorias da administração. Nesse sentido, uma das vantagens destacadas por Max Weber na abordagem burocrática é a rapidez nas decisões. 38 CESPE 2013 TCE O controle dos abusos contra o patrimônio público é uma das características almejadas pela administração pública burocrática. CESPE 2013 CNJ A administração pública burocrática é orientada para a racionalidade absoluta e prevê o controle rígido dos processos e procedimentos como o meio mais seguro para evitar o nepotismo e a corrupção. CESPE 2013 UNIPAMPA De acordo com a abordagem burocrática, proposta por Max Weber, as principais características do tipo ideal de burocracia são a formalidade, a impessoalidade e o profissionalismo. CESPE 2012 MPE-PI Em seu sentido original, burocracia representa um sistema de execução da administração pública caracterizada pelo excesso de papéis e de regulamentos e pela demora dos atendimentos Modelos teóricos de Administração Pública 1 Patrimonialista: res publica não é diferenciada da res principis; o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano; os cargos são considerados favores pessoais. Burocrático: surgiu para combater o patrimonialismo, por meio do controle rígido (a priori)dos processos, da impessoalidade, da legalidade e da profissionalização. Na prática, possui diversas disfunções que geram ineficiência. Gerencial (Nova Administração Pública): busca combater as disfunções burocráticas (ineficiência); tem foco nos resultados (controle a posteriori), redução de custos, descentralização da autoridade e aumento da qualidade dos serviços ofertados aos cidadãos. • Antecedentes: • Estados burocráticos: grandes, caros e ineficientes; • Crises Mundiais; • Necessidade de reequilíbrio financeiro/fiscal; • Desenvolvimento tecnológico e globalização – competição. • Objetivos: • Superar a Adminstração Burocrática - desburocratizar • Rompe com os princípios negativos, mantém os positivos. • Melhorar a Administração Pública • Eficiência, Redução de Custos, Aumento da Qualidade. 2 NNoovvaa GGeessttããoo PPúúbblliiccaa • New Public Management, Modelo Pós-Burocrático, Modelo Gerencial: • Conjunto de doutrinas administrativas que orientaram as reformas da Administração Pública em nível mundial. • Incorporação, pelo serviço público, de alguns pressupostos e inovações da administração gerencial – privada. Cuidado: não é exatamente igual à Adm. Privada. • Foco nos resultados • Redução do tamanho da máquina administrativa • Downsizing e Empowerment • Descentralização, autonomia, flexibilidade • Aumento da eficiência e da eficácia • Criação de mecanismos voltados à responsabilização dos atores políticos 3 NNoovvaa GGeessttããoo PPúúbblliiccaa TTrraannssiiççããoo ddooss MMooddeellooss –– MMaattiiaass--PPeerreeiirraa Burocrático Gerencial Autorreferente, foco no processo, em gerir programas, em suas próprias necessidades. Orientado para resultados, para oferecer serviços aos clientes-cidadãos. Racionalidade absoluta. Sociedade como um campo de conflito, cooperação e incerteza. Desconfiança total. Combate à corrupção por meio do controle rígido dos processos. Desconfiança limitada. Combate à corrupção por meio de indicadores de desempenho, controle de resultados. Centralizador, autoritário. Descentralização, delegação de poderes para que o gestor possa ter liberdade de escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas. Estruturas rígidas. Formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções e incentivos à criatividade e à inovação. • Evolução: • Início: neoliberalismo – diminuir o Estado, reduzir custos. • Após: qualidade dos serviços e foco no cidadão. • Três fases (não são independentes, há um núcleo comum): 1. Gerencialismo puro: fazer mais com menos – eficiência e economia; 2. Consumerismo: fazer melhor – foco no cliente, qualidade e efetividade; 3. Public Service Orientation: fazer o que deve ser feito – cidadania, equidade, Accountability. 5 NNoovvaa GGeessttããoo PPúúbblliiccaa • Cidadão = taxpayer = contribuinte = financiador. • Fazer mais com menos: oFoco no aumento da eficiência oEconomia, redução de custos oMelhoria da qualidade do gasto público oEvitar o desperdício oAumentar a produtividade “Neotaylorismo: proposta calcada na busca da produtividade e na implantação do modelo de gestão da empresa privada no setor público.” 6 1 - Gerencialismo puro (Managerialism) • Cidadão = cliente, consumidor, usuário dos serviços. • Fazer melhor - melhoria da qualidade dos serviços: oUso de estratégia – análise de stakeholders. oDescentralização administrativa e competição entre organizações. oParadigma do Consumidor - dar ao cidadão atendimento semelhante ao que ele teria como cliente em uma empresa privada – visão liberal. “Flexibilização da gestão pública, passagem da lógica do planejamento para a lógica da estratégia.” 7 2 - Consumerismo • Cidadão é cidadão - mais que um consumidor, titular da coisa pública. • Fazer o que deve ser feito: oAcrescenta conceitos ignorados até então pela visão gerencial: accountability, transparência, participação política, equidade e justiça. “É preciso que no processo de aprendizado social na esfera pública se consiga criar uma nova cultura cívica, que congregue políticos, funcionários e cidadãos.” 8 3 - Public Service Orientation (Serviço Orientado ao Cidadão) • Humberto Falcão Martins: a) caráter estratégico ou orientado por resultado das decisões; b) descentralização; c) flexibilidade; d) desempenho crescente e pagamento por produtividade; e) competitividade interna e externa; f) direcionamento estratégico; g) transparência e cobrança de resultados (accountability); h) padrões diferenciados de delegação decisória; i) separação da política de sua gestão; j) desenvolvimento de habilidades gerenciais; k) terceirização; l) limitação da estabilidade de servidores e regimes temporários de emprego; m) estruturas diferenciadas. 9 NNGGPP-- ccaarraacctteerrííssttiiccaass • Bresser-Pereira: 1) descentralização do ponto de vista político, transferindo recursos e atribuições para os níveis políticos regionais e locais; 2) descentralização administrativa, através da delegação de autoridade para os administradores públicos transformados em gerentes crescentemente autônomos; 3) organizações com poucos níveis hierárquicos em vez de piramidal; 4) organizações flexíveis em vez de unitárias e monolíticas, nas quais as ideias de multiplicidade, de competição administrada e de conflito tenham lugar; 5) pressuposto da confiança limitada e não da desconfiança total; 6) definição dos objetivos a serem atingidos na forma de indicadores de desempenho, sempre que possível quantitativos, que constituirão o centro do contrato de gestão entre o ministro e o responsável pelo órgão que está sendo transformado em agência; 7) controle por resultados, a posteriori, ao invés do controle rígido, passo a passo, dos processos administrativos; e 8) administração voltada para o atendimento do cidadão, ao invés de autorreferida. 10 NNGGPP-- ccaarraacctteerrííssttiiccaass • Princípios: • Reorientação dos mecanismos de controle • Foco na racionalização de recursos - eficiência • Focalização da ação do Estado no cidadão • Flexibilidade administrativa • Controle social – participação cidadã • Valorização dos servidores • Transparência 11 NNoovvaa GGeessttããoo PPúúbblliiccaa FCC 2016 TRT-14 É considerado um mecanismo característico da administração gerencial: a) Controle rígido de procedimentos. b) Gestão hierárquica. c) Normas e regulamentos. d) Controle de legalidade. e) Gestão por Competências. FCC 2013 TRT-5 É característica da Administração Pública Gerencial a) definir procedimentos para contratação de pessoal e compra de bens e serviços. b) apoiar-se na noção geral de interesse público. c) utilizar indicadores de desempenho em contratos de gestão. d) satisfazer as demandas do cidadão. e) ser autorreferente. FCC 2011 TRT-23 Por administração gerencial entende-se um modelo de gestão que a) privilegia a descentralização, a autonomia dos níveis gerenciais na aplicação da lei aos casos concretos e a desburocratização de toda a estrutura administrativa. b) enfatiza a aplicação rigorosa das leis contra corrupção e centralização dos processos de controle formal para garantir a eficiência do governo. c) procura alcançar resultados financeiros crescentes com base na privatização e nomeação por critérios políticos de indicação dos níveis gerenciais. d) incentiva a profissionalização do corpo operacional da administração descentralizada e a elevação horizontal dos níveis médios de remuneração dos gerentes. e) pressupõe a transferência das funções de planejamento e controle para os níveis operacionais, mas preserva o controle centralizado das funções finalísticas. (FCC 2012 TRE-CE) Na flexibilização da gestão pública intentada nas últimas décadas percebeu-se nitidamente a passagem da lógica do planejamento para a lógicada estratégia, em que na primeira estabelece-se a racionalidade técnica ou plena, decidindo-se pelo melhor plano, enquanto na segunda são ponderadas as relações entre os atores envolvidos em cada política, de modo a formular-se cenários que permitam a flexibilidade necessária às eventuais alterações nos programas governamentais. Assim, a descentralização administrativa com grande delegação de autoridade, tendo por princípio estar mais próximo do consumidor do serviço público e ser mais fiscalizado pela população, gerar competição entre as organizações do setor público, com a extensão no fornecimento de serviços públicos entre o setor público, privado e voluntário, numa estrutura de pluralismo institucional, caracterizam na gestão pública o a) gerencialismo puro. b) paradigma do consumidor (consumerism). c) empreendedorismo governamental. d) Public Service Orientation - PSO. e) Balanced Scorecard. (FCC 2012 TRE-CE) Na chamada Nova Gestão Pública há três principais vertentes, ou correntes conceituais importantes, as quais possuem vários traços em comum como, por exemplo, uma ênfase significativa nos resultados da ação governamental, ou seja, um deslocamento do foco nos processos para enfatizar os resultados. Uma delas tem sido denominada como um "neotaylorismo", isto é, uma proposta calcada na busca da produtividade e na implantação do modelo de gestão da empresa privada no setor público, outra busca a flexibilização da gestão pública, em que se observa a passagem da lógica do planejamento para a lógica da estratégia e nesta são levadas em conta as relações entre os atores envolvidos em cada política, de modo a montar cenários que permitam a flexibilidade necessária para eventuais alterações nos programas governamentais. A terceira utiliza-se de conceitos como accountability, transparência, participação política, equidade e justiça, em que é preciso que no processo de aprendizado social na esfera pública se consiga criar uma nova cultura cívica, que congregue políticos, funcionários e cidadãos. Esta última corrente é conhecida como a) Balanced Scorecard - BSC. b) Activity Based Management - ABM. c) Consumerismo. d) Gerencialismo Puro. e) Public Service Orientation - PSO. CESPE 2013 TRT Por visar atender o interesse público, a administração pública tem de alinhar suas ações e resultados às necessidades e expectativas dos cidadãos, mediante a assunção do compromisso de fazer o melhor no cumprimento da sua missão. CESPE 2013 STF A nova administração pública, que é estruturada com orientação para resultados, contrapõe-se às práticas anteriores, que mantinham seu foco na busca por eficiência nos processos administrativos. CESPE 2014 TRE Nas gestões que adotaram os modelos gerenciais de administração pública, os quais surgiram como uma fase de modernização do modelo burocrático, o Estado permaneceu responsável pela formulação e execução de serviços prestados à sociedade de forma direta. CESPE 2013 CNJ O gerencialismo caracteriza-se por manobras administrativas, como competição, incentivos de mercado, mensuração de desempenho, foco na produtividade e desregulamentação. CESPE 2011 TRE-ES O modelo de Estado gerencial é importante para que se alcancem a efetividade e a eficiência na oferta de serviços públicos, independentemente da função social do Estado. O gestor público que adota os pressupostos da administração pública gerencial focaliza o cidadão não só como cliente dos seus serviços, mas também como contribuinte de impostos. A introdução dos valores do mundo privado na gestão pública está em sintonia com as mudanças ocorridas no mundo após a queda do muro de Berlim. EEmmpprreeeennddeeddoorriissmmoo GGoovveerrnnaammeennttaall • Surgimento: • Livro “Reinventando o Governo – como o espírito empreendedor está transformando o setor público” - Osborne e Gaebler • Contexto: • Anos 80 nos EUA – gerencialismo X burocracia • Descrença da população na Adm. Pública • Estudos sobre eficiência do Estado • Diagnóstico: • Excesso de amarras para o gestor público. • Difícil fornecer serviços eficientes e de qualidade para a população. • Máquina estatal centralizadora, lenta, ineficiente e pouco responsiva às necessidades e opiniões de seus “clientes”. 19 • Necessidade de um governo empreendedor: um estilo pragmático de gestão pública. • Empreender = fazer acontecer • No governo: aproveitar recursos da melhor forma possível • Descentralizar ações: gerenciar em vez de executar • Controlar resultados, não os processos • 10 Princípios para o novo modelo. 20 EEmmpprreeeennddeeddoorriissmmoo GGoovveerrnnaammeennttaall • Governo catalisador – “navegando e não remando”. • Governo que pertence à comunidade - dar poder ao cidadão, em vez de servi-lo. Abrir-se à participação dos cidadãos. • Governo competitivo – quebrar monopólio – criar mecanismos de competição dentro das organizações públicas e entre organizações públicas e privadas. • Governo orientado por missões - deixar de lado a orientação por normas e migrar a atenção na direção da sua verdadeira missão – dar liberdade de ação para as pessoas. 21 EEmmpprreeeennddeeddoorriissmmoo GGoovveerrnnaammeennttaall • Governo de resultados - substituir o foco no controle dos inputs para o controle dos outputs e dos impactos de suas ações. Criar novos indicadores e remunerar pelo resultado e não pela ação. • Governo orientado ao cliente: criar mecanismos para atender às necessidades dos clientes, e não da burocracia. • Governo empreendedor - fazer estratégias de modo a gerar receitas e não despesas. 22 EEmmpprreeeennddeeddoorriissmmoo GGoovveerrnnaammeennttaall • Governo preventivo – proatividade e planejamento para evitar problemas - prevenção ao invés da cura. Concentrar-se nas causas dos problemas ao invés de tratar os sintomas. • Governo descentralizado – envolver os funcionários nos processos deliberativos. • Governo orientado para o Mercado – induzir mudanças através do mercado, estabelecendo regras e políticas. 23 EEmmpprreeeennddeeddoorriissmmoo GGoovveerrnnaammeennttaall • Outros fatores de destaque: • Realização de parcerias intragovernamentais, visando a vantagens - ampliação do acesso aos clientes, à tecnologia e ao capital, diminuição de risco, uso de infraestruturas compartilhadas, etc. • Mudança do estilo de liderança - de controlador de resultados para motivador, facilitador. • Preocupação na interface com o cliente - os aspectos ambiental, interpessoal, procedimental e financeiro merecem atenção especial quando do contato com o cliente; 24 EEmmpprreeeennddeeddoorriissmmoo GGoovveerrnnaammeennttaall FCC 2012 TRE-CE A inclusão e incorporação à gestão pública de características como competição na prestação de serviços, perspectiva de empreendedorismo, descentralização, ênfase no resultado e orientação para o mercado é conhecida como a) Administração pública societal. b) Governança corporativa. c) Racional-legal. d) Pós-burocrática. e) Gestão da qualidade total. CESPE 2011 TRE-ES 1 Atualmente, o setor público enfrenta o desafio de transformar as estruturas burocratizadas e flexíveis da gestão pública em estruturas empreendedoras. 2 Em uma visão empreendedora da gestão pública, que se pauta em pressupostos da administração pública gerencial, os resultados da ação do Estado são considerados bons se os processos administrativos estão sob controle e são seguros. 3 De acordo com a visão empreendedora da gestão pública pautada em pressupostos da administração pública gerencial, os resultados da ação do Estado só serão considerados bons se atenderem às necessidades do cidadão- cliente. CESPE 2012 TRE-RJ A organização pública que pretende ter uma postura empreendedora deve buscar inovações por meio de ações similares às organizações privadas, como, por exemplo, realizar tudo que não for proibidoem lei. CESPE 2013 TRT-17 Ações voltadas para o fomento ao empreendedorismo governamental devem privilegiar a competição entre os prestadores de serviço e dar poder aos cidadãos, transferindo, assim, o controle das atividades à comunidade. CESPE 2015 TRE-GO O governo empreendedor visa atender ao cidadão como cliente e, nesse atendimento, em vez de servi-lo, dá-lhe responsabilidades. • Exercício do poder e de legitimidade* do Estado e do seu governo com a sociedade. • *Legitimidade é o reconhecimento que tem uma ordem política. • Capacidade política de governar. • Condições sistêmicas mais gerais, sob as quais se dá o exercício do poder em uma sociedade, como a forma de governo, as relações entre os poderes, os sistemas partidários, etc. • Condições substantivas e materiais de exercício do poder e de legitimidade do Estado e do seu governo derivadas da sua postura diante da sociedade civil e do mercado (em um regime democrático). • Autoridade política do Estado em si, entendida como a capacidade que este tem para agregar os múltiplos interesses dispersos pela sociedade e apresentar- lhes um objetivo comum para o curto, médio e longo prazo. 28 GGoovveerrnnaabbiilliiddaaddee • Forma com que os recursos econômicos e sociais de um país são gerenciados (capacidade de gestão e técnica), com vistas a promover o desenvolvimento. • Capacidade (financeira e administrativa, em sentido amplo) que determinado governo tem para formular e implementar as suas políticas. • O conceito de governança possui um caráter mais amplo que o conceito de governabilidade, pois envolve a capacidade da ação estatal na implantação das políticas e na consecução das metas coletivas, incluindo o conjunto dos mecanismos e procedimentos para lidar com a dimensão participativa e plural da sociedade. 29 GGoovveerrnnaannççaa • Conjunto de mecanismos e procedimentos que induzem os dirigentes governamentais a prestar contas dos resultados de suas ações à sociedade, garantindo-se dessa forma maior nível de transparência e a exposição pública das políticas públicas. • Responsabilização dos agentes públicos pelos atos praticados e sua obrigação ética de prestar contas. • Quanto maior a possibilidade de os cidadãos poderem discernir se os governantes estão agindo em função do interesse da coletividade e sancioná-lo apropriadamente, mais accountable é um governo. • Horizontal X Vertical (societal e eleitoral). 30 AAccccoouunnttaabbiilliittyy GGoovveerrnnaannççaa PPúúbblliiccaa • Quatro princípios da governança corporativa: • relações éticas; • conformidade, em todas as suas dimensões; • transparência; • prestação responsável de contas – accountability • Pilares da governança pública: participação cidada ̃, transparência e medição de resultados. • Participação de diversos atores (estado, terceiro setor, mercado etc.) no desenvolvimento, na gestão de políticas e no provimento de serviços. • Amplia de forma sistemática as oportunidades individuais, institucionais e regionais; • Promove a adoção de modelos de gestão pós ou neoburocráticos: redes, modelos de gestão orgânicos, mecanismos amplos de accountability, controle e permeabilidade. 31 • Objetivos: • Modernizar o aparelho do Estado, tornando a administração pública mais eficiente, eficaz e efetiva e mais voltada para o cidadão, buscando maior governança, controle por resultados e accountability. “Estado ganha dinamismo e reduz seu papel de executor ou prestador direto de serviços, mantendo-se, entretanto, no papel de regulador, provedor ou promotor.” 32 NNoovvaa GGeessttããoo PPúúbblliiccaa FCC 2013 TRT-1 O conceito de accountability, que passou a ser bastante difundido no âmbito da Gestão de Resultados na produção de serviços públicos, corresponde a a) métrica específica para apuração dos resultados obtidos com a atuação pública, de acordo com indicadores de desempenho e performance. b) obrigação dos governantes de prestar contas de sua atuação aos administrados, envolvendo as dimensões de conformidade e de desempenho. c) sistema de avaliação interna para aferir a atuação do agente público, que objetiva a produção do melhor resultado com o menor dispêndio de recursos públicos. d) avaliação, pelas instâncias superiores da Administração, de acordo com parâmetros estabelecidos a priori, dos resultados obtidos com programas e ações públicas. e) forma de implementação de remuneração por resultados, de acordo com indicadores e metas claramente estabelecidos e voltados à melhoria dos serviços oferecidos ao usuário. (FCC 2012 TRT-6) O desenvolvimento da capacidade de governança aplicada às organizações públicas foca, principalmente, a) o desenvolvimento de estratégias de fortalecimento da burocracia profissional, por meio da universalização dos concursos públicos, redução dos cargos comissionados e eliminação da terceirização na administração pública. b) as questões ligadas ao formato político-institucional dos processos decisórios, a definição do mix apropriado do público/privado nas políticas, a participação e a descentralização, assim como o escopo global dos programas. c) a reforma do regime político, reduzindo a necessidade de coalizões amplas de sustentação do governo e aperfeiçoamento de técnicas de planejamento estratégico na gestão dos programas ministeriais. d) a redução da máquina burocrática, especialmente nos níveis gerenciais, introduzindo métodos de contratação de gestores semelhantes aos da iniciativa privada. e) a introdução da gestão por resultados, a redução dos níveis hierárquicos e maior autonomia gerencial para os níveis operacionais, responsáveis pela implementação dos programas governamentais. CESPE 2016 TRE-PI A respeito dos elementos que caracterizam governabilidade, governança e accountability na administração pública, assinale a opção correta. a) A governança pública é caracterizada pelo atendimento dos interesses dos cidadãos por meio da implantação de políticas públicas, preservando-se o equilíbrio financeiro e os interesses do governo. b) Governabilidade refere-se à capacidade de governar, à eficiência na gestão da máquina pública e à implantação das políticas públicas. c) O termo accountability está relacionado aos lançamentos contábeis das receitas e despesas de um órgão público para controle orçamentário, cuja finalidade primordial é a elaboração de demonstrações financeiras. d) As câmaras setoriais existentes no Brasil, por possuírem integrantes de sindicatos e empresariados, são exemplos de corporativismo e visam reforçar a governabilidade, embora representem ameaça para a governança do país. e) As entidades sindicais, legitimadas pelo governo, retratam um exemplo típico de clientelismo, uma vez que possuem poderes para representar classes trabalhistas e defender os interesses governamentais CESPE 2014 TJ-CE Em relação à avaliação do desempenho e ao controle organizacional em organizações públicas, assinale a opção correta. a) Accountability refere-se à capacidade de administração de um governo. b) A transparência consiste em um mecanismo de controle social que permite ao cidadão avaliar a efetividade da administração pública. c) O controle do desempenho organizacional é de responsabilidade exclusiva dos níveis estratégicos das organizações. d) O controle financeiro é admitido como objetivo principal tanto nas organizações públicas quanto nas privadas. e) Os conceitos de eficácia e eficiência aplicam-se, de forma indistinta, às organizações públicas e privadas. 1) José Matias Pereira – Manual de gestão pública contemporânea, 4ª edição. Atlas, 2012. 2) José Matias Pereira – Reforma do Estado, transparência e democracia no Brasil. Revista Académica de Economía, [Málaga], n. 26, jun. 2004. https://bvc.cgu.gov.br/handle/123456789/3066 3) Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado.http://www.bresserpereira.org.br/Documents/MARE/PlanoDiretor/planodiretor.pdf 4) Luiz Carlos Bresser-Pereira – A Reforma da Administração Pública. http://www.bresserpereira.org.br/papers/1996/96.ReformaDaAdministracaoPublica.pdf 5) Fernando Luiz Abrúcio - O impacto do modelo gerencial na Administração Pública. http://antigo.enap.gov.br/downloads/ec43ea4fAbrciocad%2010.pdf RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass Evolução do Estado Brasileiro 1 • Século XX - continuada tentativa de modernização das estruturas e processos do aparelho de Estado. ‒Mudanças pontuais X sistêmicas ‒Resposta (tardia) às transformações mundiais. • Duas principais reformas administrativas: (Obs: não há unanimidade na literatura) ‒Patrimonialismo Burocracia ‒Burocracia Gerencial Evolução do Estado Brasileiro - Origens • Independência - processo liderado pelos setores que mais se beneficiaram com a ruptura dos laços coloniais: grandes proprietários de terras e de escravos e grandes comerciantes. • Sociedade mercantil-senhorial • Patrimonialismo (com traços liberais) • Poder descentralizado (oligarquias, coronéis) • Política dos governadores 2 Estado Brasileiro: Patrimonialismo Por que precisava mudar? Brasil: década de 30 • Crise econômica mundial; • Cai preço café: oligarquias agrícolas da política café com leite perdem poder; • Revolução de 30 – Getúlio no poder; • Estruturação do Estado, indústria de base – foco na industrialização. Getúlio Vargas • Implantação do modelo burocrático no Brasil • Autoritarismo • Nacionalismo econômico • Forte centralização administrativa e intervenção do Estado nos setores produtivo e de serviços • Desenvolvimento (econômico, social, incipiente capitalismo industrial). Getúlio Vargas • Início da implantação do quadro burocrático: ‒Estatutos e órgãos (normativos e fiscalizadores) ‒Comissão Permanente de Padronização (materiais – 1930); de Compras (1931). ‒Três temas: Materiais, Finanças e Pessoas ‒Principais áreas: o Pessoal - carreiras burocráticas; oAdministração de materiais; oOrçamento como plano de administração; oRevisão de estruturas administrativas; oRacionalização de métodos. Getúlio Vargas • 1937 – Estado Novo • 1938 – DASP - Departamento Administrativo do Serviço Público: ‒Realizar estudos detalhados de estabelecimentos públicos para determinar modificações: orçamento, distribuição, processos de trabalho, relações entre os órgãos e com o público. ‒Organizar e fiscalizar orçamento ‒Organizar concursos públicos e aperfeiçoar servidores ‒Auxiliar o presidente no exame dos projetos de lei ‒Fixar padrões de materiais nos serviço público Getúlio Vargas • Autarquias - Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) ‒ “Primeiro sinal de administração Gerencial” • Estado interventor: ‒1930 a 1945 - criadas 56 agências estatais ‒Substituição das importações • Redemocratização – 1945 ‒Dutra – Plano SALTE – coordenação dos 3 níveis ‒Vargas – 1951 ‒Reforma perde força Getúlio Vargas Resultados: • Freou o patrimonialismo, mas não o extinguiu. • Coexistência dos dois modelos • Fortalecimento da classe burocrática – controle político do Estado JK • Influência do Plano Marshall: combate americano à possível expansão das doutrinas socialista e comunista. • 50 anos em 5 • EBAP: treinamento administrativo aos servidores; consultoria; busca por racionalismo, eficiência, eficácia e distinção entre política e administração. • COSB - Simplificação Burocrática • CEPA - Estudos e Projetos Administrativos • Crescente cisão Adm. direta x indireta: Descentralização • Plano de Metas: 94,8% dos recursos alocados na Administração Indireta Jânio e Jango • Reformas de Base • Estudos p/ descentralização • Golpe Militar Governos Militares • 1964 • Período Autoritário Desenvolvimentista • Comestra – Comissão Especial de Estudos da Reforma Administrativa • Preparação de projetos para aumentar o rendimento e a produtividade da administração federal. Governos Militares • Decreto-Lei n° 200/67 ‒Conduzido pela SEMOR – Subsecretaria de Modernização e Reforma Administrativa; ‒Tecnicismo; ‒Substituir Administração Burocrática por uma Administração para o Desenvolvimento Descentralização administrativa (autonomia a órgãos e agências) X Concentração do poder (dos estados para governo federal) ‒5 Princípios Fundamentais: Planejamento, Coordenação, Descentralização, Delegação de competência, Controle Governos Militares – DL 200/67 • Principais pontos: ‒Distinção entre Administração Direta e Indireta ‒Fortalecimento (autonomia) da Adm. Indireta ‒Definição de programas de duração plurianual e do orçamento-programa anual como bases para a atividade do Estado. ‒Flexibilidade de aquisição e contratação de bens e serviços; ‒Fortalecimento e flexibilização do sistema do mérito (contratação sem concurso na adm. Indireta.) Governos Militares – DL 200/67 • Resultados ‒Crises de 70 – reforma inacabada ‒Dicotomia “Estado tecnocrático e moderno” X “Estado burocrático, formal e defasado” ‒Reprodução de práticas patrimonialistas ‒Enfraqueceu o núcleo estratégico – Administração Direta • Programas: Desburocratização e Desestatização Nova República - Redemocratização • Contexto: crises econômicas. Nova República - Redemocratização • 1985 – Sarney ‒Proposta de Reforma - três objetivos: oRacionalização das estruturas administrativas oFormulação de uma política de RH oContenção de gastos públicos. ‒Fortalecer a Adm. Direta – negligenciada pelos militares ‒Criou a ENAP – formação de dirigentes Nova República - Redemocratização • Constituição 1988 – Constituição Cidadã ‒Retrocesso administrativo: novo populismo patrimonialista. ‒Centrão: coalizão política populista no Congresso; levou ao descontrole da política econômica. ‒Desenvolvimento + distribuição de renda = déficit público. ‒Eliminou a flexibilidade da administração indireta que constituía o setor dinâmico da administração pública. ‒Regime jurídico único. ‒Conversão de celetistas em estatutários. Collor • Reformas econômicas e ajuste fiscal. • Governo contraditório: Ajuste Fiscal X Corrupção, Estado mínimo (neoliberal), Demissões. FCC 2015 TRT-3 Uma das etapas relevantes que pode ser apontada na evolução estrutural da Administração pública no Brasil foi a instituição da Comissão Amaral Peixoto, que identificou, entre as questões-chave a serem solucionadas, a centralização excessiva da Administração na Presidência da República e ausência de coordenação nas ações de governo. Referidos estudos serviram de inspiração a) ao Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado – PDRAE, que implementou o modelo gerencial na Administração pública brasileira. b) ao Programa Nacional de Desburocratização, que visava aumento na eficiência e simplificação de processos. c) à edição do Decreto-Lei n° 200, de 1967, que reorganizou a Administração direta e expandiu as autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. d) ao paradigma pós-burocrático instituído com a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP, que objetivava a racionalização do serviço público. e) à consolidação do modelo de gestão por resultados instituído a partir do programa de governo denominado Gespública. (PF Escrivão) De acordo com Bresser Pereira, boa parte do treinamento administrativo e de consultoria dos anos 50 do século passado foi influenciada pelo racionalismo em busca de eficiência e eficácia e pela clara distinção entre política e administração. (PF Agente) O Decreto-lei n.º 200/1967, estatuto básico da reforma administrativa do governo militar, reafirmou a importância do planejamentoentendido sob uma ótica tecnicista. (PF Agente) A Constituição Federal de 1988 (CF) rompeu com o retrocesso burocrático que até então prevalecia, ao conceder autonomia ao Poder Executivo para tratar da estruturação dos órgãos públicos e proporcionar flexibilidade operacional aos entes da administração indireta. (PF Agente) O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) iniciou um movimento de profissionalização do funcionalismo público, mediante a implantação de um sistema de ingresso competitivo e de critérios de promoção por merecimento. (2016 TCE-PA) O Decreto-lei n.º 200/1967, na tentativa de modernizar a gestão pública no Brasil, estabeleceu como princípios fundamentais o planejamento, a organização, o treinamento e a direção. (2013 TRT-10) O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi criado com o objetivo de aprofundar a reforma administrativa destinada a organizar e racionalizar o serviço público no país. (2013 MPU) As grandes reformas administrativas do Estado brasileiro, ocorridas após 1930, foram do tipo patrimonialista, burocrática e gerencial. (2013 MPU) A reforma administrativa iniciada pelo Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) instituiu o Estado moderno no Brasil, com vistas ao combate ao patrimonialismo e à burocracia estatal. (2012 MPE-PI) A reforma burocrática mais recente da administração pública seguiu um modelo cujos pilares envolvem conceitos de impessoalidade, profissionalismo e formalidade. Reforma Gerencial Contexto: décadas de 80 e 90: • Crises econômicas. • Consenso de Washington: visão neoliberal, Estado mínimo, ajuste fiscal, liberalização comercial, redução de gastos públicos, estabilização monetária e privatização de empresas estatais. • Esgotamento do modelo de Estado mínimo. Reforma Gerencial • 1995: FHC + Bresser Pereira = Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado – MARE • Resultado: Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado ‒Documento orientador dos projetos de reforma. ‒Oriundo do diagnóstico dos principais problemas da administração pública brasileira nas dimensões institucional-legal, cultural e de gestão. ‒Propôs a implantação do Modelo Gerencial no Brasil. Reforma Gerencial - PDRAE • Diagnóstico: crise do Estado 1. Fiscal – excesso de gastos. O Estado passa a ser devedor e perde continuamente crédito; falta dinheiro para investir em serviços. 2. Falência do modelo intervencionista do Estado, que deixa de atender às demandas sociais; 3. Ineficácia do sistema (burocrático) da Administração do Estado. Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado Quatro segmentos PDRAE - Estratégias • Dimensão institucional-legal: alterar e/ou criar leis e instituições para adequar o Estado ao modelo gerencial. • Dimensão cultural: sepultar de vez o patrimonialismo e passar por uma transição burocrática–gerencial. • Dimensão gestão: colocar em prática as novas ideias gerenciais e oferecer à comunidade um serviço público mais barato, com um melhor controle e uma melhor qualidade (excelência no serviço público). PDRAE - Resultados • O Plano Diretor como um todo não foi implantado, uma vez que contou com a resistência dos servidores públicos, da população e dos partidos da oposição. • O próprio Governo FHC não deu sustentação à reforma ampla da administração pública, como previa o Plano Diretor, optando por apoiar temas pontuais com foco na estabilização econômica. PDRAE - Resultados • Quebra do monopólio na prospecção de petróleo; • Privatizações; • Agências Regulatórias; • Metas de inflação – controle estratégico; • Lei de responsabilidade fiscal; • Emenda Constitucional 19/98 ‒ Princípio da Eficiência; Avaliação de desempenho dos servidores e demissão por baixo desempenho; Contratos de gestão. • Reforma Previdência; • Bolsa-Escola, Auxílio gás – atual Bolsa Família; FCC 2011 TRE-RN O principal objetivo do Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), publicado em 1995, foi a) reduzir o planejamento centralizado, transferindo os instrumentos de coordenação e regulção do Aparelho de Estado federal para os governos estaduais. b) implantar a gestão por resultados, fortalecendo os sistemas de controle a posteriori da ação governamental. c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia. d) propor a substituição do modelo patrimonial pela administração pública, com foco no cidadão, reforçando os sistemas de controles burocráticos. e) fortalecer os órgãos centrais de planejamento estratégico do Estado, ampliando os sistemas de controle de processos. FCC 2013 TRT-15 Segundo Bresser Pereira, a crise enfrentada pela nação brasileira começara nos anos 1980 e decorria, em parte, das distorções que o Estado sofrera nas cinco décadas anteriores. Para o Ministro, a solução não era “substituir o Estado pelo mercado, mas sim reformar e reconstruir o Estado”. Com base nesse conceito, elabora, em 1995, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE, que inclui, entre seus objetivos globais, a) segregar os serviços públicos não exclusivos do Estado e outorgá-los à iniciativa privada, mediante a ampliação do processo de privatização b) reduzir a publicização característica do modelo burocrático, transferindo a entidades do terceiro setor diversos serviços públicos anteriormente desempenhados pelo Estado. c) aumentar a governança do Estado, ou seja, sua capacidade administrativa de governar com eficiência e efetividade, voltando a ação dos serviços do Estado para o atendimento dos cidadãos d) limitar as ações do Estado àquelas funções que lhe são próprias, incluindo a produção de serviços e bens para o mercado e) transferir dos Estados e Municípios para a União as ações de caráter local, fortalecendo o caráter diretivo do governo federal. (CESPE - 2012 - MPE-PI) O modelo atual que caracteriza a gestão pública no Brasil é patrimonialista, pois o Estado possui direitos de propriedade sobre os bens que administra. (CESPE - 2011 - STM) A partir do Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, a relação entre a administração e o usuário-cidadão passou a pautar-se notadamente por dimensões de excelência na prestação de serviços públicos com a participação de entidades da sociedade civil. (CESPE - 2011 - TRE-ES) Depois da reforma gerencial do Estado, adotou-se o controle por resultados nos serviços públicos, fato que acarretou aumento do grau de centralização das atividades exclusivas do Estado. (PF Escrivão) Apesar de ainda estar vigente no Estado brasileiro, a administração pública burocrática é um modelo já ultrapassado e, portanto, deve ser suplantado por completo pelo modelo de administração pública gerencial, que tem por objetivo principal a efetividade das ações governamentais e das políticas públicas. (CESPE - 2011 - TRE-ES) Após a reforma ocorrida na década de 90 do século XX, o Estado brasileiro superou o paradigma burocrático, adotando, com êxito, o modelo gerencial. (CESPE - 2011 - EBC) De acordo com o Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), o Estado pode ser dividido em quatro setores: núcleo estratégico, atividades exclusivas, serviços não exclusivos e produção para o mercado. Em três desses setores, a forma de administração resulta da combinação do estilo burocrático com o gerencial. (CESPE – 2010 – MS) Bresser Pereira trouxe conceitos inovadores com sua reforma administrativa. A publicização e a privatização fazem referência ao tamanho da máquina pública e da sua força de trabalho. Funções da Administração 1 Administrar é a tarefa de tomar decisões sobre recursos para atingir objetivos. Quatro Funções da Administração • PODC ‒Planejar é examinar o futuro e traçar objetivos e um plano de ação; defineos objetivos a atingir e como se deve fazer para alcançá-los. ‒Organizar é montar uma estrutura humana e material; alocar recursos para alcançar os objetivos; especialização, autoridade, responsabilidade, departamentalização. ‒Dirigir é manter o pessoal em atividade, reunir, coordenar e harmonizar as atividades e os esforços das pessoas; fazer as coisas andarem e acontecerem. ‒Controlar é cuidar para que tudo seja realizado conforme os planos e as orientações. Processo Organizacional PODC Processo Organizacional - Chiavenato FCC 2013 Considere as duas afirmações abaixo: O processo administrativo está intimamente ligado a qualquer situação onde haja pessoas que utilizam recursos para atingir algum tipo de objetivo PORQUE a finalidade última do processo administrativo é garantir a realização desses objetivos por meio da utilização planejada dos recursos. É correto afirmar que a) as duas são proposições verdadeiras e a segunda não é uma justificativa correta da primeira. b) as duas são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da primeira. c) a primeira é uma proposição verdadeira e a segun da falsa. d) a primeira é uma proposição falsa e a segunda ver dadeira. e) tanto a primeira quanto a segunda são proposições falsas. Consiste em determinar as atividades específicas necessárias ao alcance dos objetivos planejados na organização, com atribuição de autoridade e responsabilidade. Assinale a alternativa que preenche a lacuna corretamente. (A) Controlar (B) Organizar (C) Planejar (D) Avaliar (E) Comunicar 2012 CESPE As funções clássicas do administrador incluem a) planejamento, produção, venda e controle. b) liderança, planejamento, captação e organização. c) planejamento, organização, comando e controle. d) planejamento, execução, distribuição e organização. e) organização, comando, produção e análise. 2012 CESPE O monitoramento do progresso de uma atividade e a implementação das mudanças necessárias à sua efetivação relacionam-se à função denominada a) controlar. b) planejar. c) liderar. d) inovar. e) organizar 2014 CESPE SUFRAMA Definir a missão da organização, designar as pessoas, dividir o trabalho e definir e controlar o desempenho são funções da administração relacionadas, respectivamente, ao planejamento, à organização, à direção e ao controle. 2014 CESPE ICMBio O planejamento estabelece o alicerce para as funções de organizar, dirigir e controlar. 2013 CESPE ANP Controlar implica reunir e coordenar os recursos humanos, financeiros e de informação para que os objetivos organizacionais sejam cumpridos. 2010 CESPE ABIN Planejamento refere-se diretamente a competência interpessoal e gestão de pessoas. 2015 CESPE TCU Julgue o próximo item, a respeito das funções administrativas de planejamento, organização, direção e controle. Por meio do planejamento, definem-se os objetivos e decide-se sobre os recursos e tarefas necessários para alcançá-los adequadamente, dividindo- se o trabalho, atribuindo-se responsabilidades às pessoas e estabelecendo- se mecanismos de comunicação e coordenação. 2015 CESPE FUB 1 Estabelecer atribuições e responsabilidades entre unidades organizacionais e definir a estrutura com base no tipo de departamentalização e no tipo de organograma mais adequados para enfrentar os desafios já identificados são atividades que ocorrem no processo de direção. 2 Para assegurar a realização de objetivos organizacionais, o processo de controle deve comparar resultados alcançados com resultados esperados. 2015 MPOG Organização é a função administrativa que define objetivos e decide as tarefas e os recursos necessários para alcançá-los adequadamente. 2014 ANTAQ Atribuir e alocar tarefas em departamentos são ações relacionadas à função administrativa de planejamento. 2016 TCE-PA Um tribunal de contas que se encontre em processo de planejamento deverá elaborar um diagnóstico das suas condições de trabalho e das perspectivas de mudanças na sociedade, determinar os objetivos a serem alcançados e as ações a serem adotadas para alcançá-los, além de definir e distribuir as responsabilidades pela execução das ações. 2016 FUNPRESP Estabelecer objetivos, mensurar o desempenho e adotar medidas corretivas para sanar possíveis desvios e anormalidades são procedimentos relativos às etapas do processo de controle. Planejamento • Processo de determinar como o sistema administrativo deverá alcançar os seus objetivos – como deverá ir para onde deseja chegar. (Certo & Peter) • Ato de determinar os objetivos da organização e os meios para alcançá-los. (Daft) • Processo de estabelecer objetivos e determinar o que deve ser feito para alcançá-los. (Schermerhorn) • Planejar é ao mesmo tempo um processo, uma habilidade e uma atitude. Assim como o contrário de eficiência é o desperdício, o contrário de planejamento é improvisação. (Maximiano) Planejamento • Função inicial da Administração; • Processo de analisar a organização e o ambiente, determinar os objetivos e traçar os planos necessários para atingi-los. • Tipos comuns de planos: • Benefícios: ‒ Foco; ‒ Comprometimento; ‒ Flexibilidade, dinamismo; ‒ Agilidade; ‒ Eficiência, etc. • Inerência • Universalidade • Unidade • Previsão • Flexibilidade 14 14 Específicos (Ackoff) • Planejamento participativo • Planejamento coordenado (horizontal) • Planejamento integrado (vertical) • Planejamento permanente Planejamento: princípios Gerais (Oliveira) • Contribuição aos objetivos • Precedência do planejamento • Maior penetração e abrangência • Maior eficiência, eficácia e efetividade Planejamento: filosofias • “Planejar é também uma questão de atitude.” (Maximiano) ‒Duas atitudes básicas: proativa e reativa. • Filosofias (Djalma Oliveira): FCC 2013 MPE Planejamento é o processo de tomar decisões sobre o futuro. O resultado do processo de planejamento é a preparação de planos, que são guias para a ação futura. Um plano deve conter a) objetivo, curso de ação, previsão dos recursos necessários e meios de controle. b) apenas o resultado futuro desejado. c) a definição exclusivamente dos objetivos de longo prazo da organização. d) o estudo do ramo de negócios baseado em informações. e) todos os indicadores de funcionamento da economia. CESPE 2013 STF A modificação dos objetivos iniciais estabelecidos em um processo de planejamento é admitida como desdobramento natural do próprio processo, sem que isso resulte em perda de eficiência. Tipos de Planos Estratégico (Institucional): mapeamento ambiental, avaliação das forças e fraquezas organizacionais, decisões amplas e de longo prazo. Tático (intermediário, funcional, departamental, administrativo): tradução e interpretação das decisões estratégicas em planos concretos de médio prazo no nível departamental. Operacional: desdobramento dos planos táticos de cada departamento em planos operacionais de curto prazo para cada tarefa. 1) Temporários x Permanentes 2) Níveis Nível Estratégico -Estratégia Institucional: macro-orientada – impacta toda a organização -Otimiza a interação com o ambiente externo: diagnóstico estratégico - Genérico e sintético: menor detalhamento -Objetivos de longo prazo: menor flexibilidade e maior incerteza (riscos) -Determina missão, visão e objetivos institucionais: melhor direção a ser seguida -Geralmente formulado pela Alta Administração – Diretoria ESTRATÉGICO Níveis de Planejamento - desdobramento Planejamento Estratégico Planejamento de RH Planejamento da Produção Planejamento Financeiro Planejamento Logístico Fornecedores Alcance dos Objetivos Planos táticos Planos Operacionais Transporte Armazenagem Distribuição
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