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As Diferentes Faces da Exclusão e Inclusão

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As Diferentes Faces da 
Exclusão e Inclusão: 
Perspectivas Históricas, 
Geográficas e 
Sociológicas
Prof. Me. Pedro Dias
Exclusão na perspectiva 
histórica
Significado e Etimologia da palavra
 Etimologia: do latim excludere: prefixo ex significa fora; 
cludere remete a fechar. Ou seja, “fechar para fora”.
 Significado de acordo com o dicionário Michaelis:
1. Ato de excluir-se.
2. Excluir: elidir (suprimir, eliminar); 
não admitir; não conceder direito 
de inclusão; deixar fora; omitir; pôr 
de lado; afastar; privar da posse 
do direito de algo. 
Exclusão na História
 Democracia excludente em Atenas
COM PARTICIPAÇÃO 
POLÍTICA: 
HOMEM
NASCIDO EM ATENAS, 
PAIS E MÃES 
ATENIENSES
SEM PARTICIPAÇÃO 
POLÍTICA:
MULHERES 
ESCRAVOS
ESTRANGEIROS
Exclusão na História
 Patrícios x Plebeus 
Fonte: https://www.estudokids.com.br/irmaos-graco/ 
Irmãos Tibério e Caio Graco:
atuaram no Tribuno da 
Plebe e defenderam 
medidas como a reforma 
agrária, preço acessível do 
trigo, lei de distribuição
de alimentos.
Exclusão na História
 Idade Média
CLERO
NOBREZA
SERVOS
Exclusão na História
 Renascimento: movimento artístico, cultural, científico e político que 
trouxe novas ideias e ações para a sociedade. Houve a revelação e a 
inclusão de perspectivas que impactam o mundo até o período atual. 
Dante Alighieri
Luís de Camões
Galileu Galilei 
Giordano Bruno
Dante Aligheri
Fonte: (http://www.ues
b.br/noticias/curso-
sobre-a-poesia-de-
dante-alighieri-nos-
700-anos-de-sua-
morte/)
Luís de Camões 
Fonte: 
(https://brasilescola.uol.com.b
r/literatura/luis-camoes.htm)
Galileu Galilei Fonte: 
(https://segredosdomu
ndo.r7.com/descobert
as-de-galileu-galilei-
invencoes/)
Giordano Bruno Fonte: 
Fonte: 
(https://www.pensador.co
m/autor/giordano_bruno/)
Exclusão na História
Estado laico 
(Voltaire)
Liberdade de expressão 
e de imprensa
(Voltaire)
Tripartição do poder 
(Montesquieu)
Importância da 
educação para a 
sociedade
(Rousseau)
Igualdade 
perante à lei
(Rousseau)
Defesa do fim 
da escravidão
(Montesquieu)
Iluminismo
Exclusão na História
(ENEM – 2017) Fala-se muito, nos dias de hoje, em direitos do homem. Pois bem: foi 
no século XVIII – em 1789, precisamente – que uma Assembleia Constituinte produziu 
e proclamou em Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa 
Declaração foi imposta como necessária para um grupo de revolucionários, por ter sido 
preparada por uma mudança no plano das ideias e das mentalidades: o Iluminismo.
FORTES, L. R. S. O iluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981 
(adaptado).
Correlacionando temporalidades históricas, o texto apresenta uma concepção de 
pensamento que tem como uma de suas bases a:
a) Modernização da educação escolar.
b) Atualização da disciplina moral cristã.
c) Divulgação de costumes aristocráticos.
d) Socialização do conhecimento científico.
e) Universalização do princípio da igualdade civil.
Exclusão na História
(ENEM – 2017) Fala-se muito, nos dias de hoje, em direitos do homem. Pois bem: foi 
no século XVIII – em 1789, precisamente – que uma Assembleia Constituinte produziu 
e proclamou em Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa 
Declaração foi imposta como necessária para um grupo de revolucionários, por ter sido 
preparada por uma mudança no plano das ideias e das mentalidades: o Iluminismo.
FORTES, L. R. S. O iluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981 
(adaptado).
Correlacionando temporalidades históricas, o texto apresenta uma concepção de 
pensamento que tem como uma de suas bases a:
a) Modernização da educação escolar.
b) Atualização da disciplina moral cristã.
c) Divulgação de costumes aristocráticos.
d) Socialização do conhecimento científico.
e) Universalização do princípio da igualdade civil.
Exclusão na História
 O movimento sufragista e os direitos feministas.
- Primeiro movimento feminista. Contexto: consolidação das mudanças sócio-políticas da 
Revolução Francesa em países europeus e nos Estados Unidos. 
- União Nacional pelo Sufrágio Feminino (Millicent Fawcett)
- Movimento sufragista britânico 
- União Social e Política das Mulheres (Emmeline Pankhurst)
- 1918: conquista do voto feminino na Inglaterra. Após a 1ª Guerra 
Mundial, as mulheres foram essenciais para a reconstrução dos países 
europeus assolados pelos conflitos. 
Exclusão na História
 O movimento sufragista no Brasil
1891
Menção ao voto 
feminino na 
constituinte para 
promulgação da 
Constituição
1910
Partido 
Republicano 
Feminino 
(Professora 
Leolinda Daltro)
1923
Federação 
Brasileira pelo 
Progresso 
Feminino (Bertha 
Lutz)
1928
Rio Grande do Norte: 
aboliu as distinções 
entre os sexos para 
participação política
1932
Voto feminino é 
regulamentado
Exclusão na História
 A participação feminina na política atualmente
85%
15%
Integrantes da Câmara dos 
Deputados por Gênero
Masculino Feminino
88%
12%
Porcentagem de Prefeitos(as)
no Brasil (2022)
Homens Mulheres
Exclusão na História
 Indicação de leitura 
Título: Quem Tem Medo do 
Feminismo Negro?
Autora: Djamila Ribeiro
Editora: Companhia das Letras
Título: Mulheres,
Raça e Classe
Autora: Angela Davis
Editora: Boitempo
Fonte: 
https://www.goodreads.com/bo
ok/show/39670206-quem-tem-
medo-do-feminismo-negro
Fonte: 
https://outraspalavras.net/outrosqui
nhentos/mulheres-raca-e-classe/
Exclusão na História
 Escravidão
- Cerceamento da liberdade do indivíduo.
- Ausência de direitos básicos: renda, educação, saúde, alimentação digna.
- Fim da escravidão Exclusão social. 
Exclusão na História
 Escravidão
R$2.796 
R$1.608 
R$0
R$500
R$1.000
R$1.500
R$2.000
R$2.500
R$3.000
Brancos Negros
Renda Média Salarial (2019)
9,50%
14,10%
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
14,00%
16,00%
Brancos Negros
Taxa de Desocupação - 2019
Fonte: Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil – IBGE (2019)
INTERVALO
Exclusão na perspectiva 
sociológica
Abordagem durkheimiana (Émile Durkheim)
Exclusão social
Forma patológica da sociedade 
moderna em crise, que não possui 
valores e referências morais para 
uma parte de seus membros.
Fenômeno perturbador resultante 
da divisão forçada do trabalho 
social.
Abordagem durkheimiana
 A ausência e o enfraquecimento das regras provocam desregulações e 
disfunções sociais que fazem os indivíduos se sentirem desestruturados, 
desorganizados ou desligados da sociedade.
 A diferença de poder econômico não é o critério básico para se pensar em 
incluídos e excluídos.
 Os desempregados são um dos grupos 
considerados excluídos por essa abordagem.
Robert Castel 
 Fenômeno da desfiliação como a situação oposta à forte 
integração do indivíduo à sociedade.
 O indivíduo não encontra lugar socialmente reconhecido 
na estrutura social, torna-se economicamente 
desnecessário e, em consequência, desprovido de 
poder político e considerado pelos demais um inútil.
 Preocupação central é o 
risco de fratura da 
sociedade, é com a 
"capacidade de uma 
sociedade (...) para existir 
como um conjunto ligado 
por relações de 
interdependência" 
(CASTEL, 1995, p. 30).
Fonte: 
www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/gale
ria/detalhe.php?foto=534&evento=6 
Abordagem weberiana
Teoria da estratificação social
• Classe: padrão material de existência dos indivíduos 
(ordem econômica).
• Status (ou estamento): prestígio, posição social, estilo de 
vida, instrução formal (ordem social).
• Partido: capacidade de controle de uma organização 
(ordem política).
Tipos de
diferenciação
social
Abordagem weberiana
 Pertencimento ou não a estratos sociais 
diferentes.
 Vida em sociedade é caracterizada por situações 
assimétricas que geram conflitos sociais.
 Relações sociais possuem características 
diferentes de prestígio social, econômico e 
político distribuídas pela sociedade. Relações de desigualdade são sempre relações 
de poder.
Fonte: 
www.istockp
hoto.com/br
/fotos/exclu
s%C3%A3o
-social
Abordagem weberiana
Causas da 
exclusão social
• Formas de concorrência e competição 
nos diversos tipos de mercado.
• Relações fechadas de certos círculos 
onde indivíduos monopolizam e/ou 
restringem determinados bens, 
saberes e estilos de vida.
• Desigual atribuição de funções e 
distribuição de poderes e 
recompensas pela via político-
partidária.
Bourdieu: Exclusão social e exclusão 
escolar
 Preocupa-se com as relações simbólicas.
 Posição social dos indivíduos é constituída pela lógica simbólica e pela 
lógica econômica.
 Economia de bens simbólicos influencia e sofre influência da economia 
de bens materiais.
Bens simbólicos: conjunto de práticas sociais regidas pelo poder 
e que fazem parte da dominação social. Eles geram e legitimam 
hierarquias e divisões sociais.
Bourdieu: Exclusão social e exclusão 
escolar
Relação entre exclusão social e exclusão escolar:
 Escola se insere nas relações de forças entre as classes sociais, nas relações de 
dominação e nas estratégias de distinção dos grupos sociais.
 A escola não só reproduz a estrutura social e a desigualdade social, como a reforça, 
através da internalização de saberes vindos do padrão social das classes dominantes.
 Por meio de classificações escolares (por exemplo, 
avaliações), a escola seleciona socialmente alguns 
estudantes que obterão sucesso, o restante, mesmo que 
consiga concluir o período todo escolar, lida com 
defasagens e um diploma desvalorizado (exemplo: 
histórico escolar com notas baixas).
A exclusão social como não cidadania
 Redução de direitos.
 Segundo Adulis e Fischer (1998), “exclusão dos 
direitos humanos e sociais considerados básicos e 
universais para a maior parte das sociedades 
contemporâneas”.
 Para Schwartzman 
(2004): “o conceito de 
exclusão é, portanto, 
inseparável do de 
cidadania, que se refere 
aos direitos que as 
pessoas têm de 
participar da sociedade 
e usufruir certos 
benefícios considerados 
essenciais”. 
Fonte: 
midiamax.uol.com.br/cotidiano/20
16/falta-acessibilidade-em-
pracas-mas-sobra-ma-educacao
A exclusão social como não cidadania
Sposati 
(1999)
Acessos ou dos “não acessos” a 
direitos civis e sociais.
Padrões necessários à inclusão:
• Autonomia;
• Qualidade de vida;
• Desenvolvimento humano;
• Equidade. 
José de Souza Martins
 A sociedade que exclui é a mesma que inclui e integra.
 O problema da exclusão nasce com a sociedade capitalista e é típico 
dela.
 A dinâmica social e suas contradições não 
empurram as pessoas para fora da 
sociedade, mas sim para condições e 
situações degradantes no interior da 
mesma.
Perspectiva da contradiçãoEnfoque da análise da 
noção de exclusão
José de Souza Martins
Ter ou não, respectivamente, "o privilégio de 
exercer direitos e de ter acesso ao que de básico 
que esta sociedade pode oferecer em termos 
materiais e culturais" (MARTINS, 2002, p. 132).
Diferença entre incluídos e excluídos “A gente não quer só comida
A gente quer comida, diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída para qualquer 
parte
A gente não quer só comida
A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida como a vida quer”
“Comida” – Arnaldo Antunes, Marcelo 
Fromer, Sérgio Brito
Referências
 ADULIS, Dalberto; FISCHER, Rosa Maria. Exclusão social na Amazônia Legal: a experiência das organizações na sociedade civil. ln: 
Revista de Administração, São Paulo, v. 33, n. l, jan.-mar./1998, p. 20-33.
 CASTEL, Robert. Les metamorphoses de la question sociale: une chronique du salarial. Paris: Fayard, 1995.
 LEAL, Giuliana Franco. Abordagens da exclusão social no Brasil na virada do milênio. Estudos de Sociologia, [S.l.], v. 1, n. 16, p. 137-
156, mar. 2014. ISSN 2317-5427. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revsocio/article/view/235309. Acesso em: 11 mar. 
2022.
 MARTINS, José de Souza. A sociedade vista do abismo: novos estudos sobre exclusão, pobreza e classes sociais. Petrópolis: Vozes, 
2002.
 PEREIRA, Gilson Ricardo Medeiros; ANDRADE, Maria da Conceição Lima de. A 
miséria do mundo e as faces da exclusão social e escolar. Atos de Pesquisa em 
Educação, [S.l.], v. 3, n. 1, p. 89-101, ago. 2008. ISSN 1809-0354. Disponível em: 
https://proxy.furb.br/ojs/index.php/atosdepesquisa/article/view/802. Acesso em: 11 mar. 
2022. DOI: http://dx.doi.org/10.7867/1809-0354.2008v3n1p89-101.
 SCHWARTZMAN, Simon. Pobreza, exclusão social e modernidade: uma introdução ao 
mundo contemporâneo. São Paulo: Augurium, 2004.
 SILVA, Manuel Carlos Silva. Desigualdade e exclusão social: de breve revisitação a 
uma síntese proteórica. Configurações [on-line], 5/6, 2009, 15 de fevereiro de 2012. 
Disponível em: http://journals.openedition.org/configuracoes/132; DOI: 
https://doi.org/10.4000/configuracoes.132. Acesso em: 10 mar. 2022.
 SPOSATI, Aldaíza. Exclusão social abaixo da linha do Equador. ln: VÉRAS, Maura 
Padini Bicudo (ed.). Por uma Sociologia da exclusão social: o debate com Serge 
Paugam. São Paulo: Educ, 1999. p. 126-138.
INTERVALO
Exclusão na perspectiva 
geográfica
Formas de 
exclusão social
Medievalização 
socioespacial
Segregação 
socioespacial
Globalização
Exclusão digital
Segregação socioespacial
“A segregação socioespacial é um processo que fragmenta 
as classes sociais em espaços distintos da cidade. Nesse 
sentido, o cotidiano das pessoas que habitam esses lugares 
é marcado pela insegurança, violência, moradias precárias, 
falta de infraestrutura e acesso aos serviços básicos e ao 
lazer.” (CAVALCANTE; ARAÚJO, 2017, p. 140)
Marginalização de determinadas pessoas ou grupos sociais 
por fatores econômicos, culturais, históricos e raciais no 
espaço das cidades.
Segregação socioespacial
 Espaço urbano diretamente relacionado à lógica capitalista (o espaço 
urbano como mercadoria).
Distribuição desigual da 
estrutura de serviços na 
malha urbana –
transporte coletivo, 
educação, saúde e 
oportunidades de 
emprego.
• Acesso desigual aos 
serviços, lugares, 
espaços públicos
da cidade.
• Deterioração e 
diminuição dos 
espaços públicos.
Fonte: CARLOS, 2013.
Segregação socioespacial
 Importância de medidas por parte 
do poder público.
 Planejamento urbano pode diminuir 
ou aumentar essas desigualdades 
em processos como a gentrificação.
Fonte: www.courb.org/o-que-e-gentrificacao-e-por-que-voce-
deveria-se-preocupar-com-isso/
Fragmentação espacial
 “[...] a divisão da cidade em partes (fragmentos) 
que podem ser individualizadas, a partir da 
identificação dos diversos padrões de uso e 
ocupação do solo, bem como dos níveis de 
provimento das infraestruturas, mais 
particularmente das redes de mobilidade de 
matéria (pessoas e bens) e informação. Esses 
níveis, por sua vez, definem o grau de 
integração de cada uma das partes com as 
demais e, até mesmo, com as de outras cidades 
do país e do exterior.” (LACERDA, 2012, p. 22)
Fonte: www.nexojornal.com.br/expresso/2019/08/18/Estes-
n%C3%BAmeros-mostram-a-alta-da-desigualdade-de-
renda-no-Brasil
Fragmentação espacial
Milton Santos: 
 Processo de periferização não foi acompanhado pela 
ampliação da rede de transporte público. Horas passadas 
dentro de um ônibus ou metrô podem ser consideradas 
como um “prolongamento da jornada de trabalho” 
(SANTOS, 1990, p. 85). 
 Imobilidade dos pobres,
o que se configura
quase em uma situação 
de isolamento. 
Deslocamentos básicos 
motivados pelo trabalho
e pelo consumo. Fonte: 
www.nexojornal.com.br/expresso/2019/08/
18/Estes-n%C3%BAmeros-mostram-a-
alta-da-desigualdade-de-renda-no-Brasil
“Favela no Brasil, poblacione no Chile, villamiseria na Argentina, cantegril no 
Uruguai, rancho na Venezuela, banlieue na França, gueto nos Estados Unidos: as 
sociedades da AméricaLatina, da Europa e dos Estados Unidos dispõem todas de 
um termo específico para denominar essas comunidades estigmatizadas, situadas 
na base do sistema hierárquico de regiões que compõem uma metrópole, nas quais 
os párias urbanos residem e onde os problemas sociais se congregam e 
infeccionam, atraindo a atenção desigual e desmedidamente negativa da mídia, 
dos políticos e dos dirigentes do Estado.” (WACQUANT, 2005, p. 7)
Medievalização socioespacial
 O termo deriva da similaridade que encontramos com os feudos da Idade 
Média. “Modelos” distintos de habitar em ambientes de segurança. 
 Alto crescimento caótico urbano fez com que infraestruturas entrassem em 
falência em grandes metrópoles.
 Altos impostos e custo de vida de centros urbanos acarretaram uma 
desvalorização em termos imobiliários.
 Muitos imóveis foram abandonados, no caso de 
São Paulo.
Fonte: RAMIREZ; PELLUCIO, 2018.
Medievalização socioespacial
 Qualidade de vida considerada melhor em outros bairros da Grande São 
Paulo, menos ruídos, mais áreas verdes.
 Mudança na localização das moradias por parte dos grupos familiares
de maior renda e de renda média moderada.
 Valorização dessas outras áreas –
empreendimentos imobiliários que prometem 
segurança, lazer, qualidade ambiental, com 
restrição de circulação (segregação social).
Fonte: RAMIREZ; PELLUCIO, 2018.
Globalização
 Ampliação das desigualdades.
 Mais exclusão social e violência.
 Fragmentação territorial.
 Desemprego.
 Contaminação 
ambiental.
Fonte: g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/turquia-envia-
sirios-ilegalmente-de-volta-zona-de-guerra-diz-ong.html
Exclusão digital
 Em países como o Brasil, a inclusão digital ainda não é uma realidade.
 Infoexclusão
 Apartheid
 Consequências sociais, econômicas e 
culturais da distribuição desigual do acesso a 
computadores e internet.
 Desigualdades entre ricos e pobres no mundo 
digital.
Exclusão de oportunidades de acesso às 
novas tecnologias da comunicação e 
informação.
Exclusão digital
 Mídia, por vezes, é um meio de se conquistar 
e obter direitos sociais, como, por exemplo, os 
aplicativos que orientam e direcionam 
benefícios (Bolsa Família, Auxílio Emergencial 
etc.).
 Somente o acesso às mídias e tecnologias de 
informação e comunicação não basta para 
que os direitos dos cidadãos sejam 
assegurados, porém o não acesso agrava 
muito a exclusão e desigualdade social.
Fonte: www.guiadopc.com.br/artigos/39306/home-office-
para-quem-pandemia-revela-exclusao-digital.html 
Referências
 CARLOS, Ana Fani Alessandri. A prática espacial urbana como segregação e o direito à cidade 
como horizonte utópico. In: VASCONCELOS, Pedro de Almeida; CORRÊA, Roberto lobato; 
PINTAUDI; Silvana Maria (orgs.). A cidade contemporânea: a segregação espacial. São Paulo: 
Contexto, 2013. 4, 95-110.
 CAVALCANTE, Lana de Souza; ARAÚJO, Manoel Victor Peres. Segregação socioespacial no 
ensino de Geografia: um conceito em foco. ACTA Geográfica, Boa Vista, ed. esp. 2017. p. 140-
159. Disponível em: https://revista.ufrr.br/actageo/article/view/4775. Acesso em: 13 mar. 2022.
 LACERDA, Norma. Fragmentação e integração: movimentos de reestruturação espacial das 
metrópoles brasileiras. In: RIBEIRO, Ana Clara Torres; LIMONAD, Ester; GUSMÃO, Paulo Pereira 
de. (org.). Desafios ao planejamento. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2012. p. 21-42.
 RAMIREZ, Ivete Maria Soares Ramirez; PELLUCIO, 
Gabrielle. Medievalização socioespacial em condomínios 
fechados da Grande São Paulo: similaridades globais em 
questões de sustentabilidade e qualidade de vida desses 
enclaves e sua relação com o ordenamento territorial. XIX 
Encontro Nacional de Geógrafos, João Pessoa, 2018.
 SANTOS, Milton. Metrópole corporativa fragmentada: o 
caso de São Paulo. São Paulo: Nobel, 1990. 136p.
 WACQUANT, Loïc. Os condenados da cidade. Rio de 
Janeiro: Revan/Fase, 2005.
INTERVALO
Exclusão na escola e 
ações afirmativas de 
inclusão
1) Impedimento ao acesso
 Falta de vagas ou de instituições para atender à demanda;
 Falta de acessibilidade (distância ou dificuldade no transporte para a escola);
 Condições para pessoas com necessidades especiais.
2) Qualidade do ensino ofertado
 Muitos estudantes passam pela escola sem obter os conhecimentos e 
aprendizagens esperados. 
3) Precária inserção no sistema de ensino
 Situações externas à escola (necessidade de 
trabalhar, condições domiciliares etc.) acabam 
desestimulando o estudante a frequentar e a 
realmente se interessar, integrar-se na escola.
Relatório de Monitoramento Global da 
Educação (Relatório GEM) de 2020
 Em todo o mundo, apenas 41 países reconhecem oficialmente 
a linguagem de sinais.
 Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002:
- Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e 
expressão a Língua Brasileira de Sinais – Libras e outros 
recursos de expressão a ela associados.
- Art. 2° Deve ser garantido, 
por parte do poder público 
em geral e empresas 
concessionárias de serviços 
públicos, formas 
institucionalizadas de apoiar 
o uso e difusão da Língua 
Brasileira de Sinais – Libras 
como meio de comunicação 
objetiva e de utilização 
corrente das comunidades 
surdas do Brasil.
Fonte: 
www.labtime.ufg.br/modulos/diversidade/
mod1/uni1/slide9.html
Relatório de Monitoramento Global da 
Educação (Relatório GEM) de 2020
 No âmbito mundial, cerca de 335 milhões de meninas 
frequentavam escolas que não lhes ofereciam serviços de 
água, saneamento e higiene dos quais precisavam para 
continuar frequentando as aulas no período menstrual.
 Os países que auxiliam na garantia da inclusão plena na 
educação são menos de 10%.
 Aumento da exclusão 
durante a pandemia da 
COVID-19: aproximadamente 
40% dos países de renda 
baixa e média-baixa não 
apoiaram os estudantes 
desfavorecidos durante o 
fechamento temporário das 
escolas.
Fonte: 
saladerecursos.com.br/o-ano-de-2020-
e-a-educacao-no-brasil/
• População mais pobre e do campo.
• Grupos étnico-raciais.
• Jovens e adultos que não concluíram os 
estudos.
• Crianças e pessoas com deficiência.
Grupos especialmente prejudicados 
para a inclusão escolar
Lei n. 13.146/2015:
Art. 1º: “É instituída a Lei Brasileira de 
Inclusão da Pessoa com Deficiência 
(Estatuto da Pessoa com Deficiência), 
destinada a assegurar e promover, 
em condições de igualdade, o 
exercício dos direitos e das liberdades 
fundamentais por pessoa com 
deficiência, visando à sua inclusão 
social e cidadania”.
 Baixo índice educacional dos países pobres: um dos motivos das diferenças 
entre as nações.
 Necessidade de formação sobre inclusão para os professores.
 Convenções internacionais de direitos humanos que defendem o direito à educação 
Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1946), a Convenção relativa à 
Luta contra a Discriminação no Campo do Ensino (UNESCO, 1960), a Convenção 
sobre os Direitos da Criança (UNICEF, 1989) e o artigo 24 da Convenção das 
Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006). 
 A Convenção da Unesco para a Luta contra a 
Discriminação no Campo do Ensino (1960) e a Lei 
Brasileira da Inclusão proíbem qualquer exclusão de 
oportunidades educacionais.
Fonte: Relatório de Monitoramento Global da Educação (Relatório GEM), 2020.
A inclusão ESTÁ
interessada em:
A inclusão NÃO ESTÁ
interessada em:
Aceitar a diversidade
Reformar apenas a educação especial, 
mas sim reformar tanto o sistema de
educação formal como o não formal
Beneficiar todos os alunos e não 
apenas os excluídos
Dar resposta apenas à diversidade, 
mas sim melhorar a qualidade da 
educação para todos
Admitir na escola as crianças que 
possam se sentir excluídas
Criar escolas especiais, mas sim 
proporcionar apoios adicionais para os 
alunos no sistema educativo regular
Promover igual acesso à educação 
ou tomar algumas medidas para 
certos grupos de crianças
sem as excluirResolver apenas os problemas das 
crianças portadoras de deficiência
Resolver os problemas de uma criança 
à custa de outra criança
Inclusão em sala de aula
 Muitos pesquisadores (ROPOLI et al., 2010) afirmam que os alunos com 
necessidades especiais não devem apenas fazer atividades e tarefas exclusivas, pois 
isso não contribui para a inclusão de maneira eficaz.
 A Aprendizagem Colaborativa engloba a troca de informações entre professores, 
gestores, pesquisadores e outros sujeitos envolvidos com a Educação Especial 
Inclusiva, para que as diferentes visões do tema levem a novos caminhos de reflexão.
 A organização das estratégias didáticas do professor 
deve considerar diversos perfis de alunos. A teoria de 
“Inteligências Múltiplas” (GARDNER; CHEN; MORAN, 
2009) pode embasar a diversificação de instrumentos
de aprendizagem.
Inclusão em sala de aula
 Para alunos surdos, a linguagem em quadrinhos é 
recomendável, pois esta envolve uma combinação de 
linguagem escrita com desenhos, que melhora a 
compreensão do conteúdo. O aluno observa o desenho 
e já relaciona com os diálogos, propiciando uma 
aprendizagem mais completa (FONSECA; TORRES, 
2014).
 Tendo um aluno com baixa 
visão em sala de aula, as 
paisagens sonoras 
também podem ser 
utilizadas para diferenciar 
o meio urbano do meio 
rural, bem como para 
caracterizar a evolução 
tecnológica no meio
rural (TORRES; KOZEL, 
2010). 
Equipamentos para alunos de baixa visão.
Fonte: MANTOAN et al., 2010. 
Cotas raciais 
 O que são?
- Ação afirmativa que direciona parte das suas vagas a estudantes de escolas públicas. 
Essas vagas consideram também critérios raciais. 
 Por que implementar?
- Desigualdade no acesso ao ensino público, falta de 
equidade salarial, racismo estrutural, democratização no 
acesso à educação pública, corrigir distorções sociais 
causadas pela escravidão.
No caso dos povos indígenas...
 Necessidade de incorporar sua cultura, 
linguagem e os saberes tradicionais no 
desenvolvimento de orientações para suas 
aspirações;
 Incorporar na metodologia e no currículo seus 
direitos e perspectivas através do envolvimento 
dos povos indígenas no projeto/trabalho a ser 
desenvolvido no ambiente escolar;
 Necessidade de programas educacionais e de 
treinamento para a conscientização de seus 
direitos e de suas habilidades de liderança.
Fonte: www.labtime.ufg.br/modulos/diversidade/mod1/uni1/slide9.html
Fonte: https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/cglu-lanca-aplicativo-
sobre-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel
Referências
 https://pt.unesco.org/fieldoffice/brasilia/inclusive-education. Acesso em: 15 mar. 2022.
 https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000132598_por?posInSet=1&queryId=af208691-
b401-4d32-be2c-766a1f976410. Acesso em: 15 mar. 2022.
 https://gem-report-2020.unesco.org. Acesso em: 15 mar. 2022.
 FONSECA, Ricardo; TORRES, Eloiza. Adaptações na prática do ensino de Geografia para 
alunos surdos. Revista de Geografia (Londrina). Londrina: UEL, 2014.
 GARDNER, Howard; CHEN, Jie; MORAN, Seana. Inteligências múltiplas ao redor do mundo. 
Editora Artmed, 2009. 
 MENDES, Eniceia; ALMEIDA, Maria; TOYODA, Cristina. Inclusão escolar pela via da 
colaboração entre educação especial e educação regular. Educar em Revista. Curitiba: Editora 
UFPR, 2011. 
 ROPOLI, Edilene Aparecida; MANTOAN, Maria Teresa 
Eglér; SANTOS, Maria Terezinha da Consolação 
Teixeira dos; MACHADO, Rosângela. A educação 
especial na perspectiva da inclusão escolar: a escola 
comum inclusiva. Brasília: Ministério da Educação; 
Secretaria de Educação Especial, 2010. 
 TORRES, Marcos; KOZEL, Salete. Paisagens sonoras: 
possíveis caminhos aos estudos culturais em Geografia. 
Revista RA’EGA. Curitiba: Editora UFPR, 2010. 
OBRIGADO!

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