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FERRAMENTAS NA PRÁTICA DA APS: O TRABALHO EM EQUIPE Módulo de Acolhimento e Avaliação Projeto Mais Médicos para o Brasil 31° Ciclo do PMMB OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Discutir sobre o Trabalho em Equipe. • Apresentar os conceitos relacionados ao desenvolvimento do trabalho em equipe e do trabalho em equipe multiprofissional de saúde. • Discutir a Reunião de Equipe e a discussão de casos clínicos na Reunião de Equipe. • Apresentar os avanços no trabalho em equipe. O TRABALHO EM EQUIPE NA APS • O trabalho em equipe contribui para a obtenção de impactos sobre os diferentes fatores que interferem no processo saúde-doença. • A ação multiprofissional pressupõe a possibilidade da prática de um profissional se reconstruir na prática do outro, ambos sendo transformados para a intervenção na realidade em que estão inseridos. https://www.youtube.com/watch?v=52M5EfRkBBo CONCEITOS • Equipe: um grupo de pessoas com habilidades complementares, comprometidas umas com as outras e por um objetivo e projeto comum. • Equipe multiprofissional: aquela que não é centrada em uma única especialidade. CONCEITOS • Multidisciplinaridade: associação ou justaposição de disciplinas que abordam um mesmo objetivo a partir de distintos pontos de vista. • Interdisciplinaridade: busca a superação das fronteiras disciplinares, estabelecendo um consenso. Troca entre as disciplinas com integração dos instrumentos, métodos e esquemas conceituais. CONCEITOS • Transdisciplinaridade: Princípio teórico que busca uma intercomunicação entre as disciplinas, tratando efetivamente de um tema comum (transversal). Ou seja, na transdisciplinaridade não existem fronteiras entre as disciplinas. EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE • Equipe Multiprofissional de Saúde: é composta por diferentes profissionais, de diferentes áreas da saúde, que trabalham juntos para oferecer um atendimento completo e personalizado aos pacientes. • Cada um desses profissionais possui conhecimentos e habilidades específicas que complementam o trabalho dos demais. O TRABALHO EM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL • Construção de um projeto comum • Articulação das ações • Interação comunicativa entre os agentes • Superação do isolamento dos saberes • Flexibilidade dos diferentes saberes • Maior autonomia e criatividade dos agentes e integração entre disciplinas REUNIÃO DE EQUIPE • Planejar um espeço na agenda para reunião de equipe • Organizar uma pauta para a reunião (pode ser construída durante a semana anterior) • Todos devem ter espaço de fala: fazer circular a palavra • Deve ser um espaço para valorizar o saber de todos • A reunião de equipe é planejada? REUNIÃO DE EQUIPE - PLANEJAMENTO • Objetivo • Participantes • Local, data, hora • Duração estimada • Material necessário • Agenda • Pautas REUNIÃO DE EQUIPE - CONDUÇÃO • Produzir ata da reunião e realizar a leitura da ata da reunião anterior. • Estimular a participação de todos. • Gerenciar o tempo. • Tomar decisões. • Atribuir responsabilidades e apontar pendências. • Fazer resumo e confirmar se todos compreenderam as combinações. REUNIÃO DE EQUIPE - ACOMPANHAMENTO • Acompanhar se as combinações estão sendo cumpridas. • Construção de pautas de forma coletiva ao longo da semana anterior (quadro/caderno da equipe). REUNIÃO DE EQUIPE – O QUE FAZER • Informes – breve. • Monitoramento de indicadores (desconstrução da visão de que metas e resultados são externos à equipe). • Discussão de casos complexos. • Discutir sobre o monitoramento dos casos existentes. • Planejamento das visitas domiciliares. REUNIÃO DE EQUIPE – O QUE FAZER • Avaliação do processo de trabalho. • Discussão sobre o papel dos profissionais, incluindo NASF. • Pactuar encaminhamentos e responsabilidades. • Educação Permanente da equipe. REUNIÃO DE EQUIPE – CUIDADO • Reuniões não planejadas e mal conduzidas podem gerar: - Perda de credibilidade. - Transmissões de mensagem erradas. - Perda de tempo dos envolvidos. - Desmotivação e improdutividade da equipe. • Um dos grandes desafios do trabalho em equipe é compreender que cada um carrega histórias de vida e podem ocupar papéis de apoio ou resistência no trabalho em grupo. DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS NA EQUIPE • Casos difíceis que necessitam de múltiplos olhares para tomada de decisão e acompanhamento da equipe. • Fio condutor para a troca de saberes e construção conjunta de um plano terapêutico comum. DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS NA EQUIPE • A discussão de caso em equipe promove: contribuição dos diversos componentes da equipe a partir de diferentes olhares. • Conhecimento e responsabilização de todos os membros da equipe pelos casos discutidos. PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR • O Projeto Terapêutico Singular é uma forma de organização da gestão do cuidado, instituída no processo de trabalho em saúde entre as equipes da Atenção Básica. • Trata-se de ferramenta viabilizadora de diálogo interativo entre os profissionais envolvidos na Atenção Básica, permitindo o compartilhamento de casos e o acompanhamento longitudinal de responsabilidade destas equipes (BRASIL, 2011). PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR • O PTS é uma ferramenta que instrumentaliza o desenvolvimento de propostas e condutas terapêuticas articuladas para e com o usuário, e por isso não deve ser desenvolvida exclusivamente pelos profissionais da saúde. PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR • O desenvolvimento do Projeto Terapêutico Singular pode criar um espaço para a efetivação da clínica ampliada e de uma prática de cuidado não segmentada ou isoladamente desenvolvida pelo profissional, evitando assim a referência e contrarreferência a outros níveis de atenção à saúde, sem antes esgotar as possibilidades terapêuticas disponíveis para responder às necessidades identificadas pelas Equipes de Saúde da Família na Atenção Básica. PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR AVANÇOS NO TRABALHO EM EQUIPE • Pensar a Educação Permanente da Equipe a partir das necessidades identificadas pela própria equipe. • Responsabilidade de todos os membros da equipe na realização da educação permanente. AVANÇOS NO TRABALHO EM EQUIPE • Avançar na comunicação, no compartilhamento e na interação • Entender os conflitos como propulsores da mudança e como parte do cotidiano do trabalho. REFERÊNCIAS UTILIZADAS • PEDUZZI, M et al. Trabalho em equipe na perspectiva da gerência de serviços de saúde: instrumentos para a construção da prática interprofissional. Physis Revista de Saúde Coletiva, v21, n2, Rio de Janeiro, 2011. p.629-646. • BRASIL. Estratégia Saúde da Família. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/estrategia-saude-da- família> https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/estrategia-saude-da-fam%C3%ADlia https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/estrategia-saude-da-fam%C3%ADlia REFERÊNCIAS UTILIZADAS • JUSTANIMATE. Egghunt. Paul Yan. Youtube, 10 de outubro de 2006. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=52M5EfRkBBo>. • PAULA, RA. Relação Multiprofissional do Trabalho em Equipe na Atenção Básica de Saúde. Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. UFMG. 2007. • Projeto terapêutico singular [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina; Fernanda Alves Carvalho de Miranda; Elza Berger Salema Coelho; Carmem Leontina Ojeda Ocampo Moré. – Florianópolis : Universidade Federal de Santa Catarina, 2012. https://www.youtube.com/watch?v=52M5EfRkBBo OBRIGADO(A)! COORDENAÇÃO GERAL FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES NILSON MASSAKAZU ANDO POLO SÃO PAULO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA GUSTAVO EMANUEL FARIAS GONÇALVES MARIANA TOMASI SCARDUA SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARIZÉLIA GOIS MONTEIRO DANIEL DE MEDEIROS GONZAGA APOIO INSTITUCIONAL DO MEC MÁRCIA CRISTINA NÉSPOLI ANDO JONAS NERIS FILHO POLO SALVADOR COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARINA ABREU CORRADI CRUZ SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CLARISSA SANTOS LAGESAPOIO INTITUCIONAL DO MEC JOÃO PEREIRA DE LIMA NETO POLO BELO HORIZONTE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA JULIANA MACHADO DE CARVALHO AUGUSTO CEZAR DAL CHIAVÓN APOIO INTITUCIONAL DO MEC LILIAN PATRÍCIA SILVA DE SOUZA MINISTRO DA EDUCAÇÃO CAMILO SOBREIRA DE SANTANA SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR DENISE PIRES DE CARVALHO DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE GISELE VIANA PIRES COORDENADOR GERAL DE EXPANSÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES REFERÊNCIAS CENTRAIS DO MEC/PMMB ANA LUÍSA DOS SANTOS AZEVEDO ANA LUIZA FEITOZA NEVES SANTOS COSTA GABRIELA CARVALHO DA ROCHA HUMBERTO BATISTA BORGES DA SILVEIRA LEONARDO SOUSA ARAÚJO LUCAS DE SOUZA PORFIRIO MAÉZIA MARIA MEDEIROS COSTA MIGUEL TATIANA RIBEIRO FERRAMENTAS NA PRÁTICA DA APS: O TERRITÓRIO E SUAS CONDICIONALIDADES Módulo de Acolhimento e Avaliação Projeto Mais Médicos para o Brasil 31° Ciclo do PMMB OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Conceituar território em saúde e seus determinantes • Definir os tipos de território em saúde • Definir e descrever as etapas da territorialização • Descrever o papel do Agente Comunitário de Saúde na territorialização • Definir o que é o Planejamento Estratégico Situacional • Descrever as etapas do Planejamento Estratégico Situacional TERRITÓRIO O território é um lugar com limites definidos onde as pessoas vivem, trabalham, circulam e se divertem. Nele, encontram-se ambientes construídos e ambientes naturais. O território é, sobretudo, um espaço de relações de poder, de informações e de troca. (Milton Santos, 1994) TERRITÓRIO VIVO • O território apresenta muito mais do que uma extensão geométrica quando aplicado aos sistemas e serviços de saúde. • O território tem um perfil demográfico, epidemiológico, administrativo, tecnológico, político, social e cultural que o caracteriza e se expressa num território em permanente construção. (MONKEN e BARCELLOS, 2005) O TERRITÓRIO E SUAS RELAÇÕES • No território há interação constante que dá vida e movimento. • A interação social se materializa no território pelos processos de produção e reprodução da vida, estruturando diferentes relações de poder entre pessoas, grupos sociais, instituições, Estado e população. • Território não se restringe às ruas e edificações. O TERRITÓRIO E SUAS RELAÇÕES • No território, as relações se estabelecem por meio de trocas, de diálogos, de negociações, de pactuações ou de conflitos entre diferentes pessoas e grupos. • Podemos, portanto, conceituar o território como um espaço limitado político- administrativamente ou por ação de um grupo social. O QUE É TERRITÓRIO EM TERMOS DE SAÚDE? Território é o espaço delimitado, produzido pela sociedade, no qual existem múltiplos objetos geográficos (naturais e construídos), atores sociais – pessoas (indivíduos e grupos) e instituições –, relações (fluxos) e poderes diversos. Território é um espaço limitado político-administrativamente ou por ação de um grupo social, em que se edificam e exercitam os poderes do Estado e dos cidadãos, de grande importância para a definição estratégica de políticas públicas. Portanto, o território deve ser relativamente homogêneo, resultado de uma produção histórica, ambiental e social capaz de gerar uma identidade própria com problemas e necessidades sociais. O QUE É TERRITÓRIO EM TERMOS DE SAÚDE? O TERRITÓRIO E O REORDENAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL • A reestruturação dos serviços de saúde característica da Estratégia Saúde da Família pressupõe relação próxima com a comunidade (aumentando o vínculo com o indivíduo e com sua família). • A organização territorial dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) segue uma lógica de reorientar a delimitação espacial, as formas de acesso e a aplicação dos recursos nas unidades. • A descentralização de ações e de serviços para os municípios causou a limitação de cada sistema de saúde com base no território e na população definida. • As Unidades Básicas de Saúde (UBS) possuem espaço delimitado com determinadas características, naturais ou elaboradas pelo homem, que definem o ambiente e influem no processo saúde-doença da população. O TERRITÓRIO E O REORDENAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL Modalidades de território, na prática da ESF TERRITÓRIOS DA ESF: ÁREA MICROAREA MORADIA Distritos, área, microárea e moradia são os territórios em saúde identificados a nível municipal TERRITÓRIO-DISTRITO • Distritos sanitários: unidade operacional básica mínima do SUS. • Pode se idenZficar com o território do município ou com parte dele. • Capaz de proporcionar assistência à saúde nos níveis primário, secundário e terciário. • Possui território conceitualmente bem definido. TERRITÓRIO-DISTRITO Território do Distrito Sanitário Área geográfica que comporta uma população com características epidemiológicas e sociais e com suas necessidades e os recursos de saúde para atendê-la. A área geográfica é definida para cada realidade e pode ser constituída por: • vários bairros de um município. • vários municípios de uma região. Área urbana Distrito de Saúde Oeste Distrito de Saúde Norte Distrito de Saúde Sul Distrito de Saúde Leste TERRITÓRIO-ÁREA • É a área de abrangência de uma UBS. • Espaço de determinação da corresponsabilidade pela saúde entre a população e o serviço, assim como o espaço de atuação da UBS. • Possui dimensões e população indefinidas, variável para cada UBS TERRITÓRIO-ÁREA • A área para uma Unidade de Saúde da Família (USF) é formada por microáreas, nem sempre conbguas, onde atua uma equipe de saúde da família e residem em torno de 2.000 a 3.500 pessoas. • Área de influência: assistência gerada pela pressão da demanda espontânea de população de áreas limítrofes e/ou não assisZdas por uma UBS. TERRITÓRIO-MICROÁREA • É uma subdivisão do território da área de abrangência. • Normalmente é geograficamente assimétrica. • A microárea é delimitada conforme as condições socioeconômicas e sanitárias, de modo a concentrar grupos mais homogêneos. TERRITÓRIO-MICROÁREA • A microárea é formada por um conjunto de famílias que congrega, no máximo, 750 habitantes, constituindo a unidade operacional do ACS. Clínica da Família Desembargador Fábio do Couto Valle - ESF 192 Microárea 1 Microárea 2 Microárea 3 Microárea 4 Microárea 5 Microárea 6 Microárea 7 TERRITÓRIO-MORADIA • Espaço de vida da família. • Objeto das ações de práZca em vigilância em saúde. • Espaço de menor agregação social, permiZndo aprofundar o conhecimento para o desenvolvimento de ações de saúde. No início do cadastramento das ESF, em 1994, considerava-se uma família o conjunto de pessoas que dividiam um mesmo espaço; é uma área conceitualmente delimitada. O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA TERRITORIALIZAÇÃO • A territorialização é uma ferramenta utilizada pela APS que auxilia na compreensão do processo saúde doença da população permitindo a realização do diagnóstico e assinalando possíveis necessidades de intervenção para os problemas encontrados naquele território. • Trata-se da apropriação do espaço por distintos atores sociais, sendo a representação deste espaço muito mais que uma área geográfica, tendo um perfil epidemiológico, administrativo, tecnológico, político e social que o caracteriza e se expressa em permanente construção. • Demográficas • Socioeconômicas • Geográficas • Sanitárias • Epidemiológicas • Atividades produtivas existentes • Disponibilidade de serviços de saúde • Articulação entre as regiões administrativas e municípios de fronteiras A territorialização considera as características: AS ORIGENS DA TERRITORIALIZAÇÃO Relatório Dawson (1920) • Primeira tentaZva de organizar serviços de saúde por região e conforme a necessidade da comunidade • Construção de redes regionalizadas de assistência • Os principais objetivos da territorializaçãosão permitir que as necessidades e os problemas dos grupos sejam definidos, possibilitando o estabelecimento de ações mais apropriadas e resolutivas. • A territorialização compõe o que se chama de Planejamento Estratégico Situacional. Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016. Fase 1: Planejamento Fase 2: coleta de dados Fase 3: análise de dados ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO Fase 1: Planejamento • Compreensão do processo de territorialização a ser discutido em reuniões de equipe • Levantamento dos dados previamente existentes • Definição de responsabilidades entre os membros da equipe ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO Fase 2: Coleta de dados • Observações in loco; • Acesso aos Sistemas de Informação à Saúde (SIS); • Leitura dos prontuários dos usuários da unidade de saúde; • Entrevistas realizadas com as pessoas que habitam o território Dados: número ou “quantidade” bruta, quantificável, que ainda não foi analisada. O conhecimento obtido pela análise dos dados, combinação e interpretação é denominado informação. Os dados são classificados como primários ou secundários. ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO Fase 2: Coleta de dados Dados primários: são aqueles que ainda não foram coletados e sistematizados. Exemplos: Entrevista com informante chave, prontuário dos pacientes, observação in loco, coleta de dados realizada pela equipe no território (preenchimento de formulários). Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016. ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO Fase 2: Coleta de dados Dados secundários: são aqueles já colhidos por outras pessoas ou instituições, organizados em bancos ou arquivos Exemplos: Bancos de dados do DATASUS ou IBGE, bancos de dados do sistema informatizado municipal Fontes de dados secundários mais utilizados: • IBGE ou demais órgãos oficiais, • Secretarias Estaduais de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde, companhias de abastecimento de água, esgoto, limpeza urbana e energia elétrica, Conselhos de Saúde • Sistemas de Informações (SISAB, SIM, SINASC, SINAN, SIS-PRENATAL, SISCOLO, entre outros) ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO Fase 3: Análise dos dados (análise situacional em saúde) A análise situacional é o momento de analisar os dados coletados na territorialização e transformá-los em informações, para compreender a situação de saúde da população e, a partir dessa compreensão, estabelecer o planejamento das ações em saúde. ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO Fase 3: Análise dos dados (análise situacional em saúde) CaracterísScas da análise situacional: • É permanente e considera a dinâmica do território • Deve ser interdisciplinar • Deve ser referenciada por critérios de análise (ex: enfoque nos dados sociais, econômicos, epidemiológicos, etc) • Deve levar em conta o contexto do território além dos limites Wsicos Fonte: https://www.treslagoas.ms.gov.br/gestantes-participam-de-reuniao-com- atividades-fisicas-na-academia-da-saude/ ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO Fase 3: Análise dos dados (análise situacional em saúde) Tipos de análise realizados • Análise socioeconômica • Análise demográfica • Análise epidemiológica • Análise socioambiental • Análise de acesso à assistência • Análise de infraestrutura • Análise de aspectos políticos Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016. ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO MAPEAMENTO DAS INFORMAÇÕES DO TERRITÓRIO DEFINIÇÕES DE MAPEAMENTO EM ESF •MAPEAMENTO: aplicação do processo cartográfico sobre uma coleção de dados ou informações, com vistas à obtenção de uma representação gráfica da realidade perceptível, comunicada a partir da associação de símbolos e outros recursos gráficos. • ESQUADRINHAMENTO: definição dos limites geográficos/políticos. • PLOTAGEM: colocação da representação física no mapa, seja a unidade de saúde, seja o equipamento social, etc. PERSPECTIVA DE ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES EM SAÚDE ATRAVÉS DO MAPEAMENTO COMO ELABORAR MAPAS “INTELIGENTES”? • Você pode utilizar o Google Earth (https://www.google.com.br/earth/download/gep/agree.html) ou mesmo utilizar uma cartolina grande. •O importante é que consiga representar sua área de abrangência dividida em Microáreas, com o maior detalhamento possível, por ruas e casas. Lembrando sempre que nossa área de maior interesse é a família e as pessoas que lá estão https://www.google.com.br/earth/download/gep/agree.html COMO ELABORAR MAPAS “INTELIGENTES”? • Essas famílias se relacionam com seus vizinhos (a rua), seu bairro (a microárea) e tudo que lá existe, sejam potencialidades e fragilidades. • Esse diagnóstico é fundamental para enriquecimento da capacidade de intervenção no processo saúde doença no território. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL Coleta sistemá,ca dos dadosPROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO ALIMENTAÇÃO DO MAPA VIVO DISCUSSÃO NAS REUNIÕES DE EQUIPE Identificação das populações expostas a riscos, problemas prioritários, vulnerabilidades, etc Informação-decisão-ação Planejamento estratégico situacional (PES) PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; KaUuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016. PROBLEMA: Aumento do número de casos de dengue no bairro Vila Maria PES: MOMENTO EXPLICATIVO Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016. Identificação do problema a ser abordado, de suas causas e consequências PES: MOMENTO EXPLICATIVO Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016. Identificação do problema a ser abordado, de suas causas e consequências PES: MOMENTO NORMATIVO Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016. Elaboração de um plano de ação sobre o problema que sofrerá intervenção, definindo-se os objetivos PES: MOMENTO ESTRATÉGICO Momento onde será feita a análise de viabilidade de planejamento, considerando a governabilidade PES: MOMENTO TÁTICO-OPERACIONAL Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016. Momento de colocar em prática as ações planejadas e avaliar os resultados delas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Sá, M.C. & Artmann, E., 1994. O Planejamento estratégico em saúde: desafios e perspectivas para o nível local. In: Planejamento e Programação Local da Vigilância da Saúde no Distrito Sanitário (Mendes, E.V.,org.), pp19-44, Brasília: OPAS. Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis:UFSC, 2016. Tratado de medicina de família e comunidade : princípios, formação e prática [recurso eletrônico] / Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti Lopes, Lêda Chaves Dias; [coordenação editorial: Lêda Chaves Dias]. – 2. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019. 2 v. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM de nº 2.436 de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html>. OBRIGADO(A)! COORDENAÇÃO GERAL FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES NILSON MASSAKAZU ANDO POLO SÃO PAULO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA GUSTAVO EMANUEL FARIAS GONÇALVES MARIANA TOMASI SCARDUA SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARIZÉLIA GOIS MONTEIRO DANIEL DE MEDEIROS GONZAGA APOIO INSTITUCIONAL DO MEC MÁRCIA CRISTINA NÉSPOLI ANDO JONAS NERIS FILHO POLO SALVADOR COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARINA ABREU CORRADI CRUZ SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CLARISSA SANTOS LAGES APOIO INTITUCIONAL DO MEC JOÃO PEREIRA DE LIMA NETO POLO BELO HORIZONTE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA JULIANA MACHADO DE CARVALHO AUGUSTO CEZAR DAL CHIAVÓN APOIO INTITUCIONAL DO MEC LILIAN PATRÍCIA SILVA DE SOUZA MINISTRO DA EDUCAÇÃO CAMILO SOBREIRA DE SANTANA SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR DENISE PIRES DE CARVALHO DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE GISELE VIANA PIRES COORDENADOR GERAL DE EXPANSÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES REFERÊNCIAS CENTRAIS DO MEC/PMMB ANA LUÍSA DOS SANTOS AZEVEDO ANA LUIZA FEITOZA NEVES SANTOS COSTA GABRIELA CARVALHO DA ROCHA HUMBERTO BATISTA BORGES DA SILVEIRA LEONARDO SOUSA ARAÚJO LUCAS DE SOUZA PORFIRIO MAÉZIA MARIA MEDEIROS COSTA MIGUEL TATIANA RIBEIRO SAÚDE DAS MULHERES Módulo de Acolhimento e Avaliação Projeto Mais Médicos para o Brasil 31° Ciclo do PMMB OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Apresentar a Polí.ca Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres • Discu.r sobre planejamento familiar e reprodu.vo • Discu.r sobre a atenção à saúde da gestante e o atendimento pré-natal • Discu.r sobre as principais intercorrências na gestação • Abordar os aspectos legais e direitos na gestação • Discu.r sobre o combate à violência contra a mulher • Discu.r a prevenção do câncer ginecológico. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DAS MULHERES (PNAISM) PNAISM • O documento da PNAISM incorpora, num enfoque de gênero, a integralidade e a promoção da saúde como princípios norteadores e busca consolidar os avanços no campo dos direitos sexuais e reprodutivos, com ênfase na melhoria da atenção obstétrica, no planejamento reprodutivo, na atenção ao abortamento inseguro e aos casos de violência doméstica e sexual. Além disso, amplia as ações para grupos historicamente alijados das políticas públicas, nas suas especificidades e necessidades. • É acima de tudo uma proposta de construção conjunta e de respeito à autonomia dos diversos parceiros – entes fundamentais para a concretização das políticas – enfatizando a importância do empoderamento das usuárias do SUS e sua participação nas instâncias de controle social. PNAISM Questões fundamentais na elaboração da PNAISM • Conceituar as ações de saúde da mulher como política e não mais como programa, por entender que, conceitualmente, o termo política é mais abrangente que o termo programa, para ressaltar a resposta governamental a determinados problemas de saúde de certos grupos específicos, neste caso as mulheres • Introduzir e visibilizar novas “necessidades” de saúde das mulheres, até então ausentes das políticas públicas; • Introduzir ações para segmentos da população feminina, todavia sem visibilidade social; • Definir fontes de recursos e responsabilidades nos diversos níveis do sistema, de acordo com as diretrizes do SUS e os instrumentos de gestão adotados pelo Ministério da Saúde; • Introduzir nas políticas a transversalidade de gênero, o recorte racial-étnico e as especificidades das mulheres que fazem sexo com mulheres. Obje5vos Gerais • Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garanFa de direitos legalmente consFtuídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção e assistência e recuperação da saúde em todo o território brasileiro • Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie • Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde Objetivos Específicos • Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para as portadoras de infecção pelo HIV e outras DST. • Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento reprodutivo para homens e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral à saúde. • Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras, para mulheres e adolescentes • Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência doméstica e sexual. • Promover, conjuntamente com o Departamento Nacional de DST/Aids, a prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/Aids na população feminina. Objetivos Específicos • Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina. • Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero • Implantar e implementar a atenção à saúde da mulheres no climatério • Promover a atenção à saúde das mulheres idosas, negras, das trabalhadoras do campo e da cidade, das mulheres indígenas e das mulheres em situação de prisão. • Fortalecer a participação e o controle sociais na definição e implementação das políticas de atenção integral à saúde das mulheres. ATENÇÃO ÀS MULHERES NO CLIMATÉRIO ATENÇÃO ÀS MULHERES NO CLIMATÉRIO • O envelhecer é um processo biológico, não patológico, exigindo dos profissionais da saúde o cuidado pautado em princípios é=cos aliados a competências relacionais, aconselhamento, orientações e educação para a saúde e a qualidade de vida • O climatério corresponde à transição da mulher do ciclo reprodu=vo para o não reprodu=vo, ocorrendo habitualmente entre os 40 e 65 anos. É uma fase biológica da vida da mulher e um período de mudanças psicossociais, de ordem afe=va, sexual, familiar e ocupacional. • A menopausa, marco do período climatérico, é a interrupção permanente da menstruação e o diagnós=co é feito de forma retroa=va, após 12 meses consecu=vos de amenorreia, ocorrendo geralmente entre os 48 e 50 anos de idade (MS, 2016). • A confirmação do climatério e da menopausa é eminentemente clínica, sendo desnecessárias dosagens hormonais. DEFINIÇÕES IMPORTANTES Ainda sobre os Sintomas, lembrar que: • Muitas mulheres passam pelo climatério sem queixas, mas outras podem apresentar queixas diversificadas e com intensidades diferentes. A irregularidade menstrual é universal e os fogachos e suores noturnos também são bastante frequentes, típicos deste período. É importante enfatizar que as queixas que mais interferem na qualidade de vida da mulher no climatério são as de ordem psicossocial e afetiva. • O envelhecer é um processo biológico, não patológico, exigindo dos profissionais da saúde o cuidado pautado em princípios éticos aliados a competências relacionais, aconselhamento, orientações e educação para a saúde e a qualidade de vida. ABORDAGEM TERAPÊUTICA • FOGACHOS • ALTERAÇÃO DO SONO • Resfriar o ambiente • Roupas adequadas • Aumentar número de banhos • Aumentar hidratação • Dieta saudável e controle de peso • Exercícios físicos regulares • Cessação do tabagismo • Respiração lentae profunda • Controlar fogachos noturnos • Evitar cafeína • Evitar exercício 3 horas antes de dormir • Reduzir exposição a telas • Evitar cochilos NÃO-FARMACOLÓGICA – a depender do sintoma apresentado ATROFIA UROGENITAL o Usar lubrificante íntimo/óleo vegetal o Incentivo à prática sexual regularTRANSTORNO PSICOSSOCIAL TERAPIA HORMONAL DIRETRIZES ATUAIS A TH é o tratamento mais efetivo para o tratamento dos sintomas vasomotores e de atrofia urogenital no pós-menopausa. É especialmente indicada para mulheres sintomáticas abaixo de 60 anos ou com menos de 10 anos de menopausa. A dose, a via, a duração e o regime da TH para tratamento dos sintomas devem ser individualizados. A dose hormonal deve ser ajustada para a menor dose eficaz e menor tempo de uso (5 anos). Menores doses de TH podem reduzir os sintomas suficientemente com manutenção da qualidade de vida das mulheres. QUEM TRATAR? O início de terapia estrogênica após 10 anos da menopausa e/ou em mulheres com idade superior a 59 anos deve ser evitado devido à associação com aumento do risco de doenças cardiovasculares nesses grupos de mulheres. A Sociedade Brasileira de Geriatria chama a atenção quanto à evidência científica forte de que “está contraindicada a prescrição de terapia de reposição de hormônios como terapêutica antienvelhecimento com os objetivos de prevenir, retardar, modular e/ou reverter o processo de envelhecimento; prevenir a perda funcional da velhice; e prevenir doenças crônicas e promover envelhecimento e/ou longevidade saudável (nível de evidência A).” Contraindicações da TH ABSOLUTAS: • Câncer de mama • Câncer de endométrio • Sangramento genital não esclarecido • Doença arterial coronariana e cerebrovascular • Antecedente de doença tromboembólica • Porfirias • Doença hepática grave RELATIVAS: • HAS e DM não controlados • Endometriose • Miomatose uterina PLANEJAMENTO FAMILIAR E REPRODUTIVO PRINCÍPIOS GERAIS • Fortalecimento dos direitos sexuais e reproduYvos. • Ações educaYvas prevenYvas e clínicas que incluam e valorizem a parYcipação do homem. • GaranYa de direitos iguais de consYtuição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal e de acesso igualitário a informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade (Lei 14.443 /2022, alterando Lei 9263 de 12/01/1996). SAÚDE REPRODUTIVA • Implica que a pessoa possa “ter uma vida sexual segura e saFsfatória, tendo autonomia para se reproduzir e a liberdade de decidir sobre quando e quantas vezes deve fazê-lo. • Devem, portanto, ser ofertados a homens e mulheres adultos, jovens e adolescentes, informação, acesso e escolha a métodos eficientes, seguros, permissíveis e aceitáveis. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO • Designa um conjunto de ações de regulação da fecundidade, as quais podem auxiliar as pessoas a prever e controlar a geração e o nascimento de filhos, e englobam adultos, jovens e adolescentes, com vida sexual, com e sem parcerias estáveis, bem como aqueles e aquelas que se preparam para iniciar sua vida sexual. Abordagem IMPORTANTE!!!!!! A escuta qualificada deve ser centrada na pessoa e no seu discurso e guiada pelas suas necessidades. ABORDAGEM ORIENTAÇÃO EM SAÚDE MÉTODOS DISPONÍVEIS NO SUS ÍNDICE DE FALHA CRITÉRIO DE ESCOLHA CRITÉRIO DE ESCOLHA CRITÉRIO DE ESCOLHA CRITÉRIO DE ESCOLHA CRITÉRIO DE ESCOLHA AOC e Minipílula AC Injetável Anticoncepção de Emergência Deve ser usada preferencialmente nas primeiras 48h. Se tomada nas primeiras 24 horas a chance de uma gravidez fica em torno de 0,5 a 1%. Após 72h os índices de falha aumentam substancialmente. Após o quinto dia não tem mais indicação de uso. Deve ser usado apenas em situação de emergência e de forma esporádica. Seu uso repetitivo aumentam a chance de gravidez indesejada, bem como irregularidade do ciclo menstrual Indicação do Preservativo: SEMPRE!!!! ATENÇÃO À SAÚDE DA GESTANTE MORTALIDADE MATERNA MORTALIDADE MATERNA REDE CEGONHA Linha de Cuidados que assegura: • Às mulheres, direito • ao planejamento reprodu.vo • a atenção humanizada na gravidez, parto, abortamento e puerpério • Às crianças, direito • ao nascimento seguro • crescimento e desenvolvimento saudáveis Diretrizes da Rede Cegonha 1. Garantia do acolhimento com classificação de risco, ampliação do acesso e melhoria da qualidade do PRÉ-NATAL. 2. Garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro. 3. Garantia das boas práticas e segurança na atenção ao Parto e nascimento. 4. Garantia da atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade. 5. Garantia da ampliação do acesso ao planejamento produtivo. ATENDIMENTO DA GESTANTE • Acolhimento • Captação Precoce • Organização dos atendimentos • Pré-Natal ATENDIMENTO DA GESTANTE • Rodas de Gestantes • Puerpério • Papel da Equipe de Saúde • Atendimento da gestante ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO • Evitar um dia fixo de atendimento Pré Natal, dando preferência a uma Agenda Flexível, em dia e horários variados • EsFmular a parFcipação da parceria em todas as consultas, aproveitando o momento para vínculo e estabelecimento de cuidado. • Criar uma roFna de atendimento similar entre os profissionais de saúde da Unidade , respeitando-se as Diretrizes Clínicas´já insFtuídas. CONSULTA PRÉ-NATAL PRIMEIROS PASSOS • Confirmação do diagnóstico de gravidez • Cadastramento no SISPRENATAL • Registro dos dados no prontuário e na caderneta da gestante • Classificação de risco gestacional. • Vinculação com a maternidade de referência (se possível) PARTO HUMANIZADO • Movimento que visa reposicionar a mulher como protagonista no momento do parto. • Construção compartilhada do plano de parto. • Direito a presença de acompanhante. PARTO HUMANIZADO • CríFca a procedimentos invasivos e sem, ou com pouca evidência cienwfica: • Episiotomia • Kristeller • Vitamina K no recém nascido • Aspiração no recém nascido FATORES DE RISCO Permitem acompanhamento na APS • Idade < 15 ou > 35 anos • Situação familiar insegura • Não aceitação da gravidez • Múltiplas cesáreas • Infecção urinária • Anemia leve a moderada Exigem acompanhamento compartilhado • Diabetes • Anemia falciforme • Antecedente de TVP • Anemia grave (hemoglobina < 8) • Polidramnia • Oligodramnia • Síndromes hipertensivas PERIODICIDADE DAS CONSULTAS Lembre-se... • Em algumas situações esse acompanhamento deverá ser diário... • O acompanhamento precisa ser adaptado às realidades locais e sempre que possível multiprofissional. LEMBRAR… ❖ Tentar fazer no mínimo 06 consultas ( 01 no primeiro trimestre, 02 no segundo e 03 no terceiro). ❖ A cada consulta de acompanhamento deve ser reavaliado o Risco Gestacional. ❖ A parFr de 41 semanas , mesmo em gestações de risco habitual, já fazer o acompanhamento comparFlhado com o local escolhido para o Parto. ❖ Não existe “Alta do Pré Natal” e mesmo quando a Gestação é classificada como de Alto Risco e a gestante encaminhada ao PNAR, o acompanhamento conFnua sob responsabilidade da ESF e também sendo feito na UBS. Caderneta da Gestante Rotina de exames na primeira consulta CONDUTAS GERAIS • Suplementação de ferro e ácido fólico • ferro elementar (40 mg/dia); • ácido fólico (400 µg/dia ou 0,4 mg/dia). • Utilizar no período pré-gestacional até o final da gestação. • Realizar Consulta Odontológica Calendário Vacinal da Gestante Lembrar também do Pré Natal do Parceiro… INTERCORRÊNCIAS NA GESTAÇÃO Condições clínicas de iden=ficação de maior risco na gestação atual Diagnóstico Clínico e Laboratorial Valores de Hb abaixo de 11g/dl e/ou Hematócrito abaixo de 33% em qualquer período gestacional. Condição que deve ser tratada devido ao aumento do risco de resultados adversos na gestação , como pré eclâmpsia, baixo peso ao nascer, parto pré termo, hemorragia pós parto,maior mortalidadeperinatal e materna Causas mais comuns de Anemias na Gestação Anemias por deficiência da absorção de Ferro ( Anemias Ferroprivas) Anemias por deficiência de Vit B12 Anemias por Deficiência de Ácido Fólico Anemias Hereditárias ( Anemia Falciforme, Talassemias) Tratamento da Anemia Ferropriva Existem várias formulações à base de ferro e deve-se estar atento à equivalência de cada formulação. A dose de 30 mg de ferro elementar, em geral, é disponibilizada em 150 mg de sulfato ferroso, 90 mg de fumarato ferroso e 250 mg de gluconato ferroso. Valor da Hemoglobina Tratamento de 09 a 11g/dl 160 a 200mg de Ferro Elementar de 07 a 09g/dl e IG > 16 semanas Ferro endovenoso <07g/dl Transfusão e encaminhamento ao PNAR As síndromes hipertensivas são a intercorrência clínica mais comum da gestação e representam a principal causa de morbimortalidade materna no mundo. Atentar-se para a técnica correta de aferição da PA Quando fazer profilaxia? Se presença de 01 Fator de Alto Risco ou 02 Fatores de Baixo Risco, prescrever a partir da semana 12 e até a Semana Gestacional 36 100mg de AAS e 01g de Carbonato de Cálcio(02comp de 500mg) Classificação e Definições 1- Hipertensão Arterial Crônica- Hipertensão relatada e aferida antes da vigésima semana de gestação 2- Hipertensão Gestacional: Hipertensão na segunda metade da gestação, em gestante previamente normotensa, porém sem proteinúria ou manifestação de outros sinais/sintomas relacionados à préeclâmpsia (PE) 3-Pré-eclâmpsia: identificação de hipertensão arterial, em gestante previamente normotensa, a partir da 20ª semana de gestação, associada à proteinúria significativa.Na ausência de proteunúria, mas com comprometimento de orgão alvo ou comprometimento placentário. 4- Eclâmpsia é a ocorrência de convulsões tônico-clônicas generalizadas, de coma ou de ambas, durante a gravidez ou o puerpério, em gestantes com pré eclâmpsia, que não estão relacionadas com outras doenças do sistema nervoso central. 5-Síndrome HELLP:O acrônimo HELLP significa hemólise, aumento de enzimas hepáticas e plaquetopenia: • Hemograma (particularmente hematócrito, hemoglobina e plaquetas). • Desidrogenase láctica (DHL). • Bilirrubinas totais. • Creatinina. • Transaminase oxalacética (TGO/AST). Rotina Mínima de Exames, além dos já preconizados DIAGNÓSTICO DE ECLÂMPSIA E PRÉ ECLÂMPSIA Proteinúria • >300 mg/24h • Relação proteinúria/crea.núria > 0,3 • Fita reagente com uma ou mais cruzes de proteína Suspeita de Eclâmpsia • Cefaléia persistente • Visão turva • Dor abdominal • Alterações laboratoriais • Plaquetopenia • Ácido úrico >6,0mg/dl • Alteração TGO TGP TRATAMENTO Alguns Aspectos Importantes Todo caso confirmado de Pré Eclâmpsia deve também ser acompanhado pelo PNAR Se a Gestante apresenta quadro de PE Grave com PAS>ou igual a 160 e ou PAD > ou igual a 110 ou apresenta sinais sugestivos de iminência de Eclâmpsia, deve ser encaminhada com Urgência para Atendimento Hospitalar para que seja Sulfatada ( Sulfato de Magnésio). A IG limite para interrupção da Gestação será com 37 semanas. Pré Eclâmpsia não se configura numa indicação absoluta de Cesariana, sendo inclusive preferível o PN, quando possível. A hiperglicemia materna é uma das condições mais comuns na gravidez. No Brasil estima-se que 18% das Gestações atendidas no SUS atinjam critérios diagnósticos atuais para DMG. Hiperglicemia na gestação aumenta o risco de morbidade materna e perinatal, com repercussões em médio e longo prazo, tanto para a mãe como para o seu filho. DIABETES GESTACIONAL DIAGNÓSTICO • Rastreamento universal, independentemente da presença de fator de risco. • Glicemia de jejum (GJ) na primeira consulta de pré-natal. • Glicemia de jejum ≥126 mg/dL: diabetes mellitus diagnosFcado na gestação (diabetes prévio); • Glicemia de jejum entre 92 mg/dL e 125 mg/dL: diabetes mellitus gestacional. • Para pacientes com glicemia de jejum <92 mg/dL no 1º trimestre: realizar teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com 75 g, entre 24 e 28 semanas, com avaliação da GJ, G1h e G2h Valores de Referência do TOTG JEJUM menor que 92mg/dl PÓS 01H 180mg/dl PÓS 02H 153mg/dl 01 valor alterado já fecha o diagnóstico. Na impossibilidade de realização do TOTG-75g, frente a recursos escassos, pode-se repetir a glicemia de jejum entre 24 e 28 semanas, mantendo os mesmos valores de referência usados no 1º trimestre. TRATAMENTO Medidas não Farmacológicas Adequação Nutricional- 40 a 55% de carboidratos , 15 a 20% de proteínas e 30 a 40% de Lipídios Realização de Atividades Físicas Medidas Farmacológicas Insulina- Na dose de 0,3 a 0,5UI/kg/dia fracionadas em duas ou três aplicações. DIABETES GESTACIONAL A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria (espiroqueta) Treponema pallidum. Ainda é uma infecção de transmissão sexual (IST) muito frequente, com potencial acomeFmento grave do feto e do recém-nascido. Tanto a Sífilis na Gestação quanto a congênita aumentaram muito na úlFma década. De 2010 a 2019, a taxa de SC passou de 1,4 para 8,2 casos por 1.000 nascidos vivos (NVs) em consequência do aumento de sífilis em gestantes (de 3,5 para 20,8 casos por 1.000 NVs). Quadro Clínico/Manifestações clínicas Lesão inicial apesar de típica, difícil de ser diagnosticada, devido regressão espontânea. Manifestações cutâneas apresentando lesões pleomórficas, podendo ser facilmente confundida com outras patologias. Num QC típico teremos: Infecção pelo Treponema—Aparecimento de lesão ulcerada após cerca de 07 a 21 dias—Desaparecimento da Ùlcera—Aparecimento de Rash disseminado após 45 a 60 dias com manifestações sistêmicas inespecíficas, que também desaparecem de forma espontânea—a partir daí inicia-se a fase latente tardia… Diagnóstico na Gestação Na Gestação a positividade do Teste Rápido (TR) o qual faz parte da rotina de atendimento pré natal, já na primeira consulta, e é um Teste Treponêmico, com altíssimas sensibilidade e especificidade, autoriza o tratamento para Sífilis em Gestantes sem histórico de tratamento anterior. Importante salientar que, mesmo após tratamento correto, não ocorrerá negativação do TR, situação semelhante à dos outros testes treponêmicos, como TPHA ou FTA-Abs O VDRL deve ser solicitado e usado nesses casos para controle da resposta terapêutica; Alguns Pontos Importantes. Na Gestante sempre vamos considerar o TTO para Sífilis Tardia ou latente, fazendo o Esquema de 7.200.000 UI. A parceria sempre será tratada com o mesmo esquema. Qualquer nível de Titulação positiva de VDRL indica também tratamento para a Gestante. O único tratamento eficaz para proteção do Feto é com a Penicilina . Em caso de alergia à Penicilina Benzatina está indicada a dessensibilização da Gestante em ambiente hospitalar, com posterior aplicação. CONTROLE DE CURA VDRL mensal na gestação Após gestação: • A cada 3 meses no 1º ano • A cada 6 meses até a estabilização dos wtulos • Títulos devem cair progressivamente até permanecerem negaFvos ou inferiores a 1:8 • Se wtulos permanecerem baixos e estáveis em 2 oportunidades após um ano, pode ser dada alta Entre 70 e 90% dos casos de toxoplasmose em pacientes imunocompetentes são assintomáticos ou apresentam sintomas inespecíficos comuns a doenças como dengue, citomegalovírus ou mononucleose infecciosa. Apenas em 02 Grupos a infecção pelo Toxoplasma Gondii pode causar sérias complicações: Pacientes Imunossuprimidos e Gestantes, pelo risco de Infecção Congênita do concepto, podendo acarretar abortamento, partos prematuros e /ou malformação fetal , principalmente se exposto no primeiro trimestre. Condutas de Acordo com Cenários Possíveis Cenário 1: IgG e IgM negativos: Gestante Susceptível. Orientações quanto prevenção à exposição ao T. Gondii. Cenário 2: IgG + e IgM - Compatível com infecção pregressa adquirida há, pelo menos, seismeses. Cenário 3: IgM positivo independentemente do resultado da IgG, deve ser interpretada como infecção aguda, com indicação para iniciar intervenção medicamentosa. -3a: IgG negativo– Fazer imediatamente Espiramicina 03g/dia e Repetir Sorologia de 02 a 03 semanas.Caso persista IgG negativo, considerar como falso positivo e suspender medicação. Caso o IgG positive: Idade Gestacional menor que 16 semanas : Continua Espiramicina e encaminha ao PNAR se maior que 16 semanas : Substitui Espiramicina pelo Esquema Tríplice com Sulfadiazina 03g dia, Pirimetamina 50mg dia e Ácido Folínico 10 a 20 mg, 3x semana Cenário 4: IgM e IgG Reagentes IG<16 Sem: Iniciar Espiramicina e solicita Avidez: Se Alta, descarta-se infecção na gestação atual e suspende medicação. IG>16 Sem: O teste de avidez não muda conduta devendo a Gestante fazer o Esquema Tríplice com a Sulfadiazina, Pirimetamina e Ácido Folínico BACTERIÚRIA NA GESTAÇÃO • Gestante com bacteriúria sintomática ou assintomática deve ser tratada. • Gestante com clínica de ITU deve ser tratada, lembrando que polaciúria e urgência podem ser fisiológicos na gestação. • Bacteriúria não tratada pode progredir para pielonefrite e trabalho de parto prematuro. • Rastreamento deve ser feito pela urocultura. • Se possível, guiar o tratamento pelo teste de sensibilidade. BACTERIÚRIA NA GESTAÇÃO ASPECTOS LEGAIS E DIREITOS NA GESTAÇÃO LICENÇA MATERNIDADE • Licença maternidade de 120 dias (CLT) ou 180 dias funcionários públicos ou privados, a depender da empresa. • Pode ser iniciada a partir de 36ª semana de gestação. • Empregado não pode ser demitido durante a gestação e até 5 meses após o parto, exceto em casos de “justa causa”. MUDANÇA DE FUNÇÃO • Em caso de riscos ou problemas de saúde ou do bebê. • Sem prejuízo do salário e demais direitos. • Requer atestado médico comprovando necessidade da mudança de Função. • Fica garanFda a retomada da função anterior após a licença maternidade ATESTADOS • É proibida a exigência de atestados de gravidez, esterilização e outras práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da trabalhadora • Gestante tem direito de receber declaração de comparecimento sempre que for às consultas de pré-natal ou fizer algum exame. Apresentando à sua chefia, tem direito a justificativa de falta ao trabalho. AMAMENTAÇÃO • Até o bebê completar 6 meses, a mulher tem direito de ser dispensada do trabalho todos os dias, por dois períodos de meia hora ou por um período de uma hora, para amamentar. Deve acordar com o empregador a melhor forma de utilizar este tempo. BOLSA FAMÍLIA • Famílias beneficiárias tem direito ao benefício variável extra na gravidez e durante a amamentação. ESTUDANTES • Lei 6.202/75 garante à estudante o direito a licença maternidade sem prejuízo do período escolar. • A parYr do 8º mês a gestante pode cumprir compromisso escolares em casa. • Início e fim do afastamento serão determinados por atestado médico, apresentado à direção da escola. • Em qualquer caso é assegurado à estudante gestante o direito a prestação dos exames finais. COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL • Lei Maria da Penha (11.340/2006). • Prevê que agressores sejam presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada quando ameaçarem a integridade física da mulher. • Prevê medidas protetivas para a mulher que corra risco de morte, como afastamento do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação física junto à mulher agredida. VIOLÊNCIA SEXUAL • Prevê atendimento integral às vítimas em todos os serviços de urgência e emergência do SUS. • Define que a atendimento inclua diagnóstico e tratamento de lesões, realização de exames para IST e gravidez. • Prevê uso de anticoncepção de emergência, em casos de estupro. ATENDIMENTO A MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA SINAIS DE SUSPEITA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER REDE DE ATENÇÃO A MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA REDE DE ATENÇÃO A MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA ABORDAGEM DA SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA ABORDAGEM DA VIOLÊNCIA SEXUAL OPÇÕES DISPONÍVEIS FICHA DE NOTIFICAÇÃO VIOLÊNCIA SEXUAL IST NA VIOLÊNCIA SEXUAL HepaFte B: se não vacinada, vacinar e oferecer imunoglobulina hiperimune. HIV: TARV por 4 semanas com início no máximo em 72h. EXAMES NA VIOLÊNCIA SEXUAL • Anti HIV • VDRL • Anti HCV • HBsAg • Anti HBs ABORTAMENTO LEGAL • É permitido quando a gravidez resulta de estupro/violência sexual ou em caso de risco de vida à mulher. • Não é exigido qualquer documento. Como Boletim de Ocorrência Policial, Laudo de IML ou autorização judicial. PREVENÇÃO DO CÂNCER GINECOLÓGICO RASTREAMENTO CÂNCER DE COLO UTERINO Quem faz Papanicolau: • Mulheres dos 25 aos 64 anos que tenham iniciado vida sexual em algum momento da vida. Periodicidade do Papanicolau: • Dois exames com intervalo anual. • Após dois exames anuais normais, realiza-se somente um exame a cada três anos. • Vacinação contra o HPV disponível nas UBS e indicada para meninas e meninos de 09 a 14 anos 11 meses e 29 dias. Quadrivalente e protegendo contra os soro]pos 06,11(Baixo Grau) e 16, 18( Alto Grau). SITUAÇÕES ESPECIAIS SITUAÇÕES ESPECIAIS RESULTADO AMOSTRA RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA • Fatores de Risco • Idade > 50 anos • Menarca precoce • Nuliparidade • Primeira gestação após os 30 anos • História pregressa • História familiar • Uso de álcool • Tabagismo • Terapia de reposição hormonal • Sedentarismo • Obesidade ROTINA DE RASTREAMENTO Achados e Condutas… PREVENÇÃO QUATERNÁRIA Evitando ações com beneBcios incertos para a paciente e a protege de ações potencialmente danosas NÃO solicitando mamografia de rastreamento na população menor de 50 anos e maior de 70 anos ou com periodicidade menor de dois anos Fornecendo informações claras quanto aos benefícios e riscos da ação e compartilhando as decisões com a usuária Das mulheres submetidas ao rastreamento menos têm morte evitada por câncer de mama, enquanto mais mulheres saudáveis serão tratadas desnecessariamente e muitas experimentarão estresse psicológico por conta de falsos positivos no exame Realizando rastreamento de forma individualizada REFERÊNCIAS UTILIZADAS • BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Cadernos de Atenção Básica 32. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_32.pdf> • BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf> • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. xxx p. : il. 1. Gestação 2. Gestação de Alto Risco 3. Complicações na Gravidez I. Título http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_32.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf OBRIGADO(A)! COORDENAÇÃO GERAL FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES NILSON MASSAKAZU ANDO POLO SÃO PAULO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA GUSTAVO EMANUEL FARIAS GONÇALVES MARIANA TOMASI SCARDUA SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARIZÉLIA GOIS MONTEIRO DANIEL DE MEDEIROS GONZAGA APOIO INSTITUCIONAL DO MEC MÁRCIA CRISTINA NÉSPOLI ANDO JONAS NERIS FILHO POLO SALVADOR COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARINA ABREU CORRADI CRUZ SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CLARISSA SANTOS LAGES APOIO INTITUCIONAL DO MEC JOÃO PEREIRA DE LIMA NETO POLO BELO HORIZONTE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA JULIANA MACHADO DE CARVALHO AUGUSTO CEZAR DALCHIAVÓN APOIO INTITUCIONAL DO MEC LILIAN PATRÍCIA SILVA DE SOUZA MINISTRO DA EDUCAÇÃO CAMILO SOBREIRA DE SANTANA SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR DENISE PIRES DE CARVALHO DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE GISELE VIANA PIRES COORDENADOR GERAL DE EXPANSÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES REFERÊNCIAS CENTRAIS DO MEC/PMMB ANA LUÍSA DOS SANTOS AZEVEDO ANA LUIZA FEITOZA NEVES SANTOS COSTA GABRIELA CARVALHO DA ROCHA HUMBERTO BATISTA BORGES DA SILVEIRA LEONARDO SOUSA ARAÚJO LUCAS DE SOUZA PORFIRIO MAÉZIA MARIA MEDEIROS COSTA MIGUEL TATIANA RIBEIRO A ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS E A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS) NO BRASIL Módulo de Acolhimento e Avaliação Projeto Mais Médicos para o Brasil 31 Ciclo do PMMB OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Apresentar a Atenção Primária à Saúde e sua integração nas Redes de Atenção à Saúde. • Discutir equipe e processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família. • Discutir Matriciamento e Equipe Multiprofissional. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: O SISTEMA DE SAÚDE DO BRASIL SUS: PRINCÍPIOS Princípios DOUTRINÁRIOS Princípios ORGANIZATIVOS COMO ORGANIZAR O SISTEMA DE SAÚDE PARA QUE SE GARANTAM OS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS? ORGANIZAÇÃO HIERÁRQUICA X ORGANIZAÇÃO EM REDE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS): O QUE SÃO? São arranjos organiza*vos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logísCco e de gestão, buscam garanCr a integralidade do cuidado. BRASIL, 2017 REDES: VAMOS REFLETIR? POR QUE UMA ORGANIZAÇÃO EM REDES? • Necessidade de base territorial • Resposta equânime às demandas em saúde • Ferramenta para garanCr integralidade da assistência • Alinhar governança, gestores e profissionais de saúde • ConNnua melhoria dos serviços prestados de acordo com as necessidades de saúde da população. BRASIL, 2017 1 - População e Região de Saúde 2 - Estrutura Operacional 3 - Modelo de Atenção à Saúde QUEM FORMA A RAS? 1. POPULAÇÃO E REGIÃO DE SAÚDE BRASIL, 2017 As RAS devem ser capazes de identificar claramente a população e a área geográfica sob sua responsabilidade. A região de saúde deve ser bem definida, baseada em parâmetros espaciais e temporais que permitam assegurar que as estruturas estejam bem distribuídas territorialmente, garantindo o tempo/resposta necessário ao atendimento, melhor proporção de estrutura/população/território e viabilidade operacional sustentável. 1. POPULAÇÃO E REGIÃO DE SAÚDE ESTADUAL Brasílis REGIONAL AMPLIADO (Macrorregional) Centro-Oeste REGIONAL DE SAÚDE (Microrregional) Planópolis 1. POPULAÇÃO E REGIÃO DE SAÚDE PLANÓPOLIS MUNICIPAL DISTRITAL ÁREA MICROÁREA Plan óp oli s 2. ESTRUTURA OPERACIONAL BRASIL, 2017 A estrutura operacional das RAS é constituída pelos diferentes pontos de atenção à saúde, ou seja, lugares institucionais onde se ofertam serviços de saúde e pelas ligações que os comunicam. Os componentes que estruturam as RAS incluem: Atenção Básica à Saúde (centro de comunicação); os pontos de atenção secundária e terciária; os sistemas de apoio; os sistemas logísticos e o sistema de governança. • Hospitalização, internação • Alta complexidade (Ex: hospitais universitários)Atenção Terciária • Ambulatórios de especialidades focais • Condição de maior necessidade de tecnologias "duras"Atenção Secundária • Organização em ESF e outras modalidades com foco no território • Tecnologias leves e abordagem biopsicossocialAtenção Primária D en si da de T ec no ló gi ca 3. MODELO DE ATENÇÃO O modelo de atenção à saúde é um sistema lógico que organiza o funcionamento das RAS, articulando: • as relações entre a população e suas subpopulações estratificadas por riscos; • os focos das intervenções do sistema de atenção à saúde; • os diferentes tipos de intervenções sanitárias. O Modelo de atenção à saúde é definido em função das situações demográficas e epidemiológicas e dos determinantes sociais da saúde. QUAL O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE ADOTADO HOJE EM DIA? As unidades e equipes da APS como centro coordenador, que ordenarão os fluxos e contrafluxos, por meio dos sistemas logísticos, e contando com o auxílio dos sistemas de apoio. Todo esse conjunto será gerido por um sistema de governança Inter federativo e transversal. QUAIS AS FUNÇÕES DA APS NAS RAS? • Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária. • Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e dos grupos sociais. • Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuar como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários por meio de uma relação horizontal, contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. QUAIS AS FUNÇÕES DA APS NAS RAS? • Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando-as em relação aos outros pontos de atenção, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários QUAIS AS FUNÇÕES DA APS NAS RAS? REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS Qualificação/Educação Informação Regulação Promoção e Vigilância à Saúde R ed e C eg on ha Á lc oo l, C ra ck e O ut ra s D ro ga s R ed e de U rg ên ci a e Em er gê nc ia C on di çõ es e d oe nç as cr ôn ic as ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE REDE CEGONHA • Rede Materno-Infantil que visa garantir o fluxo adequado para o atendimento ao planejamento sexual e reprodutivo, pré-natal, parto e nascimento, puerpério e primeira infância com o objetivo de qualificar a assistência e enfrentar a mortalidade materna, infantil e fetal REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS (RUE) • Tem a finalidade de ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência de forma ágil e oportuna. A Rede está organizada em dois componentes: o préhospitalar (móvel e fixo) e o hospitalar. COMPONENTES E INTERFACES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS • Rede de Atenção às Pessoas com Condições Crônicas estruturadas em serviços territorializados, construídos da seguinte forma: Serviços Assistenciais em Oncologia, Linha de Cuidado de Sobrepeso e Obesidade. REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS REDE DE CUIDADOS À PESSOA COM DEFICIÊNCIA • A Saúde da Pessoa com Deficiência (SPD) no SUS busca proporcionar atenção integral à saúde dessa população, desde a APS até a reabilitação, incluindo o fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, quando necessário. O objetivo é proteger a saúde e reabilitar as pessoas com deficiência em relação a suas capacidades funcionais (física, auditiva, intelectual e visual) REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), tem o objetivo de acolher e acompanhar as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas no âmbito do SUS. COMUNICAÇÃO ENTRE OS PONTOS DE ATENÇÃO DA RAS • A comunicação entre os pontos de atenção da RAS (APS, Atenção Ambulatorial Especializada e Atenção Hospitalar) deve ocorrer através de instrumentos pactuados: • Fichas de compartilhamento do cuidado • Documento de Referência (Contrarreferência) • Outros documentosutilizados pelo serviço de saúde local RAS – PRINCIPAIS IMPACTOS NOS SISTEMAS DE SAÚDE • Redução da fragmentação da atenção; • Melhora da eficiência global do sistema; • Impedimento da multiplicação de infraestrutura e serviços de forma desordenada e desorganizada; • Melhor atendimento às necessidades e expectativas dos indivíduos; • Melhora no custo efetividade dos serviços de saúde; • Redução de hospitalizações desnecessárias; • Redução da utilização excessiva de serviços e redução do quantitativo de exames realizados; • Redução no tempo de permanência hospitalar; • Aumento de produtividade; • Melhora na qualidade da atenção; RAS – PRINCIPAIS IMPACTOS NOS SISTEMAS DE SAÚDE • Produção de uma oferta balanceada de atenção geral e especializada; • Continuidade da atenção, gerando uma maior efetividade clínica; • A utilização de diferentes níveis de atenção pelos indivíduos é facilitada; • Aumento na satisfação dos usuários; • Melhora no autocuidado. RAS – PRINCIPAIS IMPACTOS NOS SISTEMAS DE SAÚDE MATERIAL COMPLEMENTAR • A APS nas Redes de Atenção à Saúde – por Eugênio Vilaça https://www.youtube.com/watch?v=_U9Yx02xwgA • Redes de Atenção à Saúde (RAS) - FOP UNICAMP https://www.youtube.com/watch?v=0N_9KKu15oM https://www.youtube.com/watch?v=_U9Yx02xwgA https://www.youtube.com/watch?v=0N_9KKu15oM ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) É componente estruturante do sistema de saúde brasileiro tem provocado um importante movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção no SUS. O principal propósito da ESF é reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo tradicional, levando a saúde para mais perto das famílias e, com isso, melhorar a qualidade de vida da população. COMPOSIÇÃO DA ESF: uma equipe multiprofissional, composta por no mínimo: • Médico (preferencialmente da Medicina de Família e Comunidade); • Enfermeiro (preferencialmente especialista em Saúde da Família); • Auxiliar e/ou Técnico de Enfermagem; e • Agentes Comunitários de Saúde (ACS). • Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal (cirurgião-dentista, preferencialmente especialista em Saúde da Família e Auxiliar ou Técnico de Saúde Bucal) e os Agentes de Combate às Endemias (ACE). ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: • São a porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de saúde; • Trabalha com território adscrito, com uma população delimitada, sob a sua responsabilidade; • Intervém sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta; • Presta assistência integral, permanente e de qualidade; • Realiza atividades de educação, promoção, prevenção e recuperação da saúde. ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) • Os ACS são parte integrante da equipe mínima da ESF; • São um elo entre as equipes de saúde e a comunidade, buscam e trazem informações entre a Unidade de saúde e a população; • Acompanham mensalmente, em domicilio todas as famílias • Desenvolvem de forma constante ações de promoção da saúde. QUANTOS AGENTES POR ESF? Ø O número suficiente para cobrir 100% da população adscrita; Ø Com um número máx. de 750 pessoas por ACS. AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE (ACS) EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (eMulti) • Equipes compostas por profissionais de saúde de diferentes áreas de conhecimento que atuam de maneira complementar e integrada às demais equipes da Atenção Primária à Saúde (APS), com atuação corresponsável pela população e pelo território, em articulação intersetorial e com a Rede de Atenção à Saúde (RAS). eMulti: O QUE É? eMULTI Modalidades No. de equipes vinculadas Carga horária* eMulti Ampliada no mínimo 10 (dez) e no máximo 12 (doze) equipes Mínimo 300 horas semanais; cada ocupação deve ter no máximo 120 horas semanais. eMulti Complementar no mínimo 5 (cinco) e no máximo 9 (nove) equipes Mínimo 200 horas semanais; cada ocupação deve ter no máximo 80 horas semanais. eMulti Estratégica no mínimo 1 (uma) e no máximo 4 (quatro) equipes Mínimo 100 horas semanais; cada ocupação deve ter no máximo 40 horas semanais. *a carga horária individual mínima médica exigida por equipe é de 10 horas semanais e a carga horária individual mínima das demais categorias profissionais exigida por equipe é de 20 horas semanais. eMulti: MODALIDADES PROFISSIONAIS DO eMulti •Assistente Social •Professional/Professor de Educação Física •Farmacêutico(a) Clinico(a) •Fisioterapeuta •Fonoaudiólogo(a) •Nutricionista •Psicólogo(a) •Terapeuta Ocupacional •Médico(a) Veterinário(a) •Profissional Sanitarista •Professor com Formação em Arte e Educação •Médico(a) Cardiologista •Médico(a) Acupunturista •Médico(a) Dermatologista •Médico(a) Endocrinologista •Médico(a) Geriatra •Médico(a) Ginecologista/Obstetra •Médico(a) Hansenologista •Médico(a) Homeopata •Médico(a) Infectologista •Médico(a) Pediatra •Médico(a) Psiquiatra REFERÊNCIAS • BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2011c. Disponível em: http://bvsms. saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011_ comp.html. Acesso em: 10 out. 2023. • ____________.Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011.Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 jul. 2011d. Seção 1, p. 1- 9. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1600_07_07_2011.html. Acesso em: 10 out. 2023. • ____________.Portaria nº 3088, de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 30 dez. 2011e. Seção 1, p. 50-60. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_rep.html. Acesso em: 10 out. 2023. http://bvsms REFERÊNCIAS • BRASIL. Portaria nº 793, de 24 de abril de 2012. Insjtui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial [da] República Federajva do Brasil, Brasília, DF, 2012. Disponível em: hlp://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0793_24_04_2012.html. Acesso em: 10 out. 2023. • Consjtuição da República Federajva do Brasil. 1988Brasília, DF: Presidente da República, [2016]. Disponível em: hlp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/consjtuicao/consjtuicao.htm. Acesso em 09 out. 2023. • BRASIL, 2017. Disponível em: hlps://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0003_03_10_2017.html#ANEXOVI. Acesso em 13 out. 2023 • Universidade Federal do Maranhão. UNA-SUS/UFMA. Redes de Atenção à Saúde: a atenção à saúde organizada em redes/ Nerícia Regina de Carvalho Oliveira. - São Luís, 2016. OBRIGADO(A)! COORDENAÇÃO GERAL FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES NILSON MASSAKAZU ANDO POLO SÃO PAULO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA GUSTAVO EMANUEL FARIAS GONÇALVES MARIANA TOMASI SCARDUA SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARIZÉLIA GOIS MONTEIRO DANIEL DE MEDEIROS GONZAGA APOIO INSTITUCIONAL DO MEC MÁRCIA CRISTINA NÉSPOLI ANDO JONAS NERIS FILHO POLO SALVADOR COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARINA ABREU CORRADI CRUZ SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CLARISSA SANTOS LAGES APOIO INTITUCIONAL DO MEC JOÃO PEREIRA DE LIMA NETO POLO BELO HORIZONTE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA JULIANA MACHADO DE CARVALHO AUGUSTO CEZAR DAL CHIAVÓN APOIO INTITUCIONAL DO MEC LILIAN PATRÍCIA SILVA DE SOUZA MINISTRO DA EDUCAÇÃO CAMILO SOBREIRA DE SANTANA SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR DENISE PIRES DE CARVALHO DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE GISELE VIANA PIRESCOORDENADOR GERAL DE EXPANSÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES REFERÊNCIAS CENTRAIS DO MEC/PMMB ANA LUÍSA DOS SANTOS AZEVEDO ANA LUIZA FEITOZA NEVES SANTOS COSTA GABRIELA CARVALHO DA ROCHA HUMBERTO BATISTA BORGES DA SILVEIRA LEONARDO SOUSA ARAÚJO LUCAS DE SOUZA PORFIRIO MAÉZIA MARIA MEDEIROS COSTA MIGUEL TATIANA RIBEIRO A ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE E A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS) NO BRASIL Módulo de Acolhimento e Avaliação Projeto Mais Médicos para o Brasil 31° Ciclo do PMMB OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ● Discutir os Determinantes Sociais de Saúde. ● Conceituar e apresentar os princípios e diretrizes organizacionais do SUS. ● Relembrar o SUS como uma construção histórica e política de uma sociedade democrática. ● Refletir sobre as contribuições do SUS para a nossa vida cotidiana. ● Apresentar a organização do SUS em níveis de atenção. ● Definir o conceito de Atenção Primária à Saúde (APS) e entender sua importância no sistema de saúde. ● Identificar os atributos da APS. ● Discutir a Política Nacional de Atenção Básica. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE DSS é a abreviatura de “Determinantes Sociais da Saúde”, um conceito da área de saúde pública que se refere a um conjunto de acontecimentos, fatos, situações e comportamentos da: • vida econômica; • social; • ambiental; • política; • governamental; • cultural e subjetiva. que afetam positiva ou negativamente a saúde de: • indivíduos; • segmentos sociais; • coletividades; • populações e territórios. https://dssbr.ensp.fiocruz.br/glossary/determinantes-sociais-da-saude/ https://dssbr.ensp.fiocruz.br/glossary/determinantes-sociais-da-saude/ https://dssbr.ensp.fiocruz.br/glossary/saude/ DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE A maior parte da carga mundial de morbidade e as causas principais das iniquidades em saúde surgem das condições em que as pessoas nascem, vivem, trabalham e envelhecem. Conferência Mundial Sobre Determinantes Sociais da Saúde Desigualdades: diferenças sistemáticas na situação de saúde de grupos populacionais. Iniquidades: diferenças na situação de saúde que além de sistemáticas e relevantes, são evitáveis, injustas e desnecessárias (Whitehead). DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE MARCADORES SOCIAIS DE DIFERENÇA Marcadores sociais da diferença são sistemas de classificação que organizam a experiência ao identificar certos indivíduos com determinadas categorias sociais ▷ Riqueza ▷ Educação ▷ Ocupação ▷ Raça ▷ Etnia ▷ Gênero ▷ Orientação Sexual ▷ Território Agenda 2030 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Pra aquecer https://youtu.be/7ouSg6oNMe8 https://youtu.be/7ouSg6oNMe8 Saúde é Democracia e Democracia é Saúde Saúde não é simplesmente ausência de doença: “É um bem-estar social que pode significar que as pessoas tenham mais alguma coisa do que simplesmente não estar doentes; É direito à casa, ao trabalho, ao salário condigno, à água, à vestimenta, à educação, às informações [ ] É direito ao meio ambiente que não os seja agressivo, e [ ] permita uma vida digna e decente. É direito a um sistema político que respeite a livre opinião, a livre possibilidade de organização e autodeterminação de um povo [ } Sergio Arouca 8ª Conferência (1986) conquista popular e democrática Constituição 1988 – O SUS foi uma conquista democrática e social do povo brasileiro “Sistema de Saúde, capaz de garan2r o acesso universal da população a bens e serviços que garantam sua saúde e bem-estar, de forma equita2va e integral” SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Seguir uma mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo: federal, estadual e municipal. O que faz um sistema de saúde ser único? PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS SUS – PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS Saúde como um direito de cidadania. Direito à saúde passa a ser um direito social, coletivo, e não um direito individual garantido mediante pagamento e a respectiva cobertura. As condições de saúde da população são resultantes do contexto econômico e social brasileiro que não se reduz à compreensão biomédica do processo saúde/doença - o direito à vida. UNIVERSALIDADE Quadro “Operários” de Tarsila do Amaral Implica reconhecer desigualdades e a necessidade de se “tratar desigualmente os desiguais” Atenta para as necessidades coletivas e individuais, procurando investir onde a iniquidade é maior. EQUIDADE SUS – PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS Atender as pessoas como um todo em suas necessidades. Visa um modelo de atenção com integração de ações de promoção, prevenção e reabilitação. Formular políticas pautadas na atenção integral. Integrar as relações entre trabalho, educação e saúde, na formação e gestão do trabalho em saúde. INTEGRALIDADE SUS – PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS SUS – DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO Implica na transferência de poder sobre a política de saúde do nível federal (MS) para os estados (SES) e municípios (SMS). Gestão em direção única em cada nível de governo. Proximidade das necessidades da população. REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO DA REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE Sistema deve focar a noção de território, onde se determinam perfis populacionais, indicadores epidemiológicos, condições de vida e suporte social, que devem nortear as áreas e serviços de saúde de uma região. Regionalização deve ser norteada pela hierarquização dos níveis de complexidade requerida pelas necessidades de saúde das pessoas. SUS – DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL Participação da população na formulação da política, no planejamento, na gestão, na execução e avaliação das ações de saúde. Colegiados: Conselhos de saúde em cada esfera de governo. Conferências de saúde a cada 4 anos. SUS – DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS O QUE O SUS REALIZA? Qualidade de Vida Sistema de Saúde Universal Força de Trabalho em Saúde Promoção à Saúde e Ações Intersetoriais Qualificação da Gestão Complexo Industrial e de Inovação Atenção à Saúde: Assistência e Vigilância Participação e Controle Social Cooperação Internacional Cidadão Saudável Favoretto, 2023 https://agendacapital.com.br/o-sus-pode-salvar-sua-vida-porem-o-proprio-sistema-tem-sintoma-de-estar-doente/ ORGANIZAÇÃO DO SUS EM NÍVEIS DE ATENÇÃO NÍVEIS DE ATENÇÃO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE • Estabelecidos pela Portaria 4.279 de 30 de dezembro de 2010 • Organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS • Atenção Primária • Atenção Especializada (níveis secundário e terciário) APS COMO UM MODELO DE ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE • APS foi posicionada como um dos elementos da estrutura operacional de uma rede de atenção à saúde (RAS): centro comunicador e coordenador do cuidado. • Partindo do centro, ela tem a responsabilidade de fazer a ponte entre os diferentes níveis e pontos de atenção, assim como integrar ao processo os sistemas logísticos e de apoio, garantindo a integralidade de sua atenção. ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE STARFIELD, 1998 • “atenção essencial à saúde baseada em tecnologia e métodos práticos, cientificamente comprovados e socialmente aceitos, tornados universalmente acessíveis a indivíduos e famílias na comunidade, a um custo que tanto a comunidade quanto o país possa arcar em cada estágio de seu desenvolvimento. É parte integral do sistema de saúde do país, do qual é função central, sendo o enfoque principal do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. É o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde, levando a atenção à saúde o mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo de atenção continuada à saúde” ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE • “[...] atenção de primeiro contato,