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5 MIIASES - parasitologia veterinária

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Definição - Miíases
� “Infestação de vertebrados vivos por larvas de dípteros que, pelo 
menos durante certo período, se alimentam dos tecidos vivos ou 
mortos do hospedeiro, de suas substâncias corporais líquidas ou do 
alimento por ele ingerido”
� larvas de moscas que completam seu ciclo, ou pelo menos parte do 
seu desenvolvimento normal dentro ou sobre o corpo de um 
hospedeiro vertebrado”
Classificação - Miíases
� Obrigatórias ou Primárias (Biontófagas) – causadas por larvas de 
dípteros que naturalmente se desenvolvem sobre ou dentro de hospedeiros 
vertebrados vivos. Ex.: Cochliomyia, Chrysomyia, Dermatobia, Oestrus
� Facultativas ou Secundárias (Necrobiontófagas) – larvas de 
dípteros que se desenvolvem em matéria orgânica em decomposição (vida livre), e 
eventualmente atingem tecidos necrosados de um hospedeiro vivo. Ex.: espécies das 
famílias Calliphoridae, Sarcophagidae, Muscidae e Fannidae
� Pseudomiíases (Acidental) – larvas de dípteros ingeridos com o alimento 
e que passam pelo trato digestório sem se desenvolver, ocasionando distúrbios mais 
ou menos graves. Ex.: Stratiomidae, Syrphidae, Muscidae, Tephritidae (mosca-das-
frutas, bicho-da-goiaba)
Família Calliphoridae
Gênero Cochliomyia
Cochliomyia hominivorax
(“mosca varejeira”)
� robusta (8mm)
� cor verde, com reflexos azul 
metálico em todo o tórax e abdome
� mesonoto com 3 faixas negras 
longitudinais
� olhos de cor avermelhada e resto da 
cabeça amarelo brilhante
� pernas alaranjadas
Família Calliphoridae
Gênero Cochliomyia
Cochliomyia macellaria
� encontrada em tecidos necrosados 
ou cadáveres
� larvas maduras com pigmentação na 
traquéia até a metade do primeiro 
segmento larval)
� adultos: esclerito chamado basicosta
é de cor clara
� encontrada em tecidos vivos
� larvas maduras com pigmentação na 
traquéia até a terceiro ou quarto 
segmento larval)
� adultos: esclerito chamado basicosta
é de cor negra
Cochliomyia hominivorax
15mm
Larvas Cochliomyia
Biologia
� > densidade nos meses chuvosos e quentes (< 6ºC não são vistas)
� moscas são excelentes voadoras (11 milhas em 24 horas)
� adultos só copulam UMA VEZ, 5 dias após nascimento
� oviposição em aberturas naturais do corpo (narinas, vulva, ânus) ou em soluções 
de continuidade da pele (feridas recentes, incisão cirúrgica) (C. hominivorax)
� C. macellaria ovipõe em tecidos necrosados ou cadáver
� oviposição de 10 a 300 ovos em cada local, aglomerados uns aos outros (2800 
ovos durante toda a vida (65 dias) – oviposição a cada 4 dias)
Biologia
� período de incubação: 12 a 20 horas
� larvas se alimentam vorazmente dos tecidos (espiráculos em contato com o ar)
� maturação das larvas: 4 a 8 dias → caem no solo (pupa) → em terra fofa ou 
debaixo das folhas → 8 dias (verão) → adultos
� adultos se alimentam de néctar, suco de frutas, secreções de feridas
� Distribuição geográfica: EUA, Antilhas e toda a América do Sul
Família Calliphoridae
Gênero Lucilia
Lucilia sp.
� tamanho médio
� corpo todo verde metálico, 
acobreado ou com reflexos azuis
� cerdas mesotonais desenvolvidas
� miíases necrobiontófagas
� espécies: L. cuprina, L. exímia, L. 
sericata
Família Calliphoridae
Gênero Lucilia
� Comum nas áreas urbanas e suburbanas, 
encontrada principalmente em matéria orgânica 
de origem animal em decomposição
� Ciclo evolutivo completo: 12 dias
� Fêmeas produzem 2000 e 3000 ovos, 
distribuídos por 9-10 postura
� Baixo valor epidemiológico
� Após a introdução de Chrysomya spp no Brasil 
� � densidade populacional (pressão da 
competição) 
Lucilia
Família Calliphoridae
Gênero Chrysomyia
� robustas (8mm)
� cor metálica (desde o verde brilhante em tons 
amarelados até o azulado)
� cerdas mesotoniais pouco desenvolvidas
� duas faixas transversais escuras no mesonoto e 
três no dorso do abdome
� três espécies de califorídeos do gênero 
Chrysomya: Chrysomya putoria, Chrysomya
megacephala e Chrysomya albiceps.
� introduzidas em 1975 e 1976 por 
embarcações que transportavam refugiados de 
Angola e de Moçambique, animais domésticos 
e diferentes tipos de alimentos →
disseminaram-se em diversas regiões do país
� moscas sinantrópicas
� algumas espécies ovopositam em carcaças
� larvas: saprófagas, desenvolvem-se em 
detritos orgânicos, podendo causar miíases
primárias ou secundárias.
Família Calliphoridae
Gênero Chrysomyia
Família Sarcophagidae
� moscas de médias a grandes (10 mm)
� cor acinzentada
� mesotórax com 3 faixas negras 
longitudinais e abdome axadrezado
� larvas com espiráculos com três fendas 
mais ou menos retas e quase paralelas
Família Sarcophagidae
Biologia - Sarcophagidae
� fêmeas são larvíparas
� depositam as larvas em cadáveres, matéria orgânica vegetal, fezes e em feridas 
necrosadas (até 50 larvas/ferida)
� larvas invadem tecidos e se alimentam vorazmente (maduras em 10 dias)
� período pupal – 10 a 15 dias
Dermatobia hominis
Família Oestridae
Subfamília Cuterebrinae
Dermatobia hominis
Classificação
Classe Insecta
Ordem Diptera
Subordem Cyclorrapha
Família Cuterebridae
Gênero Dermatobia
Espécie Dermatobia hominis
Mosca berneira
Dermatobia hominis
Distribuição geográfica
- Zonas úmidas, do sul do México até o norte da Argentina
- Brasil: em todos os estados, exceto Pará e Nordeste
- regiões de vegetação abundante
- T°C moderadamente alta (20 °C)
- UR elevada (85 a 95%)
Dermatobia hominis
Morfologia - Mosca
- Robusta
- 14 a 17 mm de comp.
- Cabeça e antenas 
amareladas com arista 
plumosa na face dorsal
- Aparelho bucal atrofiado
Morfologia - Mosca
Dermatobia hominis
Abdome azul metálico com curtos pêlos pretos
Tórax castanho-escuro-azulado com polinosidade cinza
Dermatobia hominis
Morfologia - Mosca
Parte superior da cabeça escurecida
Dermatobia hominis
Morfologia - Mosca
pernas amarelas
Asas castanho-claras e grandes; 
Dermatobia hominis
Morfologia – Larva (Berne)
- Extremidade anterior mais volumosa (com peças bucais) e 
posterior mais afilada (com orifício respiratório)
- Segmentos anteriores com 2 fileiras de espinhos cada
- Segmentos posteriores não possuem espinhos
Morfologia – Larva (Berne)
Dermatobia hominis
Ganchos na extremidade anterior
espinhos
Morfologia – Berne
Dermatobia hominis
Dermatobia hominis
Hospedeiros
- Bovinos (+), caninos e homem
- Ovinos e felinos (-)
- Raramente, eqüinos
Localização
- Pele
Nutrição
Não se alimentam (vivem 8 a 12 d)
Tecido subcutâneo
Bernes em nódulos cutâneos de um bovino
Berne em nódulo cutâneo de um ser humano
Berne em saco conjuntival
Dermatobia hominis
Ciclo Biológico
Dermatobia hominis
Duração do Ciclo
(de acordo com Neiva e F. Gomes)
Da postura ao aparecimento da larva .................................7 dias
Período larval anterior à penetração ..................................1-3 dias
Período larval (no cão)...................................................... 35-41dias
Período de pupa .............................................................. 64-67 dias
Duração do imago ............................................................8-9 dias
TOTAL ............................................................................120 dias
Dermatobia hominis
Insetos foréticos
- Culicidae: Anopheles, Aedes, Psorophora;
- Anthomyidae: Fannia;
- Muscidae: Sarcopromusca, Stomoxys, Neivamyia, Musca, Synthesionyia;
- Calliphoridae: Cochliomyia;
-Tabanidae: Chrysops;
- Tephritidae: Ceratitis
⇒ Carrapato Amblyomma
50 espécies
Dermatobia hominis
Saída das larvas dos ovos
Ovos semelhantes a dedos humanos⇒⇒⇒⇒ unha = opérculo
Dermatobia hominis
PUPÁRIO
Dermatobia hominis
Importância
⇒ Miíases furunculosas cutâneas: dor, inquietação, irritação
⇒ Prurido, ulceração: miíases secundárias, invasão bacteriana, pus, 
abscessos
⇒ menor ganho de peso e produção de leite
⇒ desvalorização do couro
⇒ mortalidade de bezerros 
Dermatobia hominis
Controle
⇒ Retirada das larvas
- oclusão do orifício com esparadrapo, pedaçode fumo, toucinho
- Aplicação de éter, clorofórmio, água obtida de fervura de um pedaço 
de fumo de rolo
- Larva presa no material usado para oclusão ou quando morta ou 
enfraquecida sai com a pressão dos dedos
- Incisão cirúrgica
⇒ Piretróides em pulverização ou brincos
⇒ Ivermectinas (200 ug/kg) Ação sobre as 
larvas e insetos 
foréticos
Resumo
� Moscas pequenas a grandes, de cor cinza, com 2 faixas negras no tórax e 
abdome axadrezado → Sarcophagidae
� Moscas grandes, tórax cinza amarronzado e abdome azul metálico →
Dermatobia hominis
� Moscas médias, de cor verde-metálico → Calliphoridae
� Toda verde, com 3 faixas negras longitudinais no tórax → Cochliomyia
� Toda verde, com duas faixas escuras transversais no tórax e 3 no abdome -
Chrysomyia
� Toda verde ou acobreada → Lucilia
Identificação de larvas
Oestrus ovis
Família Cuterebridae
Subfamília Oestrinae
Oestrus ovis
Classificação
Classe Insecta
Ordem Diptera
Subordem Cyclorrapha
Família Oestridae
Gênero Oestrus
Espécie Oestrus ovis
Mosca nasal das ovelhas, Oestro ovino
Distribuição geográfica
Oestrus ovis
- Cosmopolita, em todas as regiões quentes e principalmente
naquelas onde há criação de ovinos e caprinos;
- Brasil: principalmente no RS e sul de Minas
Nome da doença: Oestrose
Oestrus ovis
Morfologia - Mosca
- Robusta
- 10 a 12 mm de comprimento
- Cabeça larga e de cor castanho-
clara
- Arista nua
- Olhos grandes e castanhos
- Peças bucais atrofiadas
- Tórax: mesonoto com 4 listras 
longitudinais negras mal definidas; 
numerosos tubérculos pretos, 
pequenos, de tamanho mais ou 
menos uniforme
- Abdome: manchas negras 
pequenas e pares, com polinosidade
acinzentada, formando padrão 
irregular de acordo com a incidência 
de luz
Morfologia - Mosca
Oestrus ovis
Oestrus ovis
Morfologia – Larva (“bicho-da-cabeça”)
- L3: 20 a 25 mm de comprimento;
- Face dorsal convexa e com faixas transversais escuras cor de café;
- Face ventral plana com séries de espinhos;
- Extremidade anterior afilada e posterior quadrada (com 2 placas estigmáticas
em forma de “D”, com um orifício central e muitas fendas ao redor)
Face 
dorsal
Face 
ventrall
Oestrus ovis
Morfologia – Larva
Oestrus ovis
Morfologia – Larva
- Placas estigmáticas em “D”
Oestrus ovis
Biologia
⇒ Hospedeiros: Ovinos e caprinos; homem (raramente)
Não se alimenta 
(vive de 5 a 30 dias)
Pousada nas 
paredes (amanhacer
e entardecer); ativa 
nas hrs mais 
quentes e 
ensolaradas
Mosca
Secreção da mucosa 
nasal inflamada
Seios frontais
Larva
NutriçãoLocalização
Oestrus ovis
Localização: fossas nasais e seios frontais de ovinos
Ciclo Biológico – Oestrus ovis
Oestrus ovis
Quadro clínico
⇒ Deposição de larvas pelas moscas: inquietação
⇒ Migração das larvas: irritação da mucosa: coriza, que pode se 
tornar purulenta (MIÍASE CAVITÁRIA)
⇒ Movimentos bruscos, marcha cambaleante e vertigem, caem ao 
chão, convulsão, ranger de dentes, salivação espumosa
⇒ Anorexia, emagrecimento, sonolência, tristeza, enfraquecimento 
e morte
Oestrus ovis
Quadro clínico
⇒ Larvas maduras em pequenas cavidades ósseas não conseguem 
sair ⇒ morrem ⇒ desintegram ⇒ liberação de substâncias tóxicas;
⇒ Larvas podem causar erosão dos ossos do crânio ⇒ atingem o 
cérebro ⇒ lesões cerebrais com sintomas neurológicos
⇒ Homem: conjuntiva e fossas nasais (larvas não se desenvolvem 
além do primeiro estágio)
Oestrus ovis
Controle
⇒ Injeção na cavidade nasal:
- Cresol saponificado a 3% (40 mL em cada narina)
- parafina líquida e tetracloroetileno ou bisulfito de carbono (2 mL em cada 
narina)
- Trepanação
(nem sempre bons resultados)
⇒ Neguvon injetado (88mg/kg), em pour on ou em pulverização (250mg/kg)
⇒ Ivermectina (200ug/kg) e closantel (10 mg/kg)
⇒ Inseticidas nas paredes e chão dos estábulos

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