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Raquianestesia: Indicações e Complicações

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Raquianestesia 
Introduz-se anestésicos locais no espaço subaracnóideo Quanto maior o diâmetro da agulha, maior o risco 
de complicações, com cefaléia. Há diferentes formas de bisel também, como cortante, ponta de lápis e ponta 
arredondada. 
Durante a punção, a agulha atravessa pele, subcutâneo, ligamento supraespinhoso, ligamento interespinhoso, 
ligamento amarelo (vence a resistência), dura-máter e aracnóide. Observa-se, então, gotejamento de líquor 
claro pela agulha. Após deposição do anestésico, grande parte deste é absorvida pela rede vascular nos 
primeiros cinco minutos. 
INDICAÇÕES 
 Cirurgias infraumbilicais e de membros inferiores, portanto, compõem a principal indicação, como as cirurgias 
ortopédicas, ginecológicas/obstétricas, urológicas e abdome inferior. 
CONTRAINDICAÇÕES 
ntre as contraindicações absolutas, encontram-se: recusa do paciente, infecção em sítio de punção, 
coagulopatias e pressão intracraniana elevada (exceto em casos de pseudotumor cerebral). Contraindicações 
relativas incluem infecção em sítio anatômico distante de sítio de punção, doença neurológica indeterminada 
ou em progressão, hipovolemia. 
Anticoagulantes: Os anticoagulantes interferem no processo de coagulação do sangue, reduzindo a capacidade 
do organismo de formar coágulos e estancar o sangramento. Isso significa que há um risco aumentado de 
sangramento durante ou após a inserção da agulha para a raquianestesia, podendo levar à formação de 
hematomas ao redor da medula espinhal (hematoma epidural) ou dentro do espaço subaracnoideo (hematoma 
subaracnoideo). 
Hematomas epidurais ou subaracnoideos podem comprimir as estruturas neurais (como nervos e medula 
espinhal), causando sintomas como dor intensa, fraqueza, paralisia e disfunção neurológica. Essas 
complicações podem ser graves e potencialmente permanentes, exigindo intervenção médica imediata. 
Atenção 
Em anestesias subaracnóideas, deve-se estar atento a baricidade da solução utilizada. Anestésicos hipobáricos 
tendem a ascender pelo canal medual, quando o paciente em posição sentada, enquanto soluções hiperbáricas 
tendem a descer. Altas doses de anestésicos podem levar a complicações neurológicas, assim como altas 
concentrações, que podem incorrer em desmielinização e síndrome da cauda equina. O bisel deve ser 
introduzido paralelamente às fibras, que correm longitudinalmente, e depois ser orientado cefalicamente. 
Hematoma medular 
Causas: Os hematomas medulares podem ser causados por vários fatores, incluindo trauma durante a inserção 
da agulha, sangramento de vasos sanguíneos adjacentes ao espaço subaracnoideo, distúrbios da coagulação, 
uso de anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários, entre outros. 
Sintomas e Complicações: Um hematoma medular pode comprimir as estruturas neurais dentro do canal 
medular, resultando em sintomas como dor intensa na região lombar ou radicular, fraqueza, paralisia, 
alterações sensoriais, disfunção da bexiga e intestino, e disfunção neurológica progressiva. Essas complicações 
podem ser graves e potencialmente permanentes se não forem tratadas rapidamente. 
 
Medicamentos 
Anestésicos Locais: Os anestésicos locais são a classe de medicamentos mais comumente utilizados na 
raquianestesia. Eles funcionam bloqueando temporariamente os sinais de dor nos nervos periféricos. Exemplos 
de anestésicos locais usados na raquianestesia incluem: 
• Bupivacaína - A bupivacaína atua bloqueando seletivamente os canais de sódio nos nervos periféricos, 
impedindo a transmissão dos sinais de dor e sensibilidade para o cérebro. 
• Lidocaína 
• Ropivacaína 
Adjuvantes: Em alguns casos, adjuvantes são adicionados aos anestésicos locais para potencializar ou prolongar 
o efeito da raquianestesia. Alguns adjuvantes comuns incluem: 
• Cloridrato de clonidina: Pode prolongar a duração da anestesia e reduzir a necessidade de analgesia 
pós-operatória. 
• Morfina: Pode ser adicionada para proporcionar analgesia prolongada após a cirurgia. 
• Fentanil: Outro opioide que pode ser usado para aumentar o efeito analgésico da raquianestesia. 
Agentes Vasoconstritores: Alguns anestésicos locais são combinados com agentes vasoconstritores, como a 
epinefrina, para prolongar a duração da anestesia, reduzir a absorção sistêmica do anestésico e minimizar o 
sangramento no local da injeção. 
Lidocaína com Vasoconstritor (Vaso): 
• Agente Vasoconstritor: A lidocaína com vasoconstritor contém um agente vasoconstritor, como a 
epinefrina (adrenalina) ou a fenilefrina, adicionado à formulação do anestésico local. 
• Ação Vasoconstritora: O vasoconstritor tem a capacidade de contrair os vasos sanguíneos no local 
da aplicação. Isso resulta em uma redução do fluxo sanguíneo na área onde o anestésico é 
administrado, prolongando assim a duração da anestesia. 
• Benefícios: A adição do vasoconstritor à lidocaína pode proporcionar uma anestesia mais eficaz e 
prolongada, reduzindo também a absorção sistêmica do anestésico e minimizando o sangramento 
no local da injeção. 
Lidocaína sem Vasoconstritor (Sem Vaso): 
• Ausência de Vasoconstritor: A lidocaína sem vasoconstritor não contém agentes vasoconstritores 
adicionados à sua formulação. 
• Ação Direta: A lidocaína age diretamente como um anestésico local, bloqueando os canais de sódio 
nos nervos periféricos para interromper a transmissão dos sinais de dor. 
• Duração da Anestesia: A anestesia com lidocaína sem vasoconstritor tende a ter uma duração mais 
curta em comparação com a lidocaína com vasoconstritor. 
 
 
Tempo de Jejum no Pré-Operatório de 
Cirurgias Eletivas 
 
Fonte: American Society of Anesthesiologists 
Particularmente o uso de bebida rica em carboidratos (CHO) até 2 h antes da abordagem cirúrgica pode 
trazer benefícios como: prevenção da imunodepressão, redução do risco de complicações infecciosas, retorno 
mais cedo da função intestinal, diminuição da sensação de sede, fome, náuseas e vômitos, atenuação da 
resistência à insulina, além de manter a força muscular, diminuição do tempo de internação hospitalar e 
melhora a resposta ao trauma. 
Prevenção da Aspiração: Durante a anestesia geral, o reflexo de proteção das vias respiratórias pode ser 
diminuído, aumentando o risco de aspiração, ou seja, a entrada de conteúdo gástrico (como alimentos, líquidos 
ou vômito) nas vias respiratórias. O jejum de seis horas reduz a probabilidade de haver comida no estômago, 
diminuindo assim o risco de aspiração durante a cirurgia. 
Esvaziamento Gastrintestinal: O período de jejum permite que o estômago e o intestino esvaziem o conteúdo 
alimentar, minimizando a distensão gástrica durante a anestesia e a cirurgia. Isso ajuda a manter a pressão 
intra-abdominal mais baixa, o que é importante para procedimentos abdominais e pode reduzir complicações 
como náuseas, vômitos e distensão abdominal pós-operatória. 
Diminuição dos Reflexos de Proteção: A anestesia geral interfere nos reflexos de proteção das vias aéreas 
superiores. Normalmente, os reflexos de tosse e engasgo são ativados quando há algo na garganta ou nas 
vias respiratórias, ajudando a evitar a aspiração. Durante a anestesia, esses reflexos podem estar diminuídos, 
aumentando o risco de aspiração. 
Relaxamento Muscular: Durante a anestesia, especialmente a anestesia geral, os músculos do trato 
gastrointestinal e do esfíncter esofágico inferior podem relaxar, permitindo que o conteúdo gástrico suba do 
estômago em direção ao esôfago e até mesmo às vias respiratórias

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