LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO

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Consultoria Ambiental e Projetos 
 
Amanda Paula Apolinário de Matos 
Engenheira Civil – CREA: 25678/D 
Avenida Minas Gerais , n° 451, Bairro Centro, Município Buritis-MG.660-000 
e-mail : amandapaula.eng@gmail.com 
 
 
 
 
Levantamento Topográfico 
 Planialtimétrico 
 
 
 
 
 
Empreendimento: Fazenda Lages / São José 
Município: Formoso-MG 
Proprietário: Tallison Cristhian Muhl 
Recurso Hidrico: Grota Bom Será 
Bacia Estadual: Rio Urucuia 
Bacia Federal: Rio São Francisco 
 
 
 
 
 
Buritis 09 de setembro de 2021 
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INFORMAÇÕES GERAIS: 
1.1 - REQUERENTE: 
Nome: Tallison Cristhian Muhl 
Endereço: Avenida Minas Gerais, n° 451 - Centro 
Município: Buritis-MG 
CPF: 031.562.111-76 
Telefone: (38) 9 9963-9395 
 
1.2 - RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO: 
Responsável técnico: Amanda Paula Apolinário de Matos 
CPF: 117.905.506-37 
Profissão: Engenheira Civil 
Endereço: Avenida Minas Gerais, nº 451 – Centro 
Município: Buritis-MG 
Telefone: (61) 9 9865-3284 
Registro no CREA: 25678/D 
 
1.3 - IDENTIFICAÇÃO DA PROPRIEDADE: 
Denominação do imóvel: Fazenda Lages / São José 
Matricula: 5.526 e 13.227 
Livro: 02 
Data: 13/01/2016 
Município: Formoso- MG 
Área total imóvel (registrada): 213,5694 ha 
Área total imóvel (mapa): 213,5694 ha 
Coordenada central do empreendimento: Latitude: 15° 0'42.01"S Longitude: 46°15'59.53"O 
 
 
 
 
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2- INTRODUÇÃO. 
O presente relatório foi elaborado com o intuito mostrar os métodos e procedimentos 
adotados nos serviços de levantamentos topográficos planialtimétrico, realizados em um trecho 
do Grota Bom Será a fim de subsidiar, fornecendo os elementos topográficos necessários para 
elaboração do projeto de barramento na referida Grota. No dia 02 de agosto foi realizada uma 
vistoria no local pela Eng. Civil Amanda Apolinário, visando analisar a viabilidade do local. O 
uso pretendido para esta barragem é a acumulação de água para irrigação, para regularização de 
vazão durante os meses nos quais os mananciais naturais diminuem seu volume, e com o projeto 
de Barramento, foi construído uma represa com espelho d’água de 3,1975 ha, e volume de 
165.669,517 m³. 
 
3- LOCALIZAÇÃO DO BARRAMENTO 
 
Figura 1- Localização da barragem a ser projetada (Fonte Google Earth) 
 
 
 
 
 
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4- SERVIÇOS EXECUTADOS. 
• Implantação e Processamento Vértices Topográficos (Apoio Básico e Apoio 
complementar) 
• Levantamento Topográfico Planialtimétrico de aproximadamente 10,00 ha 
• Cálculos de área e volume a ser acumulado a cada curva, equidistante de 1,00 m. 
• Levantamento da área do Barramento de 3,1975 ha 
 
5- ETAPAS DO SERVIÇO. 
• No dia 27/07/2021 foi realizado um reconhecimento da área e elaborado uma estratégia 
para realização dos serviços de campo. 
• Entre os dias 28/07/2021 e 29/07/2021 foram realizadas várias atividades entre elas a 
implantação dos marcos de apoio básico; a implantação das poligonais e teve inicio o 
levantamento planialtimétrico da área. Sendo assim, finalizada a etapa de coleta de dados 
em campo com uso da estação total. 
• No dia 30/07/2021 foi realizado a transferência dos dados já coletados da estação total e 
receptor GNSS para o computador e efetuado os processamentos do marco base através do 
PPP do IBGE, dando início os serviços de escritório com os processamento necessários 
para obtenção das coordenadas x, y, z dos pontos já coletados. 
• Entre os dias 01/09/2021 e 09/09/2021 foram efetuados todos os cálculos das poligonais, 
irradiações, sendo realizado também a modelagem do terreno, elaboração de desenhos 
como as plantas e perfis das seções topobatimétricas e do relatório. 
 
6- INFORMAÇÕES TOPOGRÁFICAS 
As informações topográficas necessárias à quantificação da área da bacia hidrográfica 
e da área da bacia hidráulica, além do cálculo do volume de acumulação do reservatório, foram 
obtidas através de carta cartográfica, foto de satélite e de levantamento topográfico 
planialtimétrico, utilizando equipamento Geodésicos de precisão RTK – T10. Os dados 
coletados foram processados em computador, nos programas de AUTOCAD / MÉTRICA 
TOPO. 
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Resultando em uma planta topográfica planialtimétrica do local da barragem na Escala 
1:1; com curvas de nível com equidistância vertical de 1,00 m. Programas específicos foram 
utilizados para cálculo da área da bacia hidráulica e do volume de acumulação, além da obtenção 
dos perfis longitudinais dos eixos da barragem e do canal extravasor, permitindo dimensioná-
las. 
 
7- REFERÊNCIAS 
Os serviços foram realizados a partir do vértice LC-00 que teve sua coordenada definida 
através do rastreamento com uso de receptor GNSS de dupla frequência sendo processado 
através do Posicionamento por Ponto Preciso – PPP da IBGE (www.ibge.gov.br), conforme 
mostra relatório abaixo: 
 
 
 
 
 
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Figura 2: Imagem do Rastreamento do Marco Base LC-00 
 
8- Sistema Geodésico Utilizado 
O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em sua Resolução do 
Presidente R.PR – 1/2005, datada de 25/02/2005, que altera a caracterização do Sistema 
Geodésico Brasileiro (Competência: Artigo 24 do Estatuto aprovado pelo Decreto nr 4.740, de 
13 de junho de 2003), revoga as disposições em contrário, em especial a Seção 2.1 do Capítulo 
I da R.PR nr. 22, de 21/07/1983. Com o advento dos sistemas globais de navegação (i.e. 
posicionamento) por satélites (GNSS – Global Navigation Satellite Systems), tornou-se 
mandatória a adoção de um novo sistema de referência, geocêntrico, compatível com a precisão 
dos métodos de posicionamento correspondentes e também com os sistemas adotados no restante 
do globo terrestre. Com esta finalidade, fica estabelecido como novo sistema de referência 
geodésico para o SGB e para o Sistema Cartográfico Nacional (SCN) o Sistema de Referência 
Geocêntrico para as Américas (SIRGAS), em sua realização do ano de 2000 (SIRGAS2000). 
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Avenida Minas Gerais , n° 451, Bairro Centro, Município Buritis-MG.660-000 
e-mail : amandapaula.eng@gmail.com7.1 - Caracteristicas do SIRGAS 2000 
Sistema Geodésico de Referência: Sistema de Referência Terrestre Internacional – 
ITRS (International Terrestrial Reference System). 
 
 7.2- Figura geométrica para a Terra 
Elipsóide do Sistema Geodésico de Referência de 1980 (Geodetic Reference System 
1980 – GRS80) 
Semi-eixo maior: a = 6.378.137 me. 
 Achatamento: f = 1/298,257222101 
Origem: Centro de massa da Terra. 
Orientação: Pólos e meridiano de referência consistentes em ± 0,005” com as direções 
definidas pelo BIH (Bureau International de l’Heure), em 1984,0. 
 
 7.3- Informações Geográficas 
As Coordenadas geográficas para a localização da barragem no mapa de regionalização 
hidrológica do estado de Minas Gerais, respectivamente foram: 
Latitude: 15° 0'24.69"S UTM: E: 364117.23 
Longitude: 46°15'50.00"W N: 8340527.33 
Altitude: 235,00m Altitude: 235,00m 
 
7.4-Materialização 
Estabelecida por intermédio de todas as estações que compõem a Rede Geodésica 
Brasileira, implantadas a partir das estações de referência. A altimetria foi determinada através 
de interpolação geoidal sendo utilizado para cálculo da ondulação geoidal o software 
MAPGEO2015 disponibilizado pelo IBGE. Neste método o transporte de altitude ortométrica e 
realizado com o posicionamento por GNSS, a partir da componente vertical – altitude elipsoidal 
(h) e ondulação geoidal, obtida no modelo geoidal brasileiro – MAPGEO 2015, elaborado pelo 
IBGE. 
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Figura 3. Tela do MAPGEO 2015(fonte IBGE) 
 
H= h-N 
H= altitude 
ortométrica h = 
altitude elipsoidal 
N= ondulação geoidal –MAPGEO 2010 
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Figura 4: Ondulação Geoidal (fonte IBGE) 
 
O referencial altimétrico coincide com a superfície equipotencial que contém o nível 
médio dos mares, definidos pelas observações maregráficas 
 
Figura 5: Geometria dos Transportes Coordenadas – GNSS 
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9- LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO 
Após a implantação dos vértices de apoio básico e rastreio com receptores GNSS de 
dupla frequência, foi possível realizar o levantamento planialtimétrico pelo processo de 
poligonação eletrônica e irradiação, com o uso de Estação Total. Os pontos topográficos foram 
coletados de modo a representar de forma fidedigna a superfície natural do terreno, fundo d grota 
e nível d’agua. À média que o levantamento foi executado, foram elaborados croquis do 
levantamento, a fim de mitigar as dúvidas durante a elaboração das plantas topográficas. 
 
Figura6: Imagens do Leito da Grota Bom Será 
 
10- DESENHOS E MODELAGEM DO TERRENO 
Após todos os processamento de dados dos receptores GNSS e do RTK – T10 serem 
finalizados, no software Bentley topoGRAPH, foi possível realizar a concatenação dos 
resultados para elaboração das plantas e perfis necessário. Os dados foram exportados para 
software MicroStation v-8 XM e aplicativo INROADS da Bentley para edição dos desenhos e 
modelagem do terreno. 
Após finalizada a modelagem digital e criação da superfície foram possíveis a 
interpolação e criação das curvas de nível de metro em metro. Foram criados 02 (dois) eixos 
auxiliares conforme descrito abaixo: 
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• Um eixo longitudinalmente ao curso d’água da Grota Bom Será para elaboração do 
perfil da linha d’àgua. 
• Um eixo transversal ao curso d’água da Grota do Bom Será para elaboração do 
perfil da linha d’àgua. 
 
Figura 7:Planta do levantamento planialtimétrico e perfil da linha d´água 
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11- DEFINIÇÕES DO BARRAMENTO 
De posse das informações básicas analisou-se a planta planialtimétrica para seleção dos 
prováveis posicionamentos da barragem. Para cada posicionamento estudou-se as características 
de capacidade útil do reservatório e volume de material necessário para a construção da 
barragem, o que permitiu escolher a posição mais adequada. 
10.1 – Aterro: 
Conhecida a cota projetada para o espelho d’água (909,00), define-se a cota da crista da 
barragem, porém com borda livre de 1,00 m, ficando a crista definida na cota (910,00). A cota 
do terreno natural, localizada próxima ao eixo da barragem a ser construída, é igual (884,26), 
resultando em uma altura máxima para a barragem igual a 25,74 m, com extensão de 76,90 m. 
 
10.2 – Talude do aterro: 
 Quanto aos taludes do aterro, o tipo de solo no caso de barragem de terra de seção 
típica homogênea sobre fundações estáveis, não sujeita a esvaziamento rápido, talude de 
montante de 1:3 e talude de jusante de 1:2, – sendo 1 na vertical e 3 na horizontal para montante, 
e 1 na vertical e 2 na horizontal para o talude de jusante –, resultando em uma largura do 
barramento na parte mais baixa igual a 135,00 m, largura da crista 7,00 m. 
 O talude de jusante normalmente é protegido através do plantio de grama ou plantas 
de raízes pouco agressivas e que mantenham uma cobertura densa do solo durante praticamente 
todo o ano, evitando que a cobertura do solo fique comprometida. O talude de montante, na 
região da borda livre (cota NA normal), deverá ser protegido da mesma forma que o talude de 
jusante; porém será utilizado pedras de mão (tipo rachão) para construir um quebra-ondas ou 
“rip-rap” posicionadas a 1,5 metro acima e 0,50 metro abaixo do Nível D’água Projetado. 
 
10.3 – Descarga de fundo: 
 Com a finalidade de manter a vazão mínima de jusante, para preservar a fauna / flora 
e eventuais usos de recursos hídricos, deverá ser instalado um pouco acima do nível de fundo da 
represa, atravessando o corpo da barragem, uma linha de tubo de PVC DEFOFO de 300 
milímetros de diâmetro para saída da vazão do córrego e desarenador com base em concreto 
armado e gincane (paredes de proteção contra percolação), com extensão de 146,00 metros. A 
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seu montante, o tubo tem uma caixa de entrada com tela de proteção e na parte jusante será 
construída uma caixa para apoio do registro de gaveta, e saída d’água e esvaziamento do 
reservatório em caso de necessidade. COTA DO DESARENADOR: 884,76. 
 
10.4 – Extravassor: 
O Extravasor tem a finalidade de escoar a vazão máxima de cheia. Neste caso, há 
construído um extravasor do lado esquerdo da barragem. 
• O extravasor foi projetado com seção de entrada de 3,00 me no COTA NA: 909 (NIVEL 
DA ÁGUA). APARTIR DO NA. com comprimento 145m, sob a terra compactada. 
 
12- ESTIMATIVA DE VOLUME. 
Após a elaboração das curvas de nível de metro em metro, da área a ser inundada pelo 
reservatório, obtido do levantamento planialtimétrico,foi possível calcular o volume estimado 
da bacia de acumulação. 
A partir da área de cada curva de nível, determina-se o volume parcial de uma curva a 
outra, considerando a formação de troncos de cone invertidos. 
 
Figura 8: Croqui esquemático de bacia de acumulação 
 
Os volumes parciais entre as curvas da figura anterior são calculados, aplicando-se a 
equação seguinte, que estima o volume como troncos de cone invertidos. Assim: 
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Sendo: 
Vn = volume entre curvas de nível 
Sn-1 = área da curva de nível imediatamente inferior 
Sn = área de curva de nível imediatamente superior 
H = distância vertical entre curvas 
 
Então somam-se, de h em h metros, os volumes parciais até o volume total desejado, 
correspondendo a última curva de nível atingida à altura do vertedor. Neste projeto foi calculada 
a área de cada curva de nível com o auxilio do arquivo digital na plataforma Cad. Então foi 
aplicada a forma acima, considerando a distância vertical entre curvas de 1m, sendo calculado o 
volume entre curva , então soma-se o volumes parciais até atingir o volume desejado. 
 
A tabela a seguir mostra os resultados obtidos após os cálculos de volumes 
 
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Considerando que a cota máxima chegue a 909,00 m, a área inundada total é de 3,1975 
ha e volume acumulado de 165.669,517 m³ (cento e sessenta e cinco mil e seiscentos e sessenta 
e nove e cinquenta e um metros cúbicos) onde atingirá área de propriedade do Sr. Tallison C. 
Mulh e Sr. Getulio Taborda. 
 
13- EQUIPAMENTOS UTILIZADOS . 
• 01 RTK – T10 
• 01 ( um) veiculo uno 1.0 
• 01 (um) software INROADS da Bentley, para modelagem digital do terreno 
• 01 MapGeo 2015 – Versao 1.0 
01 (um) software AutoCAD, versão 2016, para compilação das informações 
 
 
 
 
 
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