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A PSICOSTASIA NO EGITO FARAÔNICO A Psicostasia é compreendida por estado da consciência do morto; PSICO (coração/consciência); STASIA (estado/condição). É fundamental realçar que a convicção de ‘’alma’’ não é apropriada para a cultura Faraônica, e sim para etnias Gregas, Judaicas e Cristãs. Portanto, nesta cultura o correto a se dizer é coração simbólico; IB = ‘’consciência’’ do falecido. Nela ocorre a pesagem do coração simbólico do finado, que consiste em pesar o IB com a pluma da deusa Maat no tribunal do deus Osíris. Todo o ritual é descrito no Livro dos Mortos, feito de Papiro enrolado ao corpo do morto. Geralmente, os deuses Anúbis, Maat, Thot, Hórus, Osíris, Néftis e Ísis comparecem na primeira parte juntos a outras 42 divindades que são juízes no tribunal de Osíris fora a presença da besta Ammit. Anúbis é responsável por conduzir o falecido até a tribuna e também por regular a balança na qual o peso do IB é comparado ao da pluma da deusa Maat (deusa da verdade, ordem e justiça). Em caso de seu coração simbólico não ser mais pesado que a pluma, denotava que em vida o réu tenha sido justo, verdadeiro e também mantido a ordem conforme os mandamentos de Maat contra o caos. Toth então tinha o papel de registrar a sentença de absolvição do réu. Em seguida, Hórus responsável de o apresentar a Osíris, que tem as rédeas do julgamento. Em contrapartida se a pluma fosse mais leve que o coração simbólico, o mesmo seria ingerido por Ammit, este ato faria com que o réu condenado não pudesse mais agrupar as partes essenciais para ingressar no Mundo de Osíris, pois além de sua consciência todas as outras partes ponderosas do ser também desapareciam. Sendo assim, as partes corpo, IB, sombra KA, BA e AKH = KA + BA. Conclusão e fatos imprescindíveis: na cultura egípcia faraônica não existe a concepção de alma; é desconhecido iconografias com IB mais pesado que a pluma de Maat; e há iconografias onde Anúbis (deus dos mortos) era substituído por Maat.