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POLITICAS E PROGRAMAS DO MINSTERIO DA SAUDE (1)

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CURSO DE MEDICINA
INTERNATO 
ESTÁGIO DE SAÚDE COLETIVA
Docente: Prof. Dra. Robsmeire Calvo Melo Zurita
POLÍTICAS E PROGRAMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Maringá
2021
Sumário
1 Política Nacional de Atenção Básica
2 Política Nacional de Promoção da Saúde
3 Política Nacional de Humanização
4 Política Nacional de Educação Permanente em Saúde
5 Política Nacional de Práticas Integrativas Complementares
6 Política Nacional de Saúde do Trabalhador 
7 Política Nacional de Vigilância em Saúde
8 Política Nacional de Assistência Farmacêutica 
9 Estratégia Saúde da Família
10 Programa Nacional de Imunização
11 Doação e Transplante de Órgãos
12 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)/HIV
13 Programa Nacional de Controle do Tabagismo
14 Programa Materno Infantil 
15 Programa Nacional Telessaude Brasil Redes 
16 Programa Médicos do Brasil
17 Programa Conectesus
18 Controle de Doenças Endêmicas
19 Doenças Crônicas Não Transmissíveis 
20 Saúde Bucal
21 Programa Saúde na Hora
22 Programa Previne Brasil
As políticas públicas podem ser definidas como conjuntos de disposições, medidas e procedimentos que traduzem a orientação política do Estado e regulam as atividades governamentais relacionadas às tarefas de interesse público. São também definidas como todas as ações de governo, divididas em atividades diretas de produção de serviços pelo próprio Estado e em atividades de regulação de outros agentes econômicos.
 As políticas públicas em saúde integram o campo de ação social do Estado orientado para a melhoria das condições de saúde da população e dos ambientes natural, social e do trabalho. Sua tarefa específica em relação às outras políticas públicas da área social consiste em organizar as funções públicas governamentais para a promoção, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e da coletividade. 
No Brasil, as políticas públicas de saúde orientam-se desde 1988, conforme a Constituição Federal promulgada neste ano, pelos princípios de universalidade e eqüidade no acesso às ações e serviços e pelas diretrizes de descentralização da gestão, de integralidade do atendimento e de participação da comunidade, na organização de um sistema único de saúde no território nacional (LUCCHESE, 2004). 
Historicamente, a atenção à saúde no Brasil tem investido na formulação, implementação e concretização de políticas de promoção, proteção e recuperação da saúde.
OBSERVAÇÃO: É importante explicitar a diferença entre política e programa que utilizaremos em todo texto, nivelando conceito. Política de Saúde  e Programa de Saúde dizem respeito a uma forma epistemológica (conhecimento) e uma forma substantiva (significado), porém as políticas são as diretrizes do sistema de saúde brasileiro, enquanto os programas são modos de operacionalizar essas diretrizes, a execução.
1- Política Nacional de Atenção Básica
A Atenção Básica no Brasil se tornou uma política a partir de 2006, por ocasião do Pacto pela Saúde. Em 2017 já estava na sua 3ª versão por meio da Portaria 2.436/2017, quando houve revisão da regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do SUS, estabelecendo-se as diretrizes para a organização do componente da Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde (RAS).
Segundo a Portaria 2.436/2017, a Atenção Básica é definida como o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária.
Esta é umas das principais políticas do SUS, pois é considerada a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordena todo o cuidado e ordena as ações e serviços disponibilizados na rede (BRASIL, 2017).
2- Política Nacional de Promoção da Saúde
Em 2006, a Promoção da Saúde ganhou status de política pública, tornando-se um importante eixo do sistema de saúde brasileiro, por meio da Portaria 687/2006. Em 2014, esta política foi redefinida para incrementar as ações de promoção da saúde no território, bem como garantir sua consonância com os princípios e diretrizes do SUS. Essa republicação se deu pela Portaria 2.446/2014. Importante ressaltar que a PNPS traz em sua base o conceito ampliado de saúde e o referencial teórico da promoção da saúde como um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, caracterizando-se pela articulação e cooperação intra e intersetorial, pela formação da RAS, buscando articular suas ações com as demais redes de proteção social, com ampla participação e controle social.
A PNPS tem oito temas prioritários de atuação, os quais são: formação e educação permanente, alimentação adequada e saudável, práticas corporais e atividades físicas, enfrentamento do uso do tabaco e seus derivados, enfrentamento do uso abusivo do álcool e outras drogas, promoção da mobilidade segura, promoção da cultura da paz e direitos humanos e promoção do desenvolvimento sustentável. Mais recentemente foi incluído o incentivo ao parto normal como um novo tema da PNPS, uma vez que o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em número de cesáreas, com 57% do total de partos, sendo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) até 15% (MALTA et al., 2018).
3- Política Nacional de Humanização
A Política Nacional de Humanização (PNH) (HumanizaSUS) existe desde 2003 para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. A PNH deve estar presente e inserida em todas as políticas e programas do SUS.
Método e Dispositivos da PNH
Por método entende-se a condução de um processo ou o seu modo de caminhar (meta = fim; hodos = caminho). A PNH caminha no sentido da inclusão, nos processos de produção de saúde, dos diferentes agentes implicados nestes processos.
Podemos falar de um “método de tríplice inclusão”:
· inclusão dos diferentes sujeitos (gestores, trabalhadores e usuários) no sentido da produção de autonomia, protagonismo e corresponsabilidade. Modo de fazer: rodas;
· inclusão dos analisadores sociais ou, mais especificamente, inclusão dos fenômenos que desestabilizam os modelos tradicionais de atenção e de gestão, acolhendo e potencializando os processos de mudança. Modo de fazer: análise coletiva dos conflitos, entendida como potencialização da força crítica das crises.
· inclusão do coletivo seja como movimento social organizado, seja como experiência singular sensível (mudança dos perceptos e dos afetos) dos trabalhadores de saúde quando em trabalho grupal. Modo de fazer: fomento das redes.
Efeitos esperados:
· Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso;
· Atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco;
· Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo;
· Garantia dos direitos dos usuários;
· Valorização do trabalho na saúde;
· Gestão participativa nos serviços.
Dispositivos da PNH: 
Dispositivo é um arranjo de elementos, que podem ser concretos (ex.: uma reforma arquitetônica, uma decoração, um manual de instruções) e/ou imateriais (ex.: conceitos, valores, atitudes) mediante o qual se faz funcionar, se catalisa ou se potencializa um processo. Na PNH, foram desenvolvidos vários dispositivos que são acionados nas práticas de produção de saúde, envolvendo coletivos e visando promover mudanças nos modelos de atenção e de gestão:
· Acolhimento com Classificação de Risco;
· Equipes de Referência e de Apoio Matricial;
· Projeto Terapêutico Singular e Projeto de Saúde Coletiva;
· Projetos Cogeridos de Ambiência;
· Colegiado Gestor;
· Contrato de Gestão;
· Sistemas de escuta qualificada para usuários e trabalhadores da saúde: gerência de “porta aberta”; ouvidorias; grupos focais e pesquisas de satisfação;· Visita Aberta e Direito à Acompanhante;
· Programa de Formação em Saúde do trabalhador (PFST) e Comunidade Ampliada de Pesquisa (CAP);
· Programas de Qualidade de Vida e Saúde para os Trabalhadores da Saúde;
· Grupo de Trabalho de Humanização;
· Câmaras Técnicas de Humanização;
· Projeto Memória do SUS que dá certo. 
https://antigo.saude.gov.br/acoes-e-programas/humanizasus/metodo-e-dispositivos-da-pnh
4- Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS)
A PNEPS foi criada em 2003, com a finalidade de valorizar os diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores, pelo fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos; pelo aumento do grau de corresponsabilidade na produção de saúde e de sujeitos; pelo estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de gestão; pela identificação das necessidades sociais de saúde; pela mudança nos modelos de atenção e gestão dos processos de trabalho; e pelo compromisso com a ambiência e com a melhoria das condições de trabalho e de atendimento. Em 2014 foi implementada pela Portaria 278/2014.
A Educação Permanente em Saúde (EPS) considera a aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho, baseando-se na aprendizagem significativa e na possibilidade de transformar as práticas dos trabalhadores da saúde. Valoriza a aprendizagem significativa, onde o processo de aprendizagem propicia a construção de conhecimentos a partir dos saberes prévios dos sujeitos articulados aos problemas vivenciados no trabalho. Ocorre, portanto, uma transformação no conhecimento e nas práticas profissionais, baseada em situações e problemas de vida e de trabalho.
Atualmente, um dos grandes desafios do SUS é prover os serviços com profissionais com perfil adequado às necessidades do sistema de saúde. Neste sentido, esta política busca qualificar os profissionais para que possam atender de forma mais efetiva às reais necessidades da população brasileira (BRASIL, 2014).
5- Política Nacional de Práticas Integrativas Complementares (PNPIC)
As Práticas Integrativas e Complementares são recursos terapêuticos que buscam a prevenção de doenças e a recuperação da saúde, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.
As práticas que foram institucionalizadas por meio da PNPIC são elas: Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Medicina Antroposófica, Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Termalismo Social/Crenoterapia, Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Yoga, Apiterapia, Aromaterapia, Bioenergética, Constelação familiar, Cromoterapia, Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de mãos, Ozonioterapia e Terapia de Florais.
Estas práticas são transversais em suas ações no SUS e podem estar presentes em todos os pontos da Rede de Atenção à Saúde, prioritariamente na Atenção Primária com grande potencial de atuação. Uma das abordagens desse campo é a visão ampliada do processo saúde/doença e da promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado. As indicações são embasadas no indivíduo como um todo, considerando-o em seus vários aspectos: físico, psíquico, emocional e social.
Entre as principais diretrizes da PNPIC está o aumento da resolutividade dos serviços de saúde, que ocorre a partir da integração, ao modelo convencional de cuidado, de racionalidades com olhar e atuação mais ampliados, agindo de forma integrada e/ou complementar no diagnóstico, na avaliação e no cuidado (BRASIL, 2006).
6- Política Nacional de Saúde do Trabalhador (PNST)
Na Lei 8.080/90 a saúde do trabalhador é definida como: 
“Conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.”
A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora foi instituída em 2012, por meio da Portaria 1.823/2012 e tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados nas três esferas de gestão do SUS – federal, estadual e municipal, para o desenvolvimento das ações de atenção integral à Saúde do Trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos.
Todos os trabalhadores, homens e mulheres, independentemente de sua localização, urbana ou rural, de sua forma de inserção no mercado de trabalho, formal ou informal, de seu vínculo empregatício, público ou privado, assalariado, autônomo, avulso, temporário, cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado ou desempregado são sujeitos desta Política.
A PNST tem como estratégia:
· Integração da Vigilância em Saúde do Trabalhador junto aos demais componentes da Vigilância em Saúde e com a Atenção Primária em Saúde; 
· Análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores; 
· Estruturação da Rede Nacional de Saúde do Trabalhador (RENAST) no contexto da Rede de Atenção à Saúde: Ações de ST junto à APS; Ações de ST junto à Urgência e Emergência; e Ações de ST junto à Atenção Especializada (Ambulatorial e Hospitalar). 
· Fortalecimento e ampliação da articulação intersetorial; 
· Estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social; 
· Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos; 
· Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.
Antes da institucionalização da PNST, já havia sido criado o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), a partir da Portaria Ministerial 1.679/2002, juntamente com as áreas técnicas de Saúde do Trabalhador, nos âmbitos estaduais e municipais, têm o papel de prover retaguarda técnica especializada em saúde do trabalhador para o conjunto de ações e serviços da rede SUS. O CEREST deve ser referência às equipes, para qualificação dos profissionais das diversas instâncias da rede de atenção e vigilância em saúde, sobre a temática de saúde do trabalhador, por meio do apoio matricial, garantindo funções de suporte técnico, de educação permanente, de assessoria ou coordenação de projetos de assistência, promoção e vigilância à saúde dos trabalhadores, no âmbito da sua área de abrangência, além de atuar como articulador e organizador das ações intra e intersetoriais de saúde do trabalhador (BRASIL, 2012).
7- Política Nacional de Vigilância em Saúde
Considerando a necessidade de implementação de ações de vigilância em saúde em todos os níveis de atenção do SUS, foi instituída a Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS), aprovada por meio da Resolução 588/2018. 
A PNVS incorporou diretrizes e propostas debatidas e aprovadas durante a 1a Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNVS), realizada em Brasília em 2018.
A PNVS é definida como uma política pública de Estado e função essencial do SUS, de caráter universal, transversal e orientadora do modelo de atenção à saúde nos territórios. Sua efetivação depende de seu fortalecimento e articulação com outras instâncias do sistema de saúde, enquanto sua gestão é de responsabilidade exclusiva do poder público.
A Vigilância em Saúde é entendida como processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças. 
A PNVS incide sobre todos os níveis de atenção à saúde, abrange todos os serviços de saúde, públicos eprivados, assim como estabelecimentos dedicados à produção e circulação de bens de consumo e tecnologias relacionadas. Alinhada ao conjunto de políticas de saúde do SUS, a PNVS salienta a necessidade da articulação dos saberes, processos e práticas relativos à vigilância epidemiológica, vigilância em saúde ambiental, vigilância em saúde do trabalhador e vigilância sanitária, haja vista a transversalidade das ações da vigilância sobre o processo saúde-doença (OKUMOTO; BRITO; GARCIA, 2018).
8- Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF)
Em 2004 foi criada a PNAF, aprovada pela Resolução nº 338 do Conselho Nacional de Saúde, que efetivou a Assistência Farmacêutica como política de saúde. A PNAF busca uma organização que supere a desarticulação entre os componentes do sistema de saúde e que propicie uma interação mais harmônica nos diferentes elementos organizativos das RAS. Dessa forma, deverá ser possível garantir a manutenção e a qualificação dos serviços oferecidos à população, assim como a promoção do uso racional de medicamentos.
O acesso a medicamentos essenciais compõe um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, sendo um dos pilares da formulação e da implementação de políticas nacionais de saúde. Em âmbito mundial, pretende-se “atingir a cobertura universal de saúde, incluindo a proteção do risco financeiro, o acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade e o acesso a medicamentos e vacinas essenciais seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis para todos”.
O desenvolvimento da PNAF permitiu a elaboração de uma série de ações estratégicas em saúde. Do mesmo modo, criou a base para uma série de regulamentações nas seguintes áreas:
· Qualidade e segurança, garantindo o acesso da população a serviços e produtos mais eficazes;
· Criação de mecanismos para regular e monitorar o mercado de insumos de saúde, especialmente para a aquisição de medicamentos;
· Ações de disciplina na prescrição, dispensação e consumo de medicamentos, promovendo o uso mais racional.
Além disso, através da PNAF também foi possível implementar políticas públicas de desenvolvimento tecnológico e científico. Logo, o envolvimento das universidades e centros de pesquisa foi primordial para a inovação necessária ao SUS.
De antemão, os princípios norteadores da PNAF envolvem direitos e garantias fundamentais. Desse modo, a base dessa política é a promoção da saúde dos brasileiros, embasada na equidade, universalidade e integralidade previstas na Constituição Federal. Isso inclui não apenas a saúde pública, mas envolve também o setor privado, que atua como suplemento do SUS.
Em 1973 foi oficializada a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), que define a lista de medicamentos disponíveis no SUS para atender as necessidades de saúde prioritárias da população brasileira. A PNAF retrata que a RENAME é um instrumento imprescindível de ação do SUS, na medida em que contempla um elenco de produtos necessários ao tratamento e ao controle da maioria dos problemas de saúde prevalentes no país, promove o uso racional e orienta o financiamento de medicamentos na Assistência Farmacêutica. Em 2017 foram definidas as diretrizes de atualização da RENAME de forma a identificar os medicamentos oferecidos em todos os níveis de atenção e nas linhas de cuidado do SUS (BRASIL, 2018).
9 Estratégia Saúde da Família
A Estratégia de Saúde da Família (ESF) foi criada em 1994 e tem se fortalecido como uma porta de entrada no Sistema Único de Saúde. Inicialmente, era um “programa” do Ministério da Saúde denominado de Programa Saúde da Família (PSF) e em 2003 tornou-se uma Estratégia, devido ao seu impacto positivo na saúde brasileira. 
A ESF fundamenta-se na proximidade das equipes de saúde com as famílias e a comunidade. O envolvimento com as famílias, permite que o profissional da saúde entenda melhor a sua realidade e contribua para maior adesão aos tratamentos. Com foco na atenção primária, o programa brasileiro foi eleito pela OMS (Organização Mundial da Saúde) um dos dez melhores do mundo. 
A ESF visa à reorganização da atenção básica no país, de acordo com os preceitos do SUS, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade (BRASIL, 2017).
10- Programa Nacional de Imunização (PNI) 
O PNI do Brasil, criado no ano de 1973, é, atualmente, reconhecido internacionalmente. Através desse programa algumas doenças, como a varíola e a poliomielite, foram erradicadas. Somado a isso, foram reduzidos casos de morte em decorrência de doenças como sarampo, rubéola, tétano, difteria e coqueluche. Outro destaque nacional é o fato de o Brasil oferecer gratuitamente todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. São mais de 300 milhões de doses anuais aplicadas na população. O programa ainda tem como um de seus princípios a inclusão social, por isso as vacinas são oferecidas a toda a população, sem qualquer tipo de distinção.
As aplicações são realizadas conforme calendário de imunização, situação epidemiológica e diferem para cada etapa da vida. Além daquelas que devem ser tomadas por toda a população, há vacinas específicas para gestantes, povos indígenas e pessoas que tem como destino de viagem lugares onde há risco de alguma doença.
Para que as doenças sejam de fato erradicadas e não haja novos surtos epidêmicos, é fundamental que a população tenha consciência e esteja em dia com suas vacinações. Manter a caderneta de vacinação em dia é fundamental. Além de garantir a saúde da população, também contribui para a realização de uma gestão eficiente com melhores distribuições de recursos. Por possuir este modelo assistencial, o Brasil é utilizado como referência para outros países.
O PNI é, hoje, parte integrante do Programa da Organização Mundial de Saúde, com o apoio técnico, operacional e financeiro da UNICEF e contribuições do Rotary Internacional e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O PNI tem se modernizado continuamente, tanto para ofertar novos imunobiológicos custo-efetivos como para implementar e fortalecer novos mecanismos e estratégias que garantam e ampliem o acesso da população às vacinas preconizadas, especialmente dos grupos mais vulneráveis. Atualmente, o PNI disponibiliza 43 produtos, entre vacinas, soros e imunoglobulinas.
O Programa também promove o desenvolvimento de estudos avaliativos do impacto das vacinas na morbimortalidade e realiza a vigilância de eventos adversos, complementando assim a extensa cadeia de garantia da qualidade dos imunobiológicos utilizados. Para tanto, o PNI conta com o importante apoio de instituições acadêmicas. Pesquisadores de todas as regiões do País têm contribuído com estudos cujos objetivos principais são avaliar o desempenho das ações de vacinação e fornecer as evidências científicas necessárias a seu contínuo aperfeiçoamento.
A existência do PNI possibilitou a manutenção da aquisição centralizada de vacinas, uma medida que constitui instrumento importante para a promoção da equidade, possibilitando que os municípios mais pobres do país cumpram exatamente o mesmo calendário vacinal que os municípios mais ricos. O PNI também propiciou o desenvolvimento de um parque produtor nacional, atualmente responsável por 96% das vacinas oferecidas à população pelo Programa. A política de utilização das vantagens econômicas decorrentes do mecanismo de compra centralizada, combinada com o esforço pelo desenvolvimento tecnológico da produção nacional, tem possibilitado a rápida incorporação de novas vacinas (SILVA JUNIOR, 2013).
11- Doação e Transplante de Órgãos
O Brasil conta com o maior sistema público de transplantes do mundoonde 95% das cirurgias do país são realizadas pelo SUS, que oferece assistência integral ao paciente transplantado. No ano de 2017, o SUS realizou 26.329 transplantes a um custo de R$ 1 bilhão, registrados pelo Sistema Nacional de Doação e Transplante de Órgãos.
O aumento de doadores de órgãos efetivos no país aumentou 90% em 5 anos. O número de transplantes de órgãos sólidos cresceu 81% nos últimos 10 anos. Além dos números significativos, o sistema brasileiro se diferencia pela integralidade do atendimento, pois o fornecimento dos medicamentos imunossupressores acontece até o final da vida para evitar a rejeição do órgão. Isso muda qualitativamente a curva de sobrevida dos transplantados.
O SUS oferece assistência integral ao paciente transplantado, que inclui:
· Exames preparatórios para a cirurgia;
· Procedimento cirúrgico;
· Acompanhamento do paciente e medicamentos pós transplantes.
A atividade de transplante de órgãos e de tecidos no Brasil teve início nos anos 1960, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, com a realização dos dois primeiros transplantes renais do país. O primeiro transplante de coração foi realizado em 1968, em São Paulo, pela equipe do Dr. Euriclides de Jesus Zerbini.
Desde então, os transplantes no país evoluíram consideravelmente no que se refere às técnicas, aos resultados, à variedade de órgãos transplantados e ao número de procedimentos realizados. Em 1997, dois grandes marcos ajudaram a consolidar os transplantes no Brasil: a publicação da Lei nº 9.434/97, conhecida como Lei dos Transplantes, e do Decreto nº 2.268/97, que a regulamentou e instituiu, no âmbito do Ministério da Saúde, o Sistema Nacional de Transplantes. A partir dessa data, o Brasil deu um salto gigantesco e começou a fazer um número maior de transplantes com órgãos de doadores falecidos, principalmente nos transplantes de córnea e de rim. Antes de 1997, a sociedade estava habituada aos transplantes entre pessoas vivas.
Os principais órgãos que podem ser doados são: coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim, córnea e tecidos. O tempo de conservação extracorpórea varia de 4 a 48 horas, a depender do órgão, isso exige que o processo seja realizado com bastante agilidade.
 Apesar de existir um número grande de doadores de órgãos no Brasil, a fila de espera para transplante ainda é longa, mas essa situação pode ser revertida com campanhas de conscientização, tanto da população, quanto de equipes médicas, bombeiros e policiais. Como os órgãos precisam ser doados rapidamente, esses profissionais podem contribuir para notificar a existência de órgãos disponíveis para doação em caso de falecimento (BRASIL, 2015).
12- Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS)/ HIV
Para conter a epidemia de Aids, o Brasil, diferentemente de muitos países, preferiu atuar na prevenção e também custear todo o tratamento. Desde 1996, o país garante acesso universal e gratuito aos antirretrovirais, que aumentou significativamente a sobrevida dos pacientes. Nos últimos 21 anos, a mortalidade de pessoas com HIV/Aids no país caiu 46%. Segundo o Ministério da Saúde, a taxa caiu de 9,7 óbitos por 100 mil habitantes, em 1995, para 5,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2016. 
Os primeiros casos de infecção pelo HIV ocorreram no início da década de 1980, nos Estados Unidos. No Brasil, as respostas à epidemia se iniciaram em 1982, a criação das primeiras organizações de mobilização comunitária, o programa estadual de São Paulo (região Sudeste), em 1983, e o programa nacional no Ministério da Saúde, em 1986. Depois desses anos iniciais, a epidemia passou a ser caracterizada por um intenso processo de respostas colaborativas, incluindo desde Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA) até áreas técnicas.
A história brasileira foi marcada pelo desafio de incorporar as respostas à epidemia em longo prazo. O trabalho conjunto entre diversos setores e atores passou por acordos de empréstimo junto ao Banco Mundial para financiamento das atividades de prevenção durante as duas primeiras décadas. Além disso, o Brasil inovou ao incorporar os medicamentos antirretrovirais ao SUS, contrariando recomendações do Banco Mundial. Essa medida promoveu uma alteração radical nos quadros clínicos e epidemiológicos, resultando na redução da mortalidade e no aumento da expectativa de vida das PVHA. 
Entre os anos de 2011 e 2012, o Ministério da Saúde introduziu novas tecnologias diagnósticas na APS, com destaque aos testes rápidos (gravidez, sífilis e HIV, entre outros), ampliando o acesso à testagem e o aumento do diagnóstico de HIV na APS em todas as regiões do país. A partir de 2013, o Ministério da Saúde passou a adotar também diretrizes e recomendações de incentivo ao acompanhamento de pessoas com HIV/Aids (com quadro de baixo risco) na atenção básica dos municípios. Simultaneamente, alguns municípios brasileiros com grande investimento na estruturação da APS, passaram efetivamente a descentralizar o cuidado a pessoas com HIV para a APS. Ainda que ações de promoção e prevenção sobre HIV já estivessem difundidas nas equipes de saúde da família, o diagnóstico de novos casos (em todas as regiões) e, principalmente, o acompanhamento de usuários com diagnóstico positivo (em alguns municípios) são processos muito recentes, cercados de polêmica e ainda pouco estudados (MELO; MAKSUD; AGOSTINI, 2018).
13- Programa Nacional de Controle do Tabagismo
Em novembro de 2005, a adesão do Brasil à Convenção-Quadro da OMS para Controle do Tabaco (CQCT/OMS) foi ratificada pelo Congresso Nacional e em 2006 promulgada pelo Presidente da República. Com isso, a implementação desse tratado internacional de saúde pública no Brasil, ganhou o status de uma Política de Estado.
Assim, o Brasil desenvolveu o melhor programa de tabagismo do mundo.Os avanços são bem mais expressivos do que o de países ricos. Redução é atribuída a uma política de controle concentrada em três principais pontos: a proibição das propagandas de tabaco, às restrições de uso em certos ambientes e ao tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar. Em 2016, segundo o Ministério da Saúde, 10,1% dos brasileiros acima de 18 anos ainda mantinham o hábito de fumar. O índice era maior entre os homens (13,2%) do que entre as mulheres (7,5%). A frequência de fumantes era menor entre os adultos com 65 anos e mais.
Para a promoção de estilos de vida saudáveis visando a prevenção do câncer, o Programa de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer do Instituto Nacional do Câncer (INCA) tem procurado atuar através do desenvolvimento de ações educativas, legislativas e econômicas.
Figura 1- Áreas de atuação para controle do tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer.
Fonte: Instituto Nacional do Câncer 
As ações educativas são essenciais para esse processo e devem anteceder e acompanhar qualquer ação para prevenção do câncer. Essas ações podem ser pontuais como as campanhas de conscientização, e a divulgação de informações pela mídia. Perseverar com ações educativas é essencial para transformar as informações disseminadas, em mudanças de atitudes e de comportamento favoráveis a uma vida mais saudável.
Para o desenvolvimento dessas ações o Programa elegeu três canais comunitários: como Ambientes de Trabalho, Unidades Escolares e Unidades de Saúde, onde as informações são disseminadas juntamente com ações que visam criar nesses ambientes um contexto favorável a mudanças de comportamento de grupos formadores de opinião e modelos de comportamento como profissionais de saúde, professores, estudantes e trabalhadores em geral. 
Nesse contexto, por exemplo, a proposta do Programa Ambientes Livres do Cigarro é de que a disseminação continuada de informações sobre os riscos do tabagismo e, sobretudo, do tabagismo passivo nesses ambientes, aconteça juntamente com a normatização e a sinalização da restrição ao consumo de tabaco nesses canais, associando-a ao apoio aos fumantes para cessação de fumar. 
As ações legislativas e econômicas representam as mediações sociais potencializadoras das ações educativas. Cabe aosdiferentes setores da sociedade alertar, cobrar, estimular e pressionar as esferas responsáveis pela legislação. O objetivo é o de criar leis que resultem em mudanças políticas, ambientais e econômicas para reforçar as mudanças de comportamento necessárias à redução da incidência e mortalidade do câncer e de outras doenças relacionadas ao tabagismo e outros fatores de risco. 
Nestas ações, destacam-se leis que visam informar os cidadãos sobre os riscos do tabagismo, protegê-los da exposição à poluição tabagística ambiental e da indução ao consumo pela publicidade. Além disso, são necessárias medidas importantes para dificultar o acesso dos jovens a produtos derivados do tabaco envolvendo, as que resultem em aumento de preços desses produtos, controlem as formas de venda dos mesmos, e, principalmente, a sua venda no mercado ilegal.
O Ministério da Saúde fornece medicamentos e material gráfico com orientações sobre a cessação do tabaco, para serem utilizados nos grupos de tratamento desenvolvidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e ainda capacita os profissionais que estarão trabalhando com estes grupos.
14- Programa Materno Infantil (Rede Cegonha) 
Trata-se de uma das Redes prioritárias de Atenção à Saúde, elencadas na Portaria 4.279/2010, que visa implementar uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Esta estratégia, criada em 2011, tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil no País e está sendo implantada, gradativamente, em todo o território nacional, iniciando sua implantação respeitando o critério epidemiológico, taxa de mortalidade infantil e razão mortalidade materna e densidade populacional.
São quatro os componentes da Rede Cegonha:
I. Pré-natal;
II. Parto e nascimento;
III. Puerpério e atenção integral à saúde da criança; e
IV. Sistema logístico (transporte sanitário e regulação).
Quais as modalidades de adesão à Rede Cegonha? (VILELA et al., 2021).
Adesão Regional - para o Distrito Federal e o conjunto de municípios da região de saúde priorizada na CIB, conforme critérios da Portaria GM/MS nº 2.351/2011.
Referente à adesão aos componentes pré-natal e puerpério/atenção integral à saúde da criança, prevê duas possibilidades: 
· Adesão Facilitada - para os municípios que NÃO pertencem à região de saúde priorizada na CIB e que NÃO aderiram ao Programa da Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ);
· Adesão Integrada - para os municípios com adesão ao Programa da Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ) que estão previstos ou não na adesão regional.
· Caderneta da Gestante
· Informações sobre Teste Rápido
· Informações sobre Balanças e Detectores Fetais
· Cursos para qualificação
 
15- Programa Nacional Telessaude Brasil Redes (PNTBR)
O Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes (PNTBR) foi instituído em 2007, através da Portaria n° 35, sendo redefinido e ampliado através da Portaria n° 2546, de 2011, ofertando os serviços de teleconsultorias, telediagnóstico, teleeducação e segunda opinião formativa aos profissionais das Redes de Atenção à Saúde do SUS, em especial os trabalhadores da atenção primária, através da utilização de tecnologias de informação e comunicação (TIC).
A Telessaúde, como componente da Estratégia de Saúde Digital para o Brasil, tem como finalidade a expansão e melhoria da rede de serviços de saúde, sobretudo da Atenção Primária à Saúde (APS), e sua interação com os demais níveis de atenção fortalecendo as RAS.
Após a publicação do Decreto nº 9795, de 17 maio de 2019 o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Saúde Digital, estabelecerá as Diretrizes para a Telessaúde no Brasil, no âmbito do SUS:
· Transpor barreiras socioeconômicas, culturais e, sobretudo, geográficas, para que os serviços e as informações em saúde cheguem a toda população;
· Maior satisfação do usuário, maior qualidade do cuidado e menor custo para o SUS;
· Atender aos princípios básicos de qualidade dos cuidados de saúde: segura, oportuna, efetiva, eficiente, equitativa e centrada no paciente;
· Reduzir filas de espera;
· Reduzir tempo para atendimentos ou diagnósticos especializados;
· Evitar os deslocamentos desnecessários de pacientes e profissionais de saúde.
16- Programa Médicos pelo Brasil
O Programa Médicos pelo Brasil (PMB), implantado em 2019 pelo Ministério da Saúde, veio com a intenção de substituir o Programa Mais Médicos (PMM), instituído em 2013.
A proposta da remodelação do antigo programa, é melhorar os critérios de vulnerabilidade dos municípios, utilizando uma metodologia de classificação, na tentativa de atingir municípios prioritários não alcançados pelo PMM e evitar os possíveis enfrentamentos com gestores de municípios com maior força política e que poderiam ter se utilizado disso no PMM para negociar um maior número de vagas nas capitais e em locais não prioritários.
O modelo de contratação dos médicos sofreu modificações, apesar de se utilizar do artifício criado no PMM de uma bolsa para qualificar os profissionais sem formação direcionada para a APS, observa-se que no PMB este processo é temporário e se articula com uma prova de título ao final de dos anos que validaria ou não a contratação posterior pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e com um plano de carreira e progressões. 
No caso de médicos com formação em Medicina de Família e Comunidade, o ingresso na carreira seria direto, tendo o mesmo uma atuação de tutor dos médicos em formação. Além disso, o valor da remuneração superior ao PMM e a diversificação desta em componentes fixos e outras variáveis (desempenho, tempo de permanência, distância de grandes centros, etc.) estão entre os elementos propostos pela OMS para atração de profissionais. Com isso, o PMB se propõe a superar a precarização das relações trabalhistas criticada no PMM e na APS brasileira como um todo. O programa também aponta para um cenário no qual a titulação como Médico de Família e Comunidade torna-se obrigatória em médio prazo, através da residência médica ou da prova de titulação proposta ao final do período de formação dentro do programa. (MELO NETO; BARRETO, 2019).
De acordo com informações do Ministério da Saúde, o PMM caracterizava-se pela fragilidade do vínculo trabalhista, por falta de regras e normatizações, pela falta de supervisão dos médicos contratados, pela lentidão no processo de contratação, pela ausência de indicadores de desempenho, entre outras questões. A proposta do Ministério da Saúde é criar novas regras e normativas para implementar o programa e superar os problemas do programa anterior (BRASIL, 2019).
17- Programa Conectesus
 Conecte SUS, institucionalizado pela Portaria GM/MS nº 1.434, de 28 de maio de 2020, é um programa do Governo Federal coordenado pelo Departamento de Informática do Sistema único de Saúde (DATASUS) em parceria com áreas finalísticas do Ministério da Saúde, tem como missão materializar a Estratégia de Saúde Digital para o Brasil.
O programa prevê a integração das informações de saúde do cidadão em uma grande rede de dados que trará ganhos aos cidadãos, como, por exemplo, saber sua trajetória no SUS, quais vacinas tomaram, atendimentos e exames realizados, internações, medicamentos usados, e, também, a profissionais e gestores de saúde que passarão a contar com um conjunto de informações que potencializarão a melhoria na continuidade do cuidado e na tomada de decisões. O resultado será uma oferta de serviços de saúde pública de melhor qualidade para a população (BRASIL, 2020).
18- Controle de Doenças Endêmicas
Inda tanto nos sobra, por este grandioso país,
de doenças e insectos por cuidar!...
Mário de Andrade, em Macunaíma (1928).
Convencionou-se no Brasil designar determinadas doenças, a maioria delas parasitárias ou transmitidas por vetor, como "endemias", "grandes endemias" ou "endemias rurais". Essas doenças foram e são,a malária, a febre amarela, a esquistossomose, as leishmanioses, as filarioses, a peste, a doença de Chagas, além do tracoma, da bouba, do bócio endêmico e de algumas helmintíases intestinais, principalmente a ancilostomíase. A lógica era o impacto dessas doenças em saúde pública. Ainda hoje, esta conceituação de "endemias" é adotada pelo Ministério da Saúde (SILVIA, 2003).
 
19- Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)
As DCNT se caracterizam por ter uma etiologia incerta, múltiplos fatores de risco, longos períodos de latência, curso prolongado, origem não infecciosa e por estar associadas a deficiências e incapacidades funcionais (OPAS, 2005). Entre as mais importantes estão a hipertensão arterial, o diabetes, as neoplasias, as doenças cérebro vasculares, as doenças pulmonares obstrutivas crônicas.
As DCNT são responsáveis há mais de três décadas pela maior carga de doença no Brasil. A transição epidemiológica e demográfica por que passa o país, aponta cenários desafiadores. Doenças Crônicas Não Transmissíveis são passiveis de prevenção e representam o investimento mais custo efetivo entre todos aqueles do setor saúde. O Ministério da Saúde coloca como prioridade na agenda do SUS a implementação de uma política para sua prevenção e promoção da saúde. Garantir assistência aos já doentes, ofertar e estimular práticas de prevenção primária e promoção da saúde é um dever do SUS. 
As evidências mostradas pelas pesquisas no campo da Economia da Saúde demonstram que, os sistemas de saúde ao redor do mundo, não terão sustentabilidade se essas práticas não forem implementadas. A Coordenação Geral de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (CGDANT), da Secretaria de Vigilância em Saúde tem a responsabilidade de coordenar e formular, no âmbito nacional, as atividades da vigilância epidemiológica das DCNT e promoção de saúde, fomentando a sua implementação nos níveis estaduais e municipais do SUS. 
Ainda é heterogêneo o reconhecimento da magnitude do problema DCNT no Brasil. Como estas não aparecem como epidemias perceptíveis, a exemplo das doenças transmissíveis, ainda é preciso ampliar a divulgação e sensibilização dos gestores do SUS sobre o problema, de tal forma que a vigilância e controle de DCNT tenha prioridade em suas agendas. 
O Sistema Único de Saúde é descentralizado e apresenta grande heterogeneidade na capacidade de resposta nos seus 27 estados e 5.561 municípios. Torna-se um grande desafio a organização das ações de vigilância das DCNT e a realização de ações de prevenção e de promoção da saúde. O trabalho visa demonstrar que ações de promoção da saúde são factíveis e efetivas na redução da morbimortalidade das DCNT. 
A divulgação de iniciativas, principalmente junto aos gestores e membros dos conselhos de saúde é fundamental para criar consensos sobre a importância do investimento em prevenção. O estabelecimento de parcerias com outros setores governamentais e não governamentais também é imprescindível, visto que inúmeras das ações de promoção de saúde depende de decisões externas a esse setor. 
Torna-se ainda importante o investimento e avaliação de ações, programas e políticas de prevenção de DCNT, desenvolvendo parcerias com órgãos formadores e instituições de pesquisa. As avaliações cumprem o papel de retroalimentar e corrigir as ações e programas em curso.
 A condução da epidemia de DCNT impõe grandes desafios aos responsáveis pela condução da saúde publica no país. Em primeiro lugar a decisão política do Sistema Único de Saúde de priorizar a vigilância e a prevenção de DCNT. Em segundo conhecer o modo de manifestação dessa epidemia na população. 
20- Saúde Bucal
O Programa Brasil Sorridente desde seu lançamento, em 2004, além da expansão e criação de novos serviços de saúde bucal, reorientou o modelo assistencial com a implantação de uma rede assistencial que articula os três níveis de atenção e as ações multidisciplinares e intersetoriais.
Entretanto, a atenção odontológica no serviço público brasileiro há anos caracterizou-se por prestar assistência a grupos populacionais restritos, como os escolares, por meio de programas voltados para as doenças cárie e periodontal. O restante da população ficava excluído e dependente de serviços meramente curativos e mutiladores. Isso resultava numa baixa cobertura de atendimento e numa assistência de baixa resolutividade, alvo de críticas por parte dos atores envolvidos (OLIVEIRA; SALIBA, 2005). 
O Relatório Final da 3ª Conferência Nacional de Saúde Bucal (CNSB) (BRASIL, 2004a) evidenciou como tal agenda deveria ser constituída. Nesse documento, expressão de um processo que teve a participação direta de cerca de 90 mil pessoas em todo o País, assinalou-se que: as condições da saúde bucal e o estado dos dentes eram, sem dúvida, um dos mais significativos sinais de exclusão social, e que o enfrentamento, em profundidade, dos problemas nessa área exigia mais do que ações assistenciais desenvolvidas por profissionais competentes. Eram necessárias políticas intersetoriais, integração de ações preventivas, curativas e de reabilitação e enfoque de promoção da saúde, universalização do acesso, responsabilidade pública de todos os segmentos sociais e, sobretudo, compromisso do Estado com envolvimento de instituições das três esferas de governo. 
Com o objetivo de superar as desigualdades, foram estabelecidas, em 2004, as diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) – Brasil Sorridente. Essas diretrizes visam garantir as ações de promoção, prevenção, recuperação e manutenção da saúde bucal dos brasileiros. Suas metas perseguem a reorganização da prática e a qualificação das ações e dos serviços oferecidos, reunindo uma série de ações em saúde bucal voltada para os cidadãos de todas as idades, no marco do fortalecimento da Atenção Básica, tendo como eixos estruturantes o acesso universal e a assistência integral em saúde bucal. O Brasil Sorridente foi instituído e articulado a outras políticas de saúde e demais políticas públicas, de acordo com os princípios e as diretrizes do SUS. Apresenta como principais linhas de ação a reorganização da Atenção Básica (especialmente por meio das equipes de Saúde Bucal – eSB – da Estratégia Saúde da Família), da Atenção Especializada ambulatorial (por meio da implantação de Centros de Especialidades Odontológicas e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias), a adição de flúor nas estações de tratamento de águas de abastecimento público e a vigilância em saúde bucal (BRASIL, 2004b; PUCCA et al., 2009).
A Atenção Especializada ambulatorial e hospitalar em saúde bucal está associada à consolidação da Política Nacional de Saúde Bucal. A Atenção Especializada Ambulatorial foi potencializada por meio da criação do Centro de Especialidade Odontológica (CEO) e dos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária. Por outro lado, a organização de serviços de atenção especializada hospitalar na área odontológica no SUS é incipiente. Os avanços recentes remontam à garantia da oferta de procedimentos em nível hospitalar e à obrigatoriedade da atenção ao câncer de boca nas Unidades de Assistência de Alta Complexidade (Unacon) e nos Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). A análise das redes de atenção ao câncer de boca, que envolve iniciativas de prevenção, proteção e recuperação, será crucial nos próximos anos. Há necessidade ainda de assistência aos portadores de fissuras labiopalatais (FIGUEIREDO et al, 2012).
21- Programa Saúde na Hora
O programa tem como objetivo ampliar o acesso aos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) por meio do funcionamento de Unidade de Saúde da Família (USF) em horário estendido, proporcionando maior possibilidade dos usuários conseguirem atendimento.
A portaria nº 930 de 15/05/2019 Instituiu o Programa "Saúde na Hora", essa portaria alterou a Portaria nº 2.436/GM/MS, de 2017, a Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 2017, a Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 2017 e passou por atualizações com a publicação da Portaria nº 397/GM/MS, de 16 demarço de 2020. 
 Dessa forma, o programa Saúde na Hora conta com a possibilidade de adesão para custeio em quatro tipos de formato de funcionamento em horário estendido:
 USF com 60 horas semanais; 
USF com 60 semanais horas com Saúde Bucal;
 USF com 75 horas semanais com Saúde Bucal e,
 USF ou UBS com 60 horas semanais Simplificado.
Ao aderir e firmar o Termo de Compromisso, a gestão municipal ou distrital também se responsabiliza por:
 a. Ofertar os mesmos serviços durante todo o período de funcionamento da USF. Assim, durante o horário estendido, o processo de trabalho das equipes deverá ser organizado de modo que todos os tipos de atendimentos, consultas e exames que acontecem durante o dia aconteçam também durante o funcionamento noturno e aos finais de semana;
 b. A USF terá de funcionar ininterruptamente conforme os critérios determinados pelas portarias que regulamentam o programa, o que significa que não poderá fechar ou interromper suas atividades durante o horário de almoço; 
c. Será necessária a garantia da infraestrutura adequada da USF para o número de equipes participantes do programa, possibilitando que todas as ofertas de serviços aconteçam de forma plena, para toda a população atendida; 
d. É fundamental garantir retaguarda da Rede de Atenção à Saúde conforme necessidade local, tendo em vista que a ampliação da cobertura da APS e suas ações também exigirá a garantia de retaguarda especializada, laboratorial e de urgência e emergência; 
e. O município que fizer parte do Saúde na Hora firma o compromisso de não diminuir o número de eSF e eSB credenciadas no município. Isso significa, por exemplo, que, caso o município possua 10 eSF e cinco eSB credenciadas no momento de adesão ao Programa, ele não poderá reduzir esses quantitativos durante sua participação; 
f. As equipes participantes do programa deverão estar devidamente cadastradas no CNES e alimentar o sistema de informação da Atenção Primária vigente. É fundamental que a carga horária da USF esteja corretamente cadastrada no sistema e em acordo com o formato de funcionamento aderido.
22- Programa Previne Brasil
O programa Previne Brasil foi instituído pela Portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019. O novo modelo de financiamento altera algumas formas de repasse das transferências de recursos para os municípios, que passam a ser distribuídos com base em três critérios:
A) capitação ponderada, 
B) pagamento por desempenho e 
C) incentivo para ações estratégicas.
A proposta tem como princípio a estruturação de um modelo de financiamento focado em aumentar o acesso das pessoas aos serviços da Atenção Primária e o vínculo entre população e equipe, com base em mecanismos que induzem à responsabilização dos gestores e dos profissionais pelas pessoas que assistem. O Previne Brasil equilibra valores financeiros per capita referentes à população efetivamente cadastrada nas equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Primária (eAP), com o grau de desempenho assistencial das equipes somado a incentivos específicos.
A) Com relação à Capitação Ponderada, o cálculo para a definição dos incentivos financeiros da capitação ponderada deverá considerar:
· A população cadastrada na equipe de Saúde da Família (eSF) e equipe de Atenção Primária (eAP) no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB);
· A vulnerabilidade socioeconômica da população cadastrada na eSF e na eAP;
· O perfil demográfico por faixa etária da população cadastrada na eSF e na eAP; e
· A classificação geográfica definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O limite de cadastro por município ou Distrito Federal corresponde ao resultado da multiplicação do número de suas eSF e eAP, credenciadas e cadastradas no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), pelo quantitativo potencial de pessoas cadastradas por equipe, não podendo ultrapassar a população total definida pelo IBGE.
O critério de vulnerabilidade socioeconômica contempla pessoas cadastradas beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF), do Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou de benefício previdenciário no valor de até dois salários mínimos. 
O critério de perfil demográfico por faixa etária contempla pessoas cadastradas com idade até 5 (cinco) anos e com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais.
O critério de classificação geográfica será estabelecido por município ou Distrito Federal, observada a tipologia rural-urbana definida pelo IBGE:
· Município urbano: peso 1 (um);
· Município intermediário adjacente: peso 1,45 (um inteiro e quarenta e cinco décimos);
· Município rural adjacente: peso 1,45 (um inteiro e quarenta e cinco décimos);
· Município intermediário remoto: peso 2 (dois); e
· Município rural remoto: peso 2 (dois).
B) O cálculo do incentivo financeiro do Pagamento por Desempenho será efetuado considerando os resultados de indicadores alcançados pelas equipes credenciadas e cadastradas no SCNES. O valor do pagamento por desempenho será calculado a partir do cumprimento de meta para cada indicador por equipe e condicionado ao tipo de equipe.
O incentivo financeiro do pagamento por desempenho repassado ao município ou Distrito Federal corresponde ao somatório dos resultados obtidos por equipe.
Para o pagamento por desempenho deverão ser observadas as seguintes categorias de indicadores:
· Processo e resultados intermediários das equipes;
· Resultados em saúde; 
· Globais de APS.
Os indicadores deverão considerar ainda a relevância clínica e epidemiológica, disponibilidade, simplicidade, baixo custo de obtenção, adaptabilidade, estabilidade, rastreabilidade e representatividade.
C) No incentivo para Ações Estratégicas, o cálculo para a definição dos recursos financeiros destinados ao incentivo para ações estratégicas deverá considerar:
· As especificidades e prioridades em saúde;
· Os aspectos estruturais das equipes; e
· A produção em ações estratégicas em saúde.
Esse incentivo contemplará o custeio das seguintes ações, programas e estratégias:
1. Programa Saúde na Hora;
2. Equipe de Saúde Bucal (eSB);
3. Unidade Odontológica Móvel (UOM);
4. Centro de Especialidades Odontológicas (CEO);
5. Laboratório Regional de Prótese Dentária (LRPD);
6. Equipe de Consultório na Rua (eCR);
7. Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF);
8. Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR);
9. Microscopista;
10. Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP);
11. Custeio para o ente federativo responsável pela gestão das ações de Atenção Integral à Saúde dos Adolescentes em Situação de Privação de Liberdade;
12. Programa Saúde na Escola (PSE);
13. Programa Academia da Saúde;
14. Programas de apoio à informatização da APS;
15. Incentivo aos municípios com residência médica e multiprofissional;
16. Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (ACS); e
17. Outros que venham a ser instituídos por meio de ato normativo específico (BRASIL, 2019).
REFERÊNCIAS
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