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@Elisastudies. _ • Lei processual penal no espaço No Código de Processo Penal vigora o Princípio da Territorialidade, devendo as suas normas serem aplicadas aos fatos ocorridos apenas no território brasileiro. EXCEÇÕES: São hipóteses de não aplicação direta (mas subsidiária) do CPP: − Tratados, convenções e regras de direito internacional. − Crimes de responsabilidade do Presidente, de Ministros de Estado (crimes conexos com o Presidente) e de Ministros do STF. Aqui, a Jurisdição é política (procedimento previsto na CF/88). − Os processos da competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral. − Os processos previstos em legislação especial (ex.: Lei de Drogas). • Lei processual penal no tempo A lei processual penal aplicar-se-á DESDE LOGO, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior (teoria do isolamento dos atos processuais – tempus regit actum). OBS.: Quer dizer “o tempo rege o ato” no sentido de que os atos jurídicos se regem pela lei da época em que ocorreram. OBSERVAÇÕES O princípio da irretroatividade da lei maléfica é específico do Direito Penal, não se aplicando ao Processo Penal. Em caso de norma processual-material (norma híbrida ou heterotópica) aplica-se a lei anterior mais benéfica. EX.: Norma material que versa sobre prescrição, extinção da punibilidade, liberdade provisória, fiança, prisão preventiva. O STF e o STJ entendem que as regras de execução penal são de direito material. Recursos: lei nova, que altera prazo recursal, só será aplicada aos recursos futuros. Se já está fluindo o prazo recursal, NÃO se aplica a lei nova. • Interpretação e integração da lei processual A lei PROCESSUAL penal admitirá (ainda que em prejuízo do réu) interpretação extensiva (aumento do alcance da lei, sendo essa a vontade do legislador) e aplicação analógica (aplicação de outra norma em caso de lacuna, sendo o caso semelhante), bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. • Contagem dos prazos No processo penal, NÃO se computa o dia do início, mas computa-se o dia do final. Quando o prazo termina em dia que não há expediente forense, prorroga-se para o dia útil seguinte. Em regra, os prazos iniciam-se: − Da intimação. − Da audiência ou sessão de julgamento em que for proferida a decisão e a parte estiver presente. − Do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da decisão. Todos os prazos correrão em cartório e serão CONTÍNUOS e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. Lei Processual Penal
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