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SISTEMA DE ENSINO
PERÍCIA CONTÁBIL
Prova Pericial
Livro Eletrônico
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Prova Pericial
PERÍCIA CONTÁBIL
Andrey Soares
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Prova Pericial .....................................................................................................................................................................4
1. Prova ...................................................................................................................................................................................4
1.1. Tipos de Prova ............................................................................................................................................................5
1.2. Prova Pericial .............................................................................................................................................................6
1.3. Prova Técnica Simplificada ............................................................................................................................. 10
2. Relatórios Periciais: o Laudo Pericial e o Parecer Técnico ...............................................................11
2.1. Conceitos e Características ..............................................................................................................................11
2.2. Apresentação do Laudo Pericial Contábil e Oferta do Parecer Técnico-Contábil ..........14
2.3. Estrutura....................................................................................................................................................................17
2.4. Terminologia ............................................................................................................................................................18
2.5. Conclusões do Laudo ..........................................................................................................................................19
2.6. Prazos para Apresentação dos Relatórios ...........................................................................................20
2.7. Pedidos de Esclarecimentos ..........................................................................................................................21
3. Aplicação Prática da Perícia ..............................................................................................................................23
3.1. Apuração de Haveres ..........................................................................................................................................23
3.2. Balanço de Determinação, Balanço Especial e Balanço Ajustado ...........................................27
4. Aspectos Importantes da Perícia no CPP ..................................................................................................40
Resumo ...............................................................................................................................................................................47
Questões Comentadas em Aula ............................................................................................................................54
Exercícios ...........................................................................................................................................................................62
Gabarito ..............................................................................................................................................................................68
Gabarito Comentado ................................................................................................................................................... 69
Referências ....................................................................................................................................................................... 79
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Prova Pericial
PERÍCIA CONTÁBIL
Andrey Soares
ApresentAção
Que prazer recebê-lo(a), mais uma vez, em nossa sala de aula virtual do Gran Cursos Onli-
ne, caro(a) aluno(a)! Hoje, concluiremos nosso curso sobre Perícia Contábil.
Em nossa primeira aula, fizemos um verdadeiro “tour” pelo que considero ser o mais impor-
tante, com maior potencial de cobrança na prova quando nos aspectos conceituais de perícia 
e de perito contábil.
Hoje, para fecharmos com maestria nosso curso, vamos estudar a outra parte da disci-
plina, voltando nossa atenção, basicamente, para o produto do trabalho do perito, o laudo e o 
parecer técnico.
Falaremos também, pois, de uma parte mais prática da disciplina, de forma que você en-
tenda como o examinador tende a elaborar uma questão que venha a explorar a aplicação da 
técnica no “mundo real”.
Para deixar o encontro ainda mais atraente, destaco ainda alguns tópicos do Código de 
Processo Penal (CPP) que considero fundamentais para o exercício da perícia criminal, e que 
podem, por isso, também chamar a atenção do examinador.
O momento é mais que oportuno para reforçar meu pedido: avalie esta e as demais aulas 
de nosso curso. É algo simples, mas muito importante para que eu saiba, exatamente, se estou 
conseguindo transmitir o conhecimento da forma que você precisa para gabaritar essa prova. 
Fique à vontade para fazer seu comentário na plataforma do Gran!
Agora, sim, avante!
Prof. Andrey Soares de Oliveira
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Prova Pericial
PERÍCIA CONTÁBIL
Andrey Soares
PROVA PERICIAL
1. provA
Antes de conhecermos os principais aspectos que esses documentos (laudo pericial e 
parecer pericial, precipuamente) representam no contexto probatório, entendamos como a pe-
rícia e seus produtos se encaixam no âmbito da solução de uma controvérsia judicial ou extra-
judicial, enquanto espécie (ou tipo) de prova.
Lembrando, desde já, que a prova só terá serventia quando estivermos tratando de fatos 
que gerem alguma controvérsia, alguma discussão entre partes com interesses opostos.
Ora, é natural que existam fatos eventualmente relacionados na disputa que não deman-
dam prova para o perfeito entendimento do juiz sobre as circunstâncias a julgar, e sua conse-
quente decisão. Esses fatos estão disciplinados no art. 374 do CPC/2015. São eles:
• os fatos notórios (inciso I);
• os afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária (inciso II);
• os admitidos no processo como incontroversos (inciso III); e
• aqueles em cujo favor milita presunção legal da existência ou de veracidade.
Esquematizando...
Em outras situações, entretanto, a prova é importante ou, porque não dizer, essencial para 
o deslinde da questão em disputa.
Nesse contexto, prova (em seu sentido amplo), do latim probare (convencer, tornar crível) deve 
ser compreendida como “tudo que puder influenciar, de alguma maneira, na formação da con-
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Prova Pericial
PERÍCIA CONTÁBIL
Andrey Soares
vicção do magistrado para decidir de uma forma ou de outra, acolhendo, no todo ou em parte, 
ou rejeitando o pedido do autor”1.
Veja quão amplo é o conceito de prova. Se algo ou alguém puder influenciar no desfecho 
de um processo, na decisão final do juiz, esse algo ou alguém será uma prova. Mas, para tal, 
temos uma condição básica: esse elemento precisa ser revestido de licitude.
Observe o que determina o art. 369 do CPC/2015 (grifos não constam no original):
As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, 
ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedi-
do ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
Portanto, sendo ilícita a prova, não será ela admitida no processo.
1.1. tipos de provA
Da amplitude de conceitos nascem as espécies (ou tipos) de prova, as quais estão elenca-
das no processo civil no Capítulo XII. Em destaque, temos 07 (sete) tipos de provas admitidos 
no Direito, entre os quais aparece a prova pericial.
Ressaltando que esse número de espécies não é exaustivo, ou seja, pode haver outras, 
desde que obedeça àquela premissa elementar: devem ser lícitas. É um número, portanto, 
exemplificativo, como se depreende da leitura do art. 369 do CPC/2015 visto anteriormente.
Por desencargo de consciência, teçamos alguns comentários em relação ao conceito de 
cada uma dessas espécies de prova. Mas, para ser bem sincero, acho pouco provável que a 
nossa banca aprofunde tanto. Entretanto, não podemos vacilar. Estamos batalhando por um 
objetivo que pode, simplesmente, mudar a sua vida. Portanto, inadmissível que eu peque pela 
omissão. É importante você conhecer as espécies de prova admitidas no Direito, fazendo ao 
menos uma leitura superficial de cada uma. Vejamos:
1 CARPINELLA BUENO, Cassio. Curso sistematizado de direito processual civil. Vol 2, Tomo I. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
p. 261.
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Prova Pericial
PERÍCIA CONTÁBIL
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• Ata notarial (art. 384): novidade do atual CPC/2015, é aquela prova que certifica uma 
circunstância, um fato, por meio de um tabelião, sendo sua lavratura realizada em um 
cartório notarial.
• Depoimento pessoal (arts. 385 a 388): aplicável tanto ao autor como ao réu do processo, 
uma vez que ambos possuem a obrigação de comparecer em juízo para esclarecer os 
pontos que forem a eles questionados.
• Confissão (arts. 389 a 395): ocorre, judicial ou extrajudicialmente, quando a parte admi-
te a verdade de fato contrário ao seu interesse e favoravelmente ao seu adversário.
• Prova documental (arts. 405 a 429): podemos entendê-la como a representação física, 
capaz de corroborar o fato que fora alegado pela parte.
• Prova testemunhal (arts. 442 a 463): é aquela produzida a partir de uma declaração, 
dada em juízo, pelas pessoas que não estão em um dos lados da lide – não são partes 
no processo –, mas que presenciaram (vendo ou ouvindo) algum fato no passado que 
se revele ser algo importante para a resolução da lide.
• Inspeção judicial (arts. 481 a 484): é o meio de prova obtido a partir da percepção senso-
rial direta do juiz, observando pessoas e coisas, móveis ou imóveis, a fim de esclarecer 
fatos que interessem à solução da controvérsia instalada.
• Prova pericial (arts. 464 a 480): essa... aguarde... vou dar uma atenção muito especial 
logo na sequência, pois é que apresenta uma probabilidade razoável de cobrança, se o 
tema abordado envolver este assunto. Vamos lá!
1.2. provA periciAl
A prova pericial, dentro de todo esse contexto, passa a ser necessária (e nós já vimos isso) 
quando o juiz se deparar com um fato controverso cujo deslinde dependa de conhecimento 
técnico ou científico.
Em busca da verdade formal, seja ela positiva ou negativa para a parte, o juiz escolhe e 
nomeia um especialista, a quem solicita desvendar o que está oculto nos autos, o que possi-
bilitará, ao final, formar a convicção do magistrado. E já podemos avaliar uma questão sobre 
esse assunto:
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Prova Pericial
PERÍCIA CONTÁBIL
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001. (FCC/TJ–SE/ANALISTA JUDICIÁRIO – PSICOLOGIA/2009) O Juiz determinará estudo 
pericial de um caso quando:
a) não possuir o tempo necessário para se debruçar sobre a matéria.
b) a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico.
c) conhecer as partes e necessitar não se envolver pessoalmente com a avaliação da prova.
d) necessitar melhorar o fluxo de processos em seu cartório.
e) necessitar ouvir crianças com dificuldade de expressão dos sentimentos.
Note que a resolução dessa questão não demanda muito raciocínio. Basta ter feito o curso 
deste vosso humilde professor que você acertaria esta questão com “os pés nas costas”. Se-
gundo o art. 156 do CPC, sempre quando a prova do fato depender de conhecimento técnico 
ou científico, o juiz deverá ser assistido por perito.
Letra b.
Aprofundando um pouco mais sobre o assunto, o CPC/2015, em seu art. 464, nos diz que 
a prova pericial consiste em
• exame,
• vistoria; ou
• avaliação.
Antes que você me peça novamente, vai aí mais um mnemônico bem legal:
DICA
Se nos procedimentos de perícia nós tínhamos “AVE, TIA MIC!”, 
aqui, na prova pericial, nós temos só a AVE.
Portanto...
Este tema, meu caro, minha cara, obviamente, também já foi objeto de prova. Observe:
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Prova Pericial
PERÍCIA CONTÁBIL
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002. (FUNCAB/PREFEITURA DE VASSOURAS–RJ/AUDITOR DE TRIBUTOS FISCAIS/2013) 
Conforme o Código do Processo Civil, a prova pericial consiste em:
a) elementos documentais formais.
b) registros de acordo comas normas vigentes.
c) conhecimento técnico especializado.
d) exame de corpo delito e laudo técnico.
e) exame, vistoria ou avaliação.
Depois da abordagem feita, fica fácil respondermos. Nos termos do art. 464 do CPC/2015, a 
prova pericial consiste em AVE (Avaliação, Vistoria ou Exame).
Letra e.
Para não avançarmos sem uma memorização sólida, trago-lhe a definição de cada uma 
dessas espécies de prova. Nesses termos, termos que:
a) O exame pericial consiste na inspeção de coisas ou de pessoas, tendo como objetivo 
verificar fatos relacionados ao objeto da lide a fim de extrair informações. A análise de um 
balanço patrimonial, com vista a desvendar um ativo oculto ou um passivo fictício, seria um 
bom exemplo.
b) A vistoria pericial, por sua vez, envolve o trabalho que o perito desenvolve com o fito de 
constatar, in loco (=no local), o estado ou situação de determinada coisa, geralmente imóvel. 
Em meio a tragédias vividas envolvendo incêndios em estabelecimentos, como boates, bar-
ragens, alojamentos e hospitais, a vistoria de um deles por perito engenheiro civil poderia se 
encaixar muito bem como exemplo desse tipo de prova.
c) E, por último, a avaliação pericial, que tem como finalidade a fixação de valor de coi-
sas, bens, direitos ou obrigações. Seriao caso, por exemplo, de se estimar o valor venal de 
um imóvel.
Note que, em termos de número de procedimentos, o CPC/2015 foi um pouco mais econô-
mico. São apenas três, enquanto a NBC TP 01 (R1) lista, além desse “AVE”, outros 6 (seis) do 
que denomina procedimentos periciais.
Ressalte-se, ainda, que a prova pericial contábil, nosso maior interesse dentro desse tópi-
co, deve ser compreendida como uma subespécie do gênero prova pericial que, por sua vez, é 
um tipo do conjunto “prova”.
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Prova Pericial
PERÍCIA CONTÁBIL
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O gênero “prova” comportaria ainda, a depender do ramo do conhecimento humano, espé-
cies outras, como a prova pericial por dano ambiental, a produzida por um engenheiro químico, 
um engenheiro civil, elétrico, entre outros.
Além disso, é sempre bom registrar que, nos termos do CPC/2015, a prova pericial poderá 
ser determinada de duas formas: de ofício pelo juiz ou a requerimento da parte. Tenho certeza 
de que você se lembra muito bem disso. O que talvez você não saiba é que, uma vez reque-
rida pela parte, não significa que será acatada. Em outros termos, a prova também pode ser 
indeferida.
A prova pericial será INDEFERIDA pelo magistrado, nos termos do art. 464, § 1º, quando:
• a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;
• for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
• a verificação for impraticável.
A prova pericial pode, ainda, ser dispensada.
A prova pericial será DISPENSADA naquela situação em que as partes, na inicial (é o ato que 
dá início ao processo) e na contestação (ato de defesa do réu), apresentam, sobre as questões 
de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes.
Em resumo, temos:
Conheçamos, agora, a famosa PTS!
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1.3. provA técnicA simplificAdA
Imagine a situação em que o juiz, em meio a um processo, perceba haver matéria contro-
versa cujo conhecimento técnico ou científico seja, em tese, necessário para seu deslinde. En-
tretanto, o magistrado nota ainda que, embora apresente tal característica, o fato não envolve 
questões de alta complexidade.
Diante dessas circunstâncias, estando a decisão em suas mãos, responda-me:
O que você faria para facilitar a vida do juiz e das partes, caro(a) aluno(a)?
O legislador, quando da elaboração e aprovação do novo CPC/2015, teve uma “sacada” 
que, acredito, fora a mesma sua, ao responder à minha pergunta: vou criar um instituto que 
traga celeridade processual. Foi assim que ele inventou a chamada prova técnica simplificada 
ou, para os mais íntimos, a PTS (abreviatura do nome). Esperto ele, não?!
Diante de situações semelhantes, portanto, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento das 
partes, promover a substituição da perícia “tradicional” pela PTS. Ela consiste, assim, na sim-
ples inquirição do especialista sobre os pontos controvertidos da causa.
Vale notar que, durante sua arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica 
específica na área objeto da controvérsia, poderá se utilizar de qualquer recurso tecnológico 
de transmissão de sons e imagens. É o que determina o art. 464, §§2º a 4º do CPC/2015.
O CFC já cobrou o tema no EQT, edição 2017. Observe:
003. (CFC/EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA PERITO CONTÁBIL/2017) A prova 
técnica simplificada está definida pelo Art. 464 do Código de Processo Civil - Lei n. 13.105, de 
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16 de março de 2015, e pode substituir a perícia tradicional. Sobre a prova técnica simplificada, 
assinale a opção CORRETA.
a) Consiste apenas na inquirição do especialista, pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa 
que demandar especial conhecimento científico ou técnico e ocorre quando o ponto controver-
tido for de menor complexidade.
b) Consiste apenas na inquirição do especialista, pelo juiz e pelas partes, sobre ponto con-
trovertido da causa que demandar especial conhecimento científico ou técnico e ocorre em 
quaisquer circunstâncias, independentemente do nível de complexidade da matéria objeto de 
estudo da perícia.
c) Consiste apenas na inquirição do especialista, pelas partes, sobre ponto controvertido da 
causa que demandar especial conhecimento científico ou técnico, para qualquer situação e 
por requerimento do juiz.
d) Consiste apenas na inquirição do especialista, pelas partes, sobre ponto controvertido da 
causa que demandar especial conhecimento científico ou técnico e ocorre quando o ponto 
controvertido for de maior complexidade.
Tranquilo, né? Se o ponto que estiver gerando discórdia, controvérsia, demandar especial co-
nhecimento técnico, mas, ao mesmo tempo, envolver matéria de menor complexidade, o juiz 
pode fazer uso da PTS. Nesse caso, a prova consistirá em se inquirir um especialista com 
formação acadêmica na área.
Letra a.
Conhecido o gênero “prova”, e sabendo associar, dentro desse conjunto, a espécie “pro-
va pericial”, já temos condições de bem compreendermos os relatórios periciais contábeis e 
como eles se encaixam em todo esse processo. Avancemos!
2. relAtórios periciAis: o lAudo periciAl e o pArecer técnico
O resultado dos trabalhos realizados pelo perito do juízo e pelo assistente técnico são ma-
terializados, respectivamente, pelo laudo pericial e pelo parecer técnico. Acredito que, a essa 
altura do campeonato, você já sabe fazer muito bem essa distinção.
Agora, chegou o momento de você conhecer, com maior propriedade, cada um desses 
documentos que dão corpo à prova pericial em um processo judicial ou disputa extrajudicial, 
atualizando conceitos e características trazidas pela NBC TP 01 (R1).
2.1. conceitos e cArActerísticAs
O saudoso professor Antônio Lopes de Sá aponta o laudo pericial como uma peça 
tecnológica.
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Prova Pericial
PERÍCIA CONTÁBIL
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Isso é uma decorrência lógica do ensinamento dado pelo mesmo mestre, ao classificar a 
perícia contábil como uma das espécies de tecnologia da ciência que a origina.
Ainda segundo o notável autor, o laudo:
[...] é o julgamento ou pronunciamento, baseado nos conhecimentos que tem o profissional da con-
tabilidade, em face de eventos ou fatos que são submetidos a sua apreciação.2
O parecer técnico, por seu turno, deve ser compreendido como a consequência do trabalho 
próprio do assistente técnico, por meio do qual ele emite sua opinião técnica, crítica ou con-
cordante, a respeito do laudo pericial contábil oferecido pelo perito judicial3.
Observe, caro(a) aluno(a), que estamos falando de documentos emitidos porespecialis-
tas. Logo, são dotados de credibilidade, uma vez que suas opiniões são lastreadas por conhe-
cimento técnico ou científico adequados à matéria sob a qual recai a perícia.
A lavratura do laudo pericial, assim como do parecer pericial, é de competência exclusi-
va do contador, atuando pessoalmente ou por meio de pessoa jurídica, inscrito e regular pe-
rante o CRC.
A habilitação, nesse caso, deve ser comprovada por meio de duas formas:
• mediante Certidão de Regularidade Profissional emitida pelos CRC; ou
• Cadastro Nacional de Peritos Contábeis do Conselho Federal de Contabilidade.
Em síntese, utilizando-nos das nomenclaturas dispostos nas NBC TP 01 (R1), o laudo pericial 
contábil e o parecer pericial contábil são documentos escritos, nos quais os peritos devem 
registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as mi-
nudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova necessários para a 
conclusão do seu trabalho.
Hora de nos exercitarmos!
2 SÁ, Antônio Lopes de. Perícia Contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 42.
3 ORNELAS, Martinho Gomes de. Perícia contábil: diretrizes e procedimentos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
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004. (FUNDATEC/PGE–RS/ASSESSOR CONTADOR/2014/ADAPTADA) “São documentos es-
critos, nos quais os peritos devem registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e par-
ticularizar os aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos 
de prova necessários para a conclusão do seu trabalho”. Este é o conceito de:
a) Relatório Anual do Perito.
b) Relatório Descritivo Pericial.
c) Parecer de auditoria contábil.
d) Laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil.
e) Laudo pericial contábil e parecer de auditoria contábil.
Essa é a definição dada pela NBC TP 01 (R1) ao laudo pericial contábil e o parecer pericial con-
tábil, mais precisamente no item 37 da norma.
Letra d.
O que acha de destacarmos os pontos mais importantes dessa definição? Ótima ideia, 
não? Então, vamos lá...
É dever do perito do juízo garantir acesso a todas as informações dos autos, provas, dili-
gências etc. ao assistente técnico. É possível que a perícia seja realizada em conjunto, o que 
leva o perito do juízo e o assistente técnico a assinarem o mesmo laudo.
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PERÍCIA CONTÁBIL
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Tratando-se de laudo pericial assinado em conjunto, implica aos signatários a responsabilida-
de solidária sobre o documento.
Responsabilidade solidária? Como assim, professor? O que isso significa?
Aluno(a), responsabilidade solidária significa dizer que os profissionais podem ser respon-
sabilizados, na mesma proporção, por eventuais prejuízos causados às partes derivados de 
informações inverídicas.
Assinado o laudo em conjunto, não cabe o oferecimento, pelo assistente técnico, de even-
tual parecer técnico.
Como é, professor? Há possibilidade de que, no processo, não tenhamos um parecer téc-
nico, ainda que tenhamos registro de participação de assistentes técnicos (ou peritos 
assistentes)?
Sim! É isso mesmo. Pense comigo o seguinte. O parecer envolve, exclusivamente, as ob-
servações do assistente técnico quando detectada alguma divergência em relação ao laudo 
apresentado pelo perito.
Ora, se ele assina o documento juntamente com o perito do juízo, presume-se que concor-
da com o que nele está explicado, bem como com todas as conclusões alcançadas. Portanto, 
dispensado estará o oferecimento do produto do trabalho do assistente técnico.
2.2. ApresentAção do lAudo periciAl contábil e ofertA do pArecer 
técnico-contábil
Os relatórios devem ser confeccionados seguindo alguns requisitos fundamentais, extrín-
secos e intrínsecos. Começando pelo que determina o CPC/2015, notamos que o art. 473 
estabelece que o laudo pericial deverá conter:
a) a exposição do objeto da perícia;
b) a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
c) a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominante-
mente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou;
d) resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo 
órgão do Ministério Público.
Vamos estudar mais alguns requisitos....
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PERÍCIA CONTÁBIL
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Antes de adentrarmos no conteúdo propriamente dito, vou apresentá-lo(a) uma curiosida-
de que, talvez, tenha passado despercebido por você nos apontamentos feitos até aqui. Você 
pode não ter notado, mas a banca.... não podemos afirmar no mesmo sentido.
DICA
Quando da leitura da NBC TP 01 (R1), note que a norma, ao 
abordar a forma de protocolo dos relatórios contábeis, faz 
uma sutil distinção entre o laudo pericial contábil, que deve 
ser “apresentado”, e o parecer técnico-contábil, que será “ofe-
recido”. Como estamos diante de uma banca tradicional, que 
não costuma brincar quando o assunto é complicar a vida do 
concurseiro, é interessante sabermos fazer essa distinção.
Algo de suma importância também é você saber que as conclusões alcançadas, consigna-
das nos relatórios, devem ser emitidas de forma clara e precisa, com redação circunstanciada, 
sequencial e lógica.
O perito deve, também, evitar a prolixidade e a tergiversação (não “encher linguiça”, no di-
tado popular). As respostas aos quesitos deverão ser objetivas, completas e não lacônicas, ou 
seja, no ponto certo, nem mais, nem menos do que o necessário para cumprir com seu objetivo.
O profissional deve, quando da utilização de termos técnicos atinentes à profissão contá-
bil, acrescer esclarecimentos adicionais, sendo recomendado a utilização daqueles que sejam 
mais aceitos pela doutrina contábil.
Não é todo mundo (e nessa lista devemos incluir “alguns” magistrados e advogados) que 
sabe o que significa, por exemplo, um goodwill, não é mesmo? Ainda bem que isso, para nós 
da contabilidade, é fichinha, concorda?!
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PERÍCIA CONTÁBIL
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Na redação do laudo, deverá o perito utilizar o vernáculo, ou seja, a língua pátria. Mas ao perito 
ou ao assistente técnico é PERMITIDA a utilização de palavras ou expressões de outras lín-
guas, desde que de uso comum nos tribunais judiciais ou na seara extrajudicial.
Tanto o laudo quanto o parecer devem consignar, em seu corpo, o resultado alcançado a 
partir dos elementos de prova inclusos nos autos ou aqueles arrecadados em diligências, por 
meio de peças contábeis e quaisquer outros documentos, tipos e formas.
Voltando ao CPC/2015, notamosque ele, no art. 473, traz ainda as seguintes regras em 
relação ao laudo pericial:
a) Deve o documento apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com coe-
rência lógica, com indicação sobre o modo como as conclusões foram alcançadas;
b) O perito deve concentrar no que fora determinado, ficando vedado (proibido) ultrapassar 
os limites de sua designação.
c) O perito fica proibido de emitir, no laudo, opiniões pessoais que venham a exceder o 
exame técnico ou científico relativo ao objeto pericial.
Esse tema já foi objeto de prova recente. Observe:
005. (CONSULPLAN/TJ–MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – REMO-
ÇÃO/2016) Sabidamente, a prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação. A esse 
respeito, é correto afirmar:
a) No corpo do laudo pericial, o perito deverá apresentar sua fundamentação em linguagem 
simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões, sendo-lhe vedado 
ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pessoais que excedam o 
exame técnico ou científico do objeto da perícia.
b) O juiz não poderá, de ofício ou atendendo a requerimento de qualquer das partes, determinar 
a produção de prova técnica simplificada em substituição à perícia, ainda que se trate de ponto 
controvertido de menor complexidade, porque não se pode subtrair das partes a amplitude do 
debate sobre o objeto do litígio.
c) O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, mediante aposição de 
assinatura em termo de compromisso especialmente lavrado para assumir o encargo pericial.
d) Ainda que a perícia seja inconclusiva ou deficiente, o juiz não poderá reduzir a remuneração 
inicialmente arbitrada para o trabalho pericial.
Comentemos cada alternativa.
a) Certa. Cópia fiel do art. 473 do CPC/2015 e seus parágrafos. De fato, no corpo do laudo pe-
ricial, o perito deverá apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com coerência 
lógica, indicando como alcançou suas conclusões. Além disso, é vedado ao perito ultrapassar 
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os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pessoais que excedam o exame téc-
nico ou científico do objeto da perícia.
b) Errada. Ao contrário do afirmado na assertiva, ao juiz é autorizado, de ofício ou a requeri-
mento das partes, em substituição à perícia, determinar a produção de prova técnica simplifi-
cada, quando o ponto controvertido for de menor complexidade. Essa á a regra disposta no art. 
464, § 2º, do CPC/2015, que também já estudamos.
c) Errada. Cabe ao perito cumprir escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, sendo 
irrelevante a assinatura ou não de termo de compromisso. Os seus deveres estão dispostos 
em lei, e ao assumir o encargo deve ter ciência de suas obrigações. Tudo conforme o art. 466. 
do CPC/2015.
d) Errada. É possível sim que a remuneração do perito, arbitrada no início pelo juiz, seja re-
duzida, caso a perícia seja inconclusiva ou deficiente, nos termos dos art. Art. 465, § 5º, do 
CPC/2015. 
Letra a.
2.3. estruturA
Em relação à composição do laudo pericial, saiba que o meio de prova conter, no mínimo, 
os seguintes itens:
a) identificação do processo ou do procedimento, das partes, dos procuradores e dos as-
sistentes técnicos;
b) síntese do objeto da perícia;
c) resumo dos autos;
d) análise técnica e/ou científica realizada pelo perito;
e) método científico adotado para os trabalhos periciais, demonstrando as fontes doutri-
nárias deste e suas etapas;
f) relato das diligências realizadas;
g) transcrição dos quesitos e suas respectivas respostas para o laudo pericial contábil;
h) conclusão;
i) termo de encerramento, constando a relação de anexos e apêndices;
j) assinatura do perito: deve constar sua categoria profissional de contador, seu número de 
registro em Conselho Regional de Contabilidade e, se houver, o número de inscrição no Cadas-
tro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC), e sua função: se laudo, perito nomeado e se parecer, 
assistente técnico da parte. É permitida a utilização da certificação digital, em consonância 
com a legislação vigente e as normas estabelecidas pela Infraestrutura de Chaves Públicas 
Brasileiras - ICP-Brasil;
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Para elaboração de parecer técnico, aplicam-se o disposto nos itens listados acima, no 
que couber.
Atente-se para essa questão abaixo, devidamente adaptada à redação das normas atuais:
006. (FBC/CFC/BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2012.1/ADAPTADA) O laudo peri-
cial contábil e o parecer pericial contábil, de acordo com a NBC TP 01 (R1) – Perícia Contábil, 
devem conter em sua estrutura os seguintes itens, EXCETO:
a) Conclusão, anexos, apêndices, assinatura do perito com sua categoria profissional e registro 
em Conselho Regional de Contabilidade.
b) Conclusão, anexos, assinatura do advogado com seu parecer sobre a perícia e ajuste de 
parecer favorável às partes na Justiça.
c) Identificação das diligências realizadas, conclusão e resposta aos quesitos para o laudo 
pericial contábil.
d) Identificação do processo e das partes, síntese do objeto da perícia e método científico ado-
tado para os trabalhos.
Salta aos olhos a resposta a essa questão. A “charada” para acertá-la está na ideia de que 
o laudo pericial é um documento técnico, emitido por especialista em determinada matéria. 
Logo, inadmissível que terceiros venham a assiná-lo. Assim, além do perito do juízo, apenas o 
assistente técnico teria essa faculdade de assinar o laudo. Nesse caso, porém, como vimos, 
apenas quando diante de uma perícia em conjunto. O advogado das partes não deve se intro-
meter naquilo que não é de sua especialidade, não detém conhecimento técnico e, muito me-
nos, assinar como tal. Exigido no processo, porém, além da identificação das partes, também 
dos assistentes técnicos e procuradores.
Letra b.
Avancemos...
2.4. terminologiA
A NBC TP 01 (R1), visando padronizar a linguagem contábil utilizada no âmbito das perí-
cias judiciais e extrajudiciais realizadas pelos contadores, adotou alguns significados para o 
que denomina terminologia.
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Trarei, abaixo, alguns deles, os quais considero com maior potencial de serem cobrados 
numa prova. Claro que isso não afasta a necessidade de uma leitura da norma por completo, 
como sempre destaco em nossas aulas:
• Forma circunstanciada: é a redação pormenorizada e efetuada com cautela em relação 
aos procedimentos e aos resultados obtidos no trabalho pericial. Síntese do objeto da 
perícia: definir de forma clara o propósito ou a finalidade da perícia.
• Resumo dos autos: o relato ou a transcrição sucinta, de forma que resulte em leitura 
compreensiva dos fatos relatados sobre as questões básicas, que resultaram na nome-
ação ou na contratação do perito.
• Critério: é a faculdade que tem o perito de distinguir como proceder em tornodos fatos 
alegados para decidir as diretrizes e os procedimentos que deve seguir na elaboração 
do trabalho pericial.
• Método: é um procedimento de análise técnica e/ou científica de valoração dos elemen-
tos probantes que instruíram a demanda, predominantemente aceito pelos especialistas 
da área do conhecimento do qual se originou.
• Conclusão: é a exposição sintética da matéria fática constatada, indicando o suporte 
técnico-científico que justifica as conclusões a que chegou o perito ou o assistente téc-
nico. Outras informações ou elementos relevantes, que não constaram da quesitação, 
devem ser consignados.
• Apêndices: são documentos elaborados pelo perito contábil; e Anexos são documentos 
entregues a estes pelas partes e por terceiros, com o intuito de complementar a argu-
mentação ou elementos de prova.
Essa distinção entre apêndice e anexo... sei não. É bom você guardar em seu “HD humano”.
2.5. conclusões do lAudo
Quando da conclusão do trabalho pericial, nos termos da NBC TP 01 (R1), os peritos deve-
rão considerar:
a) omissão de fatos: o perito nomeado não pode omitir nenhum fato relevante encontrado 
no decorrer de suas pesquisas ou diligências, mesmo que não tenha sido objeto de quesitação 
e desde que esteja relacionado ao objeto da perícia;
b) a conclusão com quantificação de valores é viável em casos de: apuração de have-
res; liquidação de sentença, inclusive em processos trabalhistas; resolução de sociedade; ava-
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liação patrimonial, entre outros (calma, pois ainda vamos conhecer melhor cada um desses 
institutos!);
c) pode ocorrer que, na conclusão, seja necessária a apresentação de alternativas, condi-
cionada às teses apresentadas pelas partes, casos em que cada uma apresenta uma versão 
para a causa. O perito pode apresentar as alternativas condicionadas às teses apresentadas, 
devendo, necessariamente, ser identificados os critérios técnicos que lhes deem respaldo;
d) a conclusão pode ainda reportar-se às respostas apresentadas nos quesitos;
e) a conclusão pode ser, simplesmente, elucidativa quanto ao objeto da perícia, não envol-
vendo, necessariamente, quantificação de valores.
O assistente técnico não poderá validar laudo pericial quando o documento tive sido ela-
borado por leigo ou profissional de outra área. Neste caso, deverá oferecer o parecer pericial 
contábil sobre a matéria periciada.
Para fins da norma, o leigo ou profissional não habilitado para a elaboração de trabalhos 
periciais contábeis será qualquer profissional que não seja contador habilitado perante o CRC.
2.6. prAzos pArA ApresentAção dos relAtórios
O CPC/2015, em seu art. 477, diz que o laudo pericial deverá ser apresentado pelo perito 
em juízo no prazo fixado pelo magistrado, com pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência 
de instrução e julgamento.
A apresentação – ou “oferecimento”, nas palavras da NBC TP 01 (R1) – do parecer técnico 
vem na sequência.
As partes serão intimadas sobre o laudo apresentado e, a partir de então, contar-se-á o 
prazo de 15 (quinze) dias para que elas venham a, querendo, manifestar sobre o conteúdo do 
documento.
Nesse mesmo prazo, o assistente técnico de cada uma das partes poderá apresentar seu 
respectivo parecer.
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Observando o quadro acima, não seria errado dizer que, de alguma forma, o juiz tem o po-
der sobre definição das datas que envolve as duas espécies de relatório, claro, dentro do que 
prescreve o CPC/2015.
De forma direta (no caso do laudo pericial) ou indireta (quando tratarmos do parecer técni-
co), é o magistrado quem vai definir exatamente o momento de apresentação dos documentos.
O intervalo entre a ciência do laudo e a apresentação da manifestação sobre ele pelas par-
tes e a entrega do parecer pelo assistente técnico – quinze dias – deve ser usado justamente 
para análise, pelas partes e respectivos assistentes técnicos, das conclusões do perito apos-
tas no laudo.
A partir dessa apreciação é que as partes e seus representantes, incluindo assistentes téc-
nicos, decidirão se cabe ou não a apresentação de manifestação e/ou parecer pericial contábil.
2.7. pedidos de esclArecimentos
Voltemos ao tema visto quando da exposição dos quesitos porque, aqui, fica mais fácil 
você visualizar a importância do assunto, que tem forte ligação com o momento da apresenta-
ção do laudo, pelo perito, ao juízo.
O CPC/2015 estabelece como sendo de 15 (quinze) dias o prazo para que o perito do juízo 
venha a esclarecer ponto sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do 
juiz ou do Ministério Público.
Em igual prazo, deverá ainda apresentar esclarecimentos sobre ponto divergente apresen-
tado no parecer do assistente técnico da parte.
Ok, professor. Então, terminamos, certo? Ao esclarecer, dentro de 15 dias, as eventuais 
dúvidas que as partes, o juiz ou o Ministério Público, apresentarem em relação ao con-
teúdo do laudo pericial, ou as divergências detectadas em relação ao parecer técnico, o 
trabalho do perito restará concluído, certo? Neste momento, ele já poderá usar o dinheiro 
para as merecidas compras e presentes para a família?
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Não é bem assim, caro(a) aluno(a). Acredite se quiser, mas a saga do perito do juízo pode 
não ter, ainda, chegado ao fim.
Tanto ele quanto o assistente técnico podem, ainda, ser intimados pelo juiz para, a partir 
de requisição das partes, comparecerem em audiência de instrução e julgamento, caso ainda 
haja necessidade de esclarecimentos.
Essa intimação se dará por meio eletrônico, devendo ainda respeitar o prazo mínimo de 
10 (dez) dias de antecedência da audiência. Caberá à parte, nesse caso, formular previamente 
suas perguntas, que virão em forma de quesitos.
Segundo a NBC TP 01 (R1), havendo determinação de esclarecimentos do laudo ou do 
parecer sem a realização de audiência, o perito deve fazer, POR ESCRITO, observando em suas 
respostas os mesmos procedimentos adotados quando da feitura do esclarecimento em au-
diência, no que for aplicável.
Observe o fluxograma que preparei para você compreender esse processo:
Entende-se por esclarecimentos aquelas informações que são prestadas pelo perito às 
requisições ou pedidos de esclarecimento sobre o laudo e o parecer, determinados pelas auto-
ridades competentes.
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Os motivos que levam a esse tipo de pedido passam por obscuridade, incompletudes, con-
tradições e omissõesnos relatórios periciais.
Por fim, é importante lembrar que o perito do juízo só terá direito a receber a parte restante 
de seus honorários – claro, na situação em que ele tenha pedido e seja aceito pelo juízo a an-
tecipação de uma parcela dos recursos – após a entrega do laudo e a prestação de todos os 
esclarecimentos necessários.
Ou seja, essa etapa ganha um relevo pessoal também para o perito, caso queira agilizar o 
recebimento pecuniário pelos seus trabalhos. E quem não quer, não é mesmo?
3. AplicAção práticA dA períciA
A perícia contábil, assim como sua “ciência mãe”, tem no patrimônio de uma pessoa, seja 
ela física ou jurídica, seu objeto. A aplicação da perícia contábil, partindo dessa premissa, é, 
visivelmente, bastante vasta, alcançando diversas searas do direito, especialmente nas áreas 
cível, penal, trabalhista, tributária e financeira.
Uma dessas ações, bastante recorrente, é a chamada apuração de haveres, situada, em 
essência (mas não exclusivamente) na seara cível. Haveres, na lição de Bueno (2001), signifi-
cam bens, posses, riquezas. Para a Perícia Contábil, porém, o termo merece um estudo mais 
aprofundado.
3.1. ApurAção de HAveres
A apuração de haveres pode se dar, segundo o Prof. Lopes de Sá (2017, p. 95) – sem-
pre ele! –:
[...] em razão da morte de sócio, morte de mulher do sócio, dissolução da sociedade, em suma, nos 
casos em que se torna necessário apurar os “direitos” de alguém em uma massa patrimonial.
Vou traduzir melhor isso para você, trazendo a definição para o contexto de nossa prova:
Significa dizer, em resumo, que a apuração de haveres seria, grosso modo, a aplicação da 
perícia voltada para avaliar direitos de um sócio que se retira ou é excluído de uma sociedade.
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Professor, parece que esse tipo de aplicação da perícia é bastante comum, certo? Afinal, 
são muitas empresas no país, e isso gera controvérsias, fatos da vida que interferem di-
retamente na composição societária das empresas. O que me diz?
Verdade, caro(a) aluno(a). Se consideramos que, no Brasil, temos atualmente mais de 21 
(vinte e um) milhões de CNPJ4 ativos, é natural que ocorram situações (retirada ou morte de 
sócios, dissolução ou transformação de sociedades etc.) que venham a gerar alguma contro-
vérsia entre sócios e herdeiros.
Portanto, a apuração de haveres é, sim, uma das mais importantes e requisitadas aplica-
ções da perícia contábil. Sua relevância é tamanha que temos dispositivos bem específicos 
tratando desse tema, tanto no CPC/2015 como no Código Civil Brasileiro de 2002 (CCB/2002).
Conforme lição de Alberto (2012), a apuração de haveres, quando se referir a entidades que 
explorem atividade econômica, geralmente inclui o chamado “fundo de comércio”5, o qual deve 
ser apurado e incluído na avaliação.
Existem as situações em que o sócio se retira da sociedade ou dela é expulso, ou tem ou-
tros direitos decorrentes de amortização de suas quotas de capital ou ações. Ainda segundo os 
ensinamentos do mestre, o que se buscará, nesses casos, com a apuração de haveres, é(são):
a) os créditos do sócio, em conta, devidamente atualizados;
b) os débitos do sócio, em conta, devidamente atualizados;
c) o valor do patrimônio líquido real;
d) as expectativas de lucros da sociedade quando ela vai continuar em funcionamento;
e) as expectativas de realização do Ativo, quando a sociedade vai liquidar-se.
Há ainda algumas situações mais específicas, como aquelas em que é garantido ao sócio 
determinados privilégios eventualmente estabelecidos em contrato. Mas, em regra, as acima 
delimitadas são as mais frequentes.
De forma bem resumida e objetiva, o CC/2002 impõe as circunstâncias passíveis de provo-
car a retirada ou exclusão do sócio de uma sociedade. É o caso nas situações de morte desse 
sócio (art. 1.028, incisos I ao III); e as derivadas de decisão judicial, mediante iniciativa da 
maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações (art. 1.030).
Também por decisão unilateral do sócio retirante, mediante notificação aos demais sócios 
(art. 1.029); ou, ainda, nas situações em que a maioria dos sócios, representantes de mais da 
4 Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, mantido pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB). Dados obti-
dos por meio de consulta ao sítio eletrônico < https://listas.empresometro.com.br/?utm_source=lp-ferramenta-online>. 
Acessado em 22/02/2022, às 10h15.
5 Fundo de comércio pode ser compreendido como o conjunto de bens corpóreos (máquinas, equipamentos, instalações, 
entre outros) e incorpóreos (marcas e patentes), o quais são reunidos pelo empresário para o desenvolvimento de suas 
atividades empresariais. Muitos consideram ser um sinônimo o estabelecimento empresarial que, segundo o CPC, em 
seu art. 1.142, compreende o complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade 
empresária.
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metade do capital social, entender que um ou mais sócios estão pondo em risco a continuida-
de da empresa, mediante atos de inegável gravidade, mediante alteração no contrato social, se 
previsto neste.
A lista é grande, sabemos. Mas fique tranquilo, pois não há a mínima necessidade de você 
decorá-la. Elenquei as situações apenas para demonstrar o mundo de hipóteses nas quais a 
apuração de haveres, na liquidação de sociedades, pode ser demandada.
Vale notar, desde já, que o tipo de sociedade, sua constituição e os documentos que dão 
lastro à sua existência (contrato social, no caso das sociedades por quotas de responsabilida-
de limitada, por exemplo) devem nortear os trabalhos.
Não se pode esquecer ainda dos diplomas legais que dão suporte, bem como das normas 
profissionais e técnicas que disciplinam a perícia, notadamente a contábil. Há, portanto, todo 
um marco legal para o procedimento.
O CPC/2015 entra em jogo agora para discorrer um pouco sobre a ação judicial envolven-
do a dissolução parcial de sociedade. Aqui, sim, vale a pena você guardar as informações que 
serão apresentadas. Nesse sentido, entre os arts. 604 a 606 – que nos interessa – o código 
estabelece que, na apuração de haveres, caberá ao juiz:
• fixar a data da resolução da sociedade.
• definir o critério da apuração dos haveres, observando o que dispuser o contrato social.
• nomear o perito, que deve ser, preferencialmente, um especialista na área de avaliação 
de sociedades.
Ao magistrado é atribuída ainda a responsabilidade para determinar à sociedade ou aos 
sócios que nela permanecerem que depositem em juízo a parte incontroversa (aquela que em 
que não se verifica questionamentos por quaisquer das partes) dos haveres devidos. Esse de-
pósito poderá ser levantado desde logo pelo ex-sócio, pelo espólio ou pelos sucessores.
Nas situações em que o próprio contrato social da pessoa jurídica dispuser sobre o paga-
mento de haveres, o nele determinado deverá prevalecer em relação ao depósito judicial da 
parte incontroversa.
Em relação à data da resolução da sociedade, ela será:
• no caso de falecimento do sócio, a do óbito;
• na retirada imotivada, o sexagésimo (60º) dia seguinte ao do recebimento, pela socieda-
de, da notificação do sócio retirante;
• no recesso,o dia do recebimento, pela sociedade, da notificação do sócio dissidente;
• na retirada por justa causa de sociedade por prazo determinado e na exclusão judicial 
de sócio, a do trânsito em julgado da decisão que dissolver a sociedade; e
• na exclusão extrajudicial, a data da assembleia ou da reunião de sócios que a tiver de-
liberado.
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PERÍCIA CONTÁBIL
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Havendo omissão no contrato social, no que diz respeito ao método de avaliação, o magistra-
do definirá como critério da apuração dos haveres o valor patrimonial apurado em BALANÇO 
DE DETERMINAÇÃO.
Para tanto, tomará como referência a data da resolução. É este o dia que tomado como re-
ferência para a avaliação dos bens e direitos do ativo, tangíveis e intangíveis, a preço de saída, 
além do passivo, que também deve assim ser apurado.
Quanta informação, hein!? Um tema que, em essência, deveria ser prático, e ainda temos 
que ter esse olhar para a legislação.
Ainda bem que você percebeu isso, professor. Não entendo o motivo de trazer tantos de-
talhes. Acha mesmo que isso vai ser cobrado em provas de concurso público?
Olhe, aluno(a), infelizmente, é resposta é positiva. Isso poderá, sim, ser cobrado de você. 
Aliás, já foi cobrado em provas passadas, mais precisamente no EQT–PC de 2018. Observe:
007. (CFC/EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA PERITO CONTÁBIL/2018) Com base 
na definição do Art. 606 do Código do Processo Civil – Lei n. 13.105/2015, em caso de omis-
são no contrato social do critério de apuração de haveres, o juiz determinará que:
a) não compete ao juiz determinar critério de apuração de haveres.
b) o valor do próprio patrimônio líquido, baseado nas demonstrações financeiras da empresa, 
ou seja, em seus números contábeis.
c) o valor patrimonial apurado em balanço de determinação, tomando-se por referência a data 
da resolução, sem considerar a avaliação dos bens e direitos do ativo, tangíveis e intangíveis, 
a preço de saída, sendo somente o passivo apurado pelo valor presente.
d) o valor patrimonial apurado em balanço de determinação, tomando-se por referência a data 
da resolução e avaliando-se bens e direitos do ativo, tangíveis e intangíveis, a preço de saída, 
além do passivo, também a ser apurado de igual forma.
Os critérios a serem utilizados na apuração de haveres devem seguir o que estiver disposto no 
contrato social. Essa é a regra, ok? Agora, em caso de omissão dessa informação no Contrato 
Social, o juiz terá essa árdua missão de fixar os critérios, mas seguindo algumas premissas, 
que avaliaremos abaixo, a partir do proposto pelo examinador.
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a) Errada. O juiz é a autoridade competente para determinar o critério de apuração dos haveres, 
no caso de omissão do contrato social.
b) Errada. Não havendo disposição no contrato social, magistrado definirá como critério da 
apuração dos haveres o valor patrimonial apurado em balanço de determinação.
c) Errada. Na apuração do balanço de determinação, deverá o juiz considerar o valor patrimo-
nial considerando a avaliação dos bens e direitos do ativo, tangíveis e intangíveis, a preço de 
saída, além do passivo também a ser apurado de igual forma.
d) Certa. É o disposto no art. 606 do CPC/2015.
Letra d.
3.2. bAlAnço de determinAção, bAlAnço especiAl e bAlAnço AjustAdo
Em outro momento de nossa aula, cheguei a citar a expressão “Balanço de Determinação”, 
lembra-se? Tenho certeza de que sim. Pois bem, a partir daqui, vamos explicar melhor o que 
ele significa, bem como a sua importância numa perícia envolvendo a apuração de haveres.
Apesar de não ser uma unanimidade na literatura contábil, parte significativa entende que 
Balanço de Determinação é sinônimo de Balanço Especial ou Balanço Ajustado. Mas temos 
outra parte que faz algumas distinções.
Como a banca deixou explícito os dois termos, como se diferentes fossem, possivelmente 
o nosso examinador segue a linha doutrinária que diferencia os dois termos. Portanto, pode-
mos assim conceituar as expressões:
Para que você possa entender melhor, aprecie comigo quatro cobranças feitas em edições 
distintas do Exame de Suficiência do CFC. Foram as únicas questões que encontrei nas quais 
esses conceitos foram trabalhados de forma prática.
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As especificidades que circulam o tema forçam-me a comentar as questões com ainda 
mais critério que o padrão. Perdoe-me, portanto, se exagerar nos detalhes. É que não posso 
correr o risco de saber que, no dia da prova, você não tenha compreendido bem essa parte. 
Então, vamos lá, começando por 2011...
008. (FBC/CFC/BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2011.1) Uma empresa apresentava 
um quadro societário de cinco sócios, com as seguintes participações:
Sócio A: 20%;
Sócio B: 20%;
Sócio C: 20%;
Sócio D: 20%; e
Sócio E: 20%.
O sócio D foi excluído da sociedade pelos demais sócios, os quais arquivaram uma Alteração 
Contratual na Junta Comercial, na qual constou em uma das cláusulas que os haveres do sócio 
excluído estariam a sua disposição, cuja apuração de haveres teria sido realizada com base 
em Balanço Patrimonial Especial.
O sócio D ajuizou uma ação de apuração de haveres na qual pediu a avaliação dos bens da 
sociedade, com base em valores de mercado. O juiz nomeou dois peritos. Para a avaliação dos 
bens imóveis, foi nomeado um perito engenheiro e para a apuração dos haveres foi nomeado 
o perito-contador.
O trabalho do perito-contador utilizou os dados apresentados pela perícia de engenharia e os 
valores do Balanço Patrimonial Especial juntados aos autos, para, por fim, elaborar um novo 
Balanço Patrimonial Ajustado.
O Balanço Patrimonial Especial era assim representado:
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Os bens imóveis avaliados pela perícia de engenharia foram agrupados conforme a seguir:
O perito-contador realizou os ajustes necessários a um novo Balanço Patrimonial, no qual os 
haveres do sócio excluído ficaram apurados em:
a) R$33.509,67.
b) R$167.548.36.
c) R$491.340,38.
d) R$639.833,49.
Questãozinha grande, não é mesmo? Mas vamos encará-la com naturalidade, pois não é ne-
nhum bicho de sete cabeças. Vamos analisá-la com bastante calma, por partes. O cerne da 
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cobrança aqui é apuração de haveres na retirada de um sócio de uma determinada organiza-
ção. Logo de cara, notamos que o Balanço Patrimonial Especial (que aqui vamos chamar de 
BPE) depositado em cartório, por meio de seus sócios, nos mostra um Patrimônio Líquido 
(PL) negativo.
Ora, considerando que a divisão de haveres leva em consideração justamente a relação “PL x 
percentual de participação”, em tese, não haveria nada a ser destinado ao sócio excluído, cer-
to? Pois bem, continuemos.
Esse sócio retirante, que de bobo não tem nada, desconfiado, buscou seus direitos na justiça, 
questionando o resultado apresentado pelos seus “amigos”. Pediu ao juiz um levantamento 
dos bens, a valor de mercado, o que fora aceito pelo magistrado, que logo nomeou dois peri-
tos: um para fazer essa avaliação dos bens (perito engenheiro) e outro para levantamento dos 
haveres (perito contábil do juízo).
Caberia a ambos os especialistas realizarem um trabalho conjunto para, ao final, ser possível 
a elaboração, pelo perito contábil, de um Balanço Patrimonial Ajustado (BPA) ou Balanço De-
terminado, com um novo PL. Para tanto, tomaria como base o Balanço Patrimonial Especial 
apresentado pelos sócios remanescentes.
Agora, observe alguns outros detalhes interessantes no BPE.
a) Detalhes Básicos:
1. Ativo Total = R$2.642.399,14, com passivo a descoberto. Com vistas a manter a equação 
básica no BPE, o saldo do passivo a descoberto (- R$389.219,93) fora alocado no lado do Ativo, 
perfazendo o total de R$3.031.619,93 (Ativo + Passivo a Descoberto)
2. Total do Passivo = R$3.031.619,93
3. Total do PL (A–P) = –R$389.219,93 (passivo a descoberto, ou PL negativo, onde P>A).
b) Detalhes específicos:
4. Sabemos que, originalmente, o PL tem natureza credora, assim como o Passivo. O Capital 
Social, figurando no PL, deve estar registrado a crédito, aumentando o PL. O Capital Social está 
avaliado no BPE no valor de R$121.260,00, mas “erroneamente” (acho que o termo correto 
seria “fraudulentamente”) com natureza devedora, o que diminuiu o PL. 6. A conta Prejuízos 
Acumulados, por seu turno, tem originalmente, natureza devedora, diminuindo o PL. Observe, 
porém, que no BPE ela (a conta Prejuízos Acumulados) está apresentada “erroneamente” com 
natureza credora, no valor de R$510.479,93. Isso causa, em essência, aumento artificial no PL.
5. A avaliação dos bens e direitos feita pelo perito engenheiro apontou erros na avaliação de 
bens e direitos.
c) Elaboração do BPA (ou Balanço de Determinação) pelo perito do juízo:
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A partir das considerações feitas acima, coube ao perito do juízo elaborar o Balanço Patrimonial Ajustado (ou 
Balanço de Determinação). No primeiro momento, vamos fazer os ajustes na própria estrutura do BPE, que 
ficou assim: 
Observe que o Passivo a Descoberto, antes com saldo devedor, passa a apresentar saldo cre-
dor. Ou seja, a situação líquida antes negativa de R$389.219,93 (passivo a descoberto), após 
os ajustes (havendo dúvidas, volte aos comentários feitos na parte dos “detalhes específicos”), 
passa a ser positiva, de R$167.548,36, no PL. O passivo a descoberto some, portanto.
O resultado negativo do ajuste “passa a ser positivo”, com os ajustes feitos, em relação ao PL. 
Como consequência, O BPA precisa sofrer reclassificação de contas. Assim, vamos refazer o 
BPA, agora seguindo a estrutura tradicional que já conhecemos. Isso facilita nosso entendi-
mento. Ele, então, ficaria assim:
É aquele valor atribuído ao PL, após os ajustes, que nos interessa nessa parte final. Como o 
Sócio D tem participação de 20% sobre o patrimônio da entidade, só precisamos agora fazer 
multiplicar esse percentual sobre o valor encontrado a título de PL, ou seja:
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Haveres do Sócio “D” serão de 20% (sua participação) X R$167.548,36 (valor do PL ajustado) 
o que nos leva ao valor a ele devido no total de R$33.509,67.
Lembrando que toda essa exposição fora feita apenas para que não restem dúvidas em re-
lação à resolução da questão. Logicamente, na hora da resolução da prova, evitaríamos, por 
exemplo, fazer dois BPAs. Afinal, quando estiver diante do caderno de questões, você se lem-
brará que o tempo é o seu “precioso”, como diria Gollum, do filme O Senhor dos Anéis.
Nessa questão, foi possível notar a diferença que o CFC impõe entre o BPE e o BPA. Em 2015, 
novamente a expressão BPE, mas sem referência direta ao BPA. Note, porém, que o examina-
dor faz citação à expressão “após os ajustes”. Portanto, indiretamente, fala em BPA...
Letra a.
009. (FBC/CFC/BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2015.2) Os Sócios “A”, “C” e “D” de 
uma Sociedade Empresária decidiram excluir o Sócio “B” da sociedade. Para esse fim, solicita-
ram que o contador da empresa apresentasse o Balanço Patrimonial Especial em 31 de agosto 
de 2015, visando demonstrar ao Sócio “B” a sua parte nos haveres. O quadro de participação 
societária era assim constituído:
Após os ajustes, foi apresentado o Balanço Patrimonial Especial. O Patrimônio Líquido ficou 
assim representado:
Com base nos dados acima, em uma Perícia Contábil de Apuração de Haveres, o valor apurado 
para ser pago ao Sócio “B” é de:
a) R$9.660,00.
b) R$31.260,00.
c) R$37.260,00.
d) R$42.060,00.
Questão de resolução rápida. Basta você aplicar o percentual de participação do sócio reti-
rante (“D”), de 12% sobre o valor do Patrimônio Líquido da Sociedade Empresária. Portanto, 
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o maior trabalho é você encontrar o valor do PL, o que nos remete a operações de... adição e 
subtração. Assim:
Como o sócio excluído “B” detinha, à época, 12% do Capital Social, é esse percentual que deve-
rá incidir sobre o PL que encontramos:
310.500 *12% = 37.260,00
Letra c.
Agora, observe essa outra questão do Exame de Suficiência do CFC, edição 2019.2, espe-
cificamente no que tange ao uso dessas expressões.
010. (CONSULPLAN/CFC/BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2019.2) Uma sociedade 
empresária apresenta o seguinte quadro de participação societária:
• Sócios Alfa: 25%
• Sócio Beta: 25%
• Sócio Delta: 40%
• Sócio Gama: 10%
Em setembro de 2019, os sócios Alfa, Beta e Delta decidiram excluir o sócio Gama da socie-
dade e, para demonstrar ao mesmo a sua parte nos haveres, os demais sócios solicitaram ao 
contador que elaborasse o Balanço Patrimonial em 30 de setembro de 2019, que apresentou o 
Patrimônio Líquido com a seguinte composição:
Capital Social: R$300.000,00
Reserva de Lucros: 50.000,00
Prejuízos Acumulados: R$60.000,00
O sócio Gama questionou judicialmente os valores e, para tanto, foi nomeado um perito conta-
dor pelo juiz para a elaboração do Balanço Especial. Examinando a documentação contábil, o 
perito constatou que:
a) em 31/12/2018 havia obrigaçõese contingências que não haviam sido contabilizadas e 
geraram uma redução de R$12.000,00 no Patrimônio Líquido;
b) até a data de levantamento do Balanço Especial havia um lucro apurado de R$20.000,00.
Considerando as informações, os haveres do Gama em 30/09/2019 correspondem a:
a) R$29.000,00
b) R$29.800,00
c) R$32.200,00
d) R$41.800,00
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Vamos lá!
A questão envolve a saída de sócio que gerou discórdia, demandando a apuração de haveres 
do sócio retirante. Sabemos que divisão de haveres leva em consideração a relação “PL x per-
centual de participação”. Para encontrarmos o valor do PL, devemos compreender que:
Capital Social: R$300.000,00  efeito positivo – aumenta o PL
Reserva de Lucros: 50.000,00  efeito positivo – aumenta o PL
Prejuízos Acumulados: R$60.000,00  efeito negativo – diminui o PL
Assim, antes da atuação do perito, teríamos:
PL no BP = Capital Social (+300.000) + Reservas de Lucros (+50.000) + Prejuízos Acumula-
dos (-60.000)
PL no BP = +290.000
Entretanto, o perito judicial constatou que as contas não estavam corretas. Os sócios rema-
nescentes e o contador da empresa se “esqueceram” de algumas continhas, quais sejam:
• obrigações e contingências, no valor de R$12.000,00  efeito negativo – diminui o PL
• um lucro apurado, até o momento de levantamento do BP, no valor de R$20.000,00 
 efeito positivo aumenta o PL
Assim, no levantamento do Balanço Especial a ser feito pelo perito contador judicial, bastaria 
que fossem acrescentados esses valores, e teríamos:
PL (no BE) = BL no BP (+290.000) + Obrigações e Contingências (–12.000) + Lucro Apurado 
até o período (+20.000)
PL (no BE) = 298.000
A questão não para por aí. Precisamos, agora, aplicar aquela formulazinha “haveres = PL x 
percentual do sócio”. O sócio Gama, conforme apontado no enunciado, detinha 10% do Capital 
Social. Assim, teremos:
Haveres = 298.000 x 10%
Haveres = 29.800
Letra b.
Diante das circunstâncias, aconselho-o(a) a ficar de olho no enunciado. O Balanço Espe-
cial, tradicionalmente, seria aquele feito pela empresa quando do evento (saída do sócio). O 
Balanço Ajustado ou de Determinação, por sua vez, seria aquele feito pelo perito do juízo.
O CFC, porém, andou se embolando com esses conceitos, o que pode acontecer também 
com outras bancas. Para que não reste dúvidas sobre como proceder quando diante desse tipo 
de questão, ofereço-lhe a seguinte dica:
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Para você responder à questão sem riscos, quem vai mandar e definir sua forma de resolução é 
o contexto apresentado, não os nomes dados aos balanços. Assim, no Balanço levantado pela 
empresa – ou quem por ela fizer as vezes – na data do evento, independente do nome atribuído 
ao demonstrativo contábil, vale a avaliação dos itens patrimoniais pelo valor histórico.
Por outro lado, o Balanço levantado pelo perito contador do juízo, o valor de mercado ou de 
reposição passa a ser o critério de avaliação desses mesmos itens. Para o CPC/2015, art. 606, 
seria o “preço de saída” dos bens e direitos do ativo, tangíveis e intangíveis, além do passivo.
Professor, mas sempre nos depararemos com um ou outro desses termos quando o as-
sunto for apuração de haveres?
Imaginava que você me perguntaria isso. Bem, é esperado que o examinador se utilize ao 
menos uma dessas expressões nesse tipo de questão. Porém, isso nem sempre acontece. 
Ao menos foi o que notei nas poucas questões que abordara o tema até aqui, elaboradas pelo 
CFC em seus exames. O examinador simplesmente atropelou essas terminologias. E qual a 
consequência disso? Em que isso interferiu na resolução da questão? Nada. Interferência zero! 
Acompanhe comigo.
011. (CONSULPLAN/CFC/BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2021.1) Em janeiro de 
2021, João Perito foi nomeado para a apuração de haveres da empresa SS Ltda., tendo a perí-
cia o objetivo de determinar o valor do Patrimônio Líquido, para fins de pagamento dos haveres 
ao sócio minoritário Luiz de Souza, que detém 20% das quotas do capital da empresa e está se 
retirando da mesma. Durante os procedimentos, foi constatado que:
• De acordo com o contrato social da empresa, a distribuição dos lucros é proporcional 
ao capital social;
• O sócio citado já integralizou totalmente a sua participação no capital social;
• Não há saldo de pró-labore a receber em favor do sócio;
• Não há outros créditos ou débitos a receber e/ou a pagar do sócio;
• O Balanço Patrimonial elaborado em 31/12/2020 apresentava os seguintes saldos:
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• Não foram encontrados registros contábeis dos seguintes itens: Despesas diversas 
(água, luz, outras) referentes ao exercício de 2020 a serem pagas em 2021 – R$ 1.000,00; 
Provisão de férias com 1/3 constitucional e os respectivos encargos sociais referentes 
ao exercício de 2020 – R$ 500,00; Venda realizada à vista durante o exercício de 2020 
– R$ 5.000,00; Baixa de estoque em 2020 referente à venda não contabilizada – R$ 
2.000,00;
• Os demais elementos ativos e passivos estão corretamente classificados e avaliados.
Considerando somente as informações apresentadas no laudo, o perito concluirá que os have-
res do sócio Luiz de Souza, em 31/12/2020, na empresa SS Ltda., correspondem a:
a) R$21.000,00
b) R$21.300,00
c) R$23.000,00
d) R$23.600,00
Boa questão. O tema é a apuração de haveres. Um sócio, o Luiz de Souza, está saindo do qua-
dro societário. João Perito foi, então, nomeado para realizar os cálculos dos direitos (haveres) 
do sócio dissidente. Premissas importantes (além de outros):
• Luiz de Souza possui 20% das quotas do capital social;
• A distribuição dos lucros é proporcional ao capital social.
A partir daí, basta ajustar o balanço, de acordo com os registros contábeis que deixaram de 
ser reconhecidos, e que não estavam refletidos no BP apresentado pela empresa, datado de 
31/12/2020.
Evento I) Despesas diversas (água, luz, outras) referentes ao exercício de 2020 a serem pagas 
em 2021, de R$1.000,00. Lançamento: débito em Despesas (resultado) e crédito em Contas a 
pagar (passivo).
Evento II) Provisão de férias com 1/3 constitucional e os respectivos encargos sociais refe-
rentes ao exercício de 2020, de R$500,00. Lançamento: débito em Despesas com Provisões 
(resultado) e crédito em Provisão de Férias (passivo).
Evento III) Venda realizada à vista durante o exercício de 2020, de R$5.000,00. Lançamento: 
débito em Disponibilidades, e crédito em Receita de Vendas (resultado).
Evento IV) Baixa de estoques em 2020 referente à venda não contabilizada, de R$2.000,00. 
Lançamento: débito em CMV (resultado) e crédito em Estoques (ativo).
Nosso Balanço Ajustado ficará assim:
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