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Radiologia do Tórax Bibliografia: LANGE. Radiologia Básica cap:3 https://drive.google.com/file/d/1DIeCo_r9MqcGBvE8O4qFcm5xV7BAWpR6/view?pli=1 ➥O raio x de tórax pode ser em PA ou em AP (mais usado em pacientes acamados). ➥O contraste natural dos pulmões aerados fornece uma janela para o corpo, que permite a avaliação do paciente quanto a doenças que envolvem o coração, os pulmões, as pleuras, a árvore traqueobrônquica, o esôfago, os linfonodos do tórax, o esqueleto torácico, a parede torácica e o abdome superior. ➥O feixe de raio X passa pelo paciente da direita para a esquerda, por isso é chamada de incidência em perfil esquerdo. Usado para dar noção de profundidade. ➥O exame (PA) é feito com o paciente em inspiração máxima (para ter pelos menos 10 arcos costais). ➥́As imagens com o paciente em decúbito lateral,os feixes de raios X percorrem o paciente tanto PA quanto AP ao longo de um plano horizontal. Essas imagens são designadas imagens em decúbito lateral (incidência de Hjelm-Laurell). -ideal para identificar derrame pleural -um acúmulo de 200 ml é suficiente para obscurecer o seio costofrênico na PA e na lateral -5 ml já é possível identificar o mesmo velamento ➥A radiografia em decúbito lateral esquerdo indica que o lado esquerdo do paciente está apoiado na mesa; a radiografia em decúbito lateral direito indica que o lado direito do paciente está posicionado contra a mesa. ➥A densidade é útil na descrição e interpretação da imagem radiográfica ➥O paciente está na posição correta se a coluna estiver reta. Paciente torto (rodado) ➥Precisar ter atenção na área cardíaca, o seio costofrênico, área do mediastino (sugestão de aneurisma torácica é o mediastino aumentado), a cúpula (direita ou esquerda para ver se não tem derrame). Paciente com ar na cavidade abdominal o ar tende a subir, ficando embaixo da cúpula. ➥Na incidência de perfil identifica-se o ápice pulmonar, esofago, traqueia, externo, alguns arcos costais descendo, área cardíaca, hilos, cúpula do diafragma e coluna vertebral. ➥Abordagem sistemática do raio x: -parênquima pulmonar -mediastino (sombra cardíaca, traqueia, bronquios) *índice cardiotorácico (apenas incidencia PA) -hilos pulmonares -contorno hemitórax (pleura, seios costo e cardiofrênicos, diafragma, partes moles, ossos) https://drive.google.com/file/d/1DIeCo_r9MqcGBvE8O4qFcm5xV7BAWpR6/view?pli=1 -áreas de revisão (região apical, area retrocardíaca, região subdiafragmática, região da axila) ➥Para identificar as alterações em um Rx de tórax, você precisa primeiro conhecer bem a anatomia normal e entender o que representa cada estrutura que está olhando. -Os lobos pulmonares estão separados pelas fissuras interlobares. -O mediastino é o espaço localizado entre os pulmões e a estrutura mais importante que encontramos por lá é o coração. Ele tem localização retroesternal, ou seja, atrás do esterno, com a sua ponta voltada para a esquerda. ➥Interpretar: Começar olhando as estruturas de fora para dentro, ou de dentro para fora, começar por dispositivos externos ou seguir o ABCDE. Um checklist de perguntas: -FIOS E TUBOS: Estão presentes? Dreno, cateter venoso central, tubo traqueal ou gástrico? Se presentes, estão bem posicionados? -MEDIASTINO:Está alargado? Tem ar livre? (Pneumomediastino) Traqueia e brônquios-fonte na posição habitual? -CORAÇÃO Os contornos estão ok? O tamanho está normal? Você consegue enxergar através do coração? O coração deve ter até 50% do diâmetro da caixa torácica. -HILOS PULMONARES Estão com os contornos normais? Os contornos podem ser explicados apenas pela impressão dos vasos? -PULMÕES Transparência está simétrica? Áreas anormais de aumento ou diminuição da densidade? Trama vascular diminuindo no sentido da periferia? Nódulos ou massas? -PLEURA: A pleura normal não é vista no Rx de tórax por ser muito fina. Se você consegue visualizá-la, é porque está espessada. Espessamento pleural? Pneumotórax? -DIAFRAGMA Está reto ou elevado? Ângulo costofrênico está apagado? -Se reto, pensar em enfisema. Se elevado, pode ser uma atelectasia nos lobos inferiores. Ângulo apagado, pensar em derrame. DICA: O direito normalmente é um pouco mais alto do que o esquerdo por conta do fígado. -PARTES MOLES: Tem ar? Enfisema subcutâneo? Existem anormalidades na pele, mamas ou outras áreas? -OSSOS: Arcos costais intactos?Fraturas ou colapsos vertebrais? Lesões ósseas? ➥Importancia da historia clinica: sexo, idade, dispneia, perda de peso, dor toracica, dor no ombro ou braço, febre -antecedentes pessoais e familiares -hábitos e vícios (tabagismo\) -exame físico geral e especial (semiologia torácica) -Avaliar a qualidade da radiografia. ➥Toda radiografia deve estar com identificação (nome, sexo, idade) -orientação -incidência -qualidade da imagem→ bem penetrada, centrada (extremidade interna clavículas equidistante apófise espinhosa); bem inspirada ( 10 arcos costais posteriores visíveis) ➥No raio x pode encontrar consolidação, massa, nódulos, atelectasias. ➥Método ABCDF: Airway: coluna ar traquéia Breathing (pulmões e mediastino) Circulation (coração e vasos) Diafragma Esqueleto Fios e outros dispositivos ➥Doenças parenquimatosas pulmonares: → doenças que afetam o parênquima pulmonar podem ser divididas em duas categorias: -doença do espaço aéreo (alveolar) pneumonias e edema pulmonar (agudas) -doença intersticial (infiltrativa) pneumonia intersticial e edema intersticial ➥Doença difusa do espaço aéreo com edema pulmonar alveolar. Lobos superiores apresentam opacidade, indistintas e condensadas e poucos delimitadas. ➥Opacidade aumentada no terço médio do pulmão direito, margens indistintas, o que caracteriza doença do espaço aéreo. A cissura menor bifurca a pneumonia no segmento superior do lobo inferior. ➥PNEUMONIA DOS LOBOS INFERIOR E MÉDIO ► Doença algodonosa indistinta, obscurece a borda direita do coração e diafragma visível. ► A pneumonia preenche os espaços aéreos com exsudato inflamatório ou densidade líquida. ► Na imagem em perfil é possível confirmar que a consolidação é anterior, no lobo médio, delimitada pelas cissuras maior e menor. ➥Pneumonia segmentar ou lobar do lobo superior direito. Área demarcada demonstra doença do espaço aéreo com broncogramas aéreos. A margem inferior da pneumonia é mais demarcada por estar em contato com a cissura menor. ➥Aspiração observada nos lobos inferiores direito e esquerdo. Do lado direito, área algodonosa e confluente, margens indistintas, o que caracteriza doença do espaço aéreo. No lobo inferior esquerdo a densidade algodonosa tem extensão menor. ➥Edema Pulmonar Agudo Alveolar. Doença algodonosa peri-hilar bilateral com margens indistintas, formam figura em asa de morcego ou de anjo. Cardiomegalia representa edema pulmonar alveolar por ICC. ➥Doença intersticial pulmonar produz algumas partículas inerentes que se desenvolvem na abundante trama intersticial ➥A doença do espaço intersticial às vezes é tão intensa que pode ser confundida com doença do espaço aéreo. Nestes casos devemos sempre olhar para a periferia das sombras confluentes e observar se elas são realmente do espaço aéreo ou se são uma superposição de densidades reticulares e nodulares ➥Presença de inúmeros granulomas (discretos nódulos)calcificados no interior do interstício pulmonar. Geralmente causados por doenças infecciosas como a Varicela TUBERCULOSE PULMONAR ➥Apresenta cavitação. Paredes dessas cavitações podem se apresentar finas ou espessas. Apresentam pequenos nódulos que se confluem e aumentam opacidade. Brônquios e bronquíolos parecem pequenas brotações de árvores com secreção ➥Tuberculose pulmonar ► Tuberculose pós-primária. ► Radiografia em PA demonstrando opacidade de limites imprecisos associada à cavidade de paredes espessas no lobo superior direito. ► Notar opacidades lineares em direção ao hilo, de permeio à opacidade descrita, configurando o “sinal da convergência hilar” (setas). ➥A tuberculose miliar é caracterizada por opacidades retículo-micronodulares difusas decorrentes da disseminação hematogênicado Mycobacterium tuberculosis pelo parênquima pulmonar ATELECTASIAS ► A atelectasia normalmente acontece quando uma via do pulmão está obstruída ou existe excesso de pressão fora dos alvéolos. Alguns problemas que podem causar este tipo de alterações são: ► Acúmulo de secreções nas vias respiratórias; ► Presença de um objeto estranho no pulmão; ► Pancadas fortes no peito; ► Pneumonia; ► Presença de líquido no pulmão; ► Tumor pulmonar. ► Após uma cirurgia também é comum que surja atelectasia, pois o efeito do anestésico pode provocar colapso de alguns alvéolos. ➥Atelectasia é um colapso total ou parcial do pulmão, que acontece quando os alvéolos se esvaziam. ►A principal causa de Atelectasia é a obstrução de um dos brônquios, ramificações da traqueia que conduzem o ar diretamente aos pulmões. ►Ocorre desvio do brônquio fonte para o lado da região colapsada, CONSOLIDAÇÃO ► A consolidação pulmonar é definida como a substituição do ar dos alvéolos por líquido, células ou a combinação destes dois. ► Se caracterizam por imagens opacas, a OPACIDADE causa apagamento dos vasos pulmonares, sem perda significativa de volume do segmento afetado ➥Consolidação Parenquimatosa como doenças respiratórias que ocasionam a substituição do ar alveolar por líquido prejudicial (como transudato, exsudato e tecido conjuntivo) ICC ➥Alargamento do mediastino: identificar a causa: tumor, bócio.. (5T) ➥Derrame pleural: opacidade em toalha homogênea, basal, com limite superior côncavo para cima(sinal menisco, linha Ellis) errame subpulmonar do lado esquerdo. A, Na incidência frontal, existe mais do que 1 cm de distância entre o ar no estômago e o hemidiafragma aparente esquerdo (seta preta dupla). A borda entre o pulmão aerado e a seta branca tracejada não representa o real hemidiafragma esquerdo, que foi tornado invisível pelo líquido pleural acumulado acima dela; é a interface entre o derrame e a base do pulmão. Há obliteração do seio costofrênico esquerdo (seta branca sólida) em ambas as incidências. B, Na incidência em perfil, o hemidiafragma aparente é arredondado posteriormente, mas, em seguida, muda seu contorno conforme o derrame interage com a cissura maior (seta preta sólida). MAPA: MAPEAMENTO AMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTERIAL. ➥CASOS CLÍNICOS DE RADIOLOGIA DO TÓRAX: CASO 1: Homem 62 anos, pardo, divorciado, natural de MG, procedência SBC. Procura atendimento devido a falta de ar intensa com início há três dias. Ele afirma não apresentar dor torácica, expectorante ou febre. Nega emagrecimento recente. ISDA: refere edema de membros inferiores há alguns anos e necessidade de usar 2 travesseiros para dormir, devido a falta de ar. AP: Refere fazer tratamento do coração há 2 anos, com uso irregular de medicamentos. HAS controlada com hidroclorotiazida 25mg/dia. Nega diabetes ou outras doenças AF: pais falecidos do coração HV: tabagismo-carga tabágica 60 maços/ano. -Exame Físico Geral: REG, corado, dispneico, anictérico, acianótico, AFEBRIL. pa: 150/90 mmHg. FC:122 bpm. FR: 22 ipm. Temperatura:37,7 C. Saturação: 93% -Exame físico específico: tórax: diminuição da expansibilidade do hemitórax direito, palpação sem alterações, com macicez a percussão e ausculta apresentando ronco s e estertores difusos, com diminuição acentuada do murmúrio vesicular em terços inferiores do hemitórax direito. Ausculta cardíaca: bulhas arrítmicas (taquicárdicas) normofonéticas, sopro sistólico em foco mitral e aórtico. Abdome: globoso, distendido, com fígado palpável a 5cm do rebordo costal direito (RDC). Edema importante em membros inferiores (MMII) HP: ICC, endocardite? (não tem febre esse caso); insuficiência hepática (cirrose); DRC; linfedema;varizes… EXAMES: raio X de tórax; ECO; -derrame pleural; um pouco rodado, cortou as vértebras; ar na traquéia; diafragma mais retificado; índice cardiotorácico: 18/28 = 0,67→ cardiomegalia diagnóstico radiológico: derrame pleural à direita + cardiomegalia (ICT=0,64) + congestão peri-hilar Diagnóstico clínico: insuficiência cardíaca congestiva CASO CLÍNICO 2: Homem 28 anos, há 20 minutos deu entrada na emergência de hospital de referência em trauma. Queda da motocicleta em via pública (ejetado, com impacto no poste de iluminação), estava com capacete, mas mal posicionado na cabeça (elevado). Está consciente e acordado, com dificuldade intensa para respirar, ferimentos múltiplos na face e com deformidades com sangramento moderado. FR: 28 ipm. ventilação espontânea; saturação 90%. PA 11/70 mmHg; FC: 120 BPM. Escala de Glasgow: 14, pupilas isocóricas T: colar cervical, máscara O2 15 L/min; prancha longa + cobertor isotérmica. Foi transportado ao PS, referência de trauma A: paciente consciente, com deformidade facial e sangue na boca B: taquidispneia, hematoma extenso hemitórax esquerdo, com crepitações ósseas local posterior, submacicez à percussão e estertores crepitantes em região medial de HTE. FR: 12 ipm; saturação 84%. C: sangramento em face; abdome e pelve sem alterações PA: 90/60 mmHg; FC: 132 bpm. D: ECG: 14, pupilas isocóricas e fotorreagentes E: escoriações, sem deformidades. HP: choque hemorrágico→hemotórax; pneumotórax; contusão de pulmão EXAME: pacientes instáveis não vão fazer exames complementares, que são avaliação secundária. -Raio X portátil paciente entubado; um pouco rodado, boa penetração; parênquima com uma área mais esbranquiçada; sem derrame pleural; tem opacidade; pelo menos 4 fraturas nos arcos posteriores; alargamento do mediastino; edema em partes moles E; Diagnóstico Radiológico: doença do espaço alveolar- O Rx do paciente AP apresenta opacidade algodonosa, condensada e pouco delimitada em terço médio do pulmão E →fratura de costelas com contusão pulmonar Diagnóstico Clínico: trauma torácico com congestão pulmonar à esquerda + fratura de arcos costais posteriores à esquerda.
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