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Legislação Penal Especial - Abuso de Autoridade ( Lei 13.869/2019) - Parte II Artigo 13° Previsão legal: Art. 13°: Constranger o preso ou detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a: I - Exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública II - Submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei III- Produzir prova contra si mesmo ou terceiro Pena - detenção, de 1 a 4 anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência Por se tratar de Novatio legis incriminadora e, por força do princípio da irretroatividade da lei penal, não se aplica às condutas pretéritas Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: O preso ou detento constrangido e o Estado, titular da administração pública, em seu interesse no correto e regular exercício de suas funções Consumação e tentativa: Trata-se de crime formal, previsto no chamado tipo incongruente, no qual a vontade do sujeito ativo vai além do que a lei exige para a consumação Tipo Objetivo: Constranger, significa coagir, compelir, forçar, obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer algo que por lei não está obrigado. Trata -se de crime próprio, é qualquer agente público, servidor ou não, dá administração direta, indireta ou funcional de qualquer um dos poderes da União e afins Legislação Penal Especial - Abuso de Autoridade ( Lei 13.869/2019) - Parte II Artigo 15° Previsão legal: Art. 15°: Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que em razão de função, ministério, ofício ou profissão , deva guardar segredo ou resguardar sigilo Pena - detenção, de 1 a 4 anos, e multa Por se tratar de Novatio legis incriminadora e, por força do princípio da irretroatividade da lei penal, não se aplica às condutas pretéritas Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: É em tese a pessoa que em função, ministério, ofício ou profissão, deve guardar segredo ou resguardar sigilo, e o Estado, titular da administração pública, em seu interesse no correto exercício das funções públicas Consumação e tentativa: Trata-se de crime formal, previsto no chamado tipo incongruente, no qual a vontade do sujeito ativo vai além do que a lei exige para a consumação Tipo Objetivo: Se classifica como crime delito de ação vinculada, ou seja, obrigatoriamente o sujeito passivo deve ser pessoa que tenha compromisso com o sigilo, bem como a conduta deve ocorrer mediante ameaça de prisão A princípio será a autoridade encarregada de tomar o depoimento, juiz, delegado ou promotor, mas em tese, qualquer agente público que tiver o poder para interferir, mediante constrangimento ou ameaça sobre a pessoa que vai depor, aplicando-se o conceito amplo de autoridade estabelecido em lei Legislação Penal Especial - Abuso de Autoridade ( Lei 13.869/2019) - Parte II Artigo 16° Previsão legal: Art. 16°: Deixar de identificar- se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa Por se tratar de Lex Gravior e, por força do princípio da irretroatividade da lei penal, não se aplica às condutas pretéritas Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: O preso capturado sem identificação da autoridade Consumação e tentativa: O crime se consuma no momento em que o agente deixa de se identificar ou se identifica falsamente. A tentativa só é possível com relação à identificação falsa, uma vez que configura omissão e os crimes omissivos próprios não permitem tentativa Tipo Objetivo: Trata-se de tipo misto alternativo ou de conteúdo variado, no qual mesmo que o agente pratique mais de um núcleo do tipo no mesmo contexto fático, responderá por apenas um, o outro será considerado pelo juiz na primeira fase da dosimetria da pena, quando houver fixação da pena base A autoridade que deixa de se identificar ou o faz de maneira falsa na ocasião da captura Legislação Penal Especial - Abuso de Autoridade ( Lei 13.869/2019) - Parte II Artigo 18° : Previsão legal: Art. 18°: Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele devidamente assistido, consentir em prestar declarações Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa Por se tratar de Novatio legis in pejus e, por força do princípio da irretroatividade da lei penal, não se aplica às condutas pretéritas Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: O preso submetido a interrogatório policial durante o período noturno fora da hipóteses legais e o Estado, titular da Administração Pública, no correto desempenho de suas funções Consumação e tentativa: O crime se consuma no momento em que o preso é submetido ao interrogatório policial ou entrevista informal de natureza inquisitiva durante o repouso noturno, ressalvada as hipóteses legais. A tentativa é admitida, visto que o interrogatório pode não ocorrer por circunstâncias alheias à vontade do agente público Tipo Objetivo: Agente público que procura vítima no período noturno para adquirir informações ou sugerir depoimento ou declaração em um determinado sentido Pode ser qualquer agente público envolvido na persecução penal: juiz, delegado de polícia, o escrivão, agente policial ou o representante do MP Legislação Penal Especial - Abuso de Autoridade ( Lei 13.869/2019) - Parte II SE VOCê GOSTOU DESSE MATERIAL JÁ SALVA ELE AI, DÁ AQUELA CURTIDA MASSA, COMENTA E COMPARTILHA BEM MUITO, PARA QUE VÁRIOS ESTUDANTES TAMBÉM POSSAM APROVEITAR @RESUMINDOODIREITOO ESPAÇO RESERVADO PARA ANOTAÇÕES
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