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Anestesiologia: Drogas e Técnicas

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ARTHUR BITTENCOURT 
 
ANESTESIOLOGIA 
 Objetivo: modular consciência (inconsciência, ou seja, hipnose + amnésia pré-
op) e dor (analgesia, ou seja, dor + resposta autonômica) e movimento (relaxamento 
muscular, ou seja, bloqueio neuromuscular), por meio de drogas 
ANESTÉSICOS DE INDUÇÃO GERAL 
INALATÓRIOS 
 Efeito isolado. Conseguem induzir anestesia por si só, mas pra isso requer altas 
doses séricas, por isso tem maior risco 
 NO, halotano (o mais potente de todos – praticamente a única droga os 
inalatórios que gera incosciência, analgesia e bloqueio, mas precisa de doses muito 
elevadas para esses 3 efeitos, por isso não se usa só ele. Associado com hipertermia 
maligna), enoflurano, isoflurano (o mais usado de todos, porém tem odor muito ruim, 
por isso não é o melhor, mas é mais barato, e o paciente vai acordar e lembrar do 
cheiro ruim), sevoflurano (mais caro, mas é muito bom, ele tem cheiro bom também), 
desflurano 
INTRAVENOSOS 
 Várias atuações (hipnose, sedação, amnesia e analgesia) 
 Efeito em combinação, usando várias drogas em menores doses e leva menos 
risco 
 Tiopental: geralmente só hipnose – pcte dorme rápido, mas lembra da indução. 
 Midazolam: Sedação e amnésia (1h de hiato, não lembra de nada) 
 Opioides: morfina, codeína, fentanil, tramadol. 
 Propofol: induz muito hipnose, mas efeito cardiotóxico importante, assim, IC 
melhor mida + fenta 
 Etomidato 
 Quetamina: Hipnose + analgesia. Não é muito usada devido pesadelos que 
causa (anestesia dissociativa) 
CURARES 
 Atua na placa neuromuscular 
 Só para relaxamento muscular 
 Succinilcolina: pode levar à hipertermia maligna 
 Pancurônio 
 Vecurônio 
 Rocurônio 
 Atracúrio 
 Mivacúrio 
ANESTÉSICOS LOCAIS 
LIDOCAÍNA 
 Potência intermediária 
 Dura 1-2h, por isso se usa para procedimentos rápidos 
 Dose tóxica sem vasoconstrictor: 4-5 mg/kg 
Dose tóxica com vasoconstrictor: 7 mg/kg (mais, pois absorção mais lenta) 
BUPIVACAÍNA 
 Potência alta 
 Dura 2-8h 
ARTHUR BITTENCOURT 
 
 Dose tóxica sem vasoconstrictor: 2 mg/kg 
Dose tóxica com vasoconstrictor: 3 mg/kg 
ROPIVACAÍNA 
 A mais usada do que bupi, pois gera menos cardiotoxicidade e ela por si só 
consegue gerar efeito vasoconstrictor 
Potência alta 
Dura 2-8h 
Dose tóxica sem vasoconstrictor: 4-5 mg/kg 
Dose tóxica com vasoconstrictor: 3 mg/kg 
TÉCNICA ANESTÉSICA 
ANESTESIA LOCAL 
 Infiltração local com anestésico local 
 Cx ambulatorial com sedação consciência (com mida, paciente fica acordado) 
 Lidocaína + propofol em baixas doses 
BLOQUEIO REGIONAL 
 Raquianestesia: infiltra no espaço SA 
 Pedidural: infiltra no espaço epidural 
 Bloqueio de nervo periférico/plexo: por difusão, pois é infiltrado perinervo 
ANESTESIA GERAL 
 3 fases: 
 Indução: preparar o pcte com o objetivo de intubar o paciente 
 Pré-oxigenação à induz anestesia à ventila com máscara à 
bloqueio muscular. 
 IOT de sequência rápida: sem jejum, vítima de trauma (não sabe 
se comeu ou não), paciente obstruído. não tem a ventilação por máscara. 
 Manutenção: manter no plano anestésico 
 Replicar doses, mantendo paciente em plano anestésico 
 Recuperação 
 Fase que pcte já foi extubado e aí acompanha na RPA 
AVALIAÇÃO ANESTÉSICA 
 VISITA PRÉ-ANESTÉSICA 
 Primeiro contato + anamnese + dúvidas 
 Cx prévias + comorbidades 
 Alergia2 
 Solicitar exames complementares 
VIA AÉREA 
 Mallampati 
 I: ver tudo, consegue enxergar até os pilares amigdalianos 
 II: consegue ver a ponta da úvula, os pilares não consegue ver 
 III: consegue ver a base da úvula – Intubação difícil 
 IV: só consegue ver palado duro – intubação difícil 
EXAME FÍSICO 
 ASA 
 I – Nenhum distúrbio orgânico, psiquiátrico, fisiológico, bioquímico 
 
2 Alergia de camarão muito associado com alergia com iodopovidina 
ARTHUR BITTENCOURT 
 
 II – Condição sistêmica leve e compensada que não limita. Tabagismo, 
etilismo, gestação 
 III – Doença sistêmica que limita, mas não incapacita 
 IV – Doença que limita e incapacita 
 V – Moribundo 
 VI – Morte encefálica – para captar órgãos 
JEJUM 
 Líquidos claros: 2h 
 Sólidos e não claros: 6-8h 
 Protocolos recentes: 2h antes água com açúcar para melhoras a recuperação 
MONITORIZAÇÃO 
BIS 
 Avalia o grau de sono do pcte 
COMPLICAÇÕES 
HIPERTERMIA MALIGNA 
 Dça do músculo esquelético, com herança autossômica dominante. 
 Principais drogas: succinilcolina e inalatórios, especialmente halotano 
 Espasmos do masseter é sinal patognomônico 
 Entre 30 minutos antes da anestesia até 24h depois do fim da cx 
Aumenta temperatura de até 42°C, CO2, começa a ter espasmo 
Antídoto: Dantrolene 2,5 mg/kg 
BLOQUEIO RESIDUAL NEUROMUSCULAR 
 Retorno lento da consciência, não conseguindo extubar, pois ele não ventila 
 Acumula hipercapnia e faz acidose respiratória 
 Fraqueza muscular 
 Por excreção dificultada das drogas (obeso, dça renal, dça hepática) 
 Manter em VM e encaminhar para UTI 
 Antídotos: neostigmine e atropina (atropina é para tentar reverter mais rápido 
o bloqueio, pois o neostigmine tem bradicardia como efeito colateral importante, 
podendo gerar assistolia)

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