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SLIDES MAAV SEMANA 1 2023

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FERRAMENTAS NA PRÁTICA DA 
APS: O TRABALHO EM EQUIPE
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
31° Ciclo do PMMB
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Discutir sobre o Trabalho em Equipe.
• Apresentar os conceitos relacionados ao desenvolvimento do 
trabalho em equipe e do trabalho em equipe multiprofissional de 
saúde.
• Discutir a Reunião de Equipe e a discussão de casos clínicos na 
Reunião de Equipe.
• Apresentar os avanços no trabalho em equipe.
O TRABALHO EM EQUIPE NA APS
• O trabalho em equipe contribui para a obtenção de impactos sobre os 
diferentes fatores que interferem no processo saúde-doença. 
• A ação multiprofissional pressupõe a possibilidade da prática de um 
profissional se reconstruir na prática do outro, ambos sendo 
transformados para a intervenção na realidade em que estão 
inseridos.
https://www.youtube.com/watch?v=52M5EfRkBBo
CONCEITOS
• Equipe: um grupo de pessoas com habilidades complementares, 
comprometidas umas com as outras e por um objetivo e projeto 
comum.
• Equipe multiprofissional: aquela que não é centrada em uma única 
especialidade.
CONCEITOS
• Multidisciplinaridade: associação ou justaposição de disciplinas que 
abordam um mesmo objetivo a partir de distintos pontos de vista.
• Interdisciplinaridade: busca a superação das fronteiras disciplinares, 
estabelecendo um consenso. Troca entre as disciplinas com 
integração dos instrumentos, métodos e esquemas conceituais.
CONCEITOS
• Transdisciplinaridade: Princípio teórico que busca uma 
intercomunicação entre as disciplinas, tratando efetivamente de um 
tema comum (transversal). Ou seja, na transdisciplinaridade não 
existem fronteiras entre as disciplinas.
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE
• Equipe Multiprofissional de Saúde: é composta por diferentes 
profissionais, de diferentes áreas da saúde, que trabalham juntos para 
oferecer um atendimento completo e personalizado aos pacientes.
• Cada um desses profissionais possui conhecimentos e habilidades 
específicas que complementam o trabalho dos demais.
O TRABALHO EM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
• Construção de um projeto comum
• Articulação das ações
• Interação comunicativa entre os agentes
• Superação do isolamento dos saberes
• Flexibilidade dos diferentes saberes
• Maior autonomia e criatividade dos agentes e integração entre disciplinas
REUNIÃO DE EQUIPE
• Planejar um espeço na agenda para reunião de equipe
• Organizar uma pauta para a reunião (pode ser construída durante a 
semana anterior)
• Todos devem ter espaço de fala: fazer circular a palavra 
• Deve ser um espaço para valorizar o saber de todos
• A reunião de equipe é planejada?
REUNIÃO DE EQUIPE - PLANEJAMENTO
• Objetivo
• Participantes
• Local, data, hora
• Duração estimada
• Material necessário
• Agenda
• Pautas
REUNIÃO DE EQUIPE - CONDUÇÃO
• Produzir ata da reunião e realizar a leitura da ata da reunião anterior.
• Estimular a participação de todos.
• Gerenciar o tempo.
• Tomar decisões.
• Atribuir responsabilidades e apontar pendências.
• Fazer resumo e confirmar se todos compreenderam as combinações.
REUNIÃO DE EQUIPE - ACOMPANHAMENTO
• Acompanhar se as combinações estão sendo cumpridas.
• Construção de pautas de forma coletiva ao longo da semana anterior 
(quadro/caderno da equipe).
REUNIÃO DE EQUIPE – O QUE FAZER
• Informes – breve.
• Monitoramento de indicadores (desconstrução da visão de que metas 
e resultados são externos à equipe).
• Discussão de casos complexos.
• Discutir sobre o monitoramento dos casos existentes.
• Planejamento das visitas domiciliares.
REUNIÃO DE EQUIPE – O QUE FAZER
• Avaliação do processo de trabalho.
• Discussão sobre o papel dos profissionais, incluindo NASF.
• Pactuar encaminhamentos e responsabilidades.
• Educação Permanente da equipe.
REUNIÃO DE EQUIPE – CUIDADO
• Reuniões não planejadas e mal conduzidas podem gerar:
- Perda de credibilidade.
- Transmissões de mensagem erradas.
- Perda de tempo dos envolvidos.
- Desmotivação e improdutividade da equipe.
• Um dos grandes desafios do trabalho em equipe é compreender que cada um
carrega histórias de vida e podem ocupar papéis de apoio ou resistência no trabalho
em grupo.
DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS NA EQUIPE
• Casos difíceis que necessitam de múltiplos olhares para tomada de 
decisão e acompanhamento da equipe.
• Fio condutor para a troca de saberes e construção conjunta de um 
plano terapêutico comum.
DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS NA EQUIPE
• A discussão de caso em equipe promove: contribuição dos diversos 
componentes da equipe a partir de diferentes olhares.
• Conhecimento e responsabilização de todos os membros da equipe 
pelos casos discutidos.
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
• O Projeto Terapêutico Singular é uma forma de organização da gestão do 
cuidado, instituída no processo de trabalho em saúde entre as equipes da 
Atenção Básica.
• Trata-se de ferramenta viabilizadora de diálogo interativo entre os 
profissionais envolvidos na Atenção Básica, permitindo o 
compartilhamento de casos e o acompanhamento longitudinal de 
responsabilidade destas equipes (BRASIL, 2011).
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
• O PTS é uma ferramenta que instrumentaliza o desenvolvimento de 
propostas e condutas terapêuticas articuladas para e com o usuário, e 
por isso não deve ser desenvolvida exclusivamente pelos profissionais 
da saúde.
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
• O desenvolvimento do Projeto Terapêutico Singular pode criar um espaço 
para a efetivação da clínica ampliada e de uma prática de cuidado não 
segmentada ou isoladamente desenvolvida pelo profissional, evitando 
assim a referência e contrarreferência a outros níveis de atenção à saúde, 
sem antes esgotar as possibilidades terapêuticas disponíveis para 
responder às necessidades identificadas pelas Equipes de Saúde da Família 
na Atenção Básica.
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
AVANÇOS NO TRABALHO EM EQUIPE
• Pensar a Educação Permanente da Equipe a partir das necessidades 
identificadas pela própria equipe.
• Responsabilidade de todos os membros da equipe na realização da 
educação permanente.
AVANÇOS NO TRABALHO EM EQUIPE
• Avançar na comunicação, no compartilhamento e na interação 
• Entender os conflitos como propulsores da mudança e como parte do 
cotidiano do trabalho.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• PEDUZZI, M et al. Trabalho em equipe na perspectiva da gerência de 
serviços de saúde: instrumentos para a construção da prática 
interprofissional. Physis Revista de Saúde Coletiva, v21, n2, Rio de Janeiro, 
2011. p.629-646.
• BRASIL. Estratégia Saúde da Família. Disponível em: 
<https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/estrategia-saude-da-
família>
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/estrategia-saude-da-fam%C3%ADlia
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/estrategia-saude-da-fam%C3%ADlia
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• JUSTANIMATE. Egghunt. Paul Yan. Youtube, 10 de outubro de 2006. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=52M5EfRkBBo>.
• PAULA, RA. Relação Multiprofissional do Trabalho em Equipe na Atenção Básica de Saúde. 
Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. UFMG. 2007.
• Projeto terapêutico singular [Recurso eletrônico] / Universidade Federal
de Santa Catarina; Fernanda Alves Carvalho de Miranda; Elza Berger Salema
Coelho; Carmem Leontina Ojeda Ocampo Moré. – Florianópolis : Universidade
Federal de Santa Catarina, 2012.
https://www.youtube.com/watch?v=52M5EfRkBBo
OBRIGADO(A)!
COORDENAÇÃO GERAL
FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES
NILSON MASSAKAZU ANDO
POLO SÃO PAULO
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
GUSTAVO EMANUEL FARIAS GONÇALVES
MARIANA TOMASI SCARDUA
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
MARIZÉLIA GOIS MONTEIRO
DANIEL DE MEDEIROS GONZAGA
APOIO INSTITUCIONAL DO MEC
MÁRCIA CRISTINA NÉSPOLI ANDO
JONAS NERIS FILHO
POLO SALVADOR
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
MARINA ABREU CORRADI CRUZ
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
CLARISSA SANTOS LAGESAPOIO INTITUCIONAL DO MEC
JOÃO PEREIRA DE LIMA NETO
POLO BELO HORIZONTE
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA
FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
AUGUSTO CEZAR DAL CHIAVÓN
APOIO INTITUCIONAL DO MEC
LILIAN PATRÍCIA SILVA DE SOUZA
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
CAMILO SOBREIRA DE SANTANA
SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR
DENISE PIRES DE CARVALHO
DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
GISELE VIANA PIRES
COORDENADOR GERAL DE EXPANSÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES
REFERÊNCIAS CENTRAIS DO MEC/PMMB
ANA LUÍSA DOS SANTOS AZEVEDO
ANA LUIZA FEITOZA NEVES SANTOS COSTA
GABRIELA CARVALHO DA ROCHA
HUMBERTO BATISTA BORGES DA SILVEIRA
LEONARDO SOUSA ARAÚJO
LUCAS DE SOUZA PORFIRIO
MAÉZIA MARIA MEDEIROS COSTA MIGUEL
TATIANA RIBEIRO
FERRAMENTAS NA PRÁTICA DA 
APS: O TERRITÓRIO E SUAS 
CONDICIONALIDADES
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
31° Ciclo do PMMB
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Conceituar território em saúde e seus determinantes
• Definir os tipos de território em saúde
• Definir e descrever as etapas da territorialização
• Descrever o papel do Agente Comunitário de Saúde na 
territorialização
• Definir o que é o Planejamento Estratégico Situacional
• Descrever as etapas do Planejamento Estratégico Situacional
TERRITÓRIO 
O território é um lugar com limites definidos onde as pessoas 
vivem, trabalham, circulam e se divertem. Nele, encontram-se 
ambientes construídos e ambientes naturais. O território é, 
sobretudo, um espaço de relações de poder, de informações e 
de troca.
(Milton Santos, 1994) 
TERRITÓRIO VIVO
• O território apresenta muito mais do que uma extensão 
geométrica quando aplicado aos sistemas e serviços de saúde. 
• O território tem um perfil demográfico, epidemiológico, 
administrativo, tecnológico, político, social e cultural que o 
caracteriza e se expressa num território em permanente 
construção.
(MONKEN e BARCELLOS, 2005)
O TERRITÓRIO E SUAS RELAÇÕES
• No território há interação constante que 
dá vida e movimento.
• A interação social se materializa no 
território pelos processos de produção e 
reprodução da vida, estruturando 
diferentes relações de poder entre 
pessoas, grupos sociais, instituições, 
Estado e população.
• Território não se restringe às ruas e 
edificações.
O TERRITÓRIO E SUAS RELAÇÕES
• No território, as relações se estabelecem 
por meio de trocas, de diálogos, de 
negociações, de pactuações ou de conflitos 
entre diferentes pessoas e grupos.
• Podemos, portanto, conceituar o território 
como um espaço limitado político-
administrativamente ou por ação de um 
grupo social.
O QUE É TERRITÓRIO EM TERMOS DE SAÚDE?
Território é o espaço delimitado, 
produzido pela sociedade, no qual 
existem múltiplos objetos 
geográficos (naturais e 
construídos), atores sociais – 
pessoas (indivíduos e grupos) e 
instituições –, relações (fluxos) e 
poderes diversos.
Território é um espaço limitado político-administrativamente ou por 
ação de um grupo social, em que se edificam e exercitam os poderes 
do Estado e dos cidadãos, de grande importância para a definição 
estratégica de políticas públicas. 
Portanto, o território deve ser relativamente homogêneo, resultado de 
uma produção histórica, ambiental e social capaz de gerar uma 
identidade própria com problemas e necessidades sociais.
O QUE É TERRITÓRIO EM TERMOS DE SAÚDE?
O TERRITÓRIO E O REORDENAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL
• A reestruturação dos serviços de saúde característica da Estratégia Saúde 
da Família pressupõe relação próxima com a comunidade (aumentando o 
vínculo com o indivíduo e com sua família).
• A organização territorial dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) 
segue uma lógica de reorientar a delimitação espacial, as formas de 
acesso e a aplicação dos recursos nas unidades.
• A descentralização de ações e de serviços para os municípios causou a 
limitação de cada sistema de saúde com base no território e na 
população definida.
• As Unidades Básicas de Saúde (UBS) possuem espaço delimitado com 
determinadas características, naturais ou elaboradas pelo homem, que 
definem o ambiente e influem no processo saúde-doença da 
população.
O TERRITÓRIO E O REORDENAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL
Modalidades de território, na prática da ESF
TERRITÓRIOS DA ESF:
ÁREA
MICROAREA
MORADIA
Distritos, área, microárea e moradia são os territórios em saúde 
identificados a nível municipal
TERRITÓRIO-DISTRITO
• Distritos sanitários: unidade operacional básica mínima do SUS.
• Pode se idenZficar com o território do município ou com parte 
dele.
• Capaz de proporcionar assistência à saúde nos níveis primário, 
secundário e terciário.
• Possui território conceitualmente bem definido.
TERRITÓRIO-DISTRITO
Território do Distrito Sanitário
Área geográfica que comporta uma população com características 
epidemiológicas e sociais e com suas necessidades e os recursos de saúde 
para atendê-la. A área geográfica é definida para cada realidade e pode 
ser constituída por: 
• vários bairros de um município.
• vários municípios de uma região.
Área 
urbana 
Distrito de Saúde Oeste
Distrito de Saúde Norte
Distrito de Saúde Sul
Distrito de Saúde Leste
TERRITÓRIO-ÁREA
• É a área de abrangência de uma UBS.
• Espaço de determinação da corresponsabilidade pela saúde entre 
a população e o serviço, assim como o espaço de atuação da UBS.
• Possui dimensões e população indefinidas, variável para cada UBS
TERRITÓRIO-ÁREA
• A área para uma Unidade de Saúde da Família (USF) é formada por 
microáreas, nem sempre conbguas, onde atua uma equipe de 
saúde da família e residem em torno de 2.000 a 3.500 pessoas.
• Área de influência: assistência gerada pela pressão da demanda 
espontânea de população de áreas limítrofes e/ou não assisZdas 
por uma UBS.
TERRITÓRIO-MICROÁREA
• É uma subdivisão do território da área de abrangência.
• Normalmente é geograficamente assimétrica.
• A microárea é delimitada conforme as condições socioeconômicas 
e sanitárias, de modo a concentrar grupos mais homogêneos.
TERRITÓRIO-MICROÁREA
• A microárea é formada por um conjunto de famílias que congrega, 
no máximo, 750 habitantes, constituindo a unidade operacional do 
ACS.
Clínica da Família Desembargador Fábio do Couto Valle - ESF 192
Microárea 1
Microárea 2
Microárea 3
Microárea 4
Microárea 5
Microárea 6
Microárea 7
TERRITÓRIO-MORADIA
• Espaço de vida da família.
• Objeto das ações de práZca em vigilância em saúde.
• Espaço de menor agregação social, permiZndo aprofundar o 
conhecimento para o desenvolvimento de ações de saúde.
No início do cadastramento das ESF, em 1994, considerava-se uma 
família o conjunto de pessoas que dividiam um mesmo espaço; é uma 
área conceitualmente delimitada.
O PROCESSO DE 
TERRITORIALIZAÇÃO NA 
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
TERRITORIALIZAÇÃO
• A territorialização é uma ferramenta utilizada pela APS que 
auxilia na compreensão do processo saúde doença da 
população permitindo a realização do diagnóstico e 
assinalando possíveis necessidades de intervenção para os 
problemas encontrados naquele território.
• Trata-se da apropriação do espaço por distintos atores 
sociais, sendo a representação deste espaço muito mais 
que uma área geográfica, tendo um perfil epidemiológico, 
administrativo, tecnológico, político e social que o 
caracteriza e se expressa em permanente construção.
• Demográficas
• Socioeconômicas
• Geográficas
• Sanitárias
• Epidemiológicas
• Atividades produtivas existentes
• Disponibilidade de serviços de saúde
• Articulação entre as regiões 
administrativas e municípios de 
fronteiras
A territorialização considera as características:
AS ORIGENS DA TERRITORIALIZAÇÃO
Relatório Dawson (1920)
• Primeira tentaZva de organizar serviços de 
saúde por região e conforme a necessidade 
da comunidade
• Construção de redes regionalizadas de 
assistência
• Os principais objetivos da 
territorializaçãosão permitir que as 
necessidades e os problemas dos 
grupos sejam definidos, 
possibilitando o estabelecimento de 
ações mais apropriadas e resolutivas.
• A territorialização compõe o que se 
chama de Planejamento Estratégico 
Situacional.
Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. 
Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016.
Fase 1: Planejamento
Fase 2: coleta de dados
Fase 3: análise de dados
ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO
Fase 1: Planejamento
• Compreensão do processo de 
territorialização a ser discutido em 
reuniões de equipe
• Levantamento dos dados 
previamente existentes
• Definição de responsabilidades 
entre os membros da equipe
ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO
Fase 2: Coleta de dados
• Observações in loco;
• Acesso aos Sistemas de Informação à Saúde (SIS);
• Leitura dos prontuários dos usuários da unidade de saúde;
• Entrevistas realizadas com as pessoas que habitam o território
Dados: número ou “quantidade” bruta, quantificável, que ainda não foi analisada. 
O conhecimento obtido pela análise dos dados, combinação e interpretação é 
denominado informação.
Os dados são classificados como primários ou secundários.
ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO
Fase 2: Coleta de dados
Dados primários: são aqueles que 
ainda não foram coletados e 
sistematizados.
Exemplos: Entrevista com informante 
chave, prontuário dos pacientes, 
observação in loco, coleta de dados 
realizada pela equipe no território
(preenchimento de formulários). Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso 
eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; 
Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016.
ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO
Fase 2: Coleta de dados
Dados secundários: são aqueles já 
colhidos por outras pessoas ou 
instituições, organizados em bancos ou 
arquivos
Exemplos: Bancos de dados
do DATASUS ou IBGE, bancos de dados 
do sistema informatizado municipal
Fontes de dados secundários mais utilizados:
• IBGE ou demais órgãos oficiais, 
• Secretarias Estaduais de Saúde e 
Secretarias Municipais de Saúde, 
companhias de abastecimento de água, 
esgoto, limpeza urbana e energia elétrica, 
Conselhos de Saúde 
• Sistemas de Informações (SISAB, SIM, 
SINASC, SINAN, SIS-PRENATAL, SISCOLO, 
entre outros)
ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO
Fase 3: Análise dos dados (análise situacional em saúde)
A análise situacional é o momento de analisar os dados coletados na 
territorialização e transformá-los em informações, para compreender a 
situação de saúde da população e, a partir dessa compreensão, 
estabelecer o planejamento das ações em saúde.
ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO
Fase 3: Análise dos dados (análise situacional em saúde)
CaracterísScas da análise situacional:
• É permanente e considera a dinâmica do 
território
• Deve ser interdisciplinar
• Deve ser referenciada por critérios de análise 
(ex: enfoque nos dados sociais, econômicos, 
epidemiológicos, etc)
• Deve levar em conta o contexto do território 
além dos limites Wsicos
Fonte: https://www.treslagoas.ms.gov.br/gestantes-participam-de-reuniao-com-
atividades-fisicas-na-academia-da-saude/
ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO
Fase 3: Análise dos dados (análise situacional em saúde)
Tipos de análise realizados
• Análise socioeconômica
• Análise demográfica
• Análise epidemiológica
• Análise socioambiental
• Análise de acesso à assistência
• Análise de infraestrutura
• Análise de aspectos políticos
Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso 
eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; 
Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016.
ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO
MAPEAMENTO DAS INFORMAÇÕES 
DO TERRITÓRIO
DEFINIÇÕES DE MAPEAMENTO EM ESF
•MAPEAMENTO: aplicação do processo cartográfico sobre uma coleção 
de dados ou informações, com vistas à obtenção de uma representação 
gráfica da realidade perceptível, comunicada a partir da associação de 
símbolos e outros recursos gráficos.
• ESQUADRINHAMENTO: definição dos limites geográficos/políticos.
• PLOTAGEM: colocação da representação física no mapa, seja a 
unidade de saúde, seja o equipamento social, etc.
PERSPECTIVA DE ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES EM 
SAÚDE ATRAVÉS DO MAPEAMENTO
COMO ELABORAR MAPAS “INTELIGENTES”?
• Você pode utilizar o Google Earth 
(https://www.google.com.br/earth/download/gep/agree.html) ou 
mesmo utilizar uma cartolina grande.
•O importante é que consiga representar sua área de abrangência 
dividida em Microáreas, com o maior detalhamento possível, por ruas e 
casas. Lembrando sempre que nossa área de maior interesse é a família 
e as pessoas que lá estão
https://www.google.com.br/earth/download/gep/agree.html
COMO ELABORAR MAPAS “INTELIGENTES”?
• Essas famílias se relacionam com seus vizinhos (a rua), seu bairro 
(a microárea) e tudo que lá existe, sejam potencialidades e 
fragilidades.
• Esse diagnóstico é fundamental para enriquecimento da 
capacidade de intervenção no processo saúde doença no 
território.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
SITUACIONAL
Coleta sistemá,ca dos dadosPROCESSO DE 
TERRITORIALIZAÇÃO
ALIMENTAÇÃO 
DO MAPA 
VIVO
DISCUSSÃO NAS 
REUNIÕES DE 
EQUIPE
Identificação das populações expostas a riscos, problemas
prioritários, vulnerabilidades, etc
Informação-decisão-ação
Planejamento estratégico situacional (PES)
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL
Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia 
Flemming Colussi; KaUuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016.
PROBLEMA:
Aumento do número 
de casos de dengue 
no bairro Vila Maria
PES: MOMENTO
EXPLICATIVO
Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. 
Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016.
Identificação do problema a 
ser abordado, de suas 
causas e consequências
PES: MOMENTO
EXPLICATIVO
Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. 
Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016.
Identificação do problema a 
ser abordado, de suas 
causas e consequências
PES: MOMENTO 
NORMATIVO
Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia Graziela 
Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016.
Elaboração de um plano de 
ação sobre o problema que 
sofrerá intervenção, 
definindo-se os objetivos
PES: MOMENTO
ESTRATÉGICO
Momento onde será feita a 
análise de viabilidade de 
planejamento, 
considerando a 
governabilidade
PES: MOMENTO TÁTICO-OPERACIONAL
Fonte: Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina. 
Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia Graziela Pereira. - Florianópolis: UFSC, 2016.
Momento de colocar em 
prática as ações planejadas 
e avaliar os resultados delas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sá, M.C. & Artmann, E., 1994. O Planejamento estratégico em saúde: desafios e perspectivas para o 
nível local. In: Planejamento e Programação Local da Vigilância da Saúde no Distrito Sanitário 
(Mendes, E.V.,org.), pp19-44, Brasília: OPAS.
Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção Básica [Recurso eletrônico] / 
Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadoras: Claudia Flemming Colussi; Katiuscia 
Graziela Pereira. - Florianópolis:UFSC, 2016.
Tratado de medicina de família e comunidade : princípios, formação e prática [recurso eletrônico] / 
Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti Lopes, Lêda Chaves Dias; [coordenação editorial: 
Lêda Chaves Dias]. – 2. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019. 2 v.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM de nº 2.436 de 21 de setembro de 2017. Aprova 
a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a 
organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html>.
OBRIGADO(A)!
COORDENAÇÃO GERAL
FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES
NILSON MASSAKAZU ANDO
POLO SÃO PAULO
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
GUSTAVO EMANUEL FARIAS GONÇALVES
MARIANA TOMASI SCARDUA
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
MARIZÉLIA GOIS MONTEIRO
DANIEL DE MEDEIROS GONZAGA
APOIO INSTITUCIONAL DO MEC
MÁRCIA CRISTINA NÉSPOLI ANDO
JONAS NERIS FILHO
POLO SALVADOR
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
MARINA ABREU CORRADI CRUZ
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
CLARISSA SANTOS LAGES
APOIO INTITUCIONAL DO MEC
JOÃO PEREIRA DE LIMA NETO
POLO BELO HORIZONTE
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA
FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
AUGUSTO CEZAR DAL CHIAVÓN
APOIO INTITUCIONAL DO MEC
LILIAN PATRÍCIA SILVA DE SOUZA
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
CAMILO SOBREIRA DE SANTANA
SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR
DENISE PIRES DE CARVALHO
DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
GISELE VIANA PIRES
COORDENADOR GERAL DE EXPANSÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES
REFERÊNCIAS CENTRAIS DO MEC/PMMB
ANA LUÍSA DOS SANTOS AZEVEDO
ANA LUIZA FEITOZA NEVES SANTOS COSTA
GABRIELA CARVALHO DA ROCHA
HUMBERTO BATISTA BORGES DA SILVEIRA
LEONARDO SOUSA ARAÚJO
LUCAS DE SOUZA PORFIRIO
MAÉZIA MARIA MEDEIROS COSTA MIGUEL
TATIANA RIBEIRO
SAÚDE DAS MULHERES
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
31° Ciclo do PMMB
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Apresentar a Polí.ca Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres 
• Discu.r sobre planejamento familiar e reprodu.vo
• Discu.r sobre a atenção à saúde da gestante e o atendimento pré-natal
• Discu.r sobre as principais intercorrências na gestação
• Abordar os aspectos legais e direitos na gestação
• Discu.r sobre o combate à violência contra a mulher
• Discu.r a prevenção do câncer ginecológico.
POLÍTICA NACIONAL DE 
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE 
DAS MULHERES (PNAISM)
PNAISM
• O documento da PNAISM incorpora, num enfoque de gênero, 
a integralidade e a promoção da saúde como princípios 
norteadores e busca consolidar os avanços no campo dos 
direitos sexuais e reprodutivos, com ênfase na melhoria da 
atenção obstétrica, no planejamento reprodutivo, na atenção 
ao abortamento inseguro e aos casos de violência doméstica 
e sexual. Além disso, amplia as ações para grupos 
historicamente alijados das políticas públicas, nas suas 
especificidades e necessidades.
• É acima de tudo uma proposta de construção conjunta e de 
respeito à autonomia dos diversos parceiros – entes 
fundamentais para a concretização das políticas – enfatizando 
a importância do empoderamento das usuárias do SUS e sua 
participação nas instâncias de controle social.
PNAISM
Questões fundamentais na elaboração da PNAISM
• Conceituar as ações de saúde da mulher como política e não mais como 
programa, por entender que, conceitualmente, o termo política é mais 
abrangente que o termo programa, para ressaltar a resposta governamental a 
determinados problemas de saúde de certos grupos específicos, neste caso as 
mulheres
• Introduzir e visibilizar novas “necessidades” de saúde das mulheres, até então 
ausentes das políticas públicas;
• Introduzir ações para segmentos da população feminina, todavia sem 
visibilidade social;
• Definir fontes de recursos e responsabilidades nos diversos níveis do sistema, 
de acordo com as diretrizes do SUS e os instrumentos de gestão adotados pelo 
Ministério da Saúde;
• Introduzir nas políticas a transversalidade de gênero, o recorte racial-étnico e as 
especificidades das mulheres que fazem sexo com mulheres.
Obje5vos Gerais
• Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres 
brasileiras, mediante a garanFa de direitos legalmente consFtuídos e 
ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção e 
assistência e recuperação da saúde em todo o território brasileiro
• Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no 
Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e 
nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer 
espécie
• Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher 
no Sistema Único de Saúde
Objetivos Específicos
• Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para as 
portadoras de infecção pelo HIV e outras DST.
• Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento 
reprodutivo para homens e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da 
atenção integral à saúde.
• Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, 
incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras, para 
mulheres e adolescentes
• Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência 
doméstica e sexual.
• Promover, conjuntamente com o Departamento Nacional de DST/Aids, a 
prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção 
pelo HIV/Aids na população feminina.
Objetivos Específicos
• Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina.
• Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o 
enfoque de gênero
• Implantar e implementar a atenção à saúde da mulheres no climatério
• Promover a atenção à saúde das mulheres idosas, negras, das 
trabalhadoras do campo e da cidade, das mulheres indígenas e das 
mulheres em situação de prisão.
• Fortalecer a participação e o controle sociais na definição e 
implementação das políticas de atenção integral à saúde das mulheres.
ATENÇÃO ÀS MULHERES 
NO CLIMATÉRIO
ATENÇÃO ÀS MULHERES NO CLIMATÉRIO
• O envelhecer é um processo biológico, não patológico, exigindo dos profissionais da 
saúde o cuidado pautado em princípios é=cos aliados a competências relacionais, 
aconselhamento, orientações e educação para a saúde e a qualidade de vida
• O climatério corresponde à transição da mulher do ciclo reprodu=vo para o não 
reprodu=vo, ocorrendo habitualmente entre os 40 e 65 anos. É uma fase biológica da 
vida da mulher e um período de mudanças psicossociais, de ordem afe=va, sexual, 
familiar e ocupacional.
• A menopausa, marco do período climatérico, é a interrupção permanente da 
menstruação e o diagnós=co é feito de forma retroa=va, após 12 meses consecu=vos 
de amenorreia, ocorrendo geralmente entre os 48 e 50 anos de idade (MS, 2016).
• A confirmação do climatério e da menopausa é eminentemente clínica, sendo 
desnecessárias dosagens hormonais.
DEFINIÇÕES IMPORTANTES
Ainda sobre os Sintomas, lembrar que:
• Muitas mulheres passam pelo climatério sem queixas, mas outras 
podem apresentar queixas diversificadas e com intensidades 
diferentes. A irregularidade menstrual é universal e os fogachos e 
suores noturnos também são bastante frequentes, típicos deste 
período. É importante enfatizar que as queixas que mais interferem na 
qualidade de vida da mulher no climatério são as de ordem psicossocial 
e afetiva. 
• O envelhecer é um processo biológico, não patológico, exigindo dos 
profissionais da saúde o cuidado pautado em princípios éticos aliados a 
competências relacionais, aconselhamento, orientações e educação 
para a saúde e a qualidade de vida.
ABORDAGEM TERAPÊUTICA
• FOGACHOS • ALTERAÇÃO DO SONO
• Resfriar o ambiente
• Roupas adequadas
• Aumentar número de banhos
• Aumentar hidratação
• Dieta saudável e controle de peso
• Exercícios físicos regulares
• Cessação do tabagismo
• Respiração lentae profunda
• Controlar fogachos noturnos
• Evitar cafeína
• Evitar exercício 3 horas antes de dormir
• Reduzir exposição a telas
• Evitar cochilos
NÃO-FARMACOLÓGICA – a depender do sintoma apresentado
ATROFIA UROGENITAL
o Usar lubrificante íntimo/óleo vegetal
o Incentivo à prática sexual regularTRANSTORNO PSICOSSOCIAL
TERAPIA HORMONAL 
DIRETRIZES ATUAIS
A TH é o tratamento mais efetivo para o tratamento dos sintomas 
vasomotores e de atrofia urogenital no pós-menopausa.
É especialmente indicada para mulheres 
sintomáticas abaixo de 60 anos ou com menos de 
10 anos de menopausa.
A dose, a via, a duração e o regime da TH para tratamento 
dos sintomas devem ser individualizados. A dose hormonal deve ser ajustada para a menor 
dose eficaz e menor tempo de uso (5 anos).
Menores doses de TH podem reduzir os sintomas 
suficientemente com manutenção da qualidade de vida das 
mulheres.
QUEM TRATAR?
O início de terapia estrogênica após 10 anos da menopausa e/ou em 
mulheres com idade superior a 59 anos deve ser evitado devido à 
associação com aumento do risco de doenças cardiovasculares nesses 
grupos de mulheres.
A Sociedade Brasileira de Geriatria chama a atenção quanto à 
evidência científica forte de que “está contraindicada a prescrição de 
terapia de reposição de hormônios como terapêutica 
antienvelhecimento com os objetivos de prevenir, retardar, modular 
e/ou reverter o processo de envelhecimento; prevenir a perda 
funcional da velhice; e prevenir doenças crônicas e promover 
envelhecimento e/ou longevidade saudável (nível de evidência A).”
Contraindicações da TH
ABSOLUTAS:
• Câncer de mama
• Câncer de endométrio
• Sangramento genital não esclarecido
• Doença arterial coronariana e cerebrovascular
• Antecedente de doença tromboembólica 
• Porfirias
• Doença hepática grave
RELATIVAS:
• HAS e DM não controlados
• Endometriose
• Miomatose uterina
PLANEJAMENTO FAMILIAR E 
REPRODUTIVO
PRINCÍPIOS GERAIS
• Fortalecimento dos direitos sexuais e reproduYvos.
• Ações educaYvas prevenYvas e clínicas que incluam e valorizem a 
parYcipação do homem.
• GaranYa de direitos iguais de consYtuição, limitação ou aumento da prole 
pela mulher, pelo homem ou pelo casal e de acesso igualitário a 
informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da 
fecundidade (Lei 14.443 /2022, alterando Lei 9263 de 12/01/1996).
SAÚDE REPRODUTIVA
• Implica que a pessoa possa “ter uma vida sexual segura e saFsfatória, 
tendo autonomia para se reproduzir e a liberdade de decidir sobre 
quando e quantas vezes deve fazê-lo.
• Devem, portanto, ser ofertados a homens e mulheres adultos, jovens 
e adolescentes, informação, acesso e escolha a métodos eficientes, 
seguros, permissíveis e aceitáveis.
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
• Designa um conjunto de ações de regulação da fecundidade, as quais 
podem auxiliar as pessoas a prever e controlar a geração e o 
nascimento de filhos, e englobam adultos, jovens e adolescentes, 
com vida sexual, com e sem parcerias estáveis, bem como aqueles e 
aquelas que se preparam para iniciar sua vida sexual.
Abordagem
 IMPORTANTE!!!!!!
A escuta qualificada deve ser 
centrada na pessoa e no seu 
discurso e guiada pelas suas 
necessidades.
ABORDAGEM
ORIENTAÇÃO EM SAÚDE
MÉTODOS DISPONÍVEIS NO SUS
ÍNDICE DE FALHA
CRITÉRIO DE ESCOLHA
CRITÉRIO DE ESCOLHA
CRITÉRIO DE ESCOLHA
CRITÉRIO DE ESCOLHA
CRITÉRIO DE ESCOLHA
AOC e Minipílula AC Injetável
Anticoncepção de Emergência
Deve ser usada preferencialmente nas primeiras 48h.
Se tomada nas primeiras 24 horas a chance de uma gravidez fica em 
torno de 0,5 a 1%.
Após 72h os índices de falha aumentam substancialmente. Após o 
quinto dia não tem mais indicação de uso.
Deve ser usado apenas em situação de emergência e de forma 
esporádica.
Seu uso repetitivo aumentam a chance de gravidez indesejada, bem 
como irregularidade do ciclo menstrual
Indicação do Preservativo: SEMPRE!!!!
ATENÇÃO À SAÚDE DA 
GESTANTE
MORTALIDADE MATERNA
MORTALIDADE MATERNA
REDE CEGONHA
Linha de Cuidados que assegura:
• Às mulheres, direito 
• ao planejamento reprodu.vo
• a atenção humanizada na gravidez, parto, abortamento e puerpério
• Às crianças, direito 
• ao nascimento seguro
• crescimento e desenvolvimento saudáveis
Diretrizes da Rede Cegonha
1. Garantia do acolhimento com classificação de risco, ampliação do acesso e melhoria 
da qualidade do PRÉ-NATAL.
2. Garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro.
3. Garantia das boas práticas e segurança na atenção ao Parto e nascimento.
4. Garantia da atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses com qualidade e 
resolutividade.
5. Garantia da ampliação do acesso ao planejamento produtivo.
ATENDIMENTO DA GESTANTE
• Acolhimento
• Captação Precoce
• Organização dos atendimentos
• Pré-Natal
ATENDIMENTO DA GESTANTE
• Rodas de Gestantes
• Puerpério
• Papel da Equipe de Saúde
• Atendimento da gestante
ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
• Evitar um dia fixo de atendimento Pré Natal, dando preferência a 
uma Agenda Flexível, em dia e horários variados
• EsFmular a parFcipação da parceria em todas as consultas, 
aproveitando o momento para vínculo e estabelecimento de cuidado.
• Criar uma roFna de atendimento similar entre os profissionais de 
saúde da Unidade , respeitando-se as Diretrizes Clínicas´já insFtuídas.
CONSULTA PRÉ-NATAL
PRIMEIROS PASSOS
• Confirmação do diagnóstico de gravidez
• Cadastramento no SISPRENATAL
• Registro dos dados no prontuário e na caderneta da gestante
• Classificação de risco gestacional.
• Vinculação com a maternidade de referência (se possível)
PARTO HUMANIZADO
• Movimento que visa reposicionar a mulher como protagonista no momento 
do parto.
• Construção compartilhada do plano de parto.
• Direito a presença de acompanhante.
PARTO HUMANIZADO
• CríFca a procedimentos invasivos e sem, ou com pouca evidência 
cienwfica:
• Episiotomia
• Kristeller
• Vitamina K no recém nascido
• Aspiração no recém nascido
FATORES DE RISCO
Permitem acompanhamento na 
APS
• Idade < 15 ou > 35 anos
• Situação familiar insegura
• Não aceitação da gravidez
• Múltiplas cesáreas
• Infecção urinária
• Anemia leve a moderada
Exigem acompanhamento 
compartilhado
• Diabetes
• Anemia falciforme
• Antecedente de TVP
• Anemia grave (hemoglobina < 8)
• Polidramnia
• Oligodramnia
• Síndromes hipertensivas
PERIODICIDADE DAS CONSULTAS
Lembre-se...
• Em algumas situações esse 
acompanhamento deverá 
ser diário...
• O acompanhamento 
precisa ser adaptado às 
realidades locais e sempre 
que possível 
multiprofissional.
LEMBRAR…
❖ Tentar fazer no mínimo 06 consultas ( 01 no primeiro trimestre, 02 
no segundo e 03 no terceiro).
❖ A cada consulta de acompanhamento deve ser reavaliado o Risco 
Gestacional.
❖ A parFr de 41 semanas , mesmo em gestações de risco habitual, já 
fazer o acompanhamento comparFlhado com o local escolhido para 
o Parto.
❖ Não existe “Alta do Pré Natal” e mesmo quando a Gestação é 
classificada como de Alto Risco e a gestante encaminhada ao PNAR, 
o acompanhamento conFnua sob responsabilidade da ESF e 
também sendo feito na UBS.
Caderneta da Gestante
Rotina de exames na primeira consulta
CONDUTAS GERAIS
• Suplementação de ferro e ácido fólico
• ferro elementar (40 mg/dia);
• ácido fólico (400 µg/dia ou 0,4 mg/dia).
• Utilizar no período pré-gestacional até o final da gestação.
• Realizar Consulta Odontológica
Calendário Vacinal da Gestante
Lembrar também do Pré Natal do Parceiro…
INTERCORRÊNCIAS 
NA GESTAÇÃO
Condições clínicas de iden=ficação de maior risco 
na gestação atual 
Diagnóstico Clínico e Laboratorial 
Valores de Hb abaixo de 11g/dl e/ou Hematócrito abaixo de 33% em 
qualquer período gestacional.
Condição que deve ser tratada devido ao aumento do risco de 
resultados adversos na gestação , como pré eclâmpsia, baixo peso ao 
nascer, parto pré termo, hemorragia pós parto,maior mortalidadeperinatal e materna 
Causas mais comuns de Anemias na Gestação
Anemias por deficiência da absorção de Ferro ( Anemias Ferroprivas)
Anemias por deficiência de Vit B12 
Anemias por Deficiência de Ácido Fólico
Anemias Hereditárias ( Anemia Falciforme, Talassemias)
Tratamento da Anemia Ferropriva
Existem várias formulações à base de ferro e deve-se estar atento à equivalência de 
cada formulação. A dose de 30 mg de ferro elementar, em geral, é disponibilizada em 
150 mg de sulfato ferroso, 90 mg de fumarato ferroso e 250 mg de gluconato ferroso.
Valor da Hemoglobina Tratamento
de 09 a 11g/dl 160 a 200mg de Ferro Elementar
de 07 a 09g/dl e IG > 16 semanas Ferro endovenoso
<07g/dl Transfusão e encaminhamento ao PNAR
As síndromes hipertensivas são a intercorrência clínica mais comum da 
gestação e representam a principal causa de morbimortalidade 
materna no mundo.
Atentar-se para a técnica correta de aferição da PA
Quando fazer profilaxia?
Se presença de 01 Fator de 
Alto Risco ou 02 Fatores de 
Baixo Risco, prescrever a partir 
da semana 12 e até a Semana 
Gestacional 36
100mg de AAS e 
01g de Carbonato de 
Cálcio(02comp de 500mg)
Classificação e Definições
1- Hipertensão Arterial Crônica- Hipertensão relatada e aferida antes 
da vigésima semana de gestação
2- Hipertensão Gestacional: Hipertensão na segunda metade da 
gestação, em gestante previamente normotensa, porém sem 
proteinúria ou manifestação de outros sinais/sintomas relacionados à 
préeclâmpsia (PE)
3-Pré-eclâmpsia: identificação de hipertensão arterial, em gestante 
previamente normotensa, a partir da 20ª semana de gestação, 
associada à proteinúria significativa.Na ausência de proteunúria, mas 
com comprometimento de orgão alvo ou comprometimento 
placentário.
4- Eclâmpsia é a ocorrência de convulsões tônico-clônicas 
generalizadas, de coma ou de ambas, durante a gravidez ou o 
puerpério, em gestantes com pré eclâmpsia, que não estão 
relacionadas com outras doenças do sistema nervoso central.
5-Síndrome HELLP:O acrônimo HELLP significa hemólise, aumento de 
enzimas hepáticas e plaquetopenia:
• Hemograma (particularmente hematócrito, hemoglobina e 
plaquetas).
 • Desidrogenase láctica (DHL).
 • Bilirrubinas totais.
 • Creatinina.
 • Transaminase oxalacética (TGO/AST). 
Rotina Mínima de Exames, além dos já 
preconizados
DIAGNÓSTICO DE ECLÂMPSIA E PRÉ ECLÂMPSIA
Proteinúria 
• >300 mg/24h
• Relação proteinúria/crea.núria > 0,3
• Fita reagente com uma ou mais 
cruzes de proteína
Suspeita de Eclâmpsia
• Cefaléia persistente
• Visão turva
• Dor abdominal
• Alterações laboratoriais
• Plaquetopenia
• Ácido úrico >6,0mg/dl
• Alteração TGO TGP
TRATAMENTO 
Alguns Aspectos Importantes
Todo caso confirmado de Pré Eclâmpsia deve também ser 
acompanhado pelo PNAR
Se a Gestante apresenta quadro de PE Grave com PAS>ou igual a 160 e 
ou PAD > ou igual a 110 ou apresenta sinais sugestivos de iminência de 
Eclâmpsia, deve ser encaminhada com Urgência para Atendimento 
Hospitalar para que seja Sulfatada ( Sulfato de Magnésio).
A IG limite para interrupção da Gestação será com 37 semanas.
Pré Eclâmpsia não se configura numa indicação absoluta de Cesariana, 
sendo inclusive preferível o PN, quando possível.
A hiperglicemia materna é uma das condições mais comuns na 
gravidez. 
No Brasil estima-se que 18% das Gestações atendidas no SUS atinjam 
critérios diagnósticos atuais para DMG.
Hiperglicemia na gestação aumenta o risco de morbidade materna e 
perinatal, com repercussões em médio e longo prazo, tanto para a mãe 
como para o seu filho.
DIABETES GESTACIONAL
DIAGNÓSTICO
• Rastreamento universal, independentemente da presença de fator 
de risco. 
• Glicemia de jejum (GJ) na primeira consulta de pré-natal.
 • Glicemia de jejum ≥126 mg/dL: diabetes mellitus diagnosFcado na 
gestação (diabetes prévio); 
• Glicemia de jejum entre 92 mg/dL e 125 mg/dL: diabetes mellitus 
gestacional. 
• Para pacientes com glicemia de jejum <92 mg/dL no 1º trimestre: 
realizar teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com 75 g, entre 24 e 
28 semanas, com avaliação da GJ, G1h e G2h
Valores de Referência do TOTG
JEJUM menor que 92mg/dl
PÓS 01H 180mg/dl
PÓS 02H 153mg/dl
01 valor alterado já fecha o 
diagnóstico.
Na impossibilidade de realização 
do TOTG-75g, frente a recursos 
escassos, pode-se repetir a 
glicemia de jejum entre 24 e 28 
semanas, mantendo os mesmos 
valores de referência usados no 1º 
trimestre.
TRATAMENTO
Medidas não Farmacológicas
Adequação Nutricional- 40 a 55% 
de carboidratos , 15 a 20% de 
proteínas e 30 a 40% de Lipídios
Realização de Atividades Físicas
Medidas Farmacológicas
Insulina- Na dose de 0,3 a 
0,5UI/kg/dia fracionadas em duas 
ou três aplicações.
 
DIABETES GESTACIONAL
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela 
bactéria (espiroqueta) Treponema pallidum.
Ainda é uma infecção de transmissão sexual (IST) muito frequente, 
com potencial acomeFmento grave do feto e do recém-nascido.
Tanto a Sífilis na Gestação quanto a congênita aumentaram muito na 
úlFma década. De 2010 a 2019, a taxa de SC passou de 1,4 para 8,2 
casos por 1.000 nascidos vivos (NVs) em consequência do aumento de 
sífilis em gestantes (de 3,5 para 20,8 casos por 1.000 NVs).
Quadro Clínico/Manifestações clínicas
Lesão inicial apesar de típica, difícil de ser diagnosticada, devido 
regressão espontânea.
Manifestações cutâneas apresentando lesões pleomórficas, podendo 
ser facilmente confundida com outras patologias.
Num QC típico teremos: Infecção pelo Treponema—Aparecimento de 
lesão ulcerada após cerca de 07 a 21 dias—Desaparecimento da 
Ùlcera—Aparecimento de Rash disseminado após 45 a 60 dias com 
manifestações sistêmicas inespecíficas, que também desaparecem de 
forma espontânea—a partir daí inicia-se a fase latente tardia…
Diagnóstico na Gestação
Na Gestação a positividade do Teste Rápido (TR) o qual faz parte da 
rotina de atendimento pré natal, já na primeira consulta, e é um Teste 
Treponêmico, com altíssimas sensibilidade e especificidade, autoriza o 
tratamento para Sífilis em Gestantes sem histórico de tratamento 
anterior.
Importante salientar que, mesmo após tratamento correto, não 
ocorrerá negativação do TR, situação semelhante à dos outros testes 
treponêmicos, como TPHA ou FTA-Abs
O VDRL deve ser solicitado e usado nesses casos para controle da 
resposta terapêutica;
Alguns Pontos Importantes.
Na Gestante sempre vamos considerar o TTO para Sífilis Tardia ou 
latente, fazendo o Esquema de 7.200.000 UI.
A parceria sempre será tratada com o mesmo esquema.
Qualquer nível de Titulação positiva de VDRL indica também 
tratamento para a Gestante.
O único tratamento eficaz para proteção do Feto é com a Penicilina .
Em caso de alergia à Penicilina Benzatina está indicada a 
dessensibilização da Gestante em ambiente hospitalar, com posterior 
aplicação.
CONTROLE DE CURA
VDRL mensal na gestação
Após gestação:
• A cada 3 meses no 1º ano
• A cada 6 meses até a estabilização dos wtulos
• Títulos devem cair progressivamente até permanecerem negaFvos ou 
inferiores a 1:8
• Se wtulos permanecerem baixos e estáveis em 2 oportunidades após 
um ano, pode ser dada alta
Entre 70 e 90% dos casos de toxoplasmose em pacientes 
imunocompetentes são assintomáticos ou apresentam sintomas 
inespecíficos comuns a doenças como dengue, citomegalovírus ou 
mononucleose infecciosa. 
Apenas em 02 Grupos a infecção pelo Toxoplasma Gondii pode causar 
sérias complicações: Pacientes Imunossuprimidos e Gestantes, pelo 
risco de Infecção Congênita do concepto, podendo acarretar 
abortamento, partos prematuros e /ou malformação fetal , 
principalmente se exposto no primeiro trimestre.
Condutas de Acordo com Cenários Possíveis
Cenário 1: 
IgG e IgM negativos: Gestante 
Susceptível. Orientações quanto 
prevenção à exposição ao T. 
Gondii.
Cenário 2: 
IgG + e IgM - Compatível com 
infecção pregressa adquirida há, 
pelo menos, seismeses.
Cenário 3: IgM positivo independentemente do resultado da IgG, deve 
ser interpretada como infecção aguda, com indicação para iniciar 
intervenção medicamentosa.
-3a: IgG negativo– Fazer imediatamente Espiramicina 03g/dia e Repetir 
Sorologia de 02 a 03 semanas.Caso persista IgG negativo, considerar como 
falso positivo e suspender medicação.
Caso o IgG positive: Idade Gestacional menor que 16 semanas : Continua 
Espiramicina e encaminha ao PNAR se maior que 16 semanas : Substitui 
Espiramicina pelo Esquema Tríplice com Sulfadiazina 03g dia, Pirimetamina 
50mg dia e Ácido Folínico 10 a 20 mg, 3x semana
Cenário 4: IgM e IgG Reagentes
IG<16 Sem: Iniciar Espiramicina e solicita Avidez: Se Alta, descarta-se 
infecção na gestação atual e suspende medicação.
IG>16 Sem: O teste de avidez não muda conduta devendo a Gestante 
fazer o Esquema Tríplice com a Sulfadiazina, Pirimetamina e Ácido 
Folínico
BACTERIÚRIA NA GESTAÇÃO
• Gestante com bacteriúria sintomática ou assintomática deve ser tratada.
• Gestante com clínica de ITU deve ser tratada, lembrando que polaciúria e 
urgência podem ser fisiológicos na gestação.
• Bacteriúria não tratada pode progredir para pielonefrite e trabalho de parto 
prematuro.
• Rastreamento deve ser feito pela urocultura.
• Se possível, guiar o tratamento pelo teste de sensibilidade.
BACTERIÚRIA NA GESTAÇÃO
ASPECTOS LEGAIS E
DIREITOS NA GESTAÇÃO
LICENÇA MATERNIDADE
• Licença maternidade de 120 dias (CLT) ou 180 dias funcionários 
públicos ou privados, a depender da empresa.
• Pode ser iniciada a partir de 36ª semana de gestação.
• Empregado não pode ser demitido durante a gestação e até 5 meses 
após o parto, exceto em casos de “justa causa”.
MUDANÇA DE FUNÇÃO
• Em caso de riscos ou problemas de saúde ou do bebê.
• Sem prejuízo do salário e demais direitos.
• Requer atestado médico comprovando necessidade da mudança de 
Função.
• Fica garanFda a retomada da função anterior após a licença 
maternidade
ATESTADOS
• É proibida a exigência de atestados de gravidez, esterilização e outras 
práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da 
trabalhadora
• Gestante tem direito de receber declaração de comparecimento sempre 
que for às consultas de pré-natal ou fizer algum exame. Apresentando à 
sua chefia, tem direito a justificativa de falta ao trabalho.
AMAMENTAÇÃO
• Até o bebê completar 6 meses, a mulher tem direito de ser 
dispensada do trabalho todos os dias, por dois períodos de meia hora 
ou por um período de uma hora, para amamentar. Deve acordar com 
o empregador a melhor forma de utilizar este tempo.
BOLSA FAMÍLIA
• Famílias beneficiárias tem direito ao benefício variável extra na 
gravidez e durante a amamentação.
ESTUDANTES
• Lei 6.202/75 garante à estudante o direito a licença maternidade sem 
prejuízo do período escolar.
• A parYr do 8º mês a gestante pode cumprir compromisso escolares em 
casa.
• Início e fim do afastamento serão determinados por atestado médico, 
apresentado à direção da escola.
• Em qualquer caso é assegurado à estudante gestante o direito a prestação 
dos exames finais.
COMBATE À VIOLÊNCIA 
CONTRA A MULHER
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL
• Lei Maria da Penha (11.340/2006).
• Prevê que agressores sejam presos em flagrante ou tenham prisão 
preventiva decretada quando ameaçarem a integridade física da mulher.
• Prevê medidas protetivas para a mulher que corra risco de morte, como 
afastamento do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação 
física junto à mulher agredida.
VIOLÊNCIA SEXUAL
• Prevê atendimento integral às vítimas em todos os serviços de 
urgência e emergência do SUS.
• Define que a atendimento inclua diagnóstico e tratamento de lesões, 
realização de exames para IST e gravidez.
• Prevê uso de anticoncepção de emergência, em casos de estupro.
ATENDIMENTO A MULHERES EM SITUAÇÃO 
DE VIOLÊNCIA
SINAIS DE SUSPEITA DE VIOLÊNCIA CONTRA 
A MULHER
REDE DE ATENÇÃO A MULHERES EM SITUAÇÃO 
DE VIOLÊNCIA
REDE DE ATENÇÃO A MULHERES EM 
SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
ABORDAGEM DA SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
ABORDAGEM DA VIOLÊNCIA SEXUAL
OPÇÕES DISPONÍVEIS
FICHA DE NOTIFICAÇÃO
VIOLÊNCIA SEXUAL
IST NA VIOLÊNCIA SEXUAL
HepaFte B: se não vacinada, vacinar e oferecer imunoglobulina hiperimune.
HIV: TARV por 4 semanas com início no máximo em 72h.
EXAMES NA VIOLÊNCIA SEXUAL
• Anti HIV
• VDRL
• Anti HCV
• HBsAg
• Anti HBs
ABORTAMENTO LEGAL
• É permitido quando a gravidez resulta de estupro/violência sexual ou 
em caso de risco de vida à mulher.
• Não é exigido qualquer documento. Como Boletim de Ocorrência 
Policial, Laudo de IML ou autorização judicial.
PREVENÇÃO DO CÂNCER
GINECOLÓGICO
RASTREAMENTO CÂNCER DE COLO UTERINO
Quem faz Papanicolau:
• Mulheres dos 25 aos 64 anos que tenham iniciado vida sexual em algum momento da vida.
Periodicidade do Papanicolau:
• Dois exames com intervalo anual.
• Após dois exames anuais normais, realiza-se somente um exame a cada três anos.
• Vacinação contra o HPV disponível nas UBS e indicada para meninas e meninos de 09 a 14 
anos 11 meses e 29 dias. Quadrivalente e protegendo contra os soro]pos 06,11(Baixo Grau) 
e 16, 18( Alto Grau).
SITUAÇÕES ESPECIAIS
SITUAÇÕES ESPECIAIS
RESULTADO AMOSTRA
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA
• Fatores de Risco
• Idade > 50 anos
• Menarca precoce
• Nuliparidade
• Primeira gestação após os 30 anos
• História pregressa
• História familiar
• Uso de álcool
• Tabagismo
• Terapia de reposição hormonal
• Sedentarismo
• Obesidade
ROTINA DE RASTREAMENTO
Achados e Condutas…
PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
Evitando ações com beneBcios incertos para a paciente e 
a protege de ações potencialmente danosas
NÃO solicitando mamografia de rastreamento na
população menor de 50 anos e maior de 70 anos ou com 
periodicidade menor de dois anos
Fornecendo informações claras quanto aos benefícios e riscos 
da ação e compartilhando as decisões com a usuária
Das mulheres submetidas ao rastreamento menos têm morte 
evitada por câncer de mama, enquanto mais mulheres 
saudáveis serão tratadas desnecessariamente e muitas 
experimentarão estresse psicológico por conta de falsos 
positivos no exame
Realizando rastreamento de
forma individualizada
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Cadernos de Atenção Básica 32. 
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: 
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_32.pdf>
• BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2016. Disponível em: 
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf>
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações 
Programáticas. Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de 
Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. 
xxx p. : il. 1. Gestação 2. Gestação de Alto Risco 3. Complicações na Gravidez I. Título
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_32.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf
OBRIGADO(A)!
COORDENAÇÃO GERAL
FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES
NILSON MASSAKAZU ANDO
POLO SÃO PAULO
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
GUSTAVO EMANUEL FARIAS GONÇALVES
MARIANA TOMASI SCARDUA
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
MARIZÉLIA GOIS MONTEIRO
DANIEL DE MEDEIROS GONZAGA
APOIO INSTITUCIONAL DO MEC
MÁRCIA CRISTINA NÉSPOLI ANDO
JONAS NERIS FILHO
POLO SALVADOR
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
MARINA ABREU CORRADI CRUZ
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
CLARISSA SANTOS LAGES
APOIO INTITUCIONAL DO MEC
JOÃO PEREIRA DE LIMA NETO
POLO BELO HORIZONTE
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA
FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
AUGUSTO CEZAR DALCHIAVÓN
APOIO INTITUCIONAL DO MEC
LILIAN PATRÍCIA SILVA DE SOUZA
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
CAMILO SOBREIRA DE SANTANA
SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR
DENISE PIRES DE CARVALHO
DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
GISELE VIANA PIRES
COORDENADOR GERAL DE EXPANSÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES
REFERÊNCIAS CENTRAIS DO MEC/PMMB
ANA LUÍSA DOS SANTOS AZEVEDO
ANA LUIZA FEITOZA NEVES SANTOS COSTA
GABRIELA CARVALHO DA ROCHA
HUMBERTO BATISTA BORGES DA SILVEIRA
LEONARDO SOUSA ARAÚJO
LUCAS DE SOUZA PORFIRIO
MAÉZIA MARIA MEDEIROS COSTA MIGUEL
TATIANA RIBEIRO
A ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS E 
A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE 
(RAS) NO BRASIL
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
31 Ciclo do PMMB
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Apresentar a Atenção Primária à Saúde e sua integração nas 
Redes de Atenção à Saúde.
• Discutir equipe e processo de trabalho na Estratégia Saúde 
da Família.
• Discutir Matriciamento e Equipe Multiprofissional.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: O 
SISTEMA DE SAÚDE DO BRASIL
SUS: PRINCÍPIOS
Princípios
DOUTRINÁRIOS
Princípios
ORGANIZATIVOS
COMO ORGANIZAR O SISTEMA DE 
SAÚDE PARA QUE SE GARANTAM OS 
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS?
ORGANIZAÇÃO HIERÁRQUICA 
X 
ORGANIZAÇÃO EM REDE
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS):
O QUE SÃO?
São arranjos organiza*vos de ações e serviços de saúde, de diferentes
densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio
técnico, logísCco e de gestão, buscam garanCr a integralidade do cuidado.
BRASIL, 2017
REDES: VAMOS REFLETIR?
POR QUE UMA ORGANIZAÇÃO EM REDES?
• Necessidade de base territorial
• Resposta equânime às demandas em saúde
• Ferramenta para garanCr integralidade da assistência
• Alinhar governança, gestores e profissionais de saúde
• ConNnua melhoria dos serviços prestados de acordo com as necessidades
de saúde da população.
BRASIL, 2017
1 - População e Região de Saúde
2 - Estrutura Operacional
3 - Modelo de Atenção à Saúde
QUEM FORMA A RAS?
1. POPULAÇÃO E REGIÃO DE SAÚDE
BRASIL, 2017
As RAS devem ser capazes de identificar claramente a população 
e a área geográfica sob sua responsabilidade. 
A região de saúde deve ser bem definida, baseada em parâmetros 
espaciais e temporais que permitam assegurar que as estruturas 
estejam bem distribuídas territorialmente, garantindo o 
tempo/resposta necessário ao atendimento, melhor proporção de 
estrutura/população/território e viabilidade operacional sustentável. 
1. POPULAÇÃO E REGIÃO DE SAÚDE
ESTADUAL
Brasílis
REGIONAL AMPLIADO
(Macrorregional)
Centro-Oeste
REGIONAL DE SAÚDE
(Microrregional)
Planópolis
1. POPULAÇÃO E REGIÃO DE SAÚDE
PLANÓPOLIS
MUNICIPAL DISTRITAL ÁREA MICROÁREA
Plan
óp
oli
s
2. ESTRUTURA OPERACIONAL
BRASIL, 2017
A estrutura operacional das RAS é constituída pelos diferentes 
pontos de atenção à saúde, ou seja, lugares institucionais onde 
se ofertam serviços de saúde e pelas ligações que os 
comunicam.
Os componentes que estruturam as RAS incluem: Atenção Básica 
à Saúde (centro de comunicação); os pontos de atenção 
secundária e terciária; os sistemas de apoio; os sistemas 
logísticos e o sistema de governança.
• Hospitalização, internação
• Alta complexidade (Ex: hospitais universitários)Atenção Terciária
• Ambulatórios de especialidades focais
• Condição de maior necessidade de tecnologias "duras"Atenção 
Secundária
• Organização em ESF e outras modalidades com foco no 
território
• Tecnologias leves e abordagem biopsicossocialAtenção Primária
D
en
si
da
de
 T
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no
ló
gi
ca
3. MODELO DE ATENÇÃO
O modelo de atenção à saúde é um sistema lógico que organiza o 
funcionamento das RAS, articulando:
• as relações entre a população e suas subpopulações estratificadas 
por riscos;
• os focos das intervenções do sistema de atenção à saúde; 
• os diferentes tipos de intervenções sanitárias.
O Modelo de atenção à saúde é definido em função das situações 
demográficas e epidemiológicas e dos determinantes sociais da saúde.
QUAL O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE 
ADOTADO HOJE EM DIA?
As unidades e equipes da APS como centro coordenador, que 
ordenarão os fluxos e contrafluxos, por meio dos sistemas logísticos, e 
contando com o auxílio dos sistemas de apoio. 
Todo esse conjunto será gerido por um sistema de governança Inter 
federativo e transversal.
QUAIS AS FUNÇÕES DA APS NAS RAS?
• Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o 
mais elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação 
no cuidado se faz sempre necessária.
• Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, 
utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e 
coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos 
positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva 
de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e dos grupos 
sociais.
• Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos 
terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo 
dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuar como o 
centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção, 
responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários por meio de uma 
relação horizontal, contínua e integrada, com o objetivo de produzir
a gestão compartilhada da atenção integral.
QUAIS AS FUNÇÕES DA APS NAS RAS?
• Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da 
população sob sua responsabilidade, organizando-as em relação 
aos outros pontos de atenção, contribuindo para que a 
programação dos serviços de saúde parta das necessidades de 
saúde dos usuários
QUAIS AS FUNÇÕES DA APS NAS RAS?
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS
Qualificação/Educação
Informação 
Regulação
Promoção e Vigilância à Saúde
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ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
REDE CEGONHA
• Rede Materno-Infantil que visa garantir o fluxo
adequado para o atendimento ao planejamento
sexual e reprodutivo, pré-natal, parto e nascimento,
puerpério e primeira infância com o objetivo de
qualificar a assistência e enfrentar a mortalidade
materna, infantil e fetal
REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E 
EMERGÊNCIAS (RUE)
• Tem a finalidade de ampliar e qualificar o
acesso humanizado e integral aos usuários em
situação de urgência e emergência de forma
ágil e oportuna. A Rede está organizada em
dois componentes: o préhospitalar (móvel e
fixo) e o hospitalar.
COMPONENTES E INTERFACES DA REDE DE 
ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS 
PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS 
• Rede de Atenção às Pessoas com 
Condições Crônicas estruturadas em 
serviços territorializados, construídos 
da seguinte forma: Serviços 
Assistenciais em Oncologia, Linha de 
Cuidado de Sobrepeso e Obesidade.
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS 
PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS 
REDE DE CUIDADOS À PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA 
• A Saúde da Pessoa com Deficiência (SPD) no SUS busca
proporcionar atenção integral à saúde dessa população, desde a
APS até a reabilitação, incluindo o fornecimento de órteses,
próteses e meios auxiliares de locomoção, quando necessário. O
objetivo é proteger a saúde e reabilitar as pessoas com deficiência
em relação a suas capacidades funcionais (física, auditiva,
intelectual e visual)
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 
A Rede de Atenção Psicossocial
(RAPS), tem o objetivo de acolher e
acompanhar as pessoas com
sofrimento ou transtorno mental e
com necessidades decorrentes do
uso de álcool e outras drogas no
âmbito do SUS.
COMUNICAÇÃO ENTRE OS PONTOS 
DE ATENÇÃO DA RAS
• A comunicação entre os pontos de atenção da RAS (APS, Atenção 
Ambulatorial Especializada e Atenção Hospitalar) deve ocorrer 
através de instrumentos pactuados:
• Fichas de compartilhamento do cuidado
• Documento de Referência (Contrarreferência)
• Outros documentosutilizados pelo serviço de saúde local
RAS – PRINCIPAIS IMPACTOS NOS 
SISTEMAS DE SAÚDE
• Redução da fragmentação da atenção;
• Melhora da eficiência global do sistema;
• Impedimento da multiplicação de infraestrutura e serviços de forma 
desordenada e desorganizada;
• Melhor atendimento às necessidades e expectativas dos indivíduos;
• Melhora no custo efetividade dos serviços de saúde;
• Redução de hospitalizações desnecessárias;
• Redução da utilização excessiva de serviços e redução do 
quantitativo de exames realizados;
• Redução no tempo de permanência hospitalar;
• Aumento de produtividade;
• Melhora na qualidade da atenção;
RAS – PRINCIPAIS IMPACTOS NOS 
SISTEMAS DE SAÚDE
• Produção de uma oferta balanceada de atenção geral e especializada; 
• Continuidade da atenção, gerando uma maior efetividade clínica; 
• A utilização de diferentes níveis de atenção pelos indivíduos é facilitada; 
• Aumento na satisfação dos usuários; 
• Melhora no autocuidado.
RAS – PRINCIPAIS IMPACTOS NOS 
SISTEMAS DE SAÚDE
MATERIAL COMPLEMENTAR
• A APS nas Redes de Atenção à Saúde – por Eugênio Vilaça
https://www.youtube.com/watch?v=_U9Yx02xwgA
• Redes de Atenção à Saúde (RAS) - FOP UNICAMP 
https://www.youtube.com/watch?v=0N_9KKu15oM
https://www.youtube.com/watch?v=_U9Yx02xwgA
https://www.youtube.com/watch?v=0N_9KKu15oM
ESTRATÉGIA SAÚDE DA 
FAMÍLIA
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)
É componente estruturante do sistema de saúde brasileiro tem provocado um 
importante movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção no SUS. 
O principal propósito da ESF é reorganizar a prática da atenção à saúde em novas 
bases e substituir o modelo tradicional, levando a saúde para mais perto das 
famílias e, com isso, melhorar a qualidade de vida da população.
COMPOSIÇÃO DA ESF: uma equipe multiprofissional, composta por 
no mínimo:
• Médico (preferencialmente da Medicina de Família e Comunidade);
• Enfermeiro (preferencialmente especialista em Saúde da Família);
• Auxiliar e/ou Técnico de Enfermagem; e
• Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
• Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de 
Saúde Bucal (cirurgião-dentista, preferencialmente especialista em 
Saúde da Família e Auxiliar ou Técnico de Saúde Bucal) e os 
Agentes de Combate às Endemias (ACE).
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
• São a porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de 
saúde;
• Trabalha com território adscrito, com uma população delimitada, sob a sua 
responsabilidade;
• Intervém sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta;
• Presta assistência integral, permanente e de qualidade;
• Realiza atividades de educação, promoção, prevenção e recuperação da 
saúde.
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)
• Os ACS são parte integrante da equipe mínima da 
ESF;
• São um elo entre as equipes de saúde e a 
comunidade, buscam e trazem informações entre a 
Unidade de saúde e a população;
• Acompanham mensalmente, em domicilio todas as 
famílias
• Desenvolvem de forma constante ações de 
promoção da saúde.
QUANTOS AGENTES POR ESF?
Ø O número suficiente para cobrir 
100% da população adscrita;
Ø Com um número máx. de 750 
pessoas por ACS.
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE (ACS)
EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS 
NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
(eMulti)
• Equipes compostas por profissionais de saúde de diferentes áreas de conhecimento que 
atuam de maneira complementar e integrada às demais equipes da Atenção Primária à 
Saúde (APS), com atuação corresponsável pela população e pelo território, em articulação 
intersetorial e com a Rede de Atenção à Saúde (RAS).
eMulti: O QUE É?
eMULTI
Modalidades No. de equipes vinculadas Carga horária*
eMulti 
Ampliada
no mínimo 10 (dez) e no máximo 12 (doze) equipes Mínimo 300 horas semanais; 
cada ocupação deve ter no 
máximo 120 horas semanais.
eMulti 
Complementar
no mínimo 5 (cinco) e no máximo 9 (nove) equipes Mínimo 200 horas semanais; 
cada ocupação deve ter no 
máximo 80 horas semanais.
eMulti 
Estratégica
no mínimo 1 (uma) e no máximo 4 (quatro) equipes Mínimo 100 horas semanais; 
cada ocupação deve ter no 
máximo 40 horas semanais.
*a carga horária individual mínima médica exigida por equipe é de 10 horas semanais e a carga horária 
individual mínima das demais categorias profissionais exigida por equipe é de 20 horas semanais.
eMulti: MODALIDADES
PROFISSIONAIS DO eMulti
•Assistente Social
•Professional/Professor de Educação Física
•Farmacêutico(a) Clinico(a)
•Fisioterapeuta
•Fonoaudiólogo(a)
•Nutricionista
•Psicólogo(a)
•Terapeuta Ocupacional
•Médico(a) Veterinário(a)
•Profissional Sanitarista
•Professor com Formação em Arte e Educação
•Médico(a) Cardiologista
•Médico(a) Acupunturista
•Médico(a) Dermatologista
•Médico(a) Endocrinologista
•Médico(a) Geriatra
•Médico(a) Ginecologista/Obstetra
•Médico(a) Hansenologista
•Médico(a) Homeopata
•Médico(a) Infectologista
•Médico(a) Pediatra
•Médico(a) Psiquiatra
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do
Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, 2011c. Disponível em: http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011_ comp.html. Acesso em: 10 out.
2023.
• ____________.Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011.Reformula a Política Nacional de
Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde
(SUS). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 jul. 2011d. Seção 1, p. 1-
9. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1600_07_07_2011.html. Acesso em:
10 out. 2023.
• ____________.Portaria nº 3088, de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Atenção
Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 30 dez. 2011e. Seção 1, p.
50-60. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_rep.html. Acesso
em: 10 out. 2023.
http://bvsms
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Portaria nº 793, de 24 de abril de 2012. Insjtui a Rede de Cuidados à Pessoa com
Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial [da] República Federajva do
Brasil, Brasília, DF, 2012. Disponível em:
hlp://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0793_24_04_2012.html. Acesso em:
10 out. 2023.
• Consjtuição da República Federajva do Brasil. 1988Brasília, DF: Presidente da República,
[2016]. Disponível em: hlp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/consjtuicao/consjtuicao.htm.
Acesso em 09 out. 2023.
• BRASIL, 2017. Disponível em:
hlps://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0003_03_10_2017.html#ANEXOVI. 
Acesso em 13 out. 2023
• Universidade Federal do Maranhão. UNA-SUS/UFMA. Redes de Atenção à Saúde: a atenção à
saúde organizada em redes/ Nerícia Regina de Carvalho Oliveira. - São Luís, 2016.
OBRIGADO(A)!
COORDENAÇÃO GERAL
FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES
NILSON MASSAKAZU ANDO
POLO SÃO PAULO
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
GUSTAVO EMANUEL FARIAS GONÇALVES
MARIANA TOMASI SCARDUA
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
MARIZÉLIA GOIS MONTEIRO
DANIEL DE MEDEIROS GONZAGA
APOIO INSTITUCIONAL DO MEC
MÁRCIA CRISTINA NÉSPOLI ANDO
JONAS NERIS FILHO
POLO SALVADOR
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
MARINA ABREU CORRADI CRUZ
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
CLARISSA SANTOS LAGES
APOIO INTITUCIONAL DO MEC
JOÃO PEREIRA DE LIMA NETO
POLO BELO HORIZONTE
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA
FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
AUGUSTO CEZAR DAL CHIAVÓN
APOIO INTITUCIONAL DO MEC
LILIAN PATRÍCIA SILVA DE SOUZA
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
CAMILO SOBREIRA DE SANTANA
SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR
DENISE PIRES DE CARVALHO
DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
GISELE VIANA PIRESCOORDENADOR GERAL DE EXPANSÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES
REFERÊNCIAS CENTRAIS DO MEC/PMMB
ANA LUÍSA DOS SANTOS AZEVEDO
ANA LUIZA FEITOZA NEVES SANTOS COSTA
GABRIELA CARVALHO DA ROCHA
HUMBERTO BATISTA BORGES DA SILVEIRA
LEONARDO SOUSA ARAÚJO
LUCAS DE SOUZA PORFIRIO
MAÉZIA MARIA MEDEIROS COSTA MIGUEL
TATIANA RIBEIRO
A ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA 
DE SAÚDE E A ATENÇÃO 
PRIMÁRIA À SAÚDE (APS) NO 
BRASIL
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
31° Ciclo do PMMB
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
● Discutir os Determinantes Sociais de Saúde.
● Conceituar e apresentar os princípios e diretrizes organizacionais do SUS.
● Relembrar o SUS como uma construção histórica e política de uma 
sociedade democrática.
● Refletir sobre as contribuições do SUS para a nossa vida cotidiana.
● Apresentar a organização do SUS em níveis de atenção.
● Definir o conceito de Atenção Primária à Saúde (APS) e entender sua 
importância no sistema de saúde.
● Identificar os atributos da APS.
● Discutir a Política Nacional de Atenção Básica.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
DETERMINANTES 
SOCIAIS DE SAÚDE
DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE
DSS é a abreviatura de “Determinantes Sociais 
da Saúde”, um conceito da área de saúde pública 
que se refere a um conjunto de acontecimentos, 
fatos, situações e comportamentos da:
• vida econômica;
• social;
• ambiental;
• política;
• governamental;
• cultural e subjetiva.
que afetam positiva ou negativamente a saúde de:
• indivíduos;
• segmentos sociais;
• coletividades;
• populações e territórios.
https://dssbr.ensp.fiocruz.br/glossary/determinantes-sociais-da-saude/
https://dssbr.ensp.fiocruz.br/glossary/determinantes-sociais-da-saude/
https://dssbr.ensp.fiocruz.br/glossary/saude/
DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE
A maior parte da carga mundial de morbidade e as causas 
principais das iniquidades em saúde surgem das condições em 
que as pessoas nascem, vivem, trabalham e envelhecem.
Conferência Mundial Sobre Determinantes Sociais da Saúde
Desigualdades: diferenças sistemáticas na situação de saúde de 
grupos populacionais.
Iniquidades: diferenças na situação de saúde que além de 
sistemáticas e relevantes, são evitáveis, injustas e desnecessárias 
(Whitehead).
DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE
MARCADORES SOCIAIS DE DIFERENÇA 
Marcadores sociais da diferença 
são sistemas de classificação 
que organizam a experiência 
ao identificar certos indivíduos 
com determinadas categorias 
sociais
▷ Riqueza
▷ Educação 
▷ Ocupação 
▷ Raça 
▷ Etnia 
▷ Gênero 
▷ Orientação Sexual
▷ Território 
Agenda
2030
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Pra aquecer
https://youtu.be/7ouSg6oNMe8
https://youtu.be/7ouSg6oNMe8
Saúde é Democracia e Democracia é Saúde
Saúde não é simplesmente ausência de doença:
 “É um bem-estar social que pode significar que as pessoas 
tenham mais alguma coisa do que simplesmente não estar 
doentes; 
É direito à casa, ao trabalho, ao salário condigno, à água, à 
vestimenta, à educação, às informações [ ] 
É direito ao meio ambiente que não os seja agressivo, e [ ] 
permita uma vida digna e decente. 
É direito a um sistema político que respeite a livre opinião, a livre 
possibilidade de organização e autodeterminação de um povo [ }
Sergio Arouca
8ª Conferência (1986) conquista popular e democrática 
Constituição 1988 – O SUS foi uma conquista 
democrática e social do povo brasileiro
“Sistema de Saúde, capaz de garan2r o acesso universal 
da população a bens e serviços que garantam sua saúde e 
bem-estar, de forma equita2va e integral”
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Seguir uma mesma doutrina 
e os mesmos princípios 
organizativos em todo o 
território nacional, sob a 
responsabilidade das três 
esferas autônomas de 
governo: federal, estadual e 
municipal.
O que faz um sistema de saúde ser único?
PRINCÍPIOS E 
DIRETRIZES DO SUS
SUS – PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
Saúde como um direito de cidadania.
Direito à saúde passa a ser um direito social, 
coletivo, e não um direito individual garantido 
mediante pagamento e a respectiva cobertura.
As condições de saúde da população são 
resultantes do contexto econômico e social 
brasileiro que não se reduz à compreensão 
biomédica do processo saúde/doença - o direito à 
vida.
UNIVERSALIDADE
Quadro “Operários” de Tarsila do Amaral
Implica reconhecer desigualdades e a 
necessidade de se “tratar desigualmente os 
desiguais”
Atenta para as necessidades coletivas e 
individuais, procurando investir onde a 
iniquidade é maior.
EQUIDADE
SUS – PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
Atender as pessoas como um todo em suas 
necessidades.
Visa um modelo de atenção com integração de 
ações de promoção, prevenção e reabilitação.
Formular políticas pautadas na atenção integral.
Integrar as relações entre trabalho, educação e 
saúde, na formação e gestão do trabalho em 
saúde.
INTEGRALIDADE
SUS – PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
SUS – DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS
DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO
Implica na transferência de poder sobre a 
política de saúde do nível federal (MS) para os 
estados (SES) e municípios (SMS).
Gestão em direção única em cada nível de 
governo.
Proximidade das necessidades da população.
REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO DA 
REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Sistema deve focar a noção de território, onde se 
determinam perfis populacionais, indicadores 
epidemiológicos, condições de vida e suporte 
social, que devem nortear as áreas e serviços de 
saúde de uma região.
Regionalização deve ser norteada pela 
hierarquização dos níveis de complexidade 
requerida pelas necessidades de saúde das 
pessoas.
SUS – DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS
PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
Participação da população na formulação da 
política, no planejamento, na gestão, na 
execução e avaliação das ações de saúde.
Colegiados:
Conselhos de saúde em cada esfera de 
governo.
Conferências de saúde a cada 4 anos.
SUS – DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS
O QUE O SUS REALIZA?
Qualidade
de Vida
Sistema 
de Saúde 
Universal Força de
Trabalho
em Saúde
Promoção à Saúde 
e Ações 
Intersetoriais 
Qualificação 
da 
Gestão
Complexo 
Industrial e de
Inovação
Atenção à Saúde: 
Assistência e 
Vigilância 
Participação
e Controle 
Social
Cooperação
Internacional 
Cidadão
Saudável 
Favoretto, 2023
https://agendacapital.com.br/o-sus-pode-salvar-sua-vida-porem-o-proprio-sistema-tem-sintoma-de-estar-doente/
ORGANIZAÇÃO DO SUS 
EM NÍVEIS DE ATENÇÃO
NÍVEIS DE ATENÇÃO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE
• Estabelecidos pela Portaria 4.279 de 30 de dezembro de 2010
• Organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS
• Atenção Primária
• Atenção Especializada (níveis secundário e terciário)
APS COMO UM MODELO DE 
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE
• APS foi posicionada como um dos elementos da 
estrutura operacional de uma rede de atenção à 
saúde (RAS): centro comunicador e coordenador do 
cuidado.
• Partindo do centro, ela tem a responsabilidade de 
fazer a ponte entre os diferentes níveis e pontos de 
atenção, assim como integrar ao processo os 
sistemas logísticos e de apoio, garantindo a 
integralidade de sua atenção.
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
STARFIELD, 1998
• “atenção essencial à saúde baseada em tecnologia e métodos práticos, cientificamente 
comprovados e socialmente aceitos, tornados universalmente acessíveis a indivíduos e 
famílias na comunidade, a um custo que tanto a comunidade quanto o país possa arcar em 
cada estágio de seu desenvolvimento. É parte integral do sistema de saúde do país, do qual 
é função central, sendo o enfoque principal do desenvolvimento social e econômico global da 
comunidade. É o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com 
o sistema nacional de saúde, levando a atenção à saúde o mais próximo possível do local 
onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo de 
atenção continuada à saúde”
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
• “[...] atenção de primeiro contato,

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