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Prova Pensamento UVA

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA
CURSO DE MARKETING DIGITAL
NATHAN BARRETO PEREIRA DE CARVALHO
CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO
Entrega da Avaliação – Trabalho da Disciplina (AVA 2)
Rio de Janeiro
2022
RESPOSTA DA ATIVIDADE
1) Em que medida a perseguição aos judeus e a suposta superioridade da “raça ariana”, pregada pelo nazismo, revelam o fenômeno do etnocentrismo?
 O termo etnocentrismo remete a uma visão preconceituosa e unilateralmente formada sobre outros povos, culturas, religiões e etnias. Portanto, esse conceito refere-se ao hábito de julgar inferior uma cultura diferente da sua própria, considerando absurdo tudo que dela deriva e tendo a sua como a única correta. Em vista disso, o etnocentrismo é uma atitude bastante presente na relação entre as diferenças humanas, de modo que, podem surgir diversas representações e ações, tais como: preconceitos, incompreensões, e, em atos extremos, conflitos violentos. Há um duplo aspecto acerca desse temo, um deles sendo o cognitivo, que é ligado à forma como as diferentes sociedades, ou grupos sociais, se relacionam; o outro, é o político, ligado à fundamentação de uma série de representações negativas de suas diferenças. De acordo com Oliveira (2018), a história das relações entre as sociedades humanas é uma história do etnocentrismo. Quando os gregos classificaram os povos que não falavam sua língua, como bárbaros, havia nisso um componente etnocêntrico. O ponto de vista principal nesse julgamento era a própria cultura grega. Nessa lógica, bárbaros eram os outros. Da mesma forma, quando os europeus, no século XVI, chegaram às Américas e julgaram as práticas de muitas sociedades americanas como bestiais e selvagens ou, ainda, negaram o estatuto de humanidade aos indígenas, seus posicionamentos foram marcados por um caráter etnocêntrico. De acordo com Guterman (2020), Holocausto foi o massacre dos judeus europeus na Segunda Guerra; sendo seu significado, na verdade, um termo em hebraico, língua nativa dos judeus. No Antigo Testamento da Bíblia, significava um sacrifício animal como oferenda a Deus. Esse termo, entretanto, ganhou um outro significado completamente diferente após o final da Segunda Guerra Mundial, no ano de 1945. Dessa forma, Holocausto passou a ser o nome dado ao genocídio cometido pelo nazismo de Adolf Hitler contra os judeus que povoavam a Europa, principalmente na Alemanha, Holanda e Polônia. Assim, aceitar o termo Holocausto como uma espécie de nome oficial do crime nazista contra os judeus é, de certa forma, relegar esse acontecimento ao terreno do misticismo. Compreende-se o holocausto como uma exceção, fruto de loucura, de transe coletivo, ou simplesmente da maldade diabólica de um punhado de nazistas, e não como produto direto da modernidade. Para Guterman (2020) o Holocausto não teria acontecido se não fossem os dois principais símbolos da modernidade: o progresso científico, que possibilitou a técnica da morte em escala industrial, e a sociedade de massas, que transformou multidões de homens, mulheres e crianças em seres descartáveis. Foi no coração de uma civilização que se orgulhava de seus feitos técnicos, científicos e culturais que se engendrou a própria negação da humanidade. Enquadrar esse processo e seu resultado trágico em uma narrativa semelhante à das catástrofes bíblicas, é para alguns, a única maneira de resolver um problema crucial da História do Holocausto, isto é, que o extermínio dos judeus é algo que de certa forma está além da capacidade humana de compreensão. 
2) Qual seria a melhor possibilidade de impedir manifestações etnocêntricas? Comente, em poucas palavras, a importância de medidas sociais que poderiam impossibilitar o advento de fenômenos como o Holocausto. 
Sendo o lado oposto do etnocentrismo, o relativismo cultural é um conceito e perspectiva antropológica que se opõe à categorização de culturas como “superior” ou “inferior”. Esse termo demonstra que os comportamentos humanos não são fundamentados na natureza, mas no desenvolvimento dos costumes. Enquanto o etnocentrismo tem uma vertente de confronto, o relativismo aborda as diferenças de uma forma apaziguadora. Nesse sentido, é importante destacar que, o relativismo define que cada grupo social possui uma cultura específica que só pode ser analisada a partir de seus próprios códigos; ainda, é uma ideologia que defende que os valores, princípios morais, o certo e o errado, o bem e o mal, são convenções sociais intrínsecas a cada cultura. Um ato considerado errado em uma cultura não significa que o seja também quando praticado por povos de diferente cultura. No etnocentrismo, a posição do “nós” é fixa, parte sempre do grupo que se compreende como superior. Para o relativismo cultural, qualquer sistema social causará o estranhamento daquele que não está inserido. A posição dos “nós” e dos “outros” é relativa. Assim, deve se tomar como base todo o percurso histórico, social e cultural de cada sociedade, respeitando suas diferenças e particularidades. A partir da perspectiva do relativismo cultural, exige-se o respeito aos diversos modos de vida e as diferentes formas de organização social. No entanto, ambos dogmas sociais são alvos de julgamento. A ideia de que todas as culturas são igualmente autônomas em sua construção social, não podendo ser alvos de críticas, pode gerar a concepção de que tudo é permitido, desde que seja ou tenha fundamentos em uma cultura, sendo assim algumas práticas podem ferir direitos e valores compreendidos como universais. Tanto para o relativismo cultural quanto para o etnocentrismo o povo ou sua sociedade não pode deixar que isso ultrapasse os limites do que é tolerável para o seu bem e os demais. Um grupo social não pode se sentir melhor que outro simplesmente por se achar “superior” e também não se pode achar no direito de fazer tudo se baseando em sua cultura ou tradição, porém é necessário adquirir uma maneira que possa responder a essas questões sem cair no etnocentrismo ou no relativismo radical. 
REFERÊNCIAS 
GUTERMAN, Marcos. Holocausto e memória. São Paulo. Contexto, 2020. 
OLIVEIRA, A. P. Antropologia: Questões, conceitos e histórias. Curitiba. Intersaberes, 2018
PORFÍRIO, Francisco. Etnocentrismo. Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/holocausto.htm. Acesso em: 12 set. 2022. 
A discriminação da raça humana. Jus. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/87913/a-discriminacao-da-raca-humana. Acesso em: 13 set. 2022.
SENA, Ailton. Relativismo Cultural. Educa Mais Brasil. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/antropologia/relativismo-cultural. Acesso em: 13 set. 2022.
MENEZES, Pedro. Etnocentrismo e relativismo cultural. Diferença. Disponível em: https://www.diferenca.com/etnocentrismo-e-relativismo-cultural/. Acesso em: 13 set. 2022.

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