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Impresso por sheylla.2013, E-mail sheylla.2013@outlook.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/09/2022 19:46:47 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Aplicada aos anestésicos locais: Os anestésicos locais, quando utilizados para o controle da dor, diferem de maneira importante da maioria das outras substâncias comumente utilizadas na medicina e na odontologia. Praticamente todas as outras substâncias, independentemente da via pela qual são administradas, precisam entrar no sistema circulatório em concentrações suficientemente altas (ou seja, atingem níveis sanguíneos terapêuticos no órgão ou órgãos-alvo) para poder começar a exercer uma ação clínica. Os anestésicos locais, entretanto, quando utilizados para o controle da dor, deixam de exercer efeito clínico quando são absorvidos do local de administração para a circulação. A presença de um anestésico local no sistema circulatório significa que a substância será transportada para todas as partes do corpo. Os anestésicos locais têm a capacidade de alterar o funcionamento de algumas dessas células Absorção: • Quando injetados nos tecidos moles, os anestésicos locais exercem uma ação farmacológica sobre os vasos sanguíneos da área. Todos os anestésicos locais apresentam algum grau de vasoatividade, a maioria deles produzindo a dilatação do leito vascular no qual são depositados, embora o grau de vasodilatação possa variar e alguns deles possam produzir vasoconstrição . • Efeito Clínico: Velocidade de absorção; Duração da ação analgésica; Nível sanguíneo do anestésico; Potencial de intoxicação. • A velocidade que os anestésicos são absorvidos para corrente sanguínea e atingem seu nível máximo no sangue variam de acordo com a via de administração. Vias de Administração: Tópica: • Os anestésicos locais são absorvidos em diferentes velocidades após sua aplicação sobre as mucosas. Por conta das barreiras da pele que ele precisa atravessar. • Principal obstáculo: barreira epidérmica. Após cruzar a epiderme, eles são absorvidos para a circulação. Isso aumenta o risco de intoxicação. • Concentração: tópica > injetáveis • Penetram até uma profundidade de 2 a 3 mm -> devem estar em alta concentração para atravessar as barreiras. • Eficaz nos tecidos superficiais, próximo ao sítios de aplicação. Injetável: • A velocidade de absorção dos anestésicos locais após a administração parenteral (subcutânea, intramuscular ou Deve haver muito cuidado para não administrar anestésicos direto na corrente sanguínea usar seringa de auto aspiração – e aspiração negativa para verificar se está dentro de um vaso sanguíneo. Se injetar o anestésico dentro do vaso sanguíneo, o nível máximo do anestésico será atingido rapidamente As formas mais utilizadas na Odontologia são: tópica e Injetável. Serve apenas como uma anestesia superficial -> para o paciente não sentir a picada da agulha. Ex.: benzocaína (pomada) e lidocaína (pomada /spray). São mais insolúveis em água e são menos absorvidos na circulação, diminuindo os riscos de intoxicação Impresso por sheylla.2013, E-mail sheylla.2013@outlook.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/09/2022 19:46:47 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto IV) está relacionada tanto com a vascularização do local da injeção quanto com a vasoatividade da substância . • Entorpecimento mais rápido - não precisa atravessar a epiderme. É depositada o mais perto possível da fibra nervosa. • Administração IV : altos níveis sanguíneos, que pode levar a reações tóxicas graves. Distribuição: • Uma parte do anestésico vai ser absorvida pela corrente sanguínea. • Após absorvidos pela corrente sanguínea, vai ser distribuído para todos os tecidos do corpo. • A concentração plasmática em certos órgãos-alvo tem um impacto significativo sobre a toxicidade da substância. • O nível sanguíneo do anestésico local é influenciado pelos seguintes fatores: 1. Velocidade de absorção da substância para o sistema cardiovascula r. 2. Velocidade de distribuição da substância do compartimento vascular para os tecidos. 3. Eliminação da substância por vias metabólicas ou excretoras . Metabolismo: Toxicidade: • Velocidade absorção: Se a droga for absorvida de forma lenta ou rápida. • Velocidade de retirada do sangue. Meia vida • Velocidade de retirada do sangue; • Tempo necessário para uma redução de 50% do nível sanguíneo. Ésteres: • São metabolizados no plasma. • Sofre hidrólise pela enzima pseudocolinesterase. • A velocidade da hidrólise está relacionada com a toxicidade potencial. Velocidade de hidrólise Níveis sanguíneos do anestésico Toxicidade Amida: • É metabolizado no fígado; • Se a função do fígado estiver comprometida, vai influenciar na velocidade biotransformação. de Velocidade de biotransformação. Níveis sanguíneos do anestésico Toxicidade. Evitar administração IV (intravenosa). Se o paciente tiver algum problema nos órgãos excretores, isso vai influenciar na toxicidade também. A velocidade de hidrólise diminuída ocorre quando há problemas na enzima pseudocolinesterase, como: - Forma atípica da enzima (1/2800 pessoas); - Variação na atividade da enzima. Essas alterações podem ser de ordem fisiológica, adquirida ou hereditária. E alguns medicamentos podem interagir com essa enzima. Único anestésico do tipo éster utilizado hoje em dia é o tópico (na odontologia atualmente). A hidrólise tem como resultado o ácido para- aminobenzoico (PABA) o álcool dietilamino Reações e . alérgicas relacionadas com os ésteres geralmente ocorrem por conta do ácido para-aminobenzoico (PABA), que é o produto metabólico principal de muitos anestésicos locais do tipo éster. A prilocaína sofre uma parte do metabolismo no fígado e outra no pulmão. A articaína sofre uma parte do metabolismo no fígado e outra no sangue. Se houver insuficiência cardíaca ou hepática, pode haver problemas de intoxicação. Com a insuficiência cardíaca, o anestésico não chega até o fígado para ser metabolizado. Impresso por sheylla.2013, E-mail sheylla.2013@outlook.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/09/2022 19:46:47 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Excreção: • Independente de como foram metabolizados, os AL são excretados pelos rins (tanto para os anestésicos locais quanto seus metabólitos) os . • Rins: principal órgão excretor dos AL e seus metabólitos. • Parte do AL é excretada de forma inalterada e outra parte é excretada na forma de metabólitos. – • O anestésico local atravessa facilmente a barreira hematoencefálica. • No cerébro, ele é capaz de causar depressão, inibindo a atividade cerebral. Depressão: • Quando os AL estão em níveis sanguíneos baixos, não possuem efeitos significativos no SNC • Em níveis intermediários, pode ter efeitos anticonvulsivantes. • Níveis muito altos de anestésico local: causa crise convulsiva. Mecanismo das propriedades anticonvulsivantes: • Pacientes Epilépticos possuem os neurônios corticais hiperexcitáveis. Os AL vão diminuir a excitação desses neurônios e eles vão elevar o limiar de convulsão. O que impede ou interrompe as crises convulsivas. • Se a dose for aumentada, o paciente vai dar os primeiros sinais pré-convulsivos. Sinais pré-convulsivos: Com o aumento do nível sanguíneo do anestésicolocal acima de seu limite terapêutico, podem ser observadas reações adversas. Observados objetivamente: • Fala arrastada • Calafrios • Contrações musculares • Tremor dos músculos da face e das extremidades distais • Delírio generalizado • Tontura • Distúrbios visuais (incapacidade de focalizar) • Disturbios auditivos (zumbido) • Sonolência • Desorientação Observados subjetivamente: • Dormência bilateral da língua e região peritoneal • Sensação de pele quente e entumecida • Estado de sonho agradável No caso de Insuficiência renal, haverá incapacidade de eliminar o anestésico local original ou seus principais metabólitos do sangue. O que leva ao acúmulo de excretos na corrente sanguínea, aumentando os níveis sanguíneos com um maior potencial de toxicidade Pacientes que fazem hemodiálise: programar a consulta para um dia antes da hemodiálise. Propriedade anticonvulsionante: Nível sanguíneo consideravelmente abaixo daquele no qual as mesmas drogas provocam uma atividade convulsiva. Usado dessa forma na medicina. O anestésico local dentro de uma dose segura, não há nenhum efeito sobre o Sistema Nervoso Central. O corpo está informando que está chegando em um nível sanguíneo muito alto de anestésico. Deve-se ficar alerta quanto ao histórico do paciente, os sinais de convulsão, sinais de alergia, a quantidade de anestésico, para poder diferenciar se é um sinal pré-convulsivo ou apenas uma sensação do paciente. Como, por exemplo: - Anestesia próxima ao palato mole: o palato mole perde a tonicidade e cai causando uma sensação de sufocamento no , paciente. - Anestesia em região próximo à narina: é normal o paciente relatar que não está respirando, pois não sente o ar passando. Impresso por sheylla.2013, E-mail sheylla.2013@outlook.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/09/2022 19:46:47 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Fase Convulsiva: • Elevação adicional do nível sanguíneo do AL – ocasionando sinais e sintomas clínicos compatíveis com episódio convulsivo. Duração da convulsão: vai depender: • Do nível de anestésico no sangue. • Nível da pCO2 (pressão parcial de dióxido de carbono) no sangue arterial • Fluxo sanguíneo cerebral • Aumento do metabolismo cerebral Duração: • relação direta: nível de anestésico no sangue. • relação inversa: nível de pCO2 no sangue arterial pCO AL para crise convulsiva Duração 2 • Aumento do fluxo sanguíneo cerebral: aumenta o volume do conduzido ao cérebro e prolonga crise convulsiva. AL • Aumento do metabolismo cerebral: leva a acidose (auemento de CO2) metabólica progressiva, prolonga a convulsão e diminui o nível de AL p/ provocar a crise. Como uma droga que é principalmente depressora do SNC pode ser responsável pela produção de graus variáveis de estímulo do SNC, incluindo atividade convulsiva? Os anestésicos locais fazem um bloqueio seletivo das vias inibitórias no córtex cerebral. Mecanismos das ações pré-convulsivantes e convulsivantes: • O córtex cerebral possui vias neuronais inibitórias e vias excitatórias. Normalmente, é mantido um equilíbrio entre essas duas vias. • Em nível sanguíneo pré-convulsivo, os anestésicos locais vão inibir parcialmente os neurônios inibitórios. O equilíbrio se desloca para a prevalência dos estímulos Alguns sinais de alergia: - Edema de glote - Petéquias avermelhadas - Edema na pálpebra - Coceira Quanto mais anestésico estiver no sangue, maior será a duração da crise convulsiva. A convulsão aumenta o metabolismo, com o aumento do metabolismo há um consumo de oxigênio e liberação de CO2 (aumentando o nível de CO2 no sangue). Quando o nível de CO2 está alto, não há necessidade de tanto anestésico para continuar a crise convulsiva (é alimentada com pouco anestésico). A duração da convulsão aumenta. O aumento do metabolismo, eleva o fluxo sanguíneo para o cérebro, aumentando a quantidade de anestésico fornecida para o cérebro (aumentando a duração da crise convulsiva). Deve-se administrar oxigênio para diminuir o gás carbônico (diminuindo a crise convulsiva). Pode ser administrado desde os sinais pré-convulsivos. A lidocaína e a procaína diferem um pouco dos outros anestésicos locais. A lidocaína e a procaína frequentemente produzem uma sedação leve inicial ou sonolência (mais comum com a lidocaína). Essa sedação pode ocorrer no lugar dos sinais excitatórios. Impresso por sheylla.2013, E-mail sheylla.2013@outlook.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/09/2022 19:46:47 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto excitatórios. Observa-se tremor, agitação, sudorese, dormência (sinais pré-convulsivos ). • Com o aumento da dose, vai haver uma convulsão. Há uma inibição completa dos neurônios inibitórios, ficando somente o estímulo excitatório (ocorre a convulsão). • Se o nível de anestésico continuar aumentando na corrente sanguínea, ele também irá inibir os neurônios excitatórios. Isso causa depressão generalizada do sistema nervoso central (óbito). – O AL vai deprimir sistema cardiovascular. o Os anestésicos locais têm ação direta no miocárdio e na vas - culatura periférica. Entretanto, em geral, o sistema cardiovascular parece ser mais resistente aos efeitos de substâncias de anestésicas locais do que o SNC. Ação direta no miocárdio: • À medida q aumenta o nível sanguíneo de anestésico ue local, a velocidade de elevação de várias fases da despolarização miocárdica diminui. • Se o nível da droga estiver muito alto na corrente sanguínea: Excitabilidade elétrica Velocidade de condução Força de contração Débito cardíaco Ação direta na vasculatura periférica: • Todo AL vai causar vasodilatação relaxamento do – músculo liso das paredes dos vasos sanguíneos. Isso vai resultar em: Fluxo sanguíneo local Sangramento da região tratada Velocidade da absorção da droga Duração da ação do anestésico local Níveis sanguíneos do anestésico local Possibilidade de intoxicação Levando a um colapso circulatório. Essa ação depressora do AL é usada como uma vantagem terapêutica no tratamento do miocárdio hiperexcitável, para tratar arritmias cardíacas (utilizado pelos cardiologistas). Por isso que os vasoconstritores foram adicionados aos AL, ele vai causar a constrição periférica dos vasos sanguíneos, evitando que todas essas situações acima aconteçam. Impresso por sheylla.2013, E-mail sheylla.2013@outlook.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/09/2022 19:46:47 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto – • Níveis não tóxicos: Relaxamento direto do mm. Liso brônquico. Nesse caso, os AL são usados para tratar broncoespasmo (feito pelos médicos). • Níveis tóxicos: Causa parada respiratória por conta da depressão generalizada do Sistema Nervoso Central. MALAMED, Stanley F.. Manual de Anestesia Local. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2013. Aula teórica de Anestesiologia. Faculdade Maurício de Nassau, Odontologia, 2020. Portanto, os AL são utilizados tanto para anestesia, quanto para diminuir a excitação dos órgãos. Deve ser usado com cautela para não atingir níveis tóxicos. A cocaína é o único anestésico local que produz vasoconstrição de maneira consistente nas doses comumente empregadas. O efeito primário dos anestésicos locais sobre a pressão arterialé a hipotensão. Essa açã é produzida por o depressão direta do miocárdio e relaxamento da musculatura lisa das paredes dos vasos pelo anestésico local. Em geral, a função respiratória não é afetada pelos anestésicos locais até que se atinjam níveis próximos à superdosagem.
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