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FARMACOLOGIA APLICADA AO ATENDIMENTO EMERGENCIAL A PACIENTES CRÍTICOS Esp.: MONALISA FERREIRA DE LUCENA ESPECIALISTA EM FARMÁCIA CLÍNICA E PRSCRIÇÃO FARMACÊUTICA MESTRANDA EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS – PPGCF - UEPB EMENTA DO MÓDULO Fundamentos teóricos básicos sobre fármacos e medicamentos, visando aplicá-los no dia-a-dia do Serviço de Urgência, Emergência e UTI. No estudo da farmacologia as bases do conhecimento técnico e científico são aprimorado, com ênfase na correlação farmacocinética-farmacodinâmica, necessário para uma abordagem apropriada e oportuna em Urgência, Emergência e UTI da farmacoterapia. Medicamentos mais utilizados na Urgência, Emergência e UTI. 2 CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 3 ORIGEM DOS MEDICAMENTOS Até por volta de 1920 predominou o uso de produtos naturais principalmente os originados de plantas. 4 ORIGEM DOS MEDICAMENTOS 5 FARMACOLOGIA: Ciência que estuda a história, a fonte, as propriedades físicas e químicas, os efeitos bioquímicos e fisiológicos, o mecanismo de ação, a absorção, distribuição, biotransformação, excreção e os usos terapêuticos dos FÁRMACOS. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 6 CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA FÁRMACO: Toda substância de estrutura química definida, que quando administrada ao organismo produzirá um efeito terapêutico. Exs. Ácido Acetilsalicílico (A.A.S); Dipirona; Paracetamol; Diclofenaco; Dexametasona. Droga de composição química definida que tem efeito biológico desejável quando em doses terapêuticas, ou tóxico quando em doses ou aplicações impróprias. 7 DROGA: Substância química dotada de atividade biológica (benéfica ou não) que se encontra em seu estado puro, podendo ser um provável medicamento. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 8 MEDICAMENTO X REMÉDIO CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 9 MEDICAMENTO: produto farmacêutico, tecnicamente elaborado, contendo um ou mais fármacos associado(s) a outras substâncias, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. É uma FORMA FARMACÊUTICA. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA AÇÃO BIOLÓGICA = EFEITO DOS FÁRMACOS EM DOSES TERAPÊUTICAS AÇÃO TÓXICA = EFEITO DE FÁRMACOS EM DOSES NÃO TERAPÊUTICAS 10 REMÉDIO: todos os meios (artifícios) utilizados com o fim de prevenir ou de curar as doenças. Sejam eles naturais ou sintéticos CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 11 TIPOS DE MEDICAMENTOS MEDICAMENTOS ALOPÁTICOS: A alopatia é o mais conhecido sistema de medicamentos usado pela medicina tradicional. O princípio básico da alopatia é combater as doenças com o uso de medicamentos que produzam efeitos contrários aos sintomas causados por elas. Por isso, a maioria de suas drogas são denominadas "anti", como por exemplo os anti-inflamatórios, antibióticos, antigripais, antialérgicos, antiácidos, antimicrobianos e outras. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA As matérias-primas para a confecção de remédios alopáticos podem ser de diferentes fontes: sintéticas, vegetais, mineiras ou animais. O que caracteriza os medicamentos alopáticos é a forma como ele exerce seus efeitos, e não sua origem. 12 TIPOS DE MEDICAMENTOS MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS: O princípio básico da homeopatia, por sua vez, é o oposto ao da alopatia. Ao invés de combater as doenças e seus sintomas com o uso de medicamentos que produzem efeitos contrários e eles, a homeopatia é baseada na cura pelo semelhante. Os medicamentos homeopáticos têm substâncias que causam os mesmos sintomas produzidos pela doença, mas em doses extremamente reduzidas. A ideia é estimular o corpo a buscar o equilíbrio. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 13 TIPOS DE MEDICAMENTOS MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS: A fitoterapia age partindo do mesmo princípio da alopatia, com uso de substâncias que causam ações contrárias aos sintomas ou às alterações das doenças. A diferença principal entre os dois tipos de terapias medicamentosas - a fitoterapia e a alopatia - é que os remédios fitoterápicos são de origem exclusivamente vegetal. A terapia, neste caso, é feita através de plantas medicinais que contêm compostos ativos comprovados por estudos, abrangendo os princípios e técnicas da botânica e da farmacologia. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 14 TIPOS DE MEDICAMENTOS MEDICAMENTOS MANIPULADOS: Os medicamentos manipulados são aqueles que são preparados em farmácias de manipulação mediante a apresentação de uma receita médica com doses individualizadas, de acordo com necessidade de cada pessoa. Medicamentos alopáticos, homeopáticos ou fitoterápicos podem ser manipulados. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 15 DOSE: Quantidade de fármaco ou de medicamento que quando introduzido em um organismo é capaz de produzir um efeito benéfico ou maléfico. VENENO: Toda substância medicamentosa ou não, pode se tornar tóxica, dependendo das maneiras seguras de utilização (dose, via de administração, frequência de administração posológica, condições do paciente, etc.). CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 16 TOXICOLOGIA A toxicologia é uma ciência multidisciplinar que tem como objeto estudar os efeitos adversos das substâncias químicas sobre os organismos. É a medida do potencial tóxico de uma substância. Não existem substâncias químicas sem toxicidade. Não existem substâncias químicas seguras, que não tenham efeitos lesivos ao organismo. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 17 EFEITO COLATERAL: Efeito secundário de um medicamento, que pode ser prejudicial ou benéfico, porém é esperado e explicado pelo mecanismo de ação do mesmo. Ocorre com as doses terapêuticas usuais do medicamento. Ex: Dramin; REAÇÃO ADVERSA AO MEDICAMENTO (RAM): É qualquer resposta a um medicamento que seja prejudicial, não intencional, e que ocorra nas doses normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças, ou para a modificação de uma função fisiológica. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 18 EFEITOS TÓXICOS - Efeitos nocivos decorrentes: Do uso crônico de um fármaco (toxicidade crônica) Uso de grandes doses (toxicidade aguda) PLACEBO: Em determinados casos, o efeito biológico não decorre da ação de um medicamento específico e sim de fatores psicológicos ou inespecíficos. INSUMO FARMACOLOGICAMENTE ATIVO (IFA): Substância química dotada de atividade farmacológica CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 19 TOLERÂNCIA: Fenômeno que ocorre quando o uso de um fármaco já não mais faz efeito na dose terapêutica, e para que o paciente obtenha o efeito desejado, é necessário doses cada vez maiores. DEPENDÊNCIA: Fenômeno onde ocorre uma mudança no metabolismo normal do paciente, causada pelo uso contínuo da droga. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 20 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Ocorrem quando dois ou mais fármacos atuam em um mesmo organismo. Sinergismo é um tipo de resposta farmacológica obtida a partir da associação de dois ou mais medicamentos, cuja resultante é maior do que a simples soma dos efeitos isolados de cada um deles. Combinações de medicamentos com toxicidade nos mesmos órgãos, por exemplo, corticosteróides e anti-inflamatórios não esteroidais (ulceração gástrica). CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA SINERGISMO 21 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Ocorrem quando dois ou mais fármacos atuam em um mesmo organismo. No antagonismo a resposta farmacológica de um medicamento é suprimida ou reduzida na presença de outro, muitas vezes pela competição destes pelo mesmo sítio receptor. São tipos de interações que podem acarretar na ineficácia do tratamento, por exemplo, no caso da associação indevida entre o propranolol (bloqueador de receptores b) e do salbutamol (agonistas de receptores b) ANTAGONISMO CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 22 CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA AGONISTAS: Fármaco que se liga ao seu receptor específico e desencadeia a resposta biológica. Ex. Adrenalina - Receptores adrenérgicos AFINIDADE ATIVIDADEINTRÍNSECA EFICÁCIA POTÊNCIA EFICIÊNCIA Receptores adrenérgicos (alfa-1): Vasoconstricção Midríase, Redução do esvaziamento gástrico. 23 AFINIDADE E ATIVIDADE INTRÍNSECA: A ação de um medicamento é afetada pela quantidade de medicamento que alcança o receptor e o grau de atração (afinidade) entre ele e seu receptor na superfície da célula. Uma vez ligados ao seu receptor, os medicamentos variam na sua capacidade de produzir um efeito (atividade intrínseca). A afinidade e a atividade intrínseca de um medicamento são determinadas pela sua estrutura química. Os medicamentos que ativam os receptores (agonistas) devem ter ambas as propriedades: devem ligar-se com eficácia a seus receptores e o medicamento, uma vez ligado a seu receptor (complexo medicamento-receptor), deve ser capaz de produzir um efeito na área-alvo. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 24 POTÊNCIA E EFICIÊNCIA A potência (força) refere-se à quantidade de medicamento (geralmente expressa em miligramas) necessária para produzir um determinado efeito, como o alívio da dor ou a diminuição da pressão arterial. Por exemplo, se 5 mg do medicamento A aliviam a dor com a mesma eficácia que 10 mg do medicamento B, o medicamento A é duas vezes mais potente que o medicamento B. A eficiência é a capacidade do medicamento de produzir um efeito (como redução da pressão arterial). Por exemplo, o diurético furosemida elimina uma quantidade muito maior de sal e de água através da urina do que o diurético hidroclorotiazida. Por isso, a furosemida tem maior eficiência do que a hidroclorotiazida. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 25 EFICIÊNCIA A eficácia difere da eficiência na medida em que leva em conta o quanto o medicamento em uso no mundo real funciona bem. Muitas vezes, um medicamento que é eficiente em estudos clínicos não é muito eficaz na sua utilização concreta. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA Por exemplo, um medicamento pode ter uma elevada eficiência na redução da pressão arterial, porém pode apresentar uma baixa eficácia, uma vez que causa tantos efeitos colaterais que as pessoas devem fazer seu uso com uma menor frequência do que deveriam ou interromper o mesmo por completo. Portanto, a eficácia tende a ser menor do que a eficiência. Uma maior potência, eficiência ou eficácia não significa necessariamente que um medicamento seja preferível a outro. Para avaliar as qualidades relativas dos medicamentos para uma pessoa, os médicos consideram muitos fatores, como as reações adversas, toxicidade potencial, duração do efeito (que determina o número de doses diárias necessárias) e o custo. 26 CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA Curva dose-resposta de dois agonistas (DE50 : Dose eficaz em 50% de Resposta Biologica). O fármaco potente necessita de dose menor para alcançar sua eficácia 27 ANTAGONISTAS: É quando o fármaco produz ação inversa ao agonista impedindo sua ligação com o sítio de ação. O antagonista possui afinidade mas não possui eficácia. Competitivos - alta afinidade mas não produzem resposta. Ganha quem tiver maior quantidade. Compete pelo mesmo sítio e depois se desliga. Não competitivos - impedem a resposta do agonista sem bloquear os receptores. Competitivo irreversível - Competem pelo mesmo sítio mas não se desligam. Como não sai a célula faz endocitose (através do lisossomo) ou produz receptores. AFINIDADE NÃO EFICÁCIA. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 28 DROGA + RECEPTOR = COMPLEXO DR POSSIBILIDADES 1- SE O FÁRMACO SE LIGA AO RECEPTOR E DESENCADEIA UMA RESPOSTA TECIDUAL, TEMOS UM AGONISTA. 2- SE A DROGA SE LIGA AO RECEPTOR SEM CAUSAR ATIVAÇÃO E IMPEDE QUE O AGONISTA SE LIGUEM TEMOS UM ANTAGONISTA. 3- SE A DROGA SE LIGA AO RECEPTOR E CAUSA UMA REDUÇÃO DO NÍVEL DE ATIVAÇÃO CONSTITUTIVA, TEMOS UM AGONISTA INVERSO. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 29 DOSES: DE 50 (dose efetiva média): Dose em que 50% dos indivíduos testados mostram resposta. DL 50 (dose letal média ou dose tóxica média DT 50): Dose em que se avalia efeitos indesejáveis. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 30 JANELA TERAPÊUTICA: Significa a área (ou faixa) entre a dose eficaz mínima, e, a dose máxima permitida. Corresponde a uma faixa plasmática aceitável na qual os resultados terapêuticos são positivos. É a margem do efeito terapêutico de um fármaco em relação a dose. CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 31 Posologia: é o modo que o medicamento deve ser administrado. Via de administração Concentração Intervalo CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 32 FORMAS FARMACÊUTICAS FORMA FARMACÊUTICA: São as formas físicas de apresentação do medicamento. E podem se apresentar nas formas: Líquidos: soluções, xaropes, suspensões (orais, tópicas e injetáveis), emulsões (orais, tópicas e injetáveis), gotas (soluções ou suspensões), injetáveis, colírios, etc. Sólidos: comprimidos, drágeas, cápsulas, pós, pastilhas, granulados, supositórios, óvulos, etc. Semi‑sólidos: pomadas, cremes, pastas, géis, etc. Gasosos: aerossóis e inalantes. 33 AS FORMAS FARMACÊUTICAS MAIS APROPRIADAS PARA CRIANÇA Líquidos: soluções, xaropes, suspensões (orais, tópicas e injetáveis), emulsões (orais, tópicas e injetáveis), gotas (soluções ou suspensões), injetáveis, colírios, etc. Semi‑sólidos: pomadas, cremes, pastas, ungüentos, etc. Gasosos: aerossóis e inalantes. 34 FINALIDADES PREVENTIVA Ex.: vacinas; PALIATIVA Ex.: analgésico; CURATIVA Ex.: antibiótico; SUBSTITUTIVA Ex.: insulina. 35 TIPOS DE AÇÃO LOCAL: Agem no local de aplicação; GERAL ou SISTÊMICA: circulam na corrente sanguínea e seu efeito atinge determinados órgãos, tecidos ou todo o organismo. 36 DIFERENCIAÇÃO 37 AÇÃO TÓPICA AÇÃO TRASDÉRMICA O órgão alvo é a pele. Pode ter efeitos locais ou sistêmicos. O órgão alvo não é a pele. Essa forma farmacêutica libera o fármaco através da pele para ir à circulação geral. DIFERENCIAÇÃO 38 MEDICAÇÃO MEDICAMENTO Ato de prescrever ou administrar um medicamento. Produto farmacêutico tecnicamente produzido e finalizado. QUAL A DIFERENÇA? 39 Produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. CONCEITOS IMPORTANTES EM FARMACOTÉCNICA MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA LEI DOS GENÉRICOS – LEI Nº 9787, DE 10 DE FEVEREIRO DE 1999. RESOLUÇÃO - RDC Nº 16, DE 02 DE MARÇO DE 2007. 40 Medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI. CONCEITOS IMPORTANTES EM FARMACOTÉCNICA MEDICAMENTO GENÉRICO 41 Aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, EXCIPIENTES E VEÍCULOS, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. CONCEITOS IMPORTANTES EM FARMACOTÉCNICA MEDICAMENTO SIMILAR RESOLUÇÃO - RDC nº 17/2007 : Requisitos necessários para o registro do medicamento similar, que determina a apresentação para registro do genérico. Resolução - RDC nº 58/2014: exige a realização de testes de bioequivalência e biodisponibilidade relativa dos similares com os medicamentos de referência 42 Resolução 58, de 10 de Outubro de 2014: Dispõe sobre as medidas adotadas junto à ANVISA pelos titulares de registro de medicamentos para a intercambialidade de medicamentos similares com os de referência. Será considerado intercambiável o medicamento similarcujos estudos de equivalência, biodisponibilidade relativa/bioequivalência farmacêutica ou bioisenção tenham sidos apresentados, analisados e aprovados pela ANVISA (Art.2º). CONCEITOS IMPORTANTES EM FARMACOTÉCNICA INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS 43 BIODISPONIBILIDADE Indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua excreção na urina. BIOEQUIVALÊNCIA Consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa de princípio(s) ativo(s), e que tenham comparável biodisponibilidade, quando estudados sob um mesmo desenho experimental. CONCEITOS IMPORTANTES EM FARMACOTÉCNICA 44 CONCEITOS IMPORTANTES EM FARMACOTÉCNICA MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA MEDICAMENTO GENÉRICO MEDICAMENTO SIMILAR 45 CONCEITOS IMPORTANTES EM FARMACOTÉCNICA INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS 46 Referência Genérico Similar equivalente* INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS CONCEITOS IMPORTANTES EM FARMACOTÉCNICA Referência Similar EQ Genérico Similar 47 ATENÇÃO Uma as principais funções da equipe de Enfermagem no cuidado aos pacientes é a administração de medicamentos. Exige dos profissionais: responsabilidade, conhecimentos e habilidades, estes fatores garantem a segurança do paciente. Constitui-se de várias etapas e envolve vários profissionais, o risco de ocorrência de erros é elevado. 48 NOVE CERTEZAS DA EQUIPE DA ENFERMAGEM 1- usuário certo; 2- dose certa; 3- medicamento certo; 4- hora certa; 5- via certa; 6- anotação certa; 7- orientação ao paciente; 8- compatibilidade medicamentosa; 9- o direito do paciente em recusar a medicação. ATENÇÃO 49 TREZE ACERTOS DA MEDICAÇÃO ATENÇÃO 50 CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA 51 FARMACOCINÉTICA: Parte da farmacologia que estuda quantitativa e cronologicamente os fenômenos de absorção, distribuição, biotransformação e eliminação dos fármacos. O que o organismo faz com o fármaco FARMACODINÂMICA: Parte da Farmacologia que estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação. O que o fármaco faz no organismo CONCEITOS IMPORTANTES NA FARMACOLOGIA 52 DISTRIBUIÇÃO EXCREÇÃO METABOLISMO ABSORÇÃO FARMACOCINÉTICA COMPONENTES: A D M E A D M E 53 ABSORÇÃO É a transferência de um fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea “Biodisponibilidade: a extensão com que uma droga atinge seu local de ação”. A 54 Tipos de transporte Difusão passiva Transporte ativo ABSORÇÃO A 55 Vias de administração Enteral Tópica Parenteral FATORES QUE INFLUENCIAM: ABSORÇÃO A 56 Forma farmacêutica e velocidade de dissolução FATORES QUE INFLUENCIAM: ABSORÇÃO A 57 Solução Suspensão Cápsulas Comprimidos Tamanho das partículas FATORES QUE INFLUENCIAM: ABSORÇÃO A 58 Quanto maior a partícula Transporte/ absorção Mais difícil e demorado Carga Um fármaco atravessa membranas com mais facilidade quando está na forma não ionizada FATORES QUE INFLUENCIAM: ABSORÇÃO A 59 FATORES QUE INFLUENCIAM: Solubilidade // Polaridade Área de superfície de absorção Circulação local pH no sítio de absorção pH do fármaco Concentração do fármaco Interação com alimentos ABSORÇÃO A 60 DISTRIBUIÇÃO Ocorre quando um fármaco, logo após a absorção, sai da corrente sanguínea e se dirige para os diferentes compartimentos do corpo. Inclusive o seu local de ação. O fármaco circula ligado a proteínas plasmáticas D 61 DISTRIBUIÇÃO D 62 LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS: DISTRIBUIÇÃO D Ligação instantânea e reversível 63 Em media 98% dos fármacos se ligam as proteínas plasmáticas, sendo que o restante em media 2%, não se ligam a estas proteínas e de fato constituem a parcela que vai fazer efeito no organismo. A medida que a fração do fármaco livre decai, o fármaco ligado se dissocia da proteína. Isso mantém a concentração de fármaco livre como fração constante do fármaco total no plasma. A fração livre quem determina a intensidade do efeito. LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS: DISTRIBUIÇÃO D 64 65 66 Volume de distribuição (VD) Descreve a proporção do fármaco que está saindo do plasma para os compartimentos teciduais. Quando o VD é pequeno, a captação pelos tecidos é limitada, já valores elevados de VD, indicam uma ampla distribuição para os tecidos DISTRIBUIÇÃO D 67 Fatores que podem influenciar na distribuição Fluxo sanguíneo: em órgãos que possuem uma alta irrigação os fármacos se distribuem mais facilmente. Ex: coração, pulmão, rins etc. Permeabilidade capilar: Passagem seletiva de drogas para o SNC. Para os fármacos passarem pela barreira hematoencefálica estes tem de ser pequenos (álcool). DISTRIBUIÇÃO D 68 METABOLIZAÇÃO É a biotransformação que ocorre no FÍGADO principalmente. Mas pode ocorrer também: Pulmão Sangue (plasma) Intestino Rins Metabolização muito rápida da duração e intensidade do efeito Metabolização muito lenta intoxicação e/ou efeitos colaterais É uma reação química catalizada por enzimas que transformam o fármaco em ATIVO, ou INATIVO 69 METABOLIZAÇÃO O metabolismo hepático sofre alterações de acordo com a idade da criança. Logo, o metabolismo hepático de xenobióticos é especialmente reduzido durante o primeiro mês de vida (a concentração de hepatócitos em neonatos corresponde a menos de 20% da dos adultos). Como consequência, a imaturidade hepática traduz-se por toxicidade marcante de alguns fármacos em recém-nascidos prematuros ou de baixo peso, como, por exemplo, a síndrome cinzenta associada ao uso de cloranfenicol. 70 Após maturação das enzimas, fluxo sanguíneo hepático, sistemas de transporte hepático e capacidade funcional do fígado são fatores importantes para a determinação da posologia No recém-nascido, a secreção biliar, essencial para eliminação de compostos endógenos e xenobióticos, é incompleta. compostos químicos estranhos a um organismo ou sistema biológico. Pode ser encontrado num organismo mas não é normalmente produzido ou esperado existir nesse organismo Que tem sua origem, desenvolvimento ou reprodução no interior do tecido de um órgão ou de um organismo. METABOLIZAÇÃO 71 No fígado e no intestino delgado, o sistema enzimático citocromo P-450 (CYP450) é o sistema conhecido mais importante para o metabolismo de fármacos. As enzimas CYP450 inativam os fármacos via: Oxidação, redução e hidrólise (fase I do metabolismo) Hidroxilação e conjugação (fase II do metabolismo) METABOLIZAÇÃO Citocromo P450 Complexo sistema enzimático constituído por isoformas de monooxigenases, que agem na presença do oxigênio, ferro e NADPH, ocasionando a oxidação da droga. 72 Metabolismo de fase I é menor nos recém-nascidos, aumenta progressivamente durante os primeiros 6 meses de vida, excede as taxas para adultos ao longo dos primeiros anos para alguns fármacos, desacelera na adolescência e, em geral, alcança as taxas para adultos no final da puberdade. METABOLIZAÇÃO FÁRMACO FASE 1 OXIDAÇÃO FASE 2 FÁRMACOS CONJUGADOS REDUÇÃO Alguns fármacos passam direto para a fase 2 O Fármaco conjugado, via de regra, é inativado. Após a Fase 1, o Fármaco pode ser ativado, inalterado ou inativado OBS. A fase 1 não é um processo obrigatório, variando de droga para droga diferente da fase 2, obrigatória a todas as drogas 73 Principais: Secundárias: EXCREÇÃO Rins 74 EXCREÇÃO Os metabólitos dos fármacos são eliminados primeiramente pela bile e pelos rins. A eliminação renal depende de: Proteína ligadora plasmática Fluxo sanguíneo renal Secreção tubular 75 EXCREÇÃONa urina alcalina os fármacos ácidos fracos são mais facilmente excretados. Na urina ácida os fármacos bases fracas são melhores excretados. Excreção biliar: bile nas fezes Excreção pulmonar: fármacos voláteis Excreção pelo leite: amamentação 76 Filtrados no glomérulo renal; Secreção ativa de algumas drogas eletrolíticas fracas, especialmente ácidos no túbulo proximal; Reabsorvidos a partir da luz tubular e transportados de volta ao sangue; Excreção passiva Excretados na urina EXCREÇÃO 77 BIODISPONIBILIDADE E BIOEQUIVALÊNCIA DE FÁRMACOS A relação DOSE/EFEITO de um fármaco é muito variável entre os indivíduos e estas variações dependem: da dose da gravidade da doença das funções cardíaca-hepática-renal da motilidade gastrintestinal da atividade hormonal da farmacocinética do fármaco do estado nutricional do paciente 78 FARMACODINÂMICA Estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação. 79 A Chave é a droga em si, a Fechadura é o receptor expresso na superfície da célula e a Porta é a própria célula. Então, para que a droga tenha algum efeito, ela deve ser uma chave precisa para encaixar na fechadura correta e abrir/fechar a porta. FARMACODINÂMICA 80 81 AGONISTAS Estas substâncias possuem grande afinidade com seus receptores e ainda possuem eficácia, ou seja, elas se ligam nos receptores específicos e causam algum efeito na célula-alvo (chave-fechadura-porta). FARMACODINÂMICA 82 ANTAGONISTA – Impede a resposta A droga tem afinidade pelo receptor, no entanto não demonstra ter ATIVIDADE INTRÍNSECA. Compete com o agonista por locais receptores; Se liga aos locais receptores e bloqueia os efeitos do agonista; FARMACODINÂMICA 83 FARMACODINÂMICA 84 DOR Dor é uma experiência subjetiva de caráter desagradável com componentes emocionais em resposta a uma lesão tecidual real ou potencial ou alterações de funções neurais. CLASSIFICAÇÃO DA DOR FISIOLOGIA DA DOR Fibras nociceptivas Impulsos de fibras aferentes FARMACOS OPIÓIDES Ópio é extraído do suco da papoula; Morfina e outros alcaloides; Papaver somniferum Causa euforia, analgesia e evita a diarreia . Membros da família de receptores acoplados à proteína G e inibem a adenililciclase, associados à canais iônicos. EFEITOS DOS FARMACOS OPIÓIDES Analgesia - antinociceptiva e reduz o componente afetivo da dor. Hiperalgesia – é um fenômeno que cria uma resposta aumentada do sistema nervoso a qualquer estímulo. Analgesia uma espécie de anestesia no parto normal. É usada exclusivamente nessa modalidade de parto por conseguir promover a perda da sensibilidade da dor, bloqueando as fibras nervosas que a captam na pele, nos músculos e nos tecidos, e que a levam até o sistema nervoso central. EFEITOS DOS FARMACOS OPIÓIDES Euforia ; Depressão respiratória; Miose; Náuseas e Vômitos; Depressão reflexo da tosse (codeína). Contração do músculo liso biliar, podendo resultar em cólica biliar; Função renal deprimida; Podem prolongar o trabalho de parto; Diminuir níveis de testosterona, resultando em diminuição da libido, energia e do humor. As mulheres podem apresentar dismenorreia ou amenorreia. EFEITOS ADVERSO DOS OPIÓIDES EFEITOS ADVERSO DOS OPIÓIDES Dependência A interrupção da administração do fármaco resulta em uma síndrome de abstinência característica, reflete um rebote exagerado dos efeitos farmacológicos agudos do opioide. Tolerância Fenômeno pelo qual doses repetidas de opioides apresentam uma diminuição do efeito analgésico. EFEITOS ADVERSO DOS OPIÓIDES 94 AGONISTAS OPIÓIDES Os agonistas opióides são usados para aliviar ou reduzir a dor sem fazer a pessoa perder a consciência. Alguns agonistas opióides ainda tem efeitos antidiarréicos e antitussígenos. Ex.: Morfina O termo opióide designa qualquer derivado da planta ópio DEFINIÇÃO RESPOSTA IMEDIATA 96 ANTAGONISTAS OPIÓIDES Os ANTAGONISTAS OPIÓIDES não são medicações para dor. Eles bloqueiam os efeitos dos agonistas opióides e são usados para reverter reações adversas as drogas como a depressão respiratória e do SNC produzidos por essas drogas, fazendo com que a dor do paciente volte a ocorrer. EFEITOS DOS ANTAGONISTAS e AGONISTAS DOS OPIÓIDES TGI Constipação (redução da motilidade do TGI); O atraso no esvaziamento gástrico pode retatdar a absorção de outros fármacos. OUTROS Libera histamina (mastócitos), com urticária e prurido no local da injeção e broncoconstrição com hipotensão como efeitos sistêmicos; Hipotensão e bradicardia (doses elevadas). EFEITOS DOS ANTAGONISTAS e AGONISTAS DOS OPIÓIDES OUTROS Contração do músculo liso biliar, podendo resultar em cólica biliar; Função renal deprimida; Podem prolongar o trabalho de parto; Diminuir níveis de testosterona, resultando em diminuição da libido, energia e do humor. As mulheres podem apresentar dismenorreia ou amenorreia EFEITOS DOS ANTAGONISTAS e AGONISTAS DOS OPIÓIDES 1- Estimulação: provocam aumento da atividade das células atingidas. Ex: cafeína – aumenta atividade cerebral FARMACODINÂMICA – TIPOS DE AÇÕES DAS DROGAS 2 - Depressão Provoca diminuição da atividade da célula atingida pela droga. Ex: barbitúricos (antiepilépticos) – deprimem o SNC FARMACODINÂMICA – TIPOS DE AÇÕES DAS DROGAS 3- Irritação: A droga atua sobre a nutrição, crescimento e morfologia dos tecidos vivos. Ex: Purgativos: irritam as células da mucosa intestinal, estimulando o peristaltismo e provocando a evacuação. FARMACODINÂMICA – TIPOS DE AÇÕES DAS DROGAS 4- Antiinfecção: Destinam-se a destruição ou neutralização de organismos patógenos, do tipo bactérias, fungos e vírus.. Ex: Antibióticos - Azitromicina FARMACODINÂMICA – TIPOS DE AÇÕES DAS DROGAS 5- Reposição: Terapia de substituição – hormônios naturais ou sintéticos no tratamento de doenças de insuficiência. Ex: T3 e T4. FARMACODINÂMICA – TIPOS DE AÇÕES DAS DROGAS COMPONENTES DE UMA FORMULAÇÃO 105 SUBSTÂNCIA ATIVA representa o componente da formulação responsável pelas ações farmacológicas, Princípio Ativo No caso de haver mais de uma substância ativa, teremos: Base: é a substância ativa com maior atividade farmacológica, quer pelo seu potencial de ação, quer pelo seu volume. Adjuvantes: são substâncias adicionadas à formulação herbicida ou à calda herbicida para aumentar a eficiência do produto ou modificar determinadas propriedades da solução. O QUE É PRINCÍPIO ATIVO? Justiça condena Schering a pagar R$ 1 mi por "pílulas de farinha" da Folha Online O laboratório Schering do Brasil foi condenado a pagar indenização coletiva de R$ 1 milhão por ter colocado no mercado o anticoncepcional Microvlar sem princípio ativo, caso que ficou conhecido como "pílulas de farinha". COMPONENTES DE UMA FORMULAÇÃO 107 Veículo: parte da forma farmacêutica que lhe confere forma e volume, gerando maior estabilidade, tem ação farmacológica. Excipente: é o veículo que tem ação passiva destina-se a dar forma, aumentar o volume; Intermediário: estabilidade física e homogeneidade. 108 Corretivo: todo ingrediente encontrado numa formulação que visa corrigir o produto final em suas propriedades organolépticas e visuais. Edulcorantes: conferem sabor agradável à preparação. Corantes: conferem cor as formas farmacêuticas COMPONENTES DE UMA FORMULAÇÃO Como Administrar os Medicamentos? QUAIS AS FASES REPRESENTADAS NAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO? I. Fase farmacêutica (Desintegração e dissolução) Plasma II. Fase farmacotécnica (Absorção) III. Fase farmacodinâmica (Interação fármaco-receptor) VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 111 VIA ORAL Absorção intestinal Absorção sublingual VIA PARENTERAL Via intradérmica Via subcutânea Via intramuscular Via endovenosa 112 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA INALATÓRIA OUTRAS VIAS Retal Ocular Intranasal Dérmica 113 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Absorção sublingual São absorvidos pelos pequenos vasos sanguíneos por baixo da língua. A via sublingual é especialmenteboa para a nitroglicerina, que é utilizada no alívio da angina porque a absorção é rápida e o medicamento ingressa diretamente na circulação geral, sem passar através da parede intestinal e pelo fígado. A maioria dos medicamentos não pode ser administrada por essa via, porque a absorção é, em geral, incompleta. VIA ORAL 114 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA ORAL Administração Enteral (oral) - a ingestão é o método mais comum de prescrição de um fármaco. Vantagens: mais seguro, mais conveniente, mais econômico. Desvantagens: irritação da mucosa gástrica; interferência na digestão; dificuldade de deglutir. 115 VIA PARENTERAL Pode ser dividida em diversas vias de administração, considerando como as mais importantes: Intradérmica Subcutânea Intramuscular Intravenosa VANTAGENS: a disponibilidade é mais rápida e mais previsível. No tratamento de emergências. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 116 117 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA INTRADÉRMICA Via restrita Pequenos volumes – de 0,1 a 0,5 mililitros Usadas em reações de hipersensibilidade Provas de PPD Provas alérgicas Aplicação de vacinas: BCG 118 VIA INTRADÉRMICA Local mais apropriado: face anterior do antebraço Pobre em pelos Possui pouca pigmentação Possui pouca vascularização Ter fácil acesso a leitura VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 119 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA SUBCUTÂNEA 120 VIA SUBCUTÂNEA A medicação é introduzida na tela subcutânea / hipoderme Absorção lenta, através de capilares, ocorre de forma contínua e segura O volume não deve ultrapassar 03 mililitros Usada para administração Vacinas (rábica e sarampo) Anticoagulante (heparina) Hipoglicemiantes (insulina) VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 121 O local de aplicação deve ser revezado, quando utilizado por período indeterminado Ângulo da agulha 90 °C – agulhas hipodérmicas e pacientes gordos 45°C – Agulhas normais e pacientes magros VIA SUBCUTÂNEA VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 122 Complicações Infecções inespecíficas ou abscessos Formação de tecido fibrótico Embolias – por lesão de vasos e uso de drogas oleosas ou em suspensões Lesão de nervos Úlceras ou necrose de tecidos VIA SUBCUTÂNEA VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 123 VIA INTRAMUSCULAR VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 124 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA INTRAMUSCULAR Via muito utilizada, devido a absorção rápida Músculo escolhido Deve ser bem desenvolvido Ter fácil acesso Não possuir grande calibre e nem nervos 125 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA INTRAMUSCULAR Quando não devemos utilizar a região glútea? Crianças < 2 anos Pctes com atrofia da musculatura Paralisia de membros inferiores Complicações Deve-se evitar o nervo ciático Infecções e abscessos 126 VIA ENDOVENOSA Via muito utilizada, com introdução de medicação diretamente na veia Local apropriados Melhor local: face anterior do antebraço (lado esquerdo) Membros superiores Evitar articulações Indicações Necessidade imediata de ação Grandes volumes – hidratação Coleta de sangue para exames VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 127 VIA ENDOVENOSA VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Tipos de medicamentos injetados na veia Soluções solúveis na veia Líquidos hiper, iso ou hipotônicos Sais orgânicos Eletrólitos medicamentos Não oleosos Não deve conter cristais visíveis em suspensão As drogas não criam funções dos órgãos ou sistemas sobre as quais atuam, elas apenas modificam as funções preexistentes. VIAS DÉRMICA Adesivos e implantes subdérmicos Fornecem liberação sustentada dos ativos ao longo do tempo e fluxo constante do medicamento diminuindo o risco de efeitos colaterais, pois mantém o nível do princípio ativo no sangue constante VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS FARMACOTERAPÊUTICA Uso de drogas para tratar doenças; O tipo de terapia prescrita depende da gravidade, urgência e prognóstico da condição do paciente. FARMACOTERAPÊUTICA TIPOS DE TERAPIA FARMACOLÓGICA TERAPIA AGUDA: Quando é necessário uma terapia intensiva aguda; TERAPIA EMPÍRICA: Baseada na experiência prática e não em dados científicos; TERAPIA DE MANUTENÇÃO: Para pacientes crônicos; TERAPIA SUPLEMENTAR OU DE REPOSIÇÃO: Para repor ou substituir substâncias que faltam no corpo; TERAPIA DE APOIO: Não trata a doença mas ajuda os outros órgãos corporais até a condição ser resolvida; TERAPIA PALIATIVA: Para pacientes com doenças terminais. Fatores que afetam o tipo de terapia: Idade; Dieta; Interações medicamentosas; Função hepática; Função renal; Função cardiovascular; Doença; Função Gastrointestinal; Infecção; FARMACOTERAPÊUTICA REAÇÕES ADVERSAS O efeito desejado de uma droga é designado como resposta terapêutica esperada. Uma resposta adversa à droga é uma resposta prejudicial indesejada; Podem ser leves (desaparecem ao suspender a droga); Debilitantes (crônicas) REAÇÕES ADVERSAS A maioria são preditas pelos profissionais, pois os efeitos farmacológicos já são conhecidos; Podem ser relacionados à dose ou à sensibilidade do paciente. As reações relacionadas à dose incluem: Efeitos secundários; Hipersensibilidade; Intoxicação por doses excessivas; Efeitos Iatrogênicos. REAÇÕES ADVERSAS DOSE - EFEITOS SECUNDÁRIOS Quando uma droga produz tipicamente um efeito terapêutico mais importante, assim como efeitos secundários que podem ser benéficos ou adversos. Ex: Morfina (Usada para o controle da dor) Pode causar efeitos secundários indesejáveis como: constipação intestinal e depressão respiratória. REAÇÕES ADVERSAS DOSE – HIPERSENSIBILIDADE Um paciente pode ser excessivamente sensível às ações farmacológicas de uma droga. Ex: Metoclopramida (usada em distúrbios gastrointestinais) REAÇÕES ADVERSAS DOSE - INTOXICAÇÕES POR DOSES EXCESSIVAS Pode ocorrer ao ser tomada uma dose excessiva intencional ou acidentalmente; A conseqüência é uma resposta exagerada à droga; Pode ocasionar: depressão respiratória, colapso cardiovascular e morte. REAÇÕES ADVERSAS DOSE - EFEITOS IATROGÊNICOS Drogas antineoplásicas, aspirina, corticosteróides, causam comumente irritação e sangramento GI. Asma induzida por propanolol (anti-hipertensivo) Surdez por gentamicina (antibiótico) REAÇÕES ADVERSAS SENSIBILIDADE DO PACIENTE Reação alérgica: Acontece quando o sistema imune de um paciente identifica uma droga como substância estranha perigosa. Pode variar de um choque anafilático a uma leve erupção na pele com prurido. O QUE ACONTECE NORMALMENTE E CAUSA ERROS E INTOXICAÇÕES MEDICAMENTOSAS? 139 RECEITA ILEGÍVEL 140 RECEITA ILEGÍVEL 141 RECEITA ILEGÍVEL 142 A análise dos erros, ocorridos nos Estados Unidos pela FDA (MedWatch Program) e USP-ISMP (Medication Errors Reporting Errors), mostra que as causas dos erros são multifatoriais. Dentre as principais causas estão: Falta de conhecimento sobre os medicamentos; Falta de informação sobre os pacientes; Violação de regras, deslizes e lapsos de memória; Erros de transcrição; Falhas na interação com outros serviços; Falhas na conferência das doses; Problemas relacionados à bombas e dispositivos de infusão de medicamentos; Inadequado monitoramento do paciente; Erros de preparo e falta de padronização dos medicamentos. 143 MEDICAMENTOS USADOS NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Adrenalina A Epinefrina é um fármaco adrenérgico; antiasmático, vasopressor e estimulante cardíaco Observar para agitação, nervosismo, tendência suicida, alucinações e anginas Aminofilina Indicado no tratamento de asma brônquica, bronquite, insuficiência respiratória e cardíaca Monitorar balanço hídrico ou sinais de desidratação e não deve ser utilizado em gravidez ou lactação. Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Ampicilina Tratamento de infecções do trato respiratório, gastrointestinal e geniturinárias Administrar com rapidez para evitar a formação de cristais na agulhade punção. Amiodarona Antiarrítmico,Indicação arritmias supraventriculares e ventriculares. Ação: Age na excitabilidade e na condutividade do estímulo elétrico. No início da terapia ou durante o ajuste da dose, monitore: PA, FC e RC, diante de qualquer alteração, comunique o médico MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Alteplase Trombolítico. Indicação: tromboembolia pulmonar, IAM. Ação: Dissolução do trombo em casos de obstrução de vasos sanguíneos. OBS: arritmias, sangramento, hipotensão. Atropina Agente que atua no sistema parassimpático. Indicação: bradicardia. Ação: age aumentando a condução do estímulo elétrico e consequentemente a frequência cardíaca. OBS: calor, rubor, taquicardia, palpitações e. Bicarbonato de sódio: solução alcalina MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Bicarbonato de sódio Solução alcalina Indicação: correção da acidose metabólica. Ação: neutraliza o meio ácido. Em excesso pode causar alcalose metabólica Brometo de Ipratrópio Indicado como bronco-dilatador na DPOC e outras patologias que causem bronco-espasmo Inspecionar a pele em busca de rações cutâneas. MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Captopril Indicado para HAS e ICC Monitorar a P.A. de 30 em 30 minutos. Observar sinais de edema periférico Cefalexina Amigdalite, otite, faringite e sinusite. Infecções respiratórias baixas. Infecção da pele e tecidos moles. Infecção geniturinária. Monitorar temperatura, reações cutâneas, edema e diarreia. MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Clopidogrel Ante agregante plaquetário Indicação: redução de eventos atero esclerose. Ação: inibi a formação da agregação das plaquetas. OBS: sinais de hemorragia ou sangramentos Dexametasona Corticoide Indicação: diminui o processo inflamatório através da retirada no líquido intracelular. OBS: retenção de sódio, hipertensão, aumento de peso MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Diazepan Benzodiazepínico.Indicação: tratamento da ansiedade. Relaxante muscular. Alívio sintomático da abstinência alcoólica aguda, sedação, crise convulsiva, miorrelaxante e ansiolítico. Ação: age no SNC monitorar estado cardíaco, reações de hipersensibilidade e diplopia. Diltiazen Anti-hipertensivo Indicação: hipertensão. Ação: atua nos canais de cálcio. OBS: Efeitos colaterais: hipotensão, arritmias. MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Dipirona Analgésico e antipirético como há riscos para o sangramento, evitar que o paciente ande descalços, evitando quedas e ferimentos. Dobutamina cardiotônico não digitálico Ação: correção do desequilíbrio hemodinâmico. Ação: estimula os receptores beta adrenérgico do músculo cardíaco aumentando a força de contração. Durante a terapia, monitore: PA,ECG,fluxo urinário, débito cardíaco, PVC, pressão sanguínea pulmonar e pressão dos capilares pulmonares OBS: aumento da frequência cardíaca. MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Dopamina Alguns tipos de choque acompanhados de oligúria e resistência vascular periférica baixa ou normal. Choque cardiogênico e bacteremia, hipotensão intensa seguida da remoção da feocromocitoma. Monitorar estado hídrico e reações neurológicas. Enalapril Indicado para tratar a HAS Monitorar pressão arterial e estado hídrico. Podem ocorrer reações de hipersensibilidade MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Epinefrina Droga vasoativa Indicação: reanimação cardipulmonar, reações anafiláticas e asma. Ação: vasoconstrição periférica. diminuição do débito urinário, visão turva, fotofobia. Estreptoquinase Trombolítico Indicação: tromboembolia pulmonar e IAM. Ação: dissolução dos trombos em casos de obstrução de vasos sanguíneos. OBS: arritmias, sangramento, hipotensão. MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Fentanil (analgésico –narcótico) ação:Como a morfina possui ação bimodal, realiza depressão de áreas cerebrais como: córtex cerebral, tálamo, córtex sensorial, os centros da tosse e respiratório e estimulo da medula espinhal, nervo vago, os centros de vômito e o núcleo do terceiro par craniano. Indicações:Consistem em sedação, analgesia principalmente em intervenção cirúrgica Atentar para sinais de alteração de comportamento: registrar escala de sedação de Ransay MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Fenitoína Convulsão; epilepsia; estado epilético; nevralgia do trigêmeo Ação: age no córtex motor inibindo a propagação da crise. Atentar-se para alterações neurológicas, principalmente na fala. Monitorar estado neurológico. Haloperidol Agitação psicomotora em casos de psicopatias agudas e crônicas, tipo mania, demência, oligofrenia e esquizofrenia Após a administração do medicamento, promover o descanso do paciente devido a risco de movimentação psicomotora involuntária. MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Lidocaína Anestésico local ,antiarrítmico Indicação: arritmias cardíacas. Ação: age no sistema de condução elétrica do coração. Cuidado para reações de hipersensibilidades. Manitol diurético osmótico Indicação: edema cerebral. Ação: age diminuindo o edema por diferença de concentração. OBS: desidratação, cefaleia, náuseas e vômitos MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Midazolan benzodiazepínicos Indicação: sedação, crise convulsiva, miorrelaxante e ansiolítico. Ação: age no SNC. OBS: dependência química, ataxia, diplopia, tontura, amnésia. Nifedipino Indicado para HAS Monitorar pressão arterial. MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Nistatina Candidíase oral e vulvovaginal Orientar o/a paciente a não ter relações sexuais durante o tratamento. Utilizar roupas íntimas de algodão e orientar em relação ao correto uso do aplicador vaginal. Nitratos e nitroglicerina Vasodilatador coronariano Indicação: angina instável e estável. Ação: vasodilatador arterial diminuindo o consumo de oxigênio. OBS: hipotensão e síncope. MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Nitroprussiato de Sódio Vasodilatador arterial e venoso Indicação: emergências hipertensivas. Ação: vasodilatador arterial e venoso. hipotensão Noradrenalina Droga vasopressora Indicação: choque séptico, situações de baixa resistência periférica. Ação: age melhorando a resistência vascular periférica, podendo diminuir o débito cardíaco Efeitos colaterais: cianose de extremidades, hipoperfusão renal, mesentérica e hepática. MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Omeprazol Úlcera duodenal, úlcera gástrica, úlceras resistentes. Esofagite de refluxo. Síndrome de Zollinger- Ellison. Erradicação do Helicobacter pylori em combinação com antibióticos. Lesões gástricas provocadas por drogas anti-inflamatórios não esteroides. Recomendar ao paciente o não uso de alimentos ricos em gorduras e pouco saudáveis durante o tratamento MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Sulfato de Magnésio Eletrólito Indicação: pré-eclampsia, “torsades de pointes” Ação: conversão do ritmo cardíaco. Efeitos colaterais: redução da frequência cardíaca e respiratória, hipotonia, hipotensão transitória. Tirofiban Trombolítico Indicação: TEP, IAM e TVP. Ação: dissolução dos trombos em casos de obstrução de vasos sanguíneos. Efeitos colaterais: arritmias, sangramentos, hipotensão. MEDICAMENTOSMAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Indicação Ação ou Indicação Cuidados de Enfermagem Tramadol É indicado para dor de intensidade moderada a grave, de caráter agudo, subagudo e crônico. Monitorar pressão arterial e atentar-se para náuseas e vômitos.*Durante a terapia monitore frequentemente a função intestinal Todo medicamento deve ser administrado de acordo com a necessidade de cada paciente. MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADAS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA SEDATIVOS X ANALGÉSICOS Sedativo é o nome que se dá aqueles medicamentos que são capazes de reduzir a ansiedade e exercer um efeito calmante, com pouco ou nenhum efeito sobre as funções motoras ou mentais. O termo sedativo é sinônimo de calmante ou sedante. Os representantes deste grupo são: Álcool (álcool ou álcool etílico de etilo) Alprazolam (Xanax) Hidrato de cloral (Somnote) Chlordiazepoxide (Librium) Clorazepate (Tranxene) Clonazepam (Klonopin) Diazepam (Valium) Estazolam (Prosom) Quando um sedativo é capaz de diminuir a dor ele recebe o nome de analgésico. Analgésico é um grupo diversificado de medicamentos que diminuem ou interrompem as vias de transmissão nervosa, reduzindo a percepção de dor. Estes fármacos organizam-se em 2 grupos: analgésicos opiáceos (associados à morfina) analgésicos não opiáceos (classe composta por medicamentos que atuam contra a dor e/ou febre mas sem capacidade de combater a inflamação e medicamentos anti-inflamatórios não esteroides). SEDATIVOS X ANALGÉSICOS ANTI- INFLAMATÓRIOS Possuem dois grupos de substâncias: CLASSIFICAÇÃO ANTI- INFLAMATÓRIOS HORMONAIS CLASSIFICAÇÃO A Cox 1 está associada à produção de prostaglandinas e resulta em diversos efeitos fisiológicos, como proteção gástrica, agregação plaquetária, homeostase vascular e manutenção do fluxo sanguíneo renal. Em contraste, a Cox 2 está presente nos locais de inflamação, sendo, por isso, denominada de enzima indutiva. CLASSIFICAÇÃO ANTI- INFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAIS 174 CÁLCULOS DE DOSES DE MEDICAMENTOS INTRODUÇÃO À DOSAGEMC DOSAGEM é a quantidade de medicamento ou agente prescrito para um determinado paciente ou condição. DOSE é a porção medida do medicamento tomada de cada vez. Os fatores que influenciam na dosagem são: idade, sexo, condição do paciente, fatores psicológicos, fatores ambientais, Temperatura, Método de administração, Fatores genéticos e peso corporal. Embora muitos Hospitais trabalhem com as doses dos fármacos personalizadas e prontas para o uso de cada paciente existe a necessidade de calcular a dosagem prescrita para evitar equívocos ou erros, pois, a apresentação do fármaco (quantidade do fármaco por mg ou por ml) nem sempre coincide com a quantidade de cada dose que deve ser administrada. DOSES DE MEDICAMENTOS NÃO ESQUECER! 1 ml = 20 gotas = 60 microgotas 1 gota = 3 microgotas 1,0 grama = 1000 mg 1,0 litro = 1000 ml. 100 UI = 1 ml. Colher de sopa (1 medida adulta) = 15 ml. Colher de sobremesa = 10 ml. Colher de chá = 5 ml. Colher de café = 3 ml. CONCEITOS BÁSICOS ENVOLVIOS NO CÁLCULO DE MEDICAMENTOS SOLUÇÃO Mistura homogênea composta de solvente e soluto. SOLUTO: É a porção menor da solução; SOLVENTE: É a parte maior da solução; Exemplo: No soro glicosado a água é o solvente e a glicose é o soluto. CONCEITOS BÁSICOS ENVOLVIOS NO CÁLCULO DE MEDICAMENTOS CONCENTRAÇÃO A relação entre a quantidade de soluto e solvente. Exemplo: g/ml a quantidade em gramas de soluto pela quantidade em mililitros de solvente. CONCEITOS BÁSICOS ENVOLVIOS NO CÁLCULO DE MEDICAMENTOS PROPORÇÃO Forma de expressar uma concentração e consiste na relação entre soluto e solvente expressa em “partes”. Exemplo: 1:500, significa que há 1g de soluto para 500ml de solvente. CONCEITOS BÁSICOS ENVOLVIOS NO CÁLCULO DE MEDICAMENTOS REGRA DE TRÊS Relação entre grandezas proporcionais. A regra de três permite de forma simples, estruturar o problema obtendo sua solução, que neste caso, é a prescrição determinada. Importante observar que a regra de três só se faz necessária, quando não conseguimos resolver o problema de maneira direta. Vejamos um exemplo: CONCEITOS BÁSICOS ENVOLVIOS NO CÁLCULO DE MEDICAMENTOS REGRA DE TRÊS Tenho ampolas de dipirona com 2ml de solução. Quantos ml tenho em três ampolas? FORMA DIRETA: 2ml x3 ampolas = 6ml nas três ampolas POR REGRA DE TRÊS: 1 ampola.........2ml. 3 ampolas.......X FRACIONAMENTO DE DOSES Quando a apresentação dos fármacos é maior ou menor que a dose prescrita pelo médico, deve-se utilizar uma regra de três simples. CÁLCULO DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO ORAL PRESCRIÇÃO MÉDICA Novalgina gotas 1,0 grama v.o DISPONÍVEL: Novalgina gotas 500 mg/ml; Quantos ml ou gotas devem administrar? DISPONÍVEL............................VOLUME PARA DILUIR PRESCRIÇÃO.......................... X DA QUESTÃO CÁLCULO DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO ORAL 1º PASSO 1 ml 500 mg. X 1000 mg. X.500 = 1. 1000 X.500 = 1000 X = 1000 500 X = 2 ml. CÁLCULO DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO ORAL Quantas gotas devem ser administradas? 2º PASSO 1 ml 20 gotas. 2 ml X 1.X = 2.20 X = 40 X = 40 GOTAS Administrar 40 gotas DOSAGEM PARA LACTENTES E CRIANÇAS CUIDADO!! As crianças não são capazes de tolerar as doses de medicamentos administradas a adultos; Alguns médicos usam o método a área de superfície corporal para estimar a dosagem para crianças Regras e fórmulas para cálculo de dose com base no peso do paciente DOSES EM PEDIATRIA 189 EXERCÍCIO Como podemos diferenciar a Farmacocinética da Farmacodinâmica? O que são fármacos Opióides? Quais os efeitos adverso dos Opióides? Como atuam os Medicamentos Agonistas e Antagonistas no organismo? Diferencie Tolerância de Dependência? Comente sobre os tipos de interações medicamentosas. FARMACOLOGIA APLICADA AO ATENDIMENTO EMERGENCIAL A PACIENTES CRÍTICOS Esp.: MONALISA FERREIRA DE LUCENA ESPECIALISTA EM FARMÁCIA CLÍNICA E PRSCRIÇÃO FARMACÊUTICA MESTRANDA EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS – PPGCF – UEPB E-MAIL: monalisa.lucena16@gmail.com
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