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RESUMO O presente trabalho buscou estudar a empresa A Cinderela Calçados priorizando análise à luz do marketing. A empresa integra o ramo Varejista e a no mercado há mais de 15 anos. A sua primeira loja foi inaugurada na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte e atualmente possui filiais em todos os estados do Nordeste. Foi realizada uma pesquisa diretamente com a empresa por meio eletrônico a respeito dos aspectos práticos que envolvem o desempenho de suas atividades estão correlacionados com inteligência de marketing, a gestão da comunicação e a dinâmica das relações interpessoais. Além disso, o projeto teve como propósito fazer uma associação entre teoria e prática contemplando aspectos relevantes capazes de formar uma fundamentação teórica consistente sobre os temas trabalhados. Percebeu-se que é muito importante fazer a associação entre teoria e prática para a compreensão de diversos aspectos que estão somente na teoria. Este tipo de projeto permite uma ampla compreensão a respeito dos conteúdos estudados em sala de aula e a possibilidade de crescimento profissional para os alunos. Palavras-chave: Empresa. Marketing. Dinâmica. Teoria. ABSTRACT The present work sought to study the company Cinderella Footwear prioritizing analysis in the light of marketing. The company has been part of the Retail and market for more than 15 years. Its first store was inaugurated in the city of Natal, in Rio Grande do Norte and currently has branches in all states of the Northeast. A search was conducted directly with the company through electronic means regarding the practical aspects that involve the performance of its activities are correlated with marketing intelligence, communication management and the dynamics of interpersonal relationships. In addition, the project aimed to make an association between theory and practice contemplating relevant aspects capable of forming a consistent theoretical foundation on the themes worked. It was noticed that it is very important to make the association between theory and practice to understand several aspects that are only in theory. This type of project allows a broad understanding of the contents studied in the classroom and the possibility of professional growth for students. Keywords: Company. marketing. dynamics. The theory. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 5 2. INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO ................... 6 3. GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA .................................................... 11 4. DINÂMICAS DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ..................................... 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 18 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 20 5 1. INTRODUÇÃO De maneira introdutória é muito importante fazer algumas considerações específicas a respeito da empresa escolhida para estudo dos aspectos teóricos e práticos que serão abordados no decorrer desta construção. O presente trabalho buscou estudar a empresa A Cinderela Calçados priorizando análise à luz do marketing. A empresa integra o ramo Varejista e a no mercado há mais de 15 anos. A sua primeira loja foi inaugurada na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte e atualmente possui filiais em todos os estados do Nordeste. Foi realizada uma pesquisa diretamente com a empresa por meio eletrônico a respeito dos aspectos práticos que envolvem o desempenho de suas atividades estão correlacionados com inteligência de marketing, a gestão da comunicação e a dinâmica das relações interpessoais. Inicialmente, deve-se entender que a inteligência de marketing transforma dados em estratégia competitiva de forma a compreender o mercado e o consumidor. E essa necessidade é crescente. Os autores consideram a análise e a integração de dados internos, mercadológicos e de comportamento do consumidor na formação de um sistema inteligente de marketing com foco no mercado brasileiro. Além disso, considera-se ainda que a interação grupal é o que garante o sucesso de um grupo. Quando os membros se conhecem, se expressam e se comunicam de forma livre e participam do planejamento da atividade do grupo, eles conseguem desenvolver uma identidade coletiva, o que contribui para que os membros saibam individualmente sua posição no grupo, assim como suas atribuições. Tudo isso contribui para aumentar as chances de sucesso do grupo. 6 2. INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO Segundo Perdigão et al. (2016), as últimas décadas proporcionaram significativos avanços no campo da inteligência informacional e da sua utilização pelas empresas. “A área de marketing, uma das mais favorecidas, hoje desfruta de uma infinidade de recursos, como softwares de gestão, dados mercadológicos e sistemas de análise comportamental e neurológica” (p. 63). Ao mesmo tempo, como afirmam os autores, são tantos os dados, fontes e ferramentas que, quando são mal administrados, geram mais malefícios do que benefícios para aqueles que deles fazem uso. Surge então a necessidade de analisar, compreender e transformar em força competitiva toda essa gama de informações internas e externas, a fim de que não apenas ampliem as possibilidades, mas também tragam maior valor à organização. A partir dessa reflexão surge a questão norteadora do estudo: Como deve ser feita a integração de sistemas de gestão, dados mercadológicos e análises do comportamento do consumidor para que se gere um sistema de inteligência de marketing aplicável às empresas? (PERDIGÃO ET AL., 2016, p. 63) Como Perdigão et al. (2016) esclarecem, a inteligência de marketing transforma dados em estratégia competitiva de forma a compreender o mercado e o consumidor. E essa necessidade é crescente. Os autores consideram a análise e a integração de dados internos, mercadológicos e de comportamento do consumidor na formação de um sistema inteligente de marketing com foco no mercado brasileiro. Trata-se de transformar dados em estratégia competitiva para compreender o mercado e o consumidor. Para os autores, “em meio a tanta complexidade dos fatores que estruturam o marketing, é de grande relevância compreender o cenário externo que direciona o andamento dos negócios e a tecnologia que proporciona a base estratégica das organizações” (PERDIGÃO ET AL., 2016, p. 63). 7 Nesse sentido, a expressão big data, embora relativamente nova, tem ganhado popularidade. Ela diz respeito a gigantescos volumes de dados administrados em servidores dedicados e trabalhados por profissionais especializados que conseguem transformar todos esses dados em informação útil para empresas (PERDIGÃO ET AL., 2016). Nota-se então que são muitas as ferramentas existentes para captação e armazenamento de dados. Novas informações macroeconômicas e tendências de mercado são divulgadas todos os dias, eficazes sistemas são criados e o comportamento do consumidor é alterado. Considerando esse cenário, é necessário ampliar o conhecimento sobre como canalizar esses dados e usar a inteligência de marketing como ferramenta de criação de planos estratégicos mais consistentes e assertivos, resultando em retorno financeiro para as instituições. (PERDIGÃO ET AL., 2016, p. 63) Porter (2010 apud PERDIGÃO ET AL., 2016) afirma que a estratégia competitiva deve envolver a maneira como as empresas irão competir, quais metas irão escolher e qual política irão adotar de forma a alcançar o seu objetivo. Para analisar um negócio, é preciso analisar os 6 C’s:companhia, concorrentes, canais, consumidores finais, custos e contexto (JÚLIO, 2005 apud PERDIGÃO ET AL., 2016). Essas informações devem ser inseridas na clássica matriz SWOT, com a identificação de pontos forte e fracos do ambiente externo e interno e do consumidor. Perdigão et al. (2016) também citam a estratégia de W. Chan Kim e Renée Mauborgne (2005) e a criação de “oceanos azuis”. Em vez de focar apenas na superação dos concorrentes e na competição da mesma atuação de mercado que os demais, “a estratégia do oceano azul visa também capturar a nova demanda, tornar os concorrentes irrelevantes e preencher mercados inexplorados com novos posicionamentos” (p. 64). No que diz respeito ao comportamento do consumidor, existe uma preocupação com o estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou descartam produtos ou ideias de forma a satisfazer necessidades e desejos (SOLOMON, 2008 apud PERDIGÃO ET AL., 2016) Para Perdigão et al. (2016), a tecnologia da informação é responsável pelo grande impacto que se pode notar na vida do consumidor mundial neste século XXI. “A internet e a tecnologia proporcionam velocidade de informação em tempo real e na mesma medida que isso é assimilado é também propagado” (p. 67). 8 No caso do mercado brasileiro, ao analisarem o cenário econômico em 2016, os autores afirmam que este levou os brasileiros a se adaptarem a uma nova realidade: A economia está desfavorável devido à inflação e o país está se deparando com o crédito alto e relevante índice de desemprego. A consequência disso para o consumidor é a mudança no hábito de compra. A classe C deixou de impulsionar o consumo, como fazia cinco anos atrás, cedendo o posto para as classes A e B. O declínio do consumo gera desaceleração do investimento e desconfiança por parte do investidor. O que parece ser contraditório, mas pode acontecer em épocas de crise econômica, é a oportunidade de fazer negócio. No Brasil, o número de empreendedores cresceu na última década, as micro e pequenas empresas estão ganhando espaço em território nacional, o que colabora para o crescimento da economia. Devido ao crescimento das novas formas de consumo, o e-commerce está sendo visado pelas empresas de pequeno e grande porte, devido a um considerável crescimento ano após ano. Para o ano de 2015, foi previsto um crescimento de 20% no faturamento do setor. A possibilidade de ferramentas de busca e comparadores de preço é algo que proporciona conveniência e praticidade em torno de todo esse contexto econômico tempestivo. (PERDIGÃO ET AL., 2016, p. 68) Perdigão et al. (2016) apontam que existem diversos indicadores mercadológicos, alguns gratuitos. No entanto, segundo os autores, o mais importante não é qual indicador será utilizado pela empresa, mas sim como será utilizado de forma a garantir uma vantagem competitiva para a organização. Indicadores quantitativos são considerados relevantes para a construção do cenário no qual a empresa se insere. As fontes de informação podem ser as mais variadas: revistas, jornais, artigos e institutos de pesquisa, por exemplo. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é uma rica fonte de dados, alguns deles anualmente atualizados, que revelam informações demográficas, socioeconômicas, industriais, agropecuárias, comerciais, entre outros. Há também a possibilidade de consulta a pesquisas regionais, como o site “Curitiba em Dados”, alimentado pelo Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC). Outra fonte de informações relevante é a divulgada pelo Instituto de Pesquisas Datafolha, ainda que o conteúdo completo de suas pesquisas seja pago, muitas delas são divulgadas em vários canais de comunicação, como matérias em jornais e revistas especializadas. (PERDIGÃO ET AL., 2016, p. 69) A partir do uso desses dados é possível “avaliar a viabilidade de um novo negócio ou produto, enumerar concorrentes do mesmo segmento e avaliar oportunidades presentes no mercado” (PERDIGÃO ET AL., 2016, p. 69). Os autores ainda avaliam que essa é uma etapa essencial para dar sequência ao planejamento de um projeto ou negócio. Tem-se notado uma mudança na forma de as empresas avaliarem a sua performance, preocupando-se cada vez mais em olhar para o cliente. 9 Essa abordagem focada no cliente vem estimulando o uso de indicadores qualitativos que estão ganhando cada vez mais força por apresentarem noções intangíveis, entre eles força e representatividade da marca, assim como indicadores sociais e ambientais. Os estudos também apontam que cada vez mais as empresas estão se utilizando de indicadores internos, principalmente voltados à satisfação dos funcionários, e à qualidade do seu capital humano. Com isso, cresceu o interesse da empresa em manter e desenvolver os seus funcionários para reduzir ao máximo possível a rotatividade. Estão na base dessas análises o índice de turn-over e o grau de instrução dos funcionários (PERDIGÃO ET AL., 2016). PESQUISA DE MERCADO • Problema de pesquisa: A problemática está relacionada com a comunicação externa empresarial. • Objetivos específicos: Os objetivos da pesquisa são: compreender os principais problemas que prejudicam a comunicação externa e adotar alternativas que facilitem o processo comunicativo. • Informações úteis: As principais informações necessárias para prática desta pesquisa de mercado são as métricas de consumo da empresa, público-alvo, o perfil dos consumidores, os produtos mais vendidos, as estratégias de marketing existentes e a atuação da empresa nas mídias sociais. • Metodologia de pesquisa: A pesquisa utilizada para pesquisa descritiva e a metodologia escolhida a pesquisa quantitativa. A escolha dessas modalidades se justifica pela necessidade de ter informações precisas e quantificadas. A obtenção de informações precisas permite que seja possível identificar a real situação e trabalhar considerando perspectivas verdadeiras. • Planejamento de pesquisa: O planejamento de pesquisa está diretamente relacionado a coleta de dados no decorrer da investigação. Este tipo de planejamento precisa ser minuciosamente elaborado para que as informações colhidas sejam importantes para interpretação considerada na pesquisa. Na prática, a coleta 10 de informações acontecerá por meio dos formulários da Google e serão disponibilizados em grupos de Facebook. Os grupos Escolhidos são compostos pelo público-alvo da empresa. O questionário destinado a esses grupos contém perguntas capazes os principais interesses dessas pessoas. 11 3. GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA A gestão de comunicação e mídia foi abordada anteriormente na oportunidade do assunto anterior. No entanto, considerando que se trata de um ponto específico do trabalho, o grupo optou por abrir um tópico específico para o tema permitindo que ele pudesse ser explorado apropriadamente. Segundo Argenti (2014), as organizações empresariais nunca tiveram uma imagem completamente positiva nos Estados Unidos: Na década de 1860, a criação dos sistemas ferroviários transcontinentais no país e a necessidade concomitante por aço criaram condições de trabalho arriscadas para os operários e construtores da ferrovia. Logo depois, a Revolução Industrial afastou a indústria norte-americana de um modelo de pequenas oficinas e ferramentas manuais para a produção em massa mecanizada das fábricas. Essa mudança teve o efeito de reduzir os preços dos produtos acabados, mas também contribuiu para piorar as já difíceis e perigosas condições de trabalho dos operários, como documentado no livro de Upton Sinclair, The Jungle. A exploração de mulheres jovens e crianças nas fábricas, destacada pelo incêndio na fábrica de camisas Triangle em 1911, só aumentava as percepçõesnegativas do mundo dos negócios. (ARGENTI, 2014, p. 2). Ao mesmo tempo que predominava essa visão negativa em relação ao mundo dos negócios e aos empresários modernos, vistos como “barões ladrões”, boa parte dos norte-americanos almejava o estilo de vida desses negociantes. Com isso, a busca pela riqueza passou a fazer parte do “sonho americano”, impulsionando a chegada de imigrantes aos Estados Unidos (ARGENTI, 2014). Argenti (2014) mostra que, durante um período de 30 anos, a empresa de consultoria de marketing Yankelovich mediu a percepção dos norte-americanos com relação às empresas. De acordo com a consultoria, em 1968, 70% da população responderam que as empresas equilibram bem os lucros e o interesse público. Por outro lado, a mesma consultoria pediu ao público que classificasse seu nível de confiança em várias instituições norte-americanas. A pesquisa de opinião demonstrou quedas em todas as áreas, como indica a Tabela 1. A confiança nas empresas passou de 55% em 1966 para 13% em 2011. Segundo Argenti (2014), nem mesmo as décadas de 1980 e 1990, que representaram o boom econômico no final de século XX, restauraram a confiança dos Estados Unidos nas empresas aos níveis da década de 1960. 12 Como ressalta Argenti (2014), são várias as nuances da desconfiança dos norte-americanos em relação às empresas. A consultoria Yankelovich Partners demonstrou que 80% dos entrevistados acreditam que “o mundo empresarial americano está centrado demais nos lucros, sem qualquer preocupação com a responsabilidade para com os trabalhadores, consumidores e o meio ambiente”; 70% acreditam que, “se tiver oportunidade, a maioria das empresas se aproveitará do público se achar que ninguém vai descobrir”; e 61% acreditam que “não é possível confiar que empresas bem estabelecidas fabriquem produtos seguros e duráveis sem que o governo defina padrões para a indústria”. Tabela 1 – Pesquisa de opinião sobre confiança nas instituições norte-americanas Argenti (2014) cita ainda um estudo do Public Affairs Council, que indica que a opinião pública norte-americana acredita que as empresas estão falhando na priorização de seus públicos-alvo. De acordo com a pesquisa, 83% dos entrevistados acreditavam que as empresas deveriam colocar seus clientes, funcionários ou comunidades em primeiro lugar. 81% pensavam que as companhias estavam valorizando mais seus executivos e acionistas. Muitos fatores concorrem para essa crescente imagem negativa do meio empresarial. Devem ser considerados elementos econômicos e o próprio aumento da tensão relacionada com o crescimento da desigualdade de renda combinada com taxas relativamente altas de desemprego nos Estados Unidos em alguns momentos deste século XXI. Taxas que ajudaram a desencadear o Occupy Wall Street, considerado um protesto contra a ganância e a corrupção corporativas (ARGENTI, 2014). 13 Mas, sem dúvida, a circulação de informação a partir dos mais variados meios de comunicação é um ponto chave. No final da década de 1990, a internet também começou a moldar atitudes em relação aos negócios. À medida que “grupos de ativistas ganhavam acesso a um fórum de difusão de seus argumentos contra o mundo corporativo. Hoje em dia, ativistas ambientais, grupos de direitos dos animais e proponentes dos direitos de acionistas têm condições de divulgar informações instantaneamente” (ARGENTI, 2014, p. 8). Isso fortalece a construção de narrativas de indivíduos que pensam da mesma forma em todos os Estados Unidos e no mundo. “Embora a mídia e a Internet sejam canais poderosos para a expressão e o debate de questões empresariais, em nenhum outro lugar as atitudes que prevalecem no ambiente externo são mais claramente definidas do que na televisão e no cinema” (IBIDEM, 2014, p. 8). Esse debate da opinião pública sobre a imagem construída em torno do mundo empresarial coloca a comunicação empresarial em um papel de destaque. Com surgimento das mídias digitais a comunicação empresarial passou a adotar estratégias que facilitassem o processo comunicativo com o seu público-alvo, fazendo deste tipo de comunicação uma alternativa para potencializar as vendas. Muitas empresas já fazem uso das tecnologias digitais para tornar o trabalho mais organizado e alcançar uma quantidade maior de consumidores. O uso do Facebook, Instagram e o WhatsApp, principalmente, a sua se tornar cada vez mais frequente, de modo que essas ferramentas entraram definitivamente as estratégias utilizadas pelas empresas para o desenvolvimento das suas atividades. Com a pandemia de coronavírus, o uso das tecnologias digitais ficou ainda mais evidente, pois se tornou muito mais que uma mera opção e passou a ser uma necessidade. Os impactos econômicos provocados pela crise sanitária fizeram com que as empresas tivessem que se reinventar na maneira de abordar os seus clientes. Sendo assim, somente o contato telefônico deixou de ser viável para promover uma comunicação externa efetiva. A empresa analisada investe no uso das mídias digitais como uma opção de se comunicar com o público-alvo e apresentar os seus produtos, de maneira que essas mídias servem também como estratégias de marketing. 14 Pelo que se pode analisar o grande problema da organização está no gerenciamento dessas ferramentas, visto que, muito embora sirvam para promoção dos produtos comercializados, não estão servindo de forma satisfatória para comunicação externa com cliente. Sendo assim, é preciso que a empresa pense em estratégias capazes de melhorar a comunicação interna por meio do uso das redes sociais e evitar impactos negativos em seus lucros, principalmente na situação econômica em que se vive. 15 4. DINÂMICAS DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS Fonseca et al. (2016) destacam a importância do desenvolvimento individual e sua relação com as dinâmicas sociais: “O indivíduo se desenvolve a partir de experiências, contato com outras pessoas, onde pode adquirir uma nova forma de pensar e/ou agir. Isso faz com que o ser humano se relacione com o próximo, observando atitudes, gestos, enriquecendo o conhecimento e se desenvolvendo em seu âmbito profissional e pessoal. Quando a pessoa experimenta situações diferentes da que vive, consequentemente transforma sua realidade e conserva a sua verdade. Muito mais do que acumular experiências, o indivíduo tem a capacidade de reagir às mudanças que ocorrem a partir de um novo conceito, um novo aprendizado.” (FONSECA ET AL., 2016, p. 5) O desenvolvimento individual deve ser considerada uma ferramenta de gestão que pode influenciar a equipe como um todo. As pessoas sentem a necessidade de buscar constantemente melhorias em sua vida, seja no âmbito profissional ou pessoal. Estudos têm mostrado que este é um ciclo de desafios que resulta em desempenhos melhores e mais produtivos; transformações positivas para o ambiente organizacional (FONSECA ET AL., 2016). Regina Lúcia Félix de Aguiar Lima (2013) também se dedica a entender as dinâmicas das relações interpessoais. De acordo com a autora, os indivíduos tendem a se organizar em grupos, que podem ser definidos como “entidades dinâmicas das quais os indivíduos participam e neles se desenvolvem. As atividades realizadas pelos grupos, constituídos de indivíduos que interagem e trabalham, produzem o desenvolvimento da humanidade” (LIMA, 2013, p. 7). Uma outra definição possível é a apresentada por Michener et al. (1990 apud ROCHA E PADILHA, 2004): Grupo é um conjunto de pessoas que se relaciona como parte de um sistema organizado; não é mera coleção de indivíduos no qual cada um segue seu objetivo. Os membros do grupo comunicam-se e se influenciam mutuamente, compartilham pelo menos um objetivo comum e se entendem como uma unidade. São também sistemasem que as relações entre as pessoas são estruturadas, padronizadas e têm um tempo de duração. Ao mesmo tempo, os grupos podem ter um impacto em seus membros, afetando de modo positivo ou negativo a sua satisfação e o seu desempenho, sua produtividade e a qualidade de realização da tarefa. “A atmosfera grupal é o estado de ânimo, disposição, emoção, que prevalece no grupo e permeia as relações 16 pessoais e os acontecimentos. Alguns dos fatores que podem influenciar na atmosfera grupal: o ambiente físico, o sentimento de igualdade” (LIMA, 2013, pp. 10-11). Entre os fatores que devem ser observados no ambiente físico estão o conforto térmico, a luminosidade, a relação entre a área total e a quantidade de membros do grupo, a ergonomia e a disposição dos assentos. O sentimento igualitário entre os membros do grupo pode ser favorecido pela disposição circular dos assentos, pelo ambiente, pelo tratamento informal, assim como pela pequena quantidade de integrantes. O coordenador tem um papel importante na condução das atividades, criando condições propícias para o bom clima das reuniões. Como explica Lima (2013, p. 11), “os conflitos dentro do grupo ou entre grupos podem ocorrer e têm como causas principais: diferenças individuais de ordem física, psicológica ou social; limitação de recursos para realização das atividades; sobreposição de funções”. Embora as discordâncias no grupo possam aparecer, é necessário que a conduta ética e respeitosa prevaleça mesmo nessa situação. “A resolução dos conflitos deve ser buscada com a adoção de estratégias que possam contribuir, de forma positiva, para contornar os problemas” (p. 11). Essas estratégias podem incluir desde a observação passiva, quando o professor considera que aquele grupo tem condições de resolver o problema sozinho, até a adoção de intervenções diretas que busquem reestabelecer a funcionalidade do grupo. Em geral, os grupos mais produtivos são os já maduros, que conseguem apresentar um trabalho eficiente e direcionar as atividades para a concretização da tarefa com uso otimizado do tempo e dos recursos humanos. “Os grupos produtivos têm capacidade de realização plena da tarefa. Eles apresentam muitas das seguintes características: usam o tempo eficientemente, usam os recursos materiais e humanos eficientemente, conseguem realizar em grupo efetivamente, vivem a liberdade de expressão, atuam conforme as regras e leis, respeitam as diferenças individuais dos membros, usam as diferenças individuais dos membros, possuem comunicação eficiente, atuam de modo direcionado para os objetivos, são regidos por normas de conduta moral e ética, usam criatividade e inovação, trabalham na realidade, identificam e seguem líderes, cuidam dos membros, equilibram produtividade e satisfação pessoal, superam impasses, resolvem conflitos, mantêm a unidade.” (LIMA, 2013, p. 11) Em resumo, a interação grupal é o que garante o sucesso de um grupo. Quando os membros se conhecem, se expressam e se comunicam de forma livre e participam do planejamento da atividade do grupo, eles conseguem desenvolver uma identidade coletiva, o que contribui para que os membros saibam individualmente sua posição no 17 grupo, assim como suas atribuições. Tudo isso contribui para aumentar as chances de sucesso do grupo. A empresa realiza pesquisa de clima organizacional a cada 6 meses com o objetivo de avaliar a qualidade de vida no trabalho dos seus funcionários. Esse tipo de pesquisa é realizado por meio online na intranet da empresa e todos os colaboradores são estimulados a participar. Os dados dessa pesquisa são compilados e levados a diretoria para que seja possível analisar as principais necessidades dos colaboradores e se elas estão sendo supridas. 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para finalizar este projeto é preciso fazer as considerações finais que resumem os conhecimentos aprendidos por meio da reunião entre as informações colhidas na empresa e a fundamentação teórica realizada. O combinado dessas informações permite que seja possível ter uma visão geral respeito de todos os aspectos trabalhados e das melhorias que precisam ser feitas na empresa para potencializar suas vendas e facilitar todo o processo comunicativo com o público-alvo. Para facilitar a apresentação das considerações finais os próximos parágrafos descreveram as considerações sobre cada uma das disciplinas. A estratégia competitiva deve envolver a maneira como as empresas irão competir, quais metas irão escolher e qual política irão adotar de forma a alcançar o seu objetivo. Para analisar um negócio, é preciso analisar os 6 C’s: companhia, concorrentes, canais, consumidores finais, custos e contexto. Com surgimento das mídias digitais a comunicação empresarial passou a adotar estratégias que facilitassem o processo comunicativo com o seu público-alvo, fazendo deste tipo de comunicação uma alternativa para potencializar as vendas. Muitas empresas já fazem uso das tecnologias digitais para tornar o trabalho mais organizado e alcançar uma quantidade maior de consumidores. A empresa analisada investe no uso das mídias digitais como uma opção de se comunicar com o público-alvo e apresentar os seus produtos, de maneira que essas mídias servem também como estratégias de marketing. Pelo que se pode analisar o grande problema da organização está no gerenciamento dessas ferramentas, visto que, muito embora sirvam para promoção dos produtos comercializados, não estão servindo de forma satisfatória para comunicação externa com cliente. Além disso, a interação grupal é o que garante o sucesso de um grupo. Quando os membros se conhecem, se expressam e se comunicam de forma livre e participam do planejamento da atividade do grupo, eles conseguem desenvolver uma identidade coletiva, o que contribui para que os membros saibam individualmente sua posição no grupo, assim como suas atribuições. Tudo isso contribui para aumentar as chances de sucesso do grupo. 19 Sendo assim, a empresa realiza pesquisa de clima organizacional a cada 6 meses com o objetivo de avaliar a qualidade de vida no trabalho dos seus funcionários. Esse tipo de pesquisa é realizado por meio online na intranet da empresa e todos os colaboradores são estimulados a participar. Os dados dessa pesquisa são compilados e levados a diretoria para que seja possível analisar as principais necessidades dos colaboradores e se elas estão sendo supridas. 20 REFERÊNCIAS ARGENTI, Paulo A. Comunicação empresarial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. DWYER, Diana. Interpersonal Relationships. London: Routledge, 2000. FONSECA, Luciana; REIS, Rosa; MESQUIT, Kelly; ALCANTARA, Andreia Oliveira. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL & TRABALHO EM EQUIPE: IMPACTOS NUM AMBIENTE ORGANIZACIONAL. Congresso Nacional de Excelência em Gestão, 2016. LIMA, Regina Lúcia Félix de Aguiar. Relações Interpessoais e Dinâmica de Grupo. Recife: PE/NEAD, 2011. PERDIGÃO, Ana Paula; TABORDA, Ariel Alves; PEREIRA, Caio; SANTOS, Mariana Corazza dos; JÚNIOR, Roger Lahorgue Castagno. Inteligência de marketing: utilizando a informação para compreender o mercado consumidor. Rev. FAE, Curitiba, Edição Especial, v. 1, p. 61-75, 2016. ROCHA, F. E. de C.; PADILHA, G. de C. Agricultura Familiar: dinâmica de grupo aplicada às organizações de produtores rurais. Planaltina-DF: EMBRAPA, 2004.
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