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FACULDADE ÚNICA 
DE IPATINGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Evelyn Paschoal Silva 
 
Graduada em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário do Sul de Minas Gerais – UNIS 
(2013), graduada em Pedagogia pela Universidade de Franca – UNIFRAN (2017). 
Especialista em: Educação Ambiental pela Universidade Federal de Lavras – UFLA (2014), 
Gênero e Diversidade pela Universidade Federal de Lavras – UFLA (2015) e Ciências 
Biológicas pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF (2015). Mestre em Fisiologia 
Vegetal pela Universidade Federal de Pelotas – UFPEL (2018). Doutoranda em Fisiologia 
Vegetal pela Universidade Federal de Pelotas – UFPEL (com previsão de término em 
2022/2). Experiência profissional: Monitora voluntária das oficinas e canteiros sustentáveis e 
acompanhamento pedagógico de 2013 a 2015 no Programa Mais Educação – Educação 
Integral voltado a escolas públicas em zonas vulneráveis na cidade de Varginha – MG. 
Professora das disciplinas de Química, Biologia e Ciências de 2014 a 2016 pela Secretaria 
de Educação do Estado de Minas Gerais – SEE-MG. Professora da disciplina de Fisiologia 
Vegetal II (fisiologia de sementes), como parte dos cumprimentos obrigatórios da disciplina 
de Docência Orientada durante o mestrado e doutorado na Universidade Federal de 
Pelotas. 
CITOLOGIA E HISTOLOGIA 
1ª edição 
Ipatinga – MG 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL 
 
Diretor Geral: Valdir Henrique Valério 
Diretor Executivo: William José Ferreira 
Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos 
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira 
Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa 
Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Bruna Luiza Mendes Leite 
 Carla Jordânia G. de Souza 
 Guilherme Prado Salles 
 Rubens Henrique L. de Oliveira 
Design: Brayan Lazarino Santos 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Eliza Perboyre Campos 
 Taisser Gustavo de Soares Duarte 
 
 
 
 
 
© 2021, Faculdade Única. 
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização 
escrita do Editor. 
 
 
 
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. 
 
 
 
 
 
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299 
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG 
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 
www.faculdadeunica.com.br
http://www.faculdadeunica.com.br/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Menu de Ícones 
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo 
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles 
são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um 
com uma função específica, mostradas a seguir: 
 
 
 
São sugestões de links para vídeos, documentos 
científicos (artigos, monografias, dissertações e teses), 
sites ou links das Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e 
Biblioteca Pearson) relacionados com o conteúdo 
abordado. 
 
Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações 
importantes nas quais você deve ter um maior grau de 
atenção! 
 
São exercícios de fixação do conteúdo abordado em 
cada unidade do livro. 
 
São para o esclarecimento do significado de 
determinados termos/palavras mostradas ao longo do 
livro. 
 
Este espaço é destinado para a reflexão sobre 
questões citadas em cada unidade, associando-o a 
suas ações, seja no ambiente profissional ou em seu 
cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS CÉLULAS ...................................................... 8 
1.1 A DESCOBERTA DAS CÉLULAS .................................................................................... 8 
1.2 CARACTERÍSTICAS E ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ...................................... 9 
FIXANDO CONTEÚDO ................................................................................................ 15 
 
MEMBRANA PLASMÁTICA ...................................................................... 18 
2.1 ESTRUTURA DA MEMBRANA ................................................................................. 18 
2.2 DIFERENTES TIPOS DE TRANSPORTE ...................................................................... 21 
2.2.1 Difusão Simples ....................................................................................................22 
2.2.2 Difusão Facilitada ...............................................................................................22 
2.2.3 Transportadores, Canais Iônicos E Bombas .................................................23 
2.2.4 Osmose ..................................................................................................................23 
FIXANDO CONTEÚDO .......................................................................................... 25 
NÚCLEO E A REPRODUÇÃO CELULAR .................................................... 30 
3.1 NÚCLEO ................................................................................................................. 30 
3.1.1 Membrana Nuclear – Carioteca ................................................................ 31 
3.1.2 Cromatina ...................................................................................................... 31 
3.1.3 Nucléolos ........................................................................................................ 33 
3.2 REPRODUÇÃO CELULAR ....................................................................................... 33 
3.2.1 Cromossomos ................................................................................................. 33 
3.3 DIVISÃO CELULAR ................................................................................................. 34 
3.3.1 Intérfase, Mitose E Meiose............................................................................ 35 
FIXANDO CONTEÚDO ......................................................................................... 40 
INTRODUÇÃO A HISTOLOGIA ................................................................. 44 
4.1 O QUE É HISTOLOGIA? ......................................................................................... 44 
4.2 MICROSCOPIA ...................................................................................................... 44 
4.2.1 Luz .................................................................................................................... 47 
4.3 CÉLULAS SÃO CLASSIFICADAS DE ACORDO COM SUA FUNÇÃO .................... 48 
4.4 SANGUE E SUA FORMAÇÃO ................................................................................ 50 
4.4.1 Elementos Celulares Do Sangue ................................................................ 51 
FIXANDO CONTEÚDO .......................................................................................... 54 
TECIDOS RESPONSÁVEIS PELO REVESTIMENTO DE SUPERFÍCIE, 
CONECTIVO E ESPECIALIZADO NO ACÚMULO DE LIPÍDEOS ................ 57 
5.1 TECIDO EPITELIAL ................................................................................................. 57 
5.1.1 Tipos De Epitélios............................................................................................ 59 
5.2 TECIDO CONJUNTIVO .......................................................................................... 61 
5.2.1 Diferentes Tipos De Células Do Tecido Conjuntivo ................................. 62 
5.3 TECIDO ADIPOSO ................................................................................................. 65 
FIXANDO CONTEÚDO ..........................................................................................67 
 
 
 
UNIDADE 
01 
UNIDADE 
02 
UNIDADE 
03 
UNIDADE 
04 
UNIDADE 
05 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
SUSTENTAÇÃO E RECEPÇÃO DE INFORMAÇÕES .................................. 70 
6.1 TECIDO CARTILAGINOSO ..................................................................................... 70 
6.2 TECIDO ÓSSEO ...................................................................................................... 71 
6.2.1 Diferentes Tipos De Ossos ............................................................................. 72 
6.3 TECIDO MUSCULAR ............................................................................................... 74 
6.4 TECIDO NERVOSO ................................................................................................ 76 
FIXANDO CONTEÚDO ......................................................................................... 78 
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ............................................... 82 
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 83 
 
 
 
UNIDADE 
06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
CONFIRA NO LIVRO 
 
Esta unidade faz uma introdução de alguns conceitos básicos em 
citologia que são necessários para uma melhor compreensão da 
disciplina. Abordando desde a sua descoberta das células num 
geral evidenciando a célula animal bem como as características 
específicas dos seres vivos. 
A membrana plasmática é uma das principais estruturas da célula 
animal devido a sua importante função da manutenção da 
conformação da célula e do seu envolvimento no transporte de íons 
e moléculas. Nesta unidade, você verá em detalhes a sua 
composição bem como e como estas moléculas e íons são capazes 
de se difundir pela membrana mantendo nossa homeostase celular. 
 
 
Ciente de como se deu a descoberta das células, seus principais 
componentes e diferentes tipos de transporte, nesta unidade como 
forma de concretizar o seu conhecimento à cerca da citologia, 
você verá como estas células são capazes de se reproduzir. 
Esta unidade faz uma introdução de alguns conceitos básicos em 
histologia que são necessários para uma melhor compreensão da 
disciplina. Abordando desde os instrumentos de trabalho como os 
microscópios a Unidade 1 também relata como as células são 
classificadas e trata do sangue e sua formação. 
 
 
 
 
 
A unidade 5 explora o estudo de alguns dos tecidos que estão 
ligados as funções de revestimento de superfície, conectivo e 
especializado no acúmulo de lipídeos. Aqui, você poderá 
compreender um pouco mais da morfofisiologia dos tecidos e suas 
variações, aprofundando o olhar sobre o tecido conjuntivo 
propriamente dito e compreender melhor como o tecido adiposo é 
capaz de auxiliar na manutenção da energia. 
 
 
Nesta unidade, você poderá compreender um pouco mais dos 
variados tipos de cartilagem que compõem o nosso corpo. Aqui, 
todos os tópicos estão interligados, uma vez que as cartilagens dão 
origem ao tecido ósseo que age juntamente ao muscular, 
encerrando com o tecido nervoso que “controla” todas essas 
operações que ocorrem em cascata. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS 
CÉLULAS 
 
 
 
1.1 A DESCOBERTA DAS CÉLULAS 
A identificação das estruturas presentes nas células apenas foi possível em 
meados do século XVII, pois antes não havia microscópios especializados o suficiente. 
Como nós já sabemos a ciência é sempre movida pelos “porquês”, e com Robert 
Hooke não foi diferente. Apesar de Marcelo Malpighi já ter observado anteriormente 
vasos capilares sanguíneos, a descoberta se deu mais tardiamente pois Robert estava 
curioso pelos motivos os quais pedaços da casca de árvores de cortiça boiavam em 
contato com a água, cortou-as em finais fatias e observou em um microscópio que 
ela continha pequenos compartimentos. Estes foram chamados de cellulae de 
cortiça (latim, “quartos pequenos”), e o termo chegou até nós como células após a 
publicação do livro “Micrographia” em 1665 escrito por Hooke. 
 
Figura 1: Livro publicado por Robert Hooke com a primeira ideia da teoria celular 
 
Fonte: Google imagens (online) 
 
UNIDADE 
01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
Muitos foram os termos utilizados para as células após a publicação de Hooke, 
como: bolhas; sáculos; poros microscópicos e utrículos, contudo até então não se 
falava muito sobre a célula animal, apenas sobre a vegetal. Foi apenas no ano de 
1673 que o microscopista Antony van Leeuwenhoeck (descobridor das bactérias) fez 
o primeiro apontamento de células animais, os glóbulos vermelhos de sangue. 
Inicialmente, se pensava que o sangue era formado por estruturas microscópicas, 
pois as células animais são bem menores quando comparadas às células vegetais 
e não se era esperado encontrar tanta semelhança nas estruturas básicas existentes 
entre plantas. Ainda assim, levou-se bastante tempo para o pensamento de que os 
tecidos pudessem ser formados por células como vimos nas unidades anteriores deste 
livro (MEDRADO, 2014). 
Em meados do século XVIII, as semelhanças entre as células vegetais e animais 
foram mais uma vez constatadas, após a descoberta da existência do núcleo e 
nucléolo por Antony van Leewenhoeck. Alguns anos à frente, ocorreu também a 
descoberta de uma substância viscosa que hoje conhecemos como protoplasma, 
bem como o reconhecimento da presença do núcleo em todas as células do tecido 
humano, com exceção das hemácias. Assim, em 1839 foi criada a teoria celular 
como um todo pelo zoologista alemão Theodor Schwann, que publicou o livro 
“Investigações Microscópicas sobre a estrutura e Crescimento dos Animais e das 
Plantas” (ALBERTS, et al., 2011). 
Theodor Schwann relatou que era a célula a base das funções vitais em todos 
os organismos, tendo atividades plásticas e metabólicas. A sua teoria foi bastante 
modificada ao longo dos anos, principalmente no século XX. Contudo, seu trabalho 
foi extremamente importante pois nos mostrou que existe uma unidade no mundo 
vivo que reside na célula (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). 
 
 
 
1.2 CARACTERÍSTICAS E ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
De maneira geral, podemos identificar os seres vivos por meio de suas 
características como: composição química, pois todos são formados por moléculas 
orgânicas que são indispensáveis como os lipídeos, carboidratos e proteínas; as 
células, que são a unidade fundamental e os organismos se encontram divididos em 
uni e pluricelulares que são respectivamente compostos por uma única célula e um 
grupamento de células; o metabolismo, que pode ser dividido em energético 
(reações que produzem energia para os processos celulares), estrutural (importante 
para a constituição dos tecidos), e o metabolismo de controle (manutenção da 
homeostase); a reprodução (perpetuação da espécie) e por fim a adaptação 
(características que permitem o ajuste a diferentes condições) (GARTNER; HIATT; 
STRUM, 2015). 
Além destas características, é muito importante que compreendamos os 
diferentes níveis de organização dos seres vivos e como eles se relacionam entre si. O 
quadro abaixo explora desde os átomos, a menor partícula até o organismo em 
si. 
 Quadro 1: Níveis de organização dos seres vivos e sua interrelação 
Átomo Menor parte de um elemento que mantém suas propriedades. Dos 109 
conhecidos, 92 ocorrem na natureza e 17 são obtidos em laboratório. 
Molécula Conjunto de átomos unidos por ligações químicas diversas. 
Organela Componente celular responsável por realizar determinadas funções 
essenciais à sobrevivência e ao equilíbrio do ambiente celular. 
Célula Encontrada na maioria dos seres vivos, é constituída de maneira geral por 
um sistema de membranas, um citoplasma rico em estruturas e um núcleo. 
Tecido Conjunto de células com semelhanças morfológicas e funcionais queinteragem entre si e com outros tecidos 
Órgão Conjunto de tecidos organizados de forma a executar determinadas 
funções importantes à sobrevivência e ao equilíbrio do ser vivo. 
Sistema Conjunto de órgãos envolvidos na execução de determinadas tarefas 
Organismo Qualquer ser vivo pluricelular capaz de realizar reações metabólicas 
responsáveis pela sua sobrevivência, seu crescimento e sua reprodução. 
Fonte: Medrado (2014) 
 
 
 
https://bit.ly/3HEfZwM
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
Com o passar dos anos e dos avanços nas técnicas microscópicas, foram 
possibilitadas novas classificações nos mais variados aspectos, ficando bem definidos 
os três grupos distintos de vida que foram originados de um ancestral em comum. 
Bioquimicamente e geneticamente, 2 grandes grupos de microrganismos 
unicelulares foram identificados, Bacteria e Archaea. Muitas evidências evolutivas 
sugerem que o terceiro domínio, o Eukarya tenha se originado do Archaea sendo 
que ele é composto por todos os organismos que são eucariontes (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2012). 
A partir das fontes de energia e de seus precursores biossintéticos, foi possível 
classificar estes organismos de acordo com a forma que obtém carbono para 
sintetizar o material celular como podemos observar na imagem abaixo. 
 
Figura 2: Classificação dos organismos de acordo com a fonte de energia
 
Fonte: Nelson; Lehninger, Cox (2014) 
 
 
Dentre as classificações existentes podemos categorizar de acordo com o tipo 
de produção de energia e organização. Quanto ao tipo de produção de energia, 
consideramos que existem duas amplas categorias: Fototróficos (do grego trophe, 
“nutrição”) que utilizam a luz solar para obtenção de energia com base nas fontes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
de energia: fototróficos (do grego trophe, “nutrição”), e os quimiotróficos que tem 
sua energia advinda da oxidação de um combustível químico. Esta divisão pode 
ainda ser subdividida em autotróficos, aqueles que são capazes de sintetizar todas 
as suas biomoléculas do dióxido de carbono (CO2) e os heterotróficos, aqueles que 
necessitam de nutrientes orgânicos que são previamente formados por outros 
organismos (TREUTING; DINTZIS; MONTINE, 2018). 
 
 
 
Quanto a organização, podem ser classificadas em procariontes e 
eucariontes. As células procariontes, podem ser caracterizadas pela falta de 
membranas, sendo que a única existente é a membrana plasmática que será tema 
da nossa próxima unidade. Devido a esta falta de membrana, não há separação dos 
cromossomos no citoplasma. Chamado de seres procariotas, são constituídas por 
este tipo de célula as bactérias cianofíceas e algas azuis. Considerada a célula 
procarionte que é mais bem estudada, a bactéria Escherichia coli (Figura 15), possui 
estrutura simples e se multiplica rapidamente (TREUTING; DINTZIS; MONTINE, 2018). 
 
Figura 3: Célula procarionte (Bactéria Escherichia coli) 
 
Fonte: Nelson; Lehninger, Cox (2014) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
Além da membrana que envolve suas células procarióticas, possui também 
uma parede considerada bastante rígida (a espessura varia) constituída de 
glicosaminoglicanas e proteínas e possui função de suporte e proteção. A divisão das 
células procariontes não ocorre por mitose, não ocorre o processo de condensação 
(formação dos cromossomos) nos filamentos de DNA. Podem ocorrer invaginações 
da membrana plasmática, os quais são chamados mesossomos e muitas também 
são capazes de realizar fotossíntese devido a associação a clorofila e carotenoides 
que são responsáveis pela captação de luz (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). 
Já as células eucariontes, também chamadas compartimentadas, 
apresentam duas partes que são morfologicamente diferentes, o núcleo (envolvido 
pelo envoltório nuclear) e o citoplasma (envolvido pela membrana plasmática). Uma 
das principais características desse tipo de célula é a presença de muitas 
membranas, que são capazes de formar vários compartimentos e também separar 
os processos metabólicos pois as células devido a essa divisão podem ser 
direcionadas e absorvidas em vários compartimentos. Nestas células, diferentemente 
dos procariontes é o citoesqueleto que é responsável pela forma e os movimentos 
muitas vezes complexos (MARTHO; AMABIS, 2002). 
 
Figura 4: Célula animal eucarionte 
 
Fonte: Junqueira e Carneiro (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
FIXANDO CONTEÚDO 
1. A organização dos componentes orgânicos nos seres vivos (com exceção dos 
vírus), em nível celular, pode ser de dois tipos básicos: procarióticas e eucarióticas. 
 
( ) Com relação a estes dois tipos de células, assinale (V) para verdadeiro e (F) para 
falso. 
( ) Nas células eucarióticas existe uma compartimentalização para atividades 
específicas como, por exemplo, a digestão e o armazenamento. 
( ) Nas células eucarióticas o material genético encontra-se disperso no citoplasma. 
Nas células procarióticas existem, além da membrana citoplasmática, 
membranas internas denominadas de endomembranas. 
( ) Em células procarióticas encontram-se além do DNA nuclear o DNA mitocondrial. 
As células procarióticas são encontradas principalmente nas algas e nos fungos. 
 
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. 
 
a) V – F – F – F – F. 
b) F – F – V – F – F. 
c) V – V – V – F – V. 
d) F – F -V – F – V. 
e) V – V – F – F – V. 
 
2. A Biologia Celular, também chamada de Citologia, é a parte da Biologia 
relacionada com o estudo das células, as estruturas fundamentais dos seres vivos. 
O desenvolvimento dessa ciência foi possível graças ao desenvolvimento do 
microscópio, que tornou possível a observação dessas estruturas. Ao analisar uma 
célula de qualquer ser vivo é possível perceber três partes básicas. Quais são elas? 
 
a) Membrana plasmática, citoplasma e organelas. 
b) Membrana plasmática, citoplasma e material genético. 
c) Membrana plasmática, organelas e núcleo. 
d) Membrana plasmática, citoplasma e núcleo com carioteca. 
e) Membrana plasmática, organelas e material genético. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
3. É comum ouvirmos a afirmação de que todos os seres vivos possuem células. Um 
grupo, entretanto, não é formado por essa estrutura, o que leva muitos autores a 
não considerá-lo como um organismo vivo. Que grupo é esse? 
 
a) Protozoários. 
b) Bactérias. 
c) Vírus. 
d) Algas. 
e) Plantas. 
 
4. O termo célula é atualmente bastante difundido, entretanto, hoje sabemos que 
ele não é muito adequado. A palavra célula significa “pequena cela” e foi 
utilizada, pois o pesquisador que primeiro visualizou essas estruturas analisou 
apenas paredes celulares de células mortas de cortiça, ou seja, células “vazias”. 
Marque a alternativa que indica o nome do primeiro pesquisador a utilizar o termo 
em questão. 
 
a) Charles Darwin. 
b) Antonie van Leeuwenhoek. 
c) Matthias Jakob Schleiden. 
d) Theodor Schwann. 
e) Robert Hooke. 
 
5. De acordo com a teoria celular é correto afirmar que: 
 
a) todos os seres vivos apresentam células constituídas por membrana plasmática, 
citoplasma e núcleo. 
b) todos os seres vivos são formados por mais de uma célula. 
c) todos os seres vivos são formados por uma ou mais células. 
d) todos os seres vivos são originados de células, as quais não possuem capacidade 
de divisão. 
e) as células são as unidades morfológicas e funcionais de uma pequena parcela 
dos seres vivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
6. Costuma-se dizer que as células são formadas por membrana, citoplasma e 
núcleo. Entretanto, não são todas as células que apresentam um núcleo definido 
e delimitado por membrana nuclear. Baseando-se nisso, o mais correto seria 
afirmar que todas as células possuem membrana, citoplasma e material genético. 
 
As células que apresentam núcleo definido são chamadas de: 
 
a) autotróficas.b) heterotróficas. 
c) eucarióticas. 
d) procarióticas. 
e) termófilas. 
 
7. Quimicamente, a membrana celular é constituída principalmente por: 
 
a) acetonas e ácidos graxos. 
b) carboidratos e ácidos nucleicos. 
c) celobiose e aldeídos. 
d) proteínas e lipídios. 
e) RNA e DNA. 
 
8. Quanto a ordem de classificação dos níveis de organização dos seres vivos é 
correto afirmar que: 
 
a) Átomo, molécula, célula, organela, tecido, órgão, sistema e organismo. 
b) Átomo, célula, molécula, organela, tecido, órgão, sistema e organismo. 
c) Átomo, molécula, célula, tecido, organela, órgão, sistema e organismo. 
d) Átomo, molécula, célula, organela, órgão, tecido, sistema e organismo. 
e) Átomo, molécula, organela, célula, tecido, órgão sistema e organismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
MEMBRANA PLASMÁTICA 
 
 
 
2.1 ESTRUTURA DA MEMBRANA 
Como vimos na unidade anterior, apesar de ser uma “fina” película, a 
membrana plasmática que também é conhecida como membrana celular ou 
plasmalema é responsável por delimitar os meios interno e externo nas células 
eucarióticas e manter o equilíbrio celular. Capaz de responder a estímulos externos e 
a movimentação celular, também está envolvida na síntese de proteínas 
consideradas importantes, como os anticorpos, na secreção e divisão celular. 
 
Figura 5: Estrutura da Membrana Plasmática 
 
Fonte: Célula didática (on-line) 
 
 
 
UNIDADE 
02 
https://bit.ly/3n5hNXM
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
Quimicamente a membrana plasmática e o sistema das membranas internas 
das células sejam elas animais ou vegetais possuem uma composição bastante 
semelhante. Fosfolipídeos e proteínas são responsáveis pela denominação 
“membrana lipoproteica” que possui também a característica conhecida como 
“mosaico fluído”. Esta denominação foi inicialmente proposta por Seymour Singer e 
Garth Nicholson em 1972, e ainda é aceita nos dias de hoje e nos sugere que as 
membranas são bicamadas lipídicas com algumas proteínas conhecidas como 
periféricas (extrínsecas) ou ainda as integrais (intrínsecas) que são capazes de 
atravessar esta membrana e implicam um alto custo energético para as células 
(ALBERTS, et al., 2011). 
Essa evolução biológica da célula foi quem favoreceu o isolamento entre os 
ambientes intra e extracelular do meio, permitindo que fossem estabelecidas 
condições físico-químicas que propiciaram o desenvolvimento dos mecanismos de 
síntese e da divisão de moléculas em todos os seres vivos. Além disso, essa evolução 
da membrana plasmática também viabilizou a ocorrência da troca dinâmica de 
matéria e energia entre o meio interno e externo, ou seja, entre o espaço que 
circunda a célula e o citoplasma (NELSON; LEHNINGER; COX, 2014). 
 
Figura 6: Visão da membrana plasmática na célula e seus componentes 
 
Fonte: Vilanueva; Romero e Sánchez-Armass (2019 traduzido) 
 
Quanto a sua fluidez, é importante frisar que existem diferentes tipos de 
transporte de íons pela membrana (MP). Dentro da MP é possível que as proteínas e 
os lipídeos possam se movimentar lateralmente, porém, quando localizados na 
metade externa da MP, a transposição de uma membrana para outra ocorre de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
forma mais lenta e necessita ser catalisada. Este movimento é chamado de “flip-
flop”. 
Estruturas chamadas glicerofosfolipídeos (que formam o glicocálix), 
esfingolipídeos e esteróis são consideradas pouco solúveis em água. Assim, quando 
combinados com moléculas de H2O (água), estruturas chamadas de agregados 
lipídicos são formadas. Suas pequenas porções hidrofóbicas se agrupam em contato 
com a sua porção hidrofílica reagindo com as moléculas de H2O, reduzindo a parte 
exposta à agua também diminuí a quantidade dessas moléculas de água na 
interface chamada lipídeo-água. Fisicamente falando, a entropia é aumentada, e 
esta formação também é impulsionada pela termodinâmica (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2013). 
 
 
 
Existem 3 diferentes tipos de agregados lipídicos anfipáticos. As micelas, que 
formam estruturas circulares (assim como na reação de água e óleo de cozinha), 
onde a parte hidrofóbica exclui a água e a sua parte polar chamada hidrofílica se 
agrega na porção interna. A bicamada lipídica (assim como a presente na MP), 
onde há interação entre os grupos chamados hidrofílicos os quais interagem com a 
H2O em toda sua superfície e suas bordas são consideradas hidrofóbicas, é uma 
estrutura oca que pode se dobrar e formar vesículas, que diferentemente das micelas 
possui em seu interior uma cavidade aquosa. 
 
 
https://bit.ly/3q3G3vu
https://bit.ly/3t6N4xm
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
2.2 DIFERENTES TIPOS DE TRANSPORTE 
É necessário que todas as células vivas obtenham nutrientes, íons (materiais 
brutos) possibilitando sua biossíntese bem como a produção de energia. Para isso, 
considerando a estrutura da MP, alguns compostos considerados apolares são 
capazes de atravessar a membrana e se dissolver não necessitando de nenhum 
auxílio, porém este é feito mais lentamente pois existem barreiras. 
 
Figura 7: Resumo dos principais tipos de transporte na bicamada lipídica 
 
Fonte: Nelson; Lehninger, Cox (2014) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
Proteínas brutas também podem auxiliar no processo de difusão a favor do seu 
gradiente de concentração eletroquímico ou ainda pode ocorrer o processo inverso, 
aonde vai contra este gradiente eletroquímico. Ambos os processos requerem 
energia, que é advinda da quebra das moléculas de ATP. Canais iônicos que são 
formados por proteínas também podem ser ativados, ou ainda moléculas pequenas 
chamadas ionóforos podem auxiliar este processo (NELSON; LEHNINGER; COX, 2014). 
As moléculas podem ainda ser transportadas por carreadores, canais 
transmembrana, ou bombas. Como podemos observar diversos são os processos das 
células eucarióticas que são capazes de viabilizar este transporte que 
bioquimicamente são altamente regulados. 
 
2.2.1 DIFUSÃO SIMPLES 
Uma vez que a célula possui diferentes propriedades e características como 
foi possível vermos até aqui, o transporte chamado difusivo (difusão) envolve atributos 
físico-químicos devido a presença de íons, átomos, moléculas (dentre outros) que 
estão em constante movimento ou vibração (NELSON; LEHNINGER; COX, 2014). 
A difusão ocorre sempre de um meio mais concentrado ou com alto potencial 
eletroquímico para um meio menos concentrado ou com baixo potencial 
eletroquímico. Este movimento busca sempre estar em equilíbrio entre os meios até 
que ambas as regiões possuam a mesma concentração. Contudo, para que ocorra 
este processo difusivo, é essencial a diferença de concentração entre os meios intra 
e extracelular. 
 
2.2.2 DIFUSÃO FACILITADA 
Algumas substâncias como os glicídios não são capazes de se difundir de 
forma livre pela MP. Assim, é necessária uma “ajuda” ou mecanismo para que o 
transporte ocorra. Este processo é realizado pelas proteínas chamadas permeases 
que possuem alta especificidade pelo material a ser transportado, ou seja, cada 
permeases só transporta um determinado material. Uma característica bastante 
importante é que as permeases evitam gastos desnecessários de energia para as 
células. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
2.2.3 TRANSPORTADORES, CANAIS IÔNICOS E BOMBAS 
Com uma especificidade muito alta, os transportadores de íons e moléculas 
são capazes de ligar seus substratos e fazem o transporte e a catalização em baixa 
velocidade e podem ser saturados assim como as enzimas, ou seja, existe uma 
concentração de substrato “limite” do qual essa velocidade de transporte não se 
alterará. Já os canais, permitem que haja um movimento transmembrana dos íons 
muito maior do que os transportadores, chegam a valores próximos aos processos de 
difusão. 
Num geral, os canais exibem certa especificidade com os íons, porém a sua 
vantagem é que não podem sofrersaturação como os transportadores. A direção o 
qual ocorre este movimento dos íons em um canal, pode ser determinada pelo 
gradiente eletroquímico e pela carga do íon através da membrana. 
Os transportadores podem ser classificados em passivos, que apenas facilitam 
a difusão ou ativos, os quais fazem a condução do substrato até a membrana. 
Dentro do transporte ativo, também temos o primário realizado por meio de bombas, 
que em sua maioria transporta íons inorgânico como H+ e Ca2+. Enquanto o 
secundário ocorre quando o transporte endergônico também chamado “morro 
acima” da solução se encontra acoplado em um fluxo exergônico ou “morro 
abaixo”, ou seja, os íons são bombeados para baixo (NELSON; LEHNINGER; COX, 
2014). 
 
 
 
2.2.4 OSMOSE 
O espaço que preenche a célula é chamado de citoplasma, e é formado por 
uma solução aquosa onde as moléculas estão dissolvidas formando o soluto. A 
osmose pode ser considerada também um tipo de processo difusivo, onde a água se 
difunde. 
Considera-se que quando a célula está em um meio composto de água pura, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
o citoplasma se encontra hipertônico, ou seja, tem uma concentração de soluto 
maior que o exterior, e a água tenderá a fluir do meio externo para interno. Isso ocorre 
para que haja um equilíbrio e a célula mantenha um aspecto viável de “inchada”. 
Já quando a célula já se encontra em um meio hipertônico seu interior é considerado 
hipotônico e a água sai da célula na tentativa de realizar a regulação da pressão 
osmótica entre hiper e hipotônico ficando murcha. Uma terceira possibilidade, é que 
a célula pode ser encontrar imersa em uma concentração igual ao seu citoplasma, 
chamada assim de meio isotônico. Aqui não há troca de solutos entre o meio interno 
e externo (NELSON; LEHNINGER; COX, 2014). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
FIXANDO CONTEÚDO 
1. Todos os seres vivos são constituídos por células, todas apresentam a membrana 
plasmática que tem como função a separação do conteúdo protoplasmático ou 
meio intracelular do meio ambiente. 
 
Dentre as alternativas abaixo selecione a que ressaltar a importância da 
membrana. 
 
a) Regula a troca entre a célula e o meio, permitindo somente a passagem de 
moléculas de fora para dentro da célula. 
b) Não permite a penetração de substâncias existentes em excesso no meio 
ambiente. 
c) Possibilita a célula manter a composição intracelular diversa em relação a do meio 
ambiente. 
d) Impedem a saída de água do citoplasma. 
e) Nenhuma das alternativas 
 
2. As membranas celulares são mosaicos fluidos constituídos principalmente de 
lipídeos e proteínas, nas quais as proteínas anfipáticas estão embebidas na 
bicamada lipídica hidrofóbica. Dentre as opções de resposta abaixo assinale 
aquela o que não está correta. 
 
a) fosfolipídios de cadeias de carbonos insaturadas aumentam a fluidez das 
membranas a baixas temperaturas. 
b) substâncias hidrofóbicas pequenas podem atravessar a membrana sem auxílio de 
proteínas carreadoras. 
c) o transporte ativo é um mecanismo que usa energia para mover solutos através 
da membrana celular contra seu gradiente de concentração. 
d) A fluidez da membrana é essencial para o transporte de íons e moléculas. 
e) membranas celulares são simétricas e suas faces internas e externas possuem 
composição molecular similar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
3. A membrana plasmática é a responsável por delimitar o perímetro da célula e 
assim, separa o meio intracelular do meio extracelular. Sobre este tópico, selecione 
a alternativa INCORRETA. 
 
a) O modelo de mosaico fluido considera a existência apenas do grupo de proteínas 
conhecidas como integradas 
b) O modelo atual (mosaico fluido) foi proposto por Singer e Nicholson em 1972. 
c) Ela não é totalmente impermeável. 
d) O glicocálix também tem a função de reconhecimento de substâncias por parte 
da célula. 
e) A MP é capaz de responder a estímulos externos e a movimentação celular, 
 
4. Os sais minerais desempenham um importante papel no metabolismo dos seres 
vivos, seus íons percorrem o organismo promovendo o bom funcionamento do 
mesmo. Destacando os glóbulos vermelhos, pode-se verificar que a concentração 
de íons Na+ é maior no exterior da célula que no interior da mesma e que a 
concentração dos íons de K+ é maior no interior da célula. 
Como se dá a entrada e saída desses íons nos glóbulos vermelhos? 
 
a) Por intermédio do transporte ativo dos íons. 
b) Por intermédio do transporte passivo dos íons. 
c) Por intermédio da hemólise e difusão dos íons. 
d) Por intermédio da difusão e hemólise dos íons. 
e) Estes íons não estão presentes nos glóbulos vermelhos 
 
5. Salada de alface temperada com sal e vinagre e o “murchamento” da alface, 
depois de um certo tempo: uma situação comum que serve para explicar um dos 
tipos de transporte que ocorrem nas membranas celulares dos seres vivos. Este 
experimento prático foi utilizado em uma aula de biologia, e a partir dele, o 
professor realizou uma série de questionamentos aos estudantes, que conforme 
descritos a seguir: “Qual é o tipo de transporte celular presente nesta situação? 
Qual é a relação de concentração entre o meio externo e os tecidos da alface? 
Como ocorre a atuação dos vacúolos presentes na alface?” De acordo com esses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
questionamentos, assinale a alternativa correta que responde, respectivamente, 
às perguntas realizadas pelo professor. 
 
 
a) Difusão simples / Isotônica / Recebimento de água 
b) Difusão simples / Hipertônica / Eliminação de água 
c) Osmose / Hipotônica / Recebimento de água 
d) Osmose / Isotônica / Eliminação de água 
e) Osmose / Hipertônica / Eliminação de água 
 
6. As membranas celulares são cruciais para a vida da célula, pois definem seus 
limites e mantêm as diferenças essenciais entre o citoplasma e o ambiente 
extracelular. Sobre a membrana plasmática, considere as afirmativas a seguir. 
 
I. A bicamada lipídica fornece a estrutura fluida básica da membrana e serve 
como uma barreira relativamente impermeável à passagem da maioria das 
moléculas apolares, como o etanol e a glicose. 
II. As moléculas lipídicas do tipo glicolipídeos têm a mais extrema assimetria em 
sua distribuição na membrana, ou seja, essas moléculas são encontradas na 
monocamada voltada para o meio extracelular. 
III. Os lipídeos da membrana apresentam a propriedade fisioquímica de 
hidrofobia e constituem o principal componente da membrana celular, 
representando cerca de 90% do total da maioria das membranas celulares 
animais. 
IV. Enquanto a bicamada lipídica determina a estrutura básica das membranas 
biológicas, as proteínas são responsáveis pela maioria das funções da 
membrana, servindo como enzimas, transportadores, receptores da 
sinalização celular e canais iônicos. 
V. A forma da membrana plasmática deve-se a uma rede de filamentos de 
actina que estão ligados a ela de várias maneiras, formando o córtex, o que 
permite que a célula desempenhe muitas funções essenciais tais a endocitose 
e a formação de estruturas de mobilidade. 
 
Assinale dentre as opções abaixo as alternativas verdadeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
a) I, III e V. 
b) II, IV e V. 
c) II, III e IV. 
d) III, IV e V. 
e) II e IV 
 
7. Canais iônicos são proteínas de membrana que formam poros aquosos através da 
camada dupla de lipídios, por onde atravessam íons entre os meios extra e 
intracelulares. Sobre canais iônicos, é incorreto afirmar que: 
 
a) Formam poros estreitos e extremamente seletivos. 
b) Não estão continuamente abertos e estes estados (aberto/fechado) alternam-se 
por mudança conformacional. 
c) Não atuam na realização de transporte ativo. 
d) A taxa de transporte é muito mais lenta que a das proteínas carreadoras (até 500 
vezes menor). 
e) O transporte segue a favor do gradiente eletroquímico.8. Os carboidratos dos glicolipídios e das glicoproteínas localizados na face externa 
da membrana plasmática formam um revestimento denominado glicocálice. 
Assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela que não corresponde a uma de 
suas funções: 
 
a) Para iniciar suas ações patogênicas, algumas toxinas (como as elaboradas pelas 
bactérias do cólera, do tétano do botulismo e da difteria) conectam-se a manoses 
de oligossacarídios da membrana plasmática na superfície celular. 
b) O glicocálice das células situadas na superfície da mucosa intestinal, protege essas 
células do contato com os alimentos e dos efeitos destrutivos das enzimas 
digestivas. 
c) A especificidade do sistema ABO de grupos sanguíneos é determinada por certos 
oligossacarídios de cadeia muita curta e parecidos entre si, que são encontrados 
na membrana plasmática dos eritrócitos. Esses oligossacarídios só diferem por seus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
monômeros terminais e estão ligados a uma proteína transmembrana ou a uma 
ceramida. 
d) Nas células tumorais malignas, foram observadas trocas em alguns oligossacarídios 
da membrana e isso levou à especulação de que influem na conduta anômala 
dessas células. Acredita-se que haja alteração da recepção dos sinais que 
controlam as divisões celulares. 
e) Diversas glicoproteínas encontradas no glicocálice das células de revestimento do 
intestino são peptidases e glicosidases cuja função é completar a degradação 
das proteínas e dos carboidratos ingeridos que foi iniciada por outras enzimas 
digestivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
NÚCLEO E A REPRODUÇÃO 
CELULAR 
 
 
 
3.1 NÚCLEO 
Responsável pelo controle das atividades da célula, é importante destacar 
que apenas células eucarióticas possuem núcleo. O núcleo desempenha esta 
função pois nele estão contidos os cromossomos, que em seu interior possuem o 
genoma celular, ou seja, além das mitocôndrias, contém informações genéticas que 
são codificadas no Ácido Desoxirribonucleico (DNA). 
 
Figura 8: Resumo das principais estruturas do núcleo 
 
Fonte: Openstax (on-line traduzido) 
 
 
 
O DNA também realiza o processamento e a síntese do ácido ribonucleico 
(RNA), seja ele ribossômico (RNAr), mensageiro (RNAm) ou transportador (RNAt). 
UNIDADE 
03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
Contudo, o núcleo não é capaz de sintetizar proteínas que muitas vezes são 
transportadas do citoplasma. Quanto a sua forma, o núcleo pode ser encontrado em 
formas arredondadas ou alongadas, contudo, também pode adquirir algumas 
características de acordo com cada tipo celular (MEDRADO, 2014). 
 
3.1.1 MEMBRANA NUCLEAR – CARIOTECA 
Responsável por separar o meio intranuclear do citoplasma, a sua composição 
não é muito diferente das outras membranas que vimos na unidade anterior. O seu 
envoltório possui também duas membranas. Estas, por sua vez, possuem uma 
distância de cerca de 40/70 nanômetros chamada de cisterna perinuclear. 
Quanto a membrana externa, alguns ribossomos também podem ser 
observados na membrana que compõe do RER (reticulo endoplasmático rugoso 
também chamado de retículo endoplasmático granular) ou ainda na superfície 
citoplasmática. Já a membrana interna que é responsável por auxiliar na 
estabilização do envoltório nuclear conferindo apoio aos cromossomos, se encontra 
completamente ligada a várias moléculas de proteína. Já o REL (retículo 
endoplasmático liso) que também pode ser denominado retículo endoplasmático 
agranular, não possui ribossomos aderidos em sua superfície externa, é formado por 
um sistema de tubos membranosos e também é o local onde ocorre a síntese dos 
ácidos graxos e dos fosfolipídeos. Pode se considerar de forma geral, que o retículo 
endoplasmático também desempenha funções que são indispensáveis para a 
célula, tais como: suporte mecânico, manutenção do gradiente iônico, 
detoxificação e comunicação intracelular (MEDRADO, 2014). 
A membrana nuclear também possui poros, e nesta região é possível observar 
que as duas partes da membrana possuem forma contínua e não permitem a 
passagem de íons e moléculas. Esta passagem de íons e moléculas é realizada pelo 
complexo de poro, que possui forma cilíndrica, contudo, apenas pequenas 
moléculas podem ser transportadas pelo complexo, sendo necessário outros 
transportadores para moléculas maiores fazendo com que muito mais energia celular 
seja gasta. 
 
3.1.2 CROMATINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
Constituída por filamentos duplos em forma de hélice do Ácido 
Desoxirribonucleico celular que se encontram associados as proteínas, as histonas 
possuem filamentos do DNA envolvidos como em um carretel e dão origem a 
estrutura chama de nucleossomos, que se associam formando estruturas em forma 
de hélice até que o cromossomo que é uma estrutura mais complexa se forme. Outras 
proteínas também podem ser observadas agindo como enzimas, estas com função 
de estruturação e regulação. 
 Em células animais em mamíferos femininos, é possível encontrar uma 
parte da cromatina de forma bastante visível em forma de apêndice do núcleo, que 
é considerada a cromatina ligada ao sexo ou cromatina sexual. 
Diferentes tipos de cromatina podem ser identificados, sendo elas a 
heterocromatina e a eucromatina. 
 
Figura 9: Estrutura da composição da cromatina 
 
Fonte: Wikimedia (on-line traduzido) 
 
Enquanto a heterocromatina pode ser observada em “grânulos” maior e 
justapostos e ser bastante visível quando observada em microscópio, devido a sua 
forma não permite que os genes sejam transcritos. Já a eucromatina é observada 
contendo grânulos em filamentos do DNA que estão dispostos de forma mais 
distanciada facilitando a transcrição genética (MEDRADO, 2014). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
3.1.3 NUCLÉOLOS 
Consideradas estruturas arredondadas no interior do núcleo e bastante 
densas. Aqui, são produzidos os ribossomos pelo RNA ribossômico e pelas proteínas. 
Em células humanas, é possível observar a presença de vários nucléolos que podem 
se fundir formando até outros 2 nucléolos. É possível observar a presença em 
nucléolos em outras estruturas como células excretoras de proteínas e aquelas os 
quais têm uma atividade mitótica alta (embrionárias e tumorais). 
 
3.2 REPRODUÇÃO CELULAR 
As células animais (assim como as vegetais) possuem a capacidade não só de 
crescer como também de se reproduzir, e esta é uma característica fundamental 
para a sua existência. As células eucariontes possuem um padrão cíclico que têm 
início com processos quantitativos que são extremamente coordenados e regulados 
geneticamente, e envolve a partição do citoplasma e do núcleo nas chamadas 
células filhas. Contudo, inicialmente é necessário definirmos bem as características 
dos cromossomos (MEDRADO, 2014). 
 
3.2.1 CROMOSSOMOS 
Os organismos multicelulares como os Homo sapiens, em sua maioria, possuem 
em cada célula dois pares de cromossomos que são considerados equivalentes pois 
são iguais em forma e tamanho, sendo chamados assim de cromossomos 
homólogos. Estes por sua vez, possuem células diploides com dois conjuntos de 
cromossomos que somam ao total 23, logo, 46 em cada célula. 
Existem ainda células que não são diploides (2n), as chamadas células 
haploides (1n), aquelas que estão relacionadas a reprodução, ou seja, 
espermatozoides e óvulos. Após a fecundação, estes 23 cromossomos maternos e 
paternos se unem e é formada a célula diploide (2n) que carrega consigo as 
características de ambos (MEDRADO, 2014). 
Quanto a sua estrutura, os cromossomos (Figura 22) possuem uma região 
chamada de centrômero, considerada zona de estrangulamento e constrição 
primária, sendo que de acordo com a posição deste ele pode ter diferentes 
classificações: metacêntrico (centrômero no centro do cromossomo); acrocêntrico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
(próximo aos polos); submetacêntrico (próximo ao centro) etelocêntrico (presente 
em apenas um dos polos). 
Ao conjunto de características que estão relacionadas a cada um destes 
cromossomos, dá-se o nome de cariótipo, que em seres humanos são idênticos em 
22 dos 23 pares, sendo que em mulheres o 23º são iguais (XX) e nos homens não (XY). 
Estes cromossomos são os chamados cromossomos sexuais, enquanto o restante (22) 
são classificados como autossomos. 
 
Figura 10: Estrutura do cromossomo e sua composição 
 
Fonte: Educa Mais Brasil (on-line) 
 
 
 
3.3 DIVISÃO CELULAR 
O ciclo de divisão ocorre por meio da duplicação do DNA que está contido 
nos cromossomos como vimos anteriormente. Contudo, além do DNA as organelas 
celulares também se duplicam. É importante relembrar que as células nos organismos 
pluricelulares têm origem em apenas uma única célula, o zigoto. O tempo de vida 
da célula sempre vai depender da sua zona de atuação, sendo que todas elas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
passam pelo processo chamado de ciclo celular. 
O ciclo celular compreende duas etapas importantes, que vão desde sua 
origem à reprodução, a intérfase com divisões sucessivas onde a célula irá crescer e 
se preparar para divisão, e a divisão propriamente dita, onde ocorre a divisão do 
núcleo e a do citoplasma (MEDRADO, 2014). 
 
Figura 11: Esquema do ciclo celular 
 
Fonte: Junqueira e Carneiro (2012) 
 
A duração do ciclo é algo muito importante a se considerar, pois ocorre de 
acordo com o tamanho que a célula precisa alcançar para ter seu tamanho 
duplicado, fazendo que a célula tenha um tamanho adequado em relação ao 
tempo do ciclo e sua massa celular. Para que isso ocorra, são necessários alguns 
mecanismos que controlem essa divisão para que ela ocorra em momentos 
importantes e bastante específicos do ciclo da célula. Alguns fatores extracelulares 
(nutrientes; fatores de crescimento) auxiliam nessa regulação, sendo que algumas 
familiaridades podem ser observadas entre os diversos seres vivos. Isso possivelmente 
ocorre devido a origem em um único ancestral comum. 
 
3.3.1 INTÉRFASE, MITOSE E MEIOSE 
Estudos envolvendo métodos radioautográficos, bioquímicos e 
citofotométricos permitiram a descoberta das três diferentes fases (períodos) da 
intérfase ao longo dos anos, ou como alguns autores classificam sendo chamadas de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
G1; S, G2 e M, quatro fases da divisão completamente distintas (Figura 24). 
 
Figura 12: 4 fases sucessivas do ciclo de divisão celular. 
 
Fonte: Junqueira e Carneiro (2012) 
 
Inicialmente, a fase G1 que tem seu nome decorrente de GAP (em inglês 
intervalo) em resposta a alguns sinais que vem de fora da célula “decide” pela 
continuidade do ciclo ou o estado de quiescência que é chamado G0, que tem sua 
duração variável (em G0 ela pode optar por retornar ao ciclo). É em G1 que ocorre 
a síntese de proteínas, RNA e onde a célula volta ao seu “volume” inicial. Já no final 
da fase G1, um ponto R (chamado de restrição), pode fazer com que a progressão 
do ciclo quando em condições não satisfatórias ou favoráveis seja impedida. 
Após o ponto R, em S que tem seu nome decorrente de Synthesis (em inglês 
síntese), é o ponto da divisão onde ocorre a duplicação dos centríolos e dos 
centrossomos e a síntese do DNA. Em G2, a etapa mais curta ocorre o 
armazenamento de energia e a síntese de microtúbulos que irão formar o fuso 
mitótico. O ciclo celular segue sua continuidade até que no ciclo celular duas 
células-filhas completamente idênticas sejam formadas encerrando o ciclo na fase 
M (mitose). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
Células do tipo eucariótico são capazes de reproduzir por mitose e meiose. 
A mitose dura aproximadamente 30 minutos, é um processo contínuo onde as 
células passam por diversas transformações se encerrando com a divisão de 2 
células-filhas com o mesmo número exato de cromossomos que a célula mãe 
continha. Para que isso ocorra, a mitose possui 2 etapas, a mitose propriamente dita, 
onde 2 núcleos filhos são gerados e a citocinese que é referente a divisão do 
citoplasma e possui 5 fases. 
A citocinese tem início com a prófase, que é a condensação dos 
cromossomos, ocorre repressão da síntese do RNA e os nucléolos vão 
desaparecendo de forma progressiva. É na prófase que os centros celulares migram 
para os polos das células fazendo a organização da estrutura dos microtúbulos e 
posterior fuso mitótico. A próxima etapa, a metáfase é caracterizada pelo arranjo dos 
cromossomos no meio da célula, sendo que eles se ligam aos microtúbulos pelo 
centrômero do fuso mitótico. Nesta etapa os cromossomos já passaram pela 
duplicação do DNA, e seu centrômero que também já está duplicado é dividido em 
cromátides longitudinalmente. A terceira etapa, a anáfase, é responsável pela 
migração das cromátides-irmãs que a partir daqui se encontram em polos opostos 
devido ao encurtamento das fibras do fuso ligados aos centrômeros. A quarta etapa, 
telófase é caracterizada pelo reaparecimento dos nucléolos que se deve ao fato de 
que surgiu uma nova carioteca devido a parada da migração dos cromossomos, 
que atingiram os polos da célula e voltam a produzir RNA. A quinta etapa ocorre no 
fim da telófase, com a divisão da célula em 2. Quando esta ocorre da periferia para 
o centro é chamada citocinese centrípeta (ocorre em células animais) e quando 
ocorre de dentro para fora citocinese centrífuga (ocorre em células vegetais) 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). 
A meiose, termo criado devido a redução dos cromossomos ao meio nas 
células-filhas, é o processo em que ocorre uma duplicação do cromossomo que é 
seguida de duas divisões nucleares, chamadas de meiose I e II. Ao fim, apenas uma 
célula dá origem a outras quatro células com a metade de número dos cromossomos 
da célula-mãe (GARTNER; HIATT; STRUM, 2015). 
Assim como a mitose, a meiose possui diferentes fases, onde inicialmente na 
prófase I ocorre a condensação e emparelhamento dos cromossomos homólogos 
de forma que eles parecem justapostos como se fossem uma estrutura apenas 
(paquíteno). Após, os cromossomos vão se separando e formando estruturas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
semelhantes a um X (quiasmas), aqui é possível identificar o crossing-over (locais de 
troca) de fragmento entre os cromossomos homólogos. A próxima etapa, a metáfase 
I a disposição dos cromossomos é observada na região equatorial da célula, sendo 
que os homólogos de cada par estão voltados para diferentes lados da célula. Na 
anáfase I, ocorre a contração dos microtúbulos e os quiasmas são desfeitos 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). 
 
 
 
Na telófase I, ocorre a reorganização da carioteca, os cromossomos são 
descondensados e os nucléolos reaparecem. São observados 2 núcleos com cerca 
de metade dos cromossomos do original. Contudo, é importante ressaltar que como 
estes cromossomos já foram duplicados na fase de intérfase, os núcleos possuem na 
verdade 46 cromossomos. Ao fim, a duplicação dos centrossomas caracteriza a 
citocinese. 
Em seguida da meiose I, tem-se início a meiose II, que se assemelha bastante 
a mitose. Após a duplicação dos centríolos ocorrem as mesmas etapas da mitose e 
divide as duas células-filhas que foram geradas na meiose I que continham 46 
cromossomos cada, dando origem a 4 células-filhas com 23 cromossomos. Já na 
etapa da prófase II, ocorre a condensação dos nucléolos, e formação do fuso 
mitótico. 
Na metáfase II, a disposição dos cromossomos se dá na parte mediana das células e 
a cromátide que está unida pelo centrômero é observada voltada para lados 
opostos. Nesta fase ocorre também a separação dos centrômeros e das cromátides-
irmãs. Na anáfase II, as cromátides-irmãs vão para lados opostos na célula e na 
telófase II, ocorre a descondensação dos cromossomos, organização do núcleo e 
carioteca se encerrando com a divisão citoplasmática dando origem à 2 células-
filhas que foram geradasna meiose I (GARTNER; HIATT; STRUM, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
https://bit.ly/3t7nw3l
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
FIXANDO CONTEÚDO 
1. (UEL) A organela citoplasmática responsável pela síntese de proteínas o qual é 
originada a a partir do nucléolo é o: 
 
a) Ribossomo. 
b) Centríolo. 
c) Lisossomo. 
d) Cloroplasto. 
e) Complexo de Golgi. 
 
2. (PUCCAMP) Quanto as atividades celulares, considere as afirmações a seguir e 
aponte a alternativa onde a retirada do núcleo de uma célula é capaz de afetar 
a célula de forma imediata. 
 
I. síntese de proteínas 
II. transporte ativo 
III. digestão intracelular 
 
Alternativas: 
 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) I e II. 
e) II e III. 
 
3. (PUC-RJ) A diferença entre células eucariontes e procariontes está no núcleo. Os 
indivíduos procariontes possuem a molécula de DNA espalhada no citoplasma, 
enquanto, nos indivíduos eucariontes, ela se encontra no núcleo da célula. 
Quanto a esse núcleo, é correto afirmar que: 
 
a) Um núcleo saudável de uma célula possui sempre uma forma redonda e se 
encontra em seu centro, pois assim controla igualmente toda a célula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
b) No núcleo se encontra a cromatina, que é a associação das moléculas de DNA e 
proteínas, imersa no citoplasma e envolvida pela membrana nuclear. 
c) O núcleo é a região da célula que controla toda a produção de proteína, já que 
contém a molécula do DNA. 
d) Além da molécula do DNA, o núcleo da célula contém outros organoides, como 
os ribossomos e o retículo. 
e) É o núcleo que caracteriza as bactérias e algas azuis, já que são seres unicelulares. 
 
4. (FUVEST) Analise os eventos mitóticos relacionados a seguir: 
 
I. Desaparecimento da membrana nuclear. 
II. Divisão dos centrômeros. 
III. Migração dos cromossomos para os polos do fuso. 
IV. Posicionamento dos cromossomos na região mediana do fuso. 
 
Qual das alternativas indica corretamente sua ordem temporal? 
 
a) IV-I-II-III. 
b) I-IV-III-II. 
c) I-II-IV-III. 
d) I-IV-II-III. 
e) IV-I-III-II. 
 
5. (VUNESP) O ciclo celular envolve a interfase e as divisões celulares, que podem ser 
mitose ou meiose. A meiose é um tipo de divisão celular que originará quatro 
células com o número de cromossomos reduzido pela metade. Com base no texto 
e em seus conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que: 
 
a) interfase é um período em que ocorre apenas a duplicação do material genético. 
b) na anáfase I cada cromossomo de um par de cromossomos homólogos é puxado 
para um dos polos da célula. 
c) o crossing-over ocorre em todos os cromossomos não homólogos. 
d) na telófase I os cromossomos separados em dois lotes sofrem duplicação do 
material genético e as membranas nucleares se reorganizam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
e) quiasmas são as permutas que ocorrem entre cromátides irmãs que permitem a 
variedade de gametas. 
 
6. (UFRGS)Os diagramas abaixo se referem a células em diferentes fases da meiose 
de um determinado animal. 
 
 
 
Os diagramas 1, 2 e 3 correspondem, respectivamente, a: 
 
a) prófase I, metáfase I e telófase II. 
b) prófase II, anáfase I e telófase I. 
c) prófase I, anáfase I e metáfase II. 
d) prófase I, metáfase II e anáfase II. 
e) prófase II, anáfase II e telófase I. 
 
7. (UFSC) A meiose caracteriza-se pela ocorrência de apenas uma duplicação do 
material genético para cada duas divisões nucleares, e é responsável pela 
formação de células haploides a partir de células diploides. Em relação a esse tipo 
de divisão celular, analise as opções assinale a alternativa errada. 
 
a) A redução, pela metade, do número cromossômico confere à meiose uma 
importância fundamental na manutenção do número constante de cromossomos 
da espécie. 
b) A meiose ocorre durante o processo de produção das células reprodutivas e 
possibilita o aumento da variabilidade genética dos seres vivos que a realizam. 
c) Na anáfase I ocorre a separação dos pares de homólogos, havendo a migração 
polar dos cromossomos duplicados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
d) Na metáfase I, os pares de cromossomos homólogos duplicados encontram-se na 
placa equatorial da célula. 
e) O crossing over ocorre na prófase da meiose I e caracteriza-se pela permuta entre 
os segmentos das cromátides irmãs do mesmo cromossomo. 
 
8. (UFF) Diversas proteínas, como as histonas e várias enzimas, embora sintetizadas no 
citoplasma, são encontradas no núcleo. A passagem destas macromoléculas pelo 
envoltório nuclear é possível porque: 
 
a) ocorre um mecanismo específico de endocitose que permite a passagem de 
certas macromoléculas. 
b) o envoltório nuclear possui poros que permitem a passagem de macromoléculas. 
c) ocorre um mecanismo específico de pinocitose que permite o englobamento de 
algumas macromoléculas. 
d) existe, neste envoltório, um mecanismo de transporte simultâneo e oposto de 
ácido ribonucleico e proteínas. 
e) existem transportadores nas membranas externa e interna do envoltório nuclear 
que realizam o transporte das macromoléculas, passando pelo lúmen do 
envoltório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
INTRODUÇÃO A HISTOLOGIA 
 
 
 
4.1 O QUE É HISTOLOGIA? 
O termo histologia, etimologicamente é a união das palavras “hystos” (tecido) 
e “logos” (estudo) significando assim o estudo dos tecidos. A origem deste termo não 
é precisamente exata, pois para alguns estudiosos teria surgido pela primeira vez em 
1819, com o livro do fisiologista e anatomista Karl Meyer que se baseou em estudos 
realizados com microscópios realizados pelo médico italiano Marcelo Malpighi no 
século XVII. Já para outros, o termo foi cunhado pelo fisiologista e anatomista François 
Xavier Bichat (1771/1802) que foi responsável por enumerar uma grande quantidade 
de tecidos (cerca de 20) utilizando apenas equipamentos rústicos. (CALADO, 2019; 
MEDRADO, 2014). 
Apesar de seu equipamento simples e um material preparado de forma 
inadequada, os primeiros histologistas aprenderam uma quantidade surpreendente 
sobre a estrutura do material biológico. Esses estudos levaram Virchow a propor sua 
teoria celular da estrutura dos organismos vivos que estabeleceu a célula como o 
bloco de construção básico da maior parte do material biológico. Cada célula foi 
considerada como uma unidade individual rodeada por uma parede chamada 
membrana celular e contendo dentro dela toda a maquinaria responsável por sua 
função (STEVENS; LOWE’S, 2008). 
A histologia é uma das linhas de pesquisa científica fundamentais, 
principalmente quando falamos em ciências médicas. Responsável por descrever 
metodologias que nos auxiliam na identificação de doenças, a histologia é capaz de 
desvendar as funções e o metabolismo do nosso corpo (MEDRADO, 2014). 
 
4.2 MICROSCOPIA 
Com o passar dos anos, os estudos histológicos estiveram cada vez mais 
ligados a microscopia, dependendo assim do desenvolvimento e atualização deles, 
pois estes são os instrumentos principais da histologia. Robert Hooke no século XVII foi 
quem possibilitou a descoberta das células em plantas de cortiça, e a partir daí o livro 
UNIDADE 
04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
“Micrografia” foi publicado, ficando evidenciado de fato a importância do 
microscópio. 
 
Figura 13: Microscópio utilizado na descoberta das células 
 
Fonte: Museu da Vida-Fiocruz. (on-line) 
 
 
 
Entre os tipos de microscópio mais utilizados, está o microscópio óptico, que 
utiliza a luz visível para reproduzir de forma aumentada e bastante detalhada a matriz 
celular e as células. Este, pode também ser chamado de microscópio fotônico ou de 
luz e utiliza as unidades de comprimento de luz conhecidas como micrômetro (μm) e 
também nanômetro (nm) correspondentes a um milionésimo de metro ou milésimo 
de milímetro e um bilionésimo de metro ou milionésimode milímetro respectivamente. 
Nos micrótomos, o procedimento mais comum é a observação de cortes 
histológicos. Camadas delgadas, células vivas, membranas e tecidos, e tecidos 
podem ser observadas diretamente nestes aparelhos, sendo que a direção do corte 
histológico é extremamente importante, uma vez que de acordo com a direção seja 
oblíquo, longitudinal ou transversal é capaz de nos mostrar se a célula é anucleada 
e fornecer diferentes informações. Isso acontece, pois, as células possuem o que 
chamamos de polaridade, assim como os imãs (MEDRADO, 2014). 
As células bipolares como as células epiteliais, são compostas pelos polos basal 
https://bit.ly/3G8d5jx
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
e apical, possuem variações na largura e comprimento como por exemplo da fibra 
muscular quando cortada longitudinal e transversalmente. Contudo, quando 
consideramos por exemplo algumas células conjuntivas e glóbulos sanguíneos que 
são consideradas sem polaridade o corte histológico é indiferente pois não possuem 
polaridade. O conhecimento sobre as características celulares vem acompanhado 
da necessidade da compreensão do funcionamento do microscópio. 
 
Figura 14: Componentes ópticos e mecânicos de um microscópio óptico. 
 
Fonte: Abrahamsohn (2016) 
 
Com a capacidade de perceber os detalhes quando o objeto nos é 
aproximado, o olho humano possui algumas limitações. Poder de Resolução, é nome 
dado a capacidade de identificarmos objetos e relacionarmo-los a qualidade da 
imagem que obtemos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
4.2.1 LUZ 
É importante a compreensão de que a luz é considerada uma forma de 
energia considerada radiante e que provém de corpos luminosos ou de fontes 
artificiais como as lâmpadas, animais e estrelas. Independentemente do tipo de fonte 
de luz, ela é capaz de se irradiar em diversas direções, sofrer interferências ou não 
(viajar de forma infinita). Considera-se que a luz é uma série de impulsos que possui 
ondas de energia, onde sua altura (amplitude) é o brilho ou força, e os comprimentos 
de onda (Figura 3) é quem determina a cor desta luz (ABRAHAMSOHN, 2016). 
 
Figura 15: Amplitude do espectro de luz 
 
Fonte: Acervo pessoal da Autora (2021) 
 
Os comprimentos de onda nem sempre podem ser observados pela visão 
humana. Como exemplo, é possível citar o infravermelho (Figura 3) que é 
considerado a continuação do espectro visível vermelho, e que gera calor. Já a luz 
ultravioleta é responsável pela dissipação de calor na forma fotoquímica. 
 
 
 
Considerando a densidade e velocidade da luz, quanto mais densa menor sua 
velocidade, sendo que o ângulo que esta luz incide também é importante quando 
se considera a velocidade. 
https://bit.ly/3G5BExv
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 Figura 16: Luz originada em um plano do corte cruza pequeno orifício em um obstáculo e 
alcança um detector. Microscopia Confocal. 
 
Fonte: Junqueira e Carneiro (2013) 
 
Quando uma lâmina ou corte histológico é observado em microscópio de luz, 
os raios de luz passam pelo objeto e chegam aos olhos formando na retina uma 
imagem que gera um estímulo após ser captada pelo cérebro. Assim, a 
compreensão de fenômenos físicos com a luz, é considerada fundamental para a 
microscopia óptica 
 
4.3 CÉLULAS SÃO CLASSIFICADAS DE ACORDO COM SUA FUNÇÃO 
Um tecido é um conjunto de células dispostas de uma forma organizada 
específica. Em alguns casos, as células são todas da mesma estrutura, formando 
tecidos simples, por exemplo, células de gordura formando tecido adiposo. No 
entanto, a maioria dos tecidos aparentemente distintos contém uma mistura de 
células com funções diferentes, que podem ser denominados tecidos compostos 
(Figura 5). Por exemplo, "tecido nervoso" contém células nervosas (neurônios), células 
de suporte (astrócitos), células do sistema imunológico (micróglia) e células epiteliais 
(epêndima). O conceito de tecidos simples e compostos é útil na histologia descritiva, 
mas por brevidade, o termo não qualificado "tecido" é usado para indicar qualquer 
um dos tipos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
Figura 16: Células, tecidos, órgãos e sistemas. 
 
Fonte: Stevens; Lowe’s (adaptado 2008). 
 
Características morfológicas, de origem embriológica e com funções 
semelhantes podem ser observadas nas células que compõe cada tipo de tecido, 
sendo muito comum parentesco entre si, como se fossem “famílias”. É importante 
considerar que mecanismos e componentes moleculares também estão presentes 
nas células de um mesmo tecido, como exemplo temos os receptores das 
membranas e os citoesqueletos. As proteínas transmembrana de adesão celular, as 
lâminas basais, fibras de tecido conjuntivo e as junções intercelulares é quem são 
responsáveis pela união física e por compor as unidades estruturais nessas “famílias”, 
mantendo o organismo funcionando como um todo de forma adequada. 
Outros dois componentes também são fundamentais, o parênquima e o 
estroma, que estão presentes em muitos órgãos e principalmente nas glândulas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
 
 
Quanto aos tecidos, consideramos a existência dos seguintes: 
● Os tecidos epiteliais, ou células que cobrem as superfícies, revestem as 
cavidades do corpo ou formam glândulas sólidas, como as glândulas salivares; 
● Tecidos musculares ou células com propriedades contráteis; 
● Tecidos nervosos referidos às células que formam o cérebro, medula espinhal 
e nervos; 
● Tecido conjuntivo, ou células que produzem uma matriz extracelular e servem 
para ligar ou apoiar outros tecidos especializados, formando tendões, ossos ou 
tecido adiposo. 
 
4.4 SANGUE E SUA FORMAÇÃO 
O sangue, ou como também é chamado tecido sanguíneo, pode ser 
considerado um tipo ou variedade do tecido conjuntivo (Unidade2) que é líquida, 
isso porque suas células são separadas pelo que chamamos de plasma (matriz 
extracelular). Formadas nos órgãos hematopoiéticos, as células do sangue são 
originadas a partir das mesenquimais. O tecido hematopoiético também está 
relacionado aos processos que envolvem a proliferação, renovação, maturação e 
diferenciação das células. Assim, consideramos que o sangue é composto de duas 
partes, uma líquida (plasma) e células elementos figurados do sangue (células 
sanguíneas) (OLIVEIRA; MASCARENHAS, 2015; ABRAHAMSOHN, 2016). 
A principal função do sangue é o transporte de nutrientes, oxigênio, íons, 
hormônios, vitaminas, fatores de crescimento, catabólitos, retirada de dióxido de 
carbono e produtos que são excretados dos tecidos. Além destas, o sangue também 
auxilia na defesa devido aos leucócitos, manutenção do pH corporal e da 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 
temperatura. Podemos considerar que um adulto saudável apresenta cerca de 7% 
do seu peso corporal, o que varia entre os indivíduos, sendo que o plasma, que tem 
a maioria de seus componentes formados no fígado, corresponde aproximadamente 
10% deste volume sanguíneo, que necessariamente é composto de componentes de 
alto e baixo peso molecular (TREUTING; DINTZIS; MONTINE, 2018). 
 
4.4.1 ELEMENTOS CELULARES DO SANGUE 
Além das células e do plasma mencionado da sessão anterior, podemos 
considerar que as células sanguíneas os quais são formadas na medula óssea 
hematogênica pode ser dividida em dois diferentes tipos: As hemácias, que também 
podem ser chamadas de eritrócitos ou glóbulos vermelhos, e os leucócitos ou como 
também chamamos glóbulos brancos (GARTNER; HIATT; STRUM, 2015). 
 
Figura 17: Composição do sangue 
 
Fonte: Planejativo (on-line 2021) 
 
Específicas do sistema circulatório, as hemácias são responsáveis pelo 
transporte do oxigênio e retirada do dióxido de carbono. Anucleadas, ou seja, que 
não contém núcleo, elas possuem formato bicôncavo e são compostas por um 
citoesqueleto, membrana plasmática, algumas enzimas glicolíticas e hemoglobina. 
As hemácias possuem um ciclo médiode 120 dias em seres humanos, e após este 
período podem ser retiradas por meio do processo de fagocitose ou ainda por 
hemólise (baço) (ABRAHAMSOHN, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
A molécula tetrapirrólica hemoglobina (pigmento vermelho) é pertencente a 
família das proteínas consideradas globulares, e formada por 4 subunidades que 
contém um grupo Heme. Este, consiste em um anel orgânico heterocíclico (porfirina) 
que tem em seu centro um átomo de ferro. Durante sua formação, para a síntese do 
grupo heme é necessária a união de uma molécula de succinil-CoA e uma molécula 
de glicina que é catalisada pela aminolevulinato sintetase (ALA sintetase) na 
mitocôndria e é um passo limitante para a biossíntese do heme (GARTNER; HIATT; 
STRUM, 2015). 
 
 
 
 
 
Os glóbulos brancos, ou seja, leucócitos (incolores), são células originadas na 
medula óssea e permanecem na circulação somente enquanto estão sendo 
transportadas, após são liberadas por meio de substâncias quimiostáticas, e 
atravessam os vasos por meio da diapedese e assim atingem os tecidos e 
desempenham de fato suas funções específicas. (MEDRADO, 2015). 
 As plaquetas são consideradas pequenos fragmentos citoplasmáticos, 
também anucleados, de formato discóide que derivam dos megacariócitos também 
da medula óssea e geralmente encontradas em grupos. Possuem também um anel 
com feixes de microtúbulos em forma anelar no citoplasma periférico chamado 
também de hialômero. Consideradas essenciais nos mamíferos em geral, 
desempenham um importante papel na hemostasia, que é responsável pela 
promoção da coagulação e atua reparando danos nas paredes dos vasos, a fim de 
evitar hemorragias. O tempo de duração das plaquetas em nosso organismo é de 
aproximadamente 8 até 12 dias e após são absorvidas no fígado e baço (MEDRADO, 
https://bit.ly/3G55dzy
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
2015). 
 
 
 
 
https://bit.ly/3HJfeCJ
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
FIXANDO CONTEÚDO 
1. Podemos considerar que a histologia é uma das linhas de pesquisa científica mais 
fundamentais nos dias de hoje, principalmente quando falamos em ciências 
médicas. Assim, a definição mais correta de histologia é: 
 
a) Estudo do sangue. 
b) Diferença entre célula animal e vegetal. 
c) Estudo dos órgãos. 
d) Ainda não existe uma definição concisa. 
e) Estudo dos tecidos. 
 
2. Considera-se que a luz é uma série de impulsos que possui ondas de energia com 
características de amplitude e comprimento de onda. Quanto ao comprimento 
de onda, assinale a única alternativa que contém uma afirmação correta quanto 
as luzes consideradas visíveis: 
 
a) Raio X. 
b) Raios Gama. 
c) Ultra-violeta. 
d) Comprimento de onda de 700nm. 
e) Ondas de rádio. 
 
3. Imagine que você realizou um exame de sangue, nele você percebeu que houve 
uma grande queda no número de plaquetas. Essa baixa nos níveis desse elemento 
figurado pode levar você a um quadro de: 
 
a) Hemorragia. 
b) Leucopenia. 
c) Anemia. 
d) Acidose. 
e) Insuficiência Renal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
4. (Unifor-CE) O sangue é constituído por plasma e três tipos de elementos celulares. 
As hemácias realizam (1), os (2) são especializados na defesa do organismo e as 
plaquetas atuam no processo de (3). Para completar corretamente a frase acima, 
1, 2 e 3 devem ser substituídos, respectivamente, por: 
 
A única opção que está completamente certa é: 
 
a) Respiração celular, glóbulos vermelhos e adsorção 
b) Transporte de oxigênio, leucócitos e coagulação 
c) Sínteses, monócitos e fosforilação. 
d) Transporte de osmólitos, glóbulos roxos, absorção 
e) Transporte e fosforilação. 
 
5. (Unimep-SP) Com relação aos elementos figurados do sangue, qual é a principal 
função dos glóbulos brancos? 
 
a) Defesa do organismo. 
b) Coagulação sanguínea. 
c) Transporte de oxigênio. 
d) Eliminação da glicose. 
e) Transporte de nutrientes. 
 
6. Ao observar o sangue, sua aparência é homogênea, entretanto, esse tecido 
apresenta vários componentes. Marque a alternativa que indica o componente 
do sangue responsável pela defesa do nosso organismo. 
 
a) Hemácias. 
b) Plaquetas. 
c) Leucócitos. 
d) Eritrócitos. 
e) Plasma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 
7. O sangue apresenta diferentes tipos celulares, cada qual com uma função 
específica. Analise as alternativas a seguir e marque aquela que indica um 
elemento do sangue responsável pelo transporte de oxigênio. 
 
a) Hemácias. 
b) Plaquetas. 
c) Leucócitos. 
d) Linfócitos. 
e) Plasma. 
 
8. (PUC-RIO) Nos Jogos Olímpicos de Inverno realizados nos Estados Unidos da 
América, uma das atletas foi eliminada no exame “antidoping” porque, embora 
não houvesse vestígio de nenhuma substância estranha em seu organismo, ela 
apresentava uma taxa de hemácias e de hemoglobina muito mais alta que a 
média das atletas de sexo feminino com a mesma idade. O Comitê Olímpico 
considerou imprópria sua participação nos jogos porque: 
 
a) A maior taxa de hemácias permitiria uma menor oxigenação do sangue e uma 
maior obtenção de energia. 
b) O aumento do número de hemácias poderia causar uma diminuição do número 
de plaquetas e uma hemorragia interna. 
c) A maior taxa de hemácias poderia causar uma sobrecarga no músculo cardíaco 
e um possível infarto do miocárdio. 
d) A maior taxa de hemácias permitiria uma maior oxigenação do sangue e uma 
maior obtenção de energia. 
e) A maior taxa de hemácias causaria um aumento na taxa de respiração e uma 
intoxicação sanguínea causada pelo aumento de ácido carbônico no sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
TECIDOS RESPONSÁVEIS PELO 
REVESTIMENTO DE SUPERFÍCIE, 
CONECTIVO E ESPECIALIZADO NO 
ACÚMULO DE LIPÍDEOS 
 
 
 
5.1 TECIDO EPITELIAL 
O tecido epitelial, derivado dos folhetos embrionários endoderma, 
mesoderma e ectoderma, pode ser caracterizado devido a presença de células que 
são aderidas umas às outras (justapostas/coesão), de formato poliédrico e pouca 
substância intercelular, ou em alguns casos, ausência dela. Responsável por 
desempenhar diversas funções em nosso organismo como proteção, revestimento, 
sensorial e secreção é também um dos poucos tecidos avasculares. É derivado dos 
três folhetos embrionários endoderma, mesoderma e ectoderma e revestido pela 
lâmina basal, sendo que nas regiões de mucosa possui uma camada de tecido 
conjuntivo (lâmina própria). 
Responsáveis por constituir os ductos excretores das glândulas exócrinas, e por 
revestir tanto a superfície interna quanto externa do corpo, atua nas cavidades do 
aparelho respiratório, sistema digestivo, reprodutor e urinário, de todo sistema linfático 
e do sangue, assim como, nas cavidades pleural, pericárdica e peritoneal. 
Considera-se que o tecido epitelial regula as trocas entre o ambiente interno e 
externo. Isso porque são os responsáveis por constituir barreiras entre os meios, o que 
faz com que possam controlar não só a secreção das glândulas como também a 
absorção de moléculas e íons e até mesmo sensorial (retina) (ABRAHAMSOHN, 2016). 
Como mencionado anteriormente muitas células possuem polaridade, sendo 
que a presença da lâmina basal é determinante desse padrão de organização. 
Assim, consideramos que é possível reconhecer ao menos 2 regiões citoplasmáticas 
com limites considerados mal definidos: 
● Região basal, onde geralmente está localizado seu núcleo e tem alta 
concentração do retículo endoplasmático. 
UNIDADE 
05 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
● Região apical, é o lúmen de um de um ducto ou a cavidade de um órgão, 
não possui células glandulares, vesículas de endocitose ou transporte e 
cisternas de retículo endoplasmático. 
 
 
 
Figura 18: Eletromicrografias da junção entre o tecido epitelial e o tecido conjuntivo em 
pele humana. 
A. Fibrilas de ancoragem (setas) se inserirem na lâmina basal (LB). B. Membrana basal, formada pela

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