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APOSTILA SOBRE O ESTUDO SOCIAL

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Fernanda Brito 
Assistente Social & Pedagoga 
Instagram: @as.fernandabp07 
Email: nanda_fbp@hotmail.com 
 Whatsapp: (75)99111-6177 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA SOBRE O ESTUDO SOCIAL EM 
PERÍCIAS, LAUDOS E PARECERES TÉCNICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernanda Brito 
Assistente Social & Pedagoga 
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INTRODUÇÃO 
 
Estudo Social - como podemos concebê-lo? Por que, para quê e como construí-
lo? Em que campos e situações podem ser explicados, desenvolvido ou 
problematizado? Que implicações ética-política se fazem presentes na sua 
construção? O que a perícia social, laudo social e o parecer social têm a ver com este 
estudo? Em que consiste, afinal, este meio de trabalho, enquanto especificidade do 
Serviço Social? 
O Estudo Social é proposição essencial da ação, intervenção e do parecer 
profissional do Assistente Social, fazendo parte de seu cotidiano profissional. 
É no fazer do Estudo Social que se enfrentam desafios e provocações. 
Para realizá-lo utilizam-se instrumentais técnico- metodológicos, dentre os 
quais foram selecionados os mais freqüentes: a Entrevista, a Visita Domiciliar e a 
Observação. 
Consideramos que o Assistente Social está investido de um saber/poder que 
pode ser convertido em verdade e servir como prova nos autos e que, de uma maneira 
ou de outra, exerce o poder simbólico e a ele está submetido. 
A competência do Assistente Social não é a de defender uma parte ou outra, 
mas subsidiar a decisão do magistrado para a aplicação do direito, apresentando o 
melhor para aquela situação. Além do que, por ser uma profissão de caráter 
interventivo, procura limitar conflitos e incertezas resultantes de um sistema sócio- 
econômico em profunda crise que se reflete nas relações interpessoais e sociais. 
Entende-se que a escolha dos instrumentais que compõem o Estudo Social é 
de exclusiva competência do profissional, assim como constitui desafio o uso 
adequado desses instrumentos conforme as características específicas da ação. 
É imprescindível nortear-se pelo Código de Ética, pelas leis de 
Regulamentação da Profissão e textos especializados que compõem seu referencial 
teórico e prático. 
 
 
 
Fernanda Brito 
Assistente Social & Pedagoga 
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A PERÍCIA SOCIAL 
 
A perícia, no âmbito do judiciário, diz respeito a uma avaliação, exame ou 
vistoria, solicitada ou determinada sempre que a situação exigir um parecer técnico 
ou científico de uma determinada área do conhecimento, que contribua para o juiz 
formar a sua convicção para a tomada de decisão. 
A perícia, quando solicitada a um profissional de Serviço Social, é chamada de 
perícia social, recebendo esta denominação por se tratar de estudo e parecer cuja 
finalidade é subsidiar uma decisão, via de regra, judicial. Ela é realizada por meio do 
estudo social e implica na elaboração de um laudo e emissão de um parecer. Para 
sua construção, o profissional faz uso dos instrumentos e técnicas pertinentes ao 
exercício profissional, sendo facultado a ele a realização de entrevistas, contatos, 
visitas, pesquisa documental e bibliográfica que considerar necessárias para a análise 
e a interpretação da situação em questão e a elaboração de parecer. 
Assim, a perícia é o estudo social, realizado com base nos fundamentos 
teórico-metodológicos, ético-políticos e técnico-operativos, próprios do Serviço Social 
e com finalidades relacionadas a avaliações e julgamentos. No sistema judiciário, a 
perícia pode ser realizada por Assistente Social funcionário da instituição judiciária, 
por Assistente Social nomeado como perito, pelo juiz responsável pela ação judicial – 
comumente inscritos em listagem local e remunerados por perícia realizada e laudo 
apresentado, bem como por assistente técnico, que é um profissional de confiança, 
indicado e remunerado por uma das partes envolvidas na ação judicial (em especial 
nas Varas da Família e das Sucessões) para emitir parecer, após a apresentação do 
laudo por um perito nomeado pelo Juiz. 
Dependendo da solicitação e/ou determinação, o perito poderá responder a 
quesitos, geralmente formulados pelas partes envolvidas na ação ou pelos 
advogados/defensores que as representam, devendo faze-lo sempre em consonância 
com as prerrogativas, princípios e especificidades da profissão. 
 
 
 
Fernanda Brito 
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ESTUDO SOCIAL 
 
O estudo social é um processo metodológico específico do Serviço Social, que 
tem por finalidade conhecer com profundidade e de forma crítica, uma determinada 
situação ou expressão da questão social, objeto da intervenção profissional – 
especialmente e especificamente nos seus aspectos sócio- econômicos e culturais. 
Tem sido utilizado nas mais diversas áreas da intervenção do Serviço Social, 
sendo instrumento fundamental no trabalho do Assistente Social que atua no sistema 
judiciário – seja enquanto funcionário, seja como perito ou como assistente técnico – 
em especial junto à Justiça da Infância e da Juventude, Justiça de família, justiça 
criminal e ações judiciárias relacionadas à seguridade e previdência social. 
Vale reafirmar, contudo, que de sua fundamentação rigorosa, teórica, ética e 
técnica, com base no projeto da profissão, depende a sua devida utilização para a 
garantia e ampliação de direitos dos sujeitos usuários dos serviços sociais e do 
sistema de justiça. 
O Assistente Social vem utilizando o estudo social, nas mais diversas áreas e 
modalidades, orientando o seu trabalho, tanto na fase de planejamento de certas 
intervenções, assim como para demonstrar a situação sobre uma realidade 
investigada ou trabalhada. 
Na prática processual, porém, observa-se que juizes, Assistentes Sociais, 
advogados e promotores de justiça, com raras exceções, usam o mesmo termo, 
estudo social para qualquer atividade do profissional de serviço social requerido ou 
determinado nos processos judiciais. 
O Assistente Social judiciário vem estudando para qualificar cada vez mais a 
sua prática, buscando compreender melhor a sua atuação quando é chamado a 
participar nos mais diferentes processos. Não compreender tal necessidade, é o 
mesmo que conceber que o juiz possa aplicar o mesmo rito ou o mesmo procedimento 
em todo tipo de processo que venha a instruir e decidir. 
 
 
 
 
Fernanda Brito 
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ASPECTOS CONSIDERADOS NA ELABORAÇÃO DO ESTUDO SOCIAL 
 
O conteúdo do estudo social deve prever a singularidade da pessoa, 
envolvendo um conjunto de informações obtidas por meio de entrevistas, visitas 
domiciliares e institucionais, de contatos com recursos sociais. Com esse instrumental 
é possível traçar o conhecimento do real do sujeito e seu percurso de vida, inserido 
numa dinâmica social, econômica e cultural. Inclui-se também, ao conteúdo do estudo 
social, a análise interpretativa das informações obtidas, a intervenção proposta na 
situação e o parecer. 
 
ELEMENTOS DE SUSTENTAÇÃO DO ESTUDO SOCIAL REQUEREM OS 
SEGUINTES PROCEDIMENTOS 
 
Competência técnica – refere-se à habilidade do profissional na utilização dos 
instrumentos de trabalho, dentre eles: entrevista, observação, visita domiciliar e 
documentação. 
 
ENTREVISTA 
 
É um instrumento que requer certa habilidade, visto que, no seu 
desenvolvimento, interpõe relações interpessoais e profissionais, em que a qualidade 
da atenção e o respeito aos valores são aspectos importantes a serem considerados. 
Também é citada como um instrumento de coleta de dados no fazer do “Estudo 
Social”.Traduz-se como método de investigação e coleta de informações através de 
observação do comportamento. 
 
ANDAMENTO E CONDUÇÃO DA ENTREVISTA 
 
É necessário tornar claro o objetivo da entrevista e da apresentação pessoal e 
profissional, na fase inicial da entrevista, como forma de facilitar o vínculo e a 
 
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confiança. 
 
ALGUNS ASPECTOS DE QUALIFICAÇÃO A SEREM VALORIZADOS NO 
PROCESSO DE FORMAÇÃO PERMANENTE E DE ATUALIZAÇÃO 
PROFISSIONAL. 
 
Saber ouvir e interpretar; 
Postura isenta de juízos e valores; 
Manter-se numa postura profissional acolhedora e acessível ao entendimento, 
esclarecimento e à intervenção na situação; 
O autoconhecimento como facilitador na conduta ético-profissional nas 
possíveis situações difíceis que o caso possa suscitar; 
Atualização e estudo permanentes dos temas do Serviço Social; 
Tratar a pessoa como ela é; 
O profissional deve compreender o sujeito social, sua realidade, contradições 
e relações que consegue estabelecer. 
O diálogo é elemento fundamental, exigindo dos profissionais qualificações 
para desenvolvê-los, com base em princípios éticos, filosóficos, teóricos e 
metodológicos, na direção da garantia de direitos; 
A linguagem deve ser acessível aos entrevistados, permitindo uma 
comunicação clara e eficiente, desprovida de jargões ou vícios de linguagem. 
Mediar, interpretar, entender, esclarecer, orientar, acompanhar, selecionar e 
dar parecer são algumas das funções do profissional de Serviço Social. Os sentidos 
e os sentimentos estão constantemente sendo colocados à prova. 
 
VISITA DOMICILIAR 
 
Tem por objetivo conhecer as condições em que vivem e aprender aspectos do 
cotidiano das suas relações. 
Dar visibilidade às situações, considerando-se o caso na particularidade de seu 
contexto sócio-cultural e tomando o cuidado para não adotar uma postura hostil e/ou 
 
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fiscalizadora. 
Percebe-se aspectos do cotidiano da dinâmica familiar que acontecem no seu 
ambiente de convívio, bem como perceber as alternativas encontradas por aquela 
família para suprir suas necessidades e enfrentar suas dificuldades. 
Podem ser obtidas valiosas informações sobre as condições em que a criança 
vive e o espaço ocupado por ela na casa. 
Deve ser utilizada na fase inicial da entrevista de maneira criteriosa, com 
objetivos e finalidades específicas e previamente definidas, evitando-se dessa forma 
o seu uso arbitrário e inadequado. 
A Visita Domiciliar é um instrumento básico, opcional e, na maioria das vezes, 
complementar da ação e intervenção do Assistente Social. Exige a atenção e preparo 
do profissional, considerados os detalhes de seu manejo: o planejamento; o situar-se 
contextualmente e ter claro os seus objetivos e finalidade; preparar-se para a 
condução da Visita Domiciliar, considerando as relações interpessoais e familiares 
que lá acontecem, e preparar-se para realizar as aproximações metodológicas, 
teóricas, históricas, sociais, culturais e éticas que o caso propõe. 
 
EX: Relatório de Visita Domiciliar 
 
RELATÓRIO SOCIAL 
 
Para o Bolsa Família 
 
Realizamos Visita Domiciliar na Residência da Sra. xxx da Silva Santos dia 30 
de maio de 2012, desempregada, nascida em 28/09/1984, residente na 2º 
Travessa da Rua Santa xx, nº 10, xxx-Ba. 
Verificamos que nesta residência mora na companhia de seu companheiro xx 
Felizardo Melo de 28 anos, que realiza serviços autônomos, seus filhos xx 
Santos Melo de 07 meses, xx Santos da Silva de 7 anos, xx da Silva São Pedro 
de 4 anos, xx Silva Santos de 07 anos, 
Em conversa realizada com Sra. xx no CRAS, ela relatou que não reside mais 
 
Fernanda Brito 
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na mesma residência de sua mãe, morando em outro espaço com seu 
companheiro e todos seus filhos, solicitando o desvinculo de cadastro. Na visita 
foi confirmado os dados fornecidos pela demandatária. 
Diante do observado na visita solicito o vínculo da Sra. xx e seus filhos ao 
cadastro de seu companheiro, como ela já reside em outra residência e sua 
mãe não repassa o benefício destinado aos seus filhos. 
 
Cidade –Estado , xx de maio de 2014. 
 
Maria Xuxu 
Assistente Social 
CRESS XX- 5ª REGIÃO 
 
OBSERVAÇÃO 
 
Parcial ou coletiva, na qual se atenta para as expressões verbal e gestual, a 
maneira de interagir com as pessoas e com o meio; 
Utilizada em todo o processo de realização do Estudo Social; 
Uma forma de apreensão dos sentimentos e hostilidades, simpatias ou 
aversões entre as partes, diante de fatos narrados, lançando compreensão à história 
e aos conflitos. 
 
DOCUMENTAÇÃO 
 
Documentação – permite o registro da ação profissional nos diferentes 
momentos do trabalho, constituindo-se de informações e análise de documentos. 
 
COMPETÊNCIA TEÓRICO-METODOLÓGICA E AUTONOMIA 
 
Competência teórico-metodológica – refere-se à base de conhecimentos para 
desenvolver o estudo social e para a efetivação da análise. Constituem-se das 
 
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construções teóricas do Serviço Social, das diretrizes, das leis e das normatizações 
relativas à políticas e programas sociais. 
Autonomia – expressa a opinião profissional, que envolve a liberdade de 
decisão quanto à escolha dos instrumentos operativos e a documentação a ser 
realizada, levando-se em consideração, os princípios e as normas contidos no código 
de ética que rege o exercício da profissão. 
 
COMPROMISSO ÉTICO-PROFISSIONAL 
 
Compromisso ético-profissional – é preciso respeitar as individualidades dos 
sujeitos, com base nos valores ético-profissionais, levando- se em conta os 
parâmetros culturais e universais. 
 
AFINAL, ESTUDO SOCIAL OU PERÍCIA SOCIAL? 
 
O juiz necessita de que os fatos articulados pelas partes, sejam demonstrados 
por elas através de provas documentais, testemunhais ou periciais. Estas últimas, 
embora podendo ser requeridas pelas partes ou então pelo promotor de justiça, 
geralmente são produzidas por perito de confiança do juízo, que deverá efetuar um 
trabalho com absoluta imparcialidade, atendendo tão somente aos interesses da 
causa e a serviço da justiça. Quanto maior ou mais complexo o conflito, mais diligente 
e importante se faz a produção da prova pericial. 
Nos processos de rito ordinário previsto no Código de Processo Civil (campo 
largo para produção de provas por se tratar de questões conflitantes/litigiosas) e 
naqueles em que é previsto o procedimento contraditório em Leis Especiais, o 
entendimento generalizado vem sendo de que o trabalho do assistente social deva 
ser feito através de perícia social. Por exemplo: separação judicial, divórcio, 
modificação de guarda, processo de interdição, mudança de curador, regulamentação 
de visitas, destituição de pátrio poder (extinção do poder familiar, nos termos do NCC), 
reintegração de posse, alimentos entre parentes e outros de não menos importância. 
Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz 
 
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será assistido por perito, segundo o disposto no art. 421. 
Em regra, são processos em que o juiz necessita respaldar-se em provas 
convincentes, a fim de proferir sua decisão de maneira mais acertada; por vezes, com 
o objetivo de certificar- se sobre as provas já produzidas pelas partes; em outras 
circunstâncias, para verificar in loco questões deque deva saber. Quando não, como 
é o caso da maioria das vezes, para que o especialista em serviço social verifique, 
observe e emita sugestão técnica para melhor solução da situação sócio-jurídica 
apresentada. 
Quando se trata de questões em que o juiz necessita de um parecer 
profissional, em que não está em evidência o contraditório, em que não há conflitos e 
sim interesse somente da parte autora, não faz sentido realizar perícia social. Pode 
ser o caso de um estudo social em pedido de liberação de valores em nome de 
crianças ou adolescentes por meio de alvará judicial. Pode ser o caso também em que 
o magistrado necessite de informações sobre a convivência que está tendo uma 
criança com seus avós, em cujo processo foi-lhe deferido o direito de visitas. Aliás, 
considera-se que o estudo social é totalmente adequado para demonstrar toda 
situação que demande acompanhamento e cujas informações sejam importantes em 
qualquer tipo de processo. 
A rigor, considera-se que todo o trabalho de estudo social, realizado em 
processos judiciais, funciona como documento a ser apreciado pelas partes, pelo 
promotor de justiça e, principalmente, pela autoridade judiciária. 
Nestes casos o técnico se manifesta através do documento chamado estudo 
social e, ao final, emite parecer ou então sugestão. Como vem acontecendo desde 
1972, principalmente em processos litigiosos, o trabalho funciona como meio de 
prova, com importância equivalente a qualquer outra contida nos autos . 
 
RELATÓRIO SOCIAL 
 
O relatório social é a apresentação descritiva e interpretativa de uma situação 
ou expressão da questão social enquanto objeto de intervenção profissional. 
No sistema judiciário seu uso é muito comum no trabalho em Varas da Infância 
 
Fernanda Brito 
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e Juventude e sua finalidade é de informar, esclarecer, subsidiar, documentar um auto 
processual relacionado à medida protetiva ou sócio-educativa prevista no ECA, ou 
enquanto parte de registros a serem utilizados para a elaboração de um laudo ou 
parecer. O relatório é a descrição ou o relato do que foi possível conhecer por meio 
do estudo. 
Em geral, esse documento deve apresentar o objeto de estudo, os sujeitos 
envolvidos e finalidade a que se destinam os procedimentos utilizados, um breve 
histórico, desenvolvimento e análise da situação. 
O conteúdo de um relatório deve extrapolar o burocrático e conter subsídios 
para uma primeira tomada de conhecimento. Diante disso, não basta informar ou 
encaminhar, mas explicitar ainda que de modo breve, as razões pelas quais foram 
avaliados como viáveis, profissionalmente, a informação ou encaminhamento. Do 
contrário, não será relatório, mas apenas informe. 
 
ALGUNS PROCEDIMENTOS QUE PODEM FACILITAR A ELABORAÇÃO DO 
RELATÓRIO: 
 
Por ocasião da coleta de dados, seja nas visitas, entrevistas ou na análise de 
documentos, anotar as principais informações; 
Sempre que possível, relatar com registros mais elaborados, à luz de 
consistente referencial teórico; 
Deve ser fundamentado num referencial teórico, honesto e, se possível, 
comprovável. Evitar afirmativas que não possam ser provadas ou que não se 
fundamentem em conhecimentos teóricos da profissão. Jamais fazer colocações de 
julgamento e preconceito (por exemplo: “ela não gosta do filho; o pai é irresponsável”). 
Quando se tratar de afirmações do próprio usuário, explicitar: “A senhora fulana afirma 
que não gosta do próprio filho e que seu marido é irresponsável, porque...” ou “a 
criança expressa verbalmente que gosta mais de fulano, justificando que...”; 
Um bom estudo social pressupõe capacidade de observação e perspicácia para 
captar e ações, além de implicar sensibilidade e racionalidade; 
É importante utilizar uma linguagem clara e direta, demonstrar capacidade de 
 
Fernanda Brito 
Assistente Social & Pedagoga 
Instagram: @as.fernandabp07 
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 Whatsapp: (75)99111-6177 
 
 
resumo e imparcialidade, manter o texto fluente e adstrito à questão tratada no 
processo. 
 
TIPOS DE RELATÓRIO 
 
Relatório Informativo – Tem como objetivo de informar dados ou fatos 
importantes. Pode ser utilizado no decorrer de um processo de acompanhamentos, 
atividades de triagem e nas atividades de plantão. 
Relatório Circunstanciado – É o relatório informativo feito em situação de 
emergência; contém parecer após breve relato, é apresentado imediatamente ao Juiz; 
Relatório de Visita Domiciliar – Resulta das visitas dos profissionais à casa das 
pessoas, bem como à escolas, creches, abrigos, enfim aos locais onde os usuários 
interagem. O relatório de visita pode conter apenas informações e descrições do 
domicílio ou também aspectos analíticos. A descrição deve ser objetiva e apresentar 
dados significativos para a formação do juízo da situação; 
Relatório de Acompanhamento – Pode trazer informações, mas envolve a 
intervenção profissional direta e o contato mais regular e assíduo com o usuário. 
Sua principal característica é a de ser instrumento de comunicação voltado ao 
próprio profissional que realiza os atendimentos. Em alguns espaços institucionais 
esse relatório nem é elaborado, pois os registros do acompanhamento são feitos em 
fichários/prontuários. Todavia, o profissional que atua no cotidiano forense precisa 
registrar seu acompanhamento sob forma de relatório. Ao avaliar que a intervenção 
deve ser encerrada, ele a comunica ao Juiz, por meio de um relatório final. 
Relatório de Inspeção – Constitui a exposição e a descrição do que foi 
observado no decorrer da visita. Deve incluir um parecer profissional sobre a questão 
avaliada, como, por exemplo, as providências a serem tomadas, as possibilidades de 
ação para dirimir possíveis falhas e a consonância ou não do trabalho desenvolvido 
com os objetivos que se pretendem alcançar. 
 
LAUDO SOCIAL 
 
 
Fernanda Brito 
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É um documento escrito que contém parecer ou opinião conclusiva do que foi 
estudado e observado sobre determinado assunto. 
É resultante do processo de perícia social (avaliação, exame técnico ou 
científico da área do Serviço Social). É, portanto, o registro escrito e fundamentado 
dos estudos e conclusões da perícia (ou seja, que envolve uma avaliação detalhada 
do que foi estudado) no qual o perito emite seu parecer e eventualmente responde a 
quesitos que lhe foram propostos pelo juiz e/ ou pelas partes interessadas. 
É utilizado no meio judiciário como mais um elemento de “prova”, com a 
finalidade de dar suporte à decisão judicial, ou seja, contribui para a formação de um 
juízo por parte do magistrado. Dá-lhe elementos para o exercício da faculdade de 
julgar: avaliar, escolher, decidir, a partir da área de conhecimento do Serviço Social. 
Deste modo, oferece elementos de base social para a formação de um juízo e 
tomada de decisão: análise dos aspectos socioculturais e econômicos, relacionando-
os ao segmento de classe e às medições sociais que as permeiam. 
Envolve direitos fundamentais e sociais e também a opinião do técnico sobre 
um caso ou assunto. Ou seja, registra um saber especializado do Serviço Social, 
portanto um saber que demanda estudo, experiência, pesquisa, enfim, que exige 
conhecimento fundamentado, científico, o que foge a qualquer interpretação com base 
no senso comum. 
Por parte dos Assistentes Sociais forenses, percebe-se certa resistência à idéia 
de elaboração de “laudos”, o que acaba dando maior destaque à nomenclatura 
“relatório”. Porém, se houver um estudo e se, a partir de sua ótica de competência 
(Serviço Social), o assistente social procedeu a análises e à conseqüente avaliação, 
ele elaborou um laudo, e não apenas um relatório. 
 
DIFERENÇAENTRE RELATÓRIO E LAUDO 
 
O relatório social traduz-se na apresentação descritiva e interpretativa de uma 
situação ou expressão da questão social enquanto objeto da intervenção do assistente 
social. No meio judiciário, seu uso se dá com a finalidade de informar, esclarecer, 
subsidiar, documentar um auto processual, ou enquanto parte de registros a serem 
 
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utilizados para a elaboração de um laudo ou parecer. 
O laudo social, utilizado no sistema judiciário como mais um elemento de 
“prova”, exige uma análise mais aprofundada, em que a descrição serve de apoio às 
inferências do profissional sobre a problemática que está avaliando. É necessário ir 
além do escrito. Suas considerações extrapolam o descritivo e situam- se na análise 
feita. Ou seja: no laudo social não basta descrever situações, mas analisá-las à luz de 
conhecimentos específicos do Serviço Social. 
 
 
 
ESTRUTURA DO LAUDO SOCIAL 
 
A linguagem utilizada deve ser técnica. Sua estrutura 
geralmente se constitui por : 
introdução que indica a demanda judicial e os objetivos; 
uma identificação breve dos sujeitos envolvidos; 
a metodologia para construí-lo (deixando claro, a especificidade da profissão e 
os objetivos do estudo); 
um relato analítico da construção histórica, que deve sintetizar a situação, 
contendo uma breve análise crítica e conclusões ou indicativos de alternativas, do 
ponto de vista do Serviço Social. 
Ou seja, o profissional deixa expresso seu posicionamento na questão em 
estudo. 
 
PARECER SOCIAL 
 
No âmbito judiciário, o parecer emite a opinião do técnico responsável. Precisa 
estar fundamentada nos estudos dos aspectos de um caso jurídico, em assunto de 
sua responsabilidade. 
O Parecer emitido pelo assistente social, pode ser emitido enquanto parte final 
ou conclusão de um laudo, bem como resposta à determinação da autoridade 
 
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judiciária a respeito de alguma questão constante em processo. Ou seja, diz respeito 
as análises e esclarecimentos, tendo como base os conhecimentos específicos do 
Serviço Social, a questões relacionadas a decisões judiciais. 
 
COMPARAÇÕES 
 
ESTUDO SOCIAL: instrumento do trabalho do Assistente Social que atua no 
sistema judiciário. Tem por finalidade conhecer com profundidade e de forma crítica 
uma determinada situação ou expressão da questão social, objeto da intervenção 
profissional. 
PERÍCIA SOCIAL: realizada através de conhecimento e operacionalização 
adequados às normas legais pertinentes, se valendo do estudo social para responder 
aos quesitos porventura formulados e à questão específica discutida no processo. 
RELATÓRIO SOCIAL: apresentação descritiva e interpretativa de uma 
determinada situação, com a finalidade de informar, esclarecer, subsidiar e 
documentar um ato processual, devendo apresentar o objeto de estudo, os sujeitos 
envolvidos, a finalidade a qual de destina, os procedimentos utilizados, um breve 
histórico, o desenvolvimento e a análise da situação, cuja ação profissional deve ser 
guiada por princípios éticos. 
LAUDO SOCIAL: tem por finalidade dar suporte à decisão judicial, oferecer 
elementos que possibilitem ao Juiz o exercício da faculdade de julgar, avaliar e 
escolher. Ele apresenta o registro das informações mais significativas do estudo e da 
análise realizados e o parecer social. Deve ser constituída por uma introdução, que 
indica a demanda judicial e os objetivos, uma identificação prévia dos sujeitos 
envolvidos, a analisar e concluir a situação, oferecendo indicativos de alternativas. 
 
CONCLUSÃO 
 
As relações interpessoais e interprofissionais que acontecem no decorrer do 
“Estudo Social” nos dão possibilidades de interação profissional, que se entrecruzam 
com os demais instrumentais e contribuem para a apreensão e desenvolvimento de 
 
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recursos no enfrentamento das questões sociais. Esse é o desafio! 
Enfrenta-los – o desafio e as provocações que se colocam no cotidiano 
profissional ao fazer o Estudo Social – exige o aprimoramento e a qualificação pessoal 
e profissional de forma contínua e permanente, permitindo uma conduta a caminho da 
práxis em sintonia com os parâmetros éticos da profissão. 
Considerando-se as demandas judiciais e a importância dos atendimentos 
realizados, bem como a repercussão e o significado social da intervenção junto aos 
usuários, o profissional deverá emitir sua opinião, em forma de parecer, conclusão, 
sugestão, ou termo equivalente, em fundamento teórico metodólogico e éticos 
inerentes ao Serviço Social. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
AMARO, Sarita. Visita Domiciliar: Guia para uma abordagem complexa. 
Porto Alegre: AGE, 2003. 
 
LEWGOY, Alzira Maria Baptista, SILVEIRA, Esalba Carvalho. A entrevista no 
processo de trabalho do Assistente Social. Revista Virtual Textos & 
Contextos. N.º 8. Ano VI. Dezembro, 2007. 
 
MARTINELLI, Maria Lúcia, KOUMROUYAN, Elza. Um novo olhar para a 
questão dos instrumentais técnico-operativos em Serviço Social. Revista 
Serviço Social& Sociedade. N.º 54. São Paulo: Cortez, 1994. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APÊNDICES COM CASOS FICTÍCIOS 
 
CASO 01 
Feira de Santana, 24 de abril de 2019. 
 
Ofício: 155/2019 
Do: Núcleo 
 
Para: Escritório Regional do Ministério Público, xxº Promotoria de Justiça 
Endereço: xxxxxxxxxxx 
Ilma. Sra. Dra. xxxxxxxxxxx 
C/C 
Para: xxª CIPM 
Att : Maj. PM xxxx 
C/C 
Para: xx° Companhia Independente da Policia Militar (CIPM) 
Cmt: Maj. PM xxxx 
 
 
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Prezado(a), 
 
Cumprimentando-o(a) cordialmente, venho, através deste ofício, informar que 
o Núcleo recebeu denúncia do CRAS xxxxxxxxxxx de suspeita violência, 
necessitando, portanto, de vossa colaboração. 
 Portanto, solicitamos acompanhamento da Sr. xxxxxxxxxxxxxxx, 60 anos, 
nascido em 23/02/1959, casado, evangélico, frequenta Assembleia de Deus. 
Residente e domiciliado xxxxxxxxxxxxxxxx, localizado na região da CIPM xx. 
No dia 17/04/2019 o NÚCLEO realizou visita domiciliar, de forma que 
encontramos o idoso sozinho com o semblante triste, deambulando com dificuldade, 
com cicatriz no joelho, sem documentação, residência inacabada devido à tentativa 
de reforma não concluída, camas sem colchão, como também colchão no chão. Por 
fim, péssimas condições de moradia. Relatou que residia com dois filhos, porém o 
mais velho (XXXXX) reside com a mãe e o caçula (XXXX) é falecido. Informou que 
era casado, porém reside sozinho, a propriedade na qual reside é própria, porém é 
herança da ex-esposa. Vale ressaltar que o referido é aposentado como Sargento 
pela Polícia Militar XXª CIPM e possui plano de saúde. 
Em um segundo momento da visita encontramos a ex-mulher XXXXX, 
desempregada, trabalhava como técnica de enfermagem. A supracitada apresentou 
documentos do idoso e informou que é a responsável pela aposentadoria. Vale 
salientar que o Sr. XXXX é etilista, porém estaria a seis meses sem beber pelo simples 
fato da ex- mulher não fornecer dinheiro ao idoso. Declarou que mora próxima a 
residência do idoso na casa nº XX e que se separou devido às escolhas do mesmo. 
Atualmente convive com outra pessoa, mas mesmo assim cuida dos afazeres 
domésticos diários do ex-marido, fornece as refeiçõesnos horários e faz limpeza da 
casa. As técnicas do Núcleo puderam notar que houve um choque de informações 
ditas pelo idoso e pela da ex-mulher. 
Composição familiar: três filhos XXXXXXXXX, XX anos residem em XXX, 
XXXXX, XX anos, trabalha no Supermercado e XXXXXXXXXXXX, XX anos, faleceu 
vítima de ferimento arma de fogo (FAF). Afirmou que não tinha envolvimento com 
drogas. Informou que foi um assalto. Relatado que o idoso recebe R$ 1.950,00 reais, 
 
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fez empréstimos. Apresentou atendimento psiquiátrico Dr. XXXX, Clínica XXXX, Turno 
10mg, meio comprimido a noite, Resperidon 1 mg um comprimido pela manhã. 
No dia 23/05/209 o NÚCLEO solicitou a XX CIPM a realização de uma visita 
em conjunto ao idoso, em virtude deste ter prestado serviço por longos anos nesta 
corporação, podendo assim a equipe fornecer um apoio psicológico ao ex sargento. 
Desta forma, no dia 30/05/2019 a visita domiciliar foi realizada, continuando o Sr.XXX 
na mesma situação, sendo informado pela Sra. XXX que possui procuração dando 
plenos poderes sobre o idoso, o filho do casal não se preocupa com o pai. Sendo que 
a mesma possui relacionamento com outra pessoa e o Sr. XXX é acompanhado pela 
psicólogo XXXXX, na clinica Nutriclin. 
Tanto a partir de tudo observado solicitamos que a cuidadora levasse o idoso 
no dia 04/06/2019 ao Centro de Convivência para que o mesmo participasse das 
atividades. 
No espaço da casa foi visto sujeira, mal cheiro, televisão antiga, residência 
necessitando de reformas, porém a responsável deixa claro que o idoso não permite 
reforma, nem diarista. No final da visita encontramos a Sra. XXXXXXXXXXXX, irmã 
do idoso, Tel: XXXX, visto que a mesma não tem bom relacionamento com a Sra. 
XXXXXXXXX, de modo que à equipe solicitou que a mesma comparecesse ao núcleo. 
Assim, no dia 30/05/2019, a Sra. XXXXXXXXXX compareceu ao local 
requisitado, portando RG nº: XXXXXXXXXXXXXX, nascida em XXXXXXXXXX, 
CPF:XXXXXXXXXXX, domiciliada XXXXXXXXXXXXXX. Relatou o filho do idoso, 
XXXXXXXXXX, já o agrediu fisicamente, sendo ajudado por um policial civil que reside 
ao lado do irmão. Tanto que relatou a equipe que o idoso passa fome, pede comida 
na vizinhança, e já viu várias vezes o mesmo pedir dinheiro a Sra. XXXXXXXXXXXX, 
que a mesma nunca se separou legalmente dele, apesar de já conviver com outro 
homem, que existe um carro Siena do idoso e que o atual companheiro da Sra. 
XXXXXXXX que dirige. Informou ainda que aceitaria torna-se responsável legal pelo 
irmão. 
Diante do exposto o idoso está com direitos violados, sendo vítima violência 
psicológica e financeira. 
 
 
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Parecer Psicológico: Observamos idoso deprimido, com discurso confuso, 
matriculado no CAPS AD, não apresentado nº do cartão, necessitando de uma 
avaliação com psiquiátrica e psicológica. Encaminhado no momento da visita para 
Clínica XXXXXXXXXXX, encaminhamento nº 33. No momento da chegada da ex-
mulher se manteve calado. 
 
Parecer jurídico: Conforme se extrai do art. 4º, do Estatuto do idoso: “Nenhum 
idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade 
ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na 
forma da lei”. Desta forma, vislumbra-se a necessidade de acompanhamento 
psicológico com o idoso, fazendo-se necessário que sua atual responsável legal 
apresente todos os relatórios de acompanhamentos médicos e psicológicos que 
informou serem realizados pelo Sr. XXXXXXXXXX. Ademais, que seja averiguado os 
fatos referente à responsável legal e a vigência procuração. 
 
Parecer social: A partir de tudo exposto, sugere-se que o idoso passe por uma 
avaliação psiquiátrica e psicológica. Pois foi visto claramente que o demandatário 
encontra-se bem depressivo, abandonado. De acordo o Estatuto do Idoso no seu art. 
99: Expor a perigo a integridade e a saúde física ou psíquica do idoso, submetendo-o 
a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados 
indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou 
inadequado. Pena: Detenção de 2 (dois) meses a 4 (quatro) anos. Tanto que 
sugerimos que seja passado o termo de responsável legal para a irmã do 
demandatário, como foi visto que o mesmo encontra-se sem nenhum 
acompanhamento psicológico e de cuidados básicos apesar dos relatos da cuidadora. 
Sendo que de acordo a Lei 10.741/03, art. 4º: Nenhum idoso será objeto de qualquer 
tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado 
aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. No entanto fomos 
informadas que a arma do idoso encontra-se na posse de sua cuidadora, de modo 
que solicitamos que seja tirado da posse da mesma. Tanto que na Lei nº 10.826/03 
no seu art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, 
 
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transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter 
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou 
restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Em complemento solicitamos 
que ocorra a separação legal do idoso, pois segundo as informações, apesar da 
separação de corpos, continuam casados legalmente. Sendo que se compreende 
como bigamia. Conforme a Legislação no art. 235 – Contrair alguém, sendo casado, 
novo casamento: Pena – reclusão, de dois a seis anos. Por fim como foi visto e 
observado pela equipe a cuidadora faz uso indevido da aposentadoria do idoso. Como 
vimos no Estatuto do Idoso no art. 104 – Reter cartão magnético de conta bancária 
relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como qualquer outro 
documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida: Pena: 
Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. Solicitamos então que o automóvel do 
idoso retorne para o dono, juntamente com a residência atual que o demandatário 
reside passe para o nome do idoso em forma de ressarcimento. 
 Atenciosamente, 
 
CASO 2 
 
Feira de Santana, 16 outubro 2019. 
 Ofício: 261/2019 
Do: Núcleo 
Para: Divisão de Proteção Social Especial 
Att. Chefe da Divisão de Proteção Social Especial 
 
C/C: 
Para: Escritório Regional do Ministério Público, xxx Promotoria de Justiça 
Rua xxxxxxxxxxxxxxx. Feira de Santana-BA 
Ilma. Sra. Dra. xxxx 
 
Prezado(a)s, 
 
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Cumprimentando-os cordialmente e venho, através deste ofício, informar que 
no dia 11/10/2019 realizamos visita domiciliar a Sra. xxxxxxxxxxxxxx, xx anos, nascida 
em 11/08/1931. Portadora do RG: xxxxxxxxxxxxxx, CPF: xxxxxxx, aposentada e 
pensionista, domiciliada atualmente no Residencial xxxxxxxxxxxxxxxx. Após termos 
sido informadas pelo CMDPI que a Sra. xxxxxxxxxxxx, nascida em xxxxxxxxxxxxx, 
portadora do RG: xxxxxxxxxxxxx, CPF: xxxxxxxxxx, telefone de contato: 
xxxxxxxxxxxxx, filha adotiva e cuidadora da idosa permitiria a visita da equipe a 
residência. 
A equipe ao entrar no condomínio foi recebida pelo coordenador do 
condomínio, e o mesmo informou que não tinha permissão de liberar a nossa entrada, 
pois havia sido constado na ata do condomínio pela Sra. Xxxxxxxxxxxx a proibição, 
mas iria entrar em contato com ela. Após ter feito a ligação, a mesma permitiu nossa 
entrada. 
O apartamentoonde a idosa reside com a Sra. xxxxxxxxxxxxxx, fica localizado 
no 3º andar. Inicialmente conversamos com a Sra. Xxxxxxxxxxxx, pois a idosa estava 
com a cuidadora xxxxxxxxxxx tomando banho. 
A Sra. Xxxxxxxxxxxx relatou que é sobrinha da idosa, porém foi tomada para 
criação desde os dois meses de idade. Deixou claro que considera a idosa como mãe, 
pois ela teve sempre muito amor por ela, nunca deixando a faltar nada. 
Sobre a relação com seus tios, à mesma deixou claro que sempre foi 
conflituosa, pois os seus tios sempre queriam se intrometer e não ajudavam em nada. 
A partir disso trouxe sua mãe para residir com ela, como ela que cuida e não permitiu 
mais a entrada dos seus tios a sua casa. Informou ainda que possui uma procuração 
para ser responsável pela idosa, contudo não mostrou a documentação. 
Já sobre o relacionamento que sua mãe teve com o senhor mais jovem, a 
mesma relatou que não achou nada demais, e foram seus tios que reprimiram muito 
sua mãe. 
Então a equipe solicitou a mesma que permitisse a entrada dos seus tios para 
verem a idosa, nem que fosse sob sua supervisão, pois um dos motivos de estarmos 
realizando a visita seria a aproximação dos filhos com a mãe. A partir disso a Sra. 
 
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Xxxxxxxxxxxx permitiu que os seus tios visitassem a idosa na área de convivência do 
condomínio, mas não permitia a entrada deles em seu apartamento. 
Neste momento a idosa adentrou a sala, e vendo sua filha tensa falou: “eu amo 
ela” (sic). A partir disso nos apresentamos à idosa, ela reconheceu a assistente social, 
pois já tinha tido contato em outro momento, porém a idosa estava com traços de 
esquecimento. 
Sra. xxxxxxxxxxxx, estava bem cuidada, e durante a conversa com a equipe 
relatou que não possui boa relação com os filhos, relatou que eles nunca se 
preocuparam com ela, desde que residia no bairro Feira X, “nunca me deram um 
sabonete” (sic), ‘”nunca vieram aqui” (sic). Sempre que se preocupou com ela foi Sra. 
xxxx. 
Atualmente a mesma não está realizando nenhuma atividade, então a partir 
disso convidamos para que a idosa participasse das atividades do Centro de 
Convivência para Idosos., onde também seria mais uma ocasião de aproximação 
entre os familiares. A idosa ficou feliz quando explicamos sobre as atividades 
ofertadas pelo Centro e a Sra.xxxxxxxxxx informou que levaria a mãe na próxima 
terça-feira (15/10/2019) pela manhã. 
Já sobre o ambiente do apartamento vimos que se encontrava de forma 
organizada, a idosa fica sob acompanhamento da Sra. xxxx de 7:30 às 13:00 horas, 
pois neste período a Sra. xxxx está realizando aulas particulares. Contudo, a Sra. xxxx 
não realizou o acordado, não comparecendo com a idosa no Centro de convivência e 
nem informou o motivo da ausência. 
Após a visita domiciliar entramos em contato com a Sra. xxxxx, filha da idosa e 
solicitamos que a mesma viesse ao Núcleo dia 16/10 às 8:30 para explicarmos sobre 
o combinado feito com a Sra. Xxxxxxxxxxxx. 
 
PARECER SOCIAL: A partir de tudo exposto, informamos ao Ministério Público 
a realização da visita, visto que a idosa se encontra em um ambiente organizado, sob 
acompanhamento o tempo todo, como vimos que a mesma está com traços do inicio 
de Alzheimer, faz uso de fralda descartável e com nenhum traços de maus- tratos. No 
entanto vimos que existe um conflito familiar bem visível entre a Sra. Xxxxxxxxxxxx, 
 
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seus tios e a idosa. Conflito este que conseguimos dar o primeiro passo, no momento 
que a Sra. Xxxxxxxxxxxx permitiu a entrada de seus tios no condomínio, registrando 
em ata do condomínio e se comprometeu em levar a idosa para participar das 
atividades do Centro de Convivência. 
 
PARECER JURÍDICO: Conforme o relato cabe informar que, o artigo 2º da Lei 
10.741 determina que o idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à 
pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata referido Estatuto, 
assegurando, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para 
preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, 
espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. 
Com base em tais dispositivos e mediante uma interpretação constitucional e 
teleológica (finalidade da lei), é possível que, no caso concreto, uma vez verificado 
qualquer desrespeito aos maiores de 60 anos, haja o afastamento dos filhos sem sua 
anuência, desrespeita o idoso psicologicamente, ferindo assim sua dignidade. 
O art. 229 da Carta Magna prevê que a família é a célula da sociedade, 
trazendo em seu bojo o princípio da solidariedade nas relações familiares. Nesse 
contexto, cabe aos pais o dever de amparar os filhos menores, enquanto os filhos 
maiores são incumbidos de prestar auxílio aos pais na velhice, carência ou 
enfermidade. Vale reiterar que a Constituição Federal, em seu art. 230, estabeleceu 
que "a família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, 
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar 
e garantindo-lhes o direito à vida" 
O Estatuto do Idoso, em seu art. 3º, prescreveu que à família compete a 
obrigação de garantir ao idoso a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, 
à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à 
dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. O atentado a esses 
direitos e garantias enseja a responsabilização com fulcro nos arts. 186 e 927 do CC: 
"Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 
comete ato ilícito. 
 
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Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará-lo." 
Ainda, cumpre destacar que no caso em tela a idosa não relatou que não 
desejava ver os filhos, tendo em vista que a mesma não estava ciente da proibição 
dada pela Sra. XXXXXXX na portaria do condomínio, infligindo assim o direito de 
liberdade da Sra. XXXX, estipulado no Estatuto do Idoso, qual seja: art. 10. “É 
obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito 
e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e 
sociais, garantidos na Constituição e nas leis. 
 § 1o O direito à liberdade compreende, entre outros, os seguintes aspectos: 
 II – opinião e expressão”; 
Desta forma, a equipe do núcleo realizou mediação com a Sra. Patricia, ficando 
acordado que a mesma permitiria a entrada dos filhos da idosa na área comum do 
condomínio e acesso a mesma nesta localidade, bem a realização de atividades no 
Centro de Convivência . Contudo a Sra. XXXX não compareceu com a idosa no centro 
na data agendada nem deu informação do que ocorreu. 
Ademais, visto que a mediação não logrou em êxito, sugerindo-se a verificação 
das possíveis infrações dos artigos supracitados, e a procuração estipulando a Sra. 
XXXX como responsável, tendo em vista os traços de esquecimento da idosa, a falta 
de conhecimento dos filhos da idosa referente ao documento, e o conflito familiar 
existente. 
CASO 3 
 
Feira de Santana, 25 de março de 2019. 
 
 
Ofício: xx/2019 
 
Do: NÚCLEO 
Para: Escritório Regional do Ministério Público, XXª Promotoria de Justiça 
Rua XXXXXXXXXXXXXX Feira de Santana-BA 
 
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 Whatsapp: (75)99111-6177Ilma. Sra. Dra. XXX 
Promotora de Justiça 
 
C/C: 
Para: Centro de Referência de Assistência Social- CRAS 
Att. A Coordenadora Sra. XXXXXXXXXXXXX 
(Em resposta ao ofício nº 11/2019) 
 
Prezadas, 
 
Informamos que recebemos no dia 21/02/2019, relatório psicossocial referente 
às ações e serviços prestados pelo CRAS ao Sr. XXXXXXXX, residente na rua 
XXXXXX, 121- XXXX. 
Segundo informações do relatório o idoso possui perfil de pessoa com 
deficiência, em condições de vulnerabilidade psicossocial devido conflitos familiares. 
No dia 13/03/2019 foi realizado visita domiciliar ao idoso que é portador do RG: 
XXXXX, CPF- XX, natural de XXX, viúvo, reside com sua filha a sra. XXXXXXXXX 
RG: XXXXXX, companheiro de sua filha o sr. XXXXXXX que não foi encontrado na 
residência no momento e netos. 
O idoso recebe B.P.C e segundo informações fornecidas pela sra. XXX o idoso 
encontra-se sobre responsabilidade dela, com apoio de seu companheiro Sr. XXX 
para fornecer os cuidados necessários ao idoso. 
Na visita foi visto o idoso acamado, possui uma das pernas e braços amputados 
devido complicações de saúde, não fala, mas estava aparentando que o mesmo 
estava sob cuidados plenos de saúde, higiene e limpeza. A filha a Sra. XXXXXXX 
acolheu a equipe, de modo disponível e afirmou está tendo boa relação com sua irmã 
XXXXXX que reside na mesma rua, já os outros irmãos não prestavam cuidados ao 
seu genitor. 
A sra XXXXXXX informou que seu pai tinha acompanhamento tanto do CRAS 
como o PSF do bairro, e a única dificuldade no momento era a necessidade de uma 
avaliação cardiovascular que seu pai, visto que não teve sucesso perante o PSF. 
 
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Assim, a mesma forneceu cópias do RG e guia da consulta com a finalidade de 
encaminharmos para a SMS a solicitação para que realize a marcação da guia. 
Sobre a questão da saúde psíquica da sra. XXXXXXXXXXX a mesma 
encontrava-se aparentemente bem, de modo que informou tomar medicação e está 
sobre acompanhamento do CAPS 
Parecer: Perante tudo exposto pelo CRAS a equipe do NÚCLEO, informamos 
ao CRAS e ao MP, que o idoso foi encontrado bem cuidado por sua filha, em um 
ambiente harmonioso para o bem estar do mesmo, e diante da dificuldade da visão 
fizemos o encaminhamento para SMS para que o idoso passe pela avaliação 
necessária no momento. 
Atenciosamente, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO 4 
 
Feira de Santana, 22 de fevereiro de 2019. 
 
Ofício: 103/2019 
Do: Núcleo 
Para: Centro de Referência de Assistência Social – CREAS 
Att. A Coordenadora Sra. XXXX 
 
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Prezada, 
Informamos que recebemos no dia 27/02/2019 uma denúncia através de 
contato telefônico, referente à suposta violência física, psicológica e negligência 
sofrida pelo casal de idosos Sr. XXXXXXXXXX e Sra. XXXXXXX. Residente na 
Fazenda XXXXX, sentido XXXX, aposentados, hipertensos e diabéticos. 
O suposto agressor é o neto das vítimas, Sr. XXXXXXXXXXXXXXXX. Segundo 
as informações fornecidas na denúncia anônima, o possível autor é envolvido com 
tráfico de drogas no local, roubo na região, já tentou por várias vezes assassinar seus 
avós com faca e espingarda, utiliza drogas na residência dos idosos e fornece toda 
alimentação dos idosos aos seus companheiros usuários. 
Como a veracidade do caso foi confirmada, no dia 28/02/2019 enviamos uma 
notificação para equipe de Inteligência da Rondesp Leste, porém no dia 13/03/2019 
recebemos nova denúncia sobre as agressões ocorridas no final de semana e 
apelaram a equipe que os ajudassem, pois estavam em tempo de ver a ocorrência de 
um óbito . 
Com isso no dia 14/03/2019 entregamos ofício ao Ministério Público e a DEAM 
solicitando apoio sobre o caso. No dia 15/03/2019 entregamos ofício a DTE e a 66 
CIPM, a partir da gravidade do caso. 
Parecer: Perante tudo exposto pelo NÚCLEO, a partir da denúncia, solicitamos 
apoio de vossa instituição para dar apoio esta família, que está fragilizada, a partir de 
seu neto. 
Atenciosamente, 
 
CASO 5 
 
 
Feira de Santana, 03 de dezembro de 2019. 
Ofício: xx/2019 
Do: Núcleo 
Para: PROTEÇÃO ESPECIAL 
 
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c/c: 
Para: MP 
Para: CICOM 
Para: CRAS 
Para: CREAS 
Para: CMDPI 
Para: SMS 
Para: NASF 
 
Prezado(s), 
 
No dia 29/08/2018 o Núcleo recebeu denúncia do Conselho Municipal do Direito 
da Pessoa Idosa, referente a Sra. XXXXXX, XX anos, nascida em 15/05/1949, 
portadora do RG: XXXXXXXXXX CPF: XXXX, aposentada, pensionista do INSS, 
domiciliada na Rua XXXX, 42- bairro XXX no município de Feira de Santana-BA. 
Entre os dias 05/09/18, 11/09/18 e 26/09/18 foram realizados contatos via 
telefônico com o Cras e foi solicitado através de ofício 24/2018, informações referente 
à idosa, a partir dos dois encaminhamentos realizados pelo CMDPI, que solicitavam 
atendimento de urgência a idosa sem maiores explicações. 
No entanto no dia 10/10/18 foi realizado visita domiciliar na Rua XXXX, XX – 
bairro XXXX, como estava descrito em dos encaminhamentos, porém a idosa não 
residia mais neste endereço e fomos recebidas pela residência ao lado por sua família 
que relatou que a idosa reside na Rua XXX, 42- bairro XX, morando com seu filho, 
nora e neta. Segundo suas irmãs: ela é viúva, cuidava de seu filho que era usuário de 
substâncias psicoativas, sendo que já foi encaminhado para centro de recuperação 
para tratamento, sofre violência física e financeira praticada por ele. Morou um período 
no bairro XXXX, pois precisava de cuidados. 
No entanto a idosa necessita de um cuidador, pois o filho não estava cuidando, 
porém orientamos a família que em questão das violências citada por eles, a equipe 
só poderia fazer algo perante a denúncia da idosa, pois não poderíamos tomar 
nenhuma decisão diante do caso a partir da recusa da mesma, no entanto orientamos 
 
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a família tentar conversar com a demandatária e depois nos procurar. 
No entanto foram realizadas algumas tentativas de contato com os familiares 
da idosa, para obter resposta sobre o caso mais não obtivemos respostas para um 
possível andamento no caso. 
No dia 22/01/2019 recebemos o relatório do CRAS , como segue em anexo e 
a equipe encaminhou o caso para o CRAS como ela está residindo em outra área. 
No dia 10/10/2019 recebemos denuncia da CICOM-SSP, referente à situação 
da idosa, alegando que ela sofre maus tratos e abandono, de maneira que estava nos 
solicitando apoio perante o caso. 
No dia 24/10/2019 realizamos visita domiciliar a idosa, porém fomos recebidas 
por uma menor que alegou não conhecer nenhuma idosa chamada XXXX, no entanto 
quando informamos o nome completo, ela relatou que idosa estava dormindo, a partir 
disso deixamos o endereço e telefone do Núcleo, solicitando que a idosa entrasse em 
contato com a equipe. 
Tanto que comunicamos ao capitão XXXX da CICOM-SSP, a tentativa de visita 
frustrada, porém iriamos aguardar um contato, mais iriamos tentar uma segunda visita. 
No dia 25/10/2019 recebemos ligação do sr XXXXXXXXXX, portador do 
RG:XXXXXXXX CPF: XXXXXXXXXXX, nascido em XXXXXXXXXX, contato: 
XXXXXXXX. Se apresentando como filho da idosa, solicitando maiores informações 
referente à visita realizada no dia anterior. Então solicitamos ao mesmo que vinhesse 
ao Núcleo para conversar com a equipe. 
Então o mesmo veio o Núcleo, passando pelo atendimento social, relatando 
que sua genitora é diabética, hipertensa, se encontraacamada devido a um AVC que 
sofreu em janeiro de 2019. Mora com sua mãe, esposa e filha. Sendo que de oito às 
dezesseis horas sua genitora está com uma cuidadora, pois entre as 16h às 16h30min 
sua esposa chega e pode está com sua mãe. Frisando que não foi apresentado 
nenhum documento que comprovasse o quadro atual da idosa. 
No dia 07/11/19 foi realizado mais uma tentativa de visita domiciliar, porém sem 
sucesso, sendo que vimos às portas abertas da residência, um som de televisão alto, 
mais não abriram para equipe. Com isso comunicamos a CICOM-SSP, o insucesso 
da visita e solicitamos que realizassem visita de averiguação como também tinham 
 
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recebido denúncia, porém também iriamos realizar contato para um possível 
atendimento com a família da idosa e ao filho novamente. 
No dia 08/11/2019 foi realizado visita técnica a CICOM-SSP, solicitando 
informações referentes à solicitação da visita domiciliar, porém o capitão não estava 
e ficamos aguardando retorno. 
No dia 11/11/19 realizado contato telefônico com a sra. XXXXX, sobrinha da 
idosa, que solicitou que entrássemos em contato com a sra. XXXXXXXXX 
XXXXXXXXXX e sra. XXXXXXXXXXX para maiores esclarecimentos. A partir disso 
em contato telefônico com elas, nos relataram que ocorrem muitos desentendimentos 
com o sr. xxxxx e o mesmo “roubou a idosa” (sic). 
No dia 12/11/19 recebemos no NÚCLEO a sra. xxxxx, 84 anos irmã da idosa e 
a sra. xxxxxxxx, sobrinha da idosa. Relataram que xxxxx é filho adotivo, O esposo da 
idosa, falecido. Residiram no estado do Maranhão, na cidade de Imperatriz. O sr. xxxx 
usuário de substância de SPA, fez tratamento na comunidade terapêutica xxx. Ele é 
casado atualmente, trabalha no xxxxxxxx. Em fevereiro deste ano, a idosa sofreu um 
AVC, ficou internada no HGCA. Os familiares mantiveram contato com a ILPI, para 
solicitar e garantir uma vaga para a idosa na instituição. Os familiares: xxxxxxxxx, nora 
e uma filha de 08 anos que residem com a idosa. Sendo que a nora não presta os 
cuidados necessários. Neste sentido foi orientada a família formalizasse uma queixa 
na DEAM para que pudesse ocorrer a institucionalização da idosa. 
 Já o sr. xxxx não conseguimos realizar atendimento, pois a partir do contato 
telefônico o mesmo que atendeu alegou que a ligação foi errada. 
No dia 20/11/19 realizamos contato com a coordenadora do CRAS e com o 
capitão da CICOM-SSP, agendando visita conjunta dia 21/11/19 às 9h. 
No dia 21/11/19 foi realizado visita conjunta com uma viatura da xx°CIPM e o 
CRAS xxx a residência da sra. xxx, porém novamente sem sucesso. Sendo assim a 
equipe abordou os moradores que residem vizinhos a residência e relataram que o sr. 
xxx trabalha, existe uma idosa na casa mais não ver muito. Em seguida foi realizado 
contato via telefone com a sra. Isabel para comunicar que não conseguimos fazer 
mais uma vez a visita. 
No entanto nos informou que estava tentando perante DEAM e o MP um apoio 
 
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perante o caso, sendo que já tinha prestado queixa sobre o caso e nos retornaria para 
passar um posicionamento. Diante disso no turno oposto a equipe realizou técnica a 
DEAM para busca de informações sobre o caso mais infelizmente nada foi encontrado. 
A partir disso a equipe realizou visita domiciliar as irmãs da idosa, e fomos 
informadas que a família estava em busca de uma resolutividade perante o MP. Em 
seguida nos direcionamos ao a residência da idosa, sendo que fomos recebidas pela 
sra. xxxx, se apresentando como esposa do sr. xxx, nos fornecendo seu número de 
contato xxxxxxxxx para alguma necessidade. 
Ela nos levou até a idosa, que encontramos sem blusa, apenas uma calça e 
em uso de fralda descartável acomodada em uma cama de solteiro colada na parede 
da cozinha, que dar para uma antessala. 
A demandatária, encontramos cansando, com uma mão ferida, aparentemente 
de queimadura, um ventilador ligado quebrado em sua direção, sem forro o 
travesseiro, lençol de cama sujo e uma mesa próxima com medicamentos de uso da 
idosa. 
Ao questionarmos a sra. xxxx sobre a idosa, a mesma relatou que ela tinha 
dado entrada na UPA pela manhã e seu esposo tinha saído para comprar a 
medicação solicitada pelo médico, sendo que nada sobre o uso de medicações da 
idosa, relatórios médicos, nada foi apresentado. 
Ao nos direcionarmos ao carro da prefeitura para busca de documentação, o 
sr. xxxx chegou e nos abordou alegando que nunca tivemos na residência de forma 
ríspida e hostil. No entanto as técnicas alegaram a ele que tinha sido feito várias 
tentativas de visita, como tentativas de contato via telefônico, porém todas sem 
sucesso. A partir disso foram solicitados documentos e relatórios que comprovem os 
cuidados prestados por ele a sua genitora, mais o mesmo alegou que não possui nada 
que comprove. Sendo assim informamos a ele que iriamos entrar em contato com a 
USF que cobre a área e solicitaremos uma visita de urgência a idosa. 
No dia 22/11/19 a equipe realizou visita técnica a UPA xxx, sendo que fomos 
atendidas pela assistente social xxx que verificou no prontuário que a idosa tinha dado 
duas passadas pela unidade, no dia 15/11 e no dia 21/11 por sintomas de gripe e tinha 
sido solicitado que a mesma seja atendida pela USF da área de abrangência. 
 
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Em seguida em conjunto com o Cras realizamos visita técnica a USF Conceição 
I, solicitando visita da equipe multidisciplinar a idosa, sendo que a equipe nos relatou 
que a área encontra-se descoberta por agente de saúde mais a idosa era uma 
paciente assídua na unidade, porém tem uns meses que não vai ao posto. Com isso 
na próxima segunda dia 25/11 a equipe estaria realizando e solicitamos um relatório 
da equipe referente à visita. 
Em seguida a equipe juntamente com o CRAS se direcionou a residência 
sendo recebidas pela cuidadora e a menor, de modo que encontramos a idosa sem 
blusa, de calça com uso de fralda de descartável, apertou muito as mãos das técnicas 
e solicitou que elas ficassem apesar do AVC as técnicas compreenderam muito bem 
a fala da idosa. 
As técnicas verificaram que a cama da idosa estava com roupa de cama suja, 
travesseiro sem forro, medicações quase nenhuma exposta e quando questionado a 
cuidadora o almoço da idosa, ela retirou a panela de pressão da geladeira mostrando 
um macarrão grosso, papado com verduras inteiras alegando que foi o almoço 
deixado pela sra. Uriane. Por fim comunicamos que a USF estaria realizando visita à 
idosa. 
No dia 28/11 a equipe se direcionou a Usf , para buscar o relatório médico, 
porém fomos informadas pelas técnicas da unidade que o médico não tinha feito 
alegando que a idosa estava naquela situação devida o quadro de AVC e tinha sido 
feito algumas solicitações médicas. Com isso comunicamos a gravidade do caso, e 
as profissionais comunicaram que o caso iria ser passado também pelas técnicas do 
NASF e iriam solicitar novamente ao médico. 
Em seguida a equipe se direcionou ao MP, em busca de orientações como 
proceder perante o caso como a família já tinha aberto um boletim de ocorrência na 
DEAM e na própria instituição. Então fomos recebidas pela assistente social xxx e o 
servidor xxx que nos informou que o caso já se encontrava nas mãos da promotora 
para ser acompanhado. 
A partir disso solicitamos informações como a família pode proceder, como 
estavam muito preocupados perante o caso. Então os profissionais relataram para a 
família buscar nos registros do INSS ou do cartório se o sr. Xxx registrou uma 
 
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procuração tendo plenos poderes perante a idosa, se ele é registrado como filho 
legalmente, para que possam fazer a retirada da idosa, alegando a negligência. 
Após todas as orientações entramos em contato via telefônico com a sobrinha 
da idosa para passar todas as orientações e a mesma solicitou que fizéssemos uma 
mediação com o sr. xxxx. Com isso entramos em contato com a equipe do CRAS xxx 
solicitando que a mediação ocorresse na instituição e entramos em contato com o 
capitão da CICOM solicitando a presença de uma viatura como o filho da idosa já tinha 
sido muito ríspido com as técnicas do Núcleo. 
A partir disso no dia 29/11/19 foi realizado contato telefônico ao sr. Xxx 
solicitando a presença do mesmo no CRAS, para a prestação de um atendimento em 
conjunto e o mesmo relatou que só poderia ir as 13:30 devido ao horário de trabalho. 
Então a equipe confirmou com o sr. xxxxx e comunicou a família solicitando a 
presença deles na unidade . 
No CRAS xxx, juntamente com os policiais atendemos o sr.xxxxxxx e os 
familiares da idosa. Inicialmente sr. Xxxx resistiu para não ser atendido junto com seus 
tios, como o mesmo disse “ com ele que me denunciou” (sic), informamos ao mesmo 
que teríamos uma conversa sobre o caso de sua mãe apenas. A partir disso ele entrou 
na sala, e começamos os questionamentos, relatando que estávamos preocupados 
com o estado atual da sra. xxxx, e gostaríamos de vê uma melhor solução sobre o 
caso, a partir disso foi exposto a ida da equipe de saúde na residência, a questão dos 
cuidados que a idosa necessita não estava sendo prestados da forma correta. 
De forma que sugerimos ao mesmo que liberassem sua mãe para ser levada 
para a ILPI, como a mesma necessitava de cuidados específicos, o caso já está pelo 
MP, DEAM. Mas o sr. xxxx frisou “ a sra será responsável pela morte de minha mãe” 
(sic), “ eu só permito que retirem minha mãe de casa, se o médico dizer depois dos 
exames que ele solicitou que não estou prestando os cuidados certos! Ai eu libero” 
(sic). 
Então questionamos a ele se possuía procuração dando plenos poderes, ele 
informou que sim, mais não apresentou a equipe. Questionamos sobre os problemas 
de saúde da idosa, mais nada foi apresentado por ele que comprovasse, relatou 
novamente que existe uma cuidadora na casa, pagando mensalmente, mais não 
 
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apresentou nenhum recibo. 
A partir disso informamos ao mesmo, como ele possui uma procuração em 
mãos, que esteja ciente sobre os deveres que se tem a cumprir como cuidador de 
uma idosa. Ele se mostrou passível e deixou claro que gostaria de ajuda para está 
prestando esses cuidados. 
Então foi sugerido que visse uma cuidadora especifica para idosa de modo 
integral, como a que está presente não tem preparo para está fornecendo esses 
cuidados e que visse outro local para está colocando a cama da idosa, pois o local 
que está é muito quente para a mesma. 
Em seguida permitimos que os outros familiares da idosa se pronunciassem, 
porém o sr. xxxx não queria escutar alegando que a família não o ajuda, então 
solicitamos a ele que escutasse a família pois como tinha escutado ele, tinham esse 
mesmo direito. 
A partir disso a família relatou que já tinha sugerido várias cuidadoras, porém o 
mesmo não permitia e proibia a entrada dos familiares na casa. Então ele alegou que 
foi tirada fotografia de sua mãe sem permissão e esses familiares só iam entrar na 
residência com a presença dele. 
Por fim ficou combinado com o sr. xxxxx a solicitação de um novo cuidador para 
sua genitora e questão da localização da cama, pois retornaríamos na outra semana 
para está verificando . O mesmo deixou claro que sem problemas poderíamos visitar 
a idosa e deixamos claro que o Núcleo estava a disposição para prestação de 
cuidados da idosa. 
Já em retorno no Núcleo recebemos uma ligação do sr. xxx solicitando 
atendimento da equipe no dia 03/12 as 11 horas, e confirmamos que poderia vim. 
No dia 02/12/19 recebemos ligação da assistente social do Ministério Público, 
informando que estaria prestando visita domiciliar e buscou saber se tinha novas 
informações sobre o caso, relatamos a mesma que o sr. xxxx agora estava contra a 
institucionalização da idosa. 
A equipe entrou em contato com o sr. xxxx para confirmar o atendimento 
solicitado e o mesmo relatou que só iria com a presença do seu advogado mais nada 
foi confirmado. 
 
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No dia 03/12/19 a equipe do Núcleo, do Creas e do Conselho do Idoso esteve 
presente para o atendimento como solicitado, porém o mesmo não compareceu. Em 
continuidade a equipe entrou em contato com a coordenadora dos NASF solicitando 
acompanhamento à idosa, como o caso já está sob acompanhamento pela unidade 
de saúde da área. 
 
Parecer social: Diante de tudo exposto, compreende-se que a idosa sofre 
negligência/ abandono por parte dos cuidados prestados pela sua família. Visto a 
partir de todo acompanhamento realizado pela equipe do Núcleo. Subtende que a 
idosa está sendo negligenciada, visto que no Estatuto do Idoso relata que no seu Art. 
4º: Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, 
violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou 
omissão, será punido na forma da lei. Art. 99 – Expor a perigo a integridade e a saúde 
física ou psíquica do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes 
ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou 
sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado. A partir da negação do filho em 
permitir que a idosa seja levada para a ILPI, orientamos que a família procure os meios 
jurídicos para entrar com uma liminar solicitando a curatela da idosa, alegando a 
negligência de cuidados. Por fim friso que iremos está levando o caso para 
conhecimento de toda rede para garantia do bem estar da idosa e principalmente ao 
poder judiciário para que a idosa seja encaminhada para ILPI como já está com a vaga 
garantida pela sua família, sendo que suas irmãs já são idosas e não possuem 
condições físicas para prestação de cuidados dignos a idosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CASO 06 
 
Em 15/10/2018 recebemos uma denúncia anônima informando que o idoso sr. 
xxxxxxxxxxxxx se encontrava em situação de abandono, vive sozinho a anos, a casa 
esta abandonada, suja, com ratos, fezes pelo ambiente, ele anda pelado e se alimenta 
de fezes. 
Segundo o relato do denunciante, não existe uma pessoa responsável, apenas 
ver um neto que vai uma vez ao dia levar almoço para o idoso. Sendo que o idoso fica 
o tempo todo sozinho e dorme só. 
O denunciante informou que o abandono da casa incomoda os vizinhos, por 
causa dos ratos e mal cheiro. Não deixando de salientar que o idoso por muitas vezes 
sai pelado na rua e joga fezes na porta de casa. 
O idoso teve pé fraturado há alguns anos e até hoje anda com dificuldades, 
pois o pé ficou “defeituoso” (sic). 
No dia 30/10/2018 foi entregue encaminhamento nº05 para o CAPS I 
solicitando que a unidade acompanhasse o caso. 
No dia 20/11/2018 recebemos denúncia do Disque 100, solicitando medida 
protetiva ao idoso, por ser uma pessoa com doença mental e em situação de 
vulnerabilidade social. 
No dia 29/11/2018 durante a realização de visita técnica ao CAPS, fomos 
informadas pela assistente social xx que já tinha se encontrado a família do idoso. 
Sendo que já estavase fazendo a intermediação e breve enviaria um relatório. 
No dia 08/01/2019 recebemos novamente nova denúncia. Relatando que o 
idoso sai nú na rua, sujo de fezes. A assistente social e agente comunitária de saúde 
já esteve na casa, mais o demandatário não deixa entrar. Filhos passaram a ordem 
para não abrir a porta. Filho e neto levam feijoada enlatada, refrigerante com bolacha. 
A casa possui o mau cheiro. O idoso tem cinco filhos, todos residem em Feira de 
Santana. Aposentado, possui uma chácara e o mesmo tem o hábito de acúmulo de 
lixo. Ocorre presença de ratos, baratas na sua residência, quintal cheio de mato. O 
neto Athos que tem o acesso ao cartão do idoso. 
 
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Salientamos que até a presente data não recebemos a contra- referência do 
encaminhamento enviado ao CAPS, a agente de saúde comparece a residência, 
porém continua sem conseguir entrar. Fomos informadas sobre o filho xxx possui uma 
barraca, no fundo do estacionamento, localizado na rua xxxxxxxxxxxxx, próximo a 
xxxxx. 
No dia 22/01/2019 recebemos novamente nova denúncia da denunciante, pois 
técnicos do CRAS e CAPS já estiveram na residência, porém o idoso não abre a porta 
para ninguém. Então como a equipe já tinha sido informada que a rede estava 
acompanhando e o caso se encontrava em acompanhamento do Ministério Público, 
informamos ao denunciante que o caso já estava sendo atendido pela rede. 
Tanto que o denunciante afirma que o idoso recebe alimentação inadequada: 
bolacha e refrigerante. O neto chega com alimentos e “joga como bicho”. O idoso 
recebe benefício, porém sai pedindo comida aos vizinhos. Aconteceu um acidente, “ 
um ferro caiu no pé” (sic), permaneceu internado no Hospital durante quase um mês 
internado. 
Então a equipe a partir das novas denúncias, enviou ofício de nº31 ao CRAS e 
ao CAPS através do ofício de nº 32 solicitando novamente informações sobre o caso. 
No entanto até a presente data não recebemos nenhum relatório em respostas as 
solicitações feitas. 
No entanto no dia 07/06/2019 recebemos um email do Ministério Público 
solicitando apoio financeiro para a construção da casa do idoso. Porém frisamos que 
não fomos informadas e nem solicitadas para acompanhar o caso juntamente com o 
Ministério Público. 
Em 17 de julho de 2019 recebemos denúncia do Conselho solicitando apoio 
para averiguação de suspeita de cárcere privado ao idoso, que reside na rua xxxxxx, 
54 – xxxxxxxx. Com isso a equipe se direciou ao local e foi encontrado o sr. 
xxxxxxxxxxxx, 76 anos, sozinho no chão de sua residência, gemendo, sujo, mau 
cheiroso, desidratado, desnutrido. A grade da residência estava aberta, 
arrombamento do cadeado. 
Com isso solicitamos a presença da assistente social xxxxxxxxxx do Conselho 
Municipal da Pessoa Idosa para acompanhamento juntamente do caso. 
 
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Então contactamos com vizinhos, e nos informou que arrombaram o cadeado 
por saber que o idoso estava há vários dias sem comer. Então foi oferecido água e 
uma banana, que ajudou o idoso reagir um pouco. 
A partir disso telefonamos para o 190 e fomos informadas que como se trata 
de um quadro de saúde e estava sozinho, nos orientaram que nós mesmas 
entrássemos em contato com o SAMU, pois não estavam mandando ambulância. A 
partir disso entramos em contato com a SAMU, sendo que nos apresentamos como 
técnica da Secretaria de Desenvolvimento Social. Sendo que fomos a casa para 
averiguação a denúncia e vimos a gravidade do caso. Com isso informaram que 
estariam encaminhando a ambulância ao local.. 
Durante o aguardo a ambulância, vizinhos relataram que o idoso 0em cinco 
filhos e todos residem em Feira de Santana. Filhos: xxxxxxxxxxxx, tem uma barraca 
próximo a xxxx , xx, trabalha na xx, xx e um neto, xx, este que fica de posse do cartão 
de benefício do idoso. Já outros moradores informaram que o demandatário tem um 
terreno próximo a xx. 
Em pouco tempo a SAMU chegou e fomos recebidos por uma Técnica de 
Enfermagem e o condutor. Estabilizado o quadro clínico, instalação de hidratação 
parenteral, aferido sinais vitais, pressão arterial 90x50 mmHg, informação da Técnica 
de Enfermagem. Encaminhado para UPA. Segundo a Técnica de Enfermagem já 
prestou atendimento outra vez ao mesmo idoso. 
A partir disso fomos na Upa xxxxxxxxxx, contactamos com a Assistente social 
de plantão, para relatar sobre o caso. Sendo que no mesmo momento o idoso avaliado 
pela médica plantonista e realizado o internamento na referida unidade de saúde. 
Em seguida, fomos na barraca conversar o com o filho, xxxxxxxxxxx data de 
nascimento 26/03/1967, portador xxxxxxxxxxxxx, informamos o quadro do seu pai e 
que se encontrava internado. A seguir, fomos para o Complexo da Delegacia, 
estivemos com a Delegada Dra. xxx e com o funcionário xxxxxxxx e após sermos 
atendidos solicitaram que retornássemos dia 19/07/2019 para prestar a denúncia. 
O Núcleo entrou em contato com a assistente social xxx do CAPS e nos relatou 
que a família tinha dito que iria retira-lo de lá, e deste modo relatei todo ocorrido a ela 
e informou que iria entrar em contato a família do idoso. 
 
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A equipe também entrou em contato com a assistente social xxx do NASF , 
solicitando informações sobre o idoso e a mesma nos relatou que tinha já sido 
informada pela agente comunitária do bairro, porém não tinha ido ainda fazer a visita 
domiciliar, como depende também da equipe do PSF para a realização. 
Também realizamos contato com a Assistente Social Sônia do Ministério 
Público informando de forma informalmente sobre o acompanhamento realizado. E 
fomos informadas que o caso estava sobre acompanhamento do CRAS e CREAS, 
possuindo vários relatórios. Tanto que a mesma solicitou que procurasse me informar 
sobre o acompanhamento ao idoso para compreender o ocorrido e após isso 
encaminhasse o relatório. 
No dia 19/07/2019 primeiramente fomos a Secretaria Municipal de 
Desenvolvimento Social e tivemos contato com o sr. xxxxxxxxxxx relatando todo caso 
e todos procedimentos tomados. Com isso foi solicitado as unidades relatórios de 
acompanhamento para estudo de caso para resolução do caso. 
Com isso em seguida a equipe se direcionou a Delegacia , fomos atendidos e 
prestamos queixa sobre o fato. Então após isso fomos liberados e informados que 
caso fosse necessário iriamos ser chamados para prestar depoimento sobre o 
ocorrido. 
Em seguida fomos a UPA, tivemos contato primeiramente com a Assistente 
Social solicitando informações sobre o idoso e nos relataram que o idoso estava sob 
acompanhamento do seu filho e seu quadro estava sendo estabilizado. 
Com isso a assistente social da unidade, nos conduziu até o local e vimos o 
idoso com os braços contidos por está se movimentando bastante, mais estava 
evoluindo no quadro clínico. Tivemos contato com o médico de plantão Dr. xxxx que 
nos relatou o estado atual do idoso e nos forneceu relatório do quadro clínico do idoso. 
Em seguida conversamos com o filho do idoso que nos forneceu os contatos 
telefônicos (xxxxxxxxxxxxxxxxxi nformando ser de sua mãe e da xxxx mãe de xxx. 
O mesmo relatou que não possui boas relações com seu pai, sendo que ele 
sempre foi uma pessoa violenta e resistente. O idoso possui vários empréstimos na 
sua aposentadoria, sendo que o seu sobrinho xxxx que se encontra com o cartão do 
idoso. Informou também que suas irmãs não ajudam ao cuidado. Seu pai é separado 
 
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