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SISTEMA RESPIRATÓRIO

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Cavidade torácica 
A realização de radiografias torácicas é comum 
na rotina de pequenos animais, mas é menos 
comum em cavalos. 
Para muitos exames radiográficos, duas 
projeções fornecem informações adequadas 
para uma avaliação radiográfica meticulosa. 
Posicionamento: 
Radiografias laterais são realizadas em cães e 
gatos em decúbito lateral e dizemos radiografia 
laterolateral direita ou esquerda dependendo 
do lado do decúbito que o paciente se 
encontra. 
É indicada também a VD e DV em alguns casos. 
É importante que toda a cavidade torácica seja 
incluída na imagem. O campo de visão deve se 
estender da porção cranial à entrada do tórax, 
a alguns centímetros caudais à última costela. 
As radiografias devem ser obtidas durante a 
pausa inspiratória, já que o preenchimento dos 
pulmões por ar maximiza o contraste entre as 
diferentes estruturas no interior do tórax. 
Radiografia ventro dorsal tórax 
 
Radiografia laterolateral esquerda 
 
 
 
 
 
 
Radiografia laterolateral direita 
 
Faringe e laringe 
A faringe é uma passagem comum aos tratos 
respiratório e digestório. 
É dividida pelo palato mole em orofaringe, que 
se comunica com a boca e o esôfago, e 
nasofaringe, que se comunica com as câmaras 
nasais e a laringe. 
O palato mole se estende caudalmente até a 
epiglote. O ar presente no interior da faringe 
atua como contraste, permitindo a identificação 
de tecidos moles ou outras anomalias em seu 
interior. 
A ponta da epiglote pode repousar dorsal ou 
ventralmente ao palato mole e pode chegar ao 
assoalho da faringe. 
A laringe é composta por diversas cartilagens 
como a epiglote, a cricoide e as duas 
aritenoides. 
Além disso, há a pequena cartilagem sesamoide, 
entre as cartilagens aritenoides e a pequena 
cartilagem interaritenoide, achatada e caudal à 
sesamoide. 
Animais mais velhos às vezes apresentam 
calcificação de algumas ou de todas as 
cartilagens laríngeas. 
Radiografia lateral da região 
faringeana/laringiana normal de um cão. 
 
 
 
Radiografia lateral de um cão 
 
Corpo estranho radiopaco na faringe de um 
gato. 
A faringe está distendida por ar. 
O corpo estranho está localizado na porção 
caudal da faringe e no esôfago cranial. 
Observa-se ar na porção proximal do esôfago, 
caudal ao corpo estranho, que era parte de um 
osso de asa de frango. 
 
Traqueia 
A traqueia é uma estrutura tubular que se 
estende do corpo do axis até aproximadamente 
a quinta vértebra torácica, onde se bifurca nos 
brônquios principais, sobre a base do coração. 
É composta por uma série de cartilagens 
circulares. Em cães, os anéis cartilaginosos são 
dorsalmente incompletos e o teto da traqueia é 
formado pelo músculo traqueal. O ápice da 
divisão entre as aberturas dos brônquios 
primários (troncos) é denominado carina, e não 
é visualizado em radiografias. 
O diâmetro luminal da traqueia é semelhante 
entre a região cervical e torácica, mas algumas 
vezes é mais amplo caudalmente na região 
cervical em cães de raças grandes. 
O diâmetro pode variar também levemente 
durante a inspiração e expiração. Estreitamento 
variável do diâmetro luminal traqueal em cães 
pode ser causado pela denominada membrana 
dorsal traqueal redundante entre a região 
médio-cervical e médio-torácica da traqueia. 
A traqueia é visualizada com mais clareza, em 
projeções laterais. 
O ar presente em seu interior funciona como 
contraste, diferenciando-se da opacidade de 
tecido mole dos músculos do pescoço e das 
estruturas no interior do mediastino. 
Parede dorsal da traqueia em sua posição 
normal (seta preta). 
Não há evidência radiográfica de colapso de 
traqueia. 
 
O posicionamento da porção torácica da 
traqueia pode variar com o posicionamento do 
paciente. 
Normalmente está paralela com a coluna 
vertebral. Quando a cabeça do paciente é 
flexionada ventralmente, o deslocamento dorsal 
da traqueia pode mimetizar uma massa no 
mediastino cranial. 
 
Por outro lado, a extensão extrema do pescoço 
pode levar à compressão da traqueia. Na 
radiografia dorsoventral a porção torácica da 
traqueia está localizada na linha média ou 
levemente encurvada para o lado direito. 
Por outro lado, a extensão extrema do pescoço 
pode levar à compressão da traqueia. Na 
radiografia dorsoventral a porção torácica da 
traqueia está localizada na linha média ou 
levemente encurvada para o lado direito. 
 
Achados radiográficos das enfermidades 
Faringe / laringe: indicações para o exame 
radiográfico da faringe/laringe são dificuldade 
respiratória e estertores causados por suspeita 
de obstruções das vias aéreas superiores; 
ptialismo, engasgos e disfagia; disfonia, massa 
palpável ou fístula visível na região. 
Massas: podem ser oriundas de algumas 
estruturas ao redor da faringe ou laringe, 
podendo ser neoplásicas, infecciosas, 
traumáticas e hemorrágicas. 
Radiograficamente, as massas são usualmente 
pouco definidas em relação ao tecido mole ao 
redor e aparecem como áreas de espessamento 
de tecido mole que podem deslocar e/ou 
estreitar o lúmen do trato respiratório. Suas 
interfaces com o lúmen repleto de ar são 
regulares, arredondadas e com base ampla. Suas 
origens são determinadas baseadas na 
localização em relação à faringe/laringe. 
Radiografia de um cão para avaliar massa 
cervical. 
A massa localizada dorsal a faringe, laringe e 
porção cervical da traqueia deslocou essas 
estruturas ventralmente. Há perda da definição 
dos planos faciais na região cervical. Foi 
diagnosticado um carcinoma originário de 
glândula salivar. 
 
 
Trauma e corpo estranho: Trauma de 
faringe/laringe ocorre mais frequentemente por 
causa de ferida penetrante, com origem tanto 
internamente, a partir do trato respiratório 
superior ou do esôfago, como com uma lesão por 
um pedaço de madeira; ou externamente, como 
mordedura ou tiro. 
O espessamento de tecido mole, causado por 
edema e/ou massa, pode ser visualizado com 
hematoma, celulite, miosite e/ou abscesso. 
Opacidade gasosa pode ser encontrada no 
tecido subcutâneo e entre a musculatura. 
Radiografia de um gato com tosse e hemoptise. 
Múltiplas opacidades de gás linear e 
arredondadas estão presentes em todo tecido 
mole submandibular e cervical, além do 
espessamento do tecido mole submandibular. 
Há uma estrutura retangular cheia de ar com 
bordas radiopacas, ventral à epiglote, 
sobreposta à orofaringe. 
Uma tampa de plástico foi removida 
cirurgicamente. Há ruptura da parede da faringe 
provocando enfisema de tecido mole. 
 
Síndrome braquicefálica: abrange as complexas 
desordens do trato respiratório superior em cães 
e gatos de raças braquicefálicas. 
O diagnóstico é basicamente realizado pelo 
exame clínico e por laringoscopia 
Radiograficamente, o prolongamento e edema 
do palato mole aparecem como uma extensão e 
espessamento do mesmo além da ponta da 
epiglote e subsequente estreitamento do 
diâmetro da nasofaringe e da orofaringe. 
Radiografia de um buldogue francês. 
Há prolongamento do palato mole e 
espessamento (seta branca) e aumento da 
radiopacidade de tecido mole na região 
laringiana, que são compatíveis com edema e 
estreitamento das vias aéreas superiores 
encontrados na síndrome braquicefálica. 
 
Traqueia 
As indicações específicas para radiografar a 
traqueia são tosse, particularmente se for 
induzida por palpação traqueal e dificuldade 
respiratória causada por suspeita de obstrução 
das vias aéreas superiores. 
Hipoplasia: A hipoplasia congênita (estenose 
congênita) é observada em alguns cães de 
raças braquicefálicas, como Buldogue Inglês e 
Bullmastiff. É rara em gatos. O lúmen da traqueia 
é bastante afunilado, geralmente por todo o 
comprimento do órgão. 
Pug de 1 ano de idade apresentava desde o 
nascimento um histórico de colapso repetitivo 
após exercício. 
Observa-se que o lúmen traqueal é fortemente 
estreitado por todoo seu comprimento. 
Diagnóstico: hipoplasia traqueal. 
 
Colapso: o colapso da traqueia afeta cães de raças de 
pequeno porte, de meia-idade ou idosos. Pode ser 
adquirido ou congênito. 
Os sinais clínicos compreendem graus variáveis de 
desconforto respiratório e tosse crônica e seca, similar 
a um engasgo. 
As radiografias laterais são as mais informativas. 
Pode-se observar lúmen da traqueia 
significativamente reduzido, caso o colapso 
ocorra na traqueia cervical, é observado à 
inspiração. Se o colapso for intratorácico, ocorre 
durante a expiração e pode acometer o 
brônquio principal. 
Cuidado deve ser tomado ao posicionar o 
paciente, porque, se ocorrer excessiva extensão 
do pescoço, haverá diminuição da luz da 
traqueia, levando a falso diagnóstico de 
colapso. 
Yorkshire Terrier de 7 anos apresentava tosse, 
com espasmos intensos havia alguns meses. 
Estudos laterais da traqueia em expiração (1) e 
inspiração (2) 
 
 
 
Alguns animais obesos podem apresentar um 
estreitamento da traqueia, devido a 
sobreposição de tecido adiposo ou a flacidez 
do músculo traqueal, fazendo com que este se 
projete no lúmen da traqueia. 
Em animais obesos, a traqueia é menos nítida 
quando comparada nos indivíduos magros. O 
esôfago pode sobrepor-se à traqueia de forma 
a dar uma aparência de colapso. 
Neoplasias: neoplasias da traqueia raramente 
são observadas em cães e gatos. 
 
Foi relatada a ocorrência de osteossarcoma, 
condroma, adenocarcinoma e carcinoma 
espinocelular. 
Pode ser observada a massa neoplásica se 
projetando no lúmen da traqueia. 
Calcificação: A calcificação dos anéis da 
traqueia é, às vezes, observada em cães idosos, 
principalmente nas raças condrodistróficas. 
Aparentemente, essa calcificação não tem 
qualquer significado. 
Calcificação dos anéis traqueais 
 
Estenose: A estenose, ou estreitamento da 
traqueia, pode ser observada em projeções 
laterais. 
Pode ocorrer em cães ou gatos após lacerações, 
traumatismo contundentes diretos ou feridas por 
mordedura. 
Briga entre cães. 
O lúmen da traqueia é marcadamente afunilado 
por uma massa de tecido mole e o contorno dos 
anéis traqueais não é contínuo. 
Diagnóstico: estenose traqueal 
 
Obstrução: A obstrução da traqueia por corpos 
estranhos não é comum. Os principais achados 
clínicos são súbitos ataques de tosse grave. 
 
Presença de um corpo estranho radiopaco na 
traqueia. 
Boxer de 3 meses de vida apresentava tosse 
crônica. Foi detectado um corpo estranho 
radiopaco bem definido na traqueia distal 
 
Pulmões 
Os pulmões, normalmente cheios de ar, 
proporcionam bom contraste para a 
visualização das estruturas intratorácicas. 
Para uma boa imagem radiográfica, deve-se 
cuidar do posicionamento do paciente. 
Para a incidência lateral, o paciente é colocado 
em decúbito lateral sobre a mesa (filme), com os 
membros anteriores tracionados cranialmente. 
O esterno deve ficar no mesmo plano das 
vértebras torácicas, evitando a rotação. O feixe 
de raios x é centrado na altura da 5a costela. 
Na inspiração as costelas estão separadas por 
um espaço maior, e os campos pulmonares 
aparecem mais radiotransparentes 
Também se pode ver mais da área do lobo 
pulmonar acessório, caudal ao coração (seta). 
 
 
 
 
Tórax normal felino (LL e VD) 
 
A radiografia do tórax deve ser feita no final da 
inspiração, qualquer alteração pulmonar que 
produza perda de ar, fará com que os vasos 
tornam se menos evidentes. 
É importante efetuar a radiografia no menor 
tempo possível, para evitar imagem tremida pelo 
movimento respiratório. Quando feita a 
radiografia durante a inspiração, o diafragma 
alcançará 7a ou 8a costela, quando na 
expiração, 5a ou 6a costela. 
Tórax de cão, incidência L (A) e VD (B) 
demonstrando pulmões e coração normais. Aorta 
(seta branca), traqueia (seta preta). 
 
Padrões radiológicos pulmonares 
Dependendo da afecção pulmonar, se observará 
padrão pulmonar correspondente. 
Padrão alveolar: produzido por fluidos ou 
secreções que preenchem os espaços aéreos, 
determinando imagem de manchas radiopacas 
nos pulmões ou radiopacidade igualmente 
distribuída em todo o campo pulmonar. 
Pneumonia bacteriana, hemorragia, edema 
pulmonar e afogamento são exemplos de 
afecções que proporcionam padrão alveolar. 
Em caso de doenças que determinam padrão 
alveolar, os espaços aéreos preenchidos por 
secreção, proporcionam densidade radiopaca, 
enquanto os livres de secreção continuam com 
ar em seu interior, ficando sua imagem evidente, 
o que caracteriza o broncograma aéreo ou 
aerobroncograma. 
Um broncograma aéreo é definido como um 
brônquio preenchido por ar, atravessando uma 
região de pulmão anormal, em que o ar alveolar 
foi substituído por exsudato, hemorragia ou fluido 
de edema 
Broncograma aéreo (Seta preta: broncograma; 
seta branca região normal do pulmão) 
 
Podem ser vistos broncogramas aéreos (setas 
pretas) 
 
 
Padrão brônquico: um padrão brônquico ocorre 
quando a espessura da parede brônquica é 
aumentada pela infiltração de fluidos ou células, 
ou quando o ar no espaço peribrônquico foi 
substituído por células ou fluidos. 
O aumento da radiopacidade associado ao 
fluido ou celularidade dentro ou ao redor do 
brônquio resulta em uma maior identificação 
radiográfica da árvore brônquica. 
Com exceção dos brônquios maiores próximos ao 
hilo, a árvore brônquica não pode ser 
reconhecida em condições normais. 
Radiograficamente, isso se manifesta como um 
número aumentado de sombras em anéis ou um 
maior número de linhas paralelas, denominadas 
como trilhos de trem, criadas por uma relação 
lateral entre o brônquio anormal e o feixe 
primário de raios X. 
As doenças que apresentam padrão brônquico 
incluem a bronquite crônica e a bronquiectasia 
(é uma dilatação incomum, anormal e irreversível 
do brônquio). 
Radiografia lateral de um gato com padrão 
brônquico de leve a moderado. 
Há numerosas sombras em anel (setas brancas) e 
trilhos de trem (setas pretas). 
 
Radiografia ventrodorsal de um gato com 
padrão brônquico moderado. 
Há numerosas sombras em anel (setas brancas) e 
trilhos de trem (setas pretas). 
Todo o pulmão é anormal e somente as sombras 
em anel e trilhos de trem mais óbvios foram 
apontadas. 
 
Radiografia lateral de um cão com padrão 
brônquico leve a moderado. No cão, a maior 
evidência de vias aéreas anormais está 
relacionada a um grande número de trilhos de 
trem (setas pretas). 
 
Padrão intersticial: é dividido em formas 
estruturadas (nodular) e não estruturadas (linear 
ou reticulado) 
Aspectos radiográficos: Há uma perda geral de 
contraste nos campos pulmonares, devido ao 
aumento de opacidade dos tecidos intersticiais 
e os contornos dos vasos pulmonares tornam-se 
menos definidos, embora ainda possam ser 
facilmente identificados. 
Padrão intersticial estruturado: refere-se às 
lesões nodulares ou formações no pulmão como 
lesões cavitarias, lesões únicas ou múltiplas que 
podem estar distribuídas por todos os campos 
pulmonares 
Ao se considerar a presença de um nódulo ou 
formação pulmonar, é extremamente importante 
saber qual o decúbito lateral que o paciente se 
encontra para identificar a lesão pulmonar. 
Para ser detectado, o nódulo precisa ter no 
mínimo 7 a 9 mm de diâmetro para a detecção 
radiográfica. 
As doenças que podem apresentar padrão 
estruturado ou nodular incluem neoplasias, 
doenças granulomatosas, infestações 
parasitárias, micoses, abscessos, cistos e 
eosinofilia. 
Projeção lateral direita de um cão com um 
pequeno nódulo pulmonar sobreposto ao 
coração (setas brancas). 
Este nódulo não estava visível nas projeções 
lateral esquerda ou VD. 
 
Radiografia ventrodorsal de um cão com uma 
formação de 4 cm no lobo pulmonar caudal 
direito. 
 
Padrão intersticial não estruturado: há ausência 
geral de contraste e a imagem da 
vascularizaçãopulmonar é indefinida. 
O diagnóstico de um padrão intersticial não 
estruturado é baseado no achado de um 
aumento anormal na radiopacidade 
radiográfica do fundo do pulmão. 
As paredes dos bronquíolos e dos brônquios 
podem parecer espessadas, dado o aumento do 
componente intersticial. 
O aspecto reticulado ou em “favo de mel” é às 
vezes observado principalmente nos pulmões de 
cães idosos e representa alterações intersticiais 
crônicas. 
As condições associadas ao padrão 
desestruturado incluem edema pulmonar em 
estágio inicial, hemorragias, pneumonia, 
infestações parasitárias, embolia pulmonar, 
colapso pulmonar, corpo estranho brônquico, 
fibrose pulmonar, blastomicose em estágio inicial 
e infiltração de células neoplásicas, como a que 
se observa no linfoma. 
 
1- A, e B, Presença de uma extensa doença 
intersticial tanto no pulmão direito quanto no 
esquerdo. 
2- A radiopacidade de tecidos moles no 
aspecto ventral do tórax na projeção lateral é 
a mama proeminente na parede torácica (círculo 
vermelho). 
3- Diversas marcações lineares avasculares dão 
aos campos pulmonares uma aparência quase 
reticulada (azul). Há também a presença de 
diversas opacificações nodulares de pequenos 
tamanhos (amarelo) 
 
 
Radiografia ventrodorsal de um cão com um 
padrão intersticial não estruturado intenso 
provocado por metástase de hemangiossarcoma 
 
Padrão nodular 
 
 
 
 
 
Padrões pulmonares 
 
Pneumonia: Os padrões radiográficos 
característicos da pneumonia são o alveolar e o 
intersticial. 
Na pneumonia aguda, as alterações 
radiográficas tornam-se evidentes logo após o 
aparecimento dos sinais clínicos. 
Os infiltrados pneumônicos geralmente 
apresentam distribuição irregular e bordas 
indefinidas. As radiografias devem ser realizadas 
em decúbito lateral direito e esquerdo e em 
posição dorsoventral e/ou ventrodorsal. 
Radiografia torácica em posição láterolateral 
esquerda evidenciando padrão alveolar em 
região dorsocaudal (ponta de seta preta) e 
cranial (seta preenchida branca). 
 
Pneumonia crônica no lobo pulmonar médio direito 
Na projeção lateral, os pulmões estão anormais e não 
têm uma margem distinta. 
Os broncogramas aéreos estão presentes no interior 
do lobo acometido, sobrepostos à metade caudal da 
silhueta cardíaca. (padrão alveolar) 
 
Ambos os pulmões apresentam infiltração difusa. 
São observados broncogramas aéreos e 
infiltrados peribrônquicos. 
 
Pneumotórax: é a presença de ar (gás) livre no 
interior do espaço pleural. Pode ser fechado ou 
aberto; aberto ocorre quando há uma 
comunicação com o exterior. 
Dada a perda de pressão ou força capilar 
normalmente presentes entre a pleura parietal e 
a pleura visceral, os pulmões sofrem colapso 
parcial ou completo. 
O pneumotórax é geralmente provocado por 
traumatismo, embora possa ocorrer pneumotórax 
espontâneo em cães e gatos, muitas vezes pela 
ruptura de um cisto. 
Sinais radiográficos: 
1. Na projeção lateral, a silhueta cardíaca se 
distancia do esterno, já que não é mais mantida 
em posição pelos pulmões insuflados. 
2. As bordas dos lobos pulmonares são retraídas 
do esterno, do diafragma e do recesso 
diafragmático, e radiopacidade ar contorna as 
bordas pulmonares. 
3. Os pulmões apresentam aumento de 
radiopacidade, resultante de atelectasias totais 
ou parciais (é o colapso do tecido pulmonar com 
perda de volume). 
4. Na periferia do tórax, além das bordas 
pulmonares há ausência das marcações 
pulmonares normais. 
5. Ocasionalmente, observa-se ar nas incisuras 
Inter lombares 
O pneumotórax unilateral não é comum em cães 
e gatos, já que aparentemente o ar pode cruzar 
o mediastino de um hemitórax ao outro. 
Pneumotórax pode ocorrer após a realização de 
toracocentese, aspiração com agulha fina do 
pulmão ou biópsia de lesões pulmonares. 
Caso haja líquido no interior do tórax, uma 
interface líquido/ar pode ser observada nas 
projeções laterais em estação. 
O coração está deslocado dorsalmente em 
relação ao esterno. 
Uma borda pulmonar (setas) pode ser vista 
separada da coluna vertebral e do diafragma. 
A área do lobo pulmonar caudal apresenta 
radiopacidade aumentada devido a um colapso 
parcial 
 
A projeção dorsoventral, os pulmões 
parcialmente colapsados podem ser vistos dos 
dois lados (setas). 
 
Pleura 
As pleuras são membranas que recobrem os 
pulmões e revestem a cavidade torácica. 
Formam dois sacos no interior do tórax, um 
cobrindo cada pulmão. 
Os sacos são conhecidos como cavidades 
pleurais ou espaço pleural. 
A pleura pulmonar ou visceral adere às 
superfícies dos pulmões e recobre as fissuras inter 
lombares. A pleura parietal recobre a cavidade 
torácica. 
Em circunstâncias normais, a pleura não é 
visualizada em radiografias. 
Líquido pleural: A expressão líquido (ou efusão) 
pleural refere-se ao líquido presente no interior 
do espaço pleural. O líquido pleural pode ser de 
diversos tipos. 
1. Transudatos ou transudatos modificados — por 
exemplo, em insuficiência cardíaca, 
hipoproteinemia e hérnia diafragmática 
encarcerada 
2. Hemorragia (hemotórax) — que pode ser 
resultante de traumatismo, neoplasia, 
coagulopatia ou envenenamento por 
anticoagulantes. 
3. Linfa (quilotórax) — após a ruptura do ducto 
torácico ou de seus ramos ou em doenças 
neoplásicas. 
4. Exsudatos (piotórax) — a pleurite exsudativa 
pode ser uma doença primária ou resultar de 
disseminação de infecção dos pulmões ou do 
mediastino. Pode também ser provocada por uma 
ferida penetrante da parede torácica. Efusões 
supurativas estéreis podem ser provocadas por 
neoplasias necróticas em contato com a 
membrana pleural. 
O termo hidrotórax é empregado por alguns 
autores para descrever apenas transudatos, 
enquanto outros o utilizam para incluir líquidos. 
Todos apresentam radiopacidade água, 
independentemente de sua origem. Não é 
possível diferenciá-los radiograficamente. O 
líquido livre no interior do tórax distribui-se de 
acordo com as leis da gravidade. 
O aspecto radiográfico da efusão pleural é 
diferente nas projeções ventrodorsais e 
dorsoventrais do tórax. 
Em pacientes com efusão pleural, geralmente é 
mais seguro primeiro fazer uma radiografia 
dorsoventral para determinar o volume de líquido 
presente. 
A colocação do paciente em decúbito dorsal 
pode resultar em grave comprometimento 
respiratório e óbito. 
Sinais radiográficos: 
Há um aumento difuso de radiopacidade água 
no tórax, cujo grau depende do volume de 
líquido presente. 
Na projeção lateral, observa-se uma 
opacificação homogênea no tórax ventral. Essa 
opacidade geralmente aparece ondulada, 
devido ao delineamento das bordas pulmonares 
pelo líquido. 
As fissuras interlobares passam a ser visíveis como 
bandas curvilíneas de radiopacidade água 
entre os lobos pulmonares. 
A silhueta cardíaca pode não ser visualizada ou 
só é visualizada parcialmente. 
Em casos graves, a traqueia pode ser deslocada 
dorsalmente, na medida em que os pulmões 
flutuam no líquido. 
A cúpula diafragmática pode não ser 
visibilizada. O líquido pode acumular-se entre o 
diafragma e as bordas pulmonares, formando um 
pseudocontorno diafragmático. 
A projeção ventrodorsal mostra a presença de 
líquido, dificultando a visualização da silhueta 
cardíaca e do contorno diafragmático. 
 
A projeção lateral, nota-se a presença de efusão 
pleural, dificultando a visibilização da silhueta 
cardíaca. 
 
Efusão pleural. 
O contorno da silhueta cardíaca e o do 
diafragma foram perdidos. É possível observar 
líquido entre as bordas dorsais do lobo pulmonar 
caudal e a coluna vertebral. À projeção 
ventrodorsal, pode-se visualizar o líquido entre 
as bordas do pulmão e a parede torácica (seta 
verde). Há líquido no tórax cranial esquerdo 
(Seta amarela). 
 
Brônquios 
As projeções laterais e dorsoventrais ou 
ventrodorsais do tórax são necessáriaspara o 
exame de rotina dos brônquios. (2 projeções) 
As radiografias simples fornecem poucas 
informações sobre o brônquio normal. Apenas 
brônquios maiores, na região hilar, são 
observados com regularidade. 
Bronquite: A bronquite aguda pode estar 
presente clinicamente sem alterações 
radiográficas. A bronquite crônica 
frequentemente apresenta um padrão intersticial. 
Alterações patológicas difusas associadas aos 
brônquios manifestamse como maior 
opacificação dos campos pulmonares, aumento 
de marcações lineares não vasculares e 
infiltração peribrônquica. 
Na imagem dos brônquios, a infiltração 
peribrônquica é observada como uma sombra 
anelar ou uma bainha ao redor do brônquio 
afetado. Essa sombra dá aos brônquios um 
aspecto de “rosca” (donut). 
As bainhas peribrônquicas espessas sugerem a 
presença de um processo agudo e mais 
delgadas sugerem cronicidade. 
Linhas quase paralelas, de paredes brônquicas 
espessadas podem ser visualizadas estendendo-
se em direção à periferia dos pulmões. Esse efeito 
é denominado “trilho de trem” ou “trilho de 
bonde”. 
Em projeção lateral, as setas indicam algumas 
marcas lineares não vasculares. Os detalhes 
vasculares estão encobertos pela infiltração 
intersticial. 
 
 
 
Na projeção ventrodorsal, pode-se observar um 
brônquio grande com infiltração peribrônquica 
 
Bronquite Alérgica (Asma Brônquica, Asma Felina) 
A asma é uma doença inflamatória crônica das 
vias aéreas que afeta os brônquios e os 
bronquíolos. Sua causa ainda é desconhecida. 
Os sinais clínicos são relacionados a menor 
entrada de ar através dos brônquios e 
bronquíolos estreitos, provocada pela constrição 
dessas estruturas em consequência de espasmo, 
secreção de muco e edema das paredes. 
Pode haver súbita dificuldade respiratória ou 
sinais mais crônicos, principalmente tosse 
persistente. 
Os aspectos radiográficos de asma brônquica 
incluem aumento da radiotransparência e 
tamanho dos campos pulmonares devido a 
hiperinsuflação. 
Os campos pulmonares podem estender-se além 
do arco costal. Há também certo grau de 
achatamento do diafragma. 
Vários graus de alterações brônquicas e 
intersticiais podem ser detectados. Os sinais 
radiológicos são variáveis, indo de bronquite 
crônica, com espessamento e calcificação das 
paredes brônquicas até alterações discretas ou 
até mesmo ausência de alterações. 
 
Este gato foi apresentado com episódios de 
dificuldade respiratória. 
Os campos pulmonares estão hipertransparentes, 
e o diafragma encontra-se em uma expansão 
respiratória excessiva. Diagnóstico: síndrome da 
asma felina, hiperinsuflação pulmonar.

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