Buscar

1_LEI DE CRIMES HEDIONDOS atualiz 05_08_22

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

(
Lei n
º
8.072
/19
90
–
Crimes Hediondos
)
 (
DIREITO
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
PROF.ª
 AMANDA TAVARES BORGES
Contato: 
amanda.tavaresborges033@gmail.com
profa_amanda_tavares
www.linkedin.com/in/
Profa-amanda-tavares-pc2020
)
Plano de aula – Direito Penal – Legislação Penal Especial
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PREVISTO:
e- Hediondos
- Tortura
- Estatuto do Desarmamento
- Lavagem de Dinheiro
- Organizações Criminosas
- Crimes Ambientais
- Crimes contra a Ordem Tributária
- Lei de Parcelamento do Solo Urbano
BibliografiaBásica
MARCÃO, Renato Flávio. Curso de Execução Penal. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
MORAES, Alexandre de; SMANIO, Gianpaolo Poggio. Legislação penal especial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, v. 4. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
Bibliografia complementar 
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, v. 4. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
NUCCI, Guilherme de Souza, Manual de Processo Penal e Execução Penal. 12. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2018.
ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Legislação Penal Especial. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
GOMES, Luiz Flávio. Lei de Drogas Comentada. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
JESUS, Damásio de. Crimes de trânsito: anotações à parte criminal do Código de Trânsito. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
MATERIAL DE APOIO – LEI DE CRIMES HEDIONDOS 
(LEI 8.072/90)
Introdução 
A primeira coisa que devemos saber sobre crimes hediondos é que sua previsão é constitucional, ou seja, foi a Constituição Federal de 1988 – CF/88, que previu a figura dos crimes hediondos, no entanto não os definiu, deixando isso a cargo do legislador infraconstitucional. 
CF, Art. 5º, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
Ou seja, a constituição menciona que a lei definirá quem são os crimes hediondos, no entanto, a CF/88 já menciona qual o tratamento que a lei deve dar a esses crimes(inafiançabilidade, insuscetibilidade à graça ou anistia).
Os hediondos são aqueles definidos em lei, enquanto que os equiparados a hediondos, que terão o mesmo tratamento daqueles são os de tráfico ilícito de entorpecentes, tortura e o terrorismo.
Conclusão: A lei 8072/90 define os crimes hediondos, anunciando as consequências penais e processuais, obedecendo mandado constitucional de criminalização insculpido no art. 5º, XLIII.
Questão: A lei dos crimes hediondos cria novas figuras típicas penais?
Critérios definidores dos crimes hediondos:
A)Sistema legal: compete ao legislador num rol taxativo, anunciar quais os delitos considerados hediondos, nãodando margem ao juiz para incluir ou excluir algum delito deste rol ao analisar o caso concreto.
Crítica: ignora a gravidade do caso concreto;
Vantagem: segurança jurídica.
B) Sistema judicial: é o juiz quem, na apreciação do caso concreto, diante do crime e da forma como foi praticado,decide se é ou não hediondo.
Crítica: fere a taxatividade.
C) Sistema misto: o legislador apresenta rol exemplificativo dos crimes hediondos, permitindo ao juiz, na análisedo caso concreto, encontrar outras hipóteses – interpretação analógica.
Crítica: reúne às dos dois sistemas anteriores.
Critério adotado - LEGAL
Art. 5º (...)
XLIII, CF - A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráficoilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendoos mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
Questão: Qual o conceito jurídico de crime hediondo?
Conceito de crime hediondo: Crime hediondo, no Brasil, não é o que se revela repugnante, cruel,asqueroso, porsua gravidade ou por seu modo ou meio de execuções, mas sim aquele definido de forma taxativa pelo legisladorordinário como tal.
Obs. Tem doutrina sugerindo a criação de uma "cláusula salvatória", permitindo que, a depender das circunstânciasdo caso concreto, o juiz afaste a natureza hedionda de um crime constante do rol fixado pelo legislador.Não é possível no Brasil.
	CRITÉRIO PARA DEFINIÇÃO DE CRIMES HEDIONDOS
	CRITÉRIO LEGAL
Adotado no Brasil
	O legislador, em rol taxativo, define os crimes que são considerados hediondos.
	
CRITÉRIO JUDICIAL
	Cabe ao juiz a definição dos crimes que são considerados hediondos
	
CRITÉRIO MISTO
	O legislador, em um rol exemplificativo, estabelece os crimes considerados hediondos, mas permite ao juiz, por meio de interpretação analógica, qualificar outros delitos como hediondos.
	
CLÁUSULA
SALVATÓRIA
	
Possibilidade de o juiz deixar de considerar a natureza hedionda de um delito, de acordo com as circunstâncias do caso concreto.
Não tem aplicabilidade no Direito Penal Brasileiro, em razão da adoção do critério legal.
Crimes previstos na Lei 8.072/90 – tanto modalidade consumada quanto tentada
Os crimes hediondos são considerados assim ainda que não sejam consumados, ou seja, podemser considerados também em sua forma tentada.
ART. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Código Penal, consumados ou tentados [ROL TAXATIVO]:
I- HOMICÍDIO (ART. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e XIX); (LEI 13964/19 e LEI Nº 14.344, DE 24 DE MAIO DE 2022)
I-A – LESÃO CORPORAL dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (LEI 13.142, de 2015)
II -ROUBO: (LEI 13964/19)
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art.157, § 2º, inciso V); (LEI 13964/19)
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, §2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de usoproibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); (LEI 13964/19)
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte(art. 157, § 3º); (LEI 13964/19)
III - EXTORSÃO qualificada pela restrição da liberdade da vítima,ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); (LEI13964/19)
IV - EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO e na forma qualificada (art.159, caput, e §§ 1º, 2º e 3º);
V -ESTUPRO (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);
VI -ESTUPRO DE VULNERÁVEL (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);
VII -EPIDEMIA COM RESULTADO MORTE (art. 267, § 1o).
VII-B–;;; A - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração deproduto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273,caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B, com a redação dada pela Lei no 9.677,de 2 de julho de 1998).
VIII -favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável(art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).
IX -FURTO QUALIFICADO pelo emprego de explosivo ou de artefatoanálogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A). (LEI 13964/19)
PARÁGRAFO ÚNICO.Consideram-se também hediondos, tentadosou consumados:(LEI 13964/19)
I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº2.889, de 1º de outubro de 1956; (LEI 13964/19)
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de usoproibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembrode 2003; (LEI 13964/19)
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto noart. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (LEI13964/19)
IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo,acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22de dezembro de 2003; (LEI 13964/19)
V - o crimede organização criminosa, quando direcionado àprática de crime hediondo ou equiparado. (LEI 13964/19)
	ANTES DA LEI 13964/19 
	DEPOIS DA LEI 13964/19
	Homicídio (art. 121), quando
praticado em atividade típica
de grupo de extermínio, ainda
que cometido por um só
agente, e homicídio qualifica
do (art. 121, § 2o, incisos I, II,
III, IV, V, VI e VII);
	
Homicídio (art. 121), quandopraticado em atividade típicade grupo de extermínio,
ainda que cometido por umsó agente, e homicídioqualificado (art. 121, § 2º,incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII)
	Latrocínio (art. 157, § 3o, infine)
	Roubo:
a) circunstanciado pelarestrição de liberdade davítima (art. 157, § 2º, inciso V);
b) circunstanciado peloemprego de arma de fogo(art. 157, § 2º-A, inciso I) ou
pelo emprego de arma defogo de uso proibido ourestrito (art. 157, § 2º-B);
c) qualificado pelo resultadolesão corporal grave ou morte(Latrocínio)(art. 157, § 3º);
	Extorsão qualificada pela mor
te (art. 158, § 2o);
	Extorsão qualificada pelarestrição da liberdade davítima, ocorrência de lesão
corporal ou morte (art. 158, §3º);
	----------------------------------
------------------------
	Furto qualificado peloemprego de explosivo ou deartefato análogo que causeperigo comum (art. 155, § 4º-A).
	Consideram-se também Hediondos:
- Genocídio
- Posse ou porte ilegal de
arma de fogo de uso restrito
	Consideram-se também hediondos:
- Genocídio, previsto nos arts.1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1ºde outubro de 1956;
- Posse ou porte ilegal dearma de fogo de usoproibido, previsto no art. 16 da
Lei nº 10.826, de 22 dedezembro de 2003;
- Comércio ilegal de armas defogo, previsto no art. 17 da Leinº 10.826, de 22 de dezembrode 2003;
- Tráfico internacional dearma de fogo, acessório oumunição, previsto no art. 18 daLei nº 10.826, de 22 dedezembro de 2003;
- Organização criminosa,quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado.
I) HOMICÍDIO
O crime de Homicídio entrou para o rol dos crimes hediondos em 1994. 
- O qualificado em razão do projeto de projeto de iniciativa popular fomentado pela escritora Glória Perez; 
- Simples condicionado pela atividade típica de grupo de extermínio por causa de três grandes chacinas que ocorreram à época: Carandiru, Vigário Geral e Candelária.
No crime acima é previsto como hediondo o homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio (HOMICÍDIO CONDICIONADO - art. 121, §6°, do CP), ainda que praticado por uma só pessoa; e o homicídio qualificado, ou seja, aquele que for qualificado por qualquer das qualificadoras do §2°, art. 121, do CP (I a VII).
Atenção! Atividade típica de grupo de extermínio praticado por uma só pessoa – Contradição do legislador?
Crítica: A doutrina, com razão, entende ser praticamente impossível conceber um crime de homicídio simples praticado em atividade típica de grupo de extermínio no qual não esteja presente uma das qualificadoras do § 2º do art. 121 do CP.
*! Homicídio praticado por milícia não é hediondo por falta de previsão legal.
Qualificadoras:
Art. 121, § 2° CP- Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
II - por motivo fútil; 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) FEMINICÍDIO
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) HOMICÍDIO FUNCIONAL
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido:         (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)       (Vigência)
Homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos        (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)     Vigência
IX - contra menor de 14 (quatorze) anos:       (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)     Vigência
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
CP, Art. 121, § 2º-B A pena do homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos é aumentada de:      (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)     Vigência
I - 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é pessoa com deficiência ou com doença que implique o aumento de sua vulnerabilidade;       (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)     Vigência
II - 2/3 (dois terços) se o autor é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela.     (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)     Vigência
Questão: Homicídio qualificado-privilegiado é hediondo?
Fundamento: No concurso entre circunstâncias privilegiadoras subjetivas, reveladoras dos “motivos determinantes do crime”, e as circunstâncias qualificadoras objetivas, indicativas dos meios ou modos de execução do crime,entende-se devam prevalecer as primeiras, por serem “preponderantes”, a teor do art. 67 do Código Penal.
O STJ entende que onde há privilégio não existe hediondez. Portanto, o homicídio qualificado-privilegiado não é considerado hediondo, pois o privilégio é sempre de natureza subjetiva, revelando motivos do sujeito ativo do crime e os motivos preponderam sobre a qualificadora, nos termos do art. 67, do CP. 
Art. 67 CP - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. 
Questão: O homicídio praticado contra a Presidente da República é hediondo? Não. 
I-A) – LESÃO CORPORAL DOLOSA DE NATUREZA GRAVÍSSIMA (ART. 129, § 2O) E LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE, QUANDO PRATICADAS CONTRA AUTORIDADE OU AGENTE DESCRITO NOS ARTS. 142 E 144 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
Veja que esse dispositivo visa proteger os agentes de segurança previstos constitucionalmente e seus familiares. A crescente violência contra essas pessoas levou o legislador a prever punições mais severas e incluir a lesão corporal dolosa gravíssima e a seguida de morte no rol dos hediondos. 
Trata-se de mais uma novidade legislativa, a que deve ser dada a maior atenção, quando o assunto é prova de concurso público. 
Vale a pena saber quem são os agentes albergados por essa novidade legislativa. Seriam os membros das forças armadas (exército, marinha e aeronáutica) e os que constam no rol do art. 144:
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
Portanto, uma lesão corporal gravíssima, que pode ser, por exemplo, aquela que gera perda ou inutilização de membro, sentido ou função, praticada em face de um policial civil é alçada a crime hediondo após a edição da Lei n° 13.142/15.LCD FUNCIONAL
Todas são causas de aumento de penal
	Leve
	
	Grave
	
	Gravíssima
	
	Seguida de morte
II – ROUBO
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); (LEI 13964/19)
Configura-se a qualificadora do inciso V,§2º, do artigo 157 do Código Penalou seja, restrição à liberdade da vítima, quando o agente a mantém sob seu domínio por tempo não prolongado, e com o objetivo de ocultar o roubo ou assegurar o seu produto, ou, ainda, garantir sua impunidade. Se a mantém sob seu domínio por longo tempo, o ilícito que se caracteriza é o sequestro.
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, §2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de usoproibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); (LEI 13964/19)
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte(art. 157, § 3º); (LEI 13964/19)
O latrocínio, expressão doutrinária pela primeira vez reconhecida pelo legislador, na lei de crimes hediondos também é crime hediondo. 
Esse crime está tipificado no código penal no seu art. 157, §3°, parte final. 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
Assim, podemos afirmar que a Lei de Crimes Hediondos está claramente incluindo no rol dos hediondos o crime de roubo seguido de morte, que se consuma com a morte da vítima, ainda que a subtração da coisa móvel não seja efetivada de fato. 
No entanto, fique atento, pois o crime de latrocínio tentado, quando a morte da vítima não ocorre, também é hediondo, pois a figura do crime tentado também é hediondo, não sendo relevante para a rotulação se a consumação ocorreu. 
*! Súmula 610 STF
 (
CONSUMADO
) (
TENTADO
) (
TENTADO
) (
CONSUMADO
)
III - EXTORSÃOqualificada pela restrição da liberdade da vítima,ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); (LEI13964/19)
Art 158, §3o  - Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; 
- se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.  
IV – EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO e na forma qualificada (art.159, caput, e §§ 1º, 2º e 3º);
Veja que, diferentemente dos incisos acima, a lei menciona que todas as formas de extorsão mediante sequestro são hediondas, não importando se ocorre lesão grave ou morte da vítima do sequestro. 
Assim, para qualquer das situações previstas no art. 159 e seus parágrafos estará presente a hediondez. 
Este tipo penal foi que ORIGINOU A LEI DE CRIMES HEDIONDOS– sequestros de empresários como Washington Oliveto e Abílio Diniz. Devido à comoção social, a política criminal criou a lei de crimes hediondos.
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
§ 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996) HIPÓTESE DE DELAÇÃO PREMIADA!!!!!!!!!!!
V - ESTUPRO (ART. 213, CAPUT E §§ 1º E 2º); 
VI - ESTUPRO DE VULNERÁVEL (ART. 217-A, CAPUT E §§ 1º, 2º, 3º e 4º). 
Aqui não há maiores problemas, uma vez que o rol da lei prevê que quaisquer tipos de estupros serão considerados hediondos, sob quaisquer circunstâncias, pois a conduta prevista como hedionda é a do caput, e §§ 1° e 2°.
Vejamos as condutas do inciso V, no Código Penal: 
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Ou seja, qualquer hipótese de estupro, com resultado lesão corporal grave, em face de vítima menor de 18 anos ou maior de quatorze, ou ainda com resultado morte, em qualquer das hipóteses o crime é considerado hediondo.
A conduta prevista no inciso VI está prevista para que não haja nenhuma controvérsia ou discussão doutrinária acerca do estupro de vulnerável, uma vez que, por estar em tipo penal distinto, poder-se-ia cogitar em alguma análise a ausência de hediondez caso não estivesse previsto na lei, apesar de ser uma espécie de estupro. 
Vejamos a conduta prevista no Código Penal: 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 4o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Veja que mais uma vez o legislador prevê como hediondo qualquer das hipóteses, seja qual for o resultado, lesão corporal grave ou morte, independentemente da situação o crime será considerado hediondo. 
Questão: É correto afirmar ser hediondo o delito de estupro, em todas as suas formas, definidos na legislação penal brasileira?
Atenção redobrada. O legislador da Lei n. 8.072/90 não teve o cuidado de conferir natureza hediondaaos crimesmilitares.A disparidade de tratamento do crime militar e do crime comum já foi questionada perante o STF, que, no entanto,concluiu que a diferença de tratamento legal entre os crimes comuns e os crimes militares não revelainconstitucionalidade, pois o Código Penal Militar não institui privilégios. Ao contrário, em muitos pontos, otratamento dispensado ao autor de um delito é mais gravoso do que aquele do Código Penal comum.
VII - EPIDEMIA COM RESULTADO MORTE (ART. 267, § 1O) 
Vamos verificar essa conduta no Código Penal: 
Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos: 
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro. 
Note que a forma qualificada, com resultado morte, é rotulada como crime hediondo, atentando-se apenas que não é qualquer forma de epidemia que é hedionda, mas apenas aquela que tiver como resultado a morte e por propagação de germes patogênicos.VII-B - FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS 
FALSIFICAÇÃO DE MEDICAMENTOS – entrou em 1998 – “pílula de farinha” - microvilar
Vejamos a conduta prevista no Código Penal: 
Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
§ 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
§ 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
Veja que, seguindo à risca o que prevê o sistema legal, a falsificação de cosméticos seria tida como crime hediondo – hipertrófica do DP
VIII - FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU DE OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE OU DE VULNERÁVEL 
Vamos ao dispositivo legal no Código Penal: 
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 2o Incorre nas mesmas penas: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
IX -FURTO QUALIFICADOpelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A). (LEI 13964/19)
Essas duas previsões legais direcionam-se ao combate dos frequentes e insuportáveis estouros de caixas eletrônicos bancários, agora não apenas nas grandes cidades, mas em qualquer lugar do Brasil, para subtração dos valores nelas depositados.
O“emprego de explosivo ou de artefato análogo” pode produzir consequências díspares para efeitos de adequação típica, na medida em que são de natureza distinta em termos de potencialidade lesiva. Com efeito, o emprego de explosivo produz, automaticamente e por seu potencial lesivo, real perigo gravíssimo, de proporções imprevisíveis, e, por isso, o texto legal se satisfaz, para sua tipificação, com o seu “emprego”, presumindo-o, na verdade, capaz de causar perigo comum.
Por outro lado, se a prática do furto for realizada com o “emprego de artefato análogo”, não será suficiente que resulte “perigo potencial”, isto é, meramente possível, sendo indispensável que se trate de perigo efetivo, concreto, real, como se dessume da locução “que cause perigo comum”. 
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados: ELENCOU HIPÓTESES DE CRIMES HEDIONDOS FORA DO CP:   
I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956;       
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;       
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;    
IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;      
V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado.     
O crime de genocídio está previsto na lei n° 2.889/56 está etiquetado como hediondo. 
Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal:
a) matar membros do grupo;
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;
	CRIMES EQUIPARADOS A HEDIONDO
Assunto de grande relevância nesse ponto é estudar os crimes equiparados a hediondos, ou seja, não são hediondos no sentido da palavra, mas possuem o mesmo tratamento daqueles vistos no tópico anterior. 
Estão previstos na CF/88 e são os famosos 3T (Tráfico de Drogas, Tortura e Terrorismo). 
Tráfico de Drogas (Lei n° 11.343/06) 
Em se tratando de Lei de Drogas, devemos saber quais tipos nela previstos que possuem hediondez, pois é do conhecimento de todos que na Lei de Drogas temos diversos tipos penais a que se pode dar a natureza de hediondo. 
Certamente o art. 33, caput e §1°, da Lei n°. 11.343/06 são crimes de natureza hedionda, previsto na Lei de Drogas, uma vez que se trata de crime de tráfico, propriamente dito.
Portanto, a conclusão é de que não há previsão de hediondez para os crimes tipificados ao teor do art. 33, §§ 2° e 3°, pelos motivos acima expostos, restando como hediondos apenas a conduta descrita no caput e no § 1°.
Em relação à causa de redução de pena prevista no § 4°, do mesmo art. 33, da lei de drogas, o STJ declarou que não há privilégio nesse caso, o que afastaria a hediondez equiparada. Portanto, no caso do parágrafo 4°, do art. 33, da Lei de Drogas, o crime continua sendo hediondo, ainda que o agente cumpra os requisitos previstos para a redução de pena. (Súmula 512 STJ).
A razão para o STJ não ter reconhecido o privilégio no caso acima é o fato de que o privilégio envolve motivos do agente, o que não ocorre no caso de drogas. Perceba que não se tratam de hipóteses de motivos inerentes à pessoa do agente delituoso, e sim, são circunstâncias bem objetivas acerca da conduta passada do autor do delito e por esse motivo não pode ser alçada a motivos de privilégio. 
Assim prevê a súmula 512, do STJ. 
Súmula 512 – STJ: A aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas.
Quanto ao art. 34 da Lei 11.343/06, que trata do crime de petrechos para o tráfico, temos que analisar se o fato de o agente possuir apenas instrumentos que sejam utilizados para preparação de drogas. Prevalece o entendimento doutrinário de que essa conduta é equiparada a hedionda.
No art. 35 da lei 11.343/06, prevalece a ideia nos tribunais superiores de que o crime de associação para o tráfico não seria equiparado a hediondo. A justificativa para tanto é que o objetivo da associação não se confunde com ela mesma. Ou seja, o objetivo da associação para o tráfico é hediondo, mas a mera associação não será. A associação é crime autônomo, não se confunde, portanto, com o seu objeto, que é hediondo.
No art. 36 da Lei 11.343/06, é pacífico que se trata de um crime equiparado a hediondo, trata-se de uma forma de participação no tráfico. Ainda que não houvesse esse tipo penal autônomo, o agente poderia ser incurso como partícipe da conduta tipificada como tráfico.No art. 37 da Lei 11.343/06, conhecida como colaboração como informante com grupo destinado ao tráfico, estamos diante de alguém que apenas colabora, informando o grupo, associação ou organização que pratica tráfico, portanto, não estamos falando de alguém que é associado na conduta de traficar. Assim, fica fácil perceber que não estamos diante de um crime equiparado a hediondo.
Para finalizar, os crimes dos arts. 37 e 38, da Lei n° 11.343/06 não são equiparados a hediondo, vez que no art. 38 é um crime culposo, cometido pelo profissional que pode prescrever medicamentos. Na mesma toada, o crime previsto no art. 39 também não configura tráfico de drogas, mas apenas uma ação perpetrada por alguém que conduz embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem. 
Tortura (Lei 9.455/97) 
A lei acima prevê os crimes de tortura no art. 1°: 
Art. 1º Constitui crime de tortura: 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: 
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; 
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; 
c) em razão de discriminação racial ou religiosa; 
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. 
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal. 
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
Não há discussão acerca da hediondez equiparada em relação aos crimes previstos no inciso I, do art. 1°, assim como o previsto em seu parágrafo 1°. Resta clara a situação de tortura a que a CF/88 equiparou a hediondo.
Em relação ao art.1°, §2°, da Lei 9.455/97, a chamada tortura por omissão, a conduta é mais branda, inclusive pela quantidade de pena e pela sua natureza, que é de detenção, não sendo equiparada a hediondo.
Terrorismo - Lei nº 13.260 de 16 de março de 2016.
Antes da edição desta novíssima lei de março de 2016, o Terrorismo era tratado pelo conceito do art. 20, da Lei n. 7.170/83, e havia divergência na doutrina e jurisprudência, alguns entendiam que não existia tipificação do crime de terrorismo.
Hoje em dia tem-se a definição pela Lei nº 13.260/16: 
Art. 2o  O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. 
§ 1o  São atos de terrorismo: 
I - usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa;
II – (VETADO); 
III - (VETADO); 
IV - sabotar o funcionamento ou apoderar-se, com violência, grave ameaça a pessoa ou servindo-se de mecanismos cibernéticos, do controle total ou parcial, ainda que de modo temporário, de meio de comunicação ou de transporte, de portos, aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias, hospitais, casas de saúde, escolas, estádios esportivos, instalações públicas ou locais onde funcionem serviços públicos essenciais, instalações de geração ou transmissão de energia, instalações militares, instalações de exploração, refino e processamento de petróleo e gás e instituições bancárias e sua rede de atendimento; 
V - atentar contra a vida ou a integridade física de pessoa:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos, além das sanções correspondentes à ameaça ou à violência.
No Art. 17 da mesma Lei diz-se que “aplicam-se as disposições da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, aos crimes previstos nesta Lei”.
	CONSEQUÊNCIAS DA HEDIONDEZ
Consequências da hediondez: são restrições de caráter penal e processual penal que recaem sobreos crimeshediondos e assemelhados.
1. Não admitem anistia, graça ou indulto (art. 2º, I).
Obs. O STJ admitiu indulto a condenado pelo crime de tráfico privilegiado, não mais equiparado a
hediondo pelajurisprudência (HC 409.493/SP – agosto/2017).
2. Não admitem fiança (art. 2º, II)
3. Progressão de regime - (art. 2º, § § 1º e 2º)
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o
terrorismo são insuscetíveisde [FIGA]:
I - Anistia, Graça e Indulto;
II - Fiança.
Estamos diante de causas de extinção de punibilidade, previstas no art. 107, II, do CP. 
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: II - pela anistia, graça ou indulto; 
Análise:
Art. 2º, § 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. 
(Inconstitucional – viola individualização da pena).
	Possível substituição de PPL por PRD
	Possível a concessão de sursis da pena
	A LEI 13964/19 REVOGAo art. 2, § 2º A progressão de regime,no caso dos condenados pelos crimes previstos neste artigo,dar-se-á após o cumprimento de 2/5 da pena, se o apenado forprimário, e de 3/5, se reincidente, observado o disposto nos §§
3º e 4º do art. 112 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Leide Execução Penal).
SURSIS
A Lei dos Crimes Hediondos (8.072/90) não proíbe a suspensão condicional da pena de um condenado. O sursis pode ser aplicado desde que ele preencha os requisitos do artigo 77 do Código Penal, que dispõe sobre a suspensão da pena.
Isso porque o sursis constitui uma medida penal sancionatória de natureza alternativa, não se relacionando com os regimes de execução. Nesse sentido: Antônio Scarance Fernandes, Considerações sobre a Lei 8.072, de 25 de julho de 1990 – crimes hediondos, RT, 660:261 e 266 e 751:578; (Damásio de Jesus, Código Penal Anotado, pág. 262, Ed. Saraiva).
Nada impede que seja concedido o sursis ao condenado por crime hediondo ou equiparado que preencha os requisitos legais. Na falta de regra especial que o proíba, aplicam-se as regras gerais sobre a concessão da suspensão condicional da pena. (Julio Fabbrini Mirabete, Manual de Direito Penal – Parte Geral, pág. 324, Ed. Atlas S.A.).
Apesar de, objetivamente, ser possível a suspensão condicional, há duas posições a esse respeito: 
a) cabe sursis, pois a Lei 8.072/90 não o vedou de modo algum, não competindo ao juiz criar restrições onde o legislador não previu.
Assim: "Admissibilidade – Preenchimento pelo réu dos requisitos do art. 77 do CP – Lei 8.072/90 que impõe o cumprimento da pena em regime fechado para aqueles que devam recolher-se a presídios, excluídas assim as hipóteses em que, atendidos os pressupostos, seja viável o sursis – Inadmissibilidade da interpretação analógica ou extensiva, sobretudo quando se trate do comprometimento ao direito à liberdade. (TJSP, Ap. 153.487-3, 2ª C., rel. Canguçu de Almeida, 12.07.1995, v. u., RT 719/391); STJ, RT 739/572; TJSP. Ap. 181.250-3, Barueri, 6ª C., rel. Gentil Leite, 01.06.1995, v. u.; TJSP, Ap. 196.318-3, São Roque, 3ª C., rel. Oliveira Passos, 12.05.1997, v. u.; b) (...).
b) Nucci: a corrente majoritária é a primeira, embora seja da nossa preferência adotar o meio-termo. De fato, tendo cometido um crime hediondo, não é razoável tenha o réu direito a exigir, sempre, a concessão do sursis, embora não se lhe possa negá-lo sistematicamente. A gravidade do crime faz parte dos requisitos para a obtenção do benefício (art. 77, II, CP), de modo que, conforme o caso, o juiz pode deixar de conceder a suspensão condicional da pena para o condenado por delito hediondo. Mais adequado, portanto, é analisar caso a caso com maior rigor, concedendo sursis ao sentenciado que, realmente, merecer. (Guilherme deSouza Nucci, Código Penal Comentado, págs. 77 e 78, Ed. Revista dos Tribunais).
________
Análise:
§ 3º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.
LIBERDADE PROVISÓRIA
- Liberdade Provisória com fiança é vedado.
- Pode haver liberdade provisória sem fiança.
*! Liberdade Provisória pode ser: 
- com fiança (não pode)
- sem fiança
- com outra cautelar do art. 319 CPP
RECORRER EM LIBERDADE
- Hediondo: analisa-se pelo Art. 387 CPP – o Juiz, na hora de proferir a sentença, vai decidir se o réu pode ou não responder em liberdade, e o juiz deve fundamentar a decisão.
- fundamenta se vai recorrer preso ou solto. Analisa se estão presentes os fundamentos do art. 312 do CPP (requisitos da preventiva).
 O que cabe ao juiz nessa situação é decidir, de maneira fundamentada, é óbvio, se caberá ao réu recorrer em liberdade ou então decretar a preventiva ou mantê-la, se presentes seus requisitos de cautelaridade e cabimento.
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, teráo prazo de 30 dias, prorrogável por igual período em caso deextrema e comprovada necessidade.
	PRISÃO TEMPORÁRIA
	CRIME COMUM
	CRIME HEDIONDO
	5+5
	30+30
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurançamáxima, destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios
estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública.
PROGRESSÃO DE REGIME EM CRIMES HEDIONDOS
 (
2/5 primário
3/5 reincidente
) (
Mudou entendimento. Regra do CP 1/6.
) (
STF, Súmula 698 entendia integralmente fechado
)
A conclusão era de que no crimes hediondos e equiparados admitia-se progressão de regime e podiam iniciar o regime de cumprimento da pena em qualquer regime, a depender da análise do juiz.
Assim: Hediondo: Antesde 2007 – deverá progredir de regime pela Lei antiga – 1/6 da pena – STF e TJ; 
Depois de 2007 usava a Lei 11.464/07 (2/5 e 3/5).
ATUALMENTE:
LIVRAMENTO CONDICIONAL EM CRIMES HEDIONDOS
Livramento condicional é uma forma de liberdade antecipada, que ERA concedida àquele que é condenado a uma pena igual ou superior a 2 anos.
Requisitos do CP antes da Lei n. 13.964/2019: crimes comuns
- Primário + bons antecedentes e cumprir mais de 1/3 da pena;
- Reincidente: cumprir mais da ½ da pena.
Requisitos da LCH antes das Lei n. 13.964/2019:
- cumprir mais de 2/3 da pena;
- não ser reincidente específico.
Reincidente específico – 3 correntes:
1) Reincidente em crimes previstos no mesmo tipo penal. Ex. art. 213 + art. 213 CP.
2) Reincidente em crimes que ofendam o mesmo bem jurídico, ainda que em tipos diferentes. Ex. art. 213 + art. 217 A CP.
3) Reincidente em crimes hediondos ou equiparados. Era a posição que prevalecia. 
Ex: Art. 213 + 213 CP;
 Art. 213 + 217-A;
Art. 213 + 157, §3º, II CP. 
Atualmente, com a Lei 13.964/2019:
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar àautoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seudesmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.
Hipótese de DELAÇÃO PREMIADA que está prevista na lei de crimes hediondos.
DISTINÇÕES:
1. Crimes comuns: art. 288 CP
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente.
2. Crimes Hediondos:Associação Criminosa: reunião de 3 ou mais pessoas para a prática de crimes hediondos ou equiparados – pena de 3-6 anos.
3. Lei das Organizações Criminosas: Art. 1º, § 1º, Lei 12.850/2013 - Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
Art. 2º- Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.
4.Associação criminosa para fins de tráfico de drogas ou maquinários configura crime específico do art. 35 da Lei n. 11.343/06 – pena de 3 a 10 anos – Princípio da Especialidade.
5. Art. 1º, parágrafo único LCH - Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados:
V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado.      (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
6. Associação criminosa para fins da prática de GENOCÍDIO é considerada CRIME HEDIONDO – legislador etiquetou como tal – art. 2º da Lei n. 2889/56 -
Art. 2º Associarem-se mais de 3 (três) pessoas para prática dos crimes mencionados no artigo anterior. Pena: Metade da cominada aos crimes ali previstos.
Em resumo:
	Associação Criminosa do CP
	Associação Criminosa Lei Crimes Hediondos
	Associação Criminosa da Lei de Drogas
	Associação Criminosa da Lei Genocídio
	Art. 288 CP
Pena: 1 a 3 anos
	Art. 8º Lei 8.072/90 cc art. 1º, parágrafo único, V - Pena: 3 a 6 anos.
	Art. 35 da Lei 11.343/06 – Drogas
Pena: 3-10 anos.
	Art. 2º Lei 2.889/56 – Genocídio
½ pena de genocídio.
	NÃO é hediondo.
	É hediondo.
	NÃO é hediondo.
	É hediondo.
Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capituladosnos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213,caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafoúnico, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafoúnico, todos do Código Penal, são acrescidas de metade,respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando avítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 tambémdo Código Penal.
Era causa de aumento de pena a ser considerada na terceira fase da cominação da pena. A Lei nº. 12.015/09reformou o Código Penal Brasileiro, sendo que a maioria da doutrina entende que houve revogação tácita da majorante presente no artigo 9º da Lei nº. 8.072/1990.
Lei Execução Penal LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984.
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:    (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário;    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional;     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática decrime hediondo ou equiparado; ou     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado;     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor.                    (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
§ 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes.  (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.    (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes.     (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
        Requisitos do livramento condicional
        Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que:          (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes;         (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        III - comprovado:             (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
        a) bom comportamento durante a execução da pena;             (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
        b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses;             (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
        c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e             (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
        d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto;             (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
        IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;            (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza.             (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)          (Vigência)
       Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir.         (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 (
Professora
 A m a n d a
 
T a v a r e s B o r g e s
) (
Página 
5
)

Continue navegando