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TRABALHO DE BRUNO

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MULTIVIX – FACULDADE NORTE CAPIXABA DE SÃO MATEUS 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS HUMANOS, DEMOCRACIA E DESENVOLVIMENTO 
Livro por Boaventura de Sousa Santos e Marilena Chaui 
 
 
 
ANA CLARA FERREIRA VIEIRA 
DAVI RODRIGUES DOS SANTOS LOPES 
GABRIEL SILVA TINELI 
LUYS FELIPE NOGUEIRA CAVALCANTI 
PALOMA FRANCISCA PANCIERI DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO MATEUS – ES 
2022 
DIREITOS HUMANOS, DEMOCRACIA E DESENVOLVIMENTO 
Livro por Boaventura de Sousa Santos e Marilena Chaui 
 
 
 
ANA CLARA FERREIRA VIEIRA 
DAVI RODRIGUES DOS SANTOS LOPES 
GABRIEL SILVA TINELI 
LUYS FELIPE NOGUEIRA CAVALCANTI 
PALOMA FRANCISCA PANCIERI DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
Trabalho de Teoria da Constituição e 
Direitos Humanos do Curso de 
Graduação em Direito apresentado à 
Faculdade Brasileira – MULTIVIX, 
abordando o livro Direitos Humanos, 
Democracia e Desenvolvimento. 
Professor: Bruno Pereira 
Nascimento. 
 
 
 
 
 
SÃO MATEUS – ES 
2022 
SÚMARIO 
 
1. INTRODUÇÃO .............................................................. 4 
2. DESENVOLVIMENTO .................................................. 6 
2.1. Direitos Humanos: ilusões e desafios ................. 6 
2.2. As tensões nos direitos humanos ....................... 11 
3. CONCLUSÃO .............................................................. 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO. 
 
Escrito a honraria a Boaventura de Sousa Santos, o texto elaborado a 
fim de, trazer para a universidade, em foco a Universidade de Brasília (UnB) para 
convencimento necessário do Conselho Universitário, o conhecimento de um 
fragmentado, mas que só nos seus termos revela-se na continuidade crítica e 
propositiva que é a marca de modo radical de contribuição da personalidade 
distinguida. 
A homenagem retrata a marcante influência do Boaventura de Souza 
Santos junto a Darcy Ribeiro em levar e fazer parte a democrática e socialmente 
inclusiva, através da universidade. 
Tratando do texto, o mesmo, com efeito, os libertários privilegiavam duas 
formas principais de luta: as greves e a imprensa como expressão de uma 
plataforma cultural para o aumento de uma prática educativa baseada na 
liberdade. 
Diante dos alcances de consolidação de saberes emancipatórios, 
Boaventura refere-se a um certo esgotamento dos espaços convencionais de 
produção de conhecimento —as Universidades e os centros de pesquisa —, em 
geral vinculados ao que ele designa de monocultura do científico que suprime, 
outros saberes socialmente constituídos. Surgindo assim a proposta de um 
projeto popular de Universidade, que pressupõe, segundo ele, a promoção de 
diálogos significantes entre diferentes tipos de saberes, em que a própria ciência, 
para poder identificar diversas de conhecimento e também criadores alternativos 
de conhecimento e fazer experiências com critérios alternativos de rigor e 
relevância à luz de objetivos partilhados de transformação social emancipatória. 
Aborda-se, nessa linha, o mesmo continua, de apelar a saberes 
contextualizados, centrados e úteis, amarrados nas práticas transformadoras e, 
que, por isso, “só podem exercer-se em ambientes tão próximos quanto possível 
dessas práticas e de um modo tal que os protagonistas da ação social sejam 
também protagonistas da criação de saber”. 
Nos últimos anos, acirraram-se nos as mobilizações, sobretudo 
provocadas pelos movimentos antirracistas e por organizações que sustentam 
pela ampliação dos acessos sociais especialmente à educação, como a 
Educafro (que possui como missão, promover a inclusão da população negra 
(em especial) e pobre (em geral), nas universidades públicas e particulares), 
salientando a necessidade de coordenar princípios e procedimentos, para 
atribuir razoabilidade nos métodos de execução das ações afirmativas. 
Com isso, o objetivo do escrito, foi de apresentar através dos 
fundamentos jurídicos, que os Direitos Humanos, a democracia e 
desenvolvimento, são trabalhados com o diálogo e com a ação 
transnacionalmente organizada de grupos de oprimidos que se distinguirá uma 
política emancipatória de uma política meramente regulatória, buscando um 
“universalismo concreto” construído por meio de diálogos interculturais sob 
diferentes concepções de dignidade humana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO. 
2.1. Direitos Humanos: ilusões e desafios. 
 
No dia 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas 
(ONU) instituiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O documento, em 
seus trinta artigos, define os direitos básicos para a promoção de uma vida digna 
para todos os habitantes em qualquer parte do mundo, independente de 
nacionalidade, cor, sexo, política e religião. 
 Os direitos humanos são normas que regem não só o modo como os 
seres humanos vivem em sociedade, como também a sua relação com o Estado 
e as obrigações que o Estado tem em relação a eles. Essas normas garantiram 
direitos sociais para muitos grupos de baixa relevância social como, por exemplo, 
as minorias que, geralmente, são pessoas que de algum modo e em algum setor 
das relações sociais se encontram numa situação de dependência ou 
desvantagem e que, em casos mais graves, sofrem processos de estigmatização 
e discriminação, resultando em diversas formas de desigualdade ou exclusão 
sociais, mesmo quando constituem a maioria numérica em relação a outro grupo. 
Por isso, em 1648, a fim de reduzir essa desigualdade, foi assinado uma 
série de tratados, como o Tratado de Vestefália, que puseram um fim na Guerra 
dos 30 anos e, consequentemente, concedeu direitos a determinadas minorias 
religiosas. Assim, a proteção de minorias ganhou uma relevância especial para 
as minorias religiosas ao passo que, posteriormente, a atenção mudou para as 
minorias étnicas. 
 Paralelo a isso, com o final da Primeira Guerra Mundial, surgiu-se o 
princípio da autodeterminação nacional e foram criadas novas leis para as 
minorias, como o direito a cláusulas de não discriminação e a função da 
Sociedade das Nações de monitorizar os níveis de proteção concedidos a grupos 
minoritários. Após isso, com o fim da Segunda Guerra Mundial a proteção das 
minorias foi substituída por instrumentos que protegiam os direitos humanos 
individuais e liberdades, baseados nos princípios da não discriminação e 
igualdade. 
 A proteção das minorias e o reconhecimento dos seus direitos 
reemergiu, assim, na agenda política, de modo que a proteção dos direitos das 
minorias tornou-se uma das condições para a obtenção da qualidade de se 
tornar membro do Conselho da Europa e, posteriormente, a União Europeia, 
seguindo os mesmos passos, exigiu a proteção das minorias como condição 
para o estabelecimento de relações diplomáticas entre a União e os novos 
Estados. 
 Diante desses argumentos, surgem questionamentos sobre a validade 
dos Direitos Humanos na sociedade atual, se realmente tais direitos alcançam 
as minorias e os indivíduos marginalizados, tendo em vista, que há mazelas no 
atual cenário social que não são atingidas pelos direitos humanos. Logo, 
Boaventura de Sousa Santos, autor da obra “Direitos Humanos, Democracia e 
Desenvolvimento”, reitera tais questionamentos, trazendo a concepção contra 
hegemônica dos direitos humanos, começando pela hermenêutica de suspeita 
defendida por Ernest Bloch, que em sua teoria, a partir do século XVIII, “o 
conceito de utopia como instrumento de uma política liberal foi sendo superado 
e convertido pelo conceito de direitos”. 
 Ernest Bloch reconhece que os direitos “nascem” de uma dualidade na 
modernidade ocidental. O primeiro lado foi conceituado como uma genealogia 
abissal, que dividiu o mundo entre duas sociedades, a metropolitana e a colonial. 
A colonial não tinha o mesmo acesso e nem a mesma eficácia de teorias epráticas que eram vigentes na metrópole, se tornando invisíveis as lutas e 
conquistas coloniais. De outro modo, no teor do discurso de emancipação, os 
direitos humanos foram devidamente contemplados para vigorarem nas 
sociedades metropolitanas, acentuando a atual realidade, na qual essa linha 
abissal ainda existe, não tendo a sua finalidade no período histórico colonial, 
sendo reproduzida de outras formas (racismo, xenofobia, candidatos a asilo ou 
vítimas de governos totalitaristas, invisibilidade do registro civil, políticas 
migratórias opressivas, entre outras) e, gerando exclusões drásticas no âmbito 
social. 
 Nesse contexto, convém analisar a origem histórica dos direitos 
humanos no Brasil e suas consequências na contemporaneidade. Conforme o 
entendimento do sociólogo Raymundo Faoro na obra “Os donos do poder”, a 
sociedade brasileira se caracteriza por um estamento burocrático que beneficia 
especialmente grupos de elites ligados ao Estado, angariando para si poder, 
riqueza e distinção social. Essa concentração impede que a democracia se 
desenvolva de forma perene por meio dos grupos de pressão na sociedade civil 
que façam frente ao Estado e estimule que o poder, os recursos e principalmente 
que os direitos sejam distribuídos às parcelas excluídas pela burocracia estatal. 
Ou seja, desde a formação do país, existe uma estrutura social que não atende 
aos interesses dos grupos marginalizados e as minorias. Sendo assim, os 
direitos humanos têm sido utilizados como garantias frente a essa realidade. 
 O segundo lado da teoria de Bloch, foi definido como genealogia 
revolucionária da sociedade metropolitana. A revolução americana e a revolução 
francesa, foram criadas em nome da lei e do direito. Sendo assim, Bloch entende 
que a hegemonia do conceito de direito é relacionada ao individualismo 
produzido no período histórico em que a burguesia estava surgindo, e que já 
conquistada a hegemonia econômica, alcançava-se a hegemonia política que se 
estabeleceu a partir das revoluções supramencionadas. Logo, o conceito de lei 
e de direito produzidos em meio ao individualismo burguês emergente inspiraram 
o capitalismo, bem como a teoria liberal. 
 Destarte, a atual sociedade se deleita na ilusão de que a supremacia 
dos direitos humanos como linguagem da dignidade humana foi conquistada de 
forma uniforme, se tornando tal utopia um consenso entre os grupos sociais, se 
manifestando de várias formas, dentre elas, destaca-se cinco: a teologia, o 
triunfalismo, a descontextualização, o monolitismo e o antiestatismo. 
 A ilusão teológica consiste em interpretar o contexto histórico em que 
os direitos humanos e o bem condicional foram conquistados, de frente para trás. 
Ou seja, ler o presente como resultado de um caminho linear e orientado do 
passado. Tal ilusão cega os grupos sociais sobre o fato de que tanto o passado 
quanto o futuro contracenaram juntos, com diferentes filosofias e correntes 
ideológicas, e que os direitos humanos caracterizado como uma de tais correntes 
é o resultado contingente que pode ser explicado a posteriori, mas que não 
poderia ser previsto, tendo em vista que os direitos humanos traduziu-se em 
intensas mudanças históricas. 
 A segunda ilusão, nomeada como triunfalismo tem como principal ideia 
a vitória dos direitos humanos como bem humano incondicional. Desse modo, a 
ilusão teológica tem raízes triunfalistas, ressaltando que as outras linguagens de 
dignidade humana são inferiores, em termos éticos e políticos, ao competirem 
com os direitos humanos. Nesse contexto, cabe analisar as razões de tal 
superioridade. 
 A princípio, nota-se que as correntes ideológicas de libertação nacional 
no âmbito político e econômico (socialismo, comunismo, revoluções e 
nacionalismo), utilizaram de linguagens alternativas de dignidade humana e, em 
determinado espaço e tempo estiveram no domínio. No entanto, não 
constituíram a gramática dos direitos humanos para justificarem suas lutas e 
causas. Desse modo, mesmo com o fato de que outras gramáticas e linguagens 
de emancipação estiveram no domínio, a longo prazo, elas foram derrotadas. 
Com isso, o triunfo dos direitos humanos pode ser considerado um progresso 
para alguns, e para outros, um retrocesso histórico. 
 A terceira ilusão, a descontextualização, caracteriza-se pelo ideal de 
que os direitos humanos foram usados como arma política, em contextos 
contrarrevolucionários, ao passo de legitimarem práticas contraditórias e 
opressivas. Diante disso, deixando de ser parte do imaginário revolucionário e 
se tornando hostis e hipócritas, legalizando ações que violam os reais direitos 
humanos, sendo cada vez mais evidente os discursos de retrocesso na 
sociedade atual. Nesse contexto, os direitos humanos, nos meados do século 
XIX, se tornou uma gramática despolitizada de transformação social, sendo 
integrado ao Estado, e o Estado se responsabilizou pelo monopólio do direito e 
da administração da justiça. Com isso, o discurso dos direitos humanos significou 
diferentes coisas e diversos contextos históricos, tendo suas raízes em 
revoluções modernas ou em ruínas dessas revoluções. 
A quarta ilusão é o monolitismo. A declaração da revolução francesa dos 
direitos do homem coexiste dois valores, o direito do homem o do cidadão. 
Sendo assim, os direitos humanos semeiam dois grupos de coletividade. A 
primeira coletividade consiste em ser supostamente mais inclusiva à 
humanidade, nascendo os direitos humanos. E a segunda coletividade, consiste 
em ser mais restrita, abrangendo a coletividade dos cidadãos de um determinado 
Estado. 
 Dessarte, ao longo dos anos os direitos humanos foram sendo 
introduzidos nas constituições e nas práticas jurídico-políticas dos países e 
foram nomeados como direitos fundamentais, garantidos pelo Estado e 
efetivados pelos tribunais. Mas, na prática a efetivação dos direitos de cidadania 
sempre foi precária na maioria dos países, principalmente os emergentes. Sendo 
assim, os direitos humanos foram suplicados através de uma necessidade em 
situações de erosão ou violação grave dos direitos de cidadania, surgindo em 
um nível inferior de inclusão, e sucedendo da comunidade mais densa para a 
mais dissolvida da humanidade. 
Por fim, temos a quinta ilusão, o antiestatismo. Os direitos humanos têm 
raízes na modernidade ocidental, a fim de combater os Estados absolutistas. 
Essa luta teve um avanço histórico após as revoluções francesa e americana, 
que consolidou um caráter negativo, ou seja, o Estado tinha que deixar de agir 
de modo que infringissem os direitos. Porém, com a emergência gradativa dos 
direitos humanos, passou-se a adquirir um caráter positivo, ou seja, o Estado 
deve agir de modo que realize as prestações em que se traduzem os direitos. 
Com esses pensamentos, o Estado tem sido colocado como centro de 
diversos debates dentro dos direitos humanos e deve continuar, mas, de maneira 
moderada, pois essa centralidade inviabiliza abordar outros assuntos, como o de 
teor econômico, que está de forma exacerbada, dominando o mundo e 
contribuindo para reorganizar o Estado, diluindo seu poder. Com essa 
reconfiguração de poder do Estado, a identificação e a punição das violações 
dos direitos humanos são forçadas a serem incluídas nas ações do poder 
econômico, que é forte o bastante para tornar o Estado em um instrumento de 
seus interesses. 
Essas ilusões são fundamentais para a construção da prática contra 
hegemônica, assentando-se em dois pilares: o trabalho político e o trabalho 
teórico. O trabalho político tem com característica os movimentos e organizações 
que lutam por uma sociedade mais justa e mais digna. E o trabalho teórico tem 
como objetivo a construção alternativa dos direitos humanos. 
Nesse sentido, o presente trabalho faz referência as lutas enfrentadas 
pela população brasileira e outras populações mundiais para contribuir para areflexão. 
Por fim, pode-se analisar que práticas que ferem os direitos humanos, 
colabora para a perpetuação do problema e se configura como um fato social. 
Este conceito, criado pelo sociólogo e antropólogo francês Émile Durkheim, 
afirma que valores exteriores e gerais são impostos de modo coercitivo pela vida 
em sociedade e assim, moldam o comportamento dos indivíduos. 
2.2. AS TENSÕES NOS DIREITOS HUMANOS. 
 
Nos direitos humanos, pontua-se nove tensões, a tensão entre o 
universal e o fundacional; entre o individual e o coletivo; entre o Estado e o anti-
Estado e o seu desdobramento na questão das gerações de direitos humanos; 
entre o secular e o pós-secular; entre direitos humanos e deveres humanos; 
entre a razão de Estado e a razão dos direitos; entre os direitos dos humanos e 
os direitos dos não humanos; entre igualdade e reconhecimento da diferença; e 
entre desenvolvimento e autodeterminação. Inicialmente define-se tensão, de 
forma superficial, como algo que se está ameaçado de se romper. 
 Para introduzir o assunto trata-se a tensão entre o universal e o 
fundacional. Os dois tem significados homônimos, o universal é para o tudo, e 
fundacional é para algo específico, que pode ser uma força tão poderosa quanto 
a universalidade e generalidade do universal. 
 De acordo com Santos (2006), eles hoje estão na origem da tensão 
entre o princípio da igualdade e o princípio do reconhecimento da diferença e 
mesmo da tensão entre desenvolvimento e autodeterminação. Ambos têm 
origem histórica ocidental, questionando a definição de tais, uma vez que se tem 
uma origem se tem o questionamento se é de fato para todos. O mundo se 
encontra em um período transitório, e a revisão da história é cada vez mais 
credível. 
 A tensão entre o individual e o coletivo é a de conhecimento mais 
amplos, há diversas discussões entre o direito do indivíduo e o direito do Estado, 
baseia-se primariamente através da Declaração Universal dos Direitos do 
Homem das Nações Unidas, que é a primeira grande declaração universal do 
século passado, à qual se seguiriam várias outras. Só conhece dois sujeitos de 
direito, antes da Declaração datada em 1948, havia várias nações, comunidades 
e povos que não tinham Estado, logo, foi um marco para os Direitos Humanos. 
Ao longo do tempo, depois de muitos tabus, a Declaração passou a abranger 
mais povos, atendendo as particularidades culturais de cada um. 
 Tratando sobre os direitos coletivos, eles não entram institucionalmente 
nos direitos humanos, a tensão entre direitos individuais e direitos coletivos 
decorre da luta histórica dos grupos sociais que, por serem excluídos ou 
discriminados enquanto grupos, não podiam ser adequadamente protegidos por 
direitos humanos individuais, são eles, a luta pelas mulheres, homossexuais e 
indígenas por exemplo. Não há especificamente uma contradição entre direitos 
individuais e direitos coletivos, mais que não seja exclui o fato de existirem 
muitos tipos de direitos coletivos, que existem para eliminar ou reduzir os direitos 
e injustiças de coletivos que são discriminados ou vitimados. 
 No que tange a tensão entre o Estado e o anti-Estado, permanece e tem 
uma validade específica na tensão entre as chamadas gerações de direitos 
humanos. Este é o domínio em que os direitos humanos mais se confundem com 
os direitos de cidadania, na ascendência dos direitos humanos está uma pulsão 
anti-Estado, e essa pulsão teve ao longo dos últimos duzentos anos significados 
políticos contraditórios. A efetivação destes direitos humanos depende 
totalmente do Estado e por isso implica uma transformação na natureza política 
da ação do Estado. 
 Porém, os últimos trinta anos demostraram-se bem que a aceitação da 
ideia da indivisibilidade dos divergentes tipos de direitos humanos tem ocorrido 
mais no nível dos princípios do que no nível das práticas, já que a versão 
neoliberal dos direitos humanos em vigor nos últimos trinta anos veio a repor a 
doutrina liberal com mais extremismo e hostilidade, quando comparado à 
ascensão dos direitos sociais e econômicos por parte do Estado. 
 É importante salientar que, enquanto na sua formulação original, liberal 
e oitocentista, a posição anti-Estado tinha alguma razão de ser democrática em 
face do autoritarismo que as sequelas do ancien régime geravam, a posição 
neoliberal anti-Estado, da década de 1980 em diante, é reacionária e 
antidemocrática porque o seu objetivo é desmantelar o Estado social, o conjunto 
de políticas sociais que deram efetividade aos direitos sociais e econômicos e 
consolidaram no imaginário popular a ideia de soberania (que fora crucial no 
pensamento liberal), hoje convertida em anátema, vista como um obstáculo ao 
livre comércio e à globalização. 
 Já a tensão entre secularismo e pós-secularismo, foi o momento em que 
se transferiu a religião para com um direito privado, de modo a que o domínio 
público fosse um domínio secularizado onde os conflitos religiosos não teriam 
lugar, podendo assim, ser possível a liberdade religiosa, porém na pratica, as 
igrejas católica e protestante, de continuarem a exercer uma influência 
importante nos negócios públicos. 
 A tensão entre direitos humanos e deveres humanos, por mais que 
ambas foram arquitetadas juntas, os direitos humanos não comportam uma 
cultura de deveres. E para compreender tal assimetria é necessário considerar 
as diferentes arqueologias de cada uma das gramáticas em presença. 
 Ademais, há a tensão entre a razão de estado e a razão de direito. 
Direito não é justiça, mas uma realidade social que deve estar a serviço da 
justiça. É sob a perspectiva dos direitos que se afirma o Estado e não sob a 
perspectiva do Estado que se afirmam os direitos. Os direitos representam uma 
das decisões básicas do constituinte, através da qual os principais valores éticos 
e políticos de uma comunidade alcançam expressão jurídica. Vale destacar 
ainda que são dotados de especial força expansiva, projetando-se por todo o 
universo constitucional e servindo como critério interpretativo de todas as 
normas do ordenamento jurídico. 
 Segundo o preâmbulo da Constituição Federal de 1988, o estado é 
destinado a assegurar, ou seja, proteger o exercício dos direitos sociais e 
individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a 
igualdade e a justiça, como valores supremos de uma sociedade fraterna, 
pluralista e sem preconceitos. Logo, não existe democracia se o Estado não 
cumpre a sua função de aplicar a justiça e o direito na sociedade, sem exceções. 
 No decorrer dos anos o homem desenvolveu diversas perspectivas 
acerca do conhecimento jurídico e social, criando novas formas de governo, uma 
delas é o governo autoritário derivado do Estado Moderno de Nicolau Maquiavel. 
Um conceito fundamental para se compreender o Estado moderno é a razão que 
o Estado estabelece ao governante para utilizar da força estatal e dos demais 
meios necessários para contornar decisões condicionadas por normas prévias e 
atingir o principal objetivo do “estado de exceção”, que é a manutenção do poder. 
Entretanto, esse tipo de governo, geralmente, dependendo do seu teor, podem 
se chocar com os direitos e garantias fundamentais do ser humano e essa tensão 
pode igualmente ser definida como a tensão entre a continuidade dos direitos 
humanos e as descontinuidades dos regimes políticos. 
 Paralelo a isso, é nítido que as Constituições anteriores tratavam 
primeiro do Estado, para, depois, disciplinarem os direitos. Foram consolidados 
temas benéficos ao Estado e não aos direitos. Mas, a nova visão constitucional 
da Constituição de 1988 assume como ponto de partida a gramática dos direitos 
e, assim, altera o paradigma de um Direito inspirado pela ótica do Estado para 
um Direito inspirado pela ótica da cidadania, radicado nos direitos dos cidadãos. 
No que diz respeito entre a tensão do humano e não humano.A 
universalidade dos direitos humanos possui, no decorrer da história, diversas 
controvérsias. A ideia de que, na época da escravidão, nem todos os seres 
humanos eram plenamente humanos e, por isso, não deviam ser contemplados 
com a dignidade conferida à toda humanidade é incontestável. Outra grande 
polêmica quanto a esse assunto é que os sujeitos de direitos são exclusivamente 
os humanos. Entretanto, para outras gramáticas de dignidade, o conceito de ser 
humano é muito mais amplo, abrangendo como, por exemplo, a ordem cósmica 
e a natureza, visto que, se não forem preservadas, a luta a favor de direitos 
concedidos à humanos será em vão. 
Além disso, devemos pontuar a tensão entre o conhecimento da 
igualdade e da diferença. O debate acerca da igualdade e da diferença se fez 
presente desde os tempos antigos, sendo mais contundente na sociedade 
contemporânea. Não se trata somente de uma igualdade socioeconômica 
cultural, mas também da igualdade jurídico-política e do princípio da isonomia, 
ou seja, a igualdade de todos perante a lei. 
Segundo o artigo 5º da Constituição Federal de 1988 (CF88) “Todos são 
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Entretanto, por 
melhor que sejam as leis, elas sozinhas não chegam ao objetivo final. 
Tendo em vista os fatos mencionados anteriormente, a luta pela 
igualdade, enquanto luta pela redução das desigualdades socioeconômicas, veio 
muito mais tarde com os direitos sociais e econômicos. Este paradigma começou 
a ser questionado quando grupos sociais discriminados e excluídos se 
organizaram, não só para lutar contra a discriminação e a exclusão, mas também 
para pôr em causa os critérios dominantes de igualdade e diferença e os 
diferentes tipos de inclusão e exclusão que legitimam. 
Paralelo a isso, segundo Nery Junior, advogado e professor brasileiro, o 
princípio da igualdade pressupõe que as pessoas sejam colocadas em situações 
diferentes e, também, sejam tratadas de forma desigual, surgindo a assim a sua 
famosa frase: “Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na 
exata medida de suas desigualdades”. 
Destarte, temos a tensão entre o direito ao desenvolvimento e outros 
direitos humanos individuais e coletivos, nomeadamente o direito à 
autodeterminação, o direito a um ambiente saudável, o direito à terra e o direito 
à saúde. Segundo o artigo inaugural da Declaração do Direito ao 
Desenvolvimento de 1986, o direito ao desenvolvimento é um direito humano 
inalienável e confere a toda pessoa humana e a todos os povos a participação 
no desenvolvimento econômico, social, cultural e político. O direito ao 
desenvolvimento teve em sua base teórica ideias semelhantes às da teoria da 
dependência, que tratava sobre as trocas desiguais nas relações econômicas de 
dependência entre os países subdesenvolvidos e desenvolvidos, do mercado 
internacional. 
A dependência expressa subordinação, a ideia de que o 
desenvolvimento desses países está subordinado ao desenvolvimento de outros 
países, devido ao desenvolvimento capitalista do país e sua inserção no 
capitalismo mundial. A filosofia do movimento dos países não alinhados - fórum 
de 120 países que não estão alinhados formalmente à um bloco de poder 
de internacional – surgiu durante o período da Guerra Fria – período cujo o 
mundo tinha a possibilidade de escolha entre o capitalismo em processo de 
globalização e a alternativa socialista – e auxiliou os países de periferia a 
alcançar a reivindicação de garantias indispensáveis para o seu 
desenvolvimento. 
Ademais, essa reivindicação se manifestou no movimento para uma 
Nova Ordem Econômica Internacional em que os países desenvolvidos fizeram 
uma oposição frontal, intensificada após a queda da União Soviética, as 
possibilidades de desenvolvimento que se não pautassem pelas normas do 
Consenso de Washington - conjunto de dez políticas econômicas liberais que 
foram sugeridas e aplicadas para acelerar o desenvolvimento de vários países. 
Logo, os custos sociais do desenvolvimento tornaram-se mais e mais evidentes. 
Há ainda a tensão entre o direito ao desenvolvimento e os direitos 
ambientais e em especial o direito à saúde. O desenvolvimento é um processo 
econômico, social, cultural e político que objetiva o bem-estar de toda a 
população e de todos os indivíduos com base em sua participação ativa, livre e 
significativa no desenvolvimento e na distribuição justa dos benefícios daí 
resultantes. Entretanto, no início do século XXI, o desenvolvimento encontrou-
se ameaçado, visto que o desenvolvimento capitalista toca os limites de carga 
do planeta Terra, como, por exemplo, em 2012, ano em que diversos recordes 
de perigo climático foram ultrapassados nos EUA, na Índia, no Ártico. Em 
consonância com os fatos mencionado, o perigo climático pode desencadear 
secas, inundações, crise alimentar, especulação com produtos agrícolas, 
escassez crescente de água potável, entre tantos outros malefícios. 
Paralelo a isso, segundo o Art. 197 da Constituição Federal de 1988 é 
de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público 
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, 
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, 
por pessoa física ou jurídica de direito privado. Entretanto, não só no Brasil, mas 
também em vários países é nítido o acumulo de terras e os vastos espaços 
destinados à monocultura alimentar, agrocombustível, ou reserva alimentar de 
países estrangeiros. No Brasil, este fenômeno ocorre no contexto da fronteira 
agrícola para a exportação de commodities negociação em escala global, com 
preços definidos por oferta e demanda. 
Segundo pesquisas estatísticas, nos últimos cinco anos o Brasil 
aumentou o consumo de produtos agrícolas, ocupando o lugar de maior 
consumidor de agrotóxicos no mundo, comprovando, assim, que o processo 
produtivo agrícola brasileiro está cada vez mais dependente dos agrotóxicos e 
fertilizantes químicos. Em relação aos fatos mencionados, tendo em vista os 
agrotóxicos no contexto da saúde pública, os impactos do uso intensivo são 
amplamente desastrosos, pois atingem vastos territórios e envolvem diferentes 
grupos populacionais, como os trabalhadores que atuam nos setores da cadeia 
produtiva do agronegócio, a população residente nos arredores das fábricas e 
fazendas e, obviamente, todos os consumidores desses alimentos. Além disso, 
a degradação nos ecossistemas derivada do uso prolongado dos agrotóxicos 
afeta, principalmente, as populações dependentes da natureza, como indígenas 
e agricultores dedicados à agroecologia. Ainda convém lembrar que, segundo 
pesquisas, é comprovado a intoxicações humana, malformações e doenças de 
pele decorrentes da contaminação com agrotóxicos e fertilizantes químicos no 
ecossistema. 
Por fim, temos a tensão entre a autodeterminação indígena e o 
desenvolvimento neoliberal e a tensão com os direitos dos povos de se 
libertarem do colonialismo e neocolonialismo. Segundo a Declaração Universal 
dos Direitos dos Povos Indígenas, os índios têm o direito à conservação e à 
proteção do meio ambiente e da capacidade produtiva de suas terras ou 
territórios e recursos. Em contradição com a afirmação anterior, cabe destacar 
que a violência contra os povos indígenas tem se manifestado de modo 
alarmante no agronegócio e, principalmente, na exploração de recursos naturais, 
exatamente no ponto focal da Declaração Universal dos Direitos dos Povos 
Indígenas. Logo, incitando o anseio pelo direito à autodeterminação dos povos - 
princípio que visa garantir a todo povo de um país o direito de se autogovernar -
, representando objetivamente pela Convenção 169 da OIT que enfatizava o 
direitode participação dos povos indígenas no uso, gestão e conservação de 
seus territórios, além do direito a indenização por danos e proteção contra 
despejos e remoções de suas terras tradicionais. 
O modelo de desenvolvimento econômico baseado nos recursos 
naturais é devastador, tendo em vista os riscos à terra e ao território. Além disso, 
a constante expansão desse ramo cria possibilidades para a reprimarização da 
economia, ou seja, há chances de exportar mais produtos primários do que 
produtos industrializados, consequentemente, transformando a população 
indígena em obstáculo, visto que a população indígena luta pelos seus direitos 
e tentar defender os seus territórios da entrada de empresas capitalizadas. Como 
resultado desse cenário, os estereótipos somados juntamente com o conflito de 
interesses entre empresas e comunidades indígenas, poderá resultar em 
assassinatos de lideranças e influenciadores que lutam a favor da causa, assim, 
funcionando como obstáculos. 
A Constituição de 1988, instituída no Brasil, garantiu por lei o 
reconhecimento dos direitos dos povos indígenas aos seus territórios. E a partir 
de então muitos de tais territórios foram reconhecidos, porém sempre envolvidos 
em problemas devido á dramatização política, como a resistência, legal e ilegal, 
o sistema judicial conservador, governantes que veem nos povos indígenas 
apenas sua garantia de peso eleitoral e o racismo. 
No continente latino-americano, Ruy Mauro Marini definiu a luta dos 
povos pela libertação colonialismo como sub imperialismo – estratégia 
econômica para adquirir monopólios e capital financeiro. Na sua opinião do autor, 
no final dos anos 70 o Brasil era a principal potência capitalista, visto que o ponto 
de vista do Brasil na divisão internacional do trabalho permitia-lhe criar uma 
relação de cooperação com os países de primeiro mundo, tendo, como objetivo, 
desenvolver uma política expansionista autônoma, ou seja, criando uma esfera 
de influência regional própria. Logo, o Brasil tendia a reproduzir atos imperialistas 
nas suas relações econômicas internacionais. 
O sub imperialismo, em sua essência, possui uma composição de média 
de capital, em comparação à na escala mundial dos aparatos produtivos 
nacionais, e, também, a aplicação de uma política expansionista que integra o 
sistema produtivo imperialista. Entretanto, o Brasil, ao assumir essa posição, 
transmite ao mundo que as lições dos colonizadores são mais eficientes, ou seja, 
mais benéficas em relação as dos antepassados que lutaram contra o 
colonialismo em nome da autodeterminação dos povos e da justiça social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. CONCLUSÃO. 
Conclui-se que os direitos humanos são normas que regem não só o 
modo como os seres humanos vivem em sociedade, mas também a sua relação 
com o Estado e as obrigações que o Estado tem em relação a eles. A 
universalidade dos direitos humanos possui, no decorrer da história, diversas 
controvérsias. As regras atuais do capitalismo-global-sem-regras ajuramentam a 
ver, na batalha ambiental, a batalha dos povos indígenas e quilombolas; na luta 
pelos direitos econômicos e sociais, a luta pelos direitos cívicos e políticos; na 
luta pelos direitos individuais, a luta pelos direitos coletivos; na luta pela 
igualdade, a luta pelo reconhecimento da diferença; na luta contra a violência 
doméstica, a luta pela liberdade de orientação sexual, a luta dos camponeses 
pobres; na luta pelo direito à cidade, a luta contra a violência no campo, a luta 
pelo direito à saúde coletiva.

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