Buscar

Ética na prática médica

Prévia do material em texto

Início da vida: fertilização in vitro, clonagem
Fim da vida: aborto, eutanásia
Experiências com a vida: células tronco
Ética: Ramo de conhecimento que estuda a conduta humana, estabelecendo os conceitos do bem e do mal,
seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto; ramo da filosofia que estuda os
valores morais; reflexão filosófica sobre a moral; identificação do que é importante para o indivíduo e para a
sociedade; compromissos para si e para com o outro (promessa).
Moral: Sistema de valores de uma determinada sociedade ou de um grupo social, em um determinado lugar,
em um preciso tempo histórico; a moral está intrínseca na decisão; de como as pessoas, individualmente
reagem diante de um impasse (invisibilidade).
Bioética: Criada em 1971 pelo oncologista Van Rensselaer Potter, com o intuito de orientar o uso dos
avanços tecnocientíficos nas áreas médicas e biológicas, antevendo o conjunto de desafios que emergiam
para a humanidade (REICH, 1994). Bioética é a ciência que tem como objetivo indicar os limites e as
finalidades da intervenção do homem sobre a vida; identifica os valores de referência racionalmente
proponíveis e denuncia riscos das possíveis aplicações.
Contextualizando dilemas:
Princípio da beneficência ou benevolência: Tem o bem como fundamento básico, com 
o valor moral de agir em benefício de outros. Possui como significado ajudar o próximo a 
obter o que é benéfico para ele e a obrigação de atuar sempre em benefício dos outros,
independentemente de desejá-lo ou não.
Princípio da não-maleficência: É o princípio de não causar mal ou dano aos pacientes, "Primo non nocere",
Hipócrates. Abster-se intencionadamente de realizar ações que possam causar dano ou prejudicar. Na
prática: avaliação (técnica e teórica) sistematizada, contínua da relação risco-benefício dos tratamentos e
procedimentos das pessoas envolvidas.
Princípio da autonomia: Princípio de respeito aos valores e preferências do docente e do consentimento
em pesquisas. Com a finalidade de reconhecer e respeitar suas decisões, tomadas de acordo com seus
valores e convicções pessoais. De proteger o direito de pessoas com autonomia dominuída (socialmente
vulneráveis). "Todo ser humano de idade adulta e com plena consciência, tem o direito de decidir o que
pode ser feito no seu próprio corpo".
Ética na prática médica
Deontologia: Estudo dos deveres de um grupo profissional, a ética profissional das obrigações
práticas, baseada na livre ação da pessoa e no seu caráter moral.
Diceologia: Estudo dos direitos (conjunto de normas de conduta impostas para regular a
convivência humana em sociedade). Constam nela os conhecimentos específicos necessários
para o exercício da profissão. As normas do Direito (leis) são coercitivas e a sanção é imposta
pelo Estado, com base territoral.
Respeito pela vida: Sem discriminação de qualquer natureza.
Princípio da liberdade do indivíduo: Consentimento informado, livre e esclarecido.
Sigilo profissional: Relação médico-paciente.
Ética profissional: Conjunto de normas que regulamentam o comportamento de um grupo particular.
História dos Códigos de Ética Médica
Definição de Código de Ética: Conjunto de diretrizes que orientam quanto às posturas e atitudes
ideais de um indivíduo, moralmente aceitas pela sociedade, enquadrando os participantes a uma
conduta politicamente correta e em linha com a boa imagem que a entidade ou a profissão deseja.
Código de Hamurabi: Conjunto de leis (282) para controlar e organizar a sociedade da Babilônia,
Mesopotâmia. Primeira estrutura estabelecendo os limites dos direitos e deveres dos médicos,
pagamento pelos bons serviços e severas punições pela má prática. Legislava de modo explícito,
somente a cirurgias. A punição era proporcional a importância social do paciente.
Juramento de Hipócrates: Asclepíade - família que praticava cuidados em saúde. Conjunto de obras
constitui o Corpus hippocraticum - 70 escritos, dentre eles: o Juramento e a Lei. Constituiam os
Princípios Éticos Hipocráticos: o respeito às leis naturais e ao ser humano, benefício do paciente e
não-maleficência. 
Thomas Percival: Médico e filósofo inglês. Regimento Interno dos Hospitais - 1771. Normas de
Conduta Profissional relativas aos hospitais - 1772. 1° Código de Ética Moderno. Enunciação clara
dos deveres pertinentes aos médicos.
Princípios naturais: Honestidade, dedicação, obrigação de preservar vidas, obrigação de não
prejudicar os doentes, respeitar os interesses, privacidade e a confidencialidade.
O Código de Ética do estudante de medicina fundamenta a construção da futura relação médico-
paciente e é necessário o estabelecimento de regras de direitos e deveres dos acadêmicos para
com seus pares, professores e pacientes.

Continue navegando