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Barreira Hematoencefálica - Histologia

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1 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Barreira 
Hematoencefálica 
Patologia V
Barreiras encefálicas são dispositivos que 
impedem ou dificultam a passagem de 
substâncias entre o sangue e o tecido nervoso 
(barreira hematoencefálica) ou entre o sangue e 
o líquor (barreira hematoliquórica). O termo 
hematoencefálica, embora hoje unanimemente 
aceito, é impróprio, pois a barreira existe também 
na medula. 
A localização anatômica da barreira 
hematoencefálica foi objeto de controvérsias, 
mas sabe-se hoje que ela está no capilar do 
sistema nervoso central. Este é formado pelo 
endotélio e por uma membrana basal muito fina. 
Por fora, os pés vasculares dos astrócitos formam 
uma camada quase completa em torno do capilar. 
Todos estes três elementos (endotélio, 
membrana basal e astrócito) estão no endotélio. 
Verificou-se que, ao contrário dos capilares das 
demais áreas do corpo, os quais deixam passar 
livremente a peroxidase, os capilares cerebrais a 
retêm, impedindo sua passagem mesmo para o 
espaço entre o endotélio e a membrana basal. Os 
endotélios dos capilares encefálicos apresentam 
três características que os diferenciam dos 
endotélios dos demais capilares e que se 
relacionam com o fenômeno de barreira: 
a. As células endoteliais são unidas por 
junções oclusivas que impedem a 
penetração de macromoléculas. Essas 
junções não estão presentes nos capilares 
em geral; 
b. Não existem fenestrações, que são 
pequenas áreas em que o endotélio se 
reduz a uma fina membrana muito 
permeável; 
c. São raras as vesículas pinocitóticas. Nos 
demais endotélios elas são frequentes e 
importantes no transporte de 
macromoléculas. 
Vaso capilar mostrando as características do endotélio 
na barreira hematoencefálica. 
 
Vaso capilar comum com endotélio fenestrado. 
Funções das Barreiras 
A principal função das barreiras é impedir 
a passagem de agentes tóxicos para o sistema 
nervoso central, como venenos, toxinas, bilirrubina 
etc. Impedem também a passagem de 
neurotransmissores encontrados no sangue, como 
adrenalina. 
2 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Embora a barreira tenha este nome, 
funciona como um portão que não apenas barra, 
mas que também permite a entrada de algumas 
substâncias. 
Diferentemente do que ocorre nos 
endotélios dos capilares em geral, os endotélios 
dos capilares da barreira hematoencefálica 
utilizam-se de mecanismos especiais para a 
passagem de glicose e aminoácidos através do 
citoplasma. Esta passagem depende de moléculas 
transportadoras que são específicas para glicose 
e grupos de aminoácidos. 
A permeabilidade da barreira 
hematoencefálica não é a mesma em todas as 
áreas. Estudos sobre a penetração no encéfalo de 
agentes farmacológicos marcados com isótopos 
radioativos mostraram que certas áreas 
concentram estes agentes muito mais do que 
outras. Por exemplo, certas substâncias penetram 
facilmente no núcleo caudado e no hipocampo, 
mas têm dificuldade de penetrar no resto do 
encéfalo. 
Inicialmente no desenvolvimento, os capilares que 
penetram no encéfalo têm fenestrações. Com o 
aumento da idade, substâncias produzidas pelos pés dos 
astrócitos causam a perda dessas fenestrações. Em 
razão disso, no feto e no recém-nascido, a barreira 
hematoencefálica é mais fraca, ou seja, deixa passar 
maior número de substâncias até que os capilares 
percam completamente as fenestrações 
Em algumas áreas do cérebro, a barreira 
hematoencefálica não existe. Nestas áreas, os 
endotélios são fenestrados e desprovidos de 
junções oclusivas. Eles se distribuem em volta do 
III e IV ventrículos e por isso são denominados 
órgãos circunventriculares. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
MACHADO, A.B.M. Neuroanatomia Funcional. 
3 ed. São Paulo: Atheneu, 2014.

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