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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB CCEN – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE FÍSICA FÍSICA ESPERIMENTAL II RELATÓRIO 2 – SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAS E CAMPOS ELÉTRICOS JOÃO PESSOA - 2021 1. INTRODUÇÃO Uma superfície equipotencial é uma superfície que contem em diferentes locais dela dois pontos com igual potencial elétrico, ou seja, o campo elétrico não realiza nenhum trabalho quando uma partícula se desloca de um ponto a outro dentro de uma superfície equipotencial. O trabalho realizado sobre uma carga de prova para deslocá-la de uma superfície equipotencial para outra não depende da posição dos pontos inicial e final nas superfícies nem da trajetória seguida pela carga de prova. O campo elétrico em um ponto é a relação entre a força elétrica e a quantidade de carga produzida em um ponto. �⃗� = �⃗⃗⃗�⃗⃗ 𝑞 A intensidade do campo elétrico pode ser representada pela densidade e comportamento das linhas de campo que indicam a direção e o sentido do campo. A diferença de potencial elétrico entre dois pontos i e f é dado por. 𝑉𝑓 − 𝑉𝑖 = − ∫ �⃗� ∙ 𝑓 𝑖 𝑑𝑠 Se 𝑉𝑖 = 0, o potencial será. 𝑉 = − ∫ �⃗� ∙ 𝑓 𝑖 𝑑𝑠 Além do mais, em campo elétrico uniforme de módulo E, a variação do potencial de uma superfície equipotencial de maior valor para uma de menos valor, separados por uma distância Δx pode ser dado pelo variação ΔV = -E Δx. Segundo o Halliday, as superfícies equipotenciais produzidas por uma carga pontual ou por qualquer distribuição de cargas com simetria esférica constituem uma família de esferas concêntricas. No caso de um campo elétrico uniforme, as superfícies formam uma família de planos perpendiculares às linhas de campo. Dessa forma, as linhas de campo são perpendiculares às superfícies equipotenciais, sendo assim, estas são perpendiculares também as �⃗� , ou seja, o campo é tangencias essas linhas. Mas, se não for perpendicular o campo terá uma componente paralela á superfície. Além do mais, superfícies equipotenciais são sempre perpendiculares também às linhas de força, logo, o trabalho da força eletrostática é definido como o produto escalar da força pelo deslocamento. Em um sistema eletrostático, se as linhas equipotenciais foram desenhadas, as linhas de força podem ser também construídas, uma vez que, elas são perpendiculares ás linhas equipotenciais. Já a orientação do campo elétrico em uma região pode ser representada graficamente por linhas de força. 1.1.OBJETIVOS O relatório consiste em um experimento que, dado uma configuração dos eletrodos, determina-se a forma de distribuição de diversas linhas equipotenciais, e são localizadas no sistema de uma cuba com uma solução eletrolítica. 2. METODOLOGIA Colocou-se uma cuba de vidro (material transparente) com uma solução eletrolítica sobre um papel milimétrico já contendo dois eixos y e x de referência. Nesse eletrólito foram colocados eletrodos submetidos a potenciais diferentes. No primeiro Os materiais utilizados: • Fonte de tensão • Multímetro • Papel quadriculado com dois eixos • Eletrodos planos (um) e circulares (dois) • Cuba eletrolítica • Cabos de conexão • Solução eletrolítica A tensão durante todo o experimento foi de 10,1 volts, fixa durante todo o experimento. O arranjo inicial do sistema se deu posicionando a fonte de tensão ligando-a por cabo a um eletrodo mergulhado em uma solução eletrolítica, e outro eletrodo ligado o outro terminal, para a parte da fonte de tensão que permitiria uma passagem de corrente no sistema. Os eletrodos A e B foram fixados em posições perpendiculares ao fundo a cuba, e como dito, ligados à fonte de tensão. O eletrodo positivo foi posicionado nas coordenadas (0;10) do papel quadriculado, e o eletrodo negativo foi posicionado nas coordenadas (0;-10). O multímetro ficou conectado de tal forma que a ponta de prova preta do cabo comum (COM) ficou fixa no mesmo potencial do polo negativo da fonte de tensão em uma de suas extremidades, no caso, foi colocado sobre o eletrodo circular de coordenada (0;-10). Já o da outra ponta, vermelha, possuía uma sonda, que podia se mover sobre a cuba, para a realização das medidas de diferentes pontos de potencial. Na função de voltímetro, com a escala trabalhada de 20 V, mede-se a diferença de potencial entre o ponto localizado pela sonda (posicionada verticalmente) e o eletrodo negativo do sistema. Obteve-se a distribuição dos pontos que possuem potenciais iguais e dessa forma, foi possível traças as linhas equipotenciais, por meio das coordenas do papel quadriculado, e também as linhas de força baseado na disposição dos eletrodos circulares e retos. a) Campo elétrico de “duas cargas pontuais”. Foram fixados dois eletrodos cilíndricos de modo que permaneceram perpendiculares ao fundo da cuba, alinhados por um eixo que estava no papel quadriculado debaixo da cuba. Os foram separados por uma distância de aproximadamente de 10 cm, em um ponto equidistante do ponto (0;0) das coordenadas dos eixos do papel.. b) Carga pontual em frente a um plano condutor. O sistema foi disposto da mesma maneira, contudo o polo negativo foi posto o eletrodo plano, dessa forma, permaneceu-se o eletrodo circular nas mesmas coordenadas do procedimento a. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES É importante ser esclarecido que os pontos da coordenada x foram pé determinados, dessa forma, as diferentes formas das linhas equipotenciais foram definidas com maior intensidade com relação ao eixo y, que foi o responsável por definir a forma geométrica das linhas de diferentes potenciais. As linhas equipotenciais podem ser determinadas a partir da medida do potencial em vários pontos, que será o plotados posteriormente em um gráfico, dando uma forma geométrica às linhas equipotenciais. Os pontos medidos para o eletrodo circulares podem ser identificados na tabela a seguir. Tabela 1: Pontos das Superfícies equipotenciais com dois eletrodos Circulares Lin. Eq. V (ref.) Ponto P1 Ponto P2 Ponto P3 (ref.) Ponto P4 Pontos P5 N° (volts) X (cm) Y (cm) X (cm) Y (cm) X (cm) Y (cm) X (cm) Y (cm) X (cm) Y (cm) 1 3,53 6,0 8,1 3,0 6,3 0,0 6,0 -3,0 6,2 -6,0 7,7 2 4,49 6,0 3,6 3,0 3,2 0,0 3,0 -3,0 3,1 -6,0 3,5 3 5,41 6,0 0,1 3,0 0 0,0 0,0 -3,0 -0,1 -6,0 -0,2 4 6,34 6,0 -3,5 3,0 -3,2 0,0 -3,0 -3,0 3,4 -6,0 -4,1 5 7,37 6,0 -7,8 3,0 -6,3 0,0 -6,0 -3,0 -6,9 -6,0 -9,3 Como se sabe, por geometria, eletrodos circulares podem ser interpretados geometricamente como cargas pontuais, portanto, pode-se considerar a tabela como sendo as superfícies equipotenciais de duas “cargas pontuais”. Verificasse nessa tabela que o potencial aumenta à medida que se aproxima do eletrodo negativo a uma distância (do centro ao outro) de 20 cm um do outro. Dessa maneira, percebe-se a progressão dos pontos de maior potencial para de menor potencial, que nos permite verificar também o sentido do campo elétrico mesmo que não soubéssemos o sinal das cargas presentes nos eletrodos, uma vez que, o vetor campo elétrico aponta do menor potencial para o sentido de maior potencial. Já a tabela seguinte é dos pontos das superfícies equipotenciais para um eletrodo circular (pontual) positivo, mais um eletrodo de placa plana de carga negativa. Tabela 2: Pontos da Superficie equipotenciais com um eletrodo plano Lin Eq V (ref.) Ponto P1 Ponto P2 Ponto P3 (ref.) Ponto P4 Pontos P5 N° (volts) X (cm) Y (cm) X (cm) Y (cm) X (cm) Y (cm) X (cm) Y (cm) X (cm) Y (cm) 1 3,47 6,0 7,5 3,0 6,4 0,0 6,0 -3,0 6,8 -6,0 8,8 2 4,72 6,0 3,4 3,0 3,1 0,0 3,0 -3,0 3,2 -6,0 3,9 3 5,74 6,0 0,1 3,0 -0,2 0,0 0,0 -3,0 -0,1 -6,0 0 4 6,65 6,0 -3,1 3,0 -3,0 0,0 -3,0 -3,0 -3,1 -6,0 -3,0 5 7,646,0 -6,0 3,0 -6,0 0,0 -6,0 -3,0 -6,1 -6,0 -6,2 A mesmas considerações para os valores da tabela passada podem ser considerados para a tabela 2, tendo em destaque em uma linearização das linhas para os pontos mais próximos do eletrodo reto. 4. DISCUSSÕES Obtido os valores dos pontos de iguais potenciais, pode-se traçar as linhas equipotenciais. Figura 1: Distribuição das linhas equipotenciais para dois eletrodos circulares Y X Figura 2: Distribuição das linhas equipotenciais para um eletrodo circular e um plano Primeiramente, verifica-se uma relação geométrica entre a forma de distribuição dos pontos equipotenciais das linhas com a forma do eletrodo que este mais próximo delas. Portanto, pode-se considerar que as linhas equipotenciais assumem um formato no espaço parecido com os eletrodos que o formam. Dessa forma, verifica-se a confirmação de que as superfícies equipotenciais constituem uma família de linhas que são do formato do condutor que produz uma diferença de potencial. Por esse motivo, as linhas equipotenciais mais próximas dos condutores de formato esférico assumiram formatos próximos de uma esfericidade, e as linhas mais próximas da superfície do condutor reto possui uma distribuição plana. Como o experimento possui uma indenidade de potencial fixo entre os dois terminais ligados aos eletrodos pode-se concluir que o campo elétrico entre eles é constante. Dessa forma, calculando o campo baseando-se na linha equipotencial 1 de referencia para o calculo do campo, tem-se seguinte tabela. Tabela 3: Campo elétrico entre os dois eletrodos "puntuais" Lin Eq CAMPO ELÉTRICO (V/m) N° P1 P2 P3 P4 P5 1 21,33 30,97 32,00 30,97 22,86 2 23,50 29,84 31,33 29,84 23,80 3 24,22 29,58 31,22 29,27 23,81 4 24,15 30,48 32,00 29,31 22,59 Y (cm) X (cm) Já para a o eletrodo circular com o plano, temos: Tabela 4: Campo eletrico entre o eletrodo circular e plano Lin Eq CAMPO ELÉTRICO (V/m) N° P1 P2 P3 P4 P5 1 30,49 39,06 41,67 41,67 32,89 2 30,68 34,92 37,83 36,03 29,48 3 30,00 34,19 35,33 34,19 29,72 4 30,89 33,90 34,75 33,90 30,00 Foram calculadas os campos entre pontos da coordenada x que são diferentes, mas percebeu-se que o valor de maior intensidade do campo elétrico era pra valores onde ao valores de x estavam na mesma linha perpendicular às linhas equipotenciais. Concluindo portanto que, o campo elétrico é perpendicular às linhas equipotenciais, pois esta é a direção de máximo valor de variação de V e E. Dessa maneira, para se ter uma ideia de distribuição das linhas de campo elétrico por meio da visualização das duas seguintes imagens. Tabela 5: Linhas de campo elétrico dois eletrodos circulares Tabela 6: linhas de Campo elétrico de um eletrodo circular e um plano 5. CONCLUSÃO Foi possível, portanto, a visualização das linhas de superfícies equipotenciais, além da distribuição espacial, a sua forma geométrica com base nos dois tipos geométricos de eletrodos. Além de uma visualização do campo elétrico, usando tanto as considerações teóricas como as plotadas nos papeis quadriculados, também para os dois eletrodos. É possível perceber uma distribuição das linhas de campo, com base na geometria dos eletrodos que o formam, com uma densidade de linhas maior e mias curvas para os circules, e para as planas uma distribuição mais uniforme de linhas. 6. REFERENCIA HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física. 9.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v.l.
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