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Livro Unidade 2 1 - Equipamentos Elétricos

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EQUIPAMENTOS 
ELÉTRICOS
Patrícia Sebajos Vaz
Equipamentos elétricos 
de instalações prediais 
de baixa tensão
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer os equipamentos elétricos de instalações prediais de 
baixa tensão. 
 � Determinar a potência ou a carga instalada dos equipamentos elétricos.
 � Analisar a demanda de utilização dos equipamentos elétricos.
Introdução
Para que você possa utilizar e compreender os equipamentos elétricos, é 
necessário aprender inicialmente alguns conceitos básicos, como as suas 
características, especificações técnicas e funcionalidades. Neste capítulo, 
serão apresentadas ferramentas para que você possa ser capaz de definir, 
conhecer e ter a capacidade técnica para o dimensionamento e a escolha 
dos dispositivos utilizados em projetos de instalações elétricas prediais de 
baixa tensão por meio de um recurso tão importante atualmente para 
humanidade, que se chama energia elétrica. Abordaremos, ao longo deste 
texto, de onde a energia elétrica é fornecida, o que é carga instalada e 
como podemos dimensionar potência elétrica e demanda elétrica.
Instalações elétricas
Para compreender instalações elétricas de baixa tensão e tudo que envolve 
esse universo, é indispensável que possamos ir desvendando pouco a pouco 
os seus princípios e entendendo como é elaborado e projetado e de que forma 
funciona basicamente o nosso sistema elétrico brasileiro, cuja principal fina-
lidade é transportar energia elétrica até nós. Basicamente, são quatro etapas: 
geração, transmissão, distribuição e utilização. O transporte é realizado por 
meio de linhas de transmissão ou subtransmissão em alta tensão, porém, para 
a nossa utilização, é preciso fazer o rebaixamento de baixa tensão ou média 
tensão. Isso acontece em subestações abaixadoras e essa etapa se chama 
distribuição primária, realizada atrávés de linhas aéreas, com cabos nus 
ou cobertos de alumínio ou cobre, suspensos por postes ou linhas 
subterrâneas com cabos isolados. Em ambos os casos as redes são 
protegidas contra aci-dentes. A distribuição secundária é quando chega até a 
entrada de energia do consumidor, em nossa residência ou prédio. 
Em geral, as linhas de distribuição alimentam diretamente indústrias, 
prédios comerciais e residenciais de grande porte, pois, para essas instalações, 
devem ser previstos subestações ou transformadores específicos. Para pequenos 
consumidores, ou seja, residências, a alimentação pode ser realizada sem a 
necessidade de uma subestação, como as linhas de distribuição que passam 
em nossa rua residencial. 
Como última etapa temos a utilização, ou seja, é quando, depois das etapas 
de geração, transmissão e distribuição, a energia elétrica pode finalmente 
ser consumida, por exemplo, quando utilizamos o nosso chuveiro, em que a 
resistência elétrica esquenta a água e podemos tomar banho. 
Como definição, a instalação elétrica é o conjunto de componentes elétricos constitu-
ídos de características técnicas. São interligados, têm a finalidade de fornecer energia 
elétrica e estão classificados em: 
 � instalações elétricas de baixa tensão, que são caracterizadas pelas tensões de 
alimentação não superiores a 1000 V, em corrente alternada (CA), ou a 1500 V, em 
corrente contínua (CC); 
 � instalações de extrabaixa tensão, as quais são alimentadas com tensões não
superiores a 50 V, em CA, ou a 120 V, em CC.
Você pode estar se perguntando: de onde provém a energia elétrica? Onde 
ela é gerada? Como são classificadas as suas fontes? Quais os princípios de 
funcionamento? São questionamentos importantes para que você entenda a 
energia elétrica e saiba de onde vêm os processos de transformação ou, por 
exemplo, como denominamos as usinas de geração ou cogeração destinadas 
Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão2
à produção, à conversão e à distribuição. As usinas estão divididas em tipos, 
de acordo com a fonte primária que utiliza, e são as seguintes:
 � Hidrelétricas, cuja fonte é a energia mecânica de quedas d’água, prin-
cipalmente de rios.
 � Termelétricas, que utilizam a energia térmica da queima de combus-
tíveis, tais como carvão, óleo diesel, gasolina, gás, etc.
 � Nucleares, que utilizam a energia térmica produzida pela fissão nuclear 
de materiais, como urânio, tório, etc.
 � Eólicas, a quais utilizam a energia mecânica dos ventos.
 � Fotovoltaicas ou solares, que utilizam a luz do sol para geração de 
energia elétrica.
De forma geral, as instalações elétricas estão classificadas em residenciais, 
comerciais e industriais. O nosso objetivo é estudar sobre as instalações elétrica 
de baixa tensão prediais.
O que é um equipamento elétrico?
Equipamento elétrico é todo aquele que faz parte de uma instalação elétrica. 
É constituído de componentes mecânicos distintos ou em conjunto e são 
aplicados para o funcionamento da instalação elétrica. Para o correto funcio-
namento, devem estar aplicados a uma fonte de energia, tais como baterias, 
transformadores, geradores e rede elétrica da concessionária.
O que é uma fonte energia?
As fontes de energia são as diferentes formas de recursos que direta ou indire-
tamente produzem energia e passam a fornecer intensidade, carga e potência 
para que algum determinado equipamento elétrico funcione ou opere e seja 
capaz ao seu propósito. São classificadas como fonte em CC ou fonte em CA.
 � Fontes de CC: são aquelas em que a circulação de corrente é contínua, 
ou seja, sempre a mesma polaridade, e não ocorrem oscilações na forma 
de onda, tendo um polo positivo e outro negativo. Exemplificando, 
equipamentos os quais são alimentados por uma fonte de CC, tais como 
as pilhas e baterias. 
3Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão
 � Fontes de CA: são aquelas que têm oscilação em sua forma de onda 
diversas vezes em cada segundo, ou seja, a polaridade é invertida um 
certo número de vezes por segundo. A maioria dos equipamentos elétri-
cos funciona em CA, como os motores de indução, os eletrodomésticos, 
as lâmpadas de iluminação, etc.
Classificação dos equipamentos elétricos 
quanto ao tipo
 � Fixos: instalados em local permanentemente, tais como um disjuntor 
num quadro elétrico ou um transformador num poste ou numa subes-
tação elétrica.
 � Estacionários: não têm alça para transporte, tais como geladeira, fre-
ezer, fogão, forno elétrico, micro-ondas, ar-condicionado, exaustor, 
televisão, etc.
 � Portáteis: facialmente movimentados ou transportados, tais como 
aspirador, enceradeira, ventilador, liquidificador, cafeteira elétrica, 
batedeira, etc.
 � Manuais: para o funcionamento, são suportados pelas mãos, tais como 
furadeiras, ferro de passar, secador de cabelo, etc.
Classificação dos equipamentos elétricos 
quanto à utilização
Em geral, os equipamentos existem para atender às seguintes funções: alimen-
tação da instalação (geradores, transformadores e baterias), manobra, comando 
e proteção (chaves em geral, disjuntores, dispositivo, fusíveis, contadores, etc.). 
Quanto à utilização, são os que transformam energia elétrica em uma outra 
forma de energia que seja utilizável (equipamentos a motor, equipamentos a 
resistor, equipamentos de iluminação, etc.).
Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão4
A parte final de um sistema elétrico é a subestação abaixadora para a baixa tensão, ou 
seja, a tensão de utilização. No Brasil, há cidades onde a tensão é de 220 V (Florianópolis, 
por exemplo) e outras em que é 110 V (Porto Alegre e Curitiba, por exemplo). O motivo 
de isso acontecer é em razão de as redes elétricas terem equipamentos elétricos nessas 
tensões. Quando foram projetadas, adotou-se esse nível de tensão. 
Carga elétrica, tensão e potência
Carga elétrica instalada
É a soma das potências nominais de todos os aparelhos instalados em um 
consumidor ligados ou não a uma rede elétrica, isto é, a potência que pode 
ser absorvida pelo equipamento elétrico.Em relação aos circuitos dos equi-
pamentos elétricos, podemos dizer que: funcionamento em carga, quando o 
circuito ou o equipamento está transferindo potência, ou funcionamento em 
vazio, quando o circuito ou o equipamento não está transferindo potência, 
sendo, porém, normais as outras condições de funcionamento.
Tensão nominal nas instalações 
Os sistemas distribuição de energia nas instalações elétricas são caracterizadas 
por suas tensões nominais, dadas em valores eficazes. A tensão nominal de 
uma instalação alimentada por uma rede pública de baixa tensão é igual à 
da rede, isto é, do sistema de distribuição. Se a instalação for alimentada por 
um transformador próprio, sua tensão nominal é igual à tensão nominal do 
secundário do transformador. As tensões nominais são indicadas por U 0 /U 
ou por U, sendo U 0 a tensão fase-neutro e U a tensão fase-fase.
Sistemas trifásicos a quatro condutores: observe um sistema trifásico a 
quatro condutores na Figura 1.
5Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão
Figura 1. Sistema trifásico a quatro condutores.
Fonte: Prysmian Cables & Systems (2010, p. 10).
Sistemas monofásicos a três condutores: para entender os sistemas mono-
fásicos a três condutores, observe a Figura 2.
Figura 2. Sistema monofásico a três condutores.
Fonte: Prysmian Cables & Systems (2010, p. 10-11).
Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão6
Sistemas trifásicos a três condutores: visualize o sistema trifásico a três 
condutores nas Figuras 3 e 4.
Figura 3. Sistema trifásico a três condutores.
Fonte: Prysmian Cables & Systems (2010, p. 10). 
Figura 4. Sistema trifásico a três condutores.
Fonte: Prysmian Cables & Systems (2010, p. 10).
Nas Tabelas 1 e 2 são apresentados os principais valores de tensões nomi-
nais utilizados no sistema elétrico brasileiro, tanto para equipamentos como 
na rede de distribuição.
7Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão
Fonte: Adaptada de Prysmian Cables & Systems (2010).
Sistemas trifásicos a 3 
ou 4 condutores (V)
Sistemas monofásicos 
a 3 condutores (V)
115/230* 110/220
120/280* 115/230*
220/380* 127/254*
220*
254/440
440
460
*Usadas em redes públicas de baixa tensão.
Tabela 1. Tensões nominais de sistema de baixa tensão usadas no Brasil
Fonte: Adaptada de Prysmian Cables & Systems (2010).
Tipo Tensão nominal (V)
Monofásicos 110
115
120
127
220
Trifásicos 220
380
400
Tabela 2. Tensões nominais de equipamentos de utilização no Brasil
Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão8
Potência nominal: é aquela especificada na placa de identificação dos 
equipamentos elétricos. Normalmente contém os dados de fabricação do 
equipamento, tais como corrente, tensão de operação, frequência e número 
de série.
Potência aparente: é o produto da tensão e da corrente, sua unidade de 
medida é o volt-ampère (VA). A potência aparente é composta pela soma da 
potência ativa e da potência reativa.
Potência ativa: é a parcela da potência aparente efetivamente transformada 
em potência mecânica, potência térmica ou potência luminosa, ou seja, é o 
trabalho efetuado na unidade de tempo. Para exemplificar, podemos utilizar 
uma lâmpada. Ao ser percorrida pela corrente elétrica, ela acende e aquece. A 
luz e o calor produzidos nada mais são do que o resultado da potência elétrica 
que foi transformada em potência luminosa (luz) e potência térmica (calor).
As fórmulas que podemos utilizar para o cálculo da potência são as 
seguintes:
P = U × I (Watts)
P = R × I²
P =U² / R
Onde:
P: potência elétrica
U: tensão elétrica
I: corrente elétrica
R: resistência elétrica
Cálculo de energia elétrica: a energia elétrica (E) é a potência elétrica (P) 
vezes o tempo de utilização (em horas, por exemplo) que o fenômeno elétrico 
acontece (uma lâmpada acesa, por exemplo).
E = (U x I) × t
E = P × t
Onde:
t: tempo — normalmente, nesse caso, é adotado em horas (h).
9Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão
A unidade de E é o Watt-hora e o seu símbolo é Wh.
Potência reativa: é aquela em que a parcela da potência aparente é trans-
formada em campo magnético, necessário ao circular, por exemplo, em dis-
positivos como motores, transformadores e reatores, e cuja unidade de medida 
é o volt-ampère reativo (VAR).
Fator de potência: é um índice (porcentagem) que mostra a forma como 
a energia elétrica recebida está sendo utilizada, ou seja, ele indica quando a 
energia solicitada da rede da concessionária (potência aparente) está sendo 
usada de forma útil (potência ativa). O fator de potência pode se apresentar 
de duas formas, em circuitos puramente resistivos e indutivos (Tabela 3).
Fonte: Adaptada de Prysmian Cables & Systems (2010).
Circuitos puramente 
resistivos
FP = cos Ø = 1,0 Chuveiros, aquecedores 
elétricos e lâmpadas 
incandescentes
Circuitos indutivos
FP = cos Ø < 1,0 Motores de indução, reatores 
e transformadores elétricos
Tabela 3. Circuitos puramente resistivos e indutivos
Verifique na conta de energia da sua casa quantos kWh são consumidos por mês. Com-
pare com alguma conta anterior. Procure identificar os equipamentos que consomem 
mais energia e elabore alternativas para minimizar essa situação. Se você morar em 
prédio, analise a conta de luz do condomínio, procure dar sugestões de melhorias 
para a redução do consumo de energia.
Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão10
Fornecimento de energia elétrica
O fornecimento de energia elétrica que recebemos é realizado pelas concessio-
nárias. Conforme Cavalin e Cervelin (2006, p. 205-206), para o fornecimento 
de energia elétrica são definidos algumas terminologias e procedimentos que 
normalmente são adotados na elaboração e no desenvolvimento de projetos 
de instalações elétricas de baixa tensão, tanto residenciais como prediais. 
Esses conceitos têm a finalidade de padronizar e definir premissas, por isso, é 
muito importante que você os conheça. A seguir, apresentamos os principais 
conceitos definidos pelas concessionárias COPEL, CEMIG e CESP.
Consumidor é toda a pessoa física ou jurídica usuária de energia elétrica, 
isto é, quem, por meio da solicitação à concessionária por esse fornecimento, 
é responsável por todas as obrigações regulamentares e contratuais.
Unidade consumidora é o ponto de entrega de energia elétrica. Pode 
ser em residenciais ou em edifícios, o que varia são os pontos de medição 
individual ou coletiva, como em edifícios de uso coletivo, tais como prédios 
residenciais ou comerciais. 
Ponto de entrega é o ponto de fixação dos condutores do ramal de ligação 
da propriedade do consumidor, sendo de responsabilidade da concessionária 
sua operação, manutenção e instalação.
Ramal de ligação é o conjunto de condutores e acessórios instalados pela 
concessionária entre o ponto de derivação da rede secundária e o ponto de 
entrega.
Ramal de entrada são o conjunto de condutores, acessórios e equipamentos 
instalados pelo consumidor a partir do ponto de entrega até a medição, inclusive.
Ramal alimentador é o conjunto de condutores e acessórios instalados 
pelo consumidor após a medição para alimentação das instalações internas 
da unidade consumidora.
Limitador de fornecimento é o equipamento de proteção (disjuntor ter-
momagnético) destinado a limitar a demanda da unidade consumidora.
Centro de medição é o local onde está situada a medição de dois ou mais 
consumidores.
Caixa para medidor é a caixa lacrável destinada à instalação de medidor ou 
medidores de energia e seus respectivos acessórios, na qual pode ser instalado 
também o equipamento de proteção.
Caixa para disjuntor de proteção é a instalação de disjuntor de proteção 
geral da entrada de serviço.
11Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão
Caixa lacrável destinada é a instalação elétrica pertencente a um único 
consumidor. No caso de edifícios, cada apartamento, ou sala comercial, é uma 
unidade consumidora individual.Cabina é o compartimento localizado dentro da propriedade do consumidor, 
destinado a abrigar o transformador de distribuição, os equipamentos e os 
acessórios necessários à sua ligação.
Medição direta é a medição de energia, efetuada por medidores conectados 
diretamente aos condutores do ramal de entrada.
Medição indireta é a medição de energia efetuada com auxílio de equi-
pamentos auxiliares (transformadores de corrente [TC], e para média e alta 
tensão transformador de potencial [TP]).
Chave de aferição é um dispositivo que possibilita a retirada do medidor 
do circuito sem interromper o fornecimento, ao mesmo tempo em que coloca 
em curto-circuito o secundário dos transformadores de corrente.
Alimentador principal ou prumada é a continuação ou o desmembra-
mento do ponto de entrega e do ponto de entrada, do qual fazem parte os 
condutores, os eletrodutos e os acessórios, conectados a partir da proteção 
geral ou do quadro de distribuição principal (QDP) até as caixas de medição 
ou de derivação.
Limite de fornecimento: utilização e demanda — 
potência de alimentação
O fornecimento de energia elétrica é determinado pelas limitações estabelecidas 
pelas concessionárias em função da potência (carga) instalada ou da potência 
de demanda e do tipo ou de fornecimento. Especificar uma entrada de energia 
para um consumidor significa adequar uma categoria de atendimento (tipo 
de fornecimento) à respectiva carga desse consumidor, tais como potência ou 
carga instalada, demanda de utilização (provável demanda), fator de demanda 
e fator de potência.
Dispositivos de conexão para os equipamentos 
elétricos
A norma de instalações em baixa tensão NBR 5410:2004 (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004) classifica os componentes 
e os acessórios que são utilizados para a conexão física com o equipamento 
Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão12
elétrico, como tomadas, e estabelece o número mínimo que deve ser previsto 
numa residência em pontos específicos, conforme a utilização e ao que se destina:
Tomada da corrente ou ponto de tomada: são componentes elétricos 
responsáveis por ligar equipamentos à fonte de energia por meio de um plugue.
Tomadas de uso específico: destinadas a ligar equipamentos fixos ou 
estacionários de potência elevada (chuveiro elétrico, ar-condicionado, máquina 
de lavar, etc.).
Tomadas de uso geral: destinadas aos equipamentos portáteis, manuais 
ou estacionários.
Tomadas de uso geral (TUG): destinadas ao uso geral de equipamentos 
móveis ou portáteis.
A norma orienta: quantidade em cômodos ou dependências com área inferior 
ou igual a 6 m²; no mínimo uma tomada para cômodos ou dependências com 
área superior a 6 m² e uma tomada para cada 5 m ou fração de perímetro e 
espaçadas tão uniformemente quanto possível. Em cozinhas, copas, copas-
-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos: uma tomada para 
cada 3,5 m ou fração de perímetro ou no mínimo potência de 600 VA por 
tomada até três tomadas e demais tomadas de 100 VA em diante; uma para 
bancada com largura igual ou superior a 0,3 m. Subsolos, varandas, garagens, 
sótãos, halls de escadarias, sala de bombas e locais análogos: no mínimo 
uma tomada em banheiros; pelo menos uma tomada junto ao lavatório com 
distância mínima de 60 cm do limite do boxe. 
Tomadas de uso específico (TUE): destinadas a aparelhos fixos de acordo 
como a norma verificar a potência nominal do equipamento; deve estar loca-
lizada no máximo a 1,5 m do equipamento.
Objetivos da especificação da entrada de energia
A norma de instalações em baixa tensão NBR 5410:2004 (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004, p. 12), no item 4.2.1.1.1, diz 
que “a determinação da potência de alimentação é essencial para a concepção 
econômica e segura de uma instalação, dentro de limites adequados de elevação 
de temperatura e de queda de tensão”. O item 4.2.1.1.2 diz também que devem 
ser “consideradas as possibilidades de não simultaneidade de funcionamento 
dos equipamentos, bem como a capacidade de reserva para futuras ampliações” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004, p. 12).
De acordo com Cavalin e Cervelin (2006, p. 209), devemos adotar os 
seguintes objetivos para especificar a entrada de energia: determinar o tipo de 
13Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão
fornecimento; dimensionar os equipamentos de medição e proteção; efetuar 
estimativa de carga e demanda declarada; efetuar estimativa de fator de potência 
(no caso de residências e apartamentos individuais, considera-se FP = 1,00); e, 
para se enquadrar na categoria adequada ou no tipo de fornecimento, obedecer 
ao seguinte roteiro: determinar a carga instalada, conforme NBR 5410:2004 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004); verificar 
a demanda do consumidor, em kVA; verificar o número de fases das cargas do 
consumidor; verificar a potência dos motores, FN, 2F, 3F, em cv; verificar a 
potência dos aparelhos de solda e raio X, em kVA; e enquadrar o consumidor 
na categoria adequada, consultando a norma da concessionária local.
Demanda de energia
Demanda é a potência elétrica realmente absorvida em um determinado instante 
por um equipamento ou por um sistema. A demanda média de um consumidor 
ou sistema: é a potência elétrica média absorvida durante um intervalo de 
tempo determinado (15 minutos ou 30 minutos). A demanda máxima de um 
consumidor ou sistema é a maior de todas as demandas ocorridas em um 
período de tempo determinado; representa a maior média de todas as demandas 
verificadas em um dado período (um dia, uma semana, um mês ou um ano).
A potência de alimentação, potência de demanda ou provável demanda é 
a demanda máxima da instalação. É o valor que será utilizado para o dimen-
sionamento dos condutores alimentadores e dos respectivos dispositivos de 
proteção; será utilizado também para classificar o tipo de consumidor e seu 
padrão de atendimento pela concessionária local.
Fator de demanda: razão entre a demanda máxima e a potência instalada: 
FD = Dmáx / Pinst.
Demanda de utilização
É a soma das potências nominais de todos os aparelhos elétricos que funcio-
nam simultaneamente, utilizada para o dimensionamento dos condutores dos 
ramais alimentadores, dispositivos de proteção, categoria de atendimento ou 
tipo de fornecimento e demais características do consumidor. A demanda varia 
conforme a utilização dos equipamentos elétricos. O valor em watts (W) da 
carga instalada não varia, a variação que ocorre é conforme a demanda de 
utilização dos equipamentos.
Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão14
O cálculo da demanda é utilizado para definir a categoria de atendimento 
da concessionária, conforme a respectiva carga do consumidor. Esse cálculo 
é estatístico, por meio de estudos realizados por projetistas, pois caso isso não 
fosse utilizado, ocorreria um superdimensionamento na entrada de energia, 
em condutores, disjuntores, postes, chaves, e, consequentemente, com custos 
maiores por parte da concessionária. Portanto, é calculado uma estimativa 
máxima de demanda prevista.
Confira o cálculo de um consumidor residencial:
D = (P1 × g1) + (P2 × g2)
Onde:
D: demanda individual da unidade consumidora, em kVA.
P1: soma das potências ativas da iluminação e TUGs em W.
P2: soma das potências de TUEs em W.
g1: fator de demanda dado pela Tabela 4.
g2: fator de demanda dado pela Tabela 5.
Fonte: Adaptada de Cavalin e Cervelin (2006).
Linha Potência (W) g1
01 0 a 1000 0,86
02 1001 a 2000 0,75
03 2001 a 3000 0,66
04 3001 a 4000 0,59
05 4001 a 5000 0,52
06 5001 a 6000 0,45
07 6001 a 7000 0,40
08 8001 a 9000 0,35
09 9001 a 10000 0,31
10 10001 a 11000 0,27
11 Acima de 10000 0,24
Tabela 4. Fatores de demanda para TUGs
15Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão
Fonte: Adaptada de Cavalin e Cervelin (2006).
Número de 
circuitos de TUEs g2
Número de circuitos 
de TUEs g2
01 1,00 11 0,49
02 1,00 12 0,48
03 0,8413 0,46
04 0,76 14 0,45
05 0,70 15 0,44
06 0,65 16 0,43
07 0,60 17 0,41
08 0,57 18-19-20 0,40
09 0,54 21-22-23 0,39
10 0,52 24 e 25 0,38
Tabela 5. Fatores de demanda para TUEs
A Figura 5 traz um exemplo de curva da demanda diária em uma residência.
Figura 5. Curva da demanda diária em uma residência.
Fonte: Adaptada de Cavalin e Cervelin (2006). 
Pinst.
DM
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 t(h)
Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão16
Confira a Tabela 6 para entender melhor o cálculo para carga instalada 
em uma residência.
Tipo de carga
Potência 
nominal (W)
Quantidade Total parcial (kVA)
Lâmpada 
fluorescente
100 4 0,4
Lâmpada 
incandescente
60 4 0,24
Tomadas 100 8 0,8
Chuveiro 5400 2 5,4
Geladeira 300 1 0,3
TV 90 1 0,09
Ar-condicionado 1800 2 3,04
Ferro elétrico 1000 1 1
Aquecedor a gás 1000 1 1
Forno elétrico 6000 1 0,6
Total 12,87
Tabela 6. Exemplo de cálculo para carga instalada em uma residência
Carga instalada total em “kW”:
CI (kW) = 15,85 kVA × 0,92 = 14,58 kW
Carga instalada total em “kVA”:
CI kVA = 12,87 kVA
17Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: instalações elétricas de 
baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004. 
CAVALIN, G.; CERVELIN, S. Instalações elétricas prediais: conforme norma NBR 5410:2004. 
14. ed. São Paulo: Erica, 2006.
PRYSMIAN CABLES & SYSTEMS. Manual Prysmian de instalações elétricas. [S.l.]: Prys-
mian, 2010.
Leituras recomendadas
AMPLA. Energia Elétrica do Grupo Ebel. Cálculo de demanda para medição de cliente 
em baixa tensão. Rio de Janeiro: Ampla, 2009. (ITA-001, rev. 3).
CARVALHO, M. R. L. Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2000. (Apostila).
COTRIN, A. A. M. B. Instalações elétricas. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1992.
NISKIER, J.; MACINTYRE, A. J. Instalações elétricas. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Dois, 1992.
SOUZA, D. R. Instalações elétricas prediais. Jataí, GO: CEFET, 2006. 
19Equipamentos elétricos de instalações prediais de baixa tensão

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