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Farmacologia experimental Prof.: Andrea Perez Grupo: Anna Catarina Dias Soares Guimarães e Rafaella Oliveira Almeida Mattos Moreira. 1. Citar e explicar 3 diferenças entre AINES e AIES. AINES é a sigla utilizada para denominar Antiinflamatórios Não Esteroidais, que representam a classe de medicamentos mais vendida sem a prescrição de receitas. A sigla AIES indica os Antiinflamatórios Esteroidais, que também são conhecidos como glicocorticóides, e pertencem à família dos esteróides da glândula supra-renal. A mais clara diferença entre eles, se refere a sua composição química e está explícita no nome de cada classe de medicamento: ser ou não ser esteroidal. No entanto, essa diferença não será abordada mais profundamente, já que é uma característica distinta bem evidente e simples destes medicamentos. As diferenças que abordaremos neste trabalho são quanto ao uso, ação e efeitos indesejáveis. Quanto ao uso, AINES são medicamentos utilizados no tratamento de inflamações agudas e crônicas, onde há uma elevada quantidade de prostaglandinas liberadas. Estes medicamentos frequentemente também são utilizados como antipiréticos e analgésicos, o que é vantajoso porque frequentemente os pacientes apresentam dor e febre durante uma inflamação. Por esse motivo, é comum observar o uso deste medicamento em casos de dor, como menstrual, dental, pós operatória, em edemas, em enxaquecas e cefaléias, além de processos inflamatórios. Os medicamentos da classe AIES são potentes antiinflamatórios, que também são utilizados para o tratamento de inflamações crônicas, no entanto, por causa de seus efeitos colaterais, seu uso deve ser feito sempre em baixas doses e curtos períodos. Eles são indicados em situações clínicas como doenças reumáticas, inflamatórias intestinais, insuficiência e hiperplasia renal, doenças autoimunes, algumas neoplasias malignas e condições alérgicas. Quanto à ação, os AINES são medicamentos que causam a inibição da enzima Ciclooxigenase (COX). Diferentes AINES inibem a COX-1 e a COX-2 em diferentes proporções, o que explica a diferença que existe entre os antiinflamatórios dessa classe. A inibição da COX causa a diminuição da formação de precursores das prostaglandinas, prostaciclinas e dos tromboxanos a partir do ácido araquidônico. A diminuição das prostaglandinas derivadas da COX-2 causam o efeito antiinflamatório e analgésico, levando a diminuição da vasodilatação e da sensibilização dos nociceptores. O efeito antipirético advém da inibição da PGE2, produzida a partir do IL-1 no hipotálamo. Os AIES são hormônios esteróides análogos ao cortisol, que tem como função a inibição das fosfolipases A2 (PLA2), impedindo a formação de ácido araquidônico. O efeito antiinflamatório é produzido, principalmente, pela estabilização da membrana dos lisossomos e inibição de fatores de transcrição de mediadores pró-inflamatórios como NF-kB, importantes na formação de cininas, interleucinas, moléculas de adesão celular e síntese de óxido nítrico; além da inibição da proliferação de fibroblastos e colágeno. Eles diminuem: o influxo e a atividade dos leucócitos, células mononucleares, a proliferação de vasos, fibrose, número de células B e T nos linfonodos e as células T secretoras de citocinas. Também induzem a síntese de mediadores anti-inflamatórios e lipocortina-1. Quanto aos efeitos indesejáveis, os AINES podem causar inúmeros efeitos adversos por causa de sua farmacodinâmica, sua ação na ciclooxigenase e PGs. Os distúrbios gastrointestinais, causados pela inibição da COX-1 responsável pela produção do muco que protege o tecido gástrico, podendo levar à quadros de desconforto gástrico, dispepsia, diarreia, náuseas, vômito, hemorragias e úlceras. Os efeitos renais causados pela inibição da PGE2 e PGI2, que estão envolvidas na manutenção do fluxo sanguíneo renal, e cujo uso crônico e abuso do fármaco podem levar à nefropatia analgésica. Reações cutâneas como eritemas leves, urticárias, fotossensibilidade até doenças mais graves Os efeitos adversos causados pelo uso de AIES, aparecem com o uso sistêmico prolongado e administração de altas doses. Estes efeitos estão relacionados à alterações metabólicas causadas pela administração dos glicocorticóides, como variações no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios, que serão citadas neste parágrafo. Algumas ações mineralocorticóides resultam na retenção de água e sódio e excreção de potássio. A supressão da atividade da glândula suprarrenal, levando a casos de hipertensão arterial. Hiperglicemia induzida pelo aumento da gliconeogênese, a hiperlipidemia com aumento de LDL e HDL. Efeitos prejudiciais ao crescimento, através da diminuição da absorção de cálcio e intervenção na produção do GH (hormônio do crescimento). Predisposição a infecções bacterianas, fúngicas e virais decorrentes da depressão do sistema imune. Desenvolvimento da síndrome de Cushing, que tem características específicas como o aumento de gordura abdominal, braços e pernas finas, crescimento exacerbado de pelos, aparecimento de acnes, insônia e aumento do apetite.
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