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1 bcariologia 2021 2

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Assista ao vídeo: Promoção de Saúde: conceitos voltados para a saúde bucal. Disponível em: https://youtu.be/DgD7vylo6bA. 
1
02-09
Data entrega do resumo
2
MOYSÉS, Samuel Jorge. Saúde coletiva: políticas, epidemiologia da saúde bucal e redes de atenção odontológica. Grupo A: Série ABENO, 2013. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788536702087.
Assista ao vídeo: Promoção de Saúde: conceitos voltados para a saúde bucal. 
Disponível em: https://youtu.be/DgD7vylo6bA.
Objetivos :
Compreender o conceito de saúde / doença e os modelos assistenciais existentes. 
Discutir os impactos na saúde da população decorrentes das políticas públicas existentes. 
Objetivos - Compreender o conceito de saúde / doença e os modelos assistenciais existentes. - Discutir os impactos na saúde da população decorrentes das políticas públicas existentes. 
Situação-problema: Apresentar a definição de saúde. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, esta é definida como "um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade". Seguindo esta definição, discutir sobre a importância do profissional conhecer os fatores biológicos e sociais relacionados com os agravos em saúde. Perguntar à turma: Será que atuamos mais em prevenção de doenças ou em tratamento/cura? Quais impactos isso acarreta para nossa saúde, e no desenvolvimento das políticas públicas existentes? Metodologia: realizar um brainstorming sobre os fatores que influenciam a saúde de um indivíduo, relacionando as respostas dos alunos no quadro. O professor poderá gerar outros questionamentos, que levem o aluno a refletir sobre a atuação dos cirurgiões dentistas frente as principais condições enfrentadas pela população. Utilizando os conceitos construídos pelos alunos, realizar a exposição sobre a importância das evoluções conceituais e de atuação na Odontologia. Atividade verificadora de aprendizagem: A partir dos conceitos abordados na aula, realizar quiz por meio de atividades interativas (kahoot, socrative) ou resolução de exercícios em duplas. As questões devem ser contextualizadas e que levem o aluno a refletir e aplicar os conceitos que envolvem: a) Definição dos principais fatores que influenciam o estado de saúde dos indivíduos; b) Principais formas de atuação dos profissionais em saúde.
4
Organização Mundial de Saúde
Saúde
“Um estado de completo bem estar físico, mental e social que não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade". 
Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital.
Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital.
Objetivos - Compreender o conceito de saúde / doença e os modelos assistenciais existentes. - Discutir os impactos na saúde da população decorrentes das políticas públicas existentes. 
Segundo o conceito de 1947 da Organização Mundial da Saúde (OMS), com ampla divulgação e conhecimento em nossa área, a saúde é definida como: “Um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade.” 
Seguindo esta definição, discutir sobre a importância do profissional conhecer os fatores biológicos e sociais relacionados com os agravos em saúde. Perguntar à turma: Será que atuamos mais em prevenção de doenças ou em tratamento/cura? Quais impactos isso acarreta para nossa saúde, e no desenvolvimento das políticas públicas existentes? Metodologia: realizar um brainstorming sobre os fatores que influenciam a saúde de um indivíduo, relacionando as respostas dos alunos no quadro. O professor poderá gerar outros questionamentos, que levem o aluno a refletir sobre a atuação dos cirurgiões dentistas frente as principais condições enfrentadas pela população. Utilizando os conceitos construídos pelos alunos, realizar a exposição sobre a importância das evoluções conceituais e de atuação na Odontologia. Atividade verificadora de aprendizagem: A partir dos conceitos abordados na aula, realizar quiz por meio de atividades interativas (kahoot, socrative) ou resolução de exercícios em duplas. As questões devem ser contextualizadas e que levem o aluno a refletir e aplicar os conceitos que envolvem: a) Definição dos principais fatores que influenciam o estado de saúde dos indivíduos; b) Principais formas de atuação dos profissionais em saúde.
5
Qual a importância do profissional conhecer os fatores biológicos e sociais relacionados com os agravos em saúde?
Saúde
Será que atuamos mais em prevenção de doenças ou em tratamento/cura? 
Quais impactos isso acarreta para nossa saúde, e no desenvolvimento das políticas públicas existentes? 
https://pensesus.fiocruz.br/determinantes-sociais
Objetivos - Compreender o conceito de saúde / doença e os modelos assistenciais existentes. - Discutir os impactos na saúde da população decorrentes das políticas públicas existentes. 
Situação-problema: Apresentar a definição de saúde. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, esta é definida como "um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade". Seguindo esta definição, discutir sobre a importância do profissional conhecer os fatores biológicos e sociais relacionados com os agravos em saúde. Perguntar à turma: Será que atuamos mais em prevenção de doenças ou em tratamento/cura? Quais impactos isso acarreta para nossa saúde, e no desenvolvimento das políticas públicas existentes? Metodologia: realizar um brainstorming sobre os fatores que influenciam a saúde de um indivíduo, relacionando as respostas dos alunos no quadro. O professor poderá gerar outros questionamentos, que levem o aluno a refletir sobre a atuação dos cirurgiões dentistas frente as principais condições enfrentadas pela população. Utilizando os conceitos construídos pelos alunos, realizar a exposição sobre a importância das evoluções conceituais e de atuação na Odontologia. Atividade verificadora de aprendizagem: A partir dos conceitos abordados na aula, realizar quiz por meio de atividades interativas (kahoot, socrative) ou resolução de exercícios em duplas. As questões devem ser contextualizadas e que levem o aluno a refletir e aplicar os conceitos que envolvem: a) Definição dos principais fatores que influenciam o estado de saúde dos indivíduos; b) Principais formas de atuação dos profissionais em saúde.
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Fatores que influenciam a saúde de um indivíduo
Biológico e orgânico
Fisiológico ou fisiopatológico
Equilíbrio dinâmico entre a normalidade - anormalidade / funcionalidade - disfunções. 
Sub individual
https://www.bbc.com/portuguese/geral-44860932
a condição de saúde, didaticamente, segundo a soma de três planos: subindividual, individual e coletivo
O plano subindividual seria o correspondente ao nível biológico e orgânico, fisiológico ou fisiopatológico. Nesse plano, o processo saúde-adoecimento (PSa) seria definido pelo equilíbrio dinâmico entre a normalidade - anormalidade / funcionalidade - disfunções. Assim, quando a balança pender para o lado da anormalidade - disfunção podem ocorrer basicamente duas situações: a enfermidade e a doença. A enfermidade seria a condição percebida pela pessoa ou paciente, caracterizando-a como queda de ânimo, algum sintoma físico, ou mesmo como dor. A doença seria a condição detectada pelo profissional de saúde, com quadro clínico definido e enquadrada como uma entidade ou classificação nosológica. (NARVAI, 2008)
7
Enfermidade x doença
Enfermidade- condição percebida pela pessoa 
ou paciente 
Doença - condição detectada pelo profissional de saúde, com quadro clínico definido e enquadrada como uma entidade ou classificação nosológica 
a condição de saúde, didaticamente, segundo a somade três planos: subindividual, individual e coletivo
O plano subindividual seria o correspondente ao nível biológico e orgânico, fisiológico ou fisiopatológico. Nesse plano, o processo saúde-adoecimento (PSa) seria definido pelo equilíbrio dinâmico entre a normalidade - anormalidade / funcionalidade - disfunções. Assim, quando a balança pender para o lado da anormalidade - disfunção podem ocorrer basicamente duas situações: a enfermidade e a doença. A enfermidade seria a condição percebida pela pessoa ou paciente, caracterizando-a como queda de ânimo, algum sintoma físico, ou mesmo como dor. A doença seria a condição detectada pelo profissional de saúde, com quadro clínico definido e enquadrada como uma entidade ou classificação nosológica. (NARVAI, 2008)
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Processo saúde e doença
plano individual
Somos seres biológicos e sociais
Dimensões individuais e coletivas
Segundo essa concepção, a condição de saúde poderia variar entre um extremo de mais perfeito bem-estar até o extremo da morte, com uma série de processos e eventos intermediários entre os dois 
O plano individual entende que as disfunções e anormalidades ocorrem em indivíduos que são seres biológicos e sociais ao mesmo tempo. Portanto, as alterações no processo saúde-adoecimento resultam não apenas de aspectos biológicos, mas também das condições gerais da existência dos indivíduos, grupos e classes sociais, ou seja, teriam dimensões individuais e coletivas. Segundo essa concepção, a condição de saúde poderia variar entre um extremo de mais perfeito bem-estar até o extremo da morte, com uma série de processos e eventos intermediários entre os dois (NARVAI et al., 2008)
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Processo saúde e doença
plano coletivo
Fenômeno clínico e sociológico 
A expressão de um processo social mais amplo, que resulta de uma complexa trama de fatores e relações, representados por determinantes do fenômeno nos vários níveis de análise: família, domicílio, micro área, bairro, município, região, país, continente 
O plano coletivo expande ainda mais o entendimento sobre o PSa,(processo saúde-doença) que é encarado não como a simples soma das condições orgânicas e sociais de cada indivíduo isoladamente, mas sim como a expressão de um processo social mais amplo, que resulta de uma complexa trama de fatores e relações, representados por determinantes do fenômeno nos vários níveis de análise: família, domicílio, micro área, bairro, município, região, país, continente etc. (NARVAI et al., 2008). Nessa linha, fica mais fácil compreender a definição de Minayo (1994 apud NARVAI et al., 2008) sobre saúde: “fenômeno clínico e sociológico 
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https://dssbr.ensp.fiocruz.br/glossary/processo-saude-doenca/
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Direito à saúde 
 “A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” 
Constituição Federal de 1988, em sua seção sobre saúde (Art. 196), 
Enxergando-se a condição de saúde segundo esses três planos, compreendemos melhor porque somente em situações muito específicas a saúde resulta apenas da disponibilidade e do acesso aos serviços de saúde. Assim, o direito à saúde deveria ser entendido de forma mais abrangente do que apenas o direito ao acesso aos serviços de saúde (NARVAI et al., 2008). Nossa própria Constituição Federal de 1988, em sua seção sobre saúde (Art. 196), define-a nos seguintes termos (grifos do autor): “A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” 
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https://veja.abril.com.br/saude/as-dez-terapias-alternativas-que-passam-a-ser-pagas-pelo-sus/
apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais. Leia mais em: https://veja.abril.com.br/saude/as-dez-terapias-alternativas-que-passam-a-ser-pagas-pelo-sus/
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https://blog.iclinic.com.br/documentarios-para-profissionais-de-saude/
Saúde x doença
Os mesmos fatores que permitem ao homem viver podem causar doença
Essa relação é demarcada pela forma de vida dos seres humanos, pelos determinantes biológicos, psicológicos e sociais
Processo saúde-doença-adoecimento ocorrer de maneira desigual entre os indivíduos, as classes, os povos.
, 
O ser humano precisa conhecer-se, necessita saber avaliar as transformações sofridas por seu corpo e identificar os sinais expressos por ele. 
A saúde é silenciosa, geralmente não a percebemos em sua plenitude; na maior parte das vezes apenas a identificamos quando adoecemos. É uma experiência de vida, vivenciada no âmago do corpo individual. Ouvir o próprio corpo é uma boa estratégia para assegurar a saúde com qualidade, pois não existe um limite preciso entre a saúde e a doença, mas uma relação de reciprocidade entre ambas; entre a normalidade e a patologia, na qual “os mesmos fatores que permitem ao homem viver (alimento, água, ar, clima, habitação, trabalho, tecnologia, relações familiares e sociais) podem causar doença, se agem com determinada intensidade, se pesam em excesso ou faltam, se agem sem controle” . Essa relação é demarcada pela forma de vida dos seres humanos, pelos determinantes biológicos, psicológicos e sociais. Tal constatação nos remete à reflexão de o processo saúde-doença-adoecimento ocorrer de maneira desigual entre os indivíduos, as classes e os povos, recebendo influência direta do local que os seres ocupam na sociedade. (BERLINGUER in BRÊTAS; GAMBA, 2006). Canguilhem e Caponi. (1995. In: BRÊTAS; GAMBA, 2006) considera que, para a saúde, é necessário partir da dimensão do ser, pois é nele que ocorre as definições do normal ou patológico. O considerado normal em um indivíduo pode não ser em outro; não há rigidez no processo. Dessa maneira, podemos deduzir que o ser humano precisa conhecer-se, necessita saber avaliar as transformações sofridas por seu corpo e identificar os sinais expressos por ele. Esse processo é viável apenas na perspectiva relacional, pois o normal e o patológico só podem ser apreciados em uma relação.
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Histórico
Saúde era dádiva e a doença castigo dos deuses
400 anos AC, Hipócrates - tratado “os ares e os lugares
Teoria miasmática - doença é transmitida pela inspiração de “gases” de animais e dejetos em decomposição. 
Bacteriologia 
Histórico Na antiguidade, quando das religiões politeístas, acreditava-se que a saúde era dádiva e a doença castigo dos deuses, com o decorrer dos séculos e com o advento das religiões monoteístas a dádiva da saúde e o castigo da doença passou a ser da responsabilidade de um único Deus. No entanto, 400 anos AC, Hipócrates desenvolve o tratado “os ares e os lugares” onde relaciona os locais da moradia, a água para beber, os ventos com a saúde e a doença. Séculos mais tarde, as populações passam a viver em comunidade e a teoria miasmática toma lugar. Consiste na crença de que a doença é transmitida pela inspiração de “gases” de animais e dejetos em decomposição. (BUCK et al., 1988). Tal teoria permanece até o século XIX, no entanto, ao final do século XVIII, predominavam na Europa como forma de explicação para o adoecimento humano os paradigmas sócio-ambientais, vinculados à concepção dinâmica, tendo se esboçado as primeiras evidências da determinação social do processo saúde-doença. Com o advento da Bacteriologia, a concepção ontológica firmou-se vitoriosa e suas conquistas levaram ao abandono dos critérios sociais na formulação e no enfrentamento dos problemas de saúde das populações. 
A concepção fisiológica, iniciada por Hipócrates, explica as origens das doenças a partir de um desequilíbrio entre as forças da natureza que estão dentro e fora da pessoa. Esta medicina, segundo (idem), centra-se no paciente, como um todo, e no seu ambiente, evitandoligar a doença a perturbações de órgãos corporais particulares. A concepção ontológica, por outro lado, defende que as doenças são “entidades” exteriores ao organismo, que o invadem para se localizarem em várias das suas partes (ibidem). A concepção ontológica tem estado frequentemente ligada a uma forma de medicina que dirige os seus esforços na classificação dos processos de doença, na elaboração de um diagnóstico exato, procurando identificar os órgãos corporais que estão perturbados e que provocam os sintomas. É uma concepção redutora que explica os processos de doença na base de órgãos específicos perturbados (ibidem). Assume que a doença é uma coisa em si própria, sem relação com a personalidade, a constituição física ou o modo de vida do paciente. (DUBOS. In: ALBUQUERQUE; OLIVEIRA, 1980)
A teoria microbiana passa a ter, já nos fins do século XIX uma predominância de tal ordem que, em boa medida, fez obscurecer algumas concepções que destacavam a multicausalidade das doenças ou que apontavam para os fatores de ordem socioeconômica, descritos por Hidden (1990). Na atualidade, identifica-se o predomínio da multicausalidade, com ênfase nos condicionantes individuais. Como alternativa para a sua superação, propõe-se a articulação das dimensões individual e coletiva do processo saúde doença, que tudo tem a ver com a prática da Estratégia Saúde da Família
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Conceito da saúde da OMS (1976), Ferrara (1976) e cols.
“O contínuo agir do ser humano ante o universo físico, mental e social em que vive, sem regatear um só esforço para modificar, transformar e recriar aquilo que deve ser mudado”. 
Com tudo, podemos observar a saúde em outro aspecto. Partindo da análise do conceito da saúde da OMS (1976), Ferrara (1976) e cols., propõe um novo conceito, no qual a saúde é concebida como “o contínuo agir do ser humano ante o universo físico, mental e social em que vive, sem regatear um só esforço para modificar, transformar e recriar aquilo que deve ser mudado”. Atribuem ao conceito uma dimensão dinâmica, valorizando o papel dos seres humanos na manutenção e na transformação da saúde (individual e coletiva), colocando-os como atores sociais do processo da própria vida. (BRÊTAS, GAMBA & cols., 2006).
19
Modelo epidemiológico
Fatores causais- Agente, hospedeiro e meio
Envolvimento do ambiente (não apenas o ambiente físico), estilo de vida, biologia humana e sistema de serviços de saúde, numa permanente inter-relação e interdependência. 
Considerando o avanço do conhecimento na ocorrência e terapêutica das doenças, surgiram novos modelos de explicação e compreensão da saúde, da doença e do processo saúde-doença, como o modelo epidemiológico baseado nos três componentes – agente, hospedeiro e meio, considerados como fatores causais, que evoluiu para modelos mais abrangentes, como o do campo de saúde, com o envolvimento do ambiente (não apenas o ambiente físico), estilo de vida, biologia humana e sistema de serviços de saúde, numa permanente inter-relação e interdependência. (GAMBA e TADINI, 2010).
20
Processo Saúde Doença
Sistema da assistência à saúde 
x 
percepção individual
bem-estar
sofrimento
Os determinantes da saúde estão localizados fora do sistema de assistência à saúde. 
Métodos diagnósticos e terapêuticos, a vacinação, a educação em saúde, dirigidos aos grupos de risco.
Processo saúde-doença Muito se tem escrito sobre o Processo Saúde Doença, no entanto um novo instrumento intelectual para a apreensão da saúde e da doença deve levar em conta a distinção entre a doença, tal como definida pelo sistema da assistência à saúde e a saúde, tal como percebida pelos indivíduos. Ademais, deve incluir a dimensão do bem-estar, um conceito ainda mais amplo, no qual a contribuição da saúde não é a única e nem a mais importante. 
O sofrimento experimentado pelas pessoas, suas famílias e grupos sociais não corresponde necessariamente à concepção de doença que orienta os provedores da assistência, como os profissionais da Estratégia de Saúde da Família. Por outro lado, como alternativa para a superação dos modelos causais clássicos, centrados em ações individuais, como os métodos diagnósticos e terapêuticos, a vacinação, a educação em saúde, ainda que dirigidos aos denominados grupos de risco, haveria que privilegiar a dimensão coletiva do fenômeno saúde-doença, por meio de modelos interativos que incorporassem ações individuais e coletivas.
 Uma nova maneira de pensar a saúde e a doença deve incluir explicações para os achados universais de que a mortalidade e a morbidade obedecem a um gradiente, que atravessa as classes sócio-econômicas, de modo que menores rendas ou status social estão associados a uma pior condição em termos de saúde. Tal evidência constitui-se em um indicativo de que os determinantes da saúde estão localizados fora do sistema de assistência à saúde. (EVANS; STODDART, 2003; SCHRAIBER; MENDES-GONÇALVES, 1996). Para Gadamer (1997), saúde e doença não são duas faces de uma mesma moeda. De fato, se considerarmos um sistema de saúde, como, por exemplo, o SUS, é possível verificar que as ações voltadas para o diagnóstico e tratamento das doenças são apenas duas das suas atividades. Inclusão social, promoção de equidade ou de visibilidade e cidadania são consideradas ações de saúde. O entendimento da saúde como um dispositivo social relativamente autônomo em relação à idéia de doença, e as repercussões que este novo entendimento traz para a vida social e para as práticas cotidianas em geral e dos serviços de saúde em particular, abre novas possibilidades na concepção do processo saúde doença. Desta maneira, o Processo Saúde Doença, está diretamente atrelado à forma como o ser humano, no decorrer de sua existência, foi se apropriando da natureza para transformá-la, buscando o atendimento às suas necessidades. (GUALDA e BERGAMASCO, 2004). Fica claro que tal processo representa o conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona o estado de saúde e doença de uma população, que se modifica nos diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade. Portanto, não é um conceito abstrato. Define-se no contexto histórico de determinada sociedade e num dado momento de seu desenvolvimento, devendo ser conquistada pela população em suas lutas cotidianas. (GUALDA e BERGAMASCO, 2004). Sendo que o conceito de saúde varia segundo a época em que vivemos, assim como os interesses dos diversos grupos sociais. Assim, vários autores afirmam que “a saúde deve ser entendida em sentido mais amplo, como componente da qualidade de vida e, assim, não é um bem de troca, mas um bem comum, um bem e um direito social, no sentido de que cada um e todos possam ter assegurado o exercício e a prática deste direito à saúde, a partir da aplicação e utilização de toda a riqueza disponível, conhecimento e tecnologia que a sociedade desenvolveu e vem desenvolvendo neste campo, adequados as suas necessidades, envolvendo promoção e proteção da saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de doenças. Ou seja, considerar este bem e este direito como componente e exercício da cidadania, compreensão esta que é um referencial e um valor básico a ser assimilado pelo poder público para o balizamento e orientação de sua conduta, decisões, estratégias e ações. Em síntese, 
pode-se dizer, em termos de sua determinação causal, que o processo saúde-doença representa o conjunto de relações e variáveis que produzem e condicionam o estado de saúde e doença de uma população, que variam em diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.
21
Sistema de saúde
SUS
O diagnóstico e tratamento das doenças . 
o Processo Saúde Doença, está diretamente atrelado à forma como o ser humano, no decorrer de sua existência, foi se apropriando da natureza para transformá-la, buscando o atendimento às suas necessidades
Inclusão social, promoção de equidade ou de visibilidade e cidadania
Processo saúde-doença Muito se tem escrito sobre o Processo Saúde Doença, no entanto um novo instrumento intelectualpara a apreensão da saúde e da doença deve levar em conta a distinção entre a doença, tal como definida pelo sistema da assistência à saúde e a saúde, tal como percebida pelos indivíduos. Ademais, deve incluir a dimensão do bem-estar, um conceito ainda mais amplo, no qual a contribuição da saúde não é a única e nem a mais importante. O sofrimento experimentado pelas pessoas, suas famílias e grupos sociais não corresponde necessariamente à concepção de doença que orienta os provedores da assistência, como os profissionais da Estratégia de Saúde da Família. Por outro lado, como alternativa para a superação dos modelos causais clássicos, centrados em ações individuais, como os métodos diagnósticos e terapêuticos, a vacinação, a educação em saúde, ainda que dirigidos aos denominados grupos de risco, haveria que privilegiar a dimensão coletiva do fenômeno saúde-doença, por meio de modelos interativos que incorporassem ações individuais e coletivas. Uma nova maneira de pensar a saúde e a doença deve incluir explicações para os achados universais de que a mortalidade e a morbidade obedecem a um gradiente, que atravessa as classes sócio-econômicas, de modo que menores rendas ou status social estão associados a uma pior condição em termos de saúde. Tal evidência constitui-se em um indicativo de que os determinantes da saúde estão localizados fora do sistema de assistência à saúde. (EVANS; STODDART, 2003; SCHRAIBER; MENDES-GONÇALVES, 1996). Para Gadamer (1997), saúde e doença não são duas faces de uma mesma moeda. De fato, se considerarmos um sistema de saúde, como, por exemplo, o SUS, é possível verificar que as ações voltadas para o diagnóstico e tratamento das doenças são apenas duas das suas atividades. Inclusão social, promoção de equidade ou de visibilidade e cidadania são consideradas ações de saúde. 
O entendimento da saúde como um dispositivo social relativamente autônomo em relação à idéia de doença, e as repercussões que este novo entendimento traz para a vida social e para as práticas cotidianas em geral e dos serviços de saúde em particular, abre novas possibilidades na concepção do processo saúde doença. Desta maneira, o Processo Saúde Doença, está diretamente atrelado à forma como o ser humano, no decorrer de sua existência, foi se apropriando da natureza para transformá-la, buscando o atendimento às suas necessidades. (GUALDA e BERGAMASCO, 2004). Fica claro que tal processo representa o conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona o estado de saúde e doença de uma população, que se modifica nos diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade. Portanto, não é um conceito abstrato. Define-se no contexto histórico de determinada sociedade e num dado momento de seu desenvolvimento, devendo ser conquistada pela população em suas lutas cotidianas. (GUALDA e BERGAMASCO, 2004). Sendo que o conceito de saúde varia segundo a época em que vivemos, assim como os interesses dos diversos grupos sociais. Assim, vários autores afirmam que “a saúde deve ser entendida em sentido mais amplo, como componente da qualidade de vida e, assim, não é um bem de troca, mas um bem comum, um bem e um direito social, no sentido de que cada um e todos possam ter assegurado o exercício e a prática deste direito à saúde, a partir da aplicação e utilização de toda a riqueza disponível, conhecimento e tecnologia que a sociedade desenvolveu e vem desenvolvendo neste campo, adequados as suas necessidades, envolvendo promoção e proteção da saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de doenças. Ou seja, considerar este bem e este direito como componente e exercício da cidadania, compreensão esta que é um referencial e um valor básico a ser assimilado pelo poder público para o balizamento e orientação de sua conduta, decisões, estratégias e ações. Em síntese, pode-se dizer, em termos de sua determinação causal, que o processo saúde-doença representa o conjunto de relações e variáveis que produzem e condicionam o estado de saúde e doença de uma população, que variam em diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.
22
Saúde
o conceito de saúde varia segundo a época em que vivemos, assim como os interesses dos diversos grupos sociais
A saúde é um bem comum, um direito social, que deve ser assegurado a partir da aplicação e utilização de toda a riqueza disponível, conhecimento e tecnologia que a sociedade desenvolveu e vem desenvolvendo neste campo, adequados as suas necessidades, envolvendo promoção e proteção da saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de doenças.
 Sendo que o conceito de saúde varia segundo a época em que vivemos, assim como os interesses dos diversos grupos sociais. Assim, vários autores afirmam que “a saúde deve ser entendida em sentido mais amplo, como componente da qualidade de vida e, assim, não é um bem de troca, mas um bem comum, um bem e um direito social, no sentido de que cada um e todos possam ter assegurado o exercício e a prática deste direito à saúde, a partir da aplicação e utilização de toda a riqueza disponível, conhecimento e tecnologia que a sociedade desenvolveu e vem desenvolvendo neste campo, adequados as suas necessidades, envolvendo promoção e proteção da saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de doenças. Ou seja, considerar este bem e este direito como componente e exercício da cidadania, compreensão esta que é um referencial e um valor básico a ser assimilado pelo poder público para o balizamento e orientação de sua conduta, decisões, estratégias e ações. Em síntese, pode-se dizer, em termos de sua determinação causal, que o processo saúde-doença representa o conjunto de relações e variáveis que produzem e condicionam o estado de saúde e doença de uma população, que variam em diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.
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Determinação social da saúde
“Os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população”.
Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), estabelecida em 2006
Determinação social da saúde
Importante analisar o conceito de que as condições de vida e trabalho dos indivíduos e grupos da população estão relacionados com sua situação de saúde. (Buss e Pellegrini Filho, 2007). Para a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), estabelecida em 2006, os DSS são: “os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população”. (BUSS; PELLEGRINI FILHO, 2007). As relações entre determinantes sociais e saúde consistem em estabelecer uma hierarquia de determinações entre fatores mais distais, sociais, econômicos e políticos e mais proximais relacionados diretamente ao modo de vida, sendo distintos os fatores que afetam a situação de saúde de grupos e de pessoas. Segundo relatório da CNDSS (2008) a análise da situação de saúde compreende os seguintes itens: 
24
Análise da situação de saúde
Situação e tendências da evolução demográfica, social
 e econômica do país . 
A estratificação socioeconômica e a saúde
Condições de vida, ambiente e trabalho
Redes sociais, comunitárias e saúde
Comportamentos, estilos de vida e saúde
Saúde materno infantil e indígena
Segundo relatório da CNDSS (2008) 
“- Situação e tendências da evolução demográfica, social e econômica do país: traça um panorama geral de referência para a análise da situação de saúde, descrevendo a evolução destes macrodeterminantes, particularmente nas últimas quatro décadas. Inclui dados sobre crescimento populacional, fecundidade, mortalidade, migrações, urbanização, estrutura do mercado de trabalho, distribuição de renda e educação; - A estratificação socioeconômica e a saúde: apresenta a situação atual e tendências da situação de saúde no país, destacando as desigualdades de saúde segundo variáveisde estratificação socioeconômica, como renda, escolaridade, gênero e local de moradia; - Condições de vida, ambiente e trabalho: apresenta as relações entre situação de saúde e condições de vida, ambiente e trabalho, com ênfase nas relações entre saneamento, alimentação, habitação, ambiente de trabalho, poluição, acesso à informação e serviços de saúde e seu impacto nas condições de saúde dos diversos grupos da população. - Redes sociais, comunitárias e saúde: inclui evidências sobre a organização comunitária e redes de solidariedade e apoio para a melhoria da situação de saúde, destacando particularmente o grau de desenvolvimento dessas redes nos grupos sociais mais desfavorecidos; - Comportamentos, estilos de vida e saúde: inclui evidências existentes no Brasil sobre condutas de risco como hábito de fumar, alcoolismo, sedentarismo, dieta inadequada, entre outros, segundo os diferentes estratos socioeconômicos da população. - Saúde materno-infantil e saúde indígena: por sua importância social e por apresentarem necessidades específicas de políticas públicas, são dedicadas seções especiais sobre saúde materno-infantil e saúde indígena.”
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Determinantes sociais: modelo de Dahlgren e Whitehead
Determinantes sociais: modelo de dahlgren e whitehead
Vários modelos foram propostos para estudar os determinantes sociais e a trama de relações entre os diversos fatores estudados através desses diversos enfoques. Um adotado pela CNDSS é o modelo de Dahlgren e Whitehead que inclui os DSS dispostos em diferentes camadas, desde uma camada mais próxima dos determinantes individuais até uma camada distal, onde se situam os macrodeterminantes. Os indivíduos estão na base do modelo, com suas características individuais de idade, sexo e fatores genéticos. Na camada imediatamente externa aparecem o comportamento e os estilos de vida individuais. A camada seguinte destaca a influência das redes comunitárias e de apoio. No próximo nível estão representados os fatores relacionados a condições de vida e de trabalho, disponibilidade de alimentos e acesso a ambientes e serviços essenciais, como saúde e educação. Finalmente, no último nível estão situados os macrodeterminantes relacionados às condições econômicas, culturais e ambientais da sociedade e que possuem grande influência sobre as demais camadas. (BRASIL, 2008).
A análise dos determinantes sociais de saúde nos permite intervenções no sentido de ampliar políticas púbicas que possam reduzir as iniquidades, desigualdades consideradas injustas, e avançar para políticas de saúde com mais equidade. Para além do conceito epidemiológico de determinantes sociais de saúde como fatores de risco, é necessário ainda, compreender a determinação social da saúde como um conceito mais ampliado e politicamente construído que envolve a “caracterização da saúde e da doença mediante fenômenos que são próprios dos modos de convivência do homem, um ente que trabalha e desfruta da vida compartilhada com os outros, um ente político, na medida em que habita a polis, como afirmava Aristóteles”. (PASSOS NOGUEIRA, 2010).
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O papel da equipe da Estratégia de Saúde da Família na atuação no processo saúde doença
Educador em saúde – qual resultado quer atingir em cada situação
Contribuir com a autonomia dos sujeitos
Saber quem é ou quem são os usuários
O papel da equipe na atuação no processo saúde doença “Trocando em miúdos”, a equipe da Estratégia de Saúde da Família precisa ter consciente seu papel de educador em saúde e conjuntamente saber o resultado que quer atingir em cada situação. É preciso fundamentalmente contribuir com a autonomia dos sujeitos no sentido de que cada um seja protagonista de sua produção de saúde. É recomendável o treinamento da percepção sensorial: onde focar a atenção e como modificar e ampliar os filtros para poder observar coisas que não eram percebidas anteriormente. Filtro é uma expressão utilizada na Programação Neurolinguística, que significa linguagem dos nossos pensamentos e experiências vividas por nós, imagens internas, sons e sensações que nos dão um significado especial e que fica arquivado em nosso cérebro e que nos vem à mente nas mais diversas situações. Ex: nossas crenças religiosas, nosso aprendizado na área específica funcionam como filtros, levando-nos a agir de certa uma maneira e a prestar mais atenção a algumas coisas do que a outras) (O’CONNOR & SEYMOUR, 1995; ANDREAS & FAULKNER, 1995). Ao prestar a assistência ao indivíduo, à família ou à comunidade há que se considerar quem é ou quem são os usuários, como se apresentam na situação de necessidade de saúde, seus direitos, deveres, valores e prerrogativas. O ser humano é complexo e não há como abranger sua totalidade por uma única definição. Mesmo que se considere a pessoa um ser biopsicossocial e espiritual, não se consegue expressar toda sua individualidade e singularidade. Os profissionais da saúde aprendem sobre estrutura e função humanas pelo estudo da anatomia, da fisiologia, da psicologia, da sociologia, da patologia, além das várias maneiras de assistir, de abordar e se relacionar profissionalmente com o indivíduo, a família ou a comunidade. Não podemos nos esquecer de que o ambiente é o local onde a pessoa se encontra com as coisas ao seu redor e que exercem nela influências, afetando-a de várias maneiras. Por exemplo: uma família de seis, oito pessoas que habitam um único cômodo, provavelmente terão conflitos entre si, problemas que atingirão sua saúde mental; por outro lado, viver num quarto úmido, ou seja, num ambiente insalubre, provavelmente acarretará doenças como bronquite, tuberculose, etc. e assim, uma infinidade de exemplos.
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A saúde e o adoecer são experiências subjetivas e individuais, conhecidas de maneira intuitiva, dificilmente descritas ou quantificáveis.
O processo saúde-doença é um dos pontos centrais para os profissionais da saúde que buscam promover a saúde, cuidando para que as pessoas possam ter, tanto quanto possível, uma boa qualidade de vida, mesmo quando as limitações se estabelecem. Para essa relação especial com os usuários, é necessário o aprendizado do uso dos instrumentos e das tecnologias para o cuidado que compõe a formação desses profissionais. Como se considerou anteriormente, os profissionais se concentram nos pontos de interesse ditados por suas áreas de ação. Porém, não basta a seleção desses pontos, ou ideias contrais, é necessário relacionar uns aos outros, pois dados separados pouco contribuem para o conhecimento e para a ação. No entanto, a organização dos dados torna-se possível pela utilização de modelos e teorias. Para qualquer ação, por mais simples que seja, temos em mente dar resposta às questões já vistas anteriormente: o que é, para quem, como, quando e onde será realizada a ação. Neste modelo ou teoria para ação os elementos são os conceitos que vão sendo relacionados uns aos outros, ou seja, a organização dos dados representados por ideias. Por exemplo, os profissionais da saúde vão relacionar a pessoa, seu ambiente, saúde ou doença, e ações preventivas e curativas de saúde. Os conceitos são as palavras que expressam as ideias concebidas sobre a realidade. Isso faz toda a diferença quando organizamos nossos serviços voltados às necessidades das pessoas que vivem no território onde atuamos e temos a produção de saúde e de cuidado como foco de nosso trabalho.
Conclusão Segundo Brêtas e Gamba (2006), por mais que se pense a saúde na dimensão do coletivo, é o ser humano que adoece e como tal requer cuidados. A saúde e o adoecer são experiências subjetivas e individuais, conhecidas de maneira intuitiva, dificilmente descritas ou quantificáveis. É na lógica relacional que se visualiza o cuidado e a assistência pelos profissionais da saúde, que se concretizam de forma abrangente quando aliados aos conhecimentos técnicos, científicos e políticos, capazes de sustentar as bases do cuidado profissional, a sensibilidade humana para compreender a subjetividade expressa pelo ser que está sendo cuidado
É necessário compreender as condiçõesimpostas como passíveis de interferência e atentar para não culpar os indivíduos quando tais condições são insalubres e interferem em seu estilo de vida. Trabalhar com as condições de vida impostas requer um trabalho interdisciplinar e intersetorial. A área da saúde sozinha não consegue assegurar qualidade de vida e, consequentemente, de saúde. É na esfera da ética que compreenderemos a necessidade do empenho de parte significativa da sociedade para assegurar a dignidade da vida humana. Nós, profissionais da área da saúde, temos que imaginar o cliente – assim como nós mesmos – capaz de perceber e explorar o mundo externo a partir de experiências pessoais, sua cultura, sua linguagem, crenças, valores, interesses e pressuposições. Cada um de nós dá um sentido ao mundo que lhe é apresentado. Podemos dizer que cada um traça um mapa, ou seja, um panorama próprio do mundo. Portanto os mapas são seletivos: prestamos atenção aos aspectos do mundo que nos interessam e ignoramos outros. Assim, no entendimento de Brêtas e Gamba (2006) um bom profissional da área da saúde é aquele capaz de traduzir o inaparente, o indizível em um primeiro contato com o ser doente. Ao compreender que o corpo humano não é um produto genérico isolado, pois existe em relação com outros seres em um dado contexto social, cultural e político, entendem que, para cuidar da pessoa, faz-se necessário considerar algumas questões pertinentes ao vínculo saúde-doença-adoecimento-sociedade: as condições de vida impostas e os estilos de vida escolhidos pelos próprios indivíduos. A primeira situação diz respeito à esfera pública, na qual nem sempre o indivíduo consegue interferir sem a participação do Poder Público; a segunda localiza-se no mundo privado, onde o indivíduo define a melhor forma de se utilizar da própria vida. (CAPONI S. in: BRÊTAS; GAMBA, 2006). Importante compreender os limites da esfera pública e privada e em nome da educação em saúde e não construirmos práticas autoritárias e prescritivas que, ao invés de produzir autonomia, acabam reduzindo-a. As escolhas são sempre individuais e, desde que não prejudiquem o coletivo, devem ser sempre respeitadas. Cabe aos profissionais da saúde rever sua prática, buscando entender que não basta trabalhar com as doenças, é necessário compreender o indivíduo no todo como alguém que vive a experiência da necessidade, do adoecimento, carregada de valores e significados subjetivos, únicos, capazes de interferir na qualidade do cuidado prestado. Assim, resta-nos, como profissionais da saúde, enfrentar o desafio de construir estratégias para conceber a saúde no âmbito da atenção básica de forma mais solidária e menos punitiva na convivência com os estilos de vida individuais (idem). 
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Nós, profissionais da área da saúde, temos que imaginar o cliente – assim como nós mesmos – capaz de perceber e explorar o mundo externo a partir de experiências pessoais, sua cultura, sua linguagem, crenças, valores, interesses e pressuposições.
 Cada um de nós dá um sentido ao mundo que lhe é apresentado. 
Cada um traça um mapa, ou seja, um panorama próprio do mundo.
É necessário compreender as condições impostas como passíveis de interferência e atentar para não culpar os indivíduos quando tais condições são insalubres e interferem em seu estilo de vida. Trabalhar com as condições de vida impostas requer um trabalho interdisciplinar e intersetorial. A área da saúde sozinha não consegue assegurar qualidade de vida e, consequentemente, de saúde. É na esfera da ética que compreenderemos a necessidade do empenho de parte significativa da sociedade para assegurar a dignidade da vida humana. Nós, profissionais da área da saúde, temos que imaginar o cliente – assim como nós mesmos – capaz de perceber e explorar o mundo externo a partir de experiências pessoais, sua cultura, sua linguagem, crenças, valores, interesses e pressuposições. Cada um de nós dá um sentido ao mundo que lhe é apresentado. Podemos dizer que cada um traça um mapa, ou seja, um panorama próprio do mundo. Portanto os mapas são seletivos: prestamos atenção aos aspectos do mundo que nos interessam e ignoramos outros. Assim, no entendimento de Brêtas e Gamba (2006) um bom profissional da área da saúde é aquele capaz de traduzir o inaparente, o indizível em um primeiro contato com o ser doente. Ao compreender que o corpo humano não é um produto genérico isolado, pois existe em relação com outros seres em um dado contexto social, cultural e político, entendem que, para cuidar da pessoa, faz-se necessário considerar algumas questões pertinentes ao vínculo saúde-doença-adoecimento-sociedade: as condições de vida impostas e os estilos de vida escolhidos pelos próprios indivíduos. A primeira situação diz respeito à esfera pública, na qual nem sempre o indivíduo consegue interferir sem a participação do Poder Público; a segunda localiza-se no mundo privado, onde o indivíduo define a melhor forma de se utilizar da própria vida. (CAPONI S. in: BRÊTAS; GAMBA, 2006). Importante compreender os limites da esfera pública e privada e em nome da educação em saúde e não construirmos práticas autoritárias e prescritivas que, ao invés de produzir autonomia, acabam reduzindo-a. As escolhas são sempre individuais e, desde que não prejudiquem o coletivo, devem ser sempre respeitadas. Cabe aos profissionais da saúde rever sua prática, buscando entender que não basta trabalhar com as doenças, é necessário compreender o indivíduo no todo como alguém que vive a experiência da necessidade, do adoecimento, carregada de valores e significados subjetivos, únicos, capazes de interferir na qualidade do cuidado prestado. Assim, resta-nos, como profissionais da saúde, enfrentar o desafio de construir estratégias para conceber a saúde no âmbito da atenção básica de forma mais solidária e menos punitiva na convivência com os estilos de vida individuais (idem). 
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Profissional da área da saúde 
Não basta trabalhar com as doenças, é necessário compreender o indivíduo no todo como alguém que vive a experiência da necessidade, do adoecimento, carregada de valores e significados subjetivos, únicos, capazes de interferir na qualidade do cuidado prestado.
Portanto os mapas são seletivos: prestamos atenção aos aspectos do mundo que nos interessam e ignoramos outros. Assim, no entendimento de Brêtas e Gamba (2006) um bom profissional da área da saúde é aquele capaz de traduzir o inaparente, o indizível em um primeiro contato com o ser doente. Ao compreender que o corpo humano não é um produto genérico isolado, pois existe em relação com outros seres em um dado contexto social, cultural e político, entendem que, para cuidar da pessoa, faz-se necessário considerar algumas questões pertinentes ao vínculo saúde-doença-adoecimento-sociedade: as condições de vida impostas e os estilos de vida escolhidos pelos próprios indivíduos. A primeira situação diz respeito à esfera pública, na qual nem sempre o indivíduo consegue interferir sem a participação do Poder Público; a segunda localiza-se no mundo privado, onde o indivíduo define a melhor forma de se utilizar da própria vida. (CAPONI S. in: BRÊTAS; GAMBA, 2006). Importante compreender os limites da esfera pública e privada e em nome da educação em saúde e não construirmos práticas autoritárias e prescritivas que, ao invés de produzir autonomia, acabam reduzindo-a. As escolhas são sempre individuais e, desde que não prejudiquem o coletivo, devem ser sempre respeitadas. Cabe aos profissionais da saúde rever sua prática, buscando entender que não basta trabalhar com as doenças, é necessário compreender o indivíduo no todo como alguém que vive a experiência da necessidade, do adoecimento, carregada de valores e significados subjetivos, únicos, capazes de interferir na qualidade do cuidado prestado. Assim, resta-nos, como profissionais da saúde, enfrentar o desafio de construir estratégias para conceber a saúde no âmbito da atenção básica de forma mais solidária e menos punitiva na convivência com os estilos de vida individuais (idem). 
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Profissionalda área da saúde 
Na esfera pública, nem sempre o indivíduo consegue interferir sem a participação do Poder Público; 
No mundo privado, o indivíduo define a melhor forma de se utilizar da própria vida
Construir estratégias para conceber a saúde no âmbito da atenção básica de forma mais solidária e menos punitiva na convivência com os estilos de vida individuais 
A primeira situação diz respeito à esfera pública, na qual nem sempre o indivíduo consegue interferir sem a participação do Poder Público; a segunda localiza-se no mundo privado, onde o indivíduo define a melhor forma de se utilizar da própria vida. (CAPONI S. in: BRÊTAS; GAMBA, 2006). Importante compreender os limites da esfera pública e privada e em nome da educação em saúde e não construirmos práticas autoritárias e prescritivas que, ao invés de produzir autonomia, acabam reduzindo-a. As escolhas são sempre individuais e, desde que não prejudiquem o coletivo, devem ser sempre respeitadas. Cabe aos profissionais da saúde rever sua prática, buscando entender que não basta trabalhar com as doenças, é necessário compreender o indivíduo no todo como alguém que vive a experiência da necessidade, do adoecimento, carregada de valores e significados subjetivos, únicos, capazes de interferir na qualidade do cuidado prestado. Assim, resta-nos, como profissionais da saúde, enfrentar o desafio de construir estratégias para conceber a saúde no âmbito da atenção básica de forma mais solidária e menos punitiva na convivência com os estilos de vida individuais (idem). 
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - RIO DE JANEIRO / 2021.2
TRANSFORMAÇÕES DOS MODELOS DE PRÁTICA ODONTOLÓGICA
Simone de Macedo Amaral- Cariologia
FUNDAMENTOS DA ODONTOLOGIA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE
Associação Brasileira de Odontologia de Promoção da Saúde (ABOPREV).
https://www.scielosp.org/article/csc/2017.v22n6/1805-1816/
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Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
A expressão Saúde Bucal Coletiva (SBC) surge no final dos anos 1980 no Brasil e tem sido utilizada para designar um fenômeno histórico específico e distinto das “Odontologias alternativas”, tais como Odontologia Sanitária, Odontologia Preventiva e Social (OPS), Odontologia Simplificada, entre outras, como uma denominação nova para esses mesmos movimentos3 e como referencial para as práticas em curso nos serviços públicos odontológicos. Distingue-se das demais “Odontologias” ao propor tratar a saúde bucal na perspectiva dos determinantes sociais da saúde.
Embora se proponha a um fenômeno social distinto, estudo de revisão revelou que a maioria dos estudos que mencionam a SBC, na verdade, se aproximavam mais da OPS que dentre as “Odontologias” mencionadas, ganhou maior expressão no Brasil, no âmbito público e privado, no campo científico e nas políticas públicas, especialmente pela atuação da Associação Brasileira de Odontologia de Promoção da Saúde (ABOPREV).
https://www.scielosp.org/article/csc/2017.v22n6/1805-1816/
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Objetivos da disciplina
Conceituar os diferentes modelos de prática odontológica, em especial a promoção de saúde;
Conhecer e dominar os mecanismos através dos quais se expressa a doença cárie.
Compreender os fatores que interagem em condições críticas para o desequilíbrio dos processos saúde x doença cárie e periodontal e a condição clínica halitose
Reconhecer atividades de educação e saúde 
Descrever os protocolos necessários para o atendimento das necessidades básicas de saúde bucal da população
A Odontologia : profundas modificações na forma de atender as pessoas 
 Modelos de Atendimento Odontológico ao Longo do Tempo 
Entendendo a história da odontologia e compreendendo sua evolução
RADICAL / EXTRAÇÕES
RESTAURADOR / ” CURATIVO ”
PREVENTIVO / “CURATIVO”
PROMOÇÃO DE SAÚDE /MEDICINA BUCAL
Fase sistêmicas
Fase biotecnológica
https://www.youtube.com/watch?v=x82sGYa0s1Q
História da Odontologia no Brasil | Faculdade de Odontologia UFMG 100 Anos
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“”A ciência normal não se desenvolve por acumulação de descobertas e invenções individuais, mas por revoluções de paradigmas”.
Kuhn
KUHN, Thomas. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1991
Para Kuhn,  a ciência normal são as pesquisas que estão baseadas em conquistas do passado. Essas conquistas são reconhecidas pela comunidade científica de uma área particular e possuem duas características comuns. A primeira característica é que suas conquistas atraem um grande número de cientista em torno de uma atividade ou teoria. A segunda,  afirma que suas realizações estão abertas para a comunidade científica problematizar e resolver toda espécie de problemas.  Os cientistas que compartilham um mesmo paradigma estão comprometidos com as mesmas “regras” e “padrões” estabelecidos pela prática científica. “A ciência normal, atividade na qual a maioria dos cientistas emprega inevitavelmente quase todo seu tempo, é baseada no pressuposto de que a comunidade científica sabe como é o mundo. Grande parte do sucesso do empreendimento deriva da disposição da comunidade para defender esse pressuposto – com custos consideráveis se necessário”. (Kuhn, 1991, p.24). KUHN, Thomas. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1991
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https://lilacs.bvsalud.org/
Aonde podemos pesquisar artigos
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/
Para Kuhn,  a ciência normal são as pesquisas que estão baseadas em conquistas do passado. Essas conquistas são reconhecidas pela comunidade científica de uma área particular e possuem duas características comuns. A primeira característica é que suas conquistas atraem um grande número de cientista em torno de uma atividade ou teoria. A segunda,  afirma que suas realizações estão abertas para a comunidade científica problematizar e resolver toda espécie de problemas.  Os cientistas que compartilham um mesmo paradigma estão comprometidos com as mesmas “regras” e “padrões” estabelecidos pela prática científica. “A ciência normal, atividade na qual a maioria dos cientistas emprega inevitavelmente quase todo seu tempo, é baseada no pressuposto de que a comunidade científica sabe como é o mundo. Grande parte do sucesso do empreendimento deriva da disposição da comunidade para defender esse pressuposto – com custos consideráveis se necessário”. (Kuhn, 1991, p.24). KUHN, Thomas. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1991
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Quais são os principais fatores que influenciam a adoção de um Modelo de atendimento ?
 Condições Epidemiológicas : como / em que nível as doenças se distribuem na população 
Conhecimentos Disponíveis
 Custos Relacionados Com o Tratamento
Eficácia do Tipo de Atendimento
Necessidades de Tratamento
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Teoria - O estado dental começou a piorar há 13 mil anos, no Neolítico, quando surgiu a agricultura
 Egito (há 3,3 mil anos a quantidade de cáries era próxima a 2%,
 Europa - até 4 mil anos, crânios com cáries - 10%. 
1874- O imposto sobre o açúcar foi reduzido 
 consumo explodiu - 90% dos crânios ingleses 
com múltiplas cáries
 
 EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA CÁRIE : APARECIMENTO DE CAVIDADES ATRAVÉS DOS TEMPOS
AN EVOLUTIONARY THEORY OF DENTISTRY. SCIENCE,  VOL. 336,  PÁG. 973,  2012
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 APARECIMENTO DE CAVIDADES ATRAVÉS DOS TEMPOS
https://veja.abril.com.br/ciencia/homem-pre-historico-ja-sofria-com-caries-ha-15-000-anos/
Descoberta põe em xeque a hipótese sustentada até agora de que as cáries teriam surgido com a agricultura, 4.000 anos mais tarde. Esqueletos do Marrocos.
Earliest evidence for caries and exploitation of starchy plant foods in Pleistocene hunter-gatherers from Morocco . Humphrey LTT et al.Proc Natl Acad Sci U S A. 2014 Jan 21;111(3):954-9. 
Primeiras evidências de cárie e exploração de alimentos ricos em amido em caçadores-coletores do Pleistoceno de Marrocos
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A mais antiga evidência de lesão de cárie em hominídeos revela uma dieta rica em açúcar para um *Dryopithecine mioceno médio da Europa.
Humphrey LT, et al.,Proc Natl Acad Sci EUA . 21 de janeirode 2014; 111 (3): 954-9. 
*Consiste em uma tribo de macacos eurasianos que se acredita estar perto da ascendência de gorilas, chimpanzés e humanos.
Mioceno vai de 23 milhões a 5 milhões de anos
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...CURANDEIRO 
 
DOS PRIMÓRDIOS ATÉ O SÉCULO XVI / XVII : QUEM TIVESSE PROBLEMAS ODONTOLÓGICOS SERIA TRATADO POR UM ...
... BARBEIRO 
Modelo Radical Extrações
 A notícia mais antiga que se tem sobre um barbeiro exercendo a profissão de dentista, data dos anos de 1.400 e seria um documento intitulado "O Protesto de Albucassis" onde Cirurgiões Dentistas se revoltaram com o direito dos "barbeiros" de realizarem cirurgias. 
Também houve leis interditando atividades dos charlatões  e curandeiros em 1352 e 1364.
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https://dentemania.com.br/historiadaodontologia
https://www.slideshare.net/QurulaFreitasSoares/histria-da-odontologia-60415539
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 No século XVIII surge na França- "o pai da Odontologia Moderna", Pierre Fauchard, termo "Cirurgião Dentista" 
  No século XVIII, em 1.728 , na França, Pierre Fauchard, com seu livro: Tratado dos dentes para o Cirurgião-Dentista, revoluciona a odontologia, inovando conhecimentos, criando técnicas e aparelhos, sendo juntamente denominado "o pai da Odontologia Moderna", 
http://reabilitaoral.blogspot.com/2011/04/historia-da-odontologia.html
1840, a primeira Faculdade de Odontologia do mundo Ocidental, o Baltimore College of Dental Surgery, em Maryland(EUA). Esta escola tinha 4 professores fixos e a primeira turma teve apenas 5 alunos, com apenas quatro meses de aula por ano, por um período de 2 anos, complementados por estágios em consultórios da cidade. 
 
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 Odontologia no brasil- XIX
 Descoberta do Brasil 1500 – barbeiros iletrados de Portugal que passavam seus conhecimentos adiante para filhos de homens brancos e pobres.
Alguns senhores de escravos permitiam que o conhecimento fosse passado pra negros
Barbeiros e sangradores
Regulamentação no Brasil- 09-11-1629 e multa pelo exercício ilegal da profissão a partir de 1631
Patrono da Odontologia - Joaquim José da Silva Xavier- Tiradentes- mineiro, dentista, tropeiro, minerador, comerciante, ativista político da inconfidência mineira
Enforcado por traição ao rei (Lesa-Majestade) – 21/04/1792
http://reabilitaoral.blogspot.com/2011/04/historia-da-odontologia.html
 
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 EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA CÁRIE 
Aparecimento de Cavidades Através dos Anos
 Altíssima prevalência de cavidades
 Todas as pessoas atingidas 
Cavidades em todas as faces dos dentes
 Alta velocidade de perda mineral
Registros Epidemiológicos - 1850 - 1960
Desconhecimento das causas
Percentagem de pessoas com muitas cavidades aumentou dramaticamente 
SÉCULO XVIII : PROBLEMAS ODONTOLÓGICOS TRATADOS POR DENTISTAS
http://www.precog.com.br/bc-texto/obras/lopes-9788599662823.pdf
Foi nesse período que se mudou a forma de governo, foi feita a Constituição, se iniciou a substituição do trabalho escravo pelo trabalho assalariado e as fazendas de café e outras lavouras brasileiras modernizaram-se. As cidades cresceram e nelas as primeiras indústrias se instalaram.
Para se ter idéia dessas mudanças sabemos que entre 1850 e 1860 ocorreu o que podemos chamar de surto industrial no Brasil, pois foram inauguradas no Brasil 70 fábricas que produziam chapéus, sabão, tecidos de algodão e cerveja, artigos que até então vinham do exterior. Além disso, foram fundados 14 bancos, três caixas econômicas, 20 companhias de navegação a vapor, 23 companhias de seguro, oito estradas de ferro. Criaram-se, ainda, empresas de mineração, transporte urbano, gás, etc.
http://www.precog.com.br/bc-texto/obras/lopes-9788599662823.pdf
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Registros 
 1800 - 1950
SÉCULO XVIII : PROBLEMAS ODONTOLÓGICOS TRATADOS POR DENTISTAS
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Função
Oclusão
Estética
Materiais
Disponíveis
REABILITAÇÃO DOS DANOS Tratamento baseado em Restaurações
Princípios dos Preparos Cavitários de G.V. Black
COMO TRATAR DOENÇAS CUJAS CAUSAS NÃO SÃO CONHECIDAS ? ALÍVIO SINTOMAS / REABILITAÇAO DANOS 
MODELO TRADICIONAL
 RESTAURADOR / ” CURATIVO ”
https://www.scielosp.org/article/csc/2017.v22n6/1805-1816/
A SBC, como fenômeno sócio-histórico, representou um espaço social que emergiu da constituição de uma rede de relações entre agentes da SBC oriundos do movimento da RSB, SC e OPS mais sensíveis às práticas comunitárias. As correntes odontológicas em curso nas décadas de 1970 e 1980 eram incapazes de mudar a prática odontológica e a situação de saúde bucal no Brasil.
https://www.scielosp.org/article/csc/2017.v22n6/1805-1816/
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Incapacidade de Diagnosticar os Fatores Causais das Doenças
Incapacidade de Controlar a Atividade / Desenvolvimento das Doenças 
Incapacidade de Obter e Manter as Pessoas Tratadas em Saúde
 INCAPACIDADE DE EVITAR O CICLO RESTAURADOR REPETITIVO
Ineficácia do Modelo Tradicional 
 Cirúrgico-Restaurador
Pessoas “Tratadas Continuam Doentes ” 
Fontes : Revista Medicina Social , 2005 / SB Brasil , 2003 / Fundação Oswaldo Cruz – OMS ,2002
Ineficácia do Modelo Tradicional 
 Cirúrgico-Restaurador – atuação da dentística
	Desconsiderava a etiologia da cárie
	Princípios do preparo cavitário – forma de contorno, resistência, retenção – extensão para prevenção
	Acreditava que a remoção do tecido cariado evitaria a progressão da doença cárie
Esse modelo perdurou até meados do século XX - base técnica para praticamente tudo que temos atualmente. Errou ao julgar que podíamos corrigir os erros observados nas arcadas dentárias de nossos pacientes por meio de trabalhos realizados pelo homem, em detrimento do inigualável esmalte dos dentes naturais.
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 Modelo Preventivo – “Curativo”
A partir das pesquisas sobre microbiologia / bioquímica das placas - décadas de 60 e 70 		 	
1- Começamos a entender a etiologia das doenças cárie e periodontal
Controle de Placa
Controle da Dieta
2- Desenvolvimento de novos procedimentos a partir das pesquisas em animais
3- Incorporação dos novos procedimentos à Prática Restauradora
Flúor
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IMPACTO EPIDEMIOLÓGICO DO MODELO
 Redução da prevalência de cavidades nos mais suscetíveis
 Redução na Prevalência de Cavidades na maioria das pessoas mais jovens
1- HOUVE
2- NÃO HOUVE
Mudanças nos critérios de diagnóstico / decisões restauradoras / formato e complexidade das cavidades
Ocorreu o fenômeno conhecido como polarização da doença, caracterizado pela concentração dos mais altos índices de cárie em pequenos grupos populacionais dentro de um mesmo país ou região.
Atividade Autônoma Aura
 
“Olá, seja bem-vindo! selecionamos duas questões que revisitam o tema/tópico ministrado nesta aula. Você deve resolvê-las, completando, assim, sua jornada de aprendizagem do dia. 
Acesse o Plano de Aula da disciplina e encontre-as no campo Aprenda +”
Assista ao vídeo: Promoção de Saúde: conceitos voltados para a saúde bucal. Disponível em: https://youtu.be/DgD7vylo6bA
Próxima aula- Leia o artigo: Diretrizes, A. (2001). Mudanças nos cursos de Odontologia e a interação com o SUS. Revista da ABENO, 4(1), 17-21.
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Atividade obrigatória- forms
pesquisar e responder até
Quarta feira até as 17hs
Qual é o risco de se usar a mesma escova de dente que outra pessoa?
Cárie é transmissível pelo beijo?
Quais são as condições necessárias para o desenvolvimento da doença cárie?
assistam o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=j2mxAgnQ-1Y
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Obrigada pela atenção de todos!!!
Bem vindos a 2021.2
email – simacedoamaral@Hotmail.com
ou Chat do teams

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