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MONICK LEBRÃO 
MEDICINA- TURMA XIV (FASAVIC) 
1 
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA E 
PARTICULARIDADES NO EXAME DO 
IDOSO 
Professora Mygalys Espinosa Hernández Lacerda 
HAM IV 
ENVELHECIMENTO POPULACIONAL 
O processo de envelhecimento é progressivo, gradual 
e, principalmente, variável. É um processo natural. 
 O fenótipo por ele determinado é o resultado 
de fenômenos intrínsecos ao organismo 
associados a fatores ambientais, ao estilo de 
vida, às condições nutricionais e à ocorrência de 
doenças. 
Desse modo, ninguém envelhece igual a outro da 
mesma espécie, mesmo que os seus genótipos sejam 
praticamente idênticos, como os gêmeos 
monozigóticos. 
IDOSO 
É impossível estabelecer o momento exato em que um 
indivíduo se torna idoso. 
Contudo, como é necessário estabelecer limites 
cronológicos para estudos e planejamentos 
administrativos, a Organização das Nações Unidas 
(ONU) e também a Organização Mundial da Saúde 
(OMS), com base em fatores socioeconômicos, 
consideram idoso todo indivíduo com 60 anos ou 
mais. 
 Nos países com expectativa de vida mais alta, 
entretanto, o limite é elevado para 65 anos, e 
alguns já tendem a estabelecê-lo em 70 anos. 
No Brasil, do ponto de vista legal, idoso é toda pessoa 
maior de 60 anos de idade (Lei n. 8.842, de janeiro de 
1994, e Lei no 10.741, de outubro de 2003). 
Atualmente, o envelhecimento não é mais um 
fenômeno. Uma vez que nem todos conseguem 
envelhecer. 
SENESCÊNCIA 
São, portanto, as alterações pelas quais o corpo passa 
e que são decorrentes de processos fisiológicos, que 
não caracterizam doenças. 
Todos que chegam à velhice experimentam as 
alterações fisiológicas (normais) desse processo. 
Para prevalecer a senescência, existem 4 atitudes para 
serem tomadas ao longo de toda vida: 
1) Nutrição adequada em cada fase da vida. 
2) Atividade física constante. 
3) Relacionamento social presente. 
4) Controle de doenças crônicas 
SENILIDADE 
É o processo de envelhecimento associado a diversas 
alterações decorrentes de doenças crônicas, como 
hipertensão arterial, diabetes, doenças cardíacas, 
pulmonares, renais e neurológicas, bem como hábitos 
inadequados adquiridos ao longo da vida. 
 Condições que acometem o indivíduo no 
decorrer da vida baseadas em mecanismos 
fisiopatológicos. 
A separação entre senescência e senilidade não é 
muito nítida; por isso, procura-se distribuir os idosos 
entre aqueles com envelhecimento bem-sucedido 
(senilidade) e aqueles com envelhecimento comum 
ou usual (senescência). 
Não se deve tratar o idoso que tenham sinais e 
sintomas como algo natural do envelhecimento. 
Nem todo envelhecimento é natural. 
Sempre evitar exames e procedimentos 
desnecessários, uma boa anamnese e exame físico é 
suficiente na maioria das vezes. 
Tanto a ONU como a OMS adotam os seguintes 
limites cronológicos: 
 Idosos em países de renda média ou baixa: 
60 anos ou mais. 
 Idosos em países de renda alta: 65 anos ou 
mais. 
 Muito idosos: 80 anos ou mais. 
Os muito idosos correspondem aos indivíduos mais 
propensos a apresentarem incapacidades, múltiplas 
doenças crônicas e fragilidade. 
Alguns autores têm classificado os idosos com base na 
cronologia ou de acordo com a presença de doenças 
crônicas não transmissíveis, como demência, doença de 
Parkinson, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica 
(DPOC), câncer, osteoporose, doença tireoidiana, 
acidente vascular cerebral, hipertensão, doença 
cerebrovascular e problemas que causam visão 
subnormal. 
De acordo com dados do IBGE, a população idosa no 
Brasil é atualmente de 22,9 milhões (11,34%) e a 
estimativa é de que esse número mais que triplique. 
Infelizmente, nosso País ainda não está preparado 
para atender às demandas dessa população. 
 
MONICK LEBRÃO 
MEDICINA- TURMA XIV (FASAVIC) 
2 
 A Política Nacional do Idoso assegura direitos 
que garantem oportunidades para a 
preservação de sua saúde física e mental, bem 
como seu aperfeiçoamento moral, intelectual, 
espiritual e social em condições de liberdade e 
dignidade. 
Apesar de avanços, como a aprovação do Estatuto do 
Idoso, a realidade é que os direitos e as necessidades 
dos idosos ainda não são plenamente atendidos. 
No que diz respeito à saúde do idoso, o Sistema Único 
de Saúde (SUS) ainda não está preparado para 
amparar adequadamente essa população. 
“FENÔMENO ICEBERG” NOS IDOSOS: Alguns 
problemas comuns em idosos não geram queixas 
durante um longo período de sua evolução, podendo 
permanecer ocultos, “submersos”, como a parte principal 
de um iceberg. Outros são evidentes, mas não são 
reconhecidos por uma equipe sem treinamento. 
 
Quase sempre ele tem várias queixas sem relação 
uma com a outra, raramente tem uma queixa 
principal. 
MODIFICAÇÕES ANATÔMICAS E FUNCIONAIS NO 
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 
As modificações anatômicas e fisiológicas guardam 
pouca relação com a idade cronológica e variam de 
um órgão para outro e de um indivíduo para outro. 
 Elas se iniciam geralmente a partir dos 30 anos, 
evoluem gradualmente com o tempo, mas 
permanecem praticamente imperceptíveis por 
muitos anos. 
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS 
Dentre as modificações gerais ocasionadas pelo 
envelhecimento destacam-se as alterações da 
constituição corporal, como: 
ALTERAÇÕES DA CONSTITUIÇÃO CORPORAL 
COM O ENVELHECIMENTO 
Diminuição da massa óssea 
Diminuição da massa muscular (sarcopenia) 
Redução da água intracelular 
Aumento com redistribuição da gordura corporal, 
que se acumula nos omentos, lóbulos das orelhas, 
regiões paracardíaca e perirrenais 
Diminuição do tecido celular subcutâneo dos 
membros e aumento no tronco 
Aumento dos diâmetros da caixa torácica e do 
crânio 
Diminuição da estatura em cerca de 1 cm por 
década a partir dos 40 anos, em decorrência da 
acentuação das curvaturas da coluna vertebral e do 
achatamento dos arcos dos pés e dos discos 
intervertebrais 
 
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS 
Pele, tela subcutânea e fâneros. Pode-se afirmar que é 
praticamente impossível determinar quais modificações 
da pele seriam provocadas exclusivamente pelo 
envelhecimento, sem a influência de fatores externos ao 
organismo, pois a pele é o órgão de contato do corpo 
com o ambiente. 
MODIFICAÇÕES DO SISTEMA DE REGULAÇÃO DA 
TEMPERATURA NO IDOSO 
HIPOTERMIA 
 
 Diminuição da sensação de frio; 
 Diminuição da resposta vasoconstritora ao 
frio; 
 Diminuição da resposta de calafrios; 
 Diminuição da termogênese 
 
HIPERTERMIA 
 
 Elevação do limiar central de temperatura; 
 Diminuição da capacidade de percepção do 
calor; 
 Diminuição da resposta vasodilatadora ao 
calor; 
 Diminuição ou ausência de sudorese; 
 Diminuição da reserva cardiovascular. 
 
ENVELHECIMENTO CEREBRAL 
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS, HISTOLÓGICAS E 
BIOQUÍMICAS 
 
 Diminuição de peso e volume cerebrais; 
 Atrofia dos hemisférios cerebrais com 
aumento dos espaços subaracnóideos e dos 
ventrículos laterais (hidrocefalia ex-vácuo); 
 Diminuição do córtex e do número de 
neurônios; 
 Redução de neurotransmissores, 
principalmente acetilcolina e dopamina; 
 Depósito de substância beta-amiloide nos 
vasos; 
 
MONICK LEBRÃO 
MEDICINA- TURMA XIV (FASAVIC) 
3 
 Pequena quantidade de placas neuríticas e 
emaranhados neurofibrilares (quando em 
maiores quantidades e difusos pelo cérebro, 
caracterizam a doença de Alzheimer); 
 Microangiopatia nos exames de imagem 
cerebral. 
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS 
 
 Pequeno declínio de certas habilidades 
cognitivas em muitos, mas não em todos, 
indivíduos saudáveis, o qual não se traduz em 
comprometimento das atividades da vida 
diária; 
 Dificuldades de atenção, especialmente 
quando é necessário fazer várias tarefas; 
 Diminuição da capacidade de recordar 
novas informações, principalmente visuais; 
 Declínio da capacidade de compreender as 
relações espaciais; 
 Diminuição da capacidade de varredura 
visual; 
 Lentidão na conceptualização dos problemas 
e dificuldades para mudar de estratégia 
quando as circunstânciasmudam 
 
A COMUNICAÇÃO COM A PESSOA IDOSA 
 Use frases curtas e objetivas. 
 Chame-o pelo próprio nome ou da forma como 
ele preferir. 
 Evite infantilizá-lo utilizando termos 
inapropriados como “vovô”, “querido”, ou 
ainda, utilizando termos diminutivos 
desnecessários (“bonitinho”, “lindinho”) . 
 Pergunte se entendeu bem a explicação, se 
houve alguma dúvida. 
 Repita a informação, quando essa for 
erroneamente interpretada, utilizando palavras 
diferentes e, de preferência, uma linguagem 
mais apropriada à sua compreensão. 
 Fale de frente, sem cobrir sua boca e, não se 
vire ou se afaste enquanto fala. 
 Aguarde a resposta da primeira pergunta antes 
de elaborar a segunda, pois, a pessoa idosa 
geralmente necessita de um tempo maior para 
responder. 
 Não interrompa a pessoa idosa no meio de sua 
fala, demonstrando pressa ou impaciência. 
 É necessário permitir que ele conclua o seu 
próprio pensamento. 
 
QUAL O MAIOR MEDO DOS IDOSOS? 
É a perda da independência e, assim, tornar-se um 
peso para os outros. 
EXAME CLÍNICO 
Os princípios do exame clínico e as técnicas corretas 
devem ser sempre mantidos durante o atendimento 
desses pacientes, independentemente do local de 
atendimento e das suas condições clínicas. 
PRINCÍPIOS BÁSICOS 
Ao examinar um paciente idoso, o médico precisa ter em 
mente os seguintes princípios: 
 A idade cronológica guarda pouca relação 
com as condições clínicas e com o prognóstico 
do paciente. 
Quanto maior é a idade, maior é o risco de fragilidade 
e incapacidade. Contudo, existe uma enorme 
variabilidade entre os idosos. Indivíduos em idades 
muito avançadas podem estar em melhores condições 
que idosos mais jovens 
 Existem muitos estereótipos e preconceitos em 
relação à velhice, chamados no inglês de 
ageism (sem tradução para o português), tais 
como o de que os idosos são poliqueixosos, 
pessimistas, ranzinzas e pouco comunicativos. 
Na verdade, esses comportamentos são consequência 
de uma doença de base, orgânica ou psíquica, e não do 
processo de envelhecimento 
 Muitos idosos têm seus próprios preconceitos em 
relação à sua idade, como o de que seus 
sintomas são sempre consequência do 
envelhecimento e não têm tratamento, não 
havendo, portanto, razão para procurar o 
médico. 
 Quase sempre o médico é muito mais jovem do 
que seu paciente, e isso pode dificultar o 
estabelecimento de uma relação de confiança 
entre os dois. Por isso, é preciso uma postura 
digna e um tratamento respeitoso por parte do 
médico. 
CADERNETA DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA 
A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa é um 
instrumento estratégico de qualificação da atenção à 
pessoa idosa, objetiva contribuir para a organização do 
processo de trabalho das equipes de saúde e para a 
otimização de ações que possibilitem uma avaliação 
integral da saúde da pessoa idosa, identificando suas 
principais vulnerabilidades e oferecendo orientações de 
autocuidado. 
 
MONICK LEBRÃO 
MEDICINA- TURMA XIV (FASAVIC) 
4 
 O Plano de Cuidado estabelecido após a 
avaliação multidimensional se aplica ao 
indivíduo, mas, também, proporciona uma 
tomada de decisões do ponto de vista coletivo, 
pois fornece recursos e informações para 
estruturar as ações de uma Unidade de Saúde 
no que se refere à população adscrita. 
A Caderneta permite o registro e o acompanhamento, 
pelo período de 5 anos, de informações sobre dados 
pessoais e socioeconômicos, condições de saúde, hábitos 
de vida, vulnerabilidades e orientações para o seu 
autocuidado. 
A Caderneta conta com uma ficha espelho (resumo da 
Caderneta) contendo dados gerais para serem 
preenchidos e anexados ao prontuário da pessoa idosa 
na Atenção Básica. 
 Através das informações registradas na ficha 
espelho, as equipes de saúde podem fazer 
levantamento do perfil dos idosos cobertos no 
território, identificando as situações de maior 
vulnerabilidade. 
Trata-se de uma ferramenta que pode ser utilizada 
pelas equipes da Atenção Básica para o planejamento 
e monitoramento de suas ações. Para receber a 
Caderneta, o município deverá fazer uma adesão via 
formulário eletrônico, conhecido como FormSUS. 
 No formulário, serão inseridos os dados do 
município, sobre perfil da rede de saúde, de 
idosos, a necessidade de Caderneta, plano de 
implementação e ofício do Secretário 
Municipal de Saúde, em que ele assume o 
compromisso em implementar a Caderneta. 
ANAMNESE 
A anamnese é e sempre será a base para o cuidado 
dos pacientes, principalmente do idoso. 
Para o médico, o paciente pode ser apenas um a mais 
entre muitos. Mas, para o paciente, o médico pode ser 
uma das pessoas mais importantes em sua vida, 
especialmente no caso de um idoso frágil e que vive 
isolado. 
DIFICULDADES DA ANAMNESE DE PACIENTES 
IDOSOS 
 O paciente informa pouco sobre sua doença; 
 Doenças com apresentação atípica; 
 Apresentação inespecífica das doenças 
agudas; 
 Barreiras de comunicação; 
 História extensa e queixas mal 
caracterizadas. 
 
IDENTIFICAÇÃO 
1- Nome do paciente; 
2- Nome do acompanhante (e sua relação com o 
paciente); 
3- Telefone de contato; 
4- Data de nascimento do paciente – Idade – 
Sexo; 
5- Endereço; 
6- Estado civil; 
7- Escolaridade; 
8- História familiar: Quantos filhos tem? Mora 
sozinho ou acompanhado; 
9- Profissão; 
10- Religião; 
11- Queixa principal. 
Sempre é bom colocar a data e hora na anamnese, 
uma vez que é importante para a história clínica do 
paciente. 
Colocar o endereço é importante para ter noção de 
onde o paciente vive (zona rural ou urbana), e basear 
nisso para o diagnóstico da doença. 
Quantos filhos? Para saber se tem um suporte 
familiar. 
Profissão? Para ter noção se tem um apoio 
econômico. 
Religião? Principalmente quando se trata de uma 
doença terminal. 
LEVANTAMENTO DOS SINTOMAS 
1- Preocupações físicas 
2- Sensórias 
3- Intelectuais 
4- Linguagem 
5- Habilidades não verbais 
6- Memória 
7- Humor/Comportamento/Personalidade 
8- Histórico médico 
ASPECTOS ESPECIAIS DO INTERROGATÓRIO 
SINTOMATOLÓGICO DO PACIENTE IDOSO 
 Deficiência de memória; 
 Distúrbios de comportamento; 
 Deambulação compulsiva (paciente que 
perambula); 
 Tonturas; 
 Alterações da marcha e uso de equipamentos 
de adaptação (bengalas, andadores); 
 Problemas com os pés; 
 Quedas; 
 Perda visual; 
 Perda auditiva; 
 Problemas dentários e uso de próteses; 
 
MONICK LEBRÃO 
MEDICINA- TURMA XIV (FASAVIC) 
5 
 Distúrbios alimentares, dietas especiais e 
perda de peso; 
 Modificações do sono; 
 Fadiga; 
 Dor; 
 Incontinência; 
 Úlceras de pressão; 
 Sintomas depressivos e ansiedade; 
 Sexualidade. 
 
TESTE DA SACOLA DE REMÉDIOS 
Os medicamentos que estão sendo usados e aqueles que 
foram utilizados recentemente pelo paciente merecem 
atenção especial. Os pacientes devem ser encorajados 
a levar os medicamentos ou, pelo menos, uma lista por 
escrito. Deve-se perguntar insistentemente sobre 
automedicação. 
EXAME FÍSICO 
O exame físico do idoso deve ser completo e minucioso. 
Contudo, muitas vezes as condições clínicas e a 
fragilidade do paciente dificultam sua realização e 
demandam maior paciência e disposição por parte do 
médico. 
O exame físico começa desde o momento em que o 
idoso entra no consultório, a partir da observação. 
No caso de um paciente agitado ou em estado grave, o 
exame pode ser mais sumário na primeira visita, 
priorizando-se os problemas que oferecem risco à vida 
e que demandam intervenção terapêutica imediata; 
porém, deve ser completado o mais breve possível, 
inclusive com a realização da avaliação funcional. 
O exame físico começa a ser realizado no momento em 
que o paciente entra no consultório, ou o médico entra 
no ambiente onde ele está (consultório, hospital, 
domicílio, asilo). 
Observam-se postura, fácies, deambulação, gestos, 
modo de sentar e levantar, como ele se despe e 
acomoda-se na mesa para exame. Muitas vezes, o 
médico ou o(s) acompanhante(s), ao perceberem as 
dificuldades do paciente,apressam-se em ajudá-lo. 
 É importante que o examinador se lembre de 
elevar a cabeceira da mesa de exame, pois são 
frequentes, nessa faixa etária, afecções que 
causam dispneia de decúbito. 
 É necessário dispor de um pequeno travesseiro, 
porque muitos são portadores de artrose 
cervical ou de doença de Parkinson, que causam 
rigidez e dificultam o apoio da cabeça no 
mesmo plano do dorso. 
 
POSTURA E MARCHA 
Devemos lembrar que, com o avançar da idade, a 
cabeça desloca-se para frente e ocorre diminuição da 
lordose lombar normal. 
 A marcha senil caracteriza-se por aumento da 
flexão dos cotovelos, cintura e quadril. 
Diminui também o balanço dos braços, o 
levantamento dos pés e o comprimento dos 
passos (marcha de pequenos passos). 
FÁCIES 
Algumas expressões fisionômicas que caracterizam 
fácies típicas de algumas doenças, como o 
hipotireoidismo, hipertireoidismo, depressão, e mesmo 
da síndrome parkinsoniana, podem não ser observadas 
nos idosos. 
PESO E ALTURA 
O peso nem tanto, mas a altura é um parâmetro quase 
sempre negligenciado no exame físico do paciente 
idoso. Quando se determina a estatura, deve-se ter em 
mente que ela é provavelmente menor do que a que o 
paciente alcançou ao final de sua fase de crescimento. 
O índice de massa corporal (IMC) ou índice de Quetelet, 
calculado pelo peso (kg) dividido pela altura (m) ao 
quadrado, é rotineiramente utilizado para a avaliação 
do estado nutricional. 
 Nos idosos, deve-se atentar para modificação 
dos valores em decorrência da diminuição da 
estatura com o envelhecimento e alguns 
autores propõem o ponto de corte de menor 
que 22 para desnutrição. 
HIDRATAÇÃO 
As alterações da pele (diminuição do turgor), da mucosa 
oral e da língua (menos umedecidas por diminuição da 
produção de saliva) e das conjuntivas (diminuição da 
secreção lacrimal) que ocorrem com o envelhecimento 
dificultam a avaliação do estado de hidratação do 
paciente idoso. 
PELE 
A pele senil apresenta diminuição da elasticidade, do 
turgor, da espessura, das secreções sudorípara e 
sebácea pela ação ambiental principalmente dos raios 
ultravioleta (podem ocorrer zonas de hipo e 
hiperpigmentação e de hiperqueratinização), além das 
afecções que frequentemente acometem os idodos 
(neoplasias, micoses). 
Temperatura (mais baixa do que no adulto jovem, 
pois ele retém menos calor, 35.5 já é febre), FC e PA 
 
MONICK LEBRÃO 
MEDICINA- TURMA XIV (FASAVIC) 
6 
(ambos os braços), FR (difere de acordo com a 
situação de saúde e de vida), hipotensão ortostática 
(deve ser investigado em todos- fenômeno comum). 
Ausência de febre não quer dizer ausência de 
infecção. 
 Devem-se buscar sinais de carências 
nutricionais, principalmente vitamínicas. 
 Durante o exame da pele, deve-se pesquisar a 
existência de lesões sugestivas de maus-tratos 
(equimoses), de úlceras por pressão e as 
condições de higiene do paciente. 
 As pregas na pele devem ser analisadas em 
busca de monilíase, principalmente quando o 
paciente é incontinente. 
PRESSÃO ARTERIAL 
A medida da pressão arterial é um dado que não pode 
ser esquecido durante o exame físico do idoso. Com o 
envelhecimento, a pressão arterial sistólica eleva-se 
(hipertensão sistólica isolada do idoso), o que constitui 
um fator de risco para as doenças cerebrovasculares. 
 A medida da pressão arterial dos idosos 
sempre deve ser feita nas três posições. 
Artérias enrijecidas dos idosos contribuem para o que 
se convencionou chamar de pseudo-hipertensão 
arterial. Essa condição caracteriza-se por níveis 
pressóricos elevados detectados pelo 
esfigmomanômetro, na ausência de lesão de órgãos-
alvo, além de sensibilidade aumentada aos anti-
hipertensivos com hipotensão postural e pressão 
intra-arterial normal. 
Algumas manobras, entre elas a palpação da artéria 
radial após a interrupção do fluxo sanguíneo pela 
compressão da artéria umeral pelo manguito do 
esfigmomanômetro (sinal de Osler), foram descritas 
para diferenciá-la da verdadeira hipertensão, mas 
nenhuma delas mostrou-se eficaz. A melhor maneira de 
fazer esse diagnóstico é observar clinicamente o 
paciente e valorizar a ausência de lesão de órgãos-
alvo, os níveis pressóricos menores em outros 
membros e a resposta aos anti-hipertensivos. Deve-
se estar sempre alerta se o “paciente piora” quando a 
“pressão melhora”. 
EXAME DA CABEÇA E DO PESCOÇO 
Nos pacientes idosos é importante observar alterações 
no tamanho do crânio, pois ele pode aumentar na 
doença de Paget dos ossos, que acomete quase 
exclusivamente indivíduos de faixas etárias mais 
avançadas. 
Devem-se observar as condições dos dentes e das 
próteses, e estas devem ser retiradas para exame, 
pois elas podem ocultar lesões, inclusive malignas. 
O exame do pescoço deve ser bastante minucioso. 
Palpam-se a tireoide, os pulsos arteriais, que também 
devem ser auscultados, as cadeias de linfonodos e as 
parótidas. 
EXAME DO TÓRAX 
À inspeção do tórax, são frequentes a cifose torácica e 
o alargamento do diâmetro anteroposterior, situações 
que podem ser consideradas consequências do 
envelhecimento normal, mas que se acentuam em 
algumas doenças comuns nessa faixa etária (DPOC, 
osteoporose). 
Nas mulheres, as mamas devem ser sempre examinadas, 
pois o câncer de mama também é comum nas idosas. 
 À inspeção e à palpação, os sinais podem ser 
menos evidentes, pois, com o 
envelhecimento, torna-se mais difícil a 
palpação do ictus cordis em decorrência de 
alterações como a atrofia miocárdica e o 
aumento do volume residual pulmonar. 
Idoso geralmente apresenta tórax em barril. 
 À ausculta, as bulhas cardíacas podem ser 
hipofonéticas. Até a quarta década de vida, a 
segunda bulha cardíaca (B2) é mais audível no 
segundo espaço intercostal esquerdo do que no 
direito. Com o envelhecimento, essa relação 
inverte-se, em virtude de modificações na 
posição da aorta e da artéria pulmonar. 
A diminuição da expansão pulmonar pode indicar 
uma calcificação intervertebral. 
Créptos em ápice de pulmão pode indicar uma 
pneumonia. 
Os idosos são mais propensos a apresentar doenças que 
causam modificações na ausculta das bulhas, como 
miocardiopatias e arritmias. 
A quarta bulha pode ser detectada em idosos, 
independentemente se haver ou não cardiopatia. 
O sopro sistólico de regurgitação no foco mitral 
também pode não ter significado patológico e traduzir 
apenas espessamento e calcificação da valva mitral, 
sem que haja alteração funcional. Os sopros diastólicos 
sempre indicam disfunção valvar. 
Sopro sistólico é da idade, diastólico precisa ser 
avaliado. 
 
 
MONICK LEBRÃO 
MEDICINA- TURMA XIV (FASAVIC) 
7 
EXAME DO ABDOME 
É importante lembrar a necessidade de palpar e 
auscultar o trajeto da aorta abdominal, pois dilatações 
aneurismáticas e estenoses de seus ramos (renais, por 
exemplo) são mais comuns em idades avançadas. 
A palpação da região suprapúbica também é 
importante nos casos de diminuição do volume urinário 
ou incontinência, sob pena de deixar passar uma bexiga 
distendida. 
O toque retal deve completar o exame, pois as doenças 
prostáticas, os fecalomas e as neoplasias do reto são 
frequentes nessa faixa etária. 
EXAME DAS EXTREMIDADES 
Examinam-se os membros em busca de doenças 
osteoarticulares, as quais são a principal causa de 
incapacidade nesse grupo de indivíduos. 
Deformidades, como as alterações da tíbia com 
arqueamento das pernas, são sugestivas de doença de 
Paget dos ossos, que é exclusiva dessa faixa etária. 
Os pulsos devem ser rotineiramente palpados, pois a 
insuficiência vascular é mais comum nesses pacientes, 
consequência de doenças crônicas, como a hipertensão 
e o diabetes, e do tabagismo. 
O edema sempre deve ser pesquisado, sem se 
esquecer de que ele pode ser causado pela estase 
venosa em decorrência da imobilidade. Veias varicosas 
contribuem para agravar essa situação. 
EXAME NEUROLÓGICO 
Deve ser realizado em todos os idosos, 
independentemente da queixa do paciente, pois muitas 
doençasneurológicas podem manifestar-se com 
sintomas inespecíficos, como é o caso da doença de 
Parkinson, que pode ocorrer sem tremor e o paciente 
procurar o médico por depressão e/ou quedas. 
O diagnóstico será estabelecido pelo encontro, ao 
exame físico, de outros sinais extrapiramidais, como 
bradicinesia e rigidez. 
 Primeiro, avalia-se a função mental 
Examinam-se os nervos cranianos e, principalmente, a 
movimentação ocular. 
A força e o trofismo muscular devem ser avaliados e 
os reflexos profundos, testados. 
Avalia-se também a sensibilidade tátil, dolorosa, 
vibratória e proprioceptiva. 
 
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA (AGA) 
A Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), também 
denominada Avaliação Geriátrica Global (AGG), é 
uma expressão utilizada para denominar um 
procedimento de avaliação multidimensional, 
frequentemente interdisciplinar, que tem como 
objetivo determinar as deficiências, incapacidades e 
desvantagens apresentadas pelo paciente idoso, 
visando ao planejamento do cuidado e ao 
seguimento. 
 Difere do exame físico padrão por enfatizar a 
avaliação das capacidades cognitiva e 
funcional e dos aspectos psicossociais da vida 
do idoso e por basear-se em escalas e testes 
que permitem quantificar o grau de 
incapacidade. 
SISTEMA REPRODUTOR (feminino- exame do aparelho 
geniturinário e Papanicolau/masculino- exame das 
áreas geniturinárias e de Próstata), SISTEMA 
MUSCULOESQUELÉTICO (articulações, amplitude de 
movimento, anormalidade em mãos e pés), 
AVALIAÇÃO DA AUDIÇÃO (teste do sussurro- se não 
escuta faz uma otoscopia, se ainda não resolver faz a 
lavagem), AVALIAÇÃO DA VISÃO (cartão de 
rosenbaum ou teste de snelen), SISTEMA 
NEUROLÓGICO (pares craniano, reflexo pupilar, 
movimentos oculares, sentido do olfato, teste de força 
muscular, redução da massa muscular, teste de 
coordenação motora, reflexos tendinosos profundos e 
sensibilidade). 
Mesmo se a idosa para de ter relações sexuais, deve 
fazer o Papanicolau. 
BENEFÍCIOS DO AGA 
NÍVEL INDIVIDUAL 
 Melhora a acurácia do exame clínico 
tradicional; 
 Estabelece o grau e a extensão da 
incapacidade; 
 Identifica idosos em risco de declínio funcional. 
NÍVEL POPULACIONAL 
 Instrumento utilizado em estudos clínicos para a 
avaliação da capacidade funcional e da 
qualidade de vida; 
 Identifica populações de risco; 
 Deve ser utilizado para o planejamento de 
políticas públicas para o envelhecimento. 
 
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DIMENSÕES E SUBDIMENSÕES DA AGA 
 
AGA é o coração e a alma da medicina geriátrica. 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO 
POMA: Performance Oriented Mobility Assessment 
APGAR: Família e amigos 
CHECKLIST: Segurança do domicílio, dos espaços 
coletivos e urbanos 
Escala de Barthel, Índice de Katz, Escala de Lawton 
e Medida de Independência Funcional (MFI) 
Questionário de Pfeffer e MFI 
Medidas antropométricas (peso, altura, 
circunferência abdominal e da panturrilha, IMC) 
Cartão de Rosenbaum 
Teste do Sussurro 
 
MINIEXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM) 
Os testes para avaliação do estado mental devem ser 
simples, rápidos e reaplicáveis; não devem necessitar 
de material complementar e conhecimento 
especializado para que possam ser aplicados também 
por membros da equipe multiprofissional. 
 A pontuação máxima do teste é 30 pontos, 
havendo grande influência da escolaridade nos 
escores de interpretação. 
Deve ser utilizado como instrumento de rastreio, não 
substituindo uma avaliação mais detalhada, pois, 
apesar de avaliar vários domínios, o faz de maneira 
superficial. 
 Não serve para diagnóstico, mas serve para 
indicar que funções devem ser melhor 
investigadas. 
 
 
FLUÊNCIA VERBAL (FV) 
Teste utilizado para a avaliação predominantemente 
da linguagem e da memória semântica. Solicita-se que 
o indivíduo diga o maior número de itens de uma 
categoria semântica (p. ex., animais, frutas) ou fonêmica 
(palavras indicadas por determinada letra) durante 1 
minuto. 
 O escore é a soma do número de itens corretos 
(excluindo-se as repetições). Indivíduos 
normais com escolaridade menor que 8 anos 
devem falar no mínimo 9 itens, e os com 
escolaridade de 8 e mais anos, mínimo de 13 
itens. 
TESTE DO DESENHO DO RELÓGIO (TDR) 
Avalia memória, funções executivas, habilidades 
visuoconstrutivas, compreensão verbal e abstração. 
Solicita-se ao paciente que desenhe um relógio 
analógico e os ponteiros marcando 22h45. Há limitação 
para utilização em paciente com baixa escolaridade (< 
4 anos de escolaridade). 
 
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ESCALA DE KATZ 
Avalia a independência no desempenho de 6 funções 
(banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferência, 
continência e alimentação), classificando as pessoas 
idosas como independentes ou dependentes. 
 
ÍNDICE DE BARTHEL 
A Escala de Barthel avalia 10 itens, incluindo a 
deambulação, e foi validada no Brasil parcialmente, 
apenas para atendimento ambulatorial. 
< 20 pontos: Dependência total 
20 até 35 pontos: Dependência grave 
40 até 55 pontos: Dependência moderada 
60 até 95 pontos: Dependência leve 
100 pontos: Independente 
 
ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA DIÁRIA 
(AIVD) 
DENTRO DE CASA 
 Preparar a comida 
 Fazer o serviço doméstico 
 Lavar e cuidar do vestuário 
 Executar trabalhos manuais 
 Manusear a medicação 
 Usar o telefone 
 Manusear dinheiro 
FORA DE CASA 
 Fazer compras (alimentos, roupas) 
 Usar os meios de transporte 
 Deslocar-se (ir ao médico, compromissos 
sociais e religiosos) 
 
ESCALA DE LAWTON 
De acordo com o grau de limitação apresentado, é 
possível determinar se a pessoa idosa é ou não capaz 
de manter uma vida independente dos outros. 
 
QUESTIONARIO DE PFEFFER 
Utilizado para avaliar a autonomia funcional do 
indivíduo referente às atividades do dia a dia. 
 Avalia se o déficit cognitivo é acompanhado 
de limitações na capacidade funcional. 
 
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APGAR 
Outra forma de avaliação do suporte social é a 
utilização dos instrumentos conhecidos como Apgar da 
família e Apgar dos amigos, que, apesar de não terem 
sido desenvolvidos exclusivamente para idosos. 
São compostos por cinco perguntas que se repetem nos 
dois questionários, apenas sendo substituída a palavra 
“familiares” por “amigos”. O escore para um indivíduo 
normal é menor que 6 pontos; valores superiores 
indicam comprometimento, ou seja, dificuldade em 
realizar atividades instrumentais. 
 
AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO E MOBILIDADE 
ESCALA DE AVALIAÇÃO DE TINNETI 
Em 2003, o teste foi adaptado para ser utilizado na 
população brasileira, recebendo o nome de POMA. 
 
 
 
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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
1º PASSO: Faça, pelo menos, 3 refeições (café da 
manhã, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia, 
sem pular as refeições. 
2º PASSO: Inclua diariamente 6 porções do grupo dos 
cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos 
(batata) e raízes (mandioca) nas refeições. 
3º PASSO: Coma diariamente, pelo menos, 3 porções 
de legumes e verduras como parte das refeições e 3 
porções ou mais de frutas nas sobremesas e nos lanches. 
4º PASSO: Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo 
menos, 5 vezes por semana. 
5º PASSO: Consuma diariamente 3 porções de leite e 
seus derivados, além de 1 porção de carnes, aves, 
peixes ou ovos, retirando a gordura aparente das 
carnes e a pele das aves antes da preparação desses 
alimentos. 
6º PASSO: Consuma, no máximo, 1 porção por dia de 
óleos vegetais, azeites, manteiga ou margarina. 
7º PASSO: Evite refrigerantes e sucos industrializados, 
bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e 
outras guloseimas, ingerindoos, no máximo, 2 vezes por 
semana. 
8º PASSO: Diminua a quantidade de sal na comida e 
retire o saleiro da mesa. 
9º PASSO: Beba, pelo menos, 2 litros (6 até 8 copos) de 
água por dia, de preferência nos intervalos das 
refeições. 
10ºPASSO: Pratique, pelo menos, 30 minutos de 
atividade física todos os dias, além de evitar o consumo 
de bebidas alcoólicas e o hábito de fumar. 
AVALIAÇÃO FÍSICA NUTRICIONAL 
PESO CORPÓREO: Deve ser aferido em todas as 
consultas, sempre que possível, pelo mesmo professional 
e balança devidamente equilibrada. 
 
AVALIAÇÃO DA AUDIÇÃO 
TESTE DO SUSSURRO 
 
AVALIAÇÃO DA VISÃO 
CARTÃO DE JAEGER OU ROSENBAUM 
O cartão é colocado em uma distância de 35 
centímetros da pessoa idosa que, se possuir óculos, 
deve mantê-los durante o exame. 
 A visão deve ser testada em cada olho em 
separado e depois em conjunto. 
 Os olhos devem ser vendados com as mãos em 
forma de concha. 
 
AVALIAÇÃO DA SARCOPENIA 
Sarcopenia é a perda de massa muscular. 
A mensuração da massa muscular pode ser feita por 
métodos antropométricos, bioimpedância ou 
densitometria corporal total. 
 
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 O desempenho muscular é avaliado pelo 
cálculo da velocidade da marcha e pelo teste 
de levantar-se e andar cronometrado. 
 
 A força muscular deve ser avaliada com a 
preensão palmar. 
A avaliação mais sensível da massa muscular em idosos 
é feita pela circunferência da panturrilha (normal ≥ 31 
centímetros). 
Cada um dos parâmetros avaliados tem suas 
particularidades e limitações, por isso, a aplicação 
conjunta de vários instrumentos avalia melhor o 
equilíbrio dos pacientes. 
AVALIAÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
Como ocorre a perda urinária? Quando ocorre? Há 
quanto tempo ocorre? Quando essa condição se tornou 
um problema? Quantas vezes ela ocorre ao dia? 
Há consciência da necessidade de urinar antes do 
escape? Há imediatamente consciência de que está se 
urinando? Fica molhado na maior parte do dia? Usa 
fraldas ou outros absorventes para evitar acidentes? Se 
sim, ocasionalmente ou o tempo todo? 
Evita situações sociais por causa desse problema? Há 
uma infecção do trato urinário agora? Há antecedentes? 
É mais difícil controlar a urina quando tosse, se esforça, 
espirra, ri, quando se está correndo, pulando ou 
caminhando? 
A incontinência é pior ao se ficar sentado ou parado? 
Apresenta obstipação intestinal? Há algo que se possa 
fazer para reduzir ou evitar os acidentes? Já foi tratado 
para essa condição antes? Se sim, com sucesso? Tentou 
fazer exercícios do assoalho pélvico? Se sim, com 
sucesso? 
Que cirurgias já realizou? Que lesões teve? Que 
medicamentos usa? Costuma tomar café? Quanto? 
Ingere bebidas alcoólicas? Quanto? Com frequência? 
Fuma? Quantos cigarros ao dia? Há outros sintomas 
presentes? 
“Cuidar de nossos idosos é preservar a 
nossa história”.

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