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URGÊNCIA E EMERGÊNCIA- CONCEITOS DA ENFERMAGEM 1 SUMÁRIO ATENDIMENTO HOSPITALAR ................................................................................. 3 IMPORTÂNCIA DOS ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA ..................................... 4 ESTRUTURAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS ................................ 6 A CAPACITAÇÃO DO PROFISSIONAL QUE ATUE EM EMERGÊNCIAS ............. 10 CONCEITUANDO O SUS ........................................................................................ 13 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS .................................................................... 14 POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO - HUMANIZA SUS .............................. 16 RESULTADOS ESPERADOS COM O HUMANIZA SUS NO SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .................................................................................. 17 ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO .................................................... 17 CONCEITUANDO URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .................................................... 19 O ATENDIMENTO NO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.......................... 20 ESTRUTURA FÍSICA DO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ..................... 22 FLUXOGRAMA DO ATENDIMENTO EM SAÚDE ................................................... 23 O SISTEMA DE REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA EM SAÚDE ............... 25 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 27 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 ATENDIMENTO HOSPITALAR Devido ao crescente aumento no número de atendimentos de urgência e emergência no país, gerados pelos “acidentes” de trânsito, violência, e doenças de várias etiologias, sobretudo cardiovasculares, surge no Brasil à necessidade de um atendimento rápido e especializado em prestar os primeiros socorros a estes doentes de traumas e males súbitos, ainda na cena do fato. Para promover este atendimento, são enviadas ambulâncias de suporte básico e avançado, de acordo com o quadro da vítima, contando ainda com equipes de saúde, altamente qualificadas, mostrando que este cuidado reduz o número de óbitos e suas complicações atribuídas a ausência de socorro imediato e adequado. O atendimento pré-hospitalar, seja móvel, seja fixo, tem como premissa o fato de que, dependendo do suporte imediato oferecido à vítima, lesões e traumas podem ser tratados sem gerar sequelas significativas. Para Malvestio e Sousa (2002), embora ainda existam muitas dúvidas a respeito do impacto da assistência pré- hospitalar sobre o êxito do tratamento alcançado pelas vítimas por ele atendidas, não se pode negar sua contribuição no sentido de redução do tempo de chegada ao hospital adequado, bem como das intervenções iniciais apropriadas a manutenção da vida. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, a unidade de emergência é destinada a promover serviços de saúde requeridos com caráter de emergência e urgência para prolongar a vida da vítima ou prevenir consequências críticas, os quais devem ser proporcionados imediatamente. Os serviços de emergência possuem como características inerentes o acesso irrestrito; o número excessivo de pacientes; a extrema diversidade na gravidade no quadro inicial, tendo-se pacientes críticos ao lado de pacientes mais estáveis; a escassez de recursos, a sobrecarga da equipe de enfermagem; o número insuficiente de profissionais na área de saúde; o predomínio de jovens profissionais; a fadiga; a supervisão inadequada; a descontinuidade do cuidado e a falta de valorização dos profissionais envolvidos (DALCIN,2005). null 4 De acordo com Guido (1995), o atendimento inicial do paciente traumatizado acontece em três etapas sucessivas: na cena do acidente; durante o transporte e no centro hospitalar. As unidades de emergência são locais apropriados para o atendimento de pacientes com afecções agudas específicas onde existe um trabalho de equipe especializado e podem ser divididos em pronto atendimento, pronto socorro e emergência (ANDRADE et al, 2000). Salientando-se que a emergência representa uma situação ameaçadora e brusca que requer medidas imediatas de correção e defesa, diferenciando-se do atendimento em consultórios, unidades de saúde básica, ou de tratamento programado, pois os sujeitos apresentam uma ampla variedade de problemas atuais ou potenciais, podendo seu estado alterar-se de minuto a minuto. Desse modo, a decisão da equipe necessita ser imediata, baseada num atendimento sistematizado e preciso, geralmente estabelecendo prioridades através de protocolos de emergência. IMPORTÂNCIA DOS ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA Segundo Santos et al (1999), a emergência é uma propriedade que uma dada situação assume quando um conjunto de circunstâncias a modifica. A assistência em situações de emergência e urgência se caracteriza pela necessidade de um paciente ser atendido em um curtíssimo espaço de tempo. A emergência é caracterizada com sendo a situação onde não pode haver uma protelação no atendimento, o mesmo deve ser imediato. A necessidade da formação do enfermeiro em atuação nas unidades móveis apresenta a importância dos procedimentos teóricos que aprendemos como enfermeiros que o socorro nos momentos após um acidente, principalmente as duas primeiras horas são os mais importantes para se garantir a recuperação ou a sobrevivência das pessoas feridas. Os casos de urgência se caracterizam pela necessidade de tratamento especifico, o paciente será encaminhado para a especialidade necessária, ortopedia, null null null null null 5 cirurgia geral, neurologia e clínica médica. Neste caso o risco de vida é pouco provável (ROCHA, 2020). Os casos de emergência se caracterizam pela avaliação de todas as especialidades, pois o risco de vida é eminente e o início do tratamento terá que ser imediato, há no setor a sala de Politrauma, local que possui suporte completo e equipe sintonizada aos procedimentos necessários ao atendimento. Após o quadro clínico estabilizado o cliente é removido às unidades básicas de apoio, onde receberá continuidade ao tratamento (ROCHA, 2020). Os casos de rotina são casos que podem aguardar até o dia seguinte, onde será acompanhado pela Unidade Básica de Saúde mais próxima (ROCHA, 2020). Através das unidades básicas de saúde são priorizadas as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e da família, do recém-nascido ao idoso, sadios ou doentes, de forma integral e contínua. Representa o primeiro contato da população com o serviço de saúde do município, assegurando a referência e a contra referência para os diferentes níveis do sistema. Criado no Brasil na década de 90, inspirado em experiências advindas deoutros países cuja Saúde Pública alcançou níveis de qualidade, com investimento na promoção de saúde, como Cuba, Inglaterra e Canadá (BRANDÃO, 2003). Este serviço foi idealizado para aproximar dos serviços de saúde da população e cumprir o princípio constitucional do Estado de garantir ao cidadão seu direito de receber atendimento integral à saúde, mediante a construção de um modelo assistencial de atenção baseado na promoção, proteção, diagnóstico precoce e recuperação da saúde, permitindo que os responsáveis pela oferta dos serviços de saúde, os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), aprofundem o conhecimento sobre aqueles a quem devem servir. A estratégia destas unidades reafirma e incorpora os princípios básicos do SUS: universalização, descentralização, integralidade e participação da comunidade. Quanto à atenção hospitalar às vítimas de acidentes e violências reúne-se de forma complexa a estrutura física, a disponibilidade de insumos, o aporte tecnológico e os recursos humanos especializados para intervir nas situações de emergência decorrentes dos acidentes e violências. As emergências são as principais portas de entrada desses pacientes no hospital; considerando a gravidade das lesões, a null null null 6 assistência demandará ações de diferentes serviços e poderá exigir um tempo considerável de internação, acarretando um custo elevado. ESTRUTURAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS As políticas públicas têm evoluído na construção de diretrizes para a consolidação de cenários que permitam a estruturação da Rede de Saúde dentro dos princípios do SUS. Contudo, a implementação das políticas públicas de saúde tem representado um desafio para os gestores públicos. Há crescente percepção que existam, ainda, dificuldades na migração de um cenário normativo para um cenário real em saúde. Para tanto, é necessário a discussão da estruturação da rede de saúde e a construção das linhas de atenção como meio de organização ao acesso regionalizado e a garantia de qualidade do atendimento dos equipamentos de saúde ao usuário. O cenário atual da saúde no Brasil tem apontado os serviços de urgência como uma das principais portas de acesso dos usuários aos serviços da rede de saúde. Ainda, temos enfrentado uma realidade de crise no atendimento aos usuários com condições de saúde agudas em vista da insuficiência de resposta na rede de saúde. O aumento da demanda por serviços nesta área, nos últimos anos, devido ao crescimento do número de acidentes e da violência urbana e à insuficiente estruturação da rede são fatores que têm contribuído decisivamente para a sobrecarga de serviços de Urgência e Emergência disponibilizados para o atendimento da população. Isso tem transformado esta área numa das mais problemáticas do Sistema de Saúde. Devemos destacar que a Política Nacional de Urgência é recente na dimensão histórica do SUS – a portaria 2048, que regulamenta tecnicamente a urgência e emergência, foi publicada em 2002, e reconheceu a importância da área de Urgência e Emergência como um importante componente da assistência à saúde. A assistência às urgências se dá, ainda hoje, predominantemente nos “serviços” que funcionam exclusivamente para este fim – os tradicionais pronto- socorros – estando estes adequadamente estruturados e equipados ou não. Abertos null 7 nas 24 horas do dia, estes serviços acabam por funcionar como “porta de entrada” do sistema de saúde, acolhendo pacientes de urgência propriamente dita, pacientes com quadros percebidos como urgências, pacientes desgarrados da atenção primária e especializada e as urgências sociais. A implantação de redes regionalizadas e hierarquizadas de atendimento, além de permitir uma melhor organização da assistência, articular os serviços, definir fluxos e referências resolutivas é elemento indispensável para que se promova a universalidade do acesso, a equidade na alocação de recursos e a integralidade na atenção prestada. Assim, torna-se imperativo estruturar os Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência de forma a envolver toda a rede assistencial, desde a rede pré-hospitalar, (unidades básicas de saúde, programa de saúde da família (PSF), ambulatórios especializados, serviços de diagnóstico e terapias, unidades não hospitalares), serviços de atendimento pré-hospitalar móvel (SAMU, Resgate, ambulâncias do setor privado, etc.), até a rede hospitalar de alta complexidade, capacitando e responsabilizando cada um destes componentes da rede assistencial pela atenção a uma determinada parcela da demanda de urgência, respeitados os limites de sua complexidade e capacidade de resolução. Estes diferentes níveis de atenção devem relacionar-se de forma complementar por meio de mecanismos organizados e regulados de referência e contra referência, sendo de fundamental importância que cada serviço se reconheça como parte integrante deste Sistema, acolhendo e atendendo adequadamente a parcela da demanda que lhe acorre e se responsabilizando pelo encaminhamento desta clientela quando a unidade não tiver os recursos necessários a tal atendimento (Brasil, Ministério da Saúde, Portaria 2048, 2002). A portaria 1600 de julho de 2011 reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). Esta portaria normatiza a estruturação da rede de saúde para o atendimento aos usuários com quadros agudos e estabelece que este deva ser prestado por todas as portas de entrada dos serviços de saúde do SUS, possibilitando a resolução integral da demanda ou transferindo-a, responsavelmente, para um serviço de maior complexidade, dentro de um sistema hierarquizado e regulado, organizado em redes null 8 regionais de atenção às urgências enquanto elos de uma rede de manutenção da vida em níveis crescentes de complexidade e responsabilidade. Ainda, destaca que a organização da rede deve atender aos principais problemas de saúde dos usuários na área de urgência, sendo assim fundamental considerar o perfil epidemiológico no Brasil. Compondo a reformulação da rede de atenção às urgências necessitamos considerar as necessidades regionais e planejar a reestruturação da rede e dos pontos de atenção em base das características regionais. O Decreto 7508, de 27 de julho de 2011, regulamenta a organização do Sistema Único de Saúde – SUS dentro da lógica de regionalização da rede de saúde. O Ministério da Saúde, através do Departamento de Articulação de Redes Assistenciais (DARA) da Secretaria de Ações de Saúde (SAS), define Redes de Atenção à Saúde como arranjos organizativos de unidades funcionais e/ou pontos de atenção de diferentes densidades tecnológicas, que, integrados por meio de sistemas logísticos, de apoio diagnóstico e terapêutico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. A porta de entrada e base para a organização do sistema é a estrutura de atenção primária da saúde. Regionalização é o processo de constituição de Regiões de Saúde, nas quais se arranjam redes regionalizadas de atenção à saúde, visando garantir a universalidade do acesso, a equidade, a integralidade e a resolubilidade das ações e serviços de saúde. A necessidade de orientar o atual processo de regionalização do SUS através da gestão de redes buscam resolver várias deficiências hoje encontradas no perfil de organização dos serviços de saúde no Brasil, tais como: a) Planejamento fragmentado e verticalizado das ações de saúde, focado num modelo de financiamento com poucos incentivos para uma gestão eficiente; b) Ferramentas e processos de gestão orientados por incentivos a oferta e não como resposta a demanda dos usuários do sistema; c) Mecanismos de acreditação de qualidade inexistentes ou incipientes. Para exemplificar, dentre a totalidade de mais de 7000 hospitais brasileiros menosde 200 são acreditados pelos princípios de qualidade da ONA ou da CBA; null null 9 d) Inexistência ou pouca disseminação no uso de modelos de avaliação e monitoramento baseados em resultados. Ainda que o Brasil tenha avançado 6 enormemente no uso de dados e produção de informações de saúde, a pactuação de metas pouco se mede ou se avalia por resultados assistenciais; e) Estruturação incipiente de redes de atenção à saúde, especialmente no tocante aos mecanismos regulação do acesso e contratualização – Existe a necessidade de aumentar o escopo de mecanismos de autonomia de gestão das redes e unidades que permitam maior flexibilidade, ao mesmo tempo que garantam melhores resultados assistenciais a custos razoáveis; f) Escassez de recursos humanos tecnicamente preparados para a gestão eficiente dos serviços e estratégias de capacitação de recursos humanos customizadas ao nível de cada espaço regional; g) Incorporação tecnológica acrítica e avaliação tecnológica incipiente, levando a gastos desnecessários em tecnologias caras e insuficiência de gastos em procedimentos e diagnósticos efetivos de média complexidade. Para resolver estes problemas se definem áreas onde atuaram as redes, sua capacidade de gerir problemas diferenciados no entorno social aonde se situam, seus mecanismos de formulação de políticas, financiamento, resolubilidade e legitimação social e suas linhas técnicas de intervenção no campo da saúde, em todas as suas dimensões. A criação de redes de saúde, na visão do Ministério da Saúde, traz uma série de potencialidades, onde cabe destacar: a) O acesso aos serviços de saúde, de forma hierarquizada, em todos os níveis de complexidade para uma população com base territorial definida; b) Economias de escala na produção de serviços especializados, evitando desperdícios e utilizando tecnologia apropriada e resolutiva ao menor custo possível; c) Soluções customizadas para as características sociais, epidemiológicas, demográficas e geográficas de cada Região de Saúde; null 10 d) A eliminação de “vazios assistenciais” ou “excessos de oferta” ao nível regional, contribuindo para a equidade no acesso e qualidade dos serviços; e) A garantia da qualidade assistencial e da eficiência da gestão como eixos condutores de seu processo de administração das redes e; f) Acreditação das unidades, processos de entrega de serviços e gestão clínica, como forma de assegurar a seguridade dos pacientes e a garantia de qualidade dos serviços. Os serviços de atendimento às urgências necessita não só ser ampliados, mas fundamentalmente qualificados por meio da reestruturação dos processos de trabalho e do monitoramento e avaliação dos resultados esperados. A CAPACITAÇÃO DO PROFISSIONAL QUE ATUE EM EMERGÊNCIAS A capacitação necessária para atuar nas unidades de emergência é importante para o exercício da enfermagem em setores de emergência que lidam com pacientes/clientes em iminente risco de vida. Wehbe e Galvão (2003, p. 05), traz os Padrões da Prática de Enfermagem em Emergência da Associação Americana de Enfermagem (AAE), desde 1983, sendo definidos em três níveis de competência: o primeiro requer competência mínima para o enfermeiro prestar atendimento ao paciente traumatizado; no segundo o profissional necessita formação específica em enfermagem em emergência e no último nível o enfermeiro deve ser especialista em área bem delimitada e atuar no âmbito pré e intra-hospitalar. Os níveis de competência são primordiais para delimitar e restringir a atuação de enfermeiros não especializados em unidades de emergência, uma vez que, a realidade vivenciada nas unidades dos Hospitais do Brasil e da Bahia, que se percebe, é uma contratação temporária de pessoal não obedecendo o critério técnico para inserir os profissionais nessas unidades de cuidados críticos, sendo essa prática uma medida de caráter clientelista. null null null 11 O clientelismo é uma prática repugnada e antidemocrática de contratação de pessoal, sendo que nas análises de Assis (2003 apud OLIVEIRA, 2004, p.38): As práticas envolvidas com esquemas clientelistas são muito fortes e não vão desaparecer rapidamente da vida nacional. Daí a importância dos movimentos reivindicatórios e desenvolvimento de mecanismos permanentes de participação democrática, sob forma de órgãos colegiados de decisão partidários e deliberativos, entre estado e sociedade civil. Há mecanismos de contratação democráticos obedecendo aos níveis de competência e em desacordo com as práticas clientelistas que são através de realização de concursos e processos seletivos com critérios rigorosos de contratação com requisitos pré-definidos, não deixando de exigir a qualificação profissional sob forma de especialização e/ou cursos na área de enfermagem em emergência. Sendo assim, pode-se ter uma assistência com profissionais capacitados para a área. Entretanto, o enfermeiro bem capacitado, com recursos disponíveis e uma equipe em consonância com as atividades e trabalhando em harmonia têm condições de exercer seu papel com atuação eficiente e resolutiva, proporcionando melhoria na qualidade de vida da população assistida. Sendo ele um profissional que tem seu valor e importância no exercício da prática em emergências. O atendimento de emergência nas Unidades Hospitalares tem importante papel na recuperação e manutenção da saúde do indivíduo. Recuperar a saúde e mantê-la se estabelece com uma assistência à saúde de qualidade e equipe multidisciplinar voltada para o indivíduo como um todo na sua integralidade, atentando para aspectos que envolvem a atuação eficaz, eficiente, rápida e com bom conhecimento clínico e científico. A atuação do enfermeiro encaixa-se naquela equipe supracitada e é primordial para os serviços de saúde no tocante à promoção à saúde dos clientes/pacientes que são assistidos em serviços de Urgência e Emergência. O enfermeiro assume a função de liderança da equipe de enfermagem e desenvolve ações voltadas para assistência, gerência, ensino e pesquisa. Na assistência ele lidera ações de maiores complexidades delegando as de menores para Técnicos e/ou Auxiliares de Enfermagem respeitando os aspectos éticos e legais da profissão. 12 Os autores Tacsi e Vendruscolo (2004), consideram que o enfermeiro no setor de emergência deve adotar estilos de liderança participativa, compartilhar e/ou delegar funções, sendo as principais habilidades, para o gerenciamento da assistência, a comunicação, o relacionamento interpessoal, a liderança, a tomada de decisão e a competência técnica. Ao atuar no setor de cuidados emergenciais, o enfermeiro deve manter o domínio do que está acontecendo e ter consciência do que está fazendo e o que está sendo delegado. Os aspectos éticos e legais devem ser considerados importantes e extremamente transparentes, assim como recomenda o Código de Ética de Enfermagem e a Lei 7.498 de 25 de Junho de 1986 (CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM) que dispõe sobre a regulamentação do exercício profissional de enfermagem; cabendo privativamente ao enfermeiro, dentre outras funções: planejar, organizar, coordenar, executar e avaliar os serviços de assistência de enfermagem. Para Wehbe e Galvão (2003), os enfermeiros em serviços de emergência assistem o cliente/paciente juntamente com o médico; prepara e ministra medicações; viabiliza execução de exames; instala sondagens nasogástrica, nasoenteral e vesicais; realiza troca de traqueostomia; realiza curativos de maiores complexidades, prepara instrumentos para intubação; analisa os sinais vitais; e evolui os clientes/pacientes. No tocante à gerência, sua ação é voltada para a organização do serviço com espírito de liderança, com autonomia e responsabilidade sobre toda à equipe de enfermagem. Nas análises de Tacsi e Vendruscolo (2004), a atuaçãodo enfermeiro implica na organização, sequência lógica das ações emergenciais e delegação de funções para que cada membro da equipe atue de forma sincrônica, especialmente naqueles procedimentos que são concomitantes para manter uma ventilação adequada. A partir dessa análise, acredita-se que o enfermeiro, por ser o líder da equipe de enfermagem, deve delegar funções aos seus liderados, tornando-os úteis no serviço. Respeitar e tratar o próximo com dignidade e respeito é algo indispensável para uma liderança saudável e com produtos positivos. As atividades gerenciais, chamadas como administrativas pelos autores Wehbe e Galvão (2003), são: realizar estatística de atendimento; liderar equipe de null null null 13 enfermagem; coordenar atividades do pessoal da recepção, limpeza e portaria; solucionar problemas decorrentes ao atendimento; alocação de recursos; elaboração de escalas de profissionais de enfermagem, controle de recursos materiais; e manutenção de equipamentos do setor. Dessa forma, se está diante de um problema sério que acarreta o enfermeiro e transfere para o mesmo sobrecarga funcional levando ao desgaste físico, emocional e mental, limitando suas ações de saúde voltadas exclusivamente para recuperação da saúde do indivíduo em partes e não holisticamente, devido ao excesso de atividades gerenciais que demandam tempo, em detrimento das atividades assistências e alguns enfermeiros têm uma carga horária de trabalho elevada que se soma com o estresse do momento de trabalho. De acordo com Batista e Bianchi (2006), o enfermeiro presta assistência em setores considerados desgastantes, tanto pela carga de trabalho, como pelas especificidades das tarefas, e nesse panorama, encontra-se a Unidade Emergência e os que lá trabalham. Ele ainda acrescenta que esse profissional deve obter condições mínimas de material e pessoal para se dedicar à prestação de uma assistência efetiva e eficaz, diante de intercorrências que são muito comuns nessa unidade. CONCEITUANDO O SUS No ano de 1988 inicia-se o processo de criação do Sistema Único de Saúde (SUS) com suas definições pré-estabelecidas pela Constituição Federal e da Lei Orgânica de Saúde, sempre em conformidade com as representações dos secretários estaduais e municipais de saúde (FIGUEIREDO et al., 2008). De acordo com Vasconcelos e Pasche (2006), o SUS foi regulamentado de fato em 1990, com base nas leis federais e de acordo com a Lei orgânica de Saúde (LOS), sendo estas n. 8080 e a Lei 8.142 nas quais destacam os princípios organizacionais, a construção do modelo de atenção à saúde fundamentada em um sistema descentralizado e regionalizado com base municipal. O Sistema Único de Saúde é um conjunto de ações e de serviços prestados à saúde e realizados por órgãos e instituições públicas null null 14 federais, estaduais e municipais ou por entidades a ele vinculadas, responsável pela promoção, prevenção e assistência à saúde (PEREIRA et al., 2008). O SUS é um produto da Reforma Sanitária Brasileira, originada do movimento sanitário, processo político que mobilizou a sociedade brasileira para propor novas políticas e novos modelos na organização de sistema, serviços e práticas de saúde (VASCONCELOS e PASCHE, 2006, p. 532). Para alcançar os resultados propostos e cumprir suas metas instituídas foram estabelecidos princípios e diretrizes para reger os serviços de saúde. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS O SUS é composto por princípios e diretrizes e compreendem em um conjunto organizado e articulado de serviços e ações de saúde, juntamente com as organizações públicas de saúde em âmbito municipal, estadual e nacional. Este dá suporte à efetivação da política da saúde no Brasil (VASCONCELOS e PASCHE, 18 2006). De acordo com a Associação Paulista de Medicina (2008), o SUS fundamenta- se em três princípios: universalidade, integralidade e equidade de acordo com a Lei nº 8080, 7 de setembro de 1990 e prevista no art. 7º, esta desenvolvida pela Constituição Federal, referente às ações de serviços públicos e privados de saúde. Baseada nos preceitos constitucionais, os princípios doutrinários do SUS são: a) Universalidade: Garante o direito a acesso e assistência à saúde a todo e qualquer cidadão sem discriminação; b) Integralidade: É a garantia que o indivíduo será atendido integralmente em sua coletividade em ações relacionadas à promoção, prevenção e reabilitação oferecidas pelo sistema de saúde, c) Equidade: Assegura que a assistência à saúde deve ser igual para todos os cidadãos, sem privilégios, exceto em situações onde haja risco de morte, sendo uma prioridade no atendimento. A saúde é direito de todos e dever do estado garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e null null null null null null null 15 ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação (BRASIL, 1988, art. 196, p. 58). As diretrizes organizativas visam planejar e organizar o funcionamento do sistema de saúde. Segundo Costa (2009), a organização do SUS baseia-se em: a) Regionalização: A organização da atenção à saúde é caracterizada pelo processo de regionalização dos serviços como base territorial, na qual tem como objetivo distribuir os recursos de forma que não haja desperdícios e facilite a assistência à saúde (FIGUEIREDO et al., 2008); b) Hierarquização: Os serviços do sistema de saúde devem ser organizados por níveis de atenção, sendo essa organizada de forma crescente conforme sua complexidade: 1) Nível primário: Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da Família (USF); 2) Nível Secundário: Especialidades médicas, policlínicas, hospitais locais e laboratórios; 3) Nível terciário: Policlínicas especializadas, hospitais gerais e hospitais de base, centro de diagnósticos e imagem, 4) Nível Quaternário: Hospitais Universitários e engenharia genética (COSTA, 2009). c) Resolutividade: Os problemas de saúde do indivíduo devem ser solucionados de acordo com que corresponde a cada nível; d) Descentralização: Cabe aos municípios a responsabilidade política das ações e serviços de saúde direcionada a cada cidadão e uma redistribuição dessas responsabilidades, envolvendo vários níveis de governo (Municipal, Estadual e Federal), e) Participação dos cidadãos: Garante à população a participação nos conselhos e nas conferências de saúde, com representação partidária do governo, dos profissionais da saúde, dos prestadores de serviços e dos usuários, dessa maneira contribuindo de maneira decisiva a definição e a execução da política de saúde (VASCONCELOS e PASCHE, 2006). null null null null null null null null null null null null null null 16 Para atender as necessidades de saúde e articular as práticas aos princípios e diretrizes do SUS foi criado a Política Nacional de Humanização (PNH) que tem como objetivo primordial no contexto dos serviços de urgência repensar e criar novas condutas em saúde, pensando na atenção resolutiva, humanizada e acolhedora (BRASIL, 2008). POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO - HUMANIZA SUS O Humaniza SUS criado em 2003 é uma iniciativa inovadora, e tem por objetivo qualificar práticas de gestão e de atenção em saúde, conceituar a saúde pública no Brasil e ampliar o processo de co-responsabilização entre gestores, trabalhadores e usuários (BRASIL, 2010). No setor de urgência e emergência tem como propósito um método de abordagem qualificada dos usuários, objetivando organização do setor, resolução dos problemas relacionados à saúde, mudanças das práticas de saúde dos trabalhadores, entre outros, favorecendo uma relação de confiança e compromisso entre usuários e a equipe de saúde (BRASIL, 2008). O acolhimento é um dos recursos a serem utilizados nestesetor, assegurando que todos sejam atendidos com prioridades a partir da avaliação de instabilidade, gravidade e risco. O profissional de enfermagem deve realizar o acolhimento a fim de solucionar os problemas de saúde das pessoas que procuram uma unidade de urgência. Nesse momento deve-se escutar a queixa, identificar os riscos, medos e as expectativas dos usuários, levando em conta também sua auto avaliação (BRASIL. 2008). Sendo assim o mesmo deixa de ser um ato isolado e passa a ser um aparato em ligações de redes internas, externas e multiprofissional com objetivo e compromisso de trazer respostas às necessidades dos usuários (BRASIL, 2010). null null null null null null 17 RESULTADOS ESPERADOS COM O HUMANIZA SUS NO SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA O programa busca como resultados a redução de filas e tempo de espera, através de um atendimento acolhedor, por meio de uma escuta qualificada, baseada em critérios de risco, garantindo o acesso referenciado aos demais níveis de assistência, e a garantia de seus direitos estabelecidos em lei, por intermédio de educação permanente em saúde, gestão participativa, adequação de ambiência, valorização e cuidado dos trabalhadores entre outros objetivos a serem alcançados com a implantação do programa. O Acolhimento com avaliação de risco configura-se, assim, como uma das intervenções potencialmente decisivas na reorganização das portas de urgência e na implementação da produção de saúde em rede, pois extrapola o espaço de gestão local afirmando, no cotidiano das práticas em saúde. (BRASIL, 2008, p.82). Sendo assim o critério de avaliação diminui potencialmente o risco de agravos da doença, e o foco passa a ser a necessidade de cada um avaliando sua vulnerabilidade e instabilidade. ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO O setor de urgência e emergência é classificado como principal porta de acesso do sistema de saúde e ampara os usuários com as mais diversificadas queixas e agravos à saúde em caráter de urgência ou não. Essa realidade assistencial é agravada por problemas organizacionais dos serviços, entre eles a ausência de acolhimento com classificação de risco, o que define o atendimento por ordem de chegada, ocasionando graves prejuízos aos usuários (BRASIL, 2002). A Portaria 2048 propõe a implantação nas unidades de atendimento às urgências o “acolhimento com classificação de risco”. Esse processo deve ser realizado por profissional de saúde, de nível superior, mediante treinamento específico e utilização de protocolos pré-estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento (BRASIL, 2002, p.83). 18 A crescente demanda neste setor e o fluxo desordenado do setor ocasionam sobrecarga de serviço e prejuízos na qualidade da assistência prestada. A classificação de risco é um recurso dinâmico de reconhecimento de pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o possível risco, prejuízo à saúde ou intensidade de sofrimento, devendo o atendimento ser priorizado de acordo com a gravidade clínica do paciente, e não por ordem de chegada ao serviço (BRASIL, 2004). Fortalecendo as diretrizes do SUS, a Política Nacional de Humanização cita que todo usuário que procura atendimento, deve receber atenção resolutiva, humanizada e acolhedora a partir do reconhecimento de seu problema. Dessa maneira, essa política sugere que todas as unidades de atendimento médico elaborem protocolos clínicos de classificação de risco para priorizar os mais enfermos, para respaldo do profissional, estruturar o fluxo de usuários e atender de forma a garantir o direito de todo cidadão a saúde, evitando assim a restrição do usuário na porta de entrada (BRASIL, 2009). O acolhimento com classificação de risco permite a extensão da resolutividade ao incorporar critérios que abordam toda complexidade dos fenômenos saúde/doença, o nível de sofrimento dos usuários e seus familiares, a priorização da atenção no tempo, reduzindo o número de mortes evitáveis, sequelas e internações (SERVIN et al. 2009). Para o enfermeiro que realiza a classificação de risco é crucial a habilidade da escuta qualificada, avaliação e registro completo da queixa principal, saber trabalhar em equipe, ter raciocínio crítico e rapidez para tomada de decisões, e ainda, conhecer os sistemas de apoio da rede assistencial para melhor encaminhamento do usuário (SOUZA et al., 2009). Para Lopes (2011), a inter-relação entre os distintos níveis de serviços de saúde e a aquisição de referências resolutivas, são elementos fundamentais para promover a universalidade do acesso, a equidade na alocação de recursos e a integralidade da atenção prestada. 19 CONCEITUANDO URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Para abordar a temática urgência e emergência se faz necessário compreender ambos os significados. Sendo assim o Conselho Federal de Medicina (1995) em sua Resolução CFM nº 1451/95, dispõe do seguinte conceito: Define- se por urgência a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata; Define-se por emergência a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2014). Segundo SANTOS (2008), considera-se urgência uma prioridade moderada de atendimento, cujo portador necessita de atendimento mediato, pois não há risco de morte. A mesma autora citada acima conceitua emergência uma alta prioridade de atendimento, cujo individuo necessita de tratamento médico imediato, pois há risco de morte. O Ministério da Saúde determina que os procedimentos dos serviços de urgência e emergência devem ser caracterizados em três modalidades, considerando como critério a gravidade e a complexidade do caso a ser tratado (MINISTÉRIO DA SAÚDE apud VALENTIN; SANTOS, 2008). Segue abaixo as modalidades: a) Urgência de baixa e média complexidade: quando o paciente não corre risco de morte; b) Urgência de alta complexidade: O paciente apresenta um quadro crítico ou agudo, porém não há risco de morte. c) Emergência: casos em que há risco de morte. A emergência é caracterizada como sendo a situação onde não pode haver uma protelação no atendimento, o mesmo deve ser imediato. Nas urgências o atendimento deve ser prestado em um período de tempo que, em geral, é considerado como não superior a duas horas. As situações não urgentes podem ser referidas para o pronto atendimento ambulatorial ou para o atendimento ambulatorial convencional, pois não tem a premência que as já descritas anteriormente (LOPES, 2009, p.09). O termo emergência é definido como uma categoria na triagem onde a assistência é prestada em casos de prejuízo à saúde com risco de vida potencial ou 20 qualquer alteração no organismo que exigem tratamento imediato. Da mesma forma que a emergência, a urgência é considerada uma categoria de triagem, no entanto o cuidado é fornecido em casos de doença grave ou danos à saúde que não conduz um risco de morte (BRUNNER e SUDDARTH, 2011). O ATENDIMENTO NO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA O Sistema Único de Saúde determina um atendimento obrigatório e gratuito na área de saúde a qualquer cidadão e tem por finalidade uma assistência integral à população. (COSTA, 2009). Segundo Geovanini (2005), a primeira Santa Casa de Misericórdia do Brasil foi fundada em 1543, em Vila Santos na cidade de Santos, sendo edificadas posteriormente no Rio de Janeiro e Porto Alegre, na qual os cuidados eram prestados por voluntários e escravos. O serviço de urgência e emergência surge no Brasil no ano de 1893, a partir de um evento, nomeado de Socorro Médico de Urgência, a partir de iniciativasde poderes públicos e instituições particulares na tentativa de organizar a assistência a doentes, afogados e feridos na rua (COELHO; CALDAS, 2006). Ainda segundo as autoras, os primeiros postos de prontos-socorros de assistência médica, foram direcionados para o atendimento de pessoas carentes, onde os cuidados eram prestados por comissários e subcomissários de higiene e assistência pública, este atendimento era prestado no período de 24 horas por dia. Posteriormente esta forma de atendimento foi estendida para hospitais estruturados, com a finalidade de prestar assistência eficiente às urgências e emergências. De acordo com Costa (2009), nos dias atuais, observa-se o aumento na procura por este serviço de saúde, em consequência de vários fatores, tais como mudanças demográficas (envelhecimento), novas doenças (estresse, doenças cardiovasculares), novos tratamentos e a expectativa de vida, motivado pela busca de uma condição melhor na qualidade de vida. 21 A assistência à saúde no setor de urgência e emergência tem sido utilizada de forma demasiada nos últimos anos, devido ao número de acidentes, a violência urbana e a insuficiente estruturação da rede assistencial, ocasionando uma alta demanda neste setor, sendo este um importante componente no atendimento a saúde (BRASIL, 2002). Ainda hoje o atendimento as urgências se dá principalmente pelo Pronto Socorro (PS), considerado uma porta de entrada dos serviços do sistema de saúde, este que deve manter seu funcionamento 24 horas do dia, estando estruturados e equipados, de modo a acolher pacientes com quadro de urgência propriamente dita, com quadros percebidos como urgência e pacientes desgarrados da atenção primária e especializadas, ocasionando a superlotação desse setor e comprometendo à qualidade da assistência prestada (BRASIL, 2002). Segundo Coelho e Caldas (2006), a assistência neste setor, não se limita à população local, mas sim a prestação de serviços públicos sem restrições quanto ao tipo de clientela, fazendo desse serviço uma porta de entrada para os demais níveis de assistência. Diante disso a população busca esse serviço como uma alternativa para acesso a assistência, na tentativa de resolução de problemas e alívio de suas angústias. Desse modo, vem sendo utilizada de forma inadequada por problemas que poderiam ser resolvidos em nível de menor complexidade, acarretando em aumento de custo e afetando de forma negativa a qualidade da assistência prestada neste serviço (CARRET, 2007). Segundo a portaria nº 2048 do Ministério da Saúde (2002), uma das razões que implicam nos repetitivos retornos ao setor de urgência, é a ausência de articulação com o restante da rede assistencial, causando insatisfação com a atenção primária, atendimento de baixa qualidade e pequena resolutividade nos problemas. O Sistema estadual de urgências e emergências deve estabelecer uma estratégia de promoção à saúde, com orientações, pois também se beneficiam dessa ação. Após a resolução de situações agudas, os pacientes devem ser direcionados a locais apropriados para continuidade do tratamento de forma a prestar uma assistência integral e integrada (BRASIL, 2002). O Ministério da Saúde em parcerias com as secretarias estaduais de urgência e emergência propõe a implantação de redes regionalizadas e hierarquizadas de 22 atendimento, pois está além de permitir uma melhor organização da assistência articula os serviços e define melhor os fluxos, destacando a referência resolutiva como um elemento indispensável para uma integralidade na assistência prestada (BRASIL, 2002). ESTRUTURA FÍSICA DO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA A estrutura física é de extrema importância no setor de urgência e emergência, pois influencia diretamente no atendimento prestado, visto que instalações físicas inadequadas podem levar a dificuldade e a baixa qualidade da assistência prestada. O usuário ao dar entrada em uma unidade de urgência, certamente se encontra angustiada e com dor, nesse momento o espaço físico também pode exercer influência positiva ou negativa, pois o mesmo não quer e não merece ser submetido a desconfortos adicionais advindos de uma estrutura física inadequada. (SILVA; MATSUDA; WAIDMAN, 2012, p.323). Uma estrutura física planejada e adequada a este setor favorece a qualidade do atendimento, acolhe o usuário de maneira eficaz e reduz o risco de danos associados a ações improvisadas (POLL; LUNARDI; LUNARDI, 2008). Em relação à atuação da enfermagem neste setor, a estrutura física dos serviços de emergência pode ser fonte de estresse para os profissionais atuantes nessa área (LIMA et al., 2013). Um ambiente de trabalho desorganizado e com recursos físicos e humanos inadequados podem gerar diversas consequências, principalmente a sobrecarga de trabalho, cansaço e estresse profissional. O setor de urgência e emergência deve ser um local apropriado de modo a permitir o livre movimento da equipe de trabalho com espaço físico adequado e eficácia no atendimento, lembrando que deve proporcionar privacidade ao usuário. Desse modo, esse campo de ação deve oferecer um espaço físico suficiente para que todos os procedimentos sejam realizados de maneira adequada sem nenhum acidente de percurso (COSTA; ARAUJO; BARROS, 2008). 23 Cabe ressaltar que, durante a construção de um hospital, muitas vezes, não são previstas as necessidades de estrutura física/ambiental dos usuários e trabalhadores. Com isso, os problemas somente são evidenciados após sua finalização e durante a execução da rotina diária dos serviços (SILVA; MATSUDA; WAIDMAN, 2012, p.323). O enfermeiro exerce papel de líder e gerente das unidades hospitalares, incluindo as de urgência, no qual ele deve ser capaz de vincular as atividades desenvolvidas pelos profissionais com a estrutura física, para o planejamento de um ambiente seguro e confortável aos que frequentam o local (KURCGANT, 2005). O serviço de urgência e emergência deve contar com uma estrutura que obedece aos critérios mínimos apresentados pela RDC n°50, de 21 de fevereiro de 2002, que estabelece: Uma área externa para desembarque de ambulâncias, uma sala de triagem médica e/ou de enfermagem, consultório médico, sala de serviço social, sala de higienização, sala de suturas / curativos, sala de hidratação por leito para o paciente que precisar permanecer em soroterapia, sala de inalação, sala de aplicação de medicamentos, sala de gesso e redução de fraturas, sala para exame indiferenciado, sala para exame diferenciado (oftalmologia, otorrino, entre outros) a depender do equipamento utilizado, sala de observação para pacientes que deverão permanecer no setor ou aguardar o resultado de exames, posto de enfermagem e serviços para realização de relatórios ou prescrições de enfermagem, sanitários para os pacientes, área para guardar macas e cadeiras de rodas e área de recepção de pacientes. FLUXOGRAMA DO ATENDIMENTO EM SAÚDE O setor de urgência e emergência tem sido a porta de entrada para vários tipos de atendimento ocorrendo um enorme fluxo de usuários de forma desordenada, ocasionando uma sobrecarga neste setor, dessa forma torna-se necessária uma reorganização no processo de assistência à saúde (ALVES, 2011). O Sistema Único de Saúde preconiza que as ações de saúde sejam descentralizadas, hierarquizadas e regionalizadas, sendo que a rede de atenção à saúde deve ser constituída de forma 24 a agregar serviços de complexidade crescente, de acordo com os níveis de atenção a saúde (SANTOS, 2003). A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e a manutenção da saúde (BRASIL, 2006, p.10). Esse nível de atenção é desenvolvido por meio de exercíciode práticas gerenciais, sanitárias democráticas e participativas direcionadas a população, proporcionando assistência de qualidade, de forma a fortalecer a resolutividade para os problemas de saúde em seu território, devendo ser este o contato primário e preferencial dos usuários com o sistema de saúde (BRASIL, 2006). O atendimento às urgências e emergências deve ser realizado em todos os pontos de atenção à saúde, com ações que atenda à demanda espontânea do local, devendo ressaltar a diferença entre um atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e uma unidade de urgência, pois na atenção básica a equipe na maioria das vezes tem conhecimento prévio da saúde da população, sendo está registrada em prontuários (BRASIL, 2012). Assim é importante refletir sobre o acesso da população aos serviços de atenção básica e os possíveis fatores que possam favorecer ou dificultar a entrada do usuário no sistema de saúde, tais como: número de usuários por equipe, desorganização, infraestrutura inadequada, localização do estabelecimento, falta de acolhimento, falta de funcionários e horários para o atendimento, entre outros (BRASIL, 2012). É fundamental que este serviço proporcione atendimento aos usuários, sendo ele de sua área de abrangência ou não, se responsabilizando pela realização de pequenos procedimentos clínicos, acolhendo usuários em situações agudas ou crônicas (ferimentos, unhas encravadas, hipertensão arterial, diabetes), avaliando sempre a necessidade ou não do encaminhamento a outro serviço de saúde (BRASIL 2011). A rede de assistência à saúde pode ser evidenciada através de uma estrutura piramidal, onde há a representação dos componentes do SUS. Essa estrutura tem a 25 finalidade de solucionar os problemas da população conforme sua dependência e gravidade, por meio de regulação médica, que é um sistema de acolhimento e triagem. Enfatiza-se assim uma situação onde o usuário necessita de cuidados podendo esse, sair de sua residência, via pública ou UBS encaminhado por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ou ambulância para uma instituição hospitalar (SANTOS et al, 2003) Deste modo faz-se necessário um atendimento de forma resolutiva com ações de promoção a saúde, prevenção de doenças e agravos, possibilidade de diagnostico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, com o objetivo principal de reordenar a atenção à saúde em situações de urgência e emergência de forma que seja coordenada pela atenção básica (BRASIL, 2013). O SISTEMA DE REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA EM SAÚDE O Sistema de saúde é composto por diferentes níveis de atenção desde as Unidades Básicas de Saúde até os hospitais de alta complexidade, tendo em vista que cada nível deve acolher e ser responsável pela parcela de demanda que cabe a ele, sendo necessário se relacionarem de forma complementar por meio de mecanismos organizados pelo sistema de referência e contra referência quando a unidade não tiver recursos necessários para o atendimento (BRASIL, 2002). De acordo com a Rede Humaniza SUS do Ministério da Saúde: O sistema de referência e contra referência é um modo de organização dos serviços configurados em redes sustentadas por critérios, fluxos e mecanismo de pactuação de funcionamento, para assegurar a atenção integral aos usuários. Na compreensão de rede, deve-se reafirmar a perspectiva de seu desenho lógico, que prevê a hierarquização dos níveis de complexidade, viabilizando encaminhamentos resolutivos, porém reforçando sua concepção central de fomentar e assegurar vínculos em diferentes dimensões: intra-equipe de saúde, inter-equipes/serviços, 26 entre trabalhadores e gestores, e entre usuários e serviços/equipes (BRASIL, 2014, p. 1). É dever do estado oferecer serviços de saúde de forma a atender as necessidades dos usuários. O sistema de referência e contra referência desempenha um importante papel na organização do sistema de saúde, que tem por princípio a integralidade no cuidado, garantindo a seus usuários um atendimento que englobe todas suas necessidades nos mais diversos níveis de complexidade (DIAS, 2012). Ainda segundo o autor, este sistema deve existir para que ocorra um atendimento que supra as necessidades do usuário, por meio de ações de promoção, prevenção, proteção e recuperação de acordo com o nível de complexidade do sistema, contudo que haja uma continuidade do cuidado. 27 REFERÊNCIAS ALVES, A.C. Prática assistencial de enfermagem ao acolhimento no pronto atendimento 24hs fundamentada em Wanda de Aguiar Horta, 2011. TCC (Especialista em assistência de enfermagem em urgência e emergência) – Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, Criciúma/SC. ANDRADE LM, CAETANO JF, SOARES E. Percepção das enfermeiras sobre a unidade de emergência. Rev RENE 2000; 1(1): 91-7. ASSIS, M.M.A. Acesso aos serviços de saúde: abordagens, conceitos, políticas e modelo de análise. Rev. Ciências e saúde coletiva. Feira de Santana/BA, v.17, n.11, p. 2875-85, 2012. BATISTA KM, BIANCHI ERF. Estresse do enfermeiro em unidade de emergência. Rev Latino-am Enfermagem 2006; 14(4): 534-9. BRANDÃO, A. 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