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Arte e Cultura Brasileira: Pluralidade e Valorização

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Tópicos de História 
da Arte Brasileira
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dra. Denise de Barros
Revisão Textual:
Maria Cecília Andreo
Arte, Cultura e Pluralidade
Arte, Cultura e Pluralidade
 
• Abordar, por meio da arte, a valorização das características étnicas e culturais dos diferentes 
grupos socais que vivem nas diversas regiões do Brasil; 
• Discutir o complexo e multifacetado na representação artística brasileira, como protagonistas 
da nossa cultura: arte popular e bienais. 
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• O que é Cultura?
• Pluralidade Cultural da Arte Brasileira;
• Cultura, Arte e Patrimônio;
• Arte Plural, Cultura e Artesanato 
Brasileiro: Manifestações da Cultura Popular.
UNIDADE Arte, Cultura e Pluralidade
O que é Cultura?
Algumas questões parecem extremamente simples, até que, enfim, decidimos real-
mente respondê-las de forma objetiva. Isso costuma acontecer com termos que usamos 
com tanta frequência e para tantas coisas que fica um pouco mais difícil estabelecer um 
sentido exato. Com a palavra cultura, que tem sentido amplo, sem dúvida, acontece 
exatamente isso Com a palavra cultura, que tem sentido amplo, sem dúvida, acontece 
exatamente isso, pois podemos usar o mesmo termo para dizer que “falta cultura” (no 
sentido sociológico) ou que a “cultura de hortaliças” vai muito bem (no âmbito da agri-
cultura, do cultivo). Mas algo é bastante claro em relação a cultura: compreendemos que 
nenhum país é realmente desenvolvido sem se preocupar com os elementos culturais, 
ou com a cultura de seu povo. 
Figura 1 – Grupo Boiada Multicolor durante 
apresentação no Carnaval, Salvador – BA, 2015
Fonte: Getty Images
No que nos interessa, o dicionário Houaiss define cultura como o “cabedal de conhe-
cimento de uma pessoa ou grupo social (...) conjunto de padrões de comportamento, 
crenças, conhecimentos, costumes (...) complexo de atividades, instituições, padrões so-
ciais ligados à criação e difusão das belas-artes, ciências humanas e afins” (HOUAISS, 
2009, p. 583).
Ajustados os ponteiros, e definido o direcionamento para o qual utilizaremos o termo 
“cultura”, é necessário dizer que, mesmo assim, não estaremos livres de uma ou outra 
associação fora desse rumo. Acontece, justamente por ser uma palavra de uso comum, 
como já foi dito.
O dicionário nos apresenta, como sabemos, o caráter denotativo do termo. Nós somos 
livres para criar diferentes conotações para os termos. A fim de cercar um pouco mais 
nosso objeto de estudo, recorreremos a uma obra chamada Cultura brasileira, organi-
zada pelo professor Alfredo Bosi e que traz, ao longo de suas páginas, contribuições de 
importantes intelectuais sobre diversos temas relevantes à nossa cultura, inclusive os que 
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“escapam” do que que muitos de nós consideramos “alta cultura”. A própria associação à 
ideia de “belas-artes”, presente nos sentidos do termo, pode gerar a falsa ideia de que há 
obras que, por não serem “belas” sob um determinado modelo, não servem, ou, ainda, 
não têm valor. Esse olhar nos acompanhará ao longo desta unidade, afinal, falaremos 
sobretudo da cultura popular e de suas características e importância.
Segundo Bosi (2000), houve quem julgasse a cultura brasileira como unitária e coesa, 
definível por “esta ou aquela qualidade mestra”. Haveria, portanto, a “expressão de uma 
identidade nacional”. A questão que o autor defende, no entanto, é que não há apenas 
uma cultura brasileira, e a aceitação da pluralidade, que é característica de nossa cultura, 
é um fator importante para que possamos compreendê-la. Bosi, então, passa a alguns 
exemplos práticos dessa multiplicidade. A cultura das classes populares encontra-se por 
vezes com a cultura de massa e esta, por sua vez, com a cultura erudita; as misturas não 
só acontecem, mas são muito frequentes. Além destas, há a cultura indígena, ainda ante-
rior ao processo de colonização, as “velhas culturas ibéricas”, a cultura africana, todas 
elas também “polimorfas”. A cultura dos imigrantes também se faz presente, além das 
diferentes culturas existentes no País, como as culturas gaúcha, paulista, nordestina, etc.
Figura 2 – A cultura de massa não é produzida por aqueles que a consomem
Fonte: Getty Images
A ideia de caos, portanto, é algo que pode vir à nossa mente quando nos debruçamos 
sobre esse profundo tema que é a cultura brasileira. A ideia de “geleia geral” é uma ex-
pressão “jocosa” segundo o Bosi (2000, p. 8). A expressão vem da obra do poeta Décio 
Pignatari e virou título de uma das principais canções (de autoria de Torquato Neto e 
Gilberto Gil) do movimento tropicalista. A letra traz uma série de citações, assim como 
o arranjo. De fato, há muito da cultura do Brasil ali, apresentada na sua forma poética. 
Mas, para entendermos a cultura brasileira de fato, precisamos ir além dessa visão da 
cultura de massa. Nesse sentido, o tempo pode ser um elemento diferenciador.
A cultura brasileira não é uma simples profusão de temas que se acumulam. Para o 
autor, a primeira ideia de uma cultura unitária e coesa rapidamente se dissolve, e apa-
rentemente temos uma desordem, mas devemos perceber que há, de fato, uma multi-
plicidade a ser entendida. A cultura brasileira é, sem dúvida, “plural, mas não caótica”.
Há, entre nós, um “tempo acelerado” (BOSI, 2000, p. 10). Esse tempo “social”, do 
capitalismo, da produção em série de forma ininterrupta, é o tempo da cultura de massa. 
Ela é uma característica que se faz sentir desde que as cidades começaram a se formar 
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UNIDADE Arte, Cultura e Pluralidade
e as pessoas deixaram o campo para trabalhar na cidade, como operários nas fábricas. 
A cultura de massa é, de fato, a cultura de todos nós (pelo menos daqueles que vivem 
nas cidades). De qualquer modo, somos tocados por ela em diferentes níveis. É difícil 
escapar do grande alcance que ela tem a partir dos meios de comunicação de massa.
Figura 3 – O “tempo social” é o tempo da cultura de massa e do modo de produção capitalista
Fonte: Getty Images
Estar imerso na cultura de massa traz riscos e, geralmente, há dois caminhos possí-
veis, a cultura popular e a cultura erudita, já que nenhuma das duas se constrói “a partir 
de um regime de produção em série com linhas de montagem e horários regulados 
mecanicamente” (BOSI, 2000).
Bosi (2000) trata, ainda, do tempo de cada cultura: o tempo da cultura popular é 
cíclico, sazonal, vivido em áreas rurais antigas, em cidades bem pequenas. É o tempo 
do lavrador, que espera o tempo certo de plantar e de colher, observando os sinais da 
natureza, por exemplo. Esse tempo também pode ser vivido em áreas muito pobres das 
grandes cidades, embora nesse caso, provavelmente, exista maior influência da cultura de 
massa. O tempo da cultura erudita, alcançada por meio dos estudos, sobretudo, é o tempo 
histórico. e essa cultura é marcada por uma capacidade de autoanálise, tida muitas vezes 
como uma cultura “superior”, termo que, sem dúvida, implica preconceito (afinal, se existe 
uma cultura “superior” as outras lhe são inferiores e, evidentemente, não é esse o caso).
Como desfazer esses dois mal-entendidos, o de ver a cultura brasileira como algo único 
em contraposição a uma “geleia geral” ou mesmo uma espécie de “salada de frutas”? 
Alfredo Bosi nos oferece uma solução. “Olhar tudo de novo, devagar” (BOSI, 2000, p. 8).
Resumindo ao máximo, quando falamos em “Cultura”, de modo geral, estamos nos 
referindo a hábitos, costumes, linguagens, crenças e atitudes que podem ser capazes de 
designar uma determinada região ou grupo específico de pessoas. Existem pelo menos 
três tipos de cultura: a erudita, a de massa e a popular, e é sobre esta última a nossa 
ênfase no momento. É importante lembrar que a cultura é um dos nossos maiores patri-
mônios sociais, pois é marcada por um conjunto orgânico de heranças e práticas que 
definem os hábitos de um povo.
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Se imaginarmos que cada região, estado ou país tem sua própria cultura, presume-se 
então que exista uma grande diversidadede modos sociais. Podemos chamar essa mul-
tiplicidade de culturas de Diversidade Cultural ou, ainda, Identidades Culturais, Multicul-
turalidade, Pluriculturalidade ou mesmo Interculturalidade.
Ana Mae Barbosa é um grande nome da educação brasileira, referência para as áreas 
de arte-educação e cultura. Leia, no trecho a seguir, a diferenciação que a autora faz dos 
termos apresentados até aqui. Lembre-se das palavras de Alfredo Bosi: vamos tentar esca-
par da ideia de que a cultura brasileira é “apenas” uma profusão desorganizada de temas. 
Enquanto os termos “Multicultural” e “Pluricultural” significam a coexis-
tência e mútuo entendimento de diferentes culturas na mesma sociedade, 
o termo “Intercultural” significa a interação entre as diferentes culturas. 
(BARBOSA, 1995, p. 3)
O trecho apresentado vem do texto Educação e desenvolvimento cultural e artístico, 
escrito por Ana Mae Barbosa. O último termo descrito, “Intercultural”, vem do conceito de 
“multiculturalidade” e refere-se à sensibilização sobre as diversidades culturais delimitadas por 
diferentes territórios, em que se assume uma política de participação, troca e entendimento.
Nesse sentido, a Arte exerce um papel fundamental de acesso e reconhecimento a 
essa diversidade e integração. Por meio da arte, podem ser observada e percebida grande 
parte dos costumes e valores, além, é claro, do estilo e da estética característica de cada 
povo ou lugar. A arte e a cultura são mais que formas de expressão, elas mostram de 
maneira completa a identidade de um povo.
Graça Proença, em seu livro História da arte, afirma que as criações artísticas huma-
nas “contam – talvez de forma muito mais fiel – a história dos homens ao longo dos 
séculos” (PROENÇA, 2001, p. 7). A autora lembra, ainda, de John Ruskin, um crítico 
de arte inglês. Proença cita uma famosa frase do crítico: “as grandes nações escrevem 
sua autobiografia em três volumes: o livro de suas ações, o livro de suas palavras e o 
livro de sua arte”. Ainda nas palavras de Ruskin: “nenhum desses três livros pode ser 
compreendido sem que se tenha lido os outros dois, mas desses três, o único em que se 
pode confiar é o último”.
O que os autores querem dizer com isso? Que o registro de suas ações ou a forma 
como essas ações são descritas, bem como a história de um povo, são questões abertas 
a manipulações, inclusive posteriores. A arte, que retrata necessariamente essa atmos-
fera, esse zeitgeist (espírito do tempo), sempre poderá ser analisada e, segundo eles, 
sempre poderá nos dizer a verdade.
Esse pensamento pode ser amplificado e mais bem compreendido, ainda de acordo 
com as palavras de Ana Mae Barbosa.
Através das artes temos a representação simbólica dos traços espirituais, 
materiais, intelectuais e emocionais que caracterizam a sociedade ou o 
grupo social, seu modo de vida, seu sistema de valores, suas tradições 
e crenças. A arte, como uma linguagem representacional dos sentidos, 
transmite significados que não podem ser transmitidos através de ne-
nhum outro tipo de linguagem, tais como as linguagens discursivas e 
científica. Não podemos entender a cultura de um país sem conhecer sua 
arte. (BARBOSA, 1995, p. 12)
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UNIDADE Arte, Cultura e Pluralidade
Trocando Ideias...
É possível viver sem arte? Reflita sobre como a arte oferece diferentes estímulos ao longo 
de um dia ou uma semana. Tente trabalhar com um conceito amplo de arte, da arte po-
pular à erudita. Pense, ainda, como seria viver em um mundo sem a arte, ou, em outras 
palavras: um mundo no qual seria impossível a expressão humana por meio da arte.
Os autores apresentados nesta primeira parte, por meio de seus escritos e de suas 
ideias, nos ajudaram a compreender melhor o conceito de cultura, ao menos de maneira 
geral. Descobrimos – e isso não pouca coisa – que dada a amplitude do termo e a que 
ele se refere, fica mesmo difícil encerrar a palavra em um sentido único. Vimos, ainda, 
uma primeira ideia de divisão entre cultura erudita, cultura de massa e cultura popular. 
No próximo item, vamos aprofundar nossas discussões sobre a cultura popular, um ele-
mento de extrema importância para nosso estudo.
Pluralidade Cultural da Arte Brasileira
Como vimos, não é fácil definir o termo cultura. A antropologia social tem dedicado 
especial atenção ao seu estudo, e existem, do ponto de vista acadêmico, alguns “tipos” 
de cultura. No item anterior, nós conhecemos alguns deles. Nesta parte, vamos conhe-
cer um pouco mais sobre um desses tipos: a cultura popular. Esse estudo é essencial 
para que possamos penetrar de fato na cultura brasileira e entendê-la em profundidade.
Antonio Augusto Arantes (1990) nos revela que tratar da cultura popular também 
não é tarefa fácil. Ao menos se formos tratá-la da maneira correta, sem generalizações. 
Se, de um lado, a cultura popular parece nos oferecer uma “idealização romântica da 
tradição”, também pode se opor uma noção genérica e pouco interessante de cultura. 
Além dessas duas questões, deve-se observar ainda a Cultura Popular como resistência 
(ARANTES, 1990, p. 8).
A cultura popular, aquela que é honesta e próxima das pessoas do povo, aquela que 
é acessível e não excludente, é produzida pelo povo para o povo. Sabemos que a cultura 
de massa, por exemplo, ao contrário do que o termo poderia indicar, não é uma cultura 
produzida pela massa, que apenas a consome, não a produz. Entre muitas diferenças 
que podem ser apontadas entre essas duas culturas tão distintas pode ser a ausência da 
cultura popular nos meios de comunicação de massa, ou seja, fora o circuito da indús-
tria cultural. Infelizmente, a questão não é tão simples, pois, com alguma frequência, 
a cultura de massa se apropria dessas manifestações populares, transmitindo-as pela 
televisão, por exemplo.
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Figura 4 – A literatura de cordel é uma forte expressão 
da cultura popular do Nordeste brasileiro
Fonte: Wikimedia Commons
Em suma, podemos pensar que o espectador dos desfiles de Carnaval que assiste à 
transmissão do evento pela televisão é um espectador passivo. O folião, que participa 
no bloco do bairro, vive, de fato, o evento. É um participante ativo da cultura que aju-
da a construir. O mesmo vale para as festas populares pelo País, cada uma com suas 
características locais.
Por muito tempo vivenciamos uma cultura europeia; depois passamos a viver, e ainda 
vivemos, sob muitos aspectos, sob a influência da cultura americana (leia-se cultura de 
massa). No entanto, o que muitas vezes esquecemos é que temos uma cultura original, 
afinal, quando os europeus aqui chegaram essas terras já eram habitadas. A cultura 
indígena, infelizmente, é vista como algo menor, pois há uma falsa erudição que insiste 
em valorizar o que chamam de “clássico” e que vem da Europa de antes do Modernismo 
ou, ainda, uma generalizada falta de interesse por tudo o que não fale inglês e que conte 
com os mitos contemporâneos do cinema ou da música. Assim, a cultura indígena tem 
sido gradualmente esquecida, na mesma medida em que muitos desses povos originais 
também desaparecem. Em tempos de justas preocupações com o meio ambiente e a vida 
no planeta, deixamos de valorizar aqueles que, de fato, sempre estiveram em contato 
com a terra, assim como sua sabedoria e suas tradições. É claro que sempre é tempo de 
resgatar o que é relevante e bom, certo?
Graça Proença (2011) traz, em seu livro História da arte, uma parte específica sobre 
a arte brasileira, que vale a pena conhecer. O percurso se inicia na Pré-História (sim, 
tivemos uma Pré-História muito rica no que concerne à arte) e, no capítulo 28 da obra, 
a autora traz a arte dos índios brasileiros. Trata-se de uma arte utilitária e cerimonial. 
Afinal, a noção de “arte pura” não é característica dessa cultura. Além disso, trata-se de 
uma produção variada: pintura corporal, trançado, cerâmica, arte plumária (esta sim, 
voltada talvez mais à beleza) e as máscaras.
É bom lembrar que o Brasil é um país continental. É preciso recordar que as fron-teiras que observamos nos mapas políticos são convenções muito recentes. Há muito 
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UNIDADE Arte, Cultura e Pluralidade
tempo, culturas específicas existiam em diferentes lugares do que é hoje o Brasil. O povo 
Yanomami, por exemplo, que teve sua cultura magistralmente documentada pela fotó-
grafa Claudia Andujar, ocupava parte do Brasil e também da Venezuela.
Ressalte-se que a noção indígena de beleza está muito mais na utilidade e no quanto 
um determinado objeto cumpre bem sua função. Tudo voltado mais à comunidade 
que ao indivíduo. Essa identidade do todo faz o estilo variar entre uma tribo e outra 
(PROENÇA, 2001, p. 190-191).
A “cultura Santarém”, responsável pela “cerâmica santarena” e pela “cerâmica Mara-
joara”, conforme também destaca Proença (2011), representam produções muito im-
portante do Brasil antes do descobrimento. A “cerâmica santarena”, vem da região da 
junção do rio Tapajós com o Amazonas. O desenvolvimento da cerâmica Marajoara se 
dá na Ilha do Marajó, cerca de 1100 a.C., e veremos detalhes dessa cultura e seus des-
dobramentos mais adiante.
Figura 5 – Tanga Marajoara do acervo do Museu Nacional 
da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Fonte: Wikimedia Commons
No entanto, a cultura que se moldou, a partir do século XVI, em nosso País, foi a 
europeia. De modo geral, a cultura do Brasil, a partir do descobrimento e da colonização 
(e esta palavra adquire um sentido bastante específico aqui), foi herdada dos portugueses 
e de sua visão eurocêntrica do mundo, e mais tarde de diferentes povos e etnias que 
contribuíram para a construção do cenário que temos hoje. 
Os colonizadores europeus chegaram povoando os litorais, dominando os povos 
indígenas e impondo seu modelo de pensamento, visando unicamente à exploração do 
“novo mundo”.
Em terras brasileiras, onde viviam o índio, o europeu e o africano, já se iniciava um 
processo de miscigenação. Sabemos que somos um povo miscigenado e nisso talvez 
resida nossa diversidade e riqueza culturais. Se os portugueses chegaram com a cultura 
europeia, o africano, conduzido como escravo, trouxe consigo sua cultura, sua religião, 
sua música e sua dança, partes integrantes e hoje inseparáveis de nossa cultura, sem 
dúvida. Não podemos esquecer que o Brasil era um dos mais importantes mercados de 
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escravos do mundo e, infelizmente, foi um dos últimos a abolir essa barbárie, que cobra 
hoje um alto preço, visível no preconceito e no racismo estrutural de nossa sociedade. 
Como colônia Portugal, o País era absolutamente dependente de sua metrópole. 
Nada se podia imprimir por aqui, por exemplo, provavelmente por medo de que ideias 
revolucionárias alcançassem, por meio dos impressos, um grande número de pessoas.
A chegada da corte portuguesa, em 1808, mudaria esse cenário (embora a escravi-
dão fosse durar até 1888). O Brasil seria, a partir do estabelecimento da corte por aqui, 
o centro do poder. A corte trouxe na bagagem dois prelos de impressão (a bordo da nau 
“Medusa”) e um gosto pela pintura e cultura do período neoclássico francês. O olhar 
para a arte europeia se intensificaria ainda mais com a chegada da Missão Francesa, em 
1816, e a posterior fundação, entre idas e vindas, da Academia Imperial de Belas-Artes. 
Tudo parte de um projeto, claro.
A partir, principalmente, da segunda metade do século XIX, adotou-se no Brasil a 
tese do “branqueamento”, uma ideia eugenista. A tese, absurda, pregava a superioridade 
do branco europeu em comparação ao restante do mundo. Inicia-se, assim, uma série de 
fluxos migratórios vindos da Europa para o Brasil, com o objetivo de “embranquecer” a 
população e torná-la, nessa visão racista e evidentemente ultrapassada, “melhor”.
O resultado prático dessas ações é que outras culturas se juntaram às que aqui já esta-
vam, o que contribuiu para que nossas raízes se mesclassem a outros costumes. Assim 
como hoje, o Brasil é visto à época como um país aberto aos imigrantes. Mais tarde, outras 
culturas viriam ainda se juntar à indígena, à africana e à europeia. A imigração japonesa, 
inaugurada oficialmente pela chegada do navio Kasato Maru ao País, em 1908, é prova 
disso, assim como foi grande o número de imigrantes advindos da Síria e do Líbano. 
O Brasil é hoje a maior comunidade de japoneses e descendentes fora do Japão. 
Leia a matéria “Quais foram as maiores levas de imigração para o Brasil?”, no site da 
revista Superinteressante. Disponível em: https://bit.ly/3CZqiKy
Para contextualizar o estudo desta unidade sobre cultura e as múltiplas acepções que se 
inserem em nossa sociedade, sugere-se a leitura dos artigos a seguir. Eles devem esclarecer 
alguns pontos importantes sobre cultura!
SIMÕES, J. M.; VIEIRA, M. F. A influência do Estado e do mercado na administração da 
cultura no Brasil entre 1920 e 2002. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro, v. 
44, n. 2, abr. 2010. p. 215-257. Disponível em: https://bit.ly/3AY1vV8
INFORMARE – Cadernos de Pós-graduação em Ciências Informação, v.1, n. 2, jul.-dez. 1995. 
p. 24-36. Disponível em: https://bit.ly/2UA8wMC
SILVA, G. V. Capital cultural, classe em gênero de Bourdieu.
Essa grande mescla de referências foi a responsável pelo que hoje chamamos de 
cultura brasileira. Sem dúvida, ela não é caótica, pelas razões já apresentadas, mas apre-
senta um cenário plural e diverso, dadas as características históricas de sua formação, 
o tamanho do País, entre outros fatores. O Modernismo brasileiro, que organizou em 
15
UNIDADE Arte, Cultura e Pluralidade
1922 a Semana de Arte Moderna, encarregou-se de buscar também essas referências. 
É verdade que Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Victor Brecheret viajaram à Europa 
em busca de referências. Essa era a ideia do “antropofagismo” de Oswald de Andrade: 
beber das fontes europeias para, misturando com a arte do Brasil, colocar o País na 
vanguarda das artes.
É notável nessa linha de pensamento o legado de Mario de Andrade, que, além de ser 
um dos nossos intelectuais mais relevantes, foi um pesquisador da cultura de nosso País, 
que viajou e conheceu o Brasil “de dentro”, registrando justamente a cultura popular que 
ele tanto apreciava.
Antes ainda, Almeida Junior já nos apresentava (escapando das regras da academia) 
as figuras do violeiro, do caipira e de outros tipos brasileiros.
Essa riqueza cultural está a nosso alcance. Ainda que a cultura popular não tenha 
o reconhecimento que deveria e poderia ter, ela pode ser fartamente encontrada pelo 
Brasil. Cabe, provavelmente um pouco a cada de um de nós, ir a seu encontro, sem 
mediações, sobretudo a cultura de massa e a indústria cultural, úteis para que talvez 
saibamos onde encontrar essas manifestações, que são muito mais interessantes e cati-
vantes quando vivenciadas. 
Assim, algumas regiões do Brasil mantêm suas tradições até hoje, como as regiões 
Norte e Nordeste, onde se encontram importantes manifestações da cultura popular e 
do folclore brasileiro.
O referencial cultural é muito forte e dotado de uma tradição cultural que remonta à 
identidade regional e se comunica através da arte, do gesto, da escrita, da tradição, das 
festas populares. Tudo isso voltado à expressão e à manifestação do coletivo, ou seja, rea-
lizado nas relações entre as pessoas, uns com os outros e com o mundo, em um determi-
nado espaço, seja público, seja privado. É sobretudo por meio desse conjunto simbólico 
e identitário que podemos transformar uma cultura social. A denominação dada a essas 
manifestações é o que chamaremos de “cultura popular”, portanto, a identidade cultural 
de um povo.
Infelizmente, é muito comum que essas manifestações não cheguem até nós ou, 
ainda que ao chegar, estejam descontextualizadas, transformadas em algo que elas não 
são. Essa visão “distorcida” da cultura popular é colocada pela cultura de massa. Há, é 
claro, um contraponto importante aqui. Alguém que nasceu e cresceu em uma grande 
metrópole certamente não fará ideia da riqueza cultural dos povos indígenas do Brasil. 
Assim,a cultura de massa, para alguns, desempenharia aqui uma função importante: 
a de aproximar o público dessas manifestações. Essa não é uma questão fechada. Há, 
assim, duas visões possíveis. A cultura de massa pode, por um lado, menosprezar uma 
manifestação da cultura popular, simplesmente a ignorando, ou apropriar-se de seus 
heróis, de seu estilo de suas características e moldá-las a seu modo, introduzindo no 
circuito da comunicação de massa uma cultura “popular” massificada. Entretanto, ela 
também tem o poder de trazer essas manifestações para o conhecimento de todos que 
estão a ela engajados, a chamada “massa”.
Uma coisa é certa, o contato intermediado pelos meios de comunicação de massa 
será menos interessante, até em razão das características desses meios. Ver o processo 
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de produção de uma cerâmica, de uma gravura ou, ainda, uma apresentação de um 
repentista popular em uma feira tradicional pela televisão não significa estar inserido na 
cultura popular. Para tanto, é bem provável que seja necessária uma imersão, ir mesmo 
a fundo na tradição e participar de corpo e alma dessa cultura. Lembre-se de que Mario 
de Andrade não se informou por revistas e livros em seu gabinete, foi ao encontro de 
seu objeto, a cultura popular do Brasil, pessoalmente.
A valorização dessas expressões populares fará com que elas sobrevivam ao tempo e 
continuem a contar uma narrativa que é a de todos nós, brasileiros. Isso contribui para 
o enriquecimento e desenvolvimento de cada região e do País, certamente, sobretudo se 
esses caminhos forem bem entendidos por certos setores da sociedade. 
Nesse sentido, faz-se necessário o compromisso das entidades responsáveis, e do 
povo em si, na atuação unificadora das origens e tradições populares para fortalecer e 
legitimar nossa cultura, sobretudo a arte. Cabe ressaltar que a base propulsora para a 
manutenção de tudo isso é vulnerável às interferências de caráter educacional, social, 
político e econômico, portanto, susceptível ao enquadramento dos sistemas normativos 
de cada região. 
É preciso, em uma visão progressista, aproximar as pessoas, sobretudo ao habitante 
da cidade, da cultura popular, sem com isso diluí-la em facilitações enganadoras. Se 
houver uma estratégia viável, setores como o turismo, por exemplo, podem receber um 
forte impulso econômico e social. Isso sem que se destrua ou se desenraize a cultura de 
um lugar. Isso pode ser um problema, pois nos habituamos, todos nós, à globalização, 
à cultura de massa, ao tempo social, ao dia regulado pelo relógio de ponto da fábrica. 
Talvez seja bom parar e respirar um pouco e, quem sabe, olhar um pouco além do que 
é simplesmente colocado diante de nós.
Cultura, Arte e Patrimônio
Discutir o conceito e, principalmente, a finalidade da obra de arte é tema complexo. 
Sabemos, no entanto, que a arte é uma característica humana, ou pelo menos é de nossa 
natureza uma expressão, que pode ser visual, auditiva, tátil ou olfativa. Enfim, certamente, 
tem relação com os sentidos. Quando pensamos em Arte Contemporânea, consideramos 
a expressão baseada nos cinco sentidos, embora seja claro que, por muito tempo, a ênfase 
foi visual, no caso da pintura; e mesmo auditiva, no caso da música. A arte, portanto, 
constitui um importante conjunto de códigos culturais como meio de compreensão das 
tradições do contexto social. A arte, como expressão particular de um povo ou de um lu-
gar, nos auxilia a entender a cultura, difundida por meio dessas expressões. Neste tópico, 
faremos uma breve reflexão sobre os códigos e as práticas culturais da arte, sobretudo no 
que concerne a uma visão “institucionalizada” do que seja arte e uma visão mais aberta, 
que inclui as manifestações da cultura popular, como o artesanato.
De um lado, temos o mainstream, o circuito “oficial” das artes. Ele tem suas regras 
próprias, baseadas em séculos de uma historiografia da arte específica, cheia de mo-
delos e práticas entendidas como corretas. Evidentemente, a própria história da arte 
é cheia de rupturas, quando artistas ou grupos se colocam contra essas convenções. 
17
UNIDADE Arte, Cultura e Pluralidade
Ainda assim, logo esse “diferente” se transforma em um novo padrão, que passa a ser 
seguido e, assim, temos um novo modelo, padrão ou cânone. Por diversas razões, essa 
“arte institucionalizada” tende a ser mais elitista, vista como uma cultura “superior” ou, 
como é mais interessante apontar, uma cultura erudita.
De seu lado, as manifestações da cultura popular quase sempre não alcançam esse 
status. Isso acontece porque, diferente da cultura erudita, não há o estudo formal. As 
técnicas são aprendidas na prática, passadas de geração em geração e por vezes não 
há, sequer, o registro textual de como tudo é feito. A arte do artesanato, entre outras, 
compõe uma forma de expressão coletiva e espontânea, sem o aprendizado dirigido da 
cultura erudita.
É claro que o contato entre as culturas acontece. Não seria exagerado dizer que cada 
vez mais essas interfaces se encontram mais próximas, ao menos se considerarmos uma 
visão mais aberta da Arte Contemporânea. Assim, uma obra de altíssimo valor cultural 
como a do cordelista e gravador J. Borges pode, eventualmente, integrar o circuito comer-
cial da arte e visto como deve ser: uma verdadeira manifestação de alto valor cultural que 
sim, incorpora questões locais, mas que pode ser apreciado de forma mais abrangente. 
É também o caso da pintora Djanira (1914-1979) e outros artistas entendidos como “in-
gênuos”, ou naïf. Para tanto, esses artistas precisam ser “descobertos”, embora esta não 
seja uma condição para que sejam reconhecidos como expressões particulares de uma 
cultura específica. O trabalho deles tem valor estético e cultural, independentemente do 
fato de estarem em um circuito oficial.
Conheça um pouco mais da vida e da obra da pintora Djanira, um dos mais importantes 
expoentes da arte naïf brasileira. Disponível em: https://bit.ly/37VXyUz
Conheça um pouco mais sobre a vida e a obra de J. Borges, importante artista popular do 
Brasil, e de outros artista influenciados por sua obra. A matéria é do programa Metrópolis, 
da TV Cultura. Disponível em: https://youtu.be/mZfB_idVThM
O valor dessa cultura popular não é entendido pelo mercado, ou ao menos não o é 
com facilidade. Para usar uma palavra da moda: esse “valor” não pode ser monetizado, 
não pode ser medido pelos parâmetros meramente comerciais. Apesar disso, sabemos 
que essas manifestações populares têm alto valor cultural, inclusive aquelas não pal-
páveis, que constituem e podem ser consideradas “patrimônio cultural imaterial”, que 
conta com o reconhecimento do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 
– Iphan e até como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, com reconhecimento 
da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco. 
O samba de roda do Recôncavo Baiano, o frevo e a roda de capoeira são exemplos de 
patrimônio imaterial, sendo reconhecidos pelo Iphan e pela Unesco.
É preciso lembrar que o acesso a essa diversidade cultural dependerá de espaços 
para abrigar a arte e colocá-la em conexão com seu público. Para isso, existem museus 
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e instituições culturais inseridos no contexto brasileiro, nos quais, organicamente, é 
promovida uma incorporação das Artes Visuais de maneira um pouco mais democrá-
tica, valorizando as discussões no âmbito dos valores culturais, dos mais periféricos 
aos mais elitizados.
Figura 6 – Museu do Futebol em São Paulo, 
tecnologia e cultura brasileira além do futebol
Fonte: Wikimedia Commons
É claro que o que é material pode ser fisicamente preservado e exposto em museus 
tradicionais. Há, ainda, novos museus, caracterizados pelo uso de tecnologias digitais, 
como projeções e exibições multimídia. Sem dúvida, essa categoria de museus (como 
o Museu do Futebol e o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo) está apta a apre-
sentar o objeto tradicional, assim como demonstrar aquilo que é imaterial.Os museus 
tecnológicos, de evidente viés educativo, trazem outras experiências e outro conceito de 
acervo. O que se vê é uma abertura e, por que não dizer, uma democratização. Afinal, 
a arte é também um processo de afirmação e posicionamento político.
Tudo isso exigirá a atuação de gestores públicos ou privados, curadores, normas 
reguladoras e direitos de coletividade, ao que se pode chamar de “Políticas das Artes”, 
como forma de abarcar os critérios e as leis regulamentares de cada região e, é claro, 
definidas pela sua cultura local e pelo governo. Portanto, cada Estado ou Município será 
submetido às ações de mapeamento de fomento para a regularização de suas priori-
dades. Esse não é um trabalho fácil, afinal, não podemos esquecer que as dimensões 
continentais do Brasil nos colocam em contato com uma série de culturas ancestrais e 
suas ramificações.
A leitura do texto indicado sobre “A política de Artes Visuais no Brasil” refere-se a um 
exemplo sobre as articulações entre a Arte e as políticas que fomentam a região da Amazô-
nia e como se articulam.
M ENSES, M.; NASCIMENTO, R. A política de Artes Visuais no Brasil: um estudo de caso da 
Amazônia. Revista de Discentes de Ciência Política da UFSCAR, São Carlos, v. 5, n. 1, 2017. 
Disponível em: https://bit.ly/3zdQi2g
19
UNIDADE Arte, Cultura e Pluralidade
Trocando Ideias...
O que, afinal, é arte política? Existe política na Arte? Mas como isso funciona no Brasil?
Nos vídeos indicados a seguir, você poderá ver o depoimento de vários críticos e artistas tra-
tando de seus pontos de vista sobre a relação entre Arte e Política. Uma grande contribuição 
da TV Brasil, vale conferir!
• Vídeo1: Arte e Política. TV Brasil. Disponível em: https://bit.ly/3j04YN9
• Vídeo 2: Brasil mostra a diversidade da produção de arte e política. TV Brasil. 
Disponível em: https://bit.ly/3suEWod
Algumas das experiências artísticas são mais localizadas territorialmente e se utilizam 
da Arte como linguagem para questionar temas como cidadania, ética, (in)tolerâncias 
sociais e poder. Dessa forma, a cultura e a arte andam atreladas na discussão do papel 
social do sujeito contemporâneo com viés político, sejam esses projetos autorais ou 
coletivos, populares ou eruditos, mas sempre em busca da reflexão sobre temas que 
valorizem a sociedade brasileira e suas essências, elevando a qualidade de vida a partir 
da sensibilidade e coragem desses artistas. Sob esse aspecto, o artista passa, então, a 
ser o interlocutor entre o indivíduo e a sociedade, acometido pelo poder transformador 
da arte, sobretudo a arte política ou engajada.
A Arte engajada é um tipo de manifestação artística que de fato abraça uma causa, seja 
colaborando para a divulgação de ideias, seja tornando mais conhecido um problema. As 
causas podem ser políticas, sociais, culturais, questões de gênero, ideologia etc.
Depois do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), surgem os “museus moder-
nos”, e cria-se a Bienal de São Paulo. Nessa atmosfera, surgem, em 1948, os Museus de 
Arte Moderna do Rio de Janeiro e de São Paulo, enquanto outras instituições “perma-
neciam hostis à arte moderna”. O Museu de Arte de São Paulo – MASP foi fundado em 
1947, e em 1951 A Bienal de São Paulo, primeiro como atividade ligada ao Museu de 
Arte Moderna de São Paulo, e posteriormente atuando de forma autônoma (MANUEL; 
LEITE, 1979, p. 886-897). A primeira Bienal de São Paulo aconteceria de outubro a 
dezembro de 1951 e se constituiria, ao longo dos anos, como um dos grandes eventos 
artísticos do mundo.
Em 2006, já em sua 27ª edição, o evento contou com a curadoria de Lisette Lagnado, 
que criou um enfoque inovador de democratização e transparência da arte, que redun-
dou em um coletivo de curadores sob o tema “Como Viver Junto”, nome de uma série 
de seminários de Roland Barthes nos anos 1970. O evento reuniu 118 artistas, entre 
brasileiros e estrangeiros, inclusive alguns pouco conhecidos, que propuseram a escolha 
de obras de apelo político e humanista. A exposição se expandiu para diferentes dis-
cursos sobre o tema, colocando lado a lado artistas de diferentes nacionalidades e suas 
visões de mundo.
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Para compreender o contexto da 27ª Bienal de São Paulo, sob o tema “Como Viver Junto”, 
acesse o link a seguir. Nessa edição da Bienal, foi a primeira vez que a curadoria foi compar-
tilhada, o que ressaltou o quanto a arte pode ser democrática e transformadora. 
27ª Bienal de São Paulo. Exposição Como Viver Junto, 2006. Disponível em: https://bit.ly/3y1nvwz
Figura 7 – Seguranças
Fonte: bienal.org
Figura 8 – Escada Parasita
Fonte: bienal.org
Paralelamente à exposição das obras, foram oferecidos vários seminários e ações 
educativas para o público em geral, mas principalmente para as periferias da cidade, 
disponibilizando todo material de apoio e monitoria especializada. O projeto também 
foi dividido em dois eixos de ação: as visitas gratuitas à mostra, com o título de Bienal-
-Escola, realizadas em parceria com a Secretaria da Educação do município; e uma ou-
tra, denominada Centro-Periferia: Como Viver Junto, que ofereceu atividades locais 
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UNIDADE Arte, Cultura e Pluralidade
e uma forte articulação de educadores e projetos com estudantes e adultos de diferentes 
lugares da periferia de São Paulo, como forma de inserção social no acesso à arte. Nessa 
linha, o projeto Arte, realizado na cidade de São Paulo de 1994 a 2002, é uma inicia-
tiva das mais interessantes, já que a própria cidade se transforma no “suporte” dessas 
intervenções artísticas.
Conheça mais sobre o Projeto Arte/Cidade no link a seguir. O texto é de Nelson Brissac, orga-
nizador e curador projeto. Disponível em: https://bit.ly/37UxERh
Os museus ainda podem transmitir uma imagem de entidades fechadas, privilégio de 
poucos. Em muitos casos, eles são, de fato, bem pouco aconchegantes ou convidativos. 
Sem dúvida, isso pode espantar o espectador “comum”. Projetos como esses que foram 
apresentados, entre outros, são capazes de levar a arte para um público que não está 
necessariamente acostumado à fruição artística nos espaços “oficiais”. O que pode, 
inclusive, criar uma certa confusão. A escada do lado de fora do prédio da Bienal, por 
exemplo, pode ser vista de maneira estranha por quem está passeando com a família 
pelo Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e não tem interesse, necessariamente, em 
visitar a Bienal (desde 1957, a Bienal de São Paulo acontece em um pavilhão projetado 
pelo arquiteto Oscar Niemeyer, localizado no Parque do Ibirapuera).
Sair do “cubo branco”, com às vezes os museus mais tradicionais são chamados, 
pode ser, assim, uma excelente ideia para levar uma obra a um público maior. Ainda 
mais radical ainda é a obra de Banksy, misterioso artista urbano que pratica uma arte de 
forte apelo político. No Brasil, aliás, a arte urbana é uma referência e é muito respeitada 
no exterior. A dupla Gustavo e Otávio Pandolfo, mais conhecidos como Os Gêmeos, 
tem hoje grande destaque.
Que tal refletir um pouco sobre o papel dos museus e das exposições de arte? Como elas 
funcionam em sua cidade ou estado? Como as instituições que exibem arte dialogam com a 
arte urbana e com a arte proveniente da Cultura Popular?
Em outro contexto de inserção social das artes, as práticas culturais populares, como 
o artesanato, são uma das maiores expressões da produção de cultura material e contri-
buem com uma parcela importante na atividade econômica do País. 
Entretanto, a diversidade característica do artesanato e de outras manifestações não 
garante o mercado para esses artesãos. Em razão disso, para garantir a qualidade, a 
procedência e contribuir na geração de renda nas feiras nacionais, foi criado o Programa 
de Artesanato Brasileiro – PAB. Essa é uma iniciativa importante, pois nem sempre o 
produtor consegue se articular, o que é mais fácil por meio de cooperativas ou grupos 
de artistas apoiadas pelo governo.
Iniciativas como essa buscam estimular a geração de empregos (diretos e indiretos),incrementar renda e aproveitar as vocações regionais; bem como preservar a cultura 
popular que é, sem dúvida nenhuma, um dos maiores patrimônios do País.
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Por considerar o artesanato uma importante atividade econômica para 
o Brasil, o Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exte-
rior – por meio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) – procura 
fortalecer cada vez mais esse segmento produtivo. O programa tem por 
finalidade coordenar e desenvolver atividades que buscam valorizar o ar-
tesão e sua obra. As ações implementadas têm como meta incentivar o 
associativismo e o cooperativismo, a produção e a comercialização do 
trabalho artesanal, bem como promover e divulgar os produtos nos mer-
cados interno e externo. Nesse sentido, as diretrizes políticas estabeleci-
das pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 
para o PAB objetivam e stimular a geração de empregos, o incremento 
da renda e o aproveitamento das vocações regionais. E, acima de tudo, 
preservar a cultura popular que é, sem dúvida nenhuma, um dos maiores 
patrimônios do País. (SEADON, 2002, p. 10)
Para saber mais sobre o que é o “Programa do Artesanato Brasileiro”, assista ao vídeo O que 
é o programa de artesanato brasileiro? Disponível em: https://youtu.be/M_SJM5tmeQY
Outro órgão oficial que apoia o artesanato, nesse caso, especificamente o do Maranhão, 
é o Instituto de Desenvolvimento do Artesanato Maranhense – IDAM, constituído por 
uma Central de Comercialização, uma Central de Treinamentos, uma Agência Financia-
dora, uma Exportadora e uma Central de Compras. Foi gerado a partir de uma parceria 
dos Artesãos com o SEBRAE/MA e com o governo do Estado. O órgão é o responsável 
em representar e comercializar o artesanato dos grupos de artesãos capacitados pelo 
SEBRAE/MA. 
Para a apreciação dos trabalhos artesanais da região maranhense e da riqueza de seus cos-
tumes, este catálogo é uma ótima referência: I nstituto de Desenvolvimento do Artesanato 
Maranhense – IDAM/SEBRAE. Catálogo de artesanato Maranhão Brasil, 2007. São Paulo: 
SEBRAE, 2007. 46p. Disponível em: https://bit.ly/3mhLJ3E
Arte Plural, Cultura e Artesanato 
Brasileiro: Manifestações da Cultura Popular
As culturas dos povos indígenas e africanos presentes nas regiões Norte e Nordeste do 
Brasil podem ser vistas em grande parte do nosso artesanato. Na região do Amazonas, 
por exemplo, essas tendências influenciaram, além da confecção de utensílios, a produ-
ção de matérias-primas, as cores utilizadas, os desenhos e até mesmo a diversidade de 
materiais. Já na região Sudeste, em São Paulo, Estado com a maior população do País, 
vivem famílias de imigrantes do Japão, da Itália, de Portugal, da Espanha, da Arábia, entre 
outros. Na região Sul, há forte influência da imigração alemã, bem como de italianos e 
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UNIDADE Arte, Cultura e Pluralidade
portugueses. Como vimos, essa extensa e rica multiculturalidade se difunde em todos 
os Estados da Federação.
É impossível falar com profundidade sobre todas essas culturas. Por isso, vamos apre-
sentar neste tópico alguns elementos selecionados de Estados do Norte e do Nordeste 
do Brasil. Esses exemplos servirão para ilustrar o que tratamos sobre a cultura brasileira, 
sua multiplicidade e seus valores históricos e estéticos. Sem dúvida, esse é um assunto 
que, para um maior aprofundamento, o ideal seria dedicar-se a uma área específica de 
estudos. Essa seria, provavelmente, a melhor contribuição que se poderia dar a nossa 
cultura, tão plural. 
Na Bahia, resultado da mistura de tradições indígenas, portuguesas e africanas, a 
cidade de Salvador é um verdadeiro exemplo do sincretismo religioso, da música, do be-
rimbau e das carrancas de madeira. Da cidade, rodeada pela arquitetura do período co-
lonial, vêm os cultos afro-brasileiros, nascem os amuletos, os atabaques, a cerâmica de 
Maragogipinho (um dos maiores centros produtores de cerâmica do País), entre outros 
exemplos possíveis. A tecelagem, em tear manual, produz redes, colchas e tapeçarias.
Sincretismo religioso: O Brasil, em razão de sua colonização, e de outros diversos fatores 
que já abordamos, é um País miscigenado. Essa grande variedade de povos que por aqui 
chegaram, além dos índios, os habitantes originais, tinham cada um suas próprias crenças 
religiosas. Por sincretismo religioso, entendemos uma prática religiosa que pode trazer ele-
mentos de outras crenças. Um caso muito comum é a correspondência de santos católicos 
com figuras do candomblé. No dia 4 de dezembro, por exemplo, comemora-se o dia de Santa 
Bárbara, para os católicos. Para os praticantes do candomblé, o dia é de Iansã, a senhora dos 
ventos. O termo pode indicar, entretanto, quaisquer fusões ou adequações das mais diver-
sas crenças dos imigrantes que por aqui têm chegado desde a colonização do País.
Figura 9 – Ibá (Conjunto de panela, bacia e 
sete pratos em cerâmica), Maragogipinho – BA
Fonte: Reprodução
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Em Pernambuco, o Centro de Artesanato de Pernambuco, em parceria com o governo 
do Estado, entre outras iniciativas, promove, anualmente, diversas feiras. A Fenearte é 
considerada uma das maiores feiras de artesanato da América Latina. Ela tem como 
principal objetivo promover a comercialização e divulgação do artesanato, contribuindo 
para o crescimento da artesania da região. 
Para conhecer a riqueza do artesanato das regiões Norte e Nordeste, acesse o site da mais 
importante feira de Pernambuco, considerada a maior da América Latina. 
Disponível em: https://bit.ly/3mfAN6t
Figura 10 – FENEARTE, 2018
Fonte: Reprodução
Hoje, a capital do Estado de Goiás é a cidade de Goiânia. Até 1937, no entanto, 
a capital do Estado era a cidade de Goiás, ou, ainda, “Goiás Velho”, como também é 
conhecida. A cidade é considerada patrimônio da humanidade, tombada pela Unesco. 
Surgiu em meados do século XVII e era habitada por vários grupos indígenas que ocu-
pavam as minas e, posteriormente, apropriada pelos bandeirantes durante a corrida 
do ouro. A cidade conserva sua arquitetura barroca colonial, as tradições culinárias, o 
artesanato e as festas folclóricas.
É na cidade de Pirenópolis, a cerca de 120 quilômetros da capital goiana, que o arte-
sanato é inspirado nas festas populares e onde são produzidos estandartes e máscaras. 
Os cavaleiros e as máscaras fazem parte das festividades anuais durante as Cavalhadas, 
na Festa do Divino Espírito Santo. A festa foi reconhecida pelo Iphan como Patrimônio 
Cultural do Brasil em 2010.
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UNIDADE Arte, Cultura e Pluralidade
Figura 11 – Festa do Divino Espírito Santo, Pirenópolis – GO
Fonte: portal.iphan.gov
Outro Estado que tem reconhecimento internacional dado pela Unesco é o Maranhão. 
O Estado conserva mais de três mil edificações dos séculos XVIII e XIX. As heranças 
culturais indígenas, africana e europeia são representadas em azulejos pintados à mão, 
além do tradicional Bumba meu boi, festividade que acontece no dia 23 de junho, vés-
pera de São João. Outras festas acontecem no dia 28, véspera do dia de São Pedro e 
no dia 30, dia de São Marçal, que marca o último dia das festividades. Os preparativos, 
no entanto, se iniciam logo após as festas de fim de ano.
Assista ao vídeo a seguir e saiba mais sobre o Bumba meu boi no Estado do Maranhão.
Bumba meu boi é atração para turistas no centro histórico do Maranhão. 
Disponível em: https://bit.ly/3AZqnfx
A festa, de origem ibérica e que teria sido influenciada, ainda, pela cultura africana, 
conta a história de um boi que teve a língua cortada por um pai ansioso por satisfazer 
os desejos de uma mulher grávida. Existem muitas interpretações sobre essa história, 
e em cada região o Bumba meu boi é festejado de uma forma, o que resulta em uma 
diversidade de estilos.
As festividades servem de inspiração para o artesanato de máscaras e chapéus, re-
pletos de fitas, penas, paetês, vidrilhos e as lantejoulas, que, em sua maioria, estampam 
representações religiosas. Os objetos dessa artesania são as miniaturas depersonagens 
ainda vivos na memória cultural maranhense, bem como peças típicas, como a canoa 
costeira e a igarité.
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Figura 12 – Bumba meu boi, Maranhão, Brasil
Fonte: ilamdir.org
Figura 13 – Festa do Bumba meu boi, Maranhão
Fonte: ilamdir.org
É interessante perceber que a lenda do boi é contada em diferentes localidades, nas 
quais recebe diferentes nomes. Em algumas regiões brasileiras, a festa é conhecida como 
“Boi-bumbá”, entre outros nomes.
Uma das representações mais famosas da festa é a de Parintins, no Amazonas, uma 
disputa entre o “boi garantido”, representado por um coração vermelho, e o “boi capri-
choso”, representado por uma estrela azul. As festividades acontecem desde 1965 e têm 
o reconhecimento do Iphan como patrimônio cultural do Brasil.
Na cidade de Parnaíba, no Piauí, o Bumba meu boi começou no final dos anos 1940. 
Essa história é contada pelo Sr. Raimundo Bandeira, o mais antigo mestre de Bumba 
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UNIDADE Arte, Cultura e Pluralidade
meu boi de Parnaíba e do Piauí, que desde os primórdios da festa na região promove o 
evento na cidade. Segundo Bandeira, o Boi Igaraçu, ou Boi do Bandeira, como também 
é conhecido, é o mais antigo de todos, sendo o único que todos os anos atravessava toda 
a cidade de Parnaíba.
Figura 14 – Bumba meu boi de Parnaíba, Piauí
Fonte: Reprodução
Podemos concluir esta unidade confirmando que existem inúmeras e heterogêneas 
manifestações culturais por todo o Brasil. Cabe ressaltar que, para sobreviver até hoje, 
essas manifestações culturais tiveram que enfrentar muitas mudanças de caráter político, 
econômico e turbulências no cenário nacional, bem como outros processos ligados à 
comunicação e à tecnologia. Nesse sentido, o povo é detentor de seus valores e, ao reco-
nhecer as suas tradições, pode deixar de lado o contexto antagônico da modernização 
e pensar a tradição como um agente de transformação social. Há instrumentos para a 
preservação (Iphan-Unesco), mas é o uso que garantirá a perpetuação dessas culturas. 
Que tal tentarmos olhar para aquilo que está bem pertinho da gente? Talvez tenha algo 
interessante para participar e aprender.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Paisagem, território e identidade: uma abordagem da Geografia Cultural para o Pantanal Mato-grossense 
VARGAS, I. A. de. Paisagem, território e identidade: uma abordagem da Geografia Cultu-
ral para o Pantanal Mato-grossense. In: KOZEL, S.; COSTA SILVA, J. da; GIL FILHO, F. 
(org.). Da percepção e cognição à representação: reconstruções teóricas da Geografia 
Cultural e Humanista. São Paulo: Terceira Margem; Curitiba: NEER,2007. 
 Leitura
Boi Bumbá do Amazonas agora é patrimônio cultural do Brasil
https://bit.ly/3sxH0vS
Catálogo de artesanato Maranhão Brasil 
https://bit.ly/3mhLJ3E
A política de Artes Visuais no Brasil: um estudo de caso da Amazônia 
https://bit.ly/3zdQi2g
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UNIDADE Arte, Cultura e Pluralidade
Referências
ARAGÃO, Y. C. Liga Parnaibana de Bumba Meu Boi. Jornal da Paraíba, 13/04/2018. 
Patrimônio Cultural da Paraíba. Disponível em: <http://www.jornaldaparnaiba.com/ 
2018/04/liga-parnaibana-de-bumba-meu-boi.html>. Acesso em: 18/01/2021.
ARANTES, A. A. O que é cultura popular. São Paulo: Brasiliense, 1990.
BARBOSA, A. M. T. B. Educação e desenvolvimento cultural e artístico. Educação & 
Realidade, v. 20, n. 2, p. 9-17, jul./dez. 1995. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/
index.php/educacaoerealidade/article/view/71713>. Acesso em: 18/01/2021.
BOSI, A. (org.). Cultura brasileira: temas e situações. São Paulo: Ática, 2000.
LEITE, J. R. T.; MANUEL, P. Museus e Bienais. In: MANUEL, P. et al. Arte no Brasil. 
São Paulo: Abril, 1979. v. 2.
PROENÇA, G. História da arte. São Paulo: Ática, 2001.
SANTOS, F. R. A colonização da terra do Tucujús. In: SANTOS, F. R. História do 
Amapá, 1º grau. 2. ed. Macapá: Valcan, 1994.
SEADON, R. H. A arte do artesanato brasileiro. São Paulo: Talento, 2002. Catálogo.
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