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SAÚDE DOS HOMENS Módulo de Acolhimento e Avaliação Projeto Mais Médicos para o Brasil 31° Ciclo do PMMB Epidemiologia – mortalidade infan1l • Mundo OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Apresentar Polí.ca Nacional de Atenção Integral à Saúde dos Homens • Compreender e refle.r sobre à saúde do homem e suas especificidades na população do Brasil • Discu.r o paradoxo: os homens são os que mais morrem por homicidio , bem como os que mais cometem homicidio • Apresentar e discu.r sobre as principais queixas e morbidades que acometem a população masculina brasileira e seu manejo na APS • Apresentar e discu.r a abordagem à saúde mental dos homens nos territórios em nível da APS De quem estamos falando? Dados demográficos População Masculina 103,9 milhões População alvo: 20 a 59 anos Censo 2010 56 milhões = 27 % do total e 55% da população masculina População Feminina 108,7 milhões Censo Demográfico IBGE 2022/2023 203 milhões, 62 mil e 512 pessoas Masculinidades e Gênero • Masculinidades: termo u0lizado para contemplar as formas de representar o masculino – varia de acordo com o contexto cultural e época; • Atenção aos estereó0pos de gênero; • Saúde do homem indígena – diversidade de etnias e contexto. (Desenvolver competência cultural para iden0ficar a iden0dade de gênero de cada comunidade indígena) Contexto histórico • Séc XX: campanhas contra alcoolismo e contra “doenças venéreas” (bares e bordéis); • 1930-1940: proposto o campo da Andrologia (mais tarde descartado), definida como a “ciência dos problemas sexuais masculinos’; • 1970: Modelos de masculinidade hegemônica x agravos na saúde do homem; • 1994: Conferencia Internacional sobre População e Desenvolvimento – Egito; • 1995: IV Conferencia Mundial sobre a Mulher, em Pequim, que aponta a necessidade de incluir os homens e suas espeficidades nas polí2cas de saude. Os estudos sobre saúde dos homens surgem a partir das análises sobre gênero e sexualidade Dados Epidemiológicos Números de homicidio, morte no transito e suicidio no Brasil em homens entre 1980 a 2018 As principais vítimas de homicídio são os homens, muito mais do que as mulheres. Os homens também são mais frequentemente vítimas de morte por acidente no trânsito e de suicídio do que as mulheres. As principais vítimas de homicídios, além de homens, são também jovens de 20 a 29 anos. Fonte: Fiocruz: Mortes por Causas Externas no Brasil, 2021 Dados Epidemiológicos Taxa de homicidio por 100 mil hab. em homens e mulheres de 20 a 29 anos de idade no Brasil, entre 1980 a 2018. É importante realçar que as taxas de homicídio no Brasil, entre mulheres, permaneceram praticamente constantes no período analisado, mesmo em locais onde as taxas entre os homens mudaram drasticamente, até em direções opostas Fonte: Fiocruz: Mortes por Causas Externas no Brasil, 2021 Os homens são os que mais morrem por homicidio , bem como os que mais cometem homicidio Dados Epidemiológicos Taxa de mortes por acidentes no transito por 100 mil hab. em homens e mulheres de 20 a 29 anos no Brasil, entre 1980 a 2018. Chama a atenção a grande similaridade entre os grupos demográficos envolvidos em homicídio e morte no trânsito, a tal ponto que podemos entender esses dois tipos de mortes como consequências da “síndrome do macho jovem”. Fonte: Fiocruz: Mortes por Causas Externas no Brasil, 2021 A população que mais morre por homicídios são homens jovens e NEGROS Raewyn Connell: Teoria das masculinidades hegemônicas - A masculinidade seria um fenômeno existente no campo das prá9cas, ações, experiências e fazeres em sua efe9vidade social. Nesse sen9do os processos de hierarquização, violência e exclusões de gênero ocorreriam a par9r das prá9cas sociais econômicas e historicamente delimitadas que legi9mariam posições sexuadas de superioridade e inferioridade. Judith Butler: Teoria Queer - afirma que a orientação sexual e a iden9dade de gênero dos indivíduos são o resultado de uma construção social. MASCULINIDADE https://www.seer.ufal.br/index.php/criticahistorica/article/view/11245 Dados Epidemiológicos Taxa de suicidio por 100 mil hab. em homens e mulheres de 20 a 29 e 60 a 69 anos no Brasil, entre 1980 a 2018. As mulheres, como de costume, apresentaram taxas estáveis, baixas e similares no Brasil como um todo . Fonte: Fiocruz: Mortes por Causas Externas no Brasil, 2021 Por que os homens adoecem e morrem mais do que as mulheres? üAcham que nunca irão adoecer, por isso não se cuidam. üGeralmente tem medo de descobrir doenças. üEstão envolvidos na maioria das situações de violência. üNão seguem tratamentos e recomendações. üNão procuram os serviços de saúde. üEstão mais expostos a acidentes de transito e de trabalho. üUtilzam álcool e outras drogas com maior frequência. Reflita: Como os padrões de masculinidade afetam as condições de saúde dos homens? Por que os homens adoecem e morrem mais do que as mulheres? Ø A população masculina, de modo geral, demonstra ter maior preocupação com o trabalho do que com a própria saúde e prefere trabalhar doente a faltar ao trabalho, pois o mesmo precisa garantir o sustento da casa. https://bdm.unb.br/bitstream/10483/30950/1/2021_VitorAlvesDosReis_tcc.pdf Ø A mo9vação dos homens pela procura ao serviço ocorreu por ações de cunho cura9vo com predomínio de queixas agudas na qual as prá9cas preven9vas não fazem parte do co9diano. (Nogueira Silva, P.L., et al., 2021). https://www.revistanursing.com.br/index.php/revistanursing/article/download/1323/1521/3889 Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH) Acolhimento e Acesso Paternidade e Cuidado Doenças Prevalentes na população masculina Prevenção de violência Acidentes Saúde sexual e Reprodutiva Polí1ca Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem PNAISH tem como diretriz promover ações de saúde que contribuam significa.vamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e polí.co-econômicos, respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e .pos de gestão de Estados e Municípios. Obje<vo: ampliar e melhorar o acesso da população masculina adulta (20 a 59 anos) do Brasil aos serviços de saúde. Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem • Porque é histórico o desconhecimento sobre as peculiaridades de ser homem na sociedade; • Porque os homens morrem entre 5 a 7 anos mais cedo que as mulheres em diferentes culturas, com diferentes sistemas de saúde disponíveis; • O risco de homens morrerem por doenças crônicas não-transmissíveis, principalmente por doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crônicas, é de 40% a 50% maior em relação às mulheres; • Porque, na sua maioria, tais mortes são evitáveis à medida que costumam estar relacionadas a comportamentos adotados por corresponderem à estereó@po tradicional de masculinidade. • Porque os homens são muitas vezes (in)visíveis nos serviços de saúde, além de procurarem menos o atendimento. Plano de Ação da PNAISH • Elaborar estratégias para facilitar o acesso dos homens aos serviços de saúde. • Sensibilizar os homens e suas famílias, incentivando o autocuidado e hábitos saudáveis, através de ações de informação, educação e comunicação. • Associar as ações governamentais com as da sociedade civil organizada, a fim de efetivar a atenção integral à saúde do homem. • Fortalecer a atenção básica e melhorar o atendimento, a qualidade e a resolutividade dos serviços de saúde. Plano de ação da PNAISH • Desenvolver estratégias de educação permanente dos trabalhadores do SUS. • Avaliar e oferecer recursos humanos, equipamentos e insumos (incluindo medicamentos) para garan.r a atenção integral à população masculina. • Analisar de forma ar.culada com as demais áreas técnicas do MS os sistemas de informação. • Realizar estudos e pesquisas que contribuam para a melhoria das ações atravésdo monitoramento da Polí<ca. PNAISH – eixos temá1cos • Acesso e Acolhimento • Saúde Sexual e Saúde Reprodu.va • Paternidade e Cuidado • Doenças Prevalentes na População Masculina • Prevenção de Violências e Acidentes Eixos temáticos - Acesso e Acolhimento Obje.va reorganizar as ações de saúde, através de uma proposta inclusiva, na qual os homens considerem os serviços de saúde também como espaços masculinos e, por sua vez, os serviços reconheçam os homens como sujeitos que necessitam de cuidados. Eixos temáticos - Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva Busca sensibilizar gestores, profissionais de saúde e a população em geral para reconhecer os homens como sujeitos de direitos sexuais e reprodutivos, os envolvendo nas ações voltadas a esse fim e implementando estratégias para aproximá-los desta temática, lembrando também sobre importancia da prevenção de ISTs. Prevenção de ISTs Orientações/comunicação empá<ca ● Medidas preven.vas / dupla prevenção / prevenção combinada ● Comportamento de risco ● Comunicação da parceria Exames laboratoriais ● Testes rápidos / sorologias Sífilis, HIV e hepa.tes B e C. Sintomas ● Feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, ● Dor pélvica, ● Ardência ao urinar / corrimento uretral ● Lesões de pele ● Adenopa.as (ínguas) Eixos temáticos - Paternidade e cuidado Obje.va sensibilizar gestores, profissionais de saúde e a população em geral sobre os beneccios do envolvimento a<vo dos homens com em todas as fases da gestação e nas ações de cuidado com seus filhos, destacando como esta par.cipação pode trazer saúde, bem-estar e fortalecimento de vínculos saudáveis entre crianças, homens e suas parceiras. Paternidade e Cuidado Desafios • Envolver e engajar os homens nas tarefas de cuidado (referentes ao cuidado com as crianças e cuidado de outros nas configurações familiares) - empoderamento dos homens e das mulheres, maior equidade de gênero e distribuição dos papéis • Inserir o homem na lógica dos serviços e na ESF/AB, no pré-natal, parto e puerpério – conexão, afeto e vínculo • Compreender o “cuidar” não apenas como uma qualidade feminina – todos ganham Lei do Acompanhante (Lei Federal nº 11.108, de 07 de abril de 2005) - Indicado pela gestante, o pai do bebê, o parceiro atual, a mãe, um(a) amigo(a), ou outra pessoa que a gestante escolher. Paternidade e Cuidado Ferramentas Educacionais Eixos temá*cos - Doenças prevalentes na população masculina Busca fortalecer a assistência básica no cuidado à saúde dos homens, facilitando e garantindo o acesso e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco das doenças cronicas e dos agravos à saúde. Eixos temáticos -Prevenção de Violências e Acidentes Visa propor e/ou desenvolver ações que chamem atenção para a grave e contundente relação entre a população masculina e as violências (em especial a violência urbana) e acidentes, sensibilizando a população em geral e os profissionais de saúde sobre o tema. Saúde Mental Triagem depressão e ideação suicida A sensibilização das pessoas para os perigos da depressão e seus efeitos clínicos e sociais permite a idenDficação precoce e possibilidade de tratamento nas unidades de saúde. Manifestações comuns de depressão • Irritabilidade e agressividade devido a cultura machista, que interplela o homem a não chorar • Múl0plos sintomas 5sicos persistentes sem causa evidente; • Baixa energia, fadiga, cansaço, problemas do sono; • Tristeza ou depressão do humor persistente, ansiedade; • Perda de interesse ou prazer em a9vidades que antes eram prazerosas; • Alterações cogni0vas, na agilidade de raciocínio, na memória e na capacidade de tomar decisões • Pensamentos nega9vos, pessimismo exagerado; Caso o paciente apresente algum dos sintomas acima, deve ser realizada pelo profissional de saúde, a iden0ficação de risco de depressão aplicando o ques0onário PHQ-2, composto por duas questões (pode ser aplicado por qualquer profissional de saúde): Triagem depressão e ideação suicida https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/depressao/unidade-hospitalar-especializada/vigilancia-saude/ Sugestão de video para o intervalo Saúde Mental e Gênero https://www.youtube.com/watch?v=-EQmuYAMOTk “Saúde mental e gênero” (Profa Valeska Zanello) https://www.youtube.com/watch?v=-EQmuYAMOTk Ques<onário PHQ-2 https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/depressao/unidade-hospitalar-especializada/vigilancia-saude/ SINAIS DE ALERTA Triagem depressão e ideação suicida ● O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos duas semanas. ● Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança. ● Expressão de ideias ou de intenções suicidas. ● Isolamento. ● Outros fatores: Exposição ao agrotóxico, perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, conflitos familiares, perda de um ente querido, doenças crônicas, dolorosas e/ou incapacitantes. Alcoolismo • Alcoolismo afeta cerca de 5% das mulheres e 15% dos homens na população brasileira acima de 15 anos de idade e na maioria dos países ocidentais. • Prevalência de consumo abusivo de álcool é superior entre os homens em relação às mulheres. • Impacto na saúde, vida social, relações familiares. Alcoolismo Vigitel, 2006-2020 Percentual de adultos (≥18 anos) que, nos úl=mos 30 dias, consumiram quatro ou mais doses (mulher) ou cinco ou mais doses (homem) de bebida alcoólica em uma mesma ocasião, no conjunto das capitais de estados brasileiros e no Distrito Federal, por sexo, entre 2006 a 2020. Uso de álcool e outras drogas • A prevalência do uso de álcool na população brasileira é de 21,3% maior entre os homens que entre as mulheres. • Um em cada 4 homens que fazem uso de álcool se tornam dependentes, ao passo que uma em cada 10 mulheres usuárias de álcool se torna dependente. • Os homens são maioria entre os usuários de solventes (10,3% x 3,3%). Prevalência geral de menos de 1% da população. Fonte: IBGE 2020 Uso de álcool e outras drogas Estratégias de cuidado em saúde Fortalecer redes de apoio Estimular relações de co- dependência diversas pode contribuir com a saída da dependência química. Tentar visitas domiciliares, reuniões de equipe, discussões de caso com outros pontos da rede. Valorizar a autonomia Só re9rar a droga não modifica a relação da pessoa com a droga. Articular o cuidado em rede Matriciamento discussão pelo Telessaúde. Referência e contra- referência para CAPS Ad. Questionário AUDIT Ques1onário CAGE Tabagismo na população acima de 18 anos no Brasil entre 1989 e 2019 Fonte: INCA 2023 O percentual de adultos fumantes no Brasil vem apresentando uma expressiva queda nas úl9mas décadas em função das inúmeras ações desenvolvidas pela Polí9ca Nacional de Controle do Tabaco. Em 1989, 34,8% da população acima de 18 anos era fumante. Os dados mais recentes do ano de 2019, a par9r da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) apontam o percentual total de adultos fumantes em 12,6 %. Acidentes e violência A prevalência de violência entre os homens tem relação com a concepção de masculinidade? • 76% das internações por lesões, envenenamento e algumas outras consequências de causas externas são em homens. • 68% das mortes de 20 e 59 anos são em homens. • A cada 5 pessoas que morrem entre 20 e 30 anos, 4 são homens. Fonte: saude.gov.br/homem 2021 Acidentes e violência Acidentes e violência A mortalidade por acidentes de trabalho no Brasil, embora estável, é alta e a0nge mais alguns grupos populacionais: homens, negros, índios e pessoas com baixa escolaridade, além de ter maior incidência nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Maior risco entre homens A maioria das mortes por acidentes ocorre entre homens, de 20 a 59 anos idade produtiva e com baixo nível de escolaridade. A mortalidade entre os homens“é consideravelmente superior” em todas as regiões. Varia de 2,95 a 7,77 a cada 100 mil trabalhadores, enquanto entre as trabalhadoras vai de 0,35 a 1,17. Fonte: Fundacentro -2022 Principais causas de morbidade da população masculina • Lesões, envenenamento e algumas outras consequências de causas externas. • Doenças do aparelho digestivo. • Doenças do aparelho circulatório. • Algumas doenças infecciosas e parasitárias. • Doenças do aparelho respiratório. *Morbidade masculina na faixa etária de 20 a 59 anos em 2015 Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) Principais causas de mortalidade da população masculina • Causas externas de morbidade e mortalidade. • Doenças do aparelho circulatório. • Neoplasias (tumores). • Doenças do aparelho digesavo. • Algumas doenças infecciosas e parasitárias. Mortalidade masculina na faixa etária de 20 a 59 anos em 2014 Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) E o câncer de próstata? NÃO ESTÁ INDICADO RASTREAMENTO DE CA PRÓSTATA Câncer de próstata: prevenção • Ter uma alimentação saudável. • Manter o peso corporal adequado. • Praticar atividade física. • Não fumar. • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Câncer de próstata: Causas ainda desconhecidas, relacionadas com: • Idade (quanto mais velho maior a probabilidade), • Hormônio (testosterona), • Histórico familiar, • Raça (maior incidência no homem negro), • Alimentação (dieta rica em gorduras e pobre em vegetais e frutas). Câncer de próstata: sinais e sintomas • Dificuldade de urinar; • Demora em começar e terminar de urinar; • Sangue na urina; • Diminuição do jato de urina; • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Câncer de próstata:Impacto provocado pelo câncer de próstata e pelo tratamento. Referências BRASIL. Guia de Saúde do Homem para Agente Comunitário de Saúde (ACS) /Angelita Herrmann, Cicero Ayrton Brito Sampaio, Eduardo Schwarz Chakora, Élida Maria Rodrigues de Moraes, Francisco Norberto Moreira da Silva, Julianna Godinho Dale Coutinho. - Rio de Janeiro: Ministério da Saúde, 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: princípios e diretrizes. Brasília, DF, 2008. BRASIl. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Detecção precoce do câncer / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro : INCA, 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Saúde do homem. . Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-do-homem. 2021. Acesso em: 14 out. 2023. Gratidão OBRIGADO(A)! COORDENAÇÃO GERAL FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES NILSON MASSAKAZU ANDO POLO SÃO PAULO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA GUSTAVO EMANUEL FARIAS GONÇALVES MARIANA TOMASI SCARDUA SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARIZÉLIA GOIS MONTEIRO DANIEL DE MEDEIROS GONZAGA APOIO INSTITUCIONAL DO MEC MÁRCIA CRISTINA NÉSPOLI ANDO JONAS NERIS FILHO POLO SALVADOR COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARINA ABREU CORRADI CRUZ SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CLARISSA SANTOS LAGES APOIO INTITUCIONAL DO MEC JOÃO PEREIRA DE LIMA NETO POLO BELO HORIZONTE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA JULIANA MACHADO DE CARVALHO AUGUSTO CEZAR DAL CHIAVÓN APOIO INTITUCIONAL DO MEC LILIAN PATRÍCIA SILVA DE SOUZA MINISTRO DA EDUCAÇÃO CAMILO SOBREIRA DE SANTANA SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR DENISE PIRES DE CARVALHO DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE GISELE VIANA PIRES COORDENADOR GERAL DE EXPANSÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES REFERÊNCIAS CENTRAIS DO MEC/PMMB ANA LUÍSA DOS SANTOS AZEVEDO ANA LUIZA FEITOZA NEVES SANTOS COSTA GABRIELA CARVALHO DA ROCHA HUMBERTO BATISTA BORGES DA SILVEIRA LEONARDO SOUSA ARAÚJO LUCAS DE SOUZA PORFIRIO MAÉZIA MARIA MEDEIROS COSTA MIGUEL TATIANA RIBEIRO DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT) Módulo de Acolhimento e Avaliação Projeto Mais Médicos para o Brasil 31° Ciclo do PMMB OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Compreender a Carga das DCNT no Brasil e discutir a epidemiologia • Apresentar e discutir o cuidado efetivo, promoção de saúde e prevenção de eventos cardiovasculares às pessoas com DCNT • Conhecer a discutir a abordagem na hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia, diabetes mellitus (DM), obesidade, doença renal crônica (DRC), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) • As DCNT são responsáveis pela maior carga de morbimortalidade no mundo, acarretando perda de qualidade de vida, limitações, incapacidades, além de alta taxa de mortalidade prematura (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2011. • As DCNT foram responsáveis por cerca de 70% das mortes ocorridas globalmente em 2019. • Esse grupo de doenças crônicas têm quatro fatores de risco modificáveis em comum: • As taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas estão diminuindo CONTROLE DO TABAGISMO AUMENTO DA COBERTURA DA ESF MUDANÇAS DESFAVORÁVEIS NA DIETA E NA ATIVIDADE FÍSICA. Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) • A prevalência de diabetes e hipertensão está aumentando, junto com a prevalência de obesidade Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021 Conhecer a carga das DCNTs no Brasil • Em 2016, doença cardíaca isquêmica foi a principal causa de anos de vida perdidos, seguido de violência interpessoal. • Os principais fatores de risco para anos vividos com incapacidades foram: uso de álcool e outras drogas, HAS e obesidade. Compreender o modelo efetivo de cuidado às pessoas com DCNT Promover saúde, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com HAS, Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2 Prevenção primária • É a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica. ü Melhores condições socioeconômicas gerais; ü Leis contra tabagismo, alcoolismo, fast-food e consumismo infantil; ü Mais espaços públicos para a prática de atividades físicas e lazer (ex.: parques e praças verdes, ciclovias, quadras poliesportivas); ü Mais opções culturais variadas (teatro, cinema, biblioteca, exposições, feiras, festivais, shows) e acessíveis em todas as partes das cidades; ü Mais acesso a alimentos in natura a preços acessíves em toda a cidade; ü Mais segurança cidadã em toda a cidade. Prevenção primária ü Perder peso; ü Usar dieta DASH; ü Reduzir uso de sal; ü Praticar atividade física; ü Reduzir uso do álcool; ü Cessar tabagismo. • Hábitos de vida saudáveis são a base do tratamento das DCNT, sobre a qual pode ser acrescido – ou não – o tratamento farmacológico Prevenção primária ü Faça de alimentos in natura ou minimamente processados a base da sua alimentação ü Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias ü Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os em pequenas quantidades ü Evite alimentos ultraprocessados Trabalhe colaborativamente com o/a nutricionista de sua UBS! • Orientações alimentares: Regras de ouro Fo nt e: G ui a Al im en ta r p ar a a Po pu la çã o Br as ile ira (2 01 4) Prevenção primária - orientações alimentares e competência cultural Fonte:Guia Alimentar para a População Brasileira (2014) Prevenção primária ü Antes de iniciar a prática de atividade física, é necessário avaliar as condições atuais do paciente, o controle metabólico, o potencial para o autocuidado e avaliar complicações. ü Para que o exercício aeróbico reflita na melhora do controle glicêmico, mantenha ou diminua o peso e reduza os riscos de doença cardiovascular, deve ser realizado de forma regular, com um total de 150 minutos/semana, distribuídos em três dias por semana, não mais de dois dias consecutivos [Grau de Recomendação B]. Trabalhe colaborativamente com o Educador Físico do NASF de sua UBS Incentivo para atividade física Fo nt e: G ui a de A tiv id ad e Fí sic a pa ra a P op ul aç ão B ra sil ei ra Prevenção primária “É importante que você lembre que a prática de atividade física não depende somente de uma decisão pessoal. Existem diversos fatores individuais, coletivos, ambientais, culturais, econômicos e políticos que facilitam ou dificultam que você tenha uma vida mais ativa. Você já refletiu sobre como esses fatores podem afetar a sua comunidade?” Incentivo para atividade física Fonte: Guia de Atividade Física para a População Brasileira Prevenção primária ü Segundo a SBC "Indivíduos assintomáticos e sem fatores de risco cardiovascular podem ser liberados sem a necessidade de exame." ü Sugere-se que pacientes hipertensos com níveis de PA mais elevados ou que tenham mais de 3 fatores de risco cardiovascular, diabetes, lesão de órgão-alvo ou cardiopatias façam um teste ergométrico antes de realizar exercícios físicos em intensidade moderada. Incentivo para atividade física Linha de Cuidado do ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021 • Abordagens dos 5 As para promoção da atividade física • Indicação de teste ergométrico prévio: ü Mulheres > 55 anos e homens > 45 anos com fatores de risco para DCV; ü DM tipo 1 de duração > 15 anos, DM tipo 2 > 10 anos ou pessoa > 35 anos; ü Doença vascular periférica; neuropatia autonômica. Avaliar Aconselhar Acordar / negociar Apoiar Acompanhar Prevenção primária Incentivo para atividade física Prevenção secundária - Rastreamento Hipertensão Arterial Sistêmica Adultos de baixo RCV acima de 18 anos, após uma medida normal, rastrear a cada 3 ou 5 anos. Adultos maiores de 40 anos e/ou com medida de pré-hipertensão, e/ou com risco cardiovascular intermediário ou alto, rastrear anualmente. Adulto com idade ≥ 18 anos, quando presente na Unidade de Atenção Primária para consulta, atividades educativas, procedimentos, entre outros; se não houver registro no prontuário de ao menos uma verificação da PA nos últimos dois anos, verificar e registrar a PA. O rastreamento deve ser realizado por toda a equipe multidisciplinar. A USPSTF recomenda a obtenção de medidas de pressão arterial fora do ambiente clínico para confirmação diagnóstica antes de iniciar o tratamento. Ações para detecção e tratamento precoce das doenças, muitas vezes antes de os sintomas surgirem, reduzindo assim as consequências sérias Prevenção secundária - Rastreamento Dislipidemia Homens com 35 anos ou mais Grau A // Homens de 20 a 35 anos com alto risco Grau B; Mulheres com 45 anos ou mais Grau A // Mulheres de 20 a 45 anos com alto risco Grau B; Intervalo de 5 anos para pessoas com resultados normais a depender do risco cardiovascular. • Diabetes Mellitus tipo 2 e pré-diabetes em adultos assintomáticos Idade a partir de 45 anos Sobrepeso ou obesidade. Mais um fator de risco dentre os seguintes: Prevenção secundária – Rastreamento Diretriz SBD 2023 DM e pré-diabetes DEVE SER CONSIDERADO rastreio em intervalos de, no mínimo, três anos Em adultos com exames normais, porém mais de um fator de risco para DM2, DEVE SER CONSIDERADO repetir o rastreamento laboratorial em intervalo não superior a 12 meses Promover, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com HAS, Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2 HIPERTENSÃO ARTERIAL • O objetivo é determinar o risco global de um indivíduo entre 30 e 74 anos de desenvolver DCV em geral nos próximos 10 anos Rastreamento do Risco Cardiovascular Esteja ciente de que todas as ferramentas de avaliação de risco de DCV podem fornecer apenas um valor aproximado para o risco de DCV. A interpretação dos escores deve sempre refletir o julgamento clínico individualizado • Anamnese, exame clínico e exames complementares quando indicados Risco Cardiovascular Idade, Sexo, Colesterol Total, Tabagismo, HDL–C, PAS Rastreamento do Risco Cardiovascular (RCV) • A estratificação do risco cardiovascular pelo escore de Framingham, serve como uma ferramenta para definir os parâmetros de cuidado e também os critérios relacionados à periodicidade de acompanhamento das pessoas com HAS pela equipe • Avalia-se: • Tem como objetivo identificar indivíduos que estão em maior risco de desenvolver doenças cardíacas e, assim, direcionar estratégias de prevenção e tratamento adequadas. Rastreamento do RCV - Framingham : Rastreamento do Risco Cardiovascular (RCV) Estratificação de risco global do paciente hipertenso HAS – Impactos na saúde da população brasileira ü Os números que definem a HAS são arbitrários, mas se caracterizam como valores em que os benefícios do tratamento (não medicamentoso e/ou medicamentoso) superam os riscos. ü A HAS é uma condição multifatorial (genética, meio ambiente, hábitos de vida e fatores socioeconômicos). ü A HAS é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e renais. ü A HAS tem alta prevalência, é de fácil diagnóstico e possui tratamento adequado, mas é de difícil controle pela baixa adesão. ü A prevenção da HAS é custo-efetiva e o melhor caminho para a diminuição da morbimortalidade cardiovascular. HAS - Diagnóstico em adultos com mais de 18 anos • Elevação persistente da PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva v Atentar para estresse físico e emocional • MRPA (Medida Residencial da Pressão Arterial) • 3 medidas pela manhã, antes do desjejum e da tomada de medicamento, e 3 à noite, antes do jantar, durante 5 dias, ou • 2 medidas pela manhã e à noite durante 7 dias. • MAPA (Medida Ambulatorial da Pressão Arterial) HAS - Diagnóstico em adultos com mais de 18 anos Sempre que possível, o diagnóstico de HAS deve ser estabelecido em mais de uma visita médica: • de 2 a 3 visitas, com intervalos de 1 a 4 semanas entre elas (dependendo do nível de pressão); • o diagnóstico pode ser definido em uma única visita se a PA do paciente estiver maior ou igual a 180/110 mmHg e houver evidência de doença cardiovascular. Observar técnica correta para mensuração da PA • O paciente deve sentar-se confortavelmente em um ambiente silencioso por 5 minutos, antes de iniciar as medições da PA. Explique o procedimento ao indivíduo e oriente a não conversar durante a medição. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do procedimento. • Certifique-se de que o paciente NÃO: ü Está com a bexiga cheia; ü Praticou exercícios físicos há, pelo menos, 60 minutos; ü Ingeriu bebidas alcoólicas, e/ou café; ü Fumou nos 30 minutos anteriores. HAS – Classificação da PA de acordo com a medição no consultório a partir de 18 anos de idade HA: hipertensão arterial; PA: pressão arterial; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica. *A classificação é definida de acordo com a PA no consultório e pelo nível mais elevado de PA, sistólica ou diastólica. **A HA sistólica isolada, caracterizada pela PAS ≥ 140 mmHg e PAD <90 mmHg, é classificada em 1, 2 ou 3, de acordo com os valores da PAS nos intervalos indicados. ***A HA diastólica isolada, caracterizada pela PAS < 140 mmHg e PAD ≥ 90mmHg, é classificada em 1, 2 ou 3, de acordo com os valores da PAD nos intervalosindicados. HAS – Diagnóstico em adultos com mais de 18 anos HAS – Diagnóstico em adultos com mais de 18 anos HAS – Classificação e Diagnóstico • Hipertensão primária; • Hipertensão secundária; ü Suspeitar de HAS com início em pessoas com menos de 30 ou mais de 50 anos; ü Prevalência: 5-10% da população com diagnóstico de Hipertensão; ü Na suspeita, sempre investigar. HAS - Avaliação individualizada v História clínica • Dispnéia, dor torácica, palpitações, acuidade visual; • Hábitos de vida: uso de sal, álcool, tabaco, sedentarismo; • História familiar: antecedentes de IAM (infarto agudo do miocárdio) e AVE (acidente vascular encefálico); • Aspectos socioeconômicos; • Uso medicamentos (ex.: anti-inflamatórios, ACO, anorexígenos [sibutramina], descongestionantes nasais). v Exame físico • Antropometria: IMC, circunferência abdominal - 88 cm para mulheres e 102 cm para homens; • Dados vitais –PA nos dois membros superiores na primeira avaliação e FC (frequência cardíaca); • Inspeção: fácies e aspectos sugestivos de hipertensão secundária; • Pescoço: palpação e ausculta das artérias carótidas, verificação de turgência jugular e palpação de tireoide. Exame do precórdio e ausculta cardíaca: arritmia, sopros, B3, B4. • Exame do pulmão: ausculta de estertores, roncos e sibilos. • Exame do abdome: a ausculta de sopros em área renal objetivam detectar hipertensão secundária a obstrução de artérias renais. • Extremidades: avaliar pulsos. HAS - Avaliação individualizada v Rotina complementar mínima • Glicemia; • Colesterol total, HDL, LDL, triglicérides; • Creatinina / Urina tipo I; • Potássio; • ECG (eletrocardiograma); • Fundoscopia (encaminhar ao oftalmologista). • * FREQUÊNCIA ANUAL HAS - Avaliação individualizada 1. Sobrecarga de ventrículo E em ECG; 2. Ecocardiograma com índice de massa ventricular ≥ 116 g/m2 nos homens ou ≥ 96 g/m2 nas mulheres; 3. Índice tornozelo-braqual > 0,9; 4. Doença renal crônica estágio 3; 5. Albuminúria entre 30 e 300mg/24h ou relação albumina/creatinina urinária entre 30 e 300mg/g. Lesões de órgãos-alvo - parâmetros Lesões de órgãos-alvo 1. AVE (acidente vascular encefálico) e AIT (ataque isquêmico transitório); 2. IAM (infarto agudo do miocárdio), DAC (doença arterial coronariana), DAOP (doença arterial obstrutiva periférica); 3. HVE (hipertrofia do ventrículo esquerdo); 4. Nefropatia; 5. Retinopatia; 6. Aneurisma de aorta abdominal; 7. Estenose de carótica sintomática. Manejo Terapêutico – metas pressóricas LEMBRE: em idosos hígidos, a meta pressórica é determinada pela funcionalidade. Em idosos saudáveis, PAS entre 130 e 139 e a PAD entre 70 e 79mmHG. Em idosos frágeis, PAS entre 140 e 149 e a PAD entre 70 e 79mmHg. Manejo Terapêutico Linha de Cuidado do ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021 v Medidas não farmacológicas Manejo Terapêutico Linha de Cuidado do ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021 Manejo Terapêutico Linha de Cuidado do ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021 Manejo Terapêutico Linha de Cuidado do ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021 Manejo Terapêutico • Todos os medicamentos anti-hipertensivos disponíveis podem ser utilizados desde que sejam observadas as indicações e contraindicações específicas; • Em estágios menos avançados de hipertensão, quase metade dos pacientes respondem à monoterapia; • Se paciente não atingir as metas terapêuticas, aumentar a dose do fármaco ou associar outro anti-hipertensivo; • Em pacientes que apresentam efeitos colaterais intoleráveis, trocar a medicação ou a combinação dos fármacos. Manejo Terapêutico v Medidas farmacológicas • medicação que demonstre redução de morbi mortalidade; • seja efetiva VO; • seja bem tolerada; • necessite ser tomada o menor número de vezes por dia; • possa ser iniciada por doses baixas; • possa ser utilizada em associação; • possa ser usada até 4 semana sem mudança, exceto situações especiais; • ter qualidade controlada em sua produção; • ter disponibilidade na rede do SUS. Manejo Terapêutico v Para indicar a medicação anti HAS prefira: Manejo Terapêutico Manejo Terapêutico Manejo Terapêutico Linha de Cuidado do ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021 Manejo Terapêutico Fluxograma para tratamento da HAS Indicações das classes medicamentosas Acompanhamento Caso não tenha atingido a meta, deve-se: ü Avaliar adesão terapêutica/ observar a técnica de verificação da PA e equipamento; ü Aumentar a dose do fármaco já usado; ü OU adicionar outro fármaco; ü OU substituir o fármaco, se não houver efeito ou haja efeitos indesejados. Depois de iniciar tratamento medicamentoso: ü Verificação semanal da PA até a consulta médica de reavaliação com 30 dias Linha de Cuidado do ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021 Acompanhamento Adesão medicamentosa Nefrologia e/ou Cardiologia: • Suspeita de hipertensão secundária; • Hipertensão refratária (= uso de três antihipertensivos, sendo um deles diurético, sem controle da PA). O que escrever no relatório de encaminhamento: • Sinais e sintomas, medicações em uso com dose, medida da PA, alterações dos exames complementares, se houver, avaliação da adesão, número da teleconsultoria (se caso tiver sido discutido no Telessaúde); • Classificar o risco adequadamente. Telessaúde: 0800 6446543 Critérios de encaminhamento Título • Texto Caso clínico Dona Maria, preta, 55 anos, hipertensa há 6 anos, chega à unidade sendo acolhida pela enfermeira, relatando estar ansiosa e preocupada com a pressão, que acredita estar elevada pois está sentindo dor de cabeça leve a moderada. Refere uso regular do anti-hipertensivo Enalapril 20mg de 12/12hs. Cefaléia sem sinais de alarme, nega outros sintomas associados. Medida de PA: 180 x 90mmHg. A enfermagem solicita atendimento da médica devido ao fato da pressão estar alta. 1 Lista de problemas • Hipótese diagnóstica; • doenças crônicas; • e problemas. 2 Qual a Abordagem? • Anamnese dirigida; • Exame físico dirigido; Caso clínico 3 Qual seu plano? • Exames complementares; • Tratamento farmacológico; e não- farmacológico (orientações); • Atestado? Urgências e emergências hipertensivas Pseudocrises hipertensivas: • São situações nas quais o aumento acentuado da PA é desencadeado por dor (cefaléia, cólica), desconforto (tonturas, mal-estar), ansiedade ou por associação desses fatores • Grupo de pessoas responsável pela maior procura por um atendimento de urgência com PA acentuadamente elevada. Crises hipertensivas: • Quando há risco de desenvolvimento de alguma complicação clínica associada ao aumento abrupto dos níveis pressóricos. Urgências e emergências hipertensivas Urgências hipertensivas: • Quando há elevação importante da pressão arterial, em geral PAD> ou = 120 mmHg, com condição clinica estável , sem compromesmento de órgãos alvo, mas que existe risco potencial de lesão aguda de órgão alvo. Deve proceder o controle pressórico de forma menos intensa que nas emergências, podendo se estabelecer esse controle em até 24h, com medicações por via oral. Emergências hipertensivas: • São situações em que ocorre progressiva lesão aguda de órgãos alvo e risco iminente de morte, que necessitam de redução imediata da PA (não necessariamente para níveis normais). Tais emergências devem ser tratadas preferencialmente com agentes anshipertensivos parenterais em unidades de urgência. Urgências e emergências hipertensivas – manejo inicial Pacientes COM lesão em órgão-alvo • Definida a necessidade de tratamento endovenoso e monitorização contínua, acionar o Serviço de Atendimento Móvel/SAMU (192) para transferência até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA)/emergência de unidade hospitalar, conforme regulação local. Pacientes SEM lesão de órgão-alvo • Reduzir gradualmente a PA; • Realizar acompanhamento ambulatorial precoce (em até 7 dias). Urgências e emergências hipertensivas – manejo inicial Linha de Cuidadodo ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021 Urgências e emergências hipertensivas – manejo inicial Metas TerapêuGcas • Objesvo de redução a PA de pelo menos 20 mmHg na PA sistólica e 10 mmHg na PA diastólica, idealmente reduzir a PA para menos de 140/90 mmHg. Ó\mo • < 65 anos: Objesvo de PA < 130/80 mmHg se tolerado (manter PA > 120/70 mmHg); • ≥ 65 anos: Objesvo de PA < 140/90 mmHg se tolerado, considerer individualmente o contexto de fragilidade individual, grau de independência e tolerabilidade (manter PA > 120/70 mmHg). Promover, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com HAS, Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2 Dislipidemias Rastreio de Dislipidemia Indicações: • Homens com 35 anos ou mais – Grau A; • Homens de 20 a 35 anos com alto risco – Grau B; • Mulheres com 45 anos ou mais – Grau A; • Mulheres de 20 a 45 quando se enquadrarem como alto risco – Grau B. Periodicidade: O intervalo adequado para rastreamento é incerto. Recomenda-se a cada 5 anos para pessoas com resultados normais; podendo ser em um intervalo maior ou menor, a depender do risco cardiovascular. Rastreio de Dislipidemia • Devem ser rastreados os níveis de colesterol de todos os pacientes com DAC, bem como os equivalentes coronarianos (outras formas clínicas de aterosclerose), tais como: Diagnóstico • LDL-c ≥ 160mg/dL – Hipercolesterolemia Isolada • TG ≥ 150mg/dL– Hipertrigliceridemia isolada • LDL-c ≥ 160mg/dL + TG ≥ 150mg/dL – Hiperlipidemia mista • HDL-c ≤ 50mg/dL (mulheres) ou 40mg/dL (homens) – HDL baixo Diagnóstico Medicações que interferem na avaliação do perfil lipídico • Ansagregantes plaquetários e anscoagulants (clopidogrel) • Ans-hipertensivos (diuréscos, betabloqueadores e iECA) • Glicocorscoides (prednisone e prednisolona) • Ansmicrobianos (cetoconazol, neomicina) • Ansepilépscos (carbamazepina) • Anspsicóscos (clorpromazina, olanzapina, clozapina, risperidona) • Hormônios (levosroxina e contracepsvos orais) • Imunossupressor (ciclosporina) • Isotresnoína • Hipoglicemiantes (linaglipsna) • Ansrretrovirais (lopinavir, ritonavir) Manejo Clínico Dislipidemias v Sempre de acordo com a avaliação de risco cardiovascular Manejo Clínico na Atenção Básica Sinvastatina – 40 a 80mg/dia, em 1 tomada à noite; Hipertrigliceridemia: 500mg/dL (se não resposta à MEV) ou >1000mg/dL; Considerar fibrato se TG > 500mg/dl, pelo risco de pancreatite aguda. • Benzafibrato–400 a 600mg/dia; • Ciprofibrato–100mg/dia; Solicitar TGO, TGP e CPK de forma regular enquanto se usar estatina; Até entrar na meta, solicitar novo lipidograma a cada 3 meses enquanto se ajusta dose e se orienta MEV. Caso Clínico Seu José 57 anos, hipertenso há 10 anos e diabésco há 1 ano. Vem à consulta médica para entrega de curva de pressão realizada no posto de saúde durante as úlsmas 4 semanas e também para entrega de exames laboratoriais recentes. Vem sem queixas cardiovasculares. Não é sedentário ou tabagista. Vem em uso regular das medicações e com dieta hipossódica. • Medicações em uso: losartana 100mg/dia e meyormina 850mg (0–1–1). • Curva de PA: 150x90mmHg; 140x90mmHg; 150x80mmHg e 140x90mmHg. • Glicemia jejum= 94mg/dl; Hb glicada= 6,0%; CT= 243mg/dl; LDL= 160mg/dl; HDL= 55mg/dl; TGL= 140mg/dl. 1 Lista de problemas? • Hipótese diagnóstica; • doenças crônicas; • e problemas. 2 Qual a Abordagem? • Anamnese dirigida; • Exame físico dirigido; Caso clínico 3 Qual seu plano? • Exames complementares; • Tratamento farmacológico; e não- farmacológico (orientações); • Atestado? Promover, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com HAS, Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2 Diabetes Mellitus Diabetes Mellitus - classificação • DM tipo 1 - aproximadamente 8% dos casos; • DM tipo 2 - cerca de 90% dos casos de diabetes na população; • DM gestacional; • LADA – Diabete autoimune com início tardio; • Outras causas: pancreatite, diabetes monogênico, secundária a medicações, endocrinopatias. Distúrbio glicêmico Critério diagnóstico Diabete Melito Glicemia de jejum ≥ 126mg/dL OU TTG ≥ 200mg/dL OU Hb glicada ≥ 6,5% OU Sinais/sintomas de hiperglicemia + glicemia plasmática ≥ 200mg/dL Tolerância a glicose diminuída TTG ≥ 140 mg/dL e < 200mg/dL Glicemia de jejum alterada Glicemia de jejum ≥ 110 e < 126 (OMS) Glicemia de jejum ≥ 100 e < 126 (ADA) Hb glicada elevada Hb glicada entre 5,7 – 6,4% (ADA) Hb glicada entre 6 – 6,4% “Na ausência de sintomas de diabetes, o diagnóstico requer 2 resultados anormais de exames diagnósticos diferentes da mesma amostra, ou do mesmo exame em duas amostras distintas.” DM- Diagnóstico e exames de glicemia • Glicemia de jejum: 8 a 14 horas de jejum • Teste de tolerância a glicose: glicemia 2h após 75 de glicose anidra. • Paciente deve permanecer sem restrição de carboidratos por 3 dias; • Hb glicada: não necessita jejum. DM- Diagnóstico e elementos clínicos • Sinais e sintomas clássicos: • poliúria, • polidipsia, • perda de peso inexplicada, • polifagia, • Sintomas menos específicos: • fadiga, • fraqueza, • letargia, • visão turva, • prurido vulvar/balanopostite. Título • Texto Título • Texto DM - Avaliação inicial e acompanhamento • História da pessoa - anamnese; • Considerar comprometimento psicológico, rede de apoio e vulnerabilidade social. Avaliar as várias dimensões que afetam o DM e seu manejo e considerá-las periodicamente nas decisões compartilhadas sobre o manejo do DM e seu autocuidado. DM-Avaliação inicial e acompanhamento • Exame físico • IMC, avaliação de crescimento puberal em adolescentes, PA, palpação de tireóide, circunferência abdominal; • exame da cavidade oral: avaliar presença de gengivite, problemas odontológicos e candidíase; • exame dos pés: lesões cutâneas, estado das unhas, calos e deformidades, avaliação dos pulsos arteriais periféricos e edema; teste de sensibilidade • exame neurológico sumário; • exame de fundo de olho. DM - Avaliação inicial e acompanhamento • Avaliação laboratorial: ü Glicemia de jejum; ü Hb glicada; ü Colesterol total, HDL, LDL e triglicéride; ü Creatinina; ü TSH (DM tipo 1); ü ECG. • Estratificação do risco cardiovascular. Avaliação Multidimensional Idade de início Em menores de 40 anos tratamento mais intensivo, acima de 70 anos, menos intensivo Grau de hiperglicemia e duração da doença Hiperglicemia grave e aguda: descartar infecção, considerar insulinização ainda que temporária Risco de hipoglicemia Atenção aos idosos, pessoas que moram só ou que já tiveram hipoglicemia grave Presença de complicações Lembrar de fármacos com proteção cardiorrenal Excesso de peso Evitar sulfoniureias e insulina Vulnerabilidade social considerar outras prioridades de vida que competem com o plano terapêutico Manejo Terapêutico - Principais drogas • A Metformina é a droga de primeira escolha para o tratamento da DM tipo 2; • Se Hb glicada acima do alvo e metformina em dose alta, considerar escalonamento. Sem DCV aterosclerócca, ICC ou DRC ● Perda de peso, a^vidade _sica, redução carboidratos; ● Sulfoniureias; ● iDDP4; ● Pioglitazona; ● Glinidinas; ● ISGLT2; ● arGLP1. Com DCV aterosclerótica, ICC ou DRC ● ISGLT2; ● arGLP1. INSULINA QUANDO INDICADA REAVALIAR HB GLICADA EM 3-6 MESES Manejo Terapêutico – drogas do RENAME Fármaco Concentração Forma farmacêutica Componente Metformina 500 e 850mg comprimidos Básico Glibenclamida 5mg comprimidos Básico Glicazida 30, 60 E 80mg comprimidos Básico Dapaglifozina 10mg comprimidos Especializado insulina análoga de ação prolongada 100UI/ml e 300UI/ml Solução injetável com sistema de aplicação Especializado insulina análoga de ação rápida 100UI/ml Solução injetável com sistema de aplicação Especializado insulina humana NPH 100UI/ml Suspensão injetável Básico insulina humana regular 100UI/ml Solução injetável Básico Manejo Terapêutico Manejo Terapêutico - detalhes • A Metformina é a droga de escolha para o tratamento da DM tipo 2; • Se glicemia de jejumestiver muito alta (>ou=300mg/dL) o uso da insulina está indicado, mesmo que por curtos periodos de tempo, até normalizar a glicemia; • Pacientes obesos (IMC>30) se beneficiam da Metformina desde o início do tratamento. Manejo Terapêutico Plano terapêusco envolve apoio para mudança de esclo de vida (MEV), controle metabólico e prevenção das complicações crônicas. Manejo Terapêutico Manejo Terapêutico Manejo Terapêutico – indicações de insulinoterapia • Se o controle não for alcançado após o uso de metformina em associação com uma sulfoniluréia por três a seis meses; • Quando os níveis de glicemia em jejum estiverem >300mg/dL, na primeira avaliação ou no momento do diagnóstico, principalmente se acompanhado de perda de peso, cetonúria e cetonemia; • Diabetes gestacional; • Situações de estresse agudo metabólico (cirurgias, infecções graves, AVE, politrauma, IAM). Manejo Terapêutico - Insulinas Manejo Terapêutico - Insulinas • A dose inicial costuma ser de 10 UI de insulina NPH, ou 0,2UI/kg para as pessoas obesas, podendo ser reajustada em 2 UI a 4 UI, conforme média de três glicemias capilares de jejum consecutivas, até atingir meta glicêmica • Insulina regular é útil no tratamento da hiperglicemia pós-prandial – a administrar 30 minutos antes da refeição. • A pessoa em uso de insulina deve ser instruída sobre a detecção e o manejo da hipoglicemia; • Na ocorrência de hipoglicemia, reduzir a dose em 4UI ou 10% da dose; • A metformina pode ser mantida após o início do uso de insulina. Insulinização progressiva na pessoa com DM Zpo 2 Protocolos de Encaminhamento - Endocrinologia • Uso de insulina em dose ormizada (mais de uma unidade por quilograma de peso) e com boa adesão ao tratamento; OU • Insuficiência renal cronica (crearnina 1 5 mg/dl); OU • DM rpo1 (uso de insulina como medicação principal antes dos 40 anos). Protocolos de Encaminhamento - Nefrologia • Taxa de filtração glomerular 30 min 1,73 m2 (estágio 4 e 5); • Proteinúria (macroalbuminúria); • Perda rápida da função renal 5 min 1,73 m2 em um período de seis meses, com uma TFG 60 / 1,73 m2 confirmado em dois exames); • Suspeita de nefropara por outras causas. Telessaúde 0800 6446543 Caso clínico Joana, mulher de 60 anos, confeiteira, diabética há 8 anos, usa Metformina 850 mg três vezes por dia após as refeições e Glibenclamida 5mg antes do café e jantar. Ela confidencia que às vezes come doces no trabalho porque fica ansiosa. Seus exames: Glicose jejum 300mg/dl, Hemoglobina glicada 8,7%. No exame físico, apresenta PA 130x90mmHg, peso 82Kn e estatura de 1,58m. Ausculta cardiopulmonar normal. Pulsos periféricos presentes e simétricos 1 Lista de problemas? • Hipótese diagnóstica; • doenças crônicas; • e problemas. 2 Qual a Abordagem? • Anamnese dirigida; • Exame físico dirigido; Caso clínico 3 Qual seu plano? • Exames complementares; • Tratamento farmacológico; e não- farmacológico (orientações); • Atestado? Promover, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com HAS, Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus ?po 2 Obesidade Obesidade – diagnóstico Avaliação pelo Índice de Massa Corporal (IMC): Kg/m2 IMC Classificação < 18,5 Baixo peso 18,5 – 24,99 Eutrófico 25 – 29,99 Sobrepeso ou pré-obeso 30 – 34,99 Obesidade peso grau I 35 – 39,99 Obesidade peso grau II >40 Obesidade peso grau III • Obesidade em crianças, adolescentes e gestantes – observar curva antropométrica específica por idade. • Obesidade em idosos: Obesidade - diagnóstico • Terapia nutricional. • Terapia comportamental ü Abordar crenças ü Controle de estímulos, automonitoramento ü Reestruturação cognitiva ü Avaliar pensamento supersticioso, dicotômico, idealizações ü Tratamento em grupo Obesidade - tratamento • Terapia medicamentosa ü Orlistat ü Liraglutida ü Sibutramina ü Bupropiona ü Metformina ü Topiramato ü Lorcaserina Obesidade - tratamento • Cirurgia bariátrica • Indicações: IMV ≥ 40 ou ≥35 com comorbidades, tratamento adequado ≥ 2 anos sem sucesso • Critérios de exclusão: endocrinopatias reversíveis, abuso de álcool ou outras drogas, doença psiquiátrica grave ou descontrolada, incapacidade de reconhecer riscos e benefícios Obesidade - tratamento • Acompanhamento ambulatorial üMonitorar ingesta nutricional üMonitorar comorbidades ü Revisar medicações ü Avaliar suporte nutricional üDar suporte para atividade física üManejar condições psicológicas Obesidade - acompanhamento Caso Clínico Flora, 60 anos, iletrada, dona de casa, mora na sua área de cobertura. Vem para consulta médica agendada com queixa de dor no ombro direito há 2 meses. Relata início da dor “depois de ter começado a fazer salgadinhos para vender na porta da fábrica”. A dor melhora com uso de Diclofenaco, que faz uso diário há 15 dias. Tem diagnósrco de HAS e DM rpo 2 há 20 anos. Sem outras comorbidades. Na consulta, solicita laudo para levar ao advogado que está a ajudando a conseguir um benezcio. Está em uso regular de: • Enalapril 20mg de 12 em 12h; • Hidroclorotiazida 25mg, pela manhã; • Metformina 850mg, antes do almoço e do jantar; Triagem (realizada pela Técnica de Enfermagem): • PA –160x90; Peso; 78kg; Altura: 1,60m • Glicemia de jejum : 220 Como você manejaria esta paciente? Caso Clínico • Endocrinologia: Pacientes com suspeita de obesidade secundária (provocada por problemas endocrinológicos). • Cirurgia bariátrica: Pacientes com IMC acima de 35 kg/m2 e alguma comorbidade1 ou IMC acima de 40 kg/m2 com ou sem comorbidades. v Não é necessário encaminhar ao endocrinologista pacientes com obesidade secundária a medicamentos (glicocorticóide, antipsicóticos (tioridazina, risperidona, olanzapina, quetiapina, clozapina), estabilizadores do humor (lítio, carbamazepina), entre outros Critérios de encaminhamento Promover, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com HAS, Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2 Doença Renal Crônica Doença Renal Crônica - DRC • Prevalência de 1,35-13,63% na atenção primária (2010-2012) • Causas mais comuns: • HAS 34%; • Diabete melito 32%; • Glomerulopasa 9%. Cad. Saúde Colet., 2017, Rio de Janeiro, 25 (3): 379-388 A Atenção Primária à Saúde (APS) tem papel central no reconhecimento dos indivíduos sob risco de desenvolver a doença renal crônica (DRC). Doença Renal Crônica – Fatores de risco ü hipertensão, ü diabetes, ü obesidade, ü tabagismo, ü cardiopatia, ü vasculopatia, ü doença renal policística, ü uropatia obstrutiva, ü glomerulopatias, ü neoplasias ü histórico familiar positivo para DRC. ü No Brasil e no mundo as principais causas de DRC são hipertensão (33%), diabetes (30%), Doença Renal Crônica - diagnóstico v Quando se considera DRC? • Maiores de 18 anos que mantém, por mais de 3 meses, a taxa de filtração glomerular (TFG) < 60ml/min/1,73m ou <60ml/min/1,73m e com lesão renal estrutural. a) albuminúria (≥ 30 mg/24h ou razão albuminúria/creatinúria ≥ 30 mg/g; b) anormalidades do sedimento urinário; c) anormalidades eletrolíticas ou outras devido a doenças tubulares; d) anormalidades detectadas por histologia; e) anormalidades estruturais detectadas por exames de imagem f) história de transplante renal Classificação de DRC - estágios Linha de Cuidado DOENÇA RENAL CRÔNICA, 2022 DRC – prognósZco de acordo com a TFG Manejo terapêutico ● Tratar e acompanhar doenças de base; ● Todo paciente portador de DRC é alto RCV – prescrever estatina e avaliar AAS; ● Prescrever iECA ou BRA e monitorar Cr e K – suspender se aumento de 30% da Cr ou K>6; ● A partir do estágio 3A – avaliar eritropoietina; ● Monitorar vitamina D e fazer reposição se abaixo de 30ng/dL; ● Monitorar taxas de fósforo e cálcio; ● Estágio 4 e 5: observar restrições dietéticas. Evitar AINEs. Se indicado o uso de insulina, controle rigoroso da glicemia pelo risco de hipoglicemia. ATENÇÃO - ERROS COMUNS • Deixar de estimara TFG diante de níveis séricos de creatinina dentro dos parâmetros da feixa de referências, em pessoas com indicação de rastreamento; • Diagnosticar DRC sem um segundo exame, 3 meses depois do primeiro; • Deixar de ajustar a posologia de medicamento com excreção renal, como antibióticos e insulina; • Deixar de monitorar creatinina e potássio após introdução ou aumento de iECA ou BRA2; • Suspender metformina antes da TFG estar abaixo de 30. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC DPOC – impacto da doença • Prevalência em torno de 15% nas Américas; • Taxa de mortalidade – redução de 28,2% comparando 1996 com 2007 – medidas de controle do tabagismo, à ampliação ao acesso à APS, à novas terapêuscas medicamentosas e à vacinação contra Influenza a Pneumococo. DPOC – fatores de risco • Tabagismo é responsável por 80- 90% e 15% dos tabagistas terão DPOC; • Exposição ambiental – poeiras e produtos químicos, fogão a lenha, poluição extradomiciliar; • Tuberculose pode ser fator de risco – monitorar; • Portadores de HIV tem risco aumentado para DPOC; • Mais prevalente em populações economicamente vulneráveis. DPOC – diagnóstico • É uma condição pulmonar heterogênea caracterizada por sintomas respiratórios crônicos (dispneia, tosse, produção de escarro e/ou exacerbações) devido a anormalidades das vias aéreas (bronquite, bronquiolite) e/ou alvéolos (enfisema) que causam obstrução persistente e muitas vezes progressiva, do fluxo aéreo; • Presença de limitação do fluxo aéreo não totalmente reversível (ou seja, VEF1/FVC < 0,7 pós-broncodilatação) medido por a espirometria é mandatória para diagnóssco de DPOC. DPOC – diagnóstico • Sintomas: ü Dispneia progressiva ao longo do tempo, piora aos esforços e persistente; ü Limitação de atividades e/ou tosse com ou sem produção de escarro; ü Sibilos recorrentes; ü Tosse crônica –pode ser intermitente, produtiva ou não; ü Tosse produtiva – pode ser critério diagnóstico, mas ainda subjetiva. • Diagnóstico diferencial de tosse crônica – asma, câncer de pulmão, tuberculose, bronquiectasia, ICC, fibrose cística, doença intersticial pulmonar, rinite, síndrome do gotejamento pós-nasal crônico, RGE, medicamentos. DPOC – critérios diagnósticos DPOC – critérios diagnósticos DPOC – Anamnese • Exposição do paciente a fatores de risco; • História médica pregressa, incluindo eventos do início da vida (prematuridade, baixo peso ao nascer, tabagismo materno durante gravidez, exposição passiva ao fumo durante a infância), asma, alergia, sinusite ou pólipos nasais; infecções respiratórias na infância; HIV; tuberculose; • Histórico familiar de DPOC ou outra doença respiratória crônica; • Padrão de desenvolvimento dos sintomas; • Histórico de exacerbações ou internações prévias por distúrbio respiratório. DPOC – Anamnese • Histórico de exacerbações ou internações prévias por distúrbio respiratório; • Presença de comorbidades, como cardiopatias, osteoporose, distúrbios musculoesqueléticos, ansiedade e depressão e malignidades que também podem contribuir para a restrição da atividade; • Impacto da doença na vida do paciente, incluindo limitação da atividade, falta ao trabalho e impacto econômico, efeito nas rotinas familiares, sentimentos de depressão ou ansiedade, bem-estar e atividade sexual; • Apoio social e familiar disponível para o paciente. Teste de Avaliação da DPOC (COPD Assessment Test™– CAT) Avalia o impacto dos sintomas da DPOC na vida dos pacientes. Dividido em quatro categorias: Pequeno: 1-10 Médio: 11-20 Grande: 21-30 Muito grande: 31-40 DPOC – Manejo terapêutico • Reabilitação pulmonar: diagnósrco preciso e avaliação de comorbidades + tratamento farmacológico, nutricional e fisioterápico + recondicionamento zsico. • Imunização • Vacina influenza: De aplicação anual, é indicada a todos os pacientes com DPOC • Vacinas pneumocócicas 13 - conjugada e polivalente (23-valente) - Pacientes com DPOC sintomá^cos e exacerbadores; pacientes de qualquer grupo de risco da doença com comorbidades associadas a maior risco de doença pneumocóccica grave (diabetes mellitus, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, etc.) • Aplicar as duas vacinas com intervalo de seis meses, iniciando pela 13 conjugada • Recomendado reforço em cinco anos ou, se iniciada após os 65 anos, em dose única • A vacinação para COVID deve ser orientada conforme protocolo vigente. DPOC – Manejo terapêutico não farmacológico • Oxigenioterapia ü Se PaO2 ≤55mmHg ou SatO2 ≤ 89% em repouso; ü PaO2 entre 56 e 59mmHg se policitemia ou cor pulmonale. • Flebotomia (sangria) ü Cor pulmonale descompensado e Ht > 55%. • Apoio psicossocial – educação em saúde para otimizar autonomia; abordagem das exacerbações. • Abordar cuidados paliativos quando indicado. DPOC – Manejo terapêutico farmacológico SABA – B2 agonistas de curta ação Fenoterol, salbutamol, terbutalina LABA - agonistas de longa ação Formoterol, Salmeterol LAMA - anticolinérgicos de longa ação Tiotrópio, aclidionio, glicopirrônio SAMA – anticolinérgicos de curta ação ipratrópio DPOC – Manejo terapêutico farmacológico SAMA + SABA Fenoterol + ipratrópio Salemeterol+ ipratrópio LABA + LAMA Formoterol + aclidínio; Formoterol + glicopirrônio LABA + LAMA + ICS Fluticasona + umeclidinio + vilanterol; Beclometasona+formoterol+glicopirrônio (esse disponível no Brasil) LABA + ICS Formoterol + beclometasona; Formoterol + budesonida; Salmeterol + fluticasona METILXANTINAS Aminofilina, teofilina MUCOLÍTICOS Carbocisteína, N-acetilcisteína DPOC – Manejo terapêutico farmacológico DPOC – Manejo terapêutico farmacológico ≥ 2 exacerbações moderadas ou ≥1 hospitalização por exacerbação GRUPO E: LABA + LAMA Considerar LABA + LAMA + CE se eosinofilia > 300 0 -1 exacerbação moderada sem hospitalização GRUPO A (mMRC 0-1; CAT<10): Broncodilatador 0 -1 exacerbação moderada sem hospitalização GRUPO B (mMRC ≥2; CAT>10): LABA + LAMA DPOC – Manejo terapêutico farmacológico O tratamento das exacerbações deve ser feito com: • aumento das doses de broncodilatadores adrenérgicos (SABA e/ou LABA) e/ou acréscimo de anticolinérgicos (SAMA e/ou LAMA); • cursos de curta duração de corticosteroides sistêmicos nas exacerbações moderadas e graves: prednisona 20 mg, 2 comprimidos, 1x/dia ou 1 comprimido, 2x/dia por 5 dias, por exemplo; • antibióticos, caso haja infecção respiratória bacteriana presumida, por 5 a 7 dias. DPOC – Manejo terapêutico farmacológico • Antibioticoterapia ü uso profilático e contínuo de antibióticos não reduz exacerbações; ü Azitromicina (250 mg/dia ou 500 mg três vezes por semana) ou eritromicina (250 mg duas vezes por dia) por um ano em pacientes propensos a exacerbações reduziu o risco de exacerbações em comparação com o tratamento usual; Pulsoterapia não tem efeito benéfico sobre a taxa de exacerbação em geral. DPOC – Técnica Inalatória • A utilização de dispositivos inalatórios é uma habilidade que deve ser aprendida e mantida para que as medicações sejam administradas com eficácia. • Uma técnica inalatória inadequada leva a um controle insatisfatório da asma, aumento do risco de exacerbações e aumento dos efeitos adversos. • A escolha do dispositivo deve ser individualizada e dinâmica, considerando o acesso a terapêutica e a habilidade com a técnica de uso. • Para inaladores dosimetrados pressurizados, o uso de um espaçador melhora a distribuição e (para Corticoide Inalatório (CI)) reduz o potencial de efeitos colaterais locais, como disfonia e candidíase oral. Com CI, o risco de candidíase também pode ser reduzido por enxaguar e cuspir após o uso. DPOC – Técnica Inalatória • Em crianças pré-escolares é indispensável o uso de espaçadores. • É importante avaliar a necessidade do uso de máscara. • Realize o treinamento do paciente ou familiares/responsáveis preferencialmente com demonstração física. • Verifique e corrija a técnica com o paciente. Reavalie em todas as consultas e re-treine regularmente. DPOC– Medicações disponíveis no RENAME 2022 DPOC – Medicações disponíveis no RENAME 2022 ATENÇÃO O aconselhamento para a CESSAÇÃO DO TABAGISMO deve ser realizado em todas as consultas. A suspensão do tabagismo é a única medida eficaz para reduzir a progressão da DPOC. Materiais complementares • Video indígena preparando alimento: https://www.youtube.com/watch?v=abnJCvOWVjE • Pé diabético. Diário de um Posto de Saúde. 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Y5K2O0WMPzo • Vídeo “Bicha Braba” - Como é conviver com um problema de pressão ou com açúcar no sangue? Como é cuidar de distúrbios tidos como crônicos e incuráveis para o resto da vida? E naqueles dias em que a bicha fica braba? https://www.youtube.com/watch?v=ZPyiRylth2M https://www.youtube.com/watch?v=abnJCvOWVjE https://www.youtube.com/watch?v=Y5K2O0WMPzo https://www.youtube.com/watch?v=ZPyiRylth2M Referências BARROSO, W. K. S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol., v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021. Disponível em: https://abccardiol.org/wp-content/uploads/articles_xml/0066-782X-abc-116-03-0516/0066-782X-abc-116-03-0516.x55156.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica : diabetes mellitus. Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 160 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mellitus_cab36.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 156 p. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/publicacoes-para-promocao-a- saude/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf/view BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 128 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 37). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hipertensao_arterial_sistemica_cab37.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica : obesidade. 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Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Cardiologia [recurso eletrônico]. Protocolos de encaminhamento da atenção básica para a atenção especializada; v. 2. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 23 p.: il. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_especializada_cardiologia_v_II.pdf BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Manual de atenção às pessoas com sobrepeso e obesidade no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. 55 p. CANADIAN TASK FORCE ON PREVENTIVE HEALTH CARE. Recommendations on screening for type 2 diabetes in adults. CMAJ, v. 184, n. 15, p. 1687-1696, 2012; DOI: https://doi.org/10.1503/cmaj.120732 COBAS, R. et al. Diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2022. 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COORDENAÇÃO GERAL FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES NILSON MASSAKAZU ANDO POLO SÃO PAULO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA GUSTAVO EMANUEL FARIAS GONÇALVES MARIANA TOMASI SCARDUA SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARIZÉLIA GOIS MONTEIRO DANIEL DE MEDEIROS GONZAGA APOIO INSTITUCIONAL DO MEC MÁRCIA CRISTINA NÉSPOLI ANDO JONAS NERIS FILHO POLO SALVADOR COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MARINA ABREU CORRADI CRUZ SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CLARISSA SANTOS LAGES APOIO INTITUCIONAL DO MEC JOÃO PEREIRA DE LIMA NETO POLO BELO HORIZONTE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA JULIANA MACHADO DE CARVALHO AUGUSTO CEZAR DAL CHIAVÓN APOIO INTITUCIONAL DO MEC LILIAN PATRÍCIA SILVA DE SOUZA MINISTRO DA EDUCAÇÃO CAMILO SOBREIRA DE SANTANA SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR DENISE PIRES DE CARVALHO DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE GISELE VIANA PIRES COORDENADOR GERAL DE EXPANSÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES REFERÊNCIAS CENTRAIS DO MEC/PMMB ANA LUÍSA DOS SANTOS AZEVEDO ANA LUIZA FEITOZA NEVES SANTOS COSTA GABRIELA CARVALHO DA ROCHA HUMBERTO BATISTA BORGES DA SILVEIRA LEONARDO SOUSA ARAÚJO LUCAS DE SOUZA PORFIRIO MAÉZIA MARIA MEDEIROS COSTA MIGUEL TATIANA RIBEIRO DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS (DDA) Módulo de Acolhimento e Avaliação Projeto Mais Médicos para o Brasil 31° Ciclo do PMMB OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Conhecer os conceitos e classificações das doenças diarreicas agudas (DDA) • Apresentar a epidemiologia, quadro clínico e transmissão • Saber idenJficar e classificar a desidratação • Decidir o plano de tratamento e o uso racional de anJbioJcoterapia • Apresentar e discuJr o manejo de outras medicações • DiscuJr a prevenção • IdenJficar e tratar as principais eJologias Definição: Ocorrência de três ou mais evacuações amolecidas ou líquidas nas úl2mas 24 horas. A diminuição da consistência habitual das fezes é um dos parâmetros mais considerados. Classificação da diarreia segundo a duração dos sintomas Classificação da diarreia quanto as caracterís6cas Diarreia aquosa aguda: • Perda de grande quan+dade de água durante as evacuações, com alteração da consistência das fezes por um período <14 dias. • Ocorre secreção a+va de água e eletrólitos da corrente circulatória para a luz intes+nal. • Pode ser causada por bactérias e vírus, na maioria dos casos. Disenteria aguda: • Presença de sangue visível nas fezes, podendo haver muco e/ou pus devido a uma lesão na mucosa intes+nal. • Bactérias do gênero Shigella são as principais causadoras de disenteria, que invadem a mucosa do cólon. Epidemiologia • Segundo a OMS, são a segunda principal causa de morte em crianças com idade < 5 anos, em países em desenvolvimento, embora sejam evitáveis e tratáveis; • São as principais causas de morbimortalidade infanJl (<1 ano) e consJtuem um dos mais graves problemas de saúde pública global, com aprox. 1,7 bilhão de casos e 525 mil óbitos na infância (< 5 anos) por ano; • No Brasil, de 2007 a 2018, a DDA vem mantendo uma incidência anual de cerca de 300 mil casos em crianças < 1 ano e aprox. 950 mil casos em crianças de 1 a 4 anos, segundo dados do SINAN. • A DDA é considerada uma doença preocupante nos povos indígenas, pois apesar de ser tratável correspondem a uma das principais doenças infecciosas que os aJngem, em muitos casos evoluindo ao óbito, principalmente, de crianças menores de 5 anos. Epidemiologia Manifestações clínicas • No mínimo 3 episódios de fezes líquidas ou amolecidas em 24 horas; • Podem estar associados: • Cólicas e/ou dores abdominais; • Febre; • Sangue e/ou muco nas fezes; • Náuseas; • Vômitos. Transmissão • Pelas vias oral ou fecal-oral • Indireta: consumo de água ou alimentos contaminados e contato com objetos contaminados como utensílios de cozinha, acessórios de banheiros, equipamentos hospitalares; • Direta: pelo contato com outras pessoas, por meio de mãos contaminadas e contato de pessoas com animais. Abordagem e manejo • História clínica - tem alto valor discriminatório e permite em pouco tempo o diagnós+co diferencial sindrômico e de outras doenças com manifestações similares. • Ques+onar sobre contatos que também tenham a doença/sintomas. • Avaliar a gravidade dos sintomas e o risco de complicações, devemos definir o grau de desidratação e depois definir um plano terapêu+co. • Usar a estratégia de Atenção Integrada as Doenças Prevalentes na Infância ( AIDPI) • Número de evacuações, caracterís3cas das fezes, presença de febre e relato de náuseas e/ou vômitos. • Maioria dos casos é autolimitada; sem complicações. • Testes diagnós9cos são indicados somente em casos selecionados. • coprocultura e parasitológico de fezes, não devem ser realizadas de ro7na. • A inves9gação laboratorial é reservada para as crianças com desidratação grave e que necessitem de hidratação venosa; • Exame Bsico: avaliar a existência de comorbidades e a presença e o grau de desidratação; • Desidratação – sinal de gravidade. Abordagem e manejo Principais sinais para avaliação do grau de desidratação O exame 'sico é importante para avaliar a presença de desidratação e tratamento adequado Melhor indicador de desidratação Abordagem e manejo Plano de tratamento Após avaliação clínica, estabelece-se o plano de tratamento Hidratação oral • Líquidos devem ser administrados com frequência, em pequenos goles; • Se vomitar, aguardar 10 minutos e con+nuar, porém mais lentamente; • Vômitos costumam cessar após 2 a 3 horas do início da reidratação. Como preparar o soro de reidratação oral Se o paciente apresentar sangue nas fezes (disenteria) - Reidratar o paciente de acordo com os planos A, B ou C; - Iniciar an9bio9coterapia – considerando possível infecção por Shigella. - Orientar o paciente ou acompanhante administração de líquidos e alimentação habitual, caso o tratamento seja realizado no domicílio. - Reavaliar o paciente após 2 dias. - Se man9ver presença de sangue nas fezes ou melena após 48 horas do início do tratamento ou condições gerais comprome9das, encaminhar para internação hospitalar. Início da diarreia Encaminhar o paciente para a unidade hospitalar se: • Se mais que 14 dias de evolução; • Menor que seis meses de idade; • Apresentar sinais de desidratação. Neste caso, reidrate-o primeiro e em seguida encaminhe-o a unidade hospitalar. Consulta médica para investigação e tratamento na APS: • Ausência de sinais de desidratação; • Maior de seis meses de idade. Avaliar desnutrição grave Se a criança es9ver com desnutrição grave – DAG • No primeiro atendimento em qualquer Unidade de Saúde, devendo-se iniciar hidratação e an9bio9coterapia de forma imediata, até que chegue ao hospital. • Hidratação IV deve ser evitada em crianças com DAG, sendo indicado hidratação oral com ReSoMal. Verificar a temperatura Se o paciente esJver, além da diarreia,