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RULA Rapid Upper Limb Assessment Um método de estudo para investigar lesões de membros superiores relacionadas com o trabalho. Lynn McAtammey e E Nigel Corlett. RULA é um método de estudo desenvolvido para ser usado em investigações ergonômicas de postos de trabalho onde existe a possibilidade de desenvolvimento de lesões por esforços repetitivos em membros superiores. Este método foi desenvolvido para ser aplicado em operadores de máquinas industriais, técnicos que realizam inspeção, pessoas que trabalham com corte de peças, embrulhadores, etc.. Também foi desenvolvido para avaliação de posturas, forças necessárias e atividade muscular de operadores de terminais de vídeo. O método usa diagramas de posturas do corpo e três tabelas que avaliam o risco de exposição a fatores de risco como fatores de carga externos que incluem: 1. número de movimentos 2. postura estática 3. força 4. postura de trabalho determinada por equipamentos e mobiliários 5. tempo de trabalho e pausa Além destes fatores existem outros fatores importantes que influenciam, mas que variam de pessoa para pessoa, como posturas adotada, atividade muscular estática desnecessária, velocidade e precisão de movimentos, a freqüência e duração das pausas feitas pelo operador. Ainda, existem fatores que alteram a resposta de cada indivíduo para carregamentos específicos, fatores individuais (como experiência ou idade), fatores ambientais do posto de trabalho e variáveis psicológicas. Muitos outros fatores também são associados como fatores de risco para lesões dos membros superiores. No esforço de avaliar os primeiro carregamentos externos descritos anteriormente, RULA foi desenvolvido para: 1. oferecer um método rápido para mostrar aos trabalhadores o real risco de adquirir LER (Lesões por Esforços Repetitivos); 2. identificar o esforço muscular que esta associado a postura de trabalho, força exercida, atividade estática ou repetitiva, e como podem contribuir para a fadiga muscular. 3. oferecer resultados que poderiam ser incorporados a avaliação ergonômica física, epidemiológica, mental, fatores ambientais e organizacionais. O desenvolvimento do RULA O desenvolvimento ocorre em três fases. A primeiro é uma método de gravação da postura de trabalho, o segundo a aplicação de um sistema de score e o terceiro é a aplicação de uma escala de níveis de ação. Estagio 1: Método para gravação da postura de trabalho Para produzir um método rápido o corpo foi dividido em dois grupos, A e B. O grupo A inclui os braços, antebraços, e punhos. Enquanto o grupo B inclui o pescoço, tronco e pernas. Cada parte do corpo é dividida em seções e recebe uma número 1 se o risco de lesão for o menor possível, o número aumenta com o aumento do risco. Para permitir a fácil identificação da escala de posturas no diagrama, cada segmento do corpo esta apresentado no plano sagital. Se a postura não pode ser representada nestes GERTZ 2 diagramas, por exemplo quando ocorre abdução, o nível de risco deve ser adotado fora deste diagrama. Grupo A A Figura 1 mostra o diagrama de níveis de postura das partes do corpo do grupo A, braços, antebraços e punhos, e os níveis são: Os escores para o braço são: • 1 para 20° de extensão até 20° de flexão; • 2 para extensão maior que 20° ou entre 20° e 45° de flexão; • 3 entre 45° a 90° de flexão; • 4 mais de 90° de flexão. Se o ombro esta elevado deve-se adicionar 1 ao de escore da postura. Se o antebraço está em abdução deve-se adicionar 1. Se o operador está apoiado ou os braços estão apoiados o escore de postura deve se reduzir 1. Os escores para os antebraços são: • 1 para 60° a 100° de flexão; • 2 para menor que 60° ou maior que 100° de flexão. Se os antebraços trabalham cruzando a linha sagital do corpo ou para o lado deve-se somar 1 ao escore. Figura 1 Os escores para o punho são: • 1 para a postura neutra; • 2 para 0° a 15° de extensão ou flexão. • 3 para 15° ou mais de extensão ou flexão Se o punho estiver em desvio radial ou ulnar deve-se somar 1 ao escore. Para pronação ou supinação do punho: GERTZ 3 • 1 quando o punho está na posição intermediária; • 2 quando o punho está próximo do fim de curso. Grupo B A Figura 2 mostra o diagrama de níveis de postura das partes do corpo do grupo B, pescoço, tronco e pernas, e os níveis são: Os escores para o pescoço são: • 1 para 0° a 10° de flexão; • 2 para 10° a 20° de flexão; • 3 para 20° ou mais; • 4 para extensão. Se o pescoço estiver girado (olhando para o lado) deve-se somar 1 ao escore. Se estiver curvado para o lado deve-se somar 1 ao escore. Os escores para o tronco são: • 1 para 90° ou mais entre tronco, ou quando sentado e bem apoiado; • 2 para 0° a 20° de flexão; • 3 para 0° a 60° de flexão; • 4 para 60° ou mais de flexão. Se tronco estiver em rotação acrescentar 1 ao escore. Se estiver inclinado para o lado acrescentar 1. Figura 2 Os escores para as pernas: • 1 se as pernas e pés estão bem apoiados quando sentado e o peso está bem distribuído; • 1 se o peso do corpo está bem distribuído sobre ambos os pés e com possibilidade de mudar de posição. • 2 se as pernas e pés não estão apoiadas ou se o peso está mal distribuído. • operador deve ser observado durante vários ciclos de trabalho e as principais postura e carregamentos devem ser selecionados. Estagio 2: Agrupamento dos escores das partes do corpo Usando a Figura 1 para determinar os escores do grupo A, e a Figura 2 para o grupo B, preenche-se a primeira coluna da Figura 3. GERTZ 4 Figura 3 O escores para uso dos músculos e força foi desenvolvido para incluir no estudo carregamentos adicionais no corpo causados por trabalho excessivamente estático, movimentos repetidos, necessidade de força ou carregamentos externos durante o trabalho. Antes dos escores A e B terem sido calculados pela Tabela 1 e 2 deve ser adicionado os escores para uso dos músculos e escores de força conforme é indicado a seguir. Escore para atividade muscular dos grupos A e B: • 1 se a postura é predominantemente estática por mais de 1 min. • 1 se a postura se repete por mais de 4 vezes por min. Escore de força para os grupos A e B: • 0 se não existe resistência, ou carga inferior a 2 kgf, e intermitente; • 1 se a carga está entre 2 a 10 kgf e é intermitente; • 2 se a carga está entre 2 a 10 kgf, e é estática ou repetitiva (4 vezes/min) • 3 se a carga é superior a 10 kgf, estático ou repetitivo; • 3 é choque ou força aplicada com rapidez. Tabela 1 Figura 4 GERTZ 5 Tabela 2 Escore A + uso dos músculos e escore de força para o grupo A = Escore C Escore B + uso dos músculos e escore de força para o grupo B = Escore D Estágio 3: Desenvolvimento do escore final e lista de ações Neste passo o escore C e D são transformados no escore final, através da figura 4, que mostra a magnitude das providencias a serem tomadas e a prioridade para subsequentes investigações. O escore final vária de 1 a 7. Escore final: • 1 ou 2 a postura de trabalho teria um escore igual ou menor que 2 para ambas as partes do corpo, A e B, e os escores para músculos e força seriam 0. Esta postura é considerada aceitável se não for mantida ou repetida por longos períodos. • 3 ou 4 seria dado para postura de trabalho que estão fora da zona aceitável de movimentos determinada na literatura e também aquelas que estão dentro da zona de movimento mas que apresentam atividades repetitivas, carregamento estático ou necessidade de uso de força. • 5 ou 6 a postura de trabalho está fora da zona de movimentos, o operador executa movimentos repetitivos e/ou atividade muscular estática e necessita do uso de força. • 7 a postura de trabalho ocorre próxima ou no fim de curso, com movimentos onde a repetitividade e a força são necessários. Nível de ação: • Nível de ação 1 Escore 1 ou 2 indica que a postura é aceitável se ela não for mantida ou repetida por longos períodos de tempo. • Nível de ação 2 Escore 3 ou 4 indica que investigações são necessárias e alterações devem ser feitas • Nível de ação 3 Escore 5 ou 6 indicaque investigações são necessárias e que alterações devem ser feitas em breve. • Nível de ação 4 Escore 7 indica que investigações são necessárias e que alterações devem ser feitas em imediatamente. Este texto é um resumo do artigo RULA: a survey method for the investigation of work-related upper limb disorders, de autoria de Lynn McAtammey e E Nigel Corlett, publicado pela revista Applied Ergonomics, 1993, 24(2), 91-99.
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