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ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM 
AO IDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 O ENVELHECIMENTO NO BRASIL 
 
Objetivo: 
 
• Ao final da base curricular o aluno deverá reconhecer as políticas públicas de saúde para o Idoso existentes 
no Brasil, bem como, compreender como se dá o acolhimento a pessoa idosa no nível de atenção básica, 
e conhecer as ações estratégicas desenvolvidas pelo Sistema Único de Saúde. 
 
No final da década de 90, a Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a utilizar o conceito de “envelhecimento 
ativo” buscando incluir, além dos cuidados com a saúde, outros fatores que afetam o envelhecimento. Pode ser 
compreendido como o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, como 
objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas. Envolve políticas públicas 
que promovam modos de viver mais saudável e seguro em todas as etapas da vida, favorecendo a prática de 
atividades físicas no cotidiano e no lazer, a prevenção às situações de violência familiar e urbana, o acesso a 
alimentos saudáveis e à redução do consumo de tabaco, entre outros. Tais medidas contribuirão para o alcance 
de um envelhecimento que signifique também um ganho substancial em qualidade de vida e saúde. Sua 
implementação envolve uma mudança de paradigma que deixa de ter o enfoque baseado em necessidades e que, 
normalmente, coloca as pessoas idosas como alvos passivos, e passa a ter uma abordagem que reconhece o 
direito dos idosos à igualdade de oportunidades e de tratamento em todos os aspectos da vida à medida que 
envelhecem. Essa abordagem apoia a responsabilidade dos mais velhos no exercício de sua participação nos 
processos políticos e em outros aspectos da vida em comunidade. O Ministério da Saúde, em setembro de 2005, 
definiu a Agenda de Compromisso pela Saúde que agrega três eixos: o Pacto em Defesa do Sistema Único de 
Saúde (SUS), o Pacto em Defesa da Vida e o Pacto de Gestão. Destaca-se aqui o Pacto em Defesa da Vida que 
constitui um conjunto de compromissos que deverão tornar-se prioridades inequívocas dos três entes federativos, 
com definição das responsabilidades de cada um. Foram pactuadas seis prioridades, sendo que três delas têm 
especial relevância com relação ao planejamento de saúde para a pessoa idosa. São elas: a saúde do idoso, a 
promoção da saúde e o fortalecimento da Atenção Básica. Em relação à promoção da saúde da população idosa 
as implementações de ações locais deverão ser norteadas pelas estratégias de implementação, contempladas na 
Política Nacional de Promoção da Saúde – Portaria 687/GM, de 30 de março de2006, tendo como prioridades as 
seguintes ações específicas: 
 
a) Divulgação e implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS); 
b) Alimentação saudável; 
c) Prática corporal/atividade física; 
d) Prevenção e controle do tabagismo; 
e) Redução da morbidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas; 
f) Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito; 
g) Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz; 
h) Promoção do desenvolvimento sustentável 
 
HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO À PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO BÁSICA 
 
Para a efetivação do Acolhimento da pessoa idosa, os profissionais de saúde devem compreender as 
especificidades dessa população e a própria legislação brasileira vigente. Para isso, deve-se: 
 
• Estar preparados para lidar com as questões do processo de envelhecimento; 
• Reconhecer que a abordagem interdisciplinar é mais eficaz que somente o tratamento médico; 
• Facilitar o acesso dos idosos aos diversos níveis de complexidade da atenção; 
• Investir na qualificação dos trabalhadores; 
• Estabelecimento de uma relação respeitosa, considerando que, com a experiência de toda uma vida, as 
pessoas se tornam em geral mais sábias; 
• Chamar a pessoa idosa por seu nome e manter contato visual; 
• A utilização de uma linguagem clara, evitando-se a adoção de termos técnicos que podem não ser 
compreendidos. 
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AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO SUS 
 
Dentre outras ações realizadas pela Área Técnica Saúde do Idoso, podem-se destacar ações estratégicas que 
foram elencadas no Pacto pela Vida (2006) e aquelas que a Área Técnica vem acompanhando com interface com 
outras áreas: 
 
• Acolhimento: reorganização do processo de acolhimento à pessoa idosa nas unidades de saúde, como 
uma das estratégias de enfrentamento das dificuldades atuais de acesso; utilização do sistema de 
agendamento e marcação de consulta e da referência e contra-referência. 
 
• Assistência Farmacêutica: desenvolvimento de ações que visem qualificar a dispensação e o acesso da 
população idosa aos medicamentos. Importante ressaltar também que o Programa Farmácia Popular do 
Brasil, criada para ampliar o acesso aos medicamentos para as doenças mais comuns entre os cidadãos 
beneficia também a população idosa com diversos medicamentos. Atualmente, o Sistema está trabalhando 
com medicamentos para hipertensão, diabetes, colesterol, asma, rinite, Parkinson, osteoporose e glaucoma, 
além de fraldas geriátricas. O Governo Federal paga uma parte do valor dos medicamentos e o cidadão 
paga o restante. O valor pago pelo Governo é fixo e equivale a 90% do Valor de Referência. 
 
• Atenção Domiciliar: instituição de prestação de serviço, ofertada por equipe multidisciplinar, 
preferencialmente com formação em saúde do idoso e envelhecimento, valorizando o efeito favorável do 
ambiente familiar no processo de recuperação de pacientes e os benefícios adicionais para o cidadão e o 
sistema de saúde. 
 
• Imunização: Existe parceria com o PNI (Programa Nacional de Imunizações) desde 1999, para a população 
idosa também viesse a desfrutar dos benefícios da vacinação, acontecendo desde aquele ano a primeira 
de uma série de campanhas anuais de vacinação, direcionada aos maiores de 65 anos e mais, e a partir de 
2000, 60 anos e mais. Assim, a meta de vacinar a população na faixa de 60 anos e mais contra a influenza 
é um desafio que vem sendo conquistado desde 2000, e se fundamenta no fato de que essa população 
apresenta maior risco de adoecer e morrer em decorrência de algumas patologias imunopreveníveis, tais 
como a gripe e a pneumonia. 
 
• Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST/AIDS: A Área Técnica Saúde do 
Idoso mantém também interface com a área de DST/AIDS do Ministério da Saúde, desde o ano de 2008. 
O pressuposto é de exercício pleno da sexualidade também para as pessoas com 60 anos, dentro do 
processo de envelhecimento ativo e saudável. De fato, ocorre o aumento das doenças sexualmente 
transmissíveis em pessoas idosas, em especial da AIDS. Segundo dados do Programa Nacional de DST/ 
AIDS do Ministério da Saúde (2008) a incidência de AIDS entre a população idosa, principalmente entre as 
idosas, praticamente dobrou nos últimos dez anos (de 7,3 em 96 para 14,5 em 2006), a taxa de mortalidade 
também têm aumentado (de 5,5 em 96 para 6,1 em 2006). Assim, desde 2008 a prevenção das DSTs e 
AIDS têm como público prioritário as pessoas com 50 anos e mais, com o objetivo de informar tal população 
sexo não tem idade, mas deve ser praticado de forma segura. Como instrumento de prevenção o MS 
disponibiliza preservativo feminino e masculino e gel lubrificante de forma gratuita nas Unidades Básicas 
de Saúde. 
 
AÇÕES ESTRATÉGICAS DA POLÍTICA DE SAÚDE DO IDOSO 
 
Vem desenvolvendo-se ações estratégicas com base nas diretrizes contidas na Política Nacional de Saúde da 
Pessoa Idosa e nas metas propostas no Pacto pela Vida de 2006, objetivando promover o envelhecimento ativo 
e saudável, a realização de ações de atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa e de ações intersetoriais 
de fortalecimento da participação popular e de educação permanente, sendo as principais: 
 
1. Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa 
 
A Caderneta de Saúdeda Pessoa Idosa é uma ferramenta de identificação de situações de riscos potenciais para 
a saúde da pessoa idosa. Traz ao profissional de saúde a possibilidade de planejar e organizar ações de prevenção, 
promoção e recuperação, objetivando a manutenção da capacidade funcional das pessoas assistidas pelas equipes 
de saúde. 
 
2. Caderno de Atenção Básica - Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa 
 
Este Caderno foi elaborado com a finalidade de oferecer subsídios técnicos específicos em relação à saúde da 
pessoa idosa de forma a facilitar a prática diária dos profissionais que atuam na Atenção Básica. Com uma 
linguagem acessível, disponibiliza instrumentos e discussões atualizados, além de protocolos clínicos no sentido 
de auxiliar a adoção de condutas mais apropriadas às demandas dessa população, com vistas a uma abordagem 
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integral à pessoa no processo de envelhecimento. O caderno constitui a principal referência para os processos de 
capacitação dos profissionais de nível superior que atuam na Atenção Básica e pode ser obtido na secretarias 
estaduais e municipais de saúde, através da Coordenação de Saúde do Idoso local. 
 
3. Curso de Aperfeiçoamento em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa 
 
Visa divulgar as especificidades da saúde do idoso e envelhecimento, contribuindo assim para melhor orientação 
aos profissionais da rede e diminuir as iniquidades sociais, na busca pela integralidade das ações. 
 
4. Curso de Gestão em Envelhecimento 
 
Tem como objetivo geral qualificar profissionais de nível superior que atuam ou tenham interesse em atuar na 
direção de serviços e programas de saúde que atendam à população idosa, visando apoiar a implementação da 
Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. 
 
5. Oficinas Estaduais de Prevenção de Osteoporose, Quedas e Fraturas em Pessoas Idosas 
 
Têm como objetivo propor diretrizes a serem aplicadas nos Estados e Municípios para melhor orientar profissionais 
e pacientes em relação à osteoporose / quedas. As propostas e objetivos das referidas oficinas estão de acordo 
com a meta de redução do número de internações por fratura de fêmur em pessoas idosas, proposta no Pacto 
pela Vida. 
 
ATRIBUIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA NO ATENDIMENTO À SAÚDE 
DA PESSOA IDOSA 
1. Atribuições Comuns a todos os Profissionais da Equipe: 
 
a) Planejar, programar e realizar as ações que envolvem a atenção à saúde da pessoa idosa. 
 
b) Identificar e acompanhar pessoas idosas frágeis ou em processo de fragilização. 
 
c) Conhecer os hábitos de vida, valores culturais, éticos e religiosos das pessoas idosas, de suas famílias e da 
comunidade. 
 
d) Acolher a pessoas idosas de forma humanizada, na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva. 
 
e) Realizar e participar das atividades de educação permanente relativas à saúde da pessoa idosa. 
 
f) Desenvolver ações educativas relativas à saúde da pessoa idosa, de acordo como planejamento da equipe. 
 
2. Atribuições do Técnico de Enfermagem: 
 
a) Realizar atenção integral às pessoas idosas. 
 
b) Orientar ao idoso, aos familiares e/ou cuidador sobre a correta utilização dos medicamentos. 
 
c) Participar das atividades de assistência básica, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários. 
 
3. Trabalho em Grupo com Pessoas Idosas 
 
Um grupo é constituído a partir de interesses e temas em comum. É um espaço possível e privilegiado de rede de 
apoio e um meio para discussão das situações comuns vivenciadas no dia a dia. Permite descobrir potencialidades 
e trabalhar a vulnerabilidade e, consequentemente, eleva a autoestima. O trabalho em grupos possibilita a ampliação 
do vínculo entre equipe e pessoa idosa, sendo um espaço complementar da consulta individual, de troca de 
informações, de oferecimento de orientação e de educação em saúde. 
 
4. Comunicação com a Pessoa Idosa 
 
A comunicação é considerada uma necessidade fundamental, cuja satisfação envolve um conjunto de condições 
biopsicossociais. É mais do que uma troca de palavras, trata-se de um processo dinâmico que permite que as 
pessoas se tornem acessíveis umas às outras por meio do compartilhamento de sentimentos, opiniões, experiências 
e informações. Facilitadores da comunicação com a pessoa idosa: 
 
• Use frases curtas e objetivas. 
• Chame-o pelo próprio nome ou da forma como ele preferir. 
• Evite infantilizá-lo utilizando termos inapropriados como “vovô”, ou ainda, utilizando termos diminutivos; 
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• Pergunte se entendeu bem a explicação, se tem alguma dúvida. 
• Repita a informação, quando essa for erroneamente interpretada, utilizando palavras diferentes e, de 
preferência, uma linguagem mais apropriada à sua compreensão. 
• Fale de frente, sem cobrir sua boca e, não se vire ou se afaste enquanto fala. 
• Aguarde a resposta da primeira pergunta antes de elaborar a segunda, pois, a pessoa idosa pode necessitar 
de um tempo maior para responder. 
• Não interrompa a pessoa idosa no meio de sua fala, demonstrando pressa ou impaciência. 
 
5. Comunicação não verbal: 
 
A comunicação não verbal é tudo aquilo que a pessoa sente, pensa e expressa por meio de sua movimentação 
corporal, gestos e postura. 
 
Tem por objetivo completar, substituir ou contradizer a comunicação verbal, além de demonstrar os sentimentos 
das pessoas. Reações de defesa do idoso: 
 
• desviar os olhos e virar a cabeça; 
• virar o corpo em outra direção; 
• cruzar os braços; 
• dar respostas monossilábicas às questões feitas; 
• afastar-se. 
ATIVIDADES PARA O ALUNO 
 
1. Conceitue envelhecimento ativo. 
2. No seu entendimento, o envelhecimento populacional no Brasil é devido a quais fatores? 
3.Comente as políticas públicas de saúde para o idoso, existentes no Brasil. 
4.Elabore um plano de acolhimento a ser realizado em uma Estratégia, Saúde da Família. 
5.Descreva as principais ações estratégicas da política de atenção a saúde do idoso brasileira. 
6.Cite as atribuições dos profissionais da atenção básica no atendimento à saúde da pessoa idosa. 
 
2 ESTATUTO DO IDOSO 
 
Objetivo: 
 
Ao término do estudo o aluno deverá conhecer e analisar na perspectiva da integralidade o Estatuto do 
Idoso. 
RESUMO 
LEI Nº 10.741, DE 01 DE OUTUBRO DE 2003. 
 
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual 
ou superior a 60 (sessenta) anos. 
 
Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção 
integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, 
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para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em 
condições de liberdade e dignidade. 
 
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta 
prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao 
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. 
A garantia de prioridade compreende: I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos 
públicos e privados prestadores de serviços à população; VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e 
de assistência social local. 
 
Art. 4º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, 
e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. 
 
§ 1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso. 
 
§ 2º As obrigaçõesprevistas nesta Lei não excluem da prevenção outras decorrentes dos princípios por ela 
adotados. 
 
TÍTULO II 
 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
CAPÍTULO I 
DO DIREITO À VIDA 
 
Art. 8º O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e 
da legislação vigente. 
 
Art. 9º É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas 
sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade. 
 
CAPÍTULO II 
 
DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE. 
 
Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, 
como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas 
leis. 
 
§ 1º O direito à liberdade compreende, entre outros, os seguintes aspectos: 
 
I – faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários ressalvados as restrições legais; 
II – opinião e expressão; 
III – crença e culto religioso 
IV – prática de esportes e de diversões; 
 
§ 2º O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral, abrangendo a 
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de valores, ideias e crenças, dos espaços e dos objetos 
pessoais. 
 
CAPÍTULO III 
DOS ALIMENTOS 
Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei civil. 
 
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se 
ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência social. 
 
CAPÍTULO IV 
 
DO DIREITO À SAÚDE 
 
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, 
garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a 
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prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam 
preferencialmente os idosos. 
 
Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde 
proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico. 
 
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra idoso serão obrigatoriamente comunicados 
pelos profissionais de saúde a quaisquer dos seguintes órgãos: 
 
I – Autoridade policial; 
II – Ministério Público; 
III – Conselho Municipal do Idoso; 
IV – Conselho Estadual do Idoso; 
V – Conselho Nacional do Idoso. 
CAPÍTULO V 
 
DA EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER. 
 
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que 
respeitem sua peculiar condição de idade. 
 
Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao 
processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir 
conhecimentos sobre a matéria. 
 
Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será proporcionada mediante descontos de 
pelo menos 50% (cinquenta por cento) nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem 
como o acesso preferencial aos respectivos locais. 
 
CAPÍTULO V 
 
DA PROFISSIONALIZAÇÃO E DO TRABALHO 
 
Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais 
e psíquicas. 
 
Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite 
máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir. Parágrafo 
único. O primeiro critério de desempate em concurso público será a idade, dando-se preferência ao de idade mais 
elevada. 
 
CAPÍTULO VII 
 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime Geral da Previdência Social observarão, na sua 
concessão, critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários sobre os quais incidiram contribuição, 
nos termos da legislação vigente. 
 
CAPÍTULO VIII 
 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de forma articulada, conforme os princípios e diretrizes 
previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e 
demais normas pertinentes. 
 
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, 
nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da 
Lei Orgânica da Assistência Social – Loas. 
 
Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-lar, são obrigadas afirmar contrato de prestação de 
serviços com a pessoa idosa abrigada. 
CAPÍTULO IX 
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DA HABITAÇÃO 
 
Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus 
familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada. 
 
CAPÍTULO X 
DO TRANSPORTE 
Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos 
urbanos e semiurbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços 
regulares. 
 
§ 1º Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer documento pessoal que faça prova de 
sua idade. 
 
§ 2º Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos 
assentos para os idosos, devidamente identificados com a placa de reservado preferencialmente para idosos. 
 
Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-á, nos termos da legislação específica: 
 
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários- 
mínimos; 
 
II – desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, para os idosos que excederem 
as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos. 
 
Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5%(cinco por cento) das vagas nos 
estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade 
ao idoso. 
 
Art. 42. É assegurada a prioridade do idoso no embarque no sistema de transporte coletivo. 
 
TÍTULO V 
 
DO ACESSO À JUSTIÇA 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências 
judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em 
qualquer instância. 
 
§ 2º A prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, 
companheiro ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta) anos. 
 
§ 4º Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso o fácil acesso aos assentos e caixas, identificados com 
a destinação os idosos em local visível e caracteres legíveis. 
 
TÍTULO VI 
DOS CRIMES 
CAPÍTULO II 
DOS CRIMES EM ESPÉCIE 
 
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de 
transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da 
cidadania, por motivo de idade: Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa 
 
Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente 
perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o 
socorro de autoridade pública: 
 
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.[Digite texto] 
[Digite texto] 
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e 
triplicada, se resulta a morte. 
 
Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência, ou congêneres, ou 
não prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado: 
 
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa. 
 
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas 
ou degradantes ou privando-o de alimento se cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando- 
o a trabalho excessivo ou inadequado: 
 
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa. 
 
§ 1º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
 
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
 
§ 2º Se resulta a morte: 
 
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. 
 
Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes 
aplicação diversa da de sua finalidade: 
 
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. 
 
Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem 
como qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida: 
 
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. 
 
Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações ou imagens depreciativas ou injuriosas 
à pessoa do idoso: 
 
Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. 
 
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar procuração para fins de administração 
de bens ou deles dispor livremente: 
 
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. 
 
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração: 
Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. 
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida representação 
legal: 
 
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. 
 
 
 
 
ATIVIDADES PARA O ALUNO 
 
1. Qual a interface entre o Estatuto do Idoso e as ações preconizadas na Atenção Básica com base em 
alguns pressupostos da integralidade? 
 
2. Você concorda com o que diz o Estatuto do Idoso? 
 
3. Você é a favor da existência de um estatuto que regulamente os direitos dos idosos? Por quê? 
4.Segundo o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741, de 01/10/2003), quem é o idoso? 
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Objetivo: 
 
Elencar subsídios para que o aluno técnico de enfermagem possa orientar a pessoa idosa para uma 
alimentação saudável, principalmente nas situações de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, 
obesidade, hipercolesterolemia, entre outras. 
 
1. Alimentação Saudável para Pessoas Idosas 
 
Os profissionais da Atenção Básica/Saúde da família devem dar orientações gerais relacionadas à alimentação da 
pessoa idosa, em especial nas situações de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, obesidade e 
hipercolesterolemia. 
 
2. Atividade Física 
 
A inatividade física é um dos fatores de risco mais importantes para as doenças crônicas, associadas a dieta 
inadequada e uso do fumo. É bastante prevalente a inatividade física entre os idosos. O estilo de vida moderno 
propicia o gasto da maior parte do tempo livre em atividades sedentárias, como por exemplo, assistir televisão. 
Benefícios da Prática de Atividade Física: 
 
• Melhor funcionamento corporal favorecendo a preservação da independência; 
• Redução no risco de morte por doenças cardiovasculares; 
• Melhora do controle da pressão arterial; 
• Manutenção da densidade óssea, com ossos e articulações mais saudáveis; 
• Melhora a postura e o equilíbrio; 
• Melhor controle do peso corporal; 
• Melhora a rede venosa periférica; 
• Melhora a função intestinal; 
• Melhora de quadros álgicos; 
• Melhora a resposta imunológica; 
• Melhora a qualidade do sono; 
• Ampliação do contato social; 
• Diminuição da ansiedade, do estresse, melhora do estado de humor e da autoestima. 
 
 
QUESTÕES PARA ESTUDO: 
 
1. Descreva as principais formas de manter hábitos saudáveis entre os idosos: 
2. Elabore um plano de cuidados ao idoso em relação a sua dieta e atividade física, respectivamente: 
 
 
 
4 ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DO IDOSO 
 
Objetivo: 
 
Construir no aluno o interesse pelo estudo do idoso, compreendendo suas várias dimensões e 
especialidades, bem como a mudança que ocorre em mais essa etapa de vida do ser humano. 
 
Os idosos representam um grupo especial e em crescimento, grupo este que, para ser melhor compreendido, 
gerou a necessidade da criação de uma ciência e especialidade médica, a Gerontologia e Geriatria, respectivamente. 
Conceitualmente, a Geriatria significa ciência que estuda as patologias do envelhecimento e compreende, 
atualmente, a assistência médica (prevenção e tratamento), psicológica e socioeconômica e envolve, portanto, um 
trabalho multidisciplinar. 
 
A Gerontologia significa o estudo do processo de envelhecimento e das suas consequências biológicas, médicas, 
psicológicas e socioeconômicas. 
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Segundo o Estatuto do Idoso, idosos são todos os indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos. O 
envelhecimento da população é uma tendência mundial e é reflexo de vários fatores, como a diminuição das taxas 
de mortalidade e fecundidade, progresso da medicina e avanços tecnológicos que, juntos, possibilitaram um 
aumento na expectativa de vida, que varia dependendo da região. No Brasil, por exemplo, a média de expectativa 
de vida, atualmente, é 70anos. A senescência resulta do somatório de alterações orgânicas, funcionais e 
psicológicas do envelhecimento normal, enquanto a senilidade é caracterizada por doenças que frequentemente 
acometem os indivíduos idosos. As doenças são as causadoras da perda das reservas orgânicas e, 
consequentemente, da aceleração do envelhecimento, processo de declínio gradativo da função dos vários sistemas 
orgânicos. 
 
Fenômenos que contribuem para o envelhecimento: 
 
a) Estresse– seja proveniente de cirurgias, doença, traumatismos ou de tensão, sofrimento, angústia; provoca 
inibição do sistema imunológico; 
 
b) Radiações- causam maior formação de radicais livres; 
 
c) Dieta - consumo exagerado de alimentos e desnutrição; 
 
d) Tabagismo - fator acelerador do envelhecimento devido suas toxinas. 
 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO 
 
A composição e forma do corpo 
 
A partir dos 40 anos, a estatura diminui cerca de um cm por década. Essa perda deve-se à redução dos arcos dos 
pés, aumento da curvatura da coluna vertebral, além da diminuição do diâmetro dos discos intervertebrais. Os 
diâmetros da caixa torácica e do crânio tendem a aumentar com o envelhecimento. Há também crescimento do 
nariz e das orelhas, dando a conformação típica facial do idoso. A composição do corpo também se altera, havendo 
um aumento do tecido gorduroso no tronco e diminuição nos membros inferiores. O teor total de água corpórea 
diminui por perda de água dentro das células. No geral, ocorre redução do número de células em todos os órgãos, 
sendo os mais afetados, em relação à perda de massa, os rins e o fígado. Os músculos também sofrem perda de 
peso com o passar do tempo. 
 
Pele 
 
As espessuras da pele e do subcutâneo diminuem, os vasos sanguíneos rompem-se com facilidade, propiciando 
o aparecimento de equimoses aos pequenos traumas e predispondo a hipotermia em condições ambientais de 
grande resfriamento. São também comuns manchas salientes e escuras, conhecidas como queratose seborreica. 
Essas alterações são intensificadas nas áreas de pele expostas a luz. A pálpebra inferior tende a ficar com formato 
de bolsa, por apresentar edema juntamente com acúmulo de gordura. As glândulas sudoríparas e sebáceasdiminuem 
sua atividade, resultando em pele seca e áspera, mais sujeita às infecções e mais sensível às variações de 
temperatura. Há diminuição da regulação térmica pela menor sudorese, o que pode levar ao choque térmico em 
situações de grande aquecimento. As unhas do idoso tornam-se opacas, grossas e sem brilho. Apresentam 
diminuição da velocidade de crescimento, a partir da terceira década, e estrias longitudinais em 67% das pessoas 
com mais de 70 anos. 
 
Sistema Ósseo 
 
O envelhecimento modifica a atividade celular na medula óssea, ocasionando desequilíbrio no processo de 
recomposição e formação óssea, resultando em perda óssea. 
 
Sistemas articular e muscular 
 
No músculo, há perda de massa muscular com diminuição do peso e do número de células. Muitas células atrofiam 
e morrem; outras são substituídas por tecido gorduroso e conjuntivo. No tendão, há aumento do comprimento e 
uma redução da resistência com o aumento da idade. 
 
Sistema nervoso 
 
As alterações mais importantes do envelhecimento ocorrem no cérebro. O cérebro diminui de volume e peso. Nota-
se uma redução de 5% aos 70 anos e cerca de 20% aos 90 anos de idade. A redução da massa encefálica está 
associada à perda neuronal, que não é uniforme em todas as áreas cerebrais. 
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Sistema cardiovascular 
 
As principais alterações cardiovasculares associadas ao envelhecimento ocorrem no miocárdio, no nó sinoatrial, 
nas valvas cardíacas e vasos sanguíneos, caracterizando modificações tanto de ordem anatômica quanto funcional. 
 
Vasos Sanguíneos 
 
O aumento da rigidez arterial pode ser considerado o principal marcador do envelhecimento do aparelho circulatório. 
 
Valvas cardíacas 
 
As valvas cardíacas aparecem placas arterioscleróticas e espessamento das cordas tendíneas, além de calcificação. 
A calcificação valvar parece ocorrer com maior frequência em mulheres. 
 
Sistema respiratório 
 
O processo de envelhecimento causa uma série de alterações fisiológicas que acometem a caixa torácica, os 
pulmões e a musculatura respiratória, acarretando prejuízo à função pulmonar. 
 
Modificações torácicas 
 
O envelhecimento modifica a constituição e forma do tórax. Observam-se redução da densidade óssea e 
consequente redução e achatamento das vértebras; redução dos discos vertebrais; calcificação das cartilagens e 
das articulações das costas. Essas modificações determinam o enrijecimento da caixa torácica, tornando mais 
importante a ação da musculatura abdominal e diafragmática na ventilação. O achatamento da coluna vertebral e 
consequente cifose torácica, mais evidente no gênero feminino, o que caracteriza o tórax senil. A musculatura da 
respiração enfraquece com o progredir da idade, assim como os músculos esqueléticos em geral, o que, somado 
ao enrijecimento da parede torácica, resulta na redução das pressões inspiratórias e expiratórias com um grau de 
dificuldade maior para executar a respiração. O único músculo que parece não ser afetado pelo envelhecimento 
é o diafragma que, no idoso, apresenta a mesma massa muscular que indivíduos mais jovens. 
 
Vias aéreas e pulmões 
 
A traqueia e a sua bifurcação torna-se mais rígida por calcificações e aumenta de diâmetro, resultando em aumento 
do espaço morto. As vias pulmonares, principalmente as de menor calibre, tornam-se mais frouxas, cabalando-se 
facilmente, dificultando a respiração. 
 
Sistema digestório 
 
O sistema digestório, assim como os demais sistemas, sofre modificações estruturais e funcionais com o 
envelhecimento. As alterações ocorrem em todo trato gastrintestinal da boca ao reto. 
 
Boca 
 
A perda de dentes não é uma consequência inevitável do envelhecimento. Não são observadas alterações na 
função mastigatória com o envelhecimento 
 
Esôfago 
 
Com o envelhecimento, a musculatura do esôfago pouco se altera, porém, há uma redução de sua inervação. Essa 
alteração é a maior responsável pelas modificações da motilidade observadas no idoso. 
 
Estômago 
 
Estudos mostram sinais de gastrite, com aumento da incidência com o progredir da idade. Tem-se notado 
também um declínio na produção da secreção ácida do estômago. 
 
Pâncreas 
 
Há redução da capacidade de secreção de lípase (destruidora de lipídios) e de bicarbonato e também redução de 
secreção de insulina. 
 
Intestino delgado 
 
É descrita redução da superfície mucosa, das vilosidades intestinais e do fluxo sanguíneo. Alguns estudos mostram 
que outros nutrientes podem ter sua absorção reduzida com o envelhecimento como: vitamina D, ácido fólico, 
vitamina B12, cálcio, cobre, zinco, ácidos graxos e colesterol. 
 
Cólon 
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Nota-se, na senescência, um aumento de constipação. 
 
Reto e ânus 
 
As alterações do envelhecimento dessa região predispõem a incontinência fecal. Na musculatura do esfíncter 
exterior, são observadas alterações como redução de força muscular, que diminuem a capacidade de retenção 
fecal. 
 
Sistema genital feminino 
 
As alterações decorrentes do processo de envelhecimento no gênero feminino estão ligadas a alterações hormonais 
e iniciam-se após a menopausa. No sistema genital as mais importantes alterações são: 
 
• Atrofia de útero, trompas e ovários; 
• Infecções gênito-urinárias, 
• Atrofia da uretra; 
• Redução da libido. 
 
As glândulas mamárias atrofiam-se e são substituídas por tecido adiposo, tornando-as menos firmes, pendentes 
e flácidas, por enfraquecimento dos ligamentos de sustentação. 
 
Sistema genital masculino 
 
As alterações do envelhecimento nos órgãos genitais masculinos são menos evidentes do que no gênero feminino. 
Os testículos, embora mantenham seu peso e tamanho, apresentam redução na função, o número de 
espermatozóides caem pela metade, no entanto, a fertilidade, frequentemente, perdura até o extremo da vida. 
Observa-se um aumento de peso e tamanho prostático com o envelhecimento, que se deve à expansão da região 
da próstata em torno da uretra. Esse aumento pode tornar difícil a micção. O pênis tem seu tecido erétil alterado, 
com perda de elasticidade e alteração da circulação, resultando em dificuldades no mecanismo de ereção. 
 
Sistema urinário 
O rim 
O rim sofre modificações no seu peso, a partir da quarta década, inicia-se o processo do envelhecimento renal, 
com diminuição do seu peso, que pode atingir cerca de 180g, reduzindo a área de filtração e, consequentemente, 
das suas funções fisiológicas. 
 
Bexiga e uretra 
 
O envelhecimento da bexiga e da uretra pode resultar no desarranjo da capacidade de armazenamento de urina, 
contração da bexiga e expulsão da urina. 
 
Aspectos otorrinolaringológicos 
 
A senescência afeta as funções auditivas e sensoriais (equilíbrio, olfato e paladar). Na orelha externa, observa-se 
redução do número de glândulas produtoras de cerúmen, levando ao ressecamento e à descamação da pele, 
propiciando o aparecimento de prurido. A orelha interna é a parte mais afetada pelo processo de envelhecimento, 
causando perda auditiva irreversível no idoso, geralmente bilateral. Estima-se que 10 a 60%dos indivíduos com 
mais de 65 anos apresentem presbiacusia. 
 
Aspectos oftálmicos 
 
As alterações observadas no envelhecimento do sistema visual são: opacidade e rigidez das lentes, podendo levar 
a formação de catarata; redução da acuidade visual; predisposição ao glaucoma. 
 
ATIVIDADES PARA O ALUNO 
 
1. Diferencie geriatria de gerontologia: 
2. Cite alguns fenômenos que contribuem para o envelhecimento: 
3.Descreva as alterações que ocorrem na anatomia do envelhecimento: 
4.Descreva as alterações que ocorrem na fisiologia do envelhecimento: 
 
5 PRINCIPAIS PATOLOGIAS DO IDOSO 
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Objetivo: 
 
Conhecer as principais patologias do envelhecimento, bem como suas causas e consequências para o 
idoso. 
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
 
A hipertensão arterial sistêmica é uma doença de importância crescente, cujaprevalência eleva-se com o 
envelhecimento. Mais de 50% dos indivíduos entre 60 e 69 anos são afetados e esse número sobe para 75% 
dentre aqueles com mais de 70 anos. 
 
Ao contrário do que muitos imaginam a hipertensão pode ser assintomática por anos, sendo diagnosticada apenas 
pela medida da pressão arterial. O sintoma mais comum, a cefaleia, é bastante inespecífico. Apesar da 
disponibilidade de tratamento efetivo, mais da metade dos pacientes o abandonam em até um ano do diagnóstico. 
Dentre aqueles que persistem sob cuidados médicos, apenas cerca de 50% tomam ao menos 80% das medicações 
prescritas. Consequentemente, devido à baixa aderência ao tratamento anti-hipertensivo, aproximadamente 75% 
dos pacientes com o diagnóstico de hipertensão não atingem adequado controle da pressão arterial. 
 
A hipertensão mal controlada pode levar ao comprometimento de órgãos como coração, rins, olhos e sistema 
nervoso central, levando a insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana (com aumento do risco de infarto), 
déficits visuais, insuficiência renal e acidentes vasculares cerebrais. Atualmente observa-se, cada vez mais, 
associação entre hipertensão arterial e quadros demenciais, incluindo a doença de Alzheimer. O tratamento 
adequado diminui de forma significativa os riscos. Estudos clínicos mostraram diminuição de 30 a 43% no risco de 
acidentes vasculares cerebrais e de até 15% no risco de infartos do miocárdio. 
DIABETES MELLITUS 
O diabetes mellitus é caracterizado por elevação anormal da concentração de glicose sanguínea. É uma doença 
altamente prevalente, afetando cerca de 150 milhões de pessoas em todo o mundo. As estimativas são de que 
esse número chegue a 300 milhões no ano de 2025, resultado do envelhecimento populacional, da alimentação 
não saudável, obesidade e sedentarismo. Os países em desenvolvimento contribuem com aproximadamente 75% 
do total de casos. 
 
Enquanto parte dos portadores de diabetes apresentam aumento da sede e do volume urinário, muitos outros são 
inicialmente assintomáticos, tendo a doença diagnosticada apenas por exames laboratoriais. Ocasionalmente os 
pacientes se apresentam já com complicações crônicas da doença ao diagnóstico. 
 
O diabetes tem complicações agudas, causadas por descompensações temporárias, podendo chegar até mesmo 
ao estado de coma, e complicações crônicas. Dentre as crônicas destacam-se as neuropatias que, por alterações 
de sensibilidade, predispõem ao surgimento de feridas, sendo o exemplo clássico as úlceras em pés; disfunções 
renais chegando à insuficiência renal com necessidade de tratamento dialítico; alterações visuais, evoluindo à 
cegueira em casos extremos e complicações cardiovasculares, aumentando o risco de infartos do miocárdio e 
acidentes vasculares cerebrais, principalmente quando associado à hipertensão arterial. A insuficiência arterial 
periférica assim como as úlceras causadas pela alteração na sensibilidade pode levar à necessidade da amputação 
de membros. 
 
O objetivo do tratamento é manter os níveis glicêmicos o mais próximos possível do normal, evitando complicações 
crônicas e agudas. O tratamento inclui dieta adequada, realização de atividade física, controle de outras doenças 
associadas e uso de medicações, se necessário, porém frequentemente é negligenciado mesmo entre os indivíduos 
já orientados sobre a doença. 
 
DEPRESSÃO 
 
Depressão é a segunda doença crônica mais comum, superada apenas pela hipertensão arterial. Ao menos 10% 
dos indivíduos não hospitalizados a apresentam, mas muitos casos não são reconhecidos ou são tratados de forma 
inapropriada. Esse número é maior entre os indivíduos que vivem em instituições de longa permanência, chegando 
a 30%. 
 
O diagnóstico é feito pelos sintomas de humor deprimido ou perda de interesse em quase todas as atividades (ou 
ambos) e a presença de outros sintomas como distúrbios do sono, sentimento de inutilidade ou culpa excessiva, 
fadiga ou perda de energia, diminuição da concentração, alterações do apetite ou peso, agitação ou retardo 
psicomotor e pensamentos recorrentes de morte ou suicídio. Idosos costumam ter menos sintomas de tristeza e 
mais irritabilidade, ansiedade ou alterações nas habilidades funcionais. Muitas vezes apresenta-se com perda de 
memória e sintomas físicos, como dores inespecíficas. 
 
Pacientes e seus familiares nem sempre estão conscientes da presença de depressão. Sentindo o estigma das 
doenças mentais, os idosos podem hesitar em relatar sintomas depressivos. Profissionais da saúde também 
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podem minimizar os sintomas, considerando-os parte do envelhecimento normal ou consequência de doenças 
clínicas. 
 
A depressão não adequadamente tratada tem importantes impactos pessoais, sociais e econômicos, devidos à 
piora na qualidade de vida, declínio funcional, perda de produtividade e aumento nas taxas de mortalidade. A 
doença pode ser tratada com psicoterapia e uso de medicações antidepressivas, isoladamente ou associadas, 
porém várias pesquisas observam que frequentemente os pacientes interrompem o tratamento por conta própria, 
favorecendo sua recorrência. 
OSTEOARTROSE 
A osteoartrose é a doença reumática mais comum e a segunda doença que mais causa incapacidade, sendo 
superada apenas pelas doenças cardiovasculares. É uma doença degenerativa e sua prevalência aumenta com 
a idade. Acredita-se que de 30-40% das pessoas acima dos 65 anos apresentem sintomas. 
 
A doença tem evolução não letal e a falta de um tratamento definitivo muitas vezes gera certo desinteresse por 
parte de muitos médicos. Uma atitude comum entre os pacientes é a de acreditar que a doença e seus sintomas 
são consequências inevitáveis do processo de envelhecimento. A osteoartrose comumente é causa de dor 
importante, incapacidade e perda de independência, porém o tratamento, incluindo orientações, exercícios 
fisioterápicos, perda de peso, se houver sobrepeso, e uso de medicações analgésicas e protetoras da cartilagem 
podem minimizar esses comprometimentos. 
NEOPLASIAS 
O câncer é a segunda causa mais comum de óbito em nosso país, atrás apenas das doenças cardiovasculares. 
Entretanto, muitas neoplasias são passíveis de prevenção primária (prevenção da ocorrência) ou secundária 
(detecção precoce), melhorando de forma significativa o prognóstico. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer 
para o ano de 2005 é de que o número de casos novos na população brasileira seja de cerca de 467440. Em 
ordem de ocorrência, por localização primária do câncer, teríamos: 1o: pele (não melanoma), 2o: mama, 3o: próstata, 
4o: cólon e reto, 5o: pulmão, 6o: estômago e 7o: colo de útero. Excluindo os cânceres de pele, as neoplasias malignas 
mais frequentes entre a população feminina são as de mama, seguidas pelas de colo de útero. Entre a masculina 
são as de próstata, seguidos pelas de pulmão. 
 
Não existem medidas específicas para a prevenção primária dos cânceres de mama e cólon e reto, mas estudos 
observacionais têm sugerido que a prevenção da obesidade, realização de exercícios físicos, dietas saudáveis e 
evitar o consumo de bebidas alcoólicas são medidas que reduzem os riscos de desenvolvimento dessas neoplasias. 
Ambas têm as taxas de mortalidade reduzidas com o diagnóstico precoce, havendo benefício significativo no 
rastreamento. Entretanto, cerca de 50% dos tumores de mama diagnosticados no Brasil são avançados. 
 
O câncer de estômago tem sofrido redução nas taxas de incidência e de mortalidade. Acredita-se que deve haver 
relação com a melhor conservação de alimentos, mudanças de hábitos alimentares e diminuição na prevalência 
do possível agente causal, uma bactéria chamada Helicobacter pylori. Quanto aos tumores de colo de útero, quase 
80% dos casos novos ocorrem em países em desenvolvimento, onde em algumas regiões é o câncer mais comum 
entre as mulheres. 
 
A redução da mortalidade e da incidência é possível através da detecção precocede lesões precursoras com alto 
potencial de malignidade ou carcinomas “in situ”, através de programas de rastreamento. O câncer de próstata tem 
mortalidade relativamente baixa. O aumento das taxas de incidência tem sido influenciado pelo diagnóstico de 
casos latentes em indivíduos assintomáticos, principalmente nas regiões em que se realiza rastreamento. 
 
Os tumores malignos de pele, não melanomas, têm baixa letalidade, mas podem levar a deformidades físicas e 
ulcerações graves, com alto custo. Têm excelente prognóstico se tratados adequadamente e em momento oportuno. 
A prevenção do câncer de pele inclui proteção contra a exposição solar excessiva (prevenção primária) e detecção 
precoce através de exame dermatológico cuidadoso (prevenção secundária). 
 
O câncer de pulmão tem altas taxas de mortalidade e está profundamente ligado ao hábito de fumar, sendo este 
o fator de risco mais importante. As taxas de incidência em um determinado país refletem o consumo de cigarros. 
São maiores em homens, mas observa-se que as taxas entre as mulheres têm se elevado progressivamente. O 
método mais efetivo na prevenção primária é o controle do tabagismo. 
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ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO 
 
O acidente vascular cerebral ou acidente vascular encefálico, também chamado de derrame cerebral, é 
caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente da obstrução ou rompimento de vasos 
sanguíneos cerebrais. É uma doença de início súbito, que 
pode ocorrer por dois motivos: isquemia ou hemorragia. 
 
Encéfalo: bulbo (respiração), hipotálamo (vísceras), corpo 
caloso (conexão entre os hemisférios), cérebro, tálamo 
(integração), cerebelo (equilíbrio). 
 
Fatores de risco para AVE 
 
Existem diversos fatores considerados de risco para a 
chance de ter um AVE, sendo o principal a hipertensão 
arterial sistêmica não controlada e, além dela, também 
aumentam a possibilidade o diabete mellitus, trombose, uma 
arritmia cardíaca chamada fibrilação atrial. 
 
Principais fatores de risco: 
 
• Hipertensão arterial; 
• Doença cardíaca; 
• Colesterol aumentado; 
• Tabagismo; 
• Diabetes; 
• Idade; 
• Sexo; 
• Obesidade. 
Tipos de AVE 
 
Isquêmico: ocorre devido à falta de irrigação sanguínea num determinado território cerebral, causando morte de 
tecido cerebral - é o AVE isquêmico. Pode ocorrer um acúmulo de gordura ou coágulo sanguíneo em uma artéria 
cerebral, reduzindo o seu fluxo sanguíneo ao mínimo e causando morte do cérebro. 
 
Hemorrágico: é menos comum, mas não menos grave, e ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano, 
levando à formação de um coágulo que afeta várias funções cerebrais e até a morte cerebral do indivíduo. 
 
Sinais que precedem um AVE: 
 
• Cefaleia intensa e súbita sem causa aparente; 
• Dormência nos braços e nas pernas; 
• Dificuldade de falar e perda de equilíbrio; 
• Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna do lado esquerdo ou direito do corpo; 
• Perda súbita de visão em um olho ou nos dois; 
• Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular e expressar palavras ou para compreender a 
linguagem; 
• Instabilidade, vertigem súbita e intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos. 
 
Como identificar o acidente vascular cerebral: 
 
• Pedir em primeiro lugar para que a pessoa sorria. Se ela mover sua face só para um dos lados, pode 
estar tendo um AVE; 
• Pedir para que levante os braços. Caso haja dificuldades para levantar um deles ou, após levantar os 
dois, um deles caia procurar socorro médico; 
• Dê uma ordem ou peça que a pessoa repita alguma frase. Se ela não responder ao pedido, pode estar 
sofrendo um derrame cerebral. 
 
Diagnóstico 
 
O diagnóstico do AVE é obtido através de exames de imagem, tomografia computadorizada e/ou ressonância 
magnética, que permitem ao médico identificar a área do cérebro afetada e o tipo de AVE. 
 
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Como todas as doenças vasculares, o melhor tratamento para o AVE é a prevenção, identificar e tratar os fatores 
de risco, como a hipertensão, aterosclerose, o diabetes mellitus, o colesterol elevado, cessar o tabagismo e o 
etilismo, além de reconhecer e tratar problemas cardíacos. 
 
Consequências/complicações 
 
As consequências do AVE podem afetar diversos aspectos do paciente, tais como paralisia e fraqueza, habilidades 
de comunicação, fala, capacidade de compreensão, sentidos, além de raciocínio, emoções e memória. 
 
Tratamento 
 
O AVE é uma emergência médica e possui tratamento, se o paciente for rapidamente encaminhado para um 
hospital adequado. O tratamento do AVE isquêmico já utilizado em todo o mundo há pelo menos 10 anos é 
realizado com medicamentos trombolíticos, que possuem a propriedade de dissolver o coágulo sanguíneo que 
está obstruindo a artéria cerebral, causando a isquemia. 
 
Reabilitação 
 
O processo de reabilitação pode ser longo, dependendo das características do próprio AVE, da região afetada, da 
rapidez de atuação para minimizar os riscos e do apoio que o paciente tiver. A reabilitação consiste principalmente 
em sessões de fisioterapia e fonoaudiologia. 
 
PNEUMONIA 
 
A pneumonia é uma patologia que afeta cerca de 2,1 milhões de brasileiros todos os anos segundo dados do 
DATASUS. Essa doença é a principal causa de internação hospitalar (mais de 960 mil casos por ano) e a quinta 
causa de morte no Brasil, sendo que cerca de 70% dos casos é de pacientes com mais de 65 anos. 
 
Conceito: doença infecciosa que provoca infecção dos pulmões. 
 
Causas: microrganismos (bactérias, vírus, fungos e protozoários); aspiração de alimentos líquidos ou vômitos; 
inalação de substâncias tóxicas ou cáusticas, fumaças, poeiras ou gases. Sendo a pneumonia bacteriana a mais 
comum. 
 
Trata-se de uma doença que afeta mais os idosos, pessoas com doenças crônicas ou que tenham imunidade 
baixa. Mas pode afetar também crianças, jovens e adultos saudáveis. Nas crianças, a pneumonia é a principal 
causa de morte em todo o mundo. 
 
 
 
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Causas e classificações da pneumonia: 
 
A pneumonia pode ser causada pela infecção de bactérias, vírus, fungos, e outros parasitas que geralmente são 
transmitidos por via respiratória. Estes microrganismos ultrapassam as defesas naturais do corpo e invadem o 
pulmão, causando infecção e inflamação desse órgão. 
 
Classificações da pneumonia: 
 
1. Pneumonia adquirida na comunidade: é a pneumonia adquirida no ambiente de convívio social, seja 
em casa, no trabalho, academias de ginástica, creches, escolas ou outros locais comunitários. 
 
2. Pneumonia hospitalar: trata-se de uma pneumonia adquirida diante de uma internação hospitalar. Muitas 
vezes é uma doença mais grave do que a pneumonia adquirida na comunidade, já que os germes hospitalares 
são mais perigosos e resistentes aos antibióticos. 
 
3. Pneumonia aspirativa: esse tipo de pneumonia ocorre quando algum material estranho é inalado ou 
aspirado para dentro dos pulmões. Ocorre mais frequentemente quando alimentos presentes no estômago são 
aspirados para o pulmão após os vômitos. 
 
4. Pneumonia causada por microrganismos (germes) oportunistas: é uma pneumonia que afeta pessoas 
com baixa imunidade. Germes que seriam inofensivos para pessoas saudáveis, tornam-se perigosos para indivíduos 
com baixa imunidade, como é o caso de pessoas portadoras da AIDS ou portadores de órgãos transplantados. 
 
Sintomas da pneumonia 
 
Os sintomas da pneumonia geralmente aparecem de forma aguda ou rápida, mas podem se desenvolver também 
lentamente. No início dos sintomas, a pneumonia pode ser confundida com uma gripe ou resfriado forte. Os 
sintomas mais comuns da pneumonia são: 
 
• Febre, suor intenso ou calafrios. 
• Tosse com catarro amarelado ou esverdeado (em alguns tipos de pneumonia, a tosse pode ser seca ou 
sem catarro). 
• Dor no peito ou dor no tórax que pode piorar com a respiração.• Respiração rápida e curta. Nos casos mais graves pode haver ainda: 
• Falta de ar e maior dificuldade respiratória. 
• Cianose (coloração azulada ou arroxeada) de extremidades (dedos, nariz, lábios) por causa de baixa 
oxigenação sanguínea. 
• Confusão mental ou desorientação (observado principalmente em idosos). 
• Queda da pressão arterial. 
• Taquicardia. 
 
Fatores de risco: 
 
Idosos acima dos 65 anos e crianças têm maior risco de ter pneumonia. O risco de ter pneumonia também aumenta 
nas seguintes situações: 
 
• Portadores de doenças crônicas como diabetes, câncer, enfisema pulmonar ou doenças cardiovasculares 
(infarto do coração ou derrame cerebral). 
• Pessoas cuja imunidade esteja baixa como portadores da AIDS e pessoas que utilizam medicamentos 
para quimioterapia ou drogas imunossupressoras (no caso de câncer, transplante de órgão ou doenças 
autoimunes). 
• Fumantes ou alcoólatras. 
• Indivíduos internados em unidades de terapia intensiva (UTI). 
• Pessoas expostas a certos tipos de produtos químicos (agrotóxicos, químicas industriais) ou à poluição 
atmosférica. 
• Politraumatizados ou que tenham sofrido alguma cirurgia ou lesão cerebral importante. 
 
Diagnóstico da pneumonia 
 
O diagnóstico da pneumonia é baseado na história clínica e avaliação do exame físico do paciente. Para auxiliar 
no diagnóstico, o médico geralmente pede uma radiografia de tórax (ou raio-x de tórax) para confirmar a presença 
da pneumonia, bem como sua localização e extensão. 
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Tratamento da pneumonia 
 
O tratamento da pneumonia depende do tipo de microrganismo (germe) causador da inflamação e infecção dos 
pulmões, da gravidade dos sintomas, da presença de outras doenças associadas, local de contaminação 
(comunidade ou hospital) e grau de comprometimento dos pulmões. As pneumonias mais frequentes são as 
bacterianas. Nestes casos é necessário o uso de antibióticos para combater a infecção. Após o início do tratamento, 
espera-se uma melhora dos sintomas dentro de 48 a 72 horas. Na maioria das vezes, as recomendações de 
tratamento são relacionadas ao repouso, dieta adequada e a ingestão de líquidos para melhor recuperação. 
 
Prevenção da pneumonia 
 
• Vacina contra gripe: muitas vezes uma gripe ou resfriado podem acabar levando a um quadro de 
pneumonia. Desse modo, a vacinação contra gripe, principalmente em idosos, é uma boa maneira de se 
prevenir a pneumonia. 
• Vacina contra o pneumococo: o pneumococo é a principal bactéria causadora de pneumonia. Esta vacina 
também está disponível para aplicação, visando prevenir a pneumonia pneumocócica. É recomendada para 
maiores de 65anos ou pessoas que tenham algum tipo de fator de risco para adquirir pneumonia: como 
doenças pulmonares crônicas, doenças cardiovasculares, doenças renais, 
• Diabetes, anemia falciforme, alcoolismo, cirrose hepática, pessoas que tiveram o baço retirado por algum 
motivo ou caso haja alguma doença que cause queda da imunidade corporal (como a AIDS, linfomas, 
leucemias, alguns tipos de câncer, uso crônico de esteroides, quimioterapia ou radioterapia, transplante de 
órgão ou transplante de medula óssea). 
• Lavagem das mãos: as mãos quase sempre estão em contato com os microrganismos (germes) que 
podem causar pneumonia. Estes microrganismos penetram no corpo através do toque dos olhos, boca ou 
nariz. Desse modo, lavar bem as mãos com água e sabão ajuda a prevenir a pneumonia. 
• Não fumar: o cigarro causa lesões ao pulmão, reduzindo as defesas naturais do organismo contra infecções 
respiratórias. 
• Ter uma boa qualidade de vida: ter uma vida tranquila, fazer uma dieta adequada e praticar atividades 
físicas regularmente ajudam a aumentar as defesas do organismo, fortalecendo o sistema imune e 
prevenindo infecções. 
 
Cuidados de enfermagem: 
• Oferecer e encorajar a ingesta hídrica (6 a 8 copos ao dia); 
• Estimular alternância de decúbito de 2/2 horas; 
• Encorajar mobilização no leito e atividade física conforme tolerado; 
• Orientar ou apoiar o tórax do cliente durante a tosse; 
• Realizar avaliação respiratória pela ausculta; 
• Incentivar a prática da respiração profunda e tosse eficaz. 
• Aspirar naso e orofaringe a intervalos curtos de 2/2hs 
• Orientar e encorajar o paciente a repousar o máximo possível; 
• Observar alterações na FR, FC, ocorrência de dispneia, palidez ou cianose durante a atividade; 
• Cuidados com a oxigenoterapia; 
• Orientar o paciente a utilizar lenços de papel e descartá-los corretamente. 
 
ÚLCERA POR PRESSÃO/ ESCARAS/ FERIDAS 
 
As úlceras são feridas que surgem na pele da pessoa que permanece muito tempo numa mesma posição. É 
causada pela diminuição da circulação do sangue nas áreas do corpo que ficam em contato com a cama ou com 
a cadeira. 
 
Os locais mais comuns onde se formam as úlceras são: 
• Cóccix 
• Calcâneos 
• Trocânter, quadril, tornozelos, entre outros. 
 
Como prevenir as úlceras: 
 
Estimule a pessoa acamada a mudar de posição pelo menos a cada duas horas. À noite, o profissional pode mudar 
a pessoa de posição quando acordar a pessoa cuidada para dar medicação, ou para realizar outro cuidado. 
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– Ao mudar a pessoa de lugar ou de posição, faça isso com muito cuidado, evitando que a pele roce no 
lençol ou na cadeira, pois a pele está muito fina e frágil e pode se ferir. Mantenha a roupa da cama e da 
pessoa bem esticada, pois as rugas e dobras da roupa podem ferir a pele. 
– Se a pessoa cuidada fica a maior parte do tempo em cadeira de rodas ou poltrona, é preciso ajudá-la a 
aliviar o peso do corpo sobre as nádegas, da seguinte maneira: 
• Se a pessoa tem força nos braços: oriente a pessoa cuidada a sustentar o peso do corpo ora sobre uma 
nádega, ora sobre a outra. 
• Se a pessoa não consegue se apoiar nos braços: o cuidador deve ajudá-la a se movimentar. 
• Alguns apoios podem ajudar a pessoa a se segurar e mudar de posição sozinha pode ser comprados ou 
improvisados em casa: barras de apoio para cabeceiras da cama, faixas de pano amarradas na cabeceira, 
nas laterais ou nos pés da cama ajudam a pessoa a levantar ou mudar de posição na cama. 
• O colchão de espuma tipo “caixa de ovo” ou piramidal ajuda a prevenir as escaras, pois protege os locais 
do corpo onde os ossos são mais salientes e ficam em contato com o colchão ou a cadeira. Quando a 
pessoa não consegue controlar os esfíncteres urina e/ou fezes, é necessário proteger o colchão com 
plástico, apenas na região das nádegas, e por cima do plástico colocar um lençol de algodão. A pele não 
deve ficar em contato com o plástico. 
• Proteja os locais do corpo onde os ossos são mais salientes com travesseiros, almofadas, lençóis ou 
toalhas dobradas em forma de rolo, entre outros. 
• Leve a pessoa a um local onde possa tomar sol por 15 a 30 minutos, de preferência antes das 10 e 
depois das 16 horas, com a pele protegida por filtro solar. O sol fortalece a pele, fixa as vitaminas no corpo 
e ajuda na cicatrização das escaras. 
• Ao colocar a comadre, peça ajuda a outra pessoa e cuide para não roçar a pele da pessoa na comadre. 
• A pele da pessoa cuidada precisa ser frequentemente avaliada e bem hidratada. 
 
Para manter a hidratação da pele é preciso: 
 
– Oferecer líquidos em pequenas quantidades na forma de água, sucos e chás, várias vezes ao dia, mesmo 
que a pessoa não demonstre sentir sede. Esse cuidado é importante, pois podem rapidamente ficar 
desidratados. 
– Após o banho, massagear a pele da pessoa cuidada com óleo apropriado, esse cuidado além de hidratar 
a pele melhora a circulação do sangue. 
– Se a pessoa cuidada utilizar fraldas, é necessário trocá-las cada vez que urinar e evacuar, para evitar 
que a pele fique úmida. 
– Procure alimentar a pessoa fora da cama para evitar que os resíduos de alimentos caídos no lençol 
machuquem a pele e possam provocar feridas. Caso seja necessário alimentar a pessoa na cama, é precisoretirar os resíduos de alimentos que possam ter caído. 
 
Tratamento das úlceras por pressão: 
 
O tratamento da úlcera é definido pela equipe de saúde, após avaliação. Cabe ao cuidador fazer as mudanças de 
posição, manter a área limpa e seca. 
 
 
ATIVIDADES PARA O ALUNO 
 
1. Quais são as principais patologias que acometem o idoso? 
2. Como é caracterizado o acidente vascular encefálico? 
3. Cite alguns fatores de risco para AVE: 
4. Como identificar o acidente vascular cerebral? 
5. Cite as causas e classificações da pneumonia: 
6. Cite fatores de risco para a pneumonia: 
7. O que pode ser feito para a prevenção da pneumonia? 
8. Cite alguns cuidados de enfermagem em relação a pneumonia: 
9. Como ocorre a formação das úlceras por pressão? 
10. Como podem ser evitadas? 
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6 OS GIGANTES DA GERIATRIA 
Objetivo: 
Ao final da base curricular o aluno deverá identificar as principais causas de acontecimentos que constituem 
os chamados “Gigantes da Geriatria”, que acometem o idoso. 
 
1. INSTABILIDADE 
Instabilidade postural e quedas são importantes marcadores de diminuição de capacidade funcional e fragilidade 
em pessoas idosas. Por essa razão, a referência da ocorrência de queda sempre deve ser valorizada. A avaliação 
da queda visa: 
 
a) Identificar a causa que levou a queda e tratá-la. 
 
b) Reconhecer fatores de risco para prevenir futuros eventos, implementando intervenções adequadas. 
 
Quedas 
 
A queda representa um grande problema para as pessoas idosas dadas as suas consequências (injúria, 
incapacidade, institucionalização e morte) que são resultado da combinação de alta incidência com alta 
suscetibilidade a lesões. Cerca de 30% das pessoas idosas caem a cada ano. Essa taxa aumenta para 40%entre 
os idosos com mais de 80 anos. As mulheres tendem a cair mais que os homens até os 75 anos de idade, a partir 
dessa idade as frequências se igualam. Dos que caem, cerca de 2,5% requerem hospitalização e desses, apenas 
metade sobreviverá após um ano. 
 
Causas: 
• Fraqueza/distúrbios de equilíbrio e marcha. 
• Tontura/vertigem. 
• Alteração postural/hipotensão ortostática. 
• Lesão no SNC. 
• Síncope. 
• Redução da visão. 
 
Os fatores de risco: 
 
Fatores intrínsecos: decorrem das alterações fisiológicas relacionadas ao avançar da idade, da presença de 
doenças, de fatores psicológicos e de reações adversas de medicações em uso. Podem ser citados: 
 
• Idosos com mais de 80 anos; 
• Sexo feminino; 
• Imobilidade; 
• Quedas precedentes; 
• Equilíbrio diminuído; 
• Marcha lenta e com passos curtos; 
• Fraqueza muscular de MMII e MMSS; 
• Alterações cognitivas; 
• Polifámacos. 
• Uso de sedativos, hipnóticos e ansiolíticos. 
 
Fatores extrínsecos: relacionados aos comportamentos e atividades das pessoas idosas e ao meio ambiente. 
Ambientes inseguros e mal iluminados, mal planejados e mal construídos, com barreiras arquitetônicas representam 
os principais fatores de risco para quedas. Os riscos domésticos mais comuns que devem ser objeto de atenção 
das equipes de Atenção Básica são: 
 
• Ausência de reflexos de proteção; 
• Densidade mineral óssea reduzida – osteoporose; 
• Desnutrição; 
• Idade avançada; 
• Resistência e rigidez da superfície sobre a qual se cai; 
• Dificuldade para levantar após a queda. 
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Como avaliar: 
• Equilíbrio sentado• Levantar• Tentativas para levantar• Assim que levanta (primeiros 5 segundos) 
• Equilíbrio em pé• Olhos fechados (pessoa idosa em pé, com os pés juntos)• Girando 360 graus. 
 
2. IMOBILIDADE 
Incapacidade de se deslocar sem o auxílio de outra pessoa, com finalidade de atender às necessidades da vida 
diária. Pode o paciente estar restrito a uma poltrona ou ao leito. 
 
Fatores Predisponentes: 
• Osteoartrose; 
• Doenças reumáticas; 
• Sequelas de fraturas; 
• DPOC, ICC, AVE e Infecções; 
• Desnutrição e Desidratação; 
• Parkinson, Demência e Depressão. 
 
LONGOS PERÍODOS ACAMADOS 
Consequências: 
• Depressão 
• Confusão mental 
• Hipotensão e constipação intestinal 
• Incontinência e Infecção Urinária 
• Trombose Venosa e embolia pulmonar 20% das mortes em acamados. 
• Pneumonia e bronco aspiração 
• Úlcera por pressão- escaras 
• Atrofia muscular- sarcopenia 
Conduta: 
• Alternância de decúbito a cada 2h, 
• Colchão piramidal (casca de ovo), 
• Óleos e hidratantes, 
• Curativos apropriados, 
• Aporte hídrico, metabólico e proteico. 
 
 
3. INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
A Incontinência Urinária pode ser definida como “a perda de urina em quantidade e frequência suficientes para 
causar um problema social ou higiênico”. Pode variar desde um escape ocasional até uma incapacidade total para 
segurar qualquer quantidade de urina. Ela se deve, com frequência, a alterações específicas do corpo em 
decorrência de doenças, uso de medicamentos ou pode representar o início de uma doença. Estima-se que entre 
as pessoas idosas, a prevalência de IU é de aproximadamente 10 a 15% entre os homens e de 20 a 35% entre as 
mulheres. Idosos institucionalizados e os providos de internação hospitalar recente apresentem incontinência 
urinária de 25 a 30%. Ao menos que sejam investigados, as pessoas não relatam Incontinência Urinária. A ocorrência 
de Incontinência Urinária tende a aumentar à medida que aumentam o número de medicamentos em uso e as 
comorbidades. 
 
Consequências: 
 
Predispõe a infecções, do trato urinário e genital; provocam dilaceração e ruptura da pele; facilita a formação de 
úlceras por pressão, celulites; contribui para disfunção sexual e para perda da função renal; afeta a qualidade do 
sono (normalmente interrompendo-o) e predispõe à ocorrência de quedas. 
 
Causas: 
 
Entre as mulheres - danos secundários à partos, cirurgias, radiação, tabagismo, obesidade, distúrbios neurológicos, 
da redução da vascularização e hipotrofia dos tecidos que revestem e envolvem a uretra, a bexiga e a vagina e 
outros. 
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Entre os homens - o aumento da próstata, alterações da mobilidade, da destreza manual (dificultando a retirada 
rápida das vestes), da motivação e a tendência a excretar maiores volumes após deitar-se (em consequência da 
maior filtração renal) também predispõem a pessoa idosa à incontinência. Outras causas: medicamentos, depressão, 
excesso urinário, distúrbios mentais. 
 
Pesquisar: 
 
Como ocorre a perda urinária (descreva o problema)? 
Há quanto tempo ocorre? 
Quantas vezes ela ocorre ao dia? 
 
Há consciência da necessidade de urinar antes do escape? 
Usa fraldas ou outros absorventes para evitar acidentes? 
Evita situações sociais por causa desse problema? 
Há uma infecção do trato urinário agora? 
É mais difícil controlar a urina ao tossir, se esforçar, espirrar ou rir? 
 
É mais difícil controlar a urina quando se está correndo, pulando ou caminhando? 
Que cirurgia já realizou? Que lesão teve? 
Que medicamento usa? 
Costuma tomar café? Quanto? 
Ingere bebidas alcoólicas? Quanto? Com que frequência? 
 
Medidas gerais devem fazer parte da orientação de todas as pessoas com incontinência e incluem: 
 
• Evitar ingestão de grandes quantidades de líquidos quando não houver disponibilidade de banheiros acessíveis. 
• Evitar alimentos como cafeína e bebidas alcoólicas. 
• Tratar adequadamente quadros de constipação intestinal crônica. 
 
 
4. INSUFICIÊNCIA CEREBRAL 
Demência: A demência é uma síndrome clínica decorrente de doença ou disfunção cerebral, de natureza crônica 
e progressiva, na qual ocorre perturbação de múltiplas funções cognitivas, incluindo memória, atenção e 
aprendizado, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, linguagem e julgamento. A demência produz um 
declínio apreciável no funcionamento intelectual que interfere com as atividades diárias, como higiene pessoal, 
vestimenta, alimentação, atividades fisiológicas. 
Entre as pessoas idosas, a demência faz parte do grupo das mais importantesdoenças que acarretam declínio 
funcional progressivo e perda gradual da autonomia e da independência. 
São causas reversíveis de demência: 
• Uso de medicamentos (psicotrópicos e analgésicos narcóticos). 
• Metabólica (distúrbio hidroeletrolítico, desidratação, insuficiência renal ou hepática e hipoxemia). 
• Neurológica (hidrocefalia de pressão normal, tumor e hematoma subdural crônico). 
• Infecciosas (Meningite crônica, AIDS, neurossífilis). 
• Endócrinas (doença tireoidiana, doença para tireoidiana, e doença da adrenal). 
• Nutricionais (deficiência de vitamina B12, ácido fólico, tiamina e niacina). 
• Alcoolismo crônico. 
• Outras (DPOC, insuficiência cardíaca congestiva e apneia do sono). 
Diagnóstico 
 
O diagnóstico diferencial entre demência vascular e doença de Alzheimer pode ser difícil, sendo comum a 
coexistência das duas afecções. Geralmente, as pessoas com problemas vasculares apresentam déficits mais 
intensos em testes de movimentos repetitivos e dependentes de velocidade motora e de mecanismos corticais e 
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subcorticais, enquanto as pessoas com Alzheimer têm pior desempenho em teste de memória verbal e repetição 
de linguagem. 
 
 
5. IATROGENIA – Patologia Provocada por Tratamento Médico. 
O uso indiscriminado e excessivo de medicamentos em idosos pode levar a efeitos colaterais e interações 
perigosas. Com o envelhecimento, aumenta a probabilidade de ocorrência de doenças crônicas e os idosos tomam 
mais medicamentos que adultos jovens. Em média uma pessoa idosa toma de quatro a cinco medicamentos de 
receita e mais dois de venda livre. Alterações fisiológicas do envelhecimento, seja no sistema cardiocirculatório, 
respiratório, renal ou no próprio sistema nervoso central, são as responsáveis pela maior predisposição dos idosos 
às complicações durante a hospitalização. Essas complicações se dão tanto nos tratamentos clínicos, quanto 
durante e após cirurgias, inclusive determinando maior mortalidade. À medida que as pessoas envelhecem, a 
quantidade de água no organismo diminui como certas drogas se dissolvem na água, com essa diminuição essas 
drogas ficam mais concentradas; com a alteração dos rins e da função do fígado, as drogas ficam mais tempo no 
organismo, aumentando com isso sua concentração. O importante é ter consciência médica ao realizar prescrição, 
diminuir a quantidade de medicamentos, melhorar a qualidade, explicar tanto para o idoso quanto para o cuidador 
as dosagens, os efeitos a observar e com isso melhorar a qualidade devida, evitando a Iatrogenia concentração, 
toxicidade e efeitos colaterais. 
 
 
ATIVIDADES PARA O ALUNO 
1. Identifique as alterações que acontecem com o envelhecimento e que constituem o chamado grupo 
“gigantes da geriatria”: 
 
2. Descreva sobre cada alteração que constitui esse determinado grupo: 
 
 
6. PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS 
Objetivo: 
 
Reconhecer e intervir em atividades que possam prevenir os acidentes domésticos que acontecem com os 
idosos. 
 
Quando se pensa em acidentes domésticos, a preocupação mais frequente é com as crianças, esquecendo-nos 
que os idosos também correm riscos dentro de casa. Quanto mais avançada for à idade, maior é a propensão de 
estar envolvido em acidentes desse tipo. A explicação é simples: o processo de envelhecimento impõe algumas 
limitações de caráter físico e com o passar dos anos, músculos perdem a elasticidade, os ossos ficam frágeis e a 
calcificação destes fica prejudicada. 
 
A maior parte dos acidentes com idosos acontece em casa – no interior da casa, nas escadas, no jardim ou pátio. 
Esses acidentes, mesmo os menos graves, podem debilitar a saúde do idoso, pois o organismo já não está 
preparado para recuperações tão rápidas como pessoas de menor idade. Uma queda pode provocar, por exemplo, 
uma fratura de fêmur ou do quadril, que pode exigir até que o idoso fique imobilizado na cama por um longo 
período. 
 
Causas mais frequentes: 
• Uso incorreto de facas de cozinha, causando ferimentos; 
• Uso incorreto de produtos inflamáveis, causando queimaduras; 
• Quedas de bancos ou cadeiras; 
• Andar sobre pavimentos molhados, úmidos ou com cera; 
• Andar sobre tapetes, sem superfície antiderrapante; 
• Andar somente de meias; 
• Usar chinelos ou sapatos muito soltos; 
• Mobília instável; 
• Gavetas abertas; 
• Objetos deixados no caminho, principalmente entre o quarto e o banheiro; 
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• Má iluminação; 
• Escadas com degraus de tamanhos diferentes; 
• Fios elétricos ou de telefone deixados no chão; 
• Banheira ou chuveiro sem barras de apoio ou tapete antiderrapante. 
 
Recomendações 
• Usar sapatos de saltos largos e que tenham calcanhares reforçados, fazendo com que os pés não 
possam movimentar-se dentro dos sapatos; 
• Colocar os móveis de modo a que possa movimentar-se pela casa sem esbarrar em nada; 
• Não andar sobre locais escorregadios, molhados ou encerados; 
• Colocar em casa apenas tapetes com forro antiderrapante; 
• Evitar comprar móveis que tenham rodas; 
• As cadeiras devem ficar a uma altura nem muito elevada, nem muito próxima do chão; 
• Colocar barras de apoio na banheira ou chuveiro; 
• Usar tapetes em borracha, antiderrapante, no chuveiro e na banheira; 
• A casa deve estar bem iluminada, principalmente nas vias de acesso entre cada uma das divisões; 
• As escadas devem ter um corrimão seguro, degraus antiderrapantes e estarem bem iluminadas; 
• Usar óculos sempre que não conseguir ver um local de maneira nítida; 
• Não deixar gavetas abertas; 
• Não deixar no chão fios elétricos ou de telefone; 
• Manter os locais e passagens livres de buracos, fendas e outras irregularidades que o possam fazer 
tropeçar; 
• Prestar atenção aos movimentos inesperados de animais, crianças e bicicletas; 
• Colocar interruptores de luz próximos da cama, evitando ter que caminhar no escuro. 
 
Importância da alimentação e da prática de exercícios físicos 
 
A prática de exercícios físicos é recomendada em qualquer idade, mas sobretudo em idades mais avançadas. 
Para fortalecer os ossos e músculos, fazer caminhadas e outros exercícios físicos de baixo impactos auxiliam na 
destreza e condicionamento físico. 
 
A alimentação também merece atenção. Ela deve conter uma grande quantidade de alimentos que sejam fontes 
de cálcio, pois desse modo o idoso previne a osteoporose. 
 
 
ATIVIDADES PARA O ALUNO 
1. Quais as causas mais frequentes de acidentes com idosos? 
 
2. Crie um plano de cuidados para que os acidentes possam ser evitados: 
 
3. Quais adequações são necessárias serem realizadas na moradia e ambiente onde vivem os idosos? 
 
 
7. RELAÇÃO IDOSO-CUIDADOR 
Objetivo: 
Perceber e reconhecer a relação idoso-cuidador como um aliado no tratamento e qualidade de vida do 
idoso e no bom desempenho e valorização das atividades do cuidador. 
 
1. Como se caracteriza o envelhecimento? 
 
O envelhecimento é um processo de diminuição progressiva de habilidades motoras, sensitivas e de conhecimento. 
Isto pode levar a: 
 
• Apego aos próprios valores; 
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• Dificuldades de aceitar o novo; 
• Supervalorização da própria história de vida; 
• Conflitos com a realidade atual. 
 
2. O que ocorre com a pessoa, no aspecto emocional, no processo de envelhecimento? 
 
As mudanças mais encontradas são: 
 
 
Labilidade afetiva Mudança rápida de humor, explosão diante de estímulos insignificantes. 
Depressão Prostração, alteração do apetite e do sono, autoestima baixa, falta de interesse pelo 
que se passa a sua volta, irritabilidade, forte sentimento de culpa. 
Comportamento de 
queixa 
Diminuição da capacidade em se adaptar a realidade e a frustrações, tendo como 
consequência queixas frequentes. 
 
3. Quais as reações mais comuns no idoso que adoece e se torna dependente? 
 
Nestas situações, o idoso apresenta várias reações: 
 
Reações 
Sentimento de culpa 
O queocorre? 
Acha que está incomodando e os 
problemas da família são devidos 
a sua doença. 
Como proceder? 
Evite fazer queixas em sua presença. 
Reforce os aspectos saudáveis de sua 
personalidade. 
Primitivização da 
personalidade 
Comportamento de “mínimo” e 
resistência em assumir sua parte 
no tratamento. 
Reforce suas habilidades e 
estabeleça limites. 
Depressão Pode ser patológica ou reativa Consulte em médico. 
Irritabilidade e 
agressividade 
Como não consegue lidar com as 
perdas impostas pela doença, 
“atacam” (verbal ou fisicamente). 
Procure mantê-lo ciente de seus exageros 
e suas consequências. Não havendo 
melhora, consulte em médico. 
Inveja e ciúme Não aceita que os demais se 
divirtam, trabalhem e se inter- 
relacionem. Supervalorizam sua 
impotência e solicitam demais do 
cuidador. 
 
Estabeleça limites. Mantenha o idoso em 
atividade. Garanta que não está sozinho. 
1. Como proceder quando o Idoso-dependente solicita demais do cuidador? 
 
Quando o idoso solicita sua presença a todo instante, sem uma necessidade clara, é interessante que o cuidador 
procure aumentar o tempo de espera a cada solicitação, de forma progressiva e contínua (por exemplo, 5 minutos 
por dia); assim, a pessoa dependente precisará suportar períodos cada vez mais longos entre seu pedido e a 
resposta e o aumento de sua ansiedade. 
ORIENTAÇÕES AO CUIDADOR SOBRE O PACIENTE 
 
Não descarregue seu interesse no paciente! Reconheça e não ultrapasse seus limites! Respeite a dor do 
paciente. Ela é subjetiva e pode ser um importante sinal. Estabeleça limites com o paciente. 
 
Observe se a tristeza do paciente assume ares prostração e interfere em sua disposição. Avise o médico. 
 
Use o senso de humor; rio com o paciente; ria da vida, sempre com respeito. Procure proporcionar bem-estar 
e satisfação com a vida. 
Varie os estímulos; saia com o paciente; veja filmes, ouça músicas, notícias, etc. 
Mantenha o idoso integrado ao mundo. 
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ATIVIDADES PARA O ALUNO 
 
1. Como se caracteriza o envelhecimento? 
2. O que ocorre com a pessoa, no aspecto emocional, no processo de envelhecimento? 
3.Quais as reações mais comuns no idoso que adoece e se torna dependente? 
4.Como proceder quando o Idoso-dependente solicita demais do cuidador? 
 
8. CUIDADOS NO MANUSEIO DOS MEDICAMENTOS DO IDOSO 
Objetivo: 
 
Instrumentalizar o aluno com subsídios capazes de atentar para a importância quanto aos cuidados com 
os medicamentos do idoso. 
 
1. O que o cuidador deve saber antes de administrar um medicamento no idoso? 
 
O cuidador deve: 
 
• Conferir o nome do medicamento e a data de validade; 
• Confirmar a dose a ser administrada; 
• Se o medicamento for dado à noite: nunca fazê-lo com as luzes apagadas; 
• Lavar as mãos antes de pegar no medicamento. 
 
2. Como conservar um medicamento? 
 
Você deve: 
 
• Mantê-lo em sua embalagem original, em lugar fresco e arejado; 
• Evitar guarda-lo no armário do banheiro; 
• Ao usar bolsa de pano, carregar o medicamento dentro de um plástico; 
• Ao viajar, não colocá-lo no porta-luvas. 
 
3. Como deve ser administrado um medicamento via oral? 
 
 
 
Comprimidos e cápsulas 
• Devem ser tomados com água; 
• Não macerar o comprimido; 
• Não abrir as cápsulas. 
 
Gotas 
• Podem ser diluídas com pouco de água 
• Seguir o número de gotas prescrito; 
• Não administrar direto na boca. 
Líquido (xaropes, solução, 
suspensão) 
• Administrar sempre a medida prescrita; 
• Após, pode-se dar um pouco de água. 
 
4. E os colírios, como devem ser administrados? 
 
Para os medicamentos a serem aplicados nos olhos deve-se: 
• Inicialmente, lavar as mãos; 
• Aquecer o produto nas mãos; 
• Instilar nos olhos o números de gotas indicado; 
• Não encostar o bico do frasco nos olhos; 
• Observar o prazo de validade, depois de aberto, dado pelo fabricante (se o fabricante não der o prazo de 
validade, não usar mais do que sete dias). 
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5. Como administrar os medicamentos para os ouvidos? 
 
Ao instilar o medicamento no ouvido, deve-se: 
• Inicialmente, lavar as mãos; 
• Deitar a cabeça para o lado oposto ao ouvido a ser tratado; 
• Instilar as gotas recomendadas sem encostar o conta-gotas na orelha; 
• Não utilizar, após aberto, no prazo superior a quinze dias; 
• Não colocar algodão seco para tampar, ele pode absorver o medicamento. 
 
6. Como proceder com os medicamentos para uso nasal? 
 
O cuidador de seguir as seguintes orientações: 
• Inicialmente, lavar as mãos; 
• Pedir ao idoso para que assue o nariz; 
• Estender a cabeça para trás e manter por um minuto após aplicar o medicamento; 
• Instilar nas narinas, o número de gotas indicado; 
• Se o idoso sentir o gosto de remédio na boca, isto é normal; 
• Não abuse do uso destes produtos; 
• Depois de aberto, o medicamento não deve ser utilizado após quinze dias. 
 
7. E os produtos dermatológicos, com aplicá-los? 
 
Estes medicamentos são aplicados sobre a pele e seguem as seguintes observações: 
• Lavar a região onde será aplicado o produto; 
• Usar cotonete ou palito de sorvete para aplicar os cremes ou pomadas; 
• Se você sentir cheiro ácido, o produto deve ser desprezado. 
 
8. Como devem ser aplicados supositórios? 
 
A utilização via retal de supositórios deve seguir as seguintes instruções: 
 
• Inicialmente, lavar as mãos; 
• Retirar o supositório do invólucro; 
• Com a pessoa deitada de lado, introduzir o medicamento no ânus; 
• Juntar as nádegas por alguns instantes; 
• Se o supositório sair inteiro deve-se colocar outro; 
• Se o supositório estiver amolecido, pode-se colocá-lo na geladeira. 
 
 
ATIVIDADES PARA O ALUNO 
 
1.O que o cuidador deve saber antes de administrar um medicamento no idoso? 
2.Como deve ser administrado um medicamento via oral? 
3.E os colírios, como devem ser administrados? 
 
 
9. MAUS-TRATOS 
Objetivo: 
 
Reconhecer as situações de maus tratos, seus fatores de risco e quais atitudes devem ser tomadas nessas 
situações. 
 
“Aquelas situações que resultam em danos físicos, psíquicos ou econômicos, seja por comissão ou omissão, 
comprometendo a qualidade de vida do paciente.” (DUARTE & DIOGO, 2000:121). 
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 FREQUÊNCIA: 2% a 4% da população idosa. 
 
 CLASSIFICAÇÃO: 
 
- FÍSICOS: Atos realizados com a intenção de causar dor física ou ferimentos. 
 
- PSICOLÓGICOS: Atos realizados com a intenção de causar danos emocionais ou físicos. 
 
- ECONÔMICOS: Apropriação indevida de dinheiro, bens ou propriedades dos idosos. 
 
- NEGLIGÊNCIA OU ABANDONO DO IDOSO: Incapacidade de um designado cuidador de fornecer cuidados 
necessários a uma pessoa idosa dependente. 
 
- ABUSO SOCIAL: Violação dos direitos legais e inalienáveis dos idosos. 
 
- ABUSO SEXUAL: Realização de atos sexuais com uma pessoa idosa, sem o seu consentimento, seja pelo 
emprego de força, ameaça ou deterioração cognitiva. 
 
 FATORES DE RISCO: 
 
- Por parte do idoso: 
✓ Grandes incapacidades; 
✓ Deterioração Cognitiva; 
✓ Isolamento Social; 
- Cuidador: 
✓ Doença mental; 
✓ Consumo de álcool e outras drogas; 
✓ Dependência do cuidador em relação à vítima; 
✓ Fatores estressantes externos; 
✓ Violência. 
 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 
Contusões; fratura, contraturas, deformidades; má nutrição e desidratação; falta de higiene; mau uso da medicação; 
sangramento ou exsudato vaginal; transtornos afetivos. 
 
 DIAGNÓSTICO: 
 
✓ Disparidade nas explicações; 
✓ Explicações vagas; 
✓ Demora no pedido de assistência médica; 
✓ Visitas frequentes a um serviço de emergência; 
✓ Existência de múltiplas maneiras de ter evitado o acidente; 
✓ Resistência do cuidador à intervenção externa. 
 PREVENÇÃO: 
 
✓ Estimular uma boa relação; 
✓ Educação acerca dos cuidados; 
✓ Aconselhamento acerca dos recursos sociais; 
✓ Apoio ao cuidador; 
✓ Grupo de apoio local; 
✓ Evitar o isolamento social.[Digite texto] 
[Digite texto] 
 ONDE PODEM OCORRER OS MAUS TRATOS? 
 
✓ Na casa do próprio idoso; 
✓ Na casa do cuidador; 
✓ Na comunidade em que reside; 
✓ Nas instituições de longa permanência; 
✓ Nos hospitais. 
 INTERVENÇÂO DO PROFISSIONAL 
 
✓ Comunicar o fato às instituições competentes; 
✓ Descrever com exatidão tudo que se relaciona ao caso; 
✓ Avaliar a atitude do idoso frente à situação de maus tratos. 
 
 
ATIVIDADES PARA O ALUNO 
 
1. Como se podem classificar os maus tratos? 
2. Quais os fatores de risco para maus tratos? 
3. Quais são as manifestações clínicas? 
4. Onde podem ocorrer os maus tratos? 
5. Como profissional da área de saúde como você poderá intervir nestas situações? 
 
 
10. NOÇÕES DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA O CUIDADOR DO 
IDOSO 
Objetivo: 
 
Identificar as necessidades de conforto e bem estar para a qualidade de vida do idoso, realizando 
procedimentos técnicos para esse fim, através de habilidades e competências do aluno/profissional de 
saúde. 
BANHO NO LEITO 
 
O banho no leito deve ser aplicado no paciente idoso para: 
 
• proporcionar conforto e bem-estar 
• remover sujidades aderidas à pele e odores desagradáveis; 
• estimular a circulação; 
• remover células mortas e microrganismos; 
• favorecer a transpiração. 
 
A rotina do banho é essencial. Procure aplicar o banho sempre no mesmo horário e não mude a maneira 
de conduzir o banho. Assim, o cuidador deve: 
• na medida do possível, deixar que o idoso realize (quando estiver em condições) a tarefa de banhar- 
se. A melhor maneira de o cuidador agir é na condição de incentivador e auxiliar; 
• antes de chamar o idoso para o banho, o cuidador deverá preparar tudo nos mínimos detalhes; se os 
objetos necessários não estão a mão (sabonete, xampu, toalha, roupas limpas), corremos o risco de ter 
que deixar o idoso sozinho e molhado num ambiente potencialmente perigoso; 
• quando se está preparando o banho, todas as ações devem ser explicadas em voz alta, falando clara e 
pausadamente, uma a uma; 
• Banho de chuveiro, com água em abundância e temperatura agradável são requisitos indispensáveis; 
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• ao iniciar o banho, dependendo do grau de autonomia do idoso, deve-se pedir que fosse se despindo. 
“Vamos tirar suas roupas”, “Entre no box”, “Passe o sabonete nas axilas”; 
• todas as atividades bem executadas devem ser acompanhadas de elogios; após o banho, o cuidador deve 
oferecer a toalha, e pedir ao idoso que se seque supervisionando principalmente entre os dedos dos pés e 
nas dobras do corpo. Depois, oferecer roupas limpas, peça por peça, explicando onde colocar (a camisa, 
as meias...) e ajudando-o se for necessário; 
• o banho também é um ótimo momento para realizar uma revisão sistemática da pele, unhas e cabelos, 
observando assim alguma lesão escondida, rachadura na pele ou nos pés, hematomas ou algum outro 
trauma, escaras que estão iniciando, micoses, 
• as unhas devem ser cortadas semanalmente; 
• o cuidado com a cavidade oral (boca) é importante. A limpeza de próteses (dentaduras) ou mesmo dentes 
naturais, bem como as gengivas, devem ser rigorosamente observados, principalmente após as refeições; 
• os cabelos devem ser lavados regularmente e revisados em busca de parasitas. Os cortes do cabelo e da 
barba devem ser feitos periodicamente; 
• quando o idoso não quiser fazer a sua higiene e nem deixar o cuidador faze- lô, você deve manter postura 
determinada, evitando a confrontação e a discussão, conduzindo com firmeza, passo a passo, a execução 
de toda a tarefa. 
ALTERNÂNCIA DE DECÚBITO 
 
Decúbito lateral 
• posicionar-se do lado para o qual se quer virar o idoso; 
• aproximar o paciente para a beira oposta da cama; 
• virá-lo para o seu lado, com movimentos firmes e suaves; 
• apoiar as costas do idoso com travesseiro ou rolo de cobertor; 
• colocar travesseiro sob a cabeça e pescoço; 
• posicionar travesseiro entre as pernas e dobrar o membro inferior que está por cima; 
• manter fletido o membro superior que está em contato com o colchão. 
Decúbito dorsal 
• colocar o travesseiro sob a cabeça e pescoço; 
• posicionar rolo de lençol embaixo dos joelhos e das pernas deixando os calcanhares livres; 
• colocar aro de borracha na região sacra; 
• colocar suporte na região plantar; 
• assegurar que os membros inferiores estejam alinhados; 
• apoiar os braços sobre travesseiros com os cotovelos levemente flexionados. 
 
ARRUMAÇÃO DA CAMA 
 
• abrir portas e janelas antes de iniciar o trabalho; 
• utilizar lençóis limpos, secos, sem pregas e sem rugas; 
• não deixar migalhas de pão, fios de cabelos, etc., nos lençóis a serem reusados; 
• limpar o colchão, quando necessário, e deixar o estrado na posição horizontal; 
• observar o estado de conservação do colchão, travesseiros e impermeável; 
• não arrastar as roupas de cama no chão, nem sacudi-las; 
• não alisar as roupas de cama, mas ajeitá-las pelas pontas. 
 
CUIDADOS COM AS ELIMINAÇÕES INTESTINAIS E URINÁRIAS 
 
O cuidador nunca deve causar constrangimento ou ficar com raiva do idoso, pois, além de não ser culpa dele, 
pode deixá-lo também muito triste, pouco cooperativo e até muito mais agitado. Outras dicas para o cuidador: 
 
• se o idoso se perde, não sabendo onde fica o banheiro e não chega a tempo, uma das dicas é sinalizar 
bem a porta do banheiro, com palavras grandes e chamativas ou colocar a própria figura de um vaso 
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sanitário. À noite, deixe a luz do banheiro ligada. Deixe o quarto do idoso mais perto do banheiro. Em alguns 
casos, deve-se deixar o papagaio/comadre junto à cama. Facilite o uso do vaso, com assentos altos e 
adaptados e barras laterais; 
• não restrinja a ingestão de líquido, apenas para o idoso urinar menos; isto pode provocar desidratação no 
idoso e piorar ainda mais seu quadro clinico; 
• durante a parte do dia, procure levar o idoso, em intervalos regulares, ao banheiro; 
• procure vestir o idoso com roupas fáceis de retirar ou abrir. Velcro é uma ótima opção, no lugar do zíper 
ou dos botões; 
• o uso de fralda descartável geriátrica pode ser útil à noite; observar se a fralda não amanhece muito cheia 
ou vazando, pois talvez seja necessária uma troca no meio da madrugada; 
• se o idoso não consegue ir até ao banheiro, para urinar ou evacuar, por problemas diversos e a 
incontinência é mais severa, impõe-se o uso de fralda geriátrica durante todo o dia (dia e noite). Nunca 
deixar fraldas molhadas no corpo por muito tempo, evitando assaduras e feridas na pele. Uma boa higiene, 
em cada troca, é muito importante, com o uso de água e sabonete para retirar resíduos de fezes e de urina. 
Nas mulheres, a má higiene pode, inclusive, ser causa de infecção urinária. Ao fazer a limpeza, sempre 
limpar a região anal de frente para trás, isto é, da vagina para o ânus, evitando levar fezes para o canal da 
uretra. 
 
Lembre-se: 
 
• agitação pode ser um sinal de que o idoso quer urinar ou evacuar; se já usa fralda, pode ser necessário 
trocá-la; 
• evitar o estresse no idoso, manter hábitos alimentares regulares, ingestão suficiente de fibras e líquido e 
exercícios diários são fatores que ajudam no controle das eliminações intestinais e urinárias; 
• o uso de medicamentos (tranquilizantes, compostos com ferro, diuréticos, etc.) pode ser a causa das 
alterações dos hábitos intestinais e urinários. 
 
PROBLEMAS COM O SONO DO IDOSO 
 
• reveja as medicações que o idoso toma, pois uma mudança simples de horário pode melhorar muito o 
padrão de sono; 
• observe se o idoso está desconfortável na cama, sentindo dor ou mal-estar, medo, insegurança, falta de 
carinho ou a companhia de alguém no quarto; 
• o idoso pode acordar para urinar várias vezes, e perde o sono; neste caso, procure deixar o papagaio 
perto de sua cama, evitando que ele vá ao banheiro; 
• a ociosidade e o sedentarismo, durante o dia, podem piorar o padrão de sononoturno; o exercício físico, 
a caminhada e ocupação de tempo com atividades podem restaurar o sono perdido; 
• faça o idoso evitar cochilos e deitar na cama ou no sofá, durante a parte do dia; 
• faça-o evitar bebidas estimulantes à tardinha e a noite: café, chá-mate, e bebidas alcoólicas; 
• tristeza e depressão são grandes inimigos do sono; tratamento médico adequado é primordial; 
• se nada disto resolver a ajuda de um médico, com uma prescrição de tranquilizante ou sonífero, pode 
contornar esta situação, estabilizando o padrão de sono do idoso e melhorando a convivência familiar. 
 
Lembre-se: 
 
• problemas de sono no idoso podem ocorrer em algumas épocas e não serem permanentes; 
• com paciência, a insônia do idoso pode acabar. 
 
PROBLEMAS DE MEMÓRIA, DEPRESSÃO, DEMÊNCIA. 
 
1. Como lidar com o idoso que está com problemas de memória? 
 
Você de deve: 
• estabelecer uma rotina para as atividades do idoso, com horários fixos para dormir, comer, lazer; 
• tornar as tarefas mais simples e organizadas; 
• inserir em seu dia-a-dia, atividades manuais e exercícios mentais, como ler, jogar, pintar. Tome cuidado 
para não sobrecarregá-lo; 
• fazer intervalos entre as atividades; 
• realizar atividades físicas (caminhadas, hidroginástica); 
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• manter um calendário grande em lugar de passagem e acompanhá-lo diariamente para ver o dia, mês e 
ano; 
• colocar os objetos de uso frequente sempre no mesmo lugar. Desta maneira, será mais fácil encontrá-los 
quando precisar; 
• manter o período da noite calmo, com pouco barulho e poucas visitas. 
 
2. Como manter um idoso ocupado? 
 
Considere sempre as preferências da pessoa, respeitando seu grau de dependência e siga as observações 
seguintes: 
 
• todas as atividades devem estar de acordo com as habilidades e limitações do idoso; 
• se possível, busque aconselhamento com profissionais capacitados que certamente terão condições de 
avaliar e indicar quais atividades poderão ser executadas, segundo as limitações físicas e/ou mentais 
apresentadas; 
• atividades domésticas simples como varrer, tirar o pó, devem ser ético- rajadas, pois irão gerar no idoso 
um sentimento agradável de participação e utilidade. No entanto você deve supervisionar estas atividades; 
• atividades sociais fora de casa devem ser selecionadas, amigos ou parentes que o acompanham devem 
ter plena consciência de suas limitações, para que possam agir transmitindo calma e segurança; 
• as atividades profissionais (desde que possível) devem ser incentivadas e o idoso observado sutilmente, 
mesmo que, depois, você tenha que refazer a tarefa. 
 
3. E quanto à depressão no idoso, é difícil reconhecê-la? 
 
Sim. Porque ela pode se confundir com algumas doenças físicas, problemas de memória, perda de pessoa da 
família ou amiga. Também a depressão no idoso pode se expressar por cansaço, irritação, confundindo com outras 
doenças. 
 
4. Como pode se manifestar a depressão na pessoa idosa? 
 
As principais manifestações, desde que não relacionadas a problemas físicos, são alterações: 
 
• do comportamento (abandono das atividades que lhe davam prazer, isolamento, hostilidade); 
• do pensamento (diminuição da concentração, preocupação com a memória, dificuldade de tomar decisões); 
• do humor (irritabilidade, perda da esperança com o futuro); 
Físicas (mudança de peso, dores de cabeça, no peito); 
• do padrão do sono (não conseguir dormir, acordar muito cedo, dormir demais). 
 
5. Como lidar com o paciente idoso que apresenta sintomas de depressão? 
 
O cuidador deve: 
• fazer que o idoso tome os medicamentos prescritos pelo médico corretamente; 
• observar os movimentos do idoso deprimido com atenção, pois as tentativas de suicídio são mais frequentes 
nesta idade; É sabido que o idoso com problemas de demência ou depressão pode apresentar 
comportamentos como: 
• chamar pelo cuidador várias vezes; 
• ser teimoso, não obedecendo a ordens; 
• ficar inativo e ou agressivo; 
• ter insônia; 
• não ter controle dos esfíncteres; 
• ter coordenação motora inadequada (derrubar objetos, comida, etc.); 
• perda de memória; 
• perda de orientação espacial. Em consequência disso, o cuidador também pode sofrer com isso e 
apresentar tristeza: por vivenciar as perdas do paciente; 
• raiva: diante das suas recusas; 
• ansiedade: por espera de progresso do paciente, para sair da rotina do dia a dia da doença; 
• culpa: por ter pensamento e atitudes, às vezes, negativas; 
E desenvolver: 
• cansaço; 
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• insônia; 
• perda de autocontrole; 
• impotência; 
• depressão. 
 
 
6. O que fazer nestas situações? 
 
• deixar o idoso ocupado. 
• assistir a TV. 
• ler jornais, ver noticias (caso não possa convencê-lo, faça por ele). 
• oferecer-lhe revistas. 
• ouvir música. 
• se possível caminhar, tomar banho de sol e fazer alguns exercícios dentro de seus limites. 
• incentivá-lo a rezar (se o paciente for religioso). 
• não responder pelo paciente. 
• não fazer por ele o que ele pode fazer. 
• sair de perto quando estiver perdendo o autocontrole e solicitar ajuda de outro cuidador da família ou 
voluntário. 
• sempre que possível revezar com alguém. 
• procurar se informar a respeito da evolução da patologia. 
• procurar recursos existentes na comunidade. 
• conversar com familiares que também tenham seus doentes. 
• tentar manter as atividades possíveis que o paciente executava como: dobrar roupas vestir-se. 
• tomar cuidado com seus gestos ou palavras; o paciente atento. 
• revezar, entre os membros da família e amigos, horário com disponibilidade interna para conversar, com 
o paciente, com muito carinho e ternura. 
 
 
ATIVIDADES PARA O ALUNO 
 
1.O que o cuidador deve saber sobre o banho no paciente idoso? 
2.Quais cuidados devem ser tomados ao proceder a arrumação da cama do paciente? 
3.Quais cuidados deve-se ter com as eliminações intestinais e urinarias no idoso? 
4.Cite alguns cuidados que devem ser adotado par que o sono do idoso seja tranquilo? 
5.Como lidar com o idoso que está com problemas de memória? 
6. Como pode se manifestar a depressão na pessoa idosa? 
7. Como lidar com o paciente idoso que apresenta sintomas de depressão? 
 
 
11. HOME CARE 
Objetivo: 
 
Entender o funcionamento desse tipo de serviço, já que nos dias atuais o técnico em enfermagem está 
cada vez mais, inserido nesse mercado de trabalho. 
 
CONCEITO: modalidade de assistência em que os cuidados com o paciente serão executados em sua própria 
residência ou em outro local não institucional. Pode ser aplicada a pacientes de qualquer idade. 
 
O movimento de Home Care surgiu nos Estados Unidos em 1947, na era do pós-guerra, quando várias enfermeiras 
passaram a atender e cuidar dos pacientes em casa, pois os hospitais viviam cheios. Houve um salto de eficiência 
com este tipo de tratamento, promovendo-se uma recuperação precoce do paciente e os custos hospitalares 
reduziram drasticamente. As Seguradoras e Planos de Saúde descobriram este nicho de diminuição de despesas 
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e passaram a remunerar quase todos os procedimentos de Home Care. As enfermidades mais frequentes em 
Home Care são aquelas advindas do progressivo envelhecimento da população, as ditas crônicas como câncer, 
sequelados de AVC, doença de Alzheimer, escleroses (arteriais, cerebrais, musculares, múltiplas). Presta também 
atendimento a pacientes terminais, aos que precisam de suportes ventilatórios como os enfisematosos e asmáticos 
e atendimento aos pacientes com HIV que não querem ser expostos publicamente. Já se observa na internação 
domiciliar dados que demonstram uma importante redução do tempo de doença do paciente isto é, a recuperação 
parece ser mais rápida pois o atendimento é quase sempre personalizado com um profissional de enfermagem 24 
h exclusivo para o paciente. 
 
Vantagens apresentadas: 
✓ Reintegração da pessoa ao ambientefamiliar; 
✓ Maior envolvimento de familiares no tratamento; 
✓ Diminuição do risco de infecção; 
✓ Maior satisfação dos clientes; 
✓ Atendimento personalizado 24 h; 
✓ A família não precisa se desestruturar com deslocações complicadas; 
Caráter educativo 
 
A prática dos cuidados deve contemplar aspectos educativos em seu processo, no sentido de envolver pessoas 
com pleno conhecimento e familiarizadas com os procedimentos. A comunicação permanente entre equipe e 
família facilita o processo de cuidar e suas implicações. 
ASSISTÊNCIA DOMICILIAR 
 
Esta modalidade corresponde aos serviços prestados em nível domiciliar aos pacientes que estão em situação 
clínica delicada, necessitando de atenção constante, e aos portadores de doença crônica que necessitem de 
cuidados específicos de baixa complexidade ou em caráter paliativo e/ou profilático, com característica de média 
duração e programação eletiva. A assistência domiciliar terapêutica consiste em: 
 
✓ Acompanhamento e cuidados de enfermagem; 
✓ Visitas médicas esporádicas; 
✓ Fisioterapia motora e/ou respiratória; 
✓ Controle nutricional; 
✓ Psicoterapia e tratamento de feridas; 
✓ Tratamento da dor e reabilitação; 
✓ Educação para uso de próteses; 
✓ Controle de exames de rotina para doenças crônicas; 
✓ Vacinação; 
✓ Educação alimentar; 
✓ Assistência ao idoso; 
✓ Assistência ao deficiente físico; 
PROCEDIMENTOS 
✓ Administração de soros e medicamentos injetáveis 
✓ Cuidados com cateteres vasculares e de diálise 
✓ Passagem de cateter vesical de demora ou alívio 
✓ Passagem de sondas para alimentação e vesical 
✓ Administração de dietas enterais 
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✓ Treinamento de autoadministração de insulina 
✓ Coleta de urina e sangue para exames 
✓ Lavagem intestinal 
✓ Consultas médicas 
✓ Consultas de enfermagem 
✓ Serviços de reabilitação 
✓ Tratamento de feridas diabéticas ou vasculares 
✓ Nutrição enteral e parenteral 
✓ Respiração artificial 
✓ Acompanhamento integral por profissionais especializados em monitoramento contínuo. 
 
CÓDIGO DE ÉTICA DO HOME CARE 
 
Agir de uma maneira que inspire segurança, confiança, honestidade e respeito dos pacientes, dos empregados, 
dos colegas profissionais, das organizações, do público em geral e do sistema de entrega de serviços de saúde. 
Proteger e preservar os direitos humanos de cada paciente, acreditando que os direitos do ser humano são 
edificados com uma base fundamental de princípios: 
 
✓ Respeito pela vida: todas as vidas são preciosas e devem ser respeitadas. 
✓ Autonomia: todas as pessoas têm o direito de determinação própria. 
✓ Beneficente: nós devemos tentar fazer o bem. 
✓ Não-maleficiente: o dever de não causar danos físicos, morais e/ou espirituais. 
✓ Fidelidade e devoção: responsabilidades profissionais e lealdade incondicional. 
✓ Justiça Distributiva: todas as pessoas devem ser tratadas com justiça; pessoas não podem ser objeto de 
discriminação. Interagir com o paciente de uma forma honesta dando valor e dignidade humana baseada 
no respeito, simpatia e compaixão, sempre procurando suprir as necessidades físicas, psicológicas e 
espirituais do paciente. Cumprir com todas as leis e regulamentos que governam esta modalidade de 
serviços, atividades profissionais e as leis da nação. 
 
 
ATIVIDADES PARA O ALUNO 
 
1. Descreva algumas das vantagens do serviço em pauta? 
2.A assistência domiciliar terapêutica consiste em: 
3.Quais procedimentos podem ser realizados nesse tipo de assistência? 
4.Cite alguns princípios que fazem parte do código de ética do home care: 
 
 
12. O ÍNDEX DE KATZ NA AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DOS IDOSOS 
Objetivo: 
 
Resgatar o histórico do desenvolvimento, evolução e utilização do Index de Independência nas Atividades 
de Vida Diária de Sidney Katz, de forma a uniformizar sua utilização em nosso meio permitindo melhor 
avaliação do nível funcional do idoso. 
 
Entre os idosos, as condições crônicas tendem a se manifestar de forma mais expressiva, além de, nessa fase, 
frequentemente, ocorrerem de forma simultânea. Tais condições, geralmente, não são fatais, porém tendem a 
comprometer, de forma significativa, a qualidade de vida dos idosos. 
 
São elas, na maioria das vezes, as geradoras do que pode ser denominado processo incapacitante, ou seja, o 
processo pelo qual uma determinada condição (aguda ou crônica) afeta a funcionalidade dos idosos e, 
consequentemente, o desempenho das atividades cotidianas. 
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Em termos de avaliação em saúde, tais atividades são conhecidas como atividades de vida diária (AVDs) e 
subdividem-se em: 
 
a) Atividades Básicas de Vida Diária (ABVDs) – que envolvem as relacionadas ao autocuidado como alimentar- 
se, banhar-se, vestir-se, arrumar-se, mobilizar-se, manter controle sobre suas eliminações; 
 
b) Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDs) – que indicam a capacidade do indivíduo de levar uma vida 
independente dentro da comunidade onde vive e inclui a capacidade para preparar refeições, realizar compras, 
utilizar transporte, cuidar da casa, utilizar telefone, administrar as próprias finanças, tomar seus medicamentos. 
 
A avaliação do estado de saúde da população idosa utilizando, exclusivamente, por exemplo, estatísticas de 
mortalidade, pode não fornecer um retrato mais detalhado das reais condições de vida e saúde dessa, pois não 
refletiria a elevada incidência de condições que interferem em sua qualidade de vida, sem, no entanto, serem 
responsáveis por sua morte. 
 
Indicadores de morbidade que abordem também as incapacidades vêm demonstrando ser os mais adequados, 
pois refletem o impacto da doença/incapacidade sobre a família, o sistema de saúde e a qualidade de vida dos 
idosos. 
 
Nesse contexto é inserido o que se denomina avaliação funcional onde se busca verificar em que nível as doenças 
ou agravos impedem o desempenho das atividades cotidianas dos idosos de forma autônoma e independente, ou 
seja, sem a necessidade de adaptações ou de auxílio de outras pessoas, permitindo o desenvolvimento de um 
planejamento assistencial mais adequado. Essa avaliação se torna, portanto, essencial para estabelecer um 
diagnóstico, um prognóstico e um julgamento clínico adequados, que servirão de base para as decisões sobre os 
tratamentos e cuidados necessários. É um parâmetro que, associado a outros indicadores de saúde, pode ser 
utilizado para determinar a eficácia e a eficiência das intervenções propostas. 
 
Avaliação funcional pode ser definida como uma tentativa sistematizada de medir, de forma objetiva, os níveis nos 
quais uma pessoa é capaz de desempenhar determinadas atividades ou funções em diferentes áreas, utilizando- 
se de habilidades diversas para o desempenho das tarefas da vida cotidiana, para a realização de interações 
sociais, em suas atividades de lazer e em outros comportamentos requeridos em seu dia-a-dia. De modo geral, 
representa uma maneira de medir se uma pessoa é ou não capaz de, independentemente, desempenhar as 
atividades necessárias para cuidar de si mesmas e de seu entorno e, caso não seja, verificar se essa necessidade 
de ajuda é parcial (em maior ou menor grau) ou total. 
 
A base dessa definição é o conceito de função definido como a capacidade do indivíduo para adaptar-se aos 
problemas de todos os dias apesar de possuir uma incapacidade física, mental e/ou social. 
 
Muitos são os instrumentos utilizados para avaliação funcional em gerontologia. O Index de Independência nas 
Atividades de Vida Diária desenvolvido por Sidney Katz é, ainda hoje, um dos instrumentos mais utilizados nos 
estudos gerontológicos nacionais e internacionais, embora tenha sido publicado pela primeira vez em 1963. 
 
Associando informações teóricas e empíricas, Katz e equipe desenvolveram o denominado “Index of ADL (Index 
of Activity Daily Living)”, um instrumento de medida das atividadesde vida diária hierarquicamente relacionada e 
organizado para mensurar independência no desempenho dessas seis funções. Esse instrumento representa a 
descrição de um fenômeno observado em um contexto biológico e social e, apesar do desenvolvimento de outros, 
ainda tem sido um dos mais utilizados na literatura gerontológica para avaliar a funcionalidade dos idosos no que 
hoje são denominadas Atividades Básicas de Vida Diária. 
 
Segundo essa escala os idosos podem ser classificados como independentes se eles desenvolvessem a atividade 
(qualquer funcionalidade dos idosos das seis propostas) sem supervisão, orientação ou qualquer tipo de auxílio 
direto. A dependência para cada uma das seis funções estabelecidas foi previamente determinada e está explicitada 
a seguir: 
 
a) a avaliação da atividade “banhar-se” era realizada em relação ao uso do chuveiro, da banheira e ao ato de 
esfregar-se em qualquer uma dessas situações. Nessa função, além do padronizado para todas as outras, também 
eram considerados independentes os idosos que recebessem algum auxílio para banhar uma parte específica do 
corpo como, por exemplo, a região dorsal ou uma das extremidades. A designação de dependência parcial era 
feita aos idosos que recebiam assistência para banhar-se em mais de uma parte do corpo ou necessitavam de 
auxílio para entrar ou sair da banheira e de dependência total para aqueles que não eram capazes de banharem- 
se sozinhos; 
 
b) para avaliar a função “vestir-se” considerava-se o ato de pegar as roupas no armário, bem como o ato de se 
vestir propriamente dito. Como roupas eram compreendidas roupas íntimas, roupas externas, fechos e cintos. 
Calçar sapatos foi excluído da avaliação. A designação de dependência era dada aos pacientes que recebiam 
alguma assistência pessoal ou que permaneciam parcial ou totalmente despidos; 
[Digite texto] 
[Digite texto] 
c) a função “ir ao banheiro” compreendia o ato de ir ao banheiro para excreções, higienizar-se e arrumar as próprias 
roupas. Os idosos considerados independentes poderiam ou não utilizar algum equipamento ou ajuda mecânica 
para desempenhar a função sem que isso alterasse sua classificação. Dependentes eram aqueles que recebiam 
qualquer auxílio direto ou que não desempenhassem a função. Aqueles que utilizassem “papagaios” ou 
“comadres” também eram considerados dependentes; 
 
d) a função “transferência” era avaliada pelo movimento desempenhado pelo idoso para sair da cama e sentar-
se em uma cadeira e vice-versa. Como na função anterior, o uso de equipamentos ou suporte mecânico não 
alterava a classificação de independência para a função. Dependentes eram os pacientes que recebiam qualquer 
auxílio em qualquer das transferências ou que não executavam uma ou mais transferências; 
 
e) “continência” referia-se ao ato inteiramente autocontrolado de urinar ou defecar. A dependência estava 
relacionada à presença de incontinência total ou parcial em qualquer das funções. Qualquer tipo de controle 
externo como enemas, cateterização ou uso regular de fraldas classificava o paciente como dependente; 
 
f) a função “alimentação” relacionava-se ao ato de dirigir a comida do prato (ou similar) à boca. O ato de 
cortar os alimentos ou prepará-los estava excluído da avaliação. Dependentes eram os idosos que recebiam 
qualquer assistência pessoal. Aqueles que não se alimentavam sem ajuda ou que utilizavam sondas enterais para 
se alimentarem eram considerados dependentes bem como os que eram nutridos por via parenteral. 
 
 
 
 
Nome: 
 
Data da avaliação: / / 
Para cada área de funcionamento listada abaixo assinale a descrição que melhor se aplica. A palavra “assistência” 
significa supervisão, orientação ou auxilio pessoal. 
Banho - banho de leito, banheira ou chuveiro. 
Não recebe assistência 
(entra e sai da banheira 
sozinho, se essa é 
usualmente utilizada 
para banho). 
Recebe assistência no banho 
somente para uma parte do 
corpo (como costas ou 
uma perna) 
Recebe assistência no banho 
em mais de uma parte do 
corpo. 
. 
Vestir - pega roupa no armário e veste, incluindo roupas íntimas, roupas externas e fechos e cintos (caso 
use). 
Pega as roupas e se veste 
completamente sem assistência. 
Pega as roupas e se veste 
sem assistência, exceto 
para amarrar os sapatos. 
Recebe assistência para pegar 
as roupas ou para vestir-se ou 
permanece parcial ou 
totalmente despido. 
Ir ao banheiro - dirigir-se ao banheiro para urinar ou evacuar: faz sua higiene e se veste após as 
eliminações. 
Vai ao banheiro, higieniza-se 
e se veste após as eliminações 
sem assistência (pode utilizar 
objetos de apoio como bengala, 
andador, barras de apoio ou 
cadeira de rodas e pode utilizar 
comadre ou urinol à noite 
esvaziando por si mesmo pela 
manhã). 
Recebe assistência para ir ao banheiro 
ou para higienizar-se ou para vestir-se 
após as eliminações ou para usar 
urinol ou comadre à noite. 
Não vai ao banheiro para urinar 
ou evacuar. 
Transferência 
Deita-se e levanta-se da cama 
ou da cadeira sem assistência 
(pode utilizar um objeto de apoio 
como bengala ou andador. 
Deita-se e levanta-se da cama 
ou da cadeira com auxílio. 
Não sai da cama. 
[Digite texto] 
[Digite texto] 
 
Continência 
Tem controle sobre as 
funções de urinar e evacuar. 
Tem “acidentes” 
* ocasionais * 
acidentes= perdas 
urinárias ou fecais. 
Supervisão para controlar 
urina e fezes, utiliza 
cateterismo ou é 
incontinente. 
Alimentação 
Alimenta-se sem assistência. Alimenta-se sem assistência, 
exceto para cortar carne ou 
passar manteiga no pão. 
Recebe assistência para se 
alimentar parcial ou totalmente 
por sonda enteral ou parenteral. 
Fonte: Katz, 1963(12) 
Em 1998, foi publicada, seguindo a mesma observação do autor Sidney Katz, a publicação de outro instrumento 
de avaliação das atividades da vida diária, como segue no quadro abaixo: 
 
Katz Index of Independence in Activities of Daily Living 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
Total de Pontos 
 
= 
 
 
6 = Independente 
 
 
4 = Dependência moderada 
 
 
2 ou menos = 
Muito dependente 
Fonte: The Hartford Institute for Geriatric Nursing, 1998 
ATIVIDADES 
 
 
Pontos (1 ou 0) 
INDEPENDÊNCIA 
 
(1 Ponto) 
SEM supervisão, orientação ou 
assistência pessoal. 
DEPENDÊNCIA 
 
{0 Ponto) 
COM supervisão, orientação e 
assistência pessoal ou cuidado integral. 
Banhar-se 
 
 
Pontos: 
(1 ponto) Banha-se completamente 
ou necessita de auxílio somente para 
lavar uma parte do corpo como as 
costas, genitais ou uma extremidade 
incapacitada. 
(0 pontos) Necessita de ajuda para 
banhar-se em mais de uma parte d 
o corpo, entrar e sair do chuveiro ou 
banheira ou requer assistência 
total no banho. 
Vestir-se 
Pontos: 
Ir ao Banheiro 
Pontos: 
(1 ponto) Pega as roupas do armário e 
veste as roupas íntimas, externas e 
cintos. Pode receber ajuda para amarrar 
os sapatos. 
 
(1 ponto) Dirigir-se ao banheiro, entra e 
sai do mesmo, arruma suas próprias 
roupas, limpa a área genital sem ajuda. 
(0 pontos) Necessita de ajuda para 
vestir-se ou necessita ser 
completamente vestido 
 
 
(0 pontos) Necessita de ajuda para ir 
ao banheiro, limpar-se ou usa urinol 
ou comadre. 
Transferência 
Pontos: 
(1 ponto) Senta-se/deita-se e levanta-se 
da cama ou cadeira sem ajuda. 
Equipamentos mecânicos de ajuda 
são aceitáveis. 
(0 pontos) Necessita de ajuda para 
sentar-se/deitar-se e levantar-se da 
cama ou cadeira. 
 
Continência 
Pontos: 
 
(1 ponto) Tem completo controle sobre 
suas eliminações (urinar e evacuar). 
 
(0 pontos) É parcial ou totalmente 
incontinente do intestino ou bexiga 
Alimentação 
 
Pontos: 
(1 ponto) Leva a comida do prato à boca 
sem ajuda. Preparação da comida pode 
ser feita por outra pessoa. 
(0 pontos) Necessita de ajuda parcial 
total com a alimentação ou requer ou 
alimentaçãoparenteral. 
 
[Digite texto] 
[Digite texto] 
ATIVIDADES PARA O ALUNO 
 
1. Realizar um estudo sobre funcionalidade, utilizando como instrumento o Index de Katz num idoso da 
sua comunidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALONSO,F.R.B. O idoso ontem, hoje e amanhã: o direito como alternativa para a consolidação de uma sociedade 
para todas as idades. Revista Kairós, São Paulo, 8(2):37 – 50, dez. 2005. 
 
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria N°2.528 de 19 de Outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de 
Saúde da Pessoa Idosa. Disponível em: www.unati.uers.br . Link: Documentos em Destaque. Acesso em 
20 de agosto de 2012. 
 
BETTINELLI, L. A. (Org.). Envelhecimento humano: desafios e perspectivas. Passo Fundo, 2004. p. 72-94. 
ESTATUTO DO IDOSO. Lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003. São Paulo: Sugestões literárias, 2003. 
JUNIOR, D.G.S., et al. A agenda Global e a Agenda Brasileira: desafios para a inclusão social dos idosos. Com. 
Cienc. Saúde. 2006. 
 
Lei 8080/90. Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível em: portal.saude.gov.br/ 
portal/arquivos/pdf/LeiI8080.pdf 
 
 . A integralidade na prática (ou sobre a prática da integralidade). Cadernos de Saúde Pública, Set./Out. 
2004, volume 20 - número 5: Rio de Janeiro, 2004. 
 
MESQUITA, P. M.; PORTELLA, M. R. A gestão do cuidado do idoso em residências e asilos: uma construção 
solitária fortalecida nas vivências do dia-a-dia. In: PASQUALOTTI, A.; PORTELLA, M. R.; 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento 
e saúde da pessoa idosa. Brasília (DF): MS; 2006 [acesso em 2012, julho]. Disponível em: 
www.saúde.gov.br. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Estatuto do Idoso. Brasília (DF): MS; 2003. 
 
NÉRI, A. L. “As políticas de atendimento aos direitos da pessoa idosa expressa no Estatuto do Idoso”. A Ter- 
ceira Idade, v.16, n.34, p.7-24, 2005. 
 
VITTA, A. Atividade Física e Bem Estar na Velhice. In: Néri, A.L. Campinas: Papirus, 2000. 
http://www.unati.uers.br/
	1 O ENVELHECIMENTO NO BRASIL
	Objetivo:
	HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO À PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO BÁSICA
	AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO SUS
	AÇÕES ESTRATÉGICAS DA POLÍTICA DE SAÚDE DO IDOSO
	1. Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa
	2. Caderno de Atenção Básica - Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa
	3. Curso de Aperfeiçoamento em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa
	4. Curso de Gestão em Envelhecimento
	5. Oficinas Estaduais de Prevenção de Osteoporose, Quedas e Fraturas em Pessoas Idosas
	ATRIBUIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA NO ATENDIMENTO À SAÚDE DA PESSOA IDOSA
	1. Atribuições Comuns a todos os Profissionais da Equipe:
	2. Atribuições do Técnico de Enfermagem:
	3. Trabalho em Grupo com Pessoas Idosas
	4. Comunicação com a Pessoa Idosa
	5. Comunicação não verbal:
	ATIVIDADES PARA O ALUNO
	2 ESTATUTO DO IDOSO
	Objetivo:
	RESUMO
	O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
	TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
	TÍTULO II
	DO DIREITO À VIDA
	CAPÍTULO II
	CAPÍTULO III DOS ALIMENTOS
	CAPÍTULO IV
	CAPÍTULO V
	CAPÍTULO V
	CAPÍTULO VII
	CAPÍTULO VIII
	CAPÍTULO IX
	CAPÍTULO X DO TRANSPORTE
	TÍTULO V
	TÍTULO VI DOS CRIMES CAPÍTULO II
	ATIVIDADES PARA O ALUNO
	Objetivo:
	1. Alimentação Saudável para Pessoas Idosas
	2. Atividade Física
	4 ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DO IDOSO
	Objetivo:
	Fenômenos que contribuem para o envelhecimento:
	ANATOMIA E FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
	A composição e forma do corpo
	Pele
	Sistema Ósseo
	Sistemas articular e muscular
	Sistema nervoso
	Sistema cardiovascular
	Vasos Sanguíneos
	Valvas cardíacas
	Sistema respiratório
	Modificações torácicas
	Vias aéreas e pulmões
	Sistema digestório
	Boca
	Esôfago
	Estômago
	Pâncreas
	Intestino delgado
	Cólon
	Reto e ânus
	Sistema genital feminino
	Sistema genital masculino
	Sistema urinário O rim
	Bexiga e uretra
	Aspectos otorrinolaringológicos
	Aspectos oftálmicos
	ATIVIDADES PARA O ALUNO
	5 PRINCIPAIS PATOLOGIAS DO IDOSO
	Objetivo:
	HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
	DIABETES MELLITUS
	DEPRESSÃO
	OSTEOARTROSE
	NEOPLASIAS
	ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
	Fatores de risco para AVE
	Principais fatores de risco:
	Tipos de AVE
	Sinais que precedem um AVE:
	Como identificar o acidente vascular cerebral:
	Diagnóstico
	Consequências/complicações
	Tratamento
	Reabilitação
	PNEUMONIA
	Causas e classificações da pneumonia:
	Classificações da pneumonia:
	Sintomas da pneumonia
	Fatores de risco:
	Diagnóstico da pneumonia
	Tratamento da pneumonia
	Prevenção da pneumonia
	Cuidados de enfermagem:
	ÚLCERA POR PRESSÃO/ ESCARAS/ FERIDAS
	Como prevenir as úlceras:
	ATIVIDADES PARA O ALUNO
	6 OS GIGANTES DA GERIATRIA
	Objetivo:
	1. INSTABILIDADE
	Quedas
	Causas:
	Os fatores de risco:
	Como avaliar:
	2. IMOBILIDADE
	Fatores Predisponentes:
	LONGOS PERÍODOS ACAMADOS
	Conduta:
	3. INCONTINÊNCIA URINÁRIA
	Consequências:
	Causas:
	Pesquisar:
	Medidas gerais devem fazer parte da orientação de todas as pessoas com incontinência e incluem:
	4. INSUFICIÊNCIA CEREBRAL
	São causas reversíveis de demência:
	Diagnóstico
	5. IATROGENIA – Patologia Provocada por Tratamento Médico.
	ATIVIDADES PARA O ALUNO
	6. PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS
	Objetivo:
	Causas mais frequentes:
	Recomendações
	Importância da alimentação e da prática de exercícios físicos
	ATIVIDADES PARA O ALUNO
	7. RELAÇÃO IDOSO-CUIDADOR
	Objetivo:
	1. Como se caracteriza o envelhecimento?
	2. O que ocorre com a pessoa, no aspecto emocional, no processo de envelhecimento?
	3. Quais as reações mais comuns no idoso que adoece e se torna dependente?
	1. Como proceder quando o Idoso-dependente solicita demais do cuidador?
	ATIVIDADES PARA O ALUNO
	8. CUIDADOS NO MANUSEIO DOS MEDICAMENTOS DO IDOSO
	Objetivo:
	ATIVIDADES PARA O ALUNO
	9. MAUS-TRATOS
	Objetivo:
	CLASSIFICAÇÃO:
	FATORES DE RISCO:
	- Cuidador:
	DIAGNÓSTICO:
	PREVENÇÃO:
	ONDE PODEM OCORRER OS MAUS TRATOS?
	INTERVENÇÂO DO PROFISSIONAL
	ATIVIDADES PARA O ALUNO
	10. NOÇÕES DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA O CUIDADOR DO IDOSO
	Objetivo:
	BANHO NO LEITO
	ALTERNÂNCIA DE DECÚBITO
	Decúbito dorsal
	ARRUMAÇÃO DA CAMA
	CUIDADOS COM AS ELIMINAÇÕES INTESTINAIS E URINÁRIAS
	Lembre-se:
	PROBLEMAS COM O SONO DO IDOSO
	Lembre-se:
	PROBLEMAS DE MEMÓRIA, DEPRESSÃO, DEMÊNCIA.
	2. Como manter um idoso ocupado?
	3. E quanto à depressão no idoso, é difícil reconhecê-la?
	4. Como pode se manifestar a depressão na pessoa idosa?
	5. Como lidar com o paciente idoso que apresenta sintomas de depressão?
	6. O que fazer nestas situações?
	ATIVIDADES PARA O ALUNO
	11. HOME CARE
	Objetivo:
	Vantagens apresentadas:
	Caráter educativo
	ASSISTÊNCIA DOMICILIAR
	PROCEDIMENTOS
	CÓDIGO DE ÉTICA DO HOME CARE
	ATIVIDADES PARA O ALUNO
	12. O ÍNDEX DE KATZ NA AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DOS IDOSOS
	Objetivo:
	ATIVIDADES PARA O ALUNO
	REFERÊNCIAS

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